filosofia contemporânea · 2019. 10. 9. · Schiller Goet he Schille r “por uma ideia...

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filosofia contemporânea carlos joão correia 2019-2020 1ºSemestre

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filosofia contemporânea

carlos joão correia 2019-2020 1ºSemestre

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Sturm und Drang

Goethe

Schiller

Goethe 1749-1832 Schiller 1759-1805

1.

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Schiller

Goethe

Schiller

“por uma ideia estética entendo porém aquela representação da faculdade de imaginação que dá muito que pensar, sem que contudo qualquer pensamento determinado, isto é conceito, lhe possa ser adequado” Kant. Crítica da Faculdade do Juízo. §49

“A alma/ânimo (Gemüt) vai da sensação ao pensamento atravessando uma disposição intermédia, na qual a sensibilidade e razão actuam em simultâneo e que, por isso mesmo, abolem mutuamente o seu poder determinante [...] Esta disposição intermédia em que o ânimo não é coagido nem física nem moralmente e onde, contudo, ela encontra-se activa nesses dois planos, merece o privilégio de disposição livre - se chamamos físico [disposição material] o estado de determinação sensível e lógico ou moral [disposição formal] o estado de determinação racional, logo teremos de dar a esse estado [...] o nome de estético. [disposição lúdica]” Schiller. Cartas sobre a Educação Estética do Ser Humano. 20ªcarta, §4

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Goethe

Schiller

Goethe

“Um ser organizado não é (...) simplesmente uma máquina: esta possui apenas força motora; pelo contrário, ele possui em si uma tal força que ele a comunica aos materiais que não a possuem. Trata-se pois de uma força formadora que se propaga a si própria, a qual não é explicável só através da faculdade motora (omecanicismo).” Kant. Crítica da Faculdade do Juízo §65 “Cada criatura é apenas uma gradação padronizada de um grande todo harmonioso.” Goethe

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Gottlob Ernst Schulze

1792 Reinhold 1757-1823

Enesidemo2

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“[Sobre a coisa-em-si], Kant (...) presume que deve existir um correlato possível de ser pensado mesmo que não seja conhecido. Com base em princípios críticos, ele não pode correctamente dizer mais do que isso, i.e. que a coisa-em-si pode ser um correlato da sensibilidade. Que ele não o faça resulta da sua resistência à “proposição absurda de que haveria fenómenos (aparências), sem algo que aparecesse” (KrV B xxvi-xxvii).).” Howard Caygill. A Kant Dictionary. Oxford et al: Blackwell. 1995, 393.

Crítica à coisa-em-si

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”O conceito de causa, como os conceitos puros do entendimento, não tem a menor significação se ele é retirado dos objectos da experiência e aplicado às coisas em si. É um conceito que pertence necessariamente à simples forma da experiência e à possibilidade desta última enquanto unidade sintética das percepções. Ele só funciona, por assim dizer, para soletrar os fenómenos com o fim de os ler como experiências. Só nos fornece conhecimento quando é aplicado às intuições empíricas e, sem estas intuições, é um pensamento puramente formal. Poder-se-ia certamente estendê-lo para lá da nossa intuição sensível, mas tal extensão não nos serviria de muito: o conceito de causa tornar-se-ia num conceito vazio de um objecto, do qual nunca poderíamos saber pelo conceito se é ele possível ou não.” G.E. Schulze. Aenesidemus (1792), 129. Trad. Énésidème. Paris: Vrin. 2007, 115-116.

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“Kant entra em contradição consigo mesmo. (...) Que é com efeito esta coisa em si, como ele a chama? Não será o supra-sensível? Certamente, pelo menos é o extra-sensível, o não-sensível. Ora só há duas maneiras para ela (coisa em si) ser assim: ou está acima ou abaixo da experiência sensível. Estaria abaixo da experiência sensível, se ela fosse pensada como um simples hypokeimenon, um simples substracto, uma pura matéria desprovida de toda a qualidade efectiva (...) Mas o conceito de substracto não é diferente do da substância. (...) A não ser que a queira pensar como um supra-sensível. Mas isso levanta uma nova questão: como é que este supra-sensível se distingue do outro, daquele que Kant apresenta como sendo pelo menos o objecto do nosso esforço de conhecer, mesmo que não possa ser efectivamente conhecido? (...) coisa em si (por causa do seus próprios conceitos é um círculo vicioso, pois se ela é coisa não é em si e se ela é em si, não é uma coisa)“ Schelling.Zur Geschichte der neueren Philosophie (1827). S.W. X: 83/84

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1762-1814

FICHTE

3.

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caspar david friedrich

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“[A intuição intelectual] é a consciência imediata de que eu efectuo um acto [...]. Não se pode demonstrar por conceitos no que ela consiste. Cada um de nós deve encontrá-la imediatamente em si mesmo porque senão nunca a encontrará. A pretensão de alguém que quisesse que eu a demonstrasse através do poder da argumentação é tão credível como um cego de nascença que quisesse que lhe explicassem o que são as cores, sem ter a capacidade de as ver. Pode-se contudo mostrar a cada um, na experiência que ele reconhece como sendo sua, que esta intuição intelectual intervém em todos os momentos da sua consciência. Não posso dar um passo, levantar a mão ou um pé sem [possuir], nestes mesmos actos, a intuição intelectual da minha consciência de si. É apenas por esta intuição que eu sei que eu faço; é graças a ela que eu distingo o meu acto e, nele, eu próprio, no objecto intencionado pelo acto. Aquele que se atribui um acto faz sempre apelo a esta intuição. Nela encontra-se a fonte da vida e sem ela há apenas morte. Todavia esta intuição não surge nunca só, como um acto completo da consciência”

Fichte. Primeira Introdução à Doutrina da Ciência 1:463