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IMPÉRIOS NA AMÉRICA PROFA. KLLARICY OLIVEIRA

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IMPÉRIOS NA AMÉRICA PROFA. KLLARICY OLIVEIRA

ENCONTRO NADA AMISTOSO

Estima-se que o continente americano era habitado por mais 50 milhões de pessoas quando as caravelas comandadas por Cristovão Colombo aportaram na ilha de Guanaani, em outubro de 1492.

Essa população, distribuída de forma irregular pelo território, estava agrupada em milhares de povos, cada qual com cultura, língua e organização social próprias.

SOCIEDADE DOS MAIAS

Quando os espanhóis chegaram à Mesoamérica, encontraram povos que herdaram diversos hábitos dos olmecas e teotihuacanos, com destaque para os maias e os astecas.

No caso maia, a resistência foi pequena, pois muitas de suas cidades passavam por um processo de desagregação.

Os astecas, por sua vez, formaram a sociedade de maior poder na região e reuniam boas condições de fazer frente aos conquistadores.

SOCIEDADE DOS MAIAS

A sociedade maia teve grande poder e prestígio entre os séculos III e IX, dominando a península de Iucatán e parte da América Central (na região onde se localizam parte do México, Guatemala, Belize e Honduras).

Os maias eram constituídos por diversos povos agrupados em torno de diversas cidades autônomas, com certa identidade cultural, possuíam semelhanças linguísticas e modos de organização social.

Entre as cidades de maior destaque estavam Chichén Itzá, Maiapã, Uxmal, Palenque, Tical e Copán.

SOCIEDADE DOS MAIAS

A sociedade era rigidamente estratificada. Cada cidade era comandada por um soberano, auxiliado por uma espécie de conselho formado por membros da elite, sacerdotes e líderes militares.

O poder era transmitido hereditariamente.

A organização militar estava a cargo de chefes eleitos, e o poder da polícia era exercido por funcionários conhecidos como tupiles.

Ao redor das cidades viviam trabalhadores ligados à terra, obrigados a pagar elevados impostos.

SOCIEDADE DOS MAIAS

Existiam ainda os escravos, em sua maioria prisioneiros de guerra e condenados por crimes.

A agricultura fornecia a base da alimentação; cultivavam milho, feijão, agave, algodão, cacau e batata-doce.

Na criação de animais, destacavam-se os cães, os perus e as abelhas, praticavam a pesca e a coleta de frutas e raízes.

Realizavam, ainda, um comércio de longa distância, negociando sal, tecidos, cacau, escravos e obsidiana.

SOCIEDADE DOS MAIAS

A produção cultural dos maias foi profundamente influenciada pela crença religiosa – acreditavam que vida dos homens era controlada pelos deuses.

Na área do conhecimento, os sacerdotes maias criaram um sistema complexo de contagem do tempo, com vários calendários, que orientavam as ações humanas e antecipavam a vontade dos deuses.

O calendário religioso, denominado Tzolkin, contava 260 dias; o civil, chamado Haab, era composto de 18 meses com 20 dias, com mais 5 ao final.

SOCIEDADE DOS MAIAS

Por volta do século IX, acredita-se que a população maia totalizava cerca de 2 milhões de pessoas.

Nessa época, diversos acontecimentos provocaram instabilidade social e a perda do poder da sociedade maia.

Essa crise teria como causa o esgotamento dos solos pelo cultivo contínuo e um intenso período de seca, e seria agravada por revoltas sociais, conflitos com povos vizinhos e pelo crescente abandono das cidades.

SOB DOMÍNIO ASTECA

Os astecas constituíram outro povo de destaque na Mesoamérica.

Estabeleceram-se no início do século XII, na área hoje conhecida como vale do México; e daí estenderam seus domínios até o sul da atual Guatemala, englobando territórios da costa do Pacífico ao Atlântico.

O centro desse vasto domínio era a cidade de Tenochtitlán (nome que significa “rocha de cacto”), que começou a se formar, provavelmente, por volta de 1325, onde hoje se localiza a Cidade do México.

SOB O DOMÍNIO ASTECA

A fabulosa Tenochtitlán [Esta cidade é tão grande] como Sevilha e Córdoba. São suas ruas, digo as principais, muito largas e muito direitas e algumas destas e todas as demais são a metade de terra e a outra metade é água, pela qual andam as canoas (...). (...) Há nesta grande praça uma grande casa como uma audiência, onde sempre se sentam dez ou doze pessoas, que são juízes e julgam todos os casos e coisas que no dito mercado ocorrem, e mandam castigar os delinquentes. Há na referida praça outras pessoas que andam continuamente entre as gentes, fiscalizando o que se vende e as medidas com que medem o que vendem (...). Há nesta grande cidade muitas casas muito boas e muito grandes, a razão de haver tantas casas principais é que todos os senhores da terra (...) têm suas casas na dita cidade e residem nela certo período do ano (...).

SOB DOMÍNIO ASTECA

Outras cidades também assumiram grande importância: Texcoco e Tlacopán.

O chamado Império Asteca compunha uma intrincada rede de povos; alguns unidos por alianças e confederações, outros submetidos e obrigados a pagar pesados tributos.

