Electrificação Residencial Atraves de Sistemas Fotovoltaicos. Celso Macie 2016
Impactos técnicos e económicos da electrificação gradual...
Transcript of Impactos técnicos e económicos da electrificação gradual...
Impactos técnicos e económicos da electrificação gradual
do sector dos transportes em Portugal
Lisboa, 9 de julho de 2015.
Joaquim Delgado
2/16
JD - 2015
Sumário
1ª Parte
• Breve caraterização do sector elétrico português actual.
• Descarbonização e expansão da geração renovável.
• O mix do sistema electroprodutor.
2ª Parte
• A eletrificação dos transportes como estratégia para ajudar a consumir a energia renovável excedentária.
• Contributos para mitigar os problemas.
3ª Parte
• Impactos técnicos no sistema electroprodutor.
• Impactos económicos.
3/16
JD - 2015
• Com vista a descarbonizar da economia energética, desde 1997 expansão com PRO PRE (eólica, hídrica fio-de-água, solar PV...), intermitência e não despachabilidade.
• Estratégia assente em ímpeto excessivo e pressupostos errados de crescimento da procura.
• Excesso de capacidade instalada, 17.834 MW, 6.979 MW de PRE (4.541 MW eólica), ponta de 8.500 MW e mínimo de 4.500 MW.
• Disparo dos custos de exploração, com tarifas muito elevadas, perdas de eficiência do sistema, desperdícios de energia…
• Desperdício económico imediato. Energia injectada na rede sempre paga aos produtores quer haja consumidores, quer não …
• Pagamento de rendas à PRO (reserva) para garantir segurança do sistema.
• Necessidade de sistemas de armazenamento. Espanha idem…
• Custos diretos e indiretos energia cara + défice tarifário… (1.000 M€ por ano).
• Sistema ainda funciona bem, do ponto de vista técnico.
• Do ponto de vista económico (… bem para uma minoria)
1ª Parte - Sector electroprodutor português - hoje
4/16
JD - 2015
Diagrama de carga num dia típico
Diagrama de carga e mix de geração em Portugal no dia 31.Janeiro.2015. Fonte: REN, 2015.
5/16
JD - 2015
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
00:00 02:00 04:00 06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
MW
Horas
Necessidade de armazenamento
Potência absorvida pela bombagem em Portugal no dia 7.Maio.15.
6/16
JD - 2015
• Há um problema.
• Electrificação dos transportes ferroviários (mercadorias e passageiros), urbanos e veículos pessoais;
• Frotas distribuídas possuirão uma elevada capacidade para absorver parte dessa energia e rentabilizá-la;
• Carregamento durante a madrugada, quando há excedentes de energia, evitando que parte dessa tenha que ser exportada a custo irrisório ou armazenada em barragens distantes e com perdas elevadas;
• Melhorar o uso das redes;
• Consumir energia endógena e reduzir as emissões dos transportes;
• Reduzir a importação de petróleo, a dependência energética do exterior e melhorar a balança de transacções.
• Esta transição não só é desejável, como é imediatamente exequível uma vez que a implementação será gradual.
2ª Parte - Mitigar as consequências
7/16
JD - 2015
Impactos de diferentes frotas de VEs no sistema electroprodutor e
economia portuguesa
Estudo para frotas com:
100 mil,
500 mil e
1 milhão de VEs
15.000 km/ano
20 kWh/100 km ou
7 lit./100 km.
Com BEVs e PHEVs que estão já no mercado
3ª Parte
8/16
JD - 2015
Impacto da recarga do VE na habitação (6,9 kVA)
No diagrama de carga diário
No consumo mensal – média de 150 kWh/mês
Recarga do VE
34% dos 4,7 MClientes
9/16
JD - 2015
Custos totais de posse por ano
10/16
JD - 2015
Emissões por quilómetro
11/16
JD - 2015
Consumos de energia - dados de 2014
Consumos anuais comparativos das frotas com o consumo global, a geração renovável e a bombagem em 2014. Fonte: REN, 2015.
12/16
JD - 2015
Impacto das frotas no diagrama de carga diário (potência)
Impacto hipotético das diferentes frotas no diagrama de carga diário de 7.Maio.2015. Fonte: REN, 2015.
65 MW a 870 MW Gestão facilmente assegurada pelo despacho atual.
13/16
JD - 2015
Impacto das frotas no consumo anual de energia.
Impacto hipotético das frotas no consumo global de 2014. Fonte: REN, 2014.
14/16
JD - 2015
Custos adicionais e benefícios de uma frota de VEs em 2015
Custos adicionais e benefícios de uma frota de 100.000 VEs em 2015.
15/16
JD - 2015
Custos adicionais e benefícios de uma frota de 100.000 VEs em 2025.
Custos adicionais e benefícios de uma frota de VEs em 2025
16/16
JD - 2015
Conclusões
Uso de VEs em alternativa aos VCs pode já:
• Dar uso a um recurso que temos em excesso e maximizar a utilidade da electricidade que a produção intermitente está a produzir;
• Reduzir a importação de petróleo, a dependência energética do exterior e a melhoria da balança de transacções;
• Redução das perdas intrínsecas ao armazenamento (30%) de energia que ocorrem se essa for enviada para as centrais de bombagem distantes;
• Mitigar a necessidade de expansão do sistema de armazenamento com barragens que envolve grandes investimentos e impactos sobre o meio ambiente.
• Contributo para o cumprimento das metas de redução das emissões de CO2 no sector dos transportes.
• Tudo pode ser feiro com investimentos comedidos e implementados gradualmente.