Igreja reclama - jornalcontato.com.br · 1- Os sabores inconfundíveis do Croasonho do Via Vale ......

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Vale do Paraíba | de 8 a 14 de Fevereiro de 2013 R$ 1,00 | Ano 13 | Edição 581 | www.jornalcontato.com.br Perfil Edney Corrêa, de guarda-mirim a CEO de multinacional Pág. 4 Social Empresário João Roman Neto, o mais novo 1/2 idade da terra de Lobato Pág. 9 Igreja reclama Defesa Civil interdita igreja do Rosário e seu entorno sob protesto da Cúria Metropolitana Pág. 5 Mais denúncias Ministério Público vai para cima de Roberto Peixoto e assessores Pág. 7 Ortiz Júnior vive um drama: Bernardo Ortiz, seu pai, canalizou córregos com materiais inadequaados; Roberto Peixoto não fez a manutenção necessária. O resultado está exposto no Parque Três Marias cuja foto ilustra a capa desta edição. Pág. 6 Herança maldita Até quando?

Transcript of Igreja reclama - jornalcontato.com.br · 1- Os sabores inconfundíveis do Croasonho do Via Vale ......

Vale do Paraíba | de 8 a 14 de Fevereiro de 2013R$ 1,00 | Ano 13 | Edição 581 | www.jornalcontato.com.br

PerfilEdney Corrêa, de guarda-mirima CEO de multinacionalPág. 4

SocialEmpresário João Roman Neto,o mais novo 1/2 idade daterra de LobatoPág. 9

Igreja reclamaDefesa Civil interdita igrejado Rosário e seu entorno sobprotesto da Cúria MetropolitanaPág. 5

Mais denúnciasMinistério Público vai para cima de Roberto Peixoto e assessores Pág. 7

Ortiz Júnior vive um drama: Bernardo Ortiz, seu pai, canalizoucórregos com materiais inadequaados; Roberto Peixoto não

fez a manutenção necessária. O resultado está expostono Parque Três Marias cuja foto ilustra a capa desta edição.

Pág. 6

Herança malditaAté quando?

Neste domingo, dia 10/02/2013,o Programa Diálogo Franco com

Carlos Marcondes contará com a presença do Eng° LeonelFernando Perondi –Diretor do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, às 09h da manhã,na TV Band Vale. Não perca!

2 LADO Bpor Mary Bergamotafotos: Luciano Dinamarco (www.twitter.com/dinamarco)

Diretor De reDaçãoPaulo de Tarso Venceslau

eDitor e Jornalista responsávelPedro Venceslau - MTB: 43730/SP

reportagemMarcos Limão - MTB: 62183/SP

estagiáriosPaulo Lacerda

eDitoração gráficaNicole Doná[email protected]

impressãoGráfica O Vale

colaboraDoresÂngelo Moraes

Antônio Marmo de OliveiraAquiles Rique Reis

Beti CruzDaniel Aarão Reis

Fabrício JunqueiraJoão Gibier

José Carlos Sebe Bom MeihyLídia Meireles

Luciano DinamarcoRenato Teixeira

Jornal CONTATO é uma publica-ção de Venceslau e Venceslau Pu-blicações e Eventos Jornalísticos

CNPJ: 07.278.549/0001-91

Expediente

reDaçãoIrmã Luiza Basília, 101 - Independência

Taubaté/São Paulo CEP 12031-160Tel.: (12) 3411-1536

e-mail: [email protected]

1- Os sabores inconfundíveis do Croasonho do Via Vale Garden Shopping conquistam, a cada dia, novos e exigentes paladares, como o pequeno João Felipe, que lambeu

os dedinhos após devorar um croissant recheado de chocolate, enquanto a mamãe, Dra Luana Silva Rodrigues, era recebida com uma bela taça de champanha.

2 - Sob os olhos e corujices da vovó Regina Pelúcio, a pequena Maria aporta no vale para levar as alianças e enfeitar o casório dos primos Vanessa e Fábio, que promete desfalcar

a Banda Mole de taubateanos e guaratinguetaenses no sábado de carnaval.

3 - É na praça de São Luiz do Paratinga que Silvana Righi relaxa e reaprende a contar as estrelas, num céu especialmente bonito e preparado para os luizenses

em mais um autêntico carnaval.