Para manter essa teia de relações, organizavam-se expedições militares punitivas, com as quais garantia-se o pagamento de impostos e preservava-se o domínio sobre rotas comerciais.

SOB DOMÍNIO ASTECA

Os astecas eram governados por um soberano, que dirigia as atividades políticas, militares e religiosas e era escolhido por um conselho entre os membros de uma mesma família.

A sociedade era estratificada, com o domínio de uma elite e de líderes militares.

Os comerciantes compunham um grupo social intermediário.

Os artesãos, por sua vez, estavam organizados em corporações.

A maior parte da população era formada por agricultores e escravos, prisioneiros de guerra.

SOB DOMÍNIO ASTECA

Grande parte dessa sociedade vivia nos calpullis – comunidades que detinham o direito sobre a terra e que controlavam os poderes judiciário, militar e fiscal. Em seu interior, existiam grandes diferenças sociais.

Os astecas cultivavam milho, feijão, cacau, algodão, tomate, tabaco e pimenta.

Parte dessa produção era usada na subsistência, e o restante, entregue ao poder central na forma de tributos.

No cultivo, utilizavam equipamentos de pedra e madeira.

SOB DOMÍNIO ASTECA

Além dos produtos agrícolas, comercializavam mercadorias como tecidos, peles, cerâmicas, sal, ouro e prata.

A religião assumia papel preponderante entre os astecas; sendo a paisagem das cidades dominada pelos grandes templos.

Alguns rituais religiosos envolviam o sacrifício humano.

O povo asteca desenvolveu um tipo de calendário e uma escrita complexa que tinham funções rituais.

Essa escrita foi dividida pelos especialistas em três tipos: fonética, pictográfica e ideográfica.

O PODER DOS INCAS

A sociedade inca desenvolveu-se a partir do século XII, na cordilheira dos Andes, na América do Sul, englobando uma série de povos assimilados no decorrer de um longo processo.

No século XIV, em seu auge, encontravam-se sob domínio inca cerca de 20 milhões de pessoas, espalhadas por um vasto território, que englobava terras dos atuais Peru, Equador, Bolívia e norte do Chile.

O poder era centralizado na figura de um soberano, denominado inca (“o filho do Sol”), que detinha a posse das terras, riquezas, minas e rebanhos.

O PODER DOS INCAS

Com ampla autoridade, ele era considerado quase um deus.

Os altos funcionários e os sacerdotes, geralmente membros da família inca, também detinha grande poder e riquezas.

A agricultura constituía a base da economia; plantavam-se sobretudo milho, batata e tabaco.

A produção artesanal era constituída por tecelagem, metalurgia e cerâmica.

As aldeias recebiam o nome de ayllus e eram comandadas pelos curacas, auxiliados pelos camayocs.

O PODER DOS INCAS

O trabalhador urbano estava sujeito à mita, espécie de trabalho compulsório na preparação, exploração das minas, criação de animais (como lhamas e alpacas) e construção de canais de irrigação, estradas, templos e edifícios administrativos.

A partir do século XV, a cidade de Cuzco (“umbigo”) tornou-se o centro da sociedade inca, abrigando entre 100 mil e 200 mil pessoas.

Situada na região central do território, ligava-se a outras regiões por uma rede de aproximadamente 40 mil quilômetros de estradas, que facilitavam as comunicações e permitiam a circulação do correio, de mercadorias e de tropas militares.

O PODER DOS INCAS

Existiam outras cidades importantes, que contavam com planejamento e arquitetura sofisticados, como Cajamarca e Tumitampa.

Para suas construções, os incas utilizavam materiais como pedra, bronze e argila.

Machu Picchu é um dos mais notáveis conjuntos arquitetônicos desses povos.

Os incas erigiram grandes templos, repletos de adornos e esculturas feitos de metais preciosos, em honra a deuses que representavam elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as estrelas.

O PODER DOS INCAS

O deus mais popular era Inti, representado pelo Sol e considerado um antepassado da família inca.

Os incas não utilizavam um sistema de escrita – os conhecimentos eram transmitidos oralmente.

Os registros contábeis eram feitos por meio dos quipus, cordões coloridos nos quais se davam nós, que funcionavam como códigos que remetiam a ideias e palavras.

O calendário inca dividia o ano em 12 meses lunares.

POVOS TUPI-GUARANI

Divididos em Tupinambá, Tupiniquim, Caeté, Potiguar, entre muitos outros grupos, os Tupi-Guarani constituíam o maior conjunto de povos na parte da América explorada pelos portugueses: formavam uma população entre 2 e 4 milhões de indivíduos.

O convívio com os conquistadores representou um verdadeiro desastre para esses povos, sobretudo aqueles que habitavam o litoral.

Ao final do século XVII, grande parte havia sido dizimada, por meio da guerra, vítimas de doenças ou pela escravidão.

POVOS TUPI-GUARANI

Muitos dos que conseguiram sobreviver aos primeiros contatos migraram para o interior do continente, em áreas distantes do colonizador.

Uma parte dos nativos incorporou-se à sociedade que então se formava, convivendo com portugueses e africanos escravizados.