II Seminário Internacional da Rede de Pesquisa sobre Drogas Jovem Pesquisador de Mestrado Salvador...

II Seminário Internacional II Seminário Internacional da Rede de Pesquisa da Rede de Pesquisa sobre Drogassobre Drogas

Jovem Pesquisador de Mestrado

Salvador – BA, 2009

II Seminário Internacional II Seminário Internacional da Rede de Pesquisa sobre da Rede de Pesquisa sobre DrogasDrogas

Uso de álcool e estresse no trabalho entre servidores de uma

universidade pública

Miriam Lopes¹Orientador (a) – Profa. Dra. Edilaine C. Silva²

¹ Mestranda do Programa Enfermagem Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

² Docente do Depto de Enfermagem Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Uso de álcool e estresse no trabalho Uso de álcool e estresse no trabalho entre servidores de uma universidade entre servidores de uma universidade

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Sumário

IntroduçãoObjetivosMetodologiaResultados preliminaresConclusõesReferências


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INTRODUÇÃO

O álcool é considerado a substância de abuso mais comum, tanto para a saúde pública como para a do trabalhador (NORMAN et al, 1994).

Estimativas da Associação dos Estudos do Álcool e Outras Drogas evidenciaram que o alcoolismo era o terceiro motivo de absenteísmo no trabalho e a causa mais frequente de aposentadorias precoces (VAISSMAN, 2004).


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INTRODUÇÃO

Estudos brasileiros sobre o consumo de bebidas alcoólicas constatou que 45% dos adultos que bebem tiveram algum problema relacionado à este consumo, tais como físico, social, laboral, violência, familiar e legal (LARANJEIRA et al, 2007).

Entre os possíveis riscos para o uso de drogas identificou-se o estresse no trabalho, a rivalidade com os colegas e a insatisfação com o trabalho, destacado por pesquisa com trabalhadores de empresas no Rio de Janeiro sobre o uso e abuso de álcool (CARRILLO et al, 2003).


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INTRODUÇÃO

Esta relação entre estresse e ambiente de trabalho é observada em estudos na América do Norte, onde a incidência do estresse mental no trabalho apresenta níveis preocupantes, 11% das reclamações por doenças entre norte-americanos (JAQUECS, 2002).

Diante da alta prevalência de uso de álcool em populações de trabalhadores, estudos sobre o estresse no ambiente laboral e relação do estresse com o uso de substâncias psicoativas, propõe-se desenvolver estudo sobre o consumo de bebidas alcoólicas e a relação deste com o estresse no trabalho entre trabalhadores de uma Universidade Pública.


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OBJETIVOS

Identificar a relação entre o padrão de uso de bebida alcoólica e os níveis de estresse no trabalho entre servidores de um Campus Universitário.


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METODOLOGIA

Estudo quantitativo, descritivo e exploratório, de corte transversal;

Realizado em oito unidades e Prefeitura do Campus da USP de Ribeirão Preto (população composta por 1.749 servidores da categoria não-docente);

Funcionários recebem o convite e participam da pesquisa acordando em responder aos questionários;

Coleta de dados utiliza-se: Questionário de Dados Sócio-Demográficos, Questionário sobre o Padrão de Consumo de Bebida Alcoólica (AUDIT) para rastreamento de problemas com o uso de álcool e Escala de Estresse no Trabalho (JSS) que avalia o estresse no ambiente de trabalho;


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METODOLOGIA

Início: março de 2008 em uma das unidades, havendo resposta de 149 servidores, compondo os resultados preliminares apresentados;

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP;

As informações coletadas têm sido digitadas para análise no programa estatístico Statistical Package Social Science (SPSS versão 16.0 de 2007), sendo realizada estatística descritiva e teste de correlação.


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RESULTADOS PRELIMINARES

Dentre os participantes (n=149),

Questionário Sócio-Demográfico:• 74,3% eram mulheres;• 63,8% casados;• 52,6% possuíam ensino superior completo,• 48,7% ocupavam funções de nível médio.• Média de idade – 44,3 anos (dp=8,54; min=23,

max=61), • Média da renda familiar – R$ 4.238 (dp=2.231;

min-800, max=12.000).


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Escala de Estresse no Trabalho:

• item Demanda – média de 12,8 (dp=3,68; min=0, max=19);

• item Controle – média de 17,7 (dp=4,09; min=0, max=24);

• item Apoio Social – média de 19,8 (dp=4,78; min=0, max=24).


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Somatória do AUDIT:

• 89,5% dos sujeitos classificam-se de baixo risco;• 9,1% se enquadram no consumo de risco, • 0,7%, no uso nocivo e provável dependência.

Nesta amostra, encontramos uma relação entre o uso de álcool e o controle exercido pelo sujeito no ambiente de trabalho, de modo que quanto maior a falta de controle do sujeito, e conseqüentemente maior estresse, maior a pontuação encontrada para o uso de álcool (Spearman; r=0,28; p<0,001). Porém, essa relação não foi identificada nos itens Demanda e Apoio Social.


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CONCLUSÕES

O ambiente de trabalho deve ser considerado um espaço privilegiado para realização de ações de prevenção ao uso problemático de álcool e aplicação de medidas de redução de riscos, além de estratégias que auxiliem no manejo do estresse, seja no ambiente de trabalho ou em outros contextos sociais desses trabalhadores.


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REFERÊNCIASCARRILLO, L.; PIEDAD, L.; MAURO, M.Y.C. Uso e abuso de álcool e outras drogas:

ações de promoção e prevenção no trabalho. Rev. Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro; 11(1):25-33, 2003.

JAQUECS M.G.; CODO, W. Saúde mental e trabalho. Petrópolis (Rio de Janeiro): Vozes; 2002.

LARANJEIRA, R.; PINSKY, I.; ZALESKI, M.; CAETANO, R. I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira. SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas), 2007.

NORMAN, J.; LEMPERD, R.; O’BRIEN, C. Under the Influence? Drugs and the American Work Force. National Academy press, Washington dc, 1994.

VAISSMAN, M. Alcoolismo no Trabalho. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.


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