4 - Refugiada em território britânico, num arquipélago do Caribe chamado Turks and Caicos, Eduarda Corrêa emenda suas férias no carnaval, deixando o pequeno

Théo aos cuidados da família em Lorena.

5 - Em mais um verão brasileiro, circulando entre São Paulo e Ubatuba, a “lon-drina” Sayuri Carbonnier deu rasante em Taubaté, para visitas à família e aos

amigos do peito.

6 - No dia de Iemanjá, 2 de fevereiro, Sílvia Pereira deixou para trás as areias de Caraguatatuba para matar a saudade e abraçar Hideko Arima, que esbanjou vi-

talidade e bom humor no seu aniversário, comemorado em petit comité em Taubaté e em Guaratinguetá.

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Herança de PeixotoNão se trata daquela chamada de maldita que atormenta os pobres mortais que vivem na terra de Lobato,nem quanto a que caberá a cada filho; trata-se do retorno ao investimento feito por advogados queassumiram o compromisso de defender o ex-prefeito em dezenas de causas. Uma fonte segura quepoderá secar assim que acabar a poupança que meu amigo Peixotinho acumulou em 8 anos”,pensa em voz alta Tia Anastácia com enigmático sorriso nos lábios

Tropa de peixoTo 1Na segunda-feira, 4, o celular

de Tia Anastácia vibrou. Do outro lado da linha, o interlocutor infor-mou que os advogados de Roberto Peixoto se encontravam em um restaurante no bairro Indepen-dência. O sobrinho mais serelepe da veneranda senhora foi enviado para lá com a missão de conseguir uma entrevista com o ex-prefeito.

Tropa de peixoTo 2O advogado Anthero Mendes

Pereira Júnior, que lidera a banca de defesa de Peixoto, disse que con-sultaria seu cliente sobre a possibi-lidade de uma entrevista. Depois, afirmou que só fala com Roberto Peixoto pelo telefone e que não sabe o paradeiro do ex-prefeito. “Não sabe ou não quis falar?”, per-gunta Tia Anastácia.

Tropa de peixoTo 3O bate papo se estendeu até

a conversa entrar nos processos em trâmite na Justiça que dizem respeito ao atual prefeito. Anthero foi taxativo ao dizer que Ortiz Jú-nior (PSDB) será cassado pela Jus-tiça Eleitoral de Taubaté, mas que reverterá a decisão nas instâncias superiores e terminará o mandato sem sobressaltos. “Já vi esse filme”, pensa em voz alta Tia Anastácia.

rusgas culTuraisNão convide para a mesma

mesa o secretário de Turismo e Cultura e um conhecido artista plástico que até pouco tempo não desgrudava do então amigo.

desaTivadoFaz tempo que o ex-prefeito

Bernardo Ortiz (PSDB) não atualiza seu blog. A última postagem foi em setembro de 2012, sobre o afasta-mento provisório dele do cargo de Presidente da FDE.

Fura Fila Fazendo um balanço do pri-

meiro mês de mandato, Salvador Soares (PT) disse que atendeu em

seu gabinete diversas solicitações, dentre elas a de consultas médicas. “Se eu atender, eu vou cortar a fila de alguém, e isso eu não vou fazer”, declarou o petista. Entendeu Bilili?

Na boquiNhaAlém de se mostrar um exímio

furador de filas de consultas mé-dicas na rede pública, o que lhe garantiu um mandato como verea-dor, Bilili (PSDB) também desponta como um belo arrumador de em-pregos... pros familiares! A mulher dele conseguiu uma boquinha na Prefeitura e a cunhada, na Câmara.

rosário 1Joffre Neto (PSB) articulou uma

ação com o Sindicato dos Engenhei-ros na Igreja do Rosário, que havia sido interditada pela Defesa Civil, e chamou a imprensa. Como os re-pórteres da afiliada da TV Globo ig-noraram sua presença, o vereador destilou seu veneno na rede social Facebook, dizendo: “Acabei de ver o resumo da Vanguarda e, para va-riar, mas uma vez as informações estão incorretas ou incompletas. Infelizmente não foi informado ao amigo Marcelo Hespanha o que

de fato estava ocorrendo, além do que, a Vanguarda trata vereadores como leprosos, dos quais é perigo-so se aproximar, mesmo que tenha-mos sido nós quem os convidou para a inspeção do prédio, através da assessoria de comunicação da Câmara Municipal”.

rosário 2O nobre edil deveria ficar feliz

pela mobilização e pelo fato de o assunto estar em pauta. A raiva de-monstrada pelo simples motivo de não ter sido entrevistado, pode ser interpretada que ele só faz as coi-sas para aparecer.

carTas e reparos 1Recebemos carta da OAB de

Taubaté referente à notícia veicu-lada na edição 580, sobre o ganho extra que os advogados da UNITAU obtêm mediante acordo judicial com estudantes devedores.

A Subseção de Taubaté da Ordem dos Advogados do Brasil manifesta-se contrária à notícia publicada na coluna “Tia Anastá-cia”, “Escola ou banco? 3”, na edi-ção nº 580 do respeitado Jornal Contato de Taubaté, acusando

os advogados da Universidade de Taubaté de receberem salário extra que varia de 10% a 20% sobre o valor de cada ação. Infe-lizmente, o conteúdo da notícia está equivocado, pois a fixação de honorários advocatícios su-cumbenciais é consequência legal imposta àquele que deu causa à instauração de processo judicial, independentemente das partes terem sido defendidas por advo-gado privado ou público, posto que a remuneração do profissio-nal é fixada segundo o prudente arbítrio do juiz, mediante a obser-vação dos critérios previstos no § 3º do artigo 20 da Lei Federal n. 5.869, de 11.01.1973 – Códi-go de Processo Civil –, garantidos pelo artigo 22 da Lei Federal n. 8.904, de 4.07.1994 – Estatuto da Advocacia. Desta feita, a Lei Municipal n. 4.000/06 citada na referida notícia apenas estabelece como os valores são divididos en-tre os procuradores, de modo que isto não configura ilegalidade ou abuso, nem mesmo vantagem ou gratificação salarial. A Ordem dos Advogados do Brasil exige respei-to quando o assunto envolve o di-

reito dos advogados na percepção de honorários sucumbenciais.”

NR: Em momento algum CONTATO afirmou ou insinuou a existência de alguma ilegalida-de. Trata-se unicamente de uma questão ética uma vez que os advogados do setor público são os únicos que desfrutam dessa regalia: um complemento sala-rial pelo trabalho pelo qual são devidamente remunerados.

carTas e reparos 2Na edição 580, Tia Anastá-

cia divulgou a versão de Isabel Camargo, chefe de gabinete do vereador Joffre Neto (PSB), so-bre o episódio da assessora do parlamentar que tinha um che-que nominal a ela na Tesouraria do Legislativo mesmo sem ela ter trabalhado, pois estava em Cancum. Ela pediu retratação porque CONTATO divulgou que, segundo Isabel Camargo, o fato ocorreu por erro de comunica-ção entre a Tesouraria e o setor de Recursos Humanos.

Tenho, por obrigação e respei-to para com a Câmara Municipal de Taubaté e seus servidores, que es-clarecer o que foi a mim atribuído por este Jornal, em matéria do dia 01/02/2013, edição 580. Disse eu, então, ao repórter Marcos Limão, o seguinte: “Nem o setor de RH e nem a Contabilidade da Câmara, poderiam supor que algum dos as-sessores não tivesse tomado posse, após a publicação das nomeações, pois todos os Chefes de Gabinete e Assessores já estavam desde o dia 07/01 trabalhando nos gabinetes e as primeiras portarias só saíram em 11/01/2013. Portanto, não consultaram os Vereadores para saber se todos haviam tomado posse. O repórter em sua matéria usou só a primeira informação e a omissão no restante do que foi dito colocou em dúvida a competên-cia e responsabilidade da Câmara Municipal de Taubaté, o que é ab-solutamente injusto e não reflete à minha opinião pessoal.

TIA ANASTÁCIA 3“Jornalismo é o exercício diário da inteligênciae a prática cotidiana do caráter” (Cláudio Abramo)

Edney Corrêa, de guarda-mirima CEO de multinacional

4 REPORTAGEMpor Paulo de Tarso Venceslau

Existem expressões in-glesas que foram incor-poradas definitivamente no mundo corporativo

de grandes empresas multina-cionais em um mundo cada vez mais globalizados. Duas delas caem como uma luva para ex-plicar o sucesso de um jovem que nasceu em Taubaté, na Vila São Geraldo, em 1977, foi guar-da-mirim da prefeitura e com apenas 14 anos, ainda na mes-ma função, já prestava serviços na ALSTOM.

O choque cultural marcou a vida da família de Edney Correa O pai abandonou a roça, com a família, da vizinha Cunha. Saiu em busca de melhores oportuni-dades em Taubaté, marcada por forte crescimento industrial. An-tes de migrar para Volkswagen, o pai de Edney trabalhou por 15 anos na Mecânica e na ALSTOM, que adquiriu a empresa francesa no final dos anos 1980.

Perfil

CONTATO descobriu o entrevistado através do engenheiro Edmauro Santos ex-ALSTOM, onde trabalhoupor mais de 40 anos, e que ficou muito feliz quando soube que o guarda-mirimque o atendia acabara de assumir a presidência da multinacional TrelleborgVibracoustic

self maDe manTrata-se de uma expressão

usada pelos americanos para defi-nir uma pessoa que conseguiu su-cesso profissional através de seu esforço pessoal. A carreira profis-sional é um exemplo disso. Curio-samente, exatamente num país em que o jeitinho está tão presente quanto o QI (Quem Indica) no dia a dia da vida profissional. A seriedade com que exercia o traba-lho como guardinha chamou a atenção de outros profissionais a ponto de a empresa contratá-lo, o que não acontecia havia pelo menos sete anos.

Permaneceu na ALSTOM até os 20 anos de idade, con-ciliando o trabalho com a vida escolar. Nesse período, foi

muito estimulado por sua chefe e secretária da diretoria Maria Te-reza Poepck que o induziu a fazer diversos cursos como Auto Cad, por exemplo.

Demitiu-se da empresa quan-do entrou para a faculdade de en-genharia Mecânica na UNITAU. Iniciou, desde então, uma carreira acadêmica em ritmo de Fórmula 1 depois de formado: fez 3 MBAs (Master of Business Administra-tion) na FGV nas áreas de gestão empresarial, gestão executiva de projetos e gestão financeira e con-troladoria. Seu objetivo: suprir pon-tos em que julgava não estar devi-damente preparado.

Em seguida, foi aprovado para ministrar aulas no curso de pós graduação em viabilidade de pro-jetos e matemática financeira na FGV. Nesse mesmo período, duran-te 9, meses fez estágio na empresa Vibracoustic, dos quais passou qua-tro na Alemanha. Edney se emocio-na quando relata como foi o Natal de 1999: uma foto sua na frente de um prato com batata, bacon e to-mate fez sua mãe chorar. Em com-pensação, hoje ele fala fluentemen-te alemão, francês e inglês.

Todo esse esforço culminou com sua efetivação na empresa sob o comando de um alemão com quem se comunicava na língua do chefe. Em 2009, assu-miu o cargo de diretor de planta.

trelleborgvibracousticTrata-se de uma empresa industrial especializada em anti-

vibração para automóveis do mundo inteiro. É um empreendi-mento conjunto da Vibracoustic estabelecido pela Freudenberg e a Trelleborg, em um sistema de “Joint Venture”. No Brasil, a empresa possui cerca de oitocentos funcionários em Guarulhos e Taubaté, que atendem as demandas do mercado nacional.

Em outubro do ano passado, o taubateano Edney Corrêa foi empossado como o novo presidente e CEO da corporação para a América do Sul. Sua missão: demonstrar habilidade ad-ministrativa para conseguir conciliar a excelência da empresa em um mercado cada mais exigente com relação ao proces-so industrial. Hoje os consumidores exigem conhecer como é produzido o produto oferecido pela empresa.

Sabia que era um ponto fora da curva da carreira profissional e por isso mesmo não podia de-cepcionar ninguém. E cumpriu o compromisso estabelecido consi-go mesmo.

ceoTrata-se da sigla de outra ex-

pressão em inglês - Chief Execu-tive Officer - que designa o mais alto cargo executivo de uma or-ganização. Em português equiva-le a Diretor Geral, o responsável pela realização das políticas e planos estratégicos aprovados ou estabelecidos pelo Conselho de Administração.

Em 2012, Edney foi promovido

a presidente CEO responsável por todo o mercado da empresa na América Latina da TrelleborgVibra-coustic (ver box).

Com quase 15 na empresa, Edney tem certeza que o desafio que tem pela frente é bem maior do que os enfrentados até ago-ra. Para exemplificar, relata que entre outras metas, poderá criar novas unidades industriais na Ar-gentina e no Nordeste.

Hoje, para exercer suas novas funções, Edney vive uma estafante vida profissional percorrendo to-das as atuais unidades da empresa assim como para avaliar a constru-ção de novas fábricas e o potencial de novos mercados.

Edney conhece os detalhes de cada unidade

REPORTAGEM 5Igreja do Rosário interditadaPerfil

Visível deterioração daquele imóvel histórico levou a Defesa Civil a interditar o patrimônio histórico da Igreja do Rosárioe o seu entorno que abrangem o estacionamento e o imóvel onde funcionam a Rádio Cultura e a Fundação Dom Couto

por Marcos Limão e Karolina Alvarenga

No dia 1º de fevereiro, a Defesa Civil interditou a Igreja do Rosário, o prédio anexo (onde

funciona a Rádio Cultura e a Fundação Dom Couto) e o esta-cionamento que existe atrás da igreja. O complexo interditado pertence à Diocese de Taubaté

e desde 2008 a Fundação Dom Couto se responsabiliza pelo imóvel, já que ele foi tombado como patrimônio histórico em 14 de dezembro de 1995, por meio do Decreto nº 8.209.

A investida do poder públi-co expôs a ausência de política pública para o setor e a crônica

Vereador Joffre“Saad” Neto

Por outro lado, a interdição revelou a versão “Chico Saad” até então desconhecida do vereador Joffre Neto (PSB). Durante o Governo Peixoto, o ex-vereador Chico Saad (PMDB) fez de tudo para satisfazer os interesses

do Executivo - cometendo até mesmo insanidades, como levar um lobista para comandar as audiências públicas realizadas na Câmara Municipal com o objetivo de promover modificações no Plano Diretor que interessavam às empresas que pagavam salários ao lobista.

Guardadas as devidas proporções, Joffre Neto agiu da mes-ma forma nesse episódio. O vereador pediu “bom senso” na interdição, mesmo que ela tenha sido executada para preservar vidas, vez que existe risco de queda. Textualmente: “A parede da Igreja está apoiada e pode ceder, mas na vertical. É só lembrar o que aconteceu em São Luiz do Paraitinga, em que as paredes da Matriz cederam quase que na ver-tical, como uma implosão. Há risco aqui, mas não seria necessária a interdição total”, explicou Joffre.

Pode-se concluir que o vereador coloca os inte-resses da igreja Católica acima dos riscos de vida e da perda do patrimônio histórico ao fazer lobby pela desinterdição parcial que seria justificável porque, se a igreja ruir irá desmoronar no senti-do vertical e não horizontal. Sem entrar no mérito, representantes da Fundação Dom Couto sugerem que seja liberado pelo menos o espaço que fica atrás do patrimônio histórico, utilizado como esta-cionamento e fonte de renda.

falta de verba por parte da Igre-ja para preservar aquele templo religioso construído no século XVIII. Interdição era só questão de tempo, porque há ano que aquele patrimônio histórico ago-niza à luz do dia.

A diretora da Fundação Dom Couto, Lilian Mansur, mostrou-

se descontente com a ação da prefeitura. “Eles interditaram o estacionamento da igreja, mas não fizeram o mesmo com o ponto de táxi, uma banca e nem a calçada que fica em frente à igreja. A nós não foi dado o di-reito de defesa”, disse.

Ela destacou ainda que não só a Prefeitura de Taubaté, mas a população e as empresas da cidade devem contribuir para a restauração do imóvel. Para isso, ela aposta no projeto do Governo do Estado chamado Proac (Pro-grama de Ação Cultural), uma lei que oferece incentivo fiscal para obter recursos privados. “Temos até agora R$10 mil e buscamos mais recursos da iniciativa priva-

da, para nos ajudar a restaurar o complexo. Pedimos a ajuda do po-der público para que nos ajudem, pois isso é parte do patrimônio da cidade”, afirmou Mansur.

Membros do Movimento Pre-serva Taubaté também estiveram no local. “Há falta de políticas públicas na cidade e estamos fa-lando desse problema há muito tempo. As mudanças climáticas, o replanejamento do local e o au-mento do fluxo de carros ao redor da igreja agravaram o problema”, destacou Regina Morgado, inte-grante do Preserva. Dirigentes do Sindicato dos Engenheiros comprometeram-se a ajudar na busca de recursos e na realização do laudo e do projeto.

Cúria acompanha vistoria feita por engenheiros à Igreja do Rosário e seu entorno

Prolongamento da rodovia Carvalho Pintovolta à estaca zero

6 REPORTAGEMpor Karolina Alvarenga

Na quarta-feira, dia 6, a Comissão de Obras da Câmara Municipal de Taubaté recebeu re-

presentantes da Concessionária Ecopistas que administra o siste-ma das rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, dos moradores do bairro do Barreiro e do Legislati-vo para discutir sobre o prolonga-mento da Rodovia Carvalho Pinto. O objetivo seria definir melhorias do traçado e analisar os pedidos da população. Os representantes da Prefeitura, porém, não compa-receram ao encontro.

O prolongamento, qualquer que seja o seu traçado, deverá

Vereadores não se sentem seguros para discutir o prolongamento da rodovia que deverá provocar impactos em Taubaté e pedem o cancelamento da audiência pública programada para o dia 14, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente

provocar impactos sociais e am-bientais na terra de Lobato. Há muitos anos seu projeto é de-batido pelas partes envolvidas porque um dos traçados, por exemplo, prevê a desapropriação de cerca de 200 casas. Walter Gustavo Steinicke, morador do bairro do Barreiro que deverá sofrer maior impacto, avalia que essas desapropriações poderão prejudicar a vida de muita gente. “Há famílias que construíram ca-sas recentemente e, se for apro-vado, vão ter que sair de suas re-sidências. Além disso, vão dividir o bairro ao meio e prejudicar a via de acesso para os que ali mo-

ram”, frisou Walter.Na realidade, há muitos in-

teresses em jogo. Nos últimos anos, o governo do ex-prefeito Roberto Peixoto travou uma que-da de braço com a Concessioná-ria Ecopistas. O Plano Diretor foi alterado, o que criou embaraços legais para o andamento da obra. O projeto da Ecopistas avança sobre a zona sul da cidade, uma das regiões que mais tem se va-lorizado nos últimos anos, prin-cipalmente após a instalação do novo shopping.

Apesar do projeto ser priori-tário para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a Comissão de

Obras decidiu pedir o adiamento da audiência pública agendada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) para o dia 14 de fevereiro. Dois motivos pro-vocaram essa decisão de adiá-la: ela coincide com o horário da pró-xima sessão ordinária da Câmara e os vereadores sequer foram convidados para participar uma vez que tomaram conhecimento da audiência pública por meio dos moradores do Barreiro. Além disso, os novos vereadores não acompanharam as discussões an-teriores e, portanto, ainda estão inseguros sobre um assunto que deverá interferir diretamente na

vida do município.Presidente da Câmara, a verea-

dora Graça (PSB) chancelou o pedi-do de adiamento da audiência. “Há estudos na Universidade de Tau-baté, que não conseguimos trazer para esta reunião hoje, sobre a ro-dovia. Vamos pedir esses estudos e apresentá-los em uma audiência futura. Assim, quem sabe, possa-mos chegar a um denominador comum”, disse a presidente.

“Temos certeza que o debate é a melhor maneira para acharmos uma solução. Sabemos que have-rá transtorno, mas é necessário que se discuta o assunto”, ponde-rou o vereador Noilton (PSD).

Irresponsabilidades geramcratera no Parque Três MariasCanalização de rio e falta de manutenção nas galerias de águas pluviais geraram a cratera no Parque Três Marias

Uma situação curiosa ocor-re na terra de Lobato: o prefeito Ortiz Júnior (PSDB) terá de consertar

uma obra realiza pelo seu pai, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz, no bairro Parque Três Marias, onde um córrego foi canalizado com a utilização de tubo Armco.

Na sexta-feira, 1º, as águas da chuva romperam a galeria de águas pluviais, abrindo uma crate-ra no asfalto. Seis casas precisaram ser interditadas e as famílias estão recebendo o aluguel social da pre-feitura. O prefeito decretou estado de emergência. Uma empresa será contratada sem licitação. O custo estimado da obra é de aproximada-mente R$ 1,5 milhão.

O problema das galerias de águas pluviais foi detectado pela equipe de transição antes mesmo de Ortiz Júnior (PSDB) assumir o cargo. A falta de manutenção nos

últimos anos foi apontada pelo atual secretário de Obras, José Bibiano, como o principal motivo para os problemas diagnostica-dos nesse setor em todas as regi-ões da cidade.

A solução exige medidas ur-gentes por que o governo de Ro-

berto Peixoto fez questão de ignorar. São vários os relatos de carros e ca-minhões que simplesmente a f u n d a r a m enquanto tra-fegavam por vias públicas. Felizmente, o novo governo emite sinais de que preten-de resolver o

problema, já que está em curso um levantamento para verificar a real situação dos 18 quilôme-tros de tubulação.

Segundo moradores do Par-que Três Marias, nos últimos anos, era comum aparecer bu-racos e a prefeitura, ao invés de

verificar a galeria, optava pelo caminho mais fácil: tapá-los com areia e camadas de asfalto. Uma situação insustentável. Por sorte, a irresponsabilidade palaciana não ceifou vidas com a cratera que se abriu.

causa e eFeiToAo canalizar um córrego,

o ex-prefeito Bernardo Ortiz (PSDB) utilizou o chamado tubo Armco, comprado sem licita-ção. Por causa disso, em 2012, o TJ/SP condenou Bernardo e a empresa-fornecedora a indeniza-rem a Prefeitura de Taubaté em R$ 1,5 milhão pela compra dos tubos. Segundo especialistas, em contato com o esgoto, o material empregado na fabricação dos tubos fica corroído rapidamen-te. A partir daí, as infiltrações de águas comprometem o solo. O atual secretário de Obras infor-

mou que, nas obras no Parque Três Marias, serão colocados tu-bos de concreto na galeria.

Morador da região, o vere-ador Salvador Soares (PT) disse que as obras serão “paliativas” porque não resolverão o proble-ma. “O ex-prefeito [Bernardo Or-tiz] não deveria ter canalizado o córrego para construir casas. A tubulação não consegue dar va-zão à água. O [Ortiz] Júnior deve pegar esse R$ 1,5 milhão [orça-do para obra] para começar a remoção das famílias para abrir o rio. Ali desce água dos bairros vizinhos. Se não fizer isso, só vai gastar dinheiro e adiar a solu-ção. Existe outro problema. O ex-prefeito [Bernardo] construiu casas sobre o lixão. Fica cerca de 200 metros da cratera. As casas já estão rachando faz tempo. Vai morrer gente ali. Estou avisan-do”, disse.

por Marcos Limão e Paulo Lacerda

Cratera no bairro Parque Três Marias é mais um exemploda triste herança deixada pelas últimas administrações

REPORTAGEM 7por Marcos Limão

Peixoto e assessores continuam na pautaFraudes em processos licitatórios nas áreas da Saúde e Educação levaram o Ministério Públicoa denunciar por improbidade administrativa o ex-prefeito Roberto Peixoto e os ex-secretários,Pedro Henrique Silveira ( Saúde) e Carlos Rodrigues (Educação)

Desmandos sem fim...

Mesmo com o fim do mandato de Rober-to Peixoto, os an-tigos inquilinos do

Palácio Bom Conselho ainda continuam na pauta da mídia. Até hoje o Ministério Público denuncia desmandos ocorridos no Governo Peixoto. No dia 11 de janeiro, por exemplo, foram duas Ações Civis Públicas leva-das à Justiça. Elas dizem respei-to a compras de medicamentos e de carteiras escolares.

saúdeDepois de fornecer medi-

camentos para a Prefeitura de Taubaté, num total de R$ 744.865,41, a empresa R. E. Co-mércio de Produtos Hospitalares Ltda. levou um calote. Antes de o caso chegar ao conhecimento do Ministério Público (MP), o responsável pela empresa tentou resolver a situação de forma ami-

gável. Ele esteve pessoalmente na casa do ex-prefeito, que lhe prometeu os pagamentos.

“A despeito da inadimplên-cia da prefeitura municipal de Taubaté, a empresa R. E. con-tinuou a fornecer os produtos, pois acreditou nas promessas de que os pagamentos seriam efetuados. Recebi uma ou duas ligações telefônicas efetuadas pessoalmente pelo prefeito mu-nicipal Roberto Peixoto pedin-do que houvesse a entrega dos medicamentos. Em relação ao Dr. Pedro Henrique, ele também telefonava pessoalmente para a empresa R. E., embora os conta-tos com ele geralmente ocorres-sem diretamente na Secretaria de Saúde”, declarou o empresá-rio ao MP.

No final de seu segundo man-dato, o ex-prefeito determinou à Procuradoria da Prefeitura que submetesse à homologação

da Vara da Fazenda Pública um acordo celebrado entre a prefei-tura e a empresa R. E. Comércio de Produtos Hospitalares Ltda., no qual o poder público assumia a obrigação de quitar o débito, mas de forma parcelada.

O Juiz remeteu o processo para o Ministério Público anali-sar. Imediatamente verificou-se a impossibilidade jurídica do acordo devido as ofensas à Lei de Licitações e à Lei de Respon-sabilidade Fiscal. “Foram viola-dos os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições”, argu-mentou a promotoria.

Na ação, o MP pede que se-jam declarados nulos os contra-tos firmados sem licitação, assim como a condenação por improbi-dade administrativa do ex-prefei-to, do ex-secretário de Saúde e do proprietário da firma. Se houver direito à indenização, concluiu

a promotoria, a empresa deverá requerer o pagamento da dívida de Roberto Peixoto, Pedro Henri-que Silveira.

educaçãoNo caso das compras de car-

teiras escolares, ocorrida em 2012, o MP apontou “um indis-farçável dirigismo do certame, visando possibilitar que somen-te a empresa Delta pudesse ser considerada apta ao forneci-mento dos produtos desejados, mediante a definição de especi-ficações que somente ela pode-ria atender, além de outras, sem qualquer razoabilidade”.

A exigência mais descabida - e a que mais expôs a fraude - consistiu na medida do tam-po da mesa, que deveria ser de 660mm x 440mm x 410mm. Essa medida, segundo o Insti-tuto Nacional de Propriedade Industrial, é patenteada, sen-

do que o detentor da patente é Eduardo Ernesto Bazhuni Maia, irmão dos sócios da empresa Delta, que vencera o pregão.

“Dos fatos mencionados de-correu um efetivo prejuízo aos cofres públicos; na medida em que os preços praticados pela empresa Delta foram maiores que aqueles oferecidos pelas empresas desclassificadas pela Prefeitura Municipal de Taubaté. Não se pode desconsiderar que o critério de julgamento estabele-cido para o pregão foi o do ME-NOR PREÇO”, informou na ação o MP, que pede a declaração de nulidade do contrato e o ressar-cimento aos cofres públicos no valor de R$ 750 mil, que foi o valor do contrato.

ouTro ladoNenhum dos réus nas ações

judiciais foi encontrado para co-mentar o caso.

Ex-prefeito Roberto Peixoto e seus assessores Pedro Henrique Silveira (Saúde) e Carlos Rodrigues (Educação) continuam na mira do Ministério Público por improbidade administrativa

Taubaté Country ClubProgramação Social

8 ENCONTROSda redação

Lua de mel no Havaí

Bloco Tem Cabeça e Coração – 09/02 - O tradicio-nal bloco do TCC sairá às ruas partir das 17h00 ani-mado pela Banda Furiosa.

As camisetas já estão à venda na Secretaria do Clube.

Carnaval Em Cores – 09/02 ao 12/02 – Serão quatro noites e três matines de folia com direito a Bloco e super decoração com telões, luzes e shows de primeira com a banda Elektra e participação da banda Furiosa.

O matine terá início às 15 horas com horário de en-cerramento previsto para as 18 horas. E logo mais às 23 horas começará o Baile de Carnaval.

A melhor programação de carnaval está no TCC, reú-na a família, os amigos e venha festejar conosco!

Reserva de mesas na secretaria do Clube.

Maiores informações: 3625-3333 – Ramal 3347Jéssica Calixto/Tamires Takahashi

O Taubaté Country Clubtrás para você o melhor

do Carnaval 2013

R. Conselheiro Moreira de Barros, 126 Centro - Taubaté - Tel.: (12) 3625-3333

Na noite paulistana, se a Lua é cheira ou cres-cente pouco importa porque em Sampa nin-

guém vê nada no céu à noite. Na década de 70, na Califórnia, nas-cia o Mountain Bike que reunia radicais que desciam as monta-

nhas de Marin County. Na mes-ma época, em São Paulo, Renata Falzoni utilizava a magrela como meio de transporte. Na década de 1980, surgiram os jurássicos do Night Biker Club.

No século XXI, eis que em um desses passeios, a jovem psicólo-

ga taubateana, hoje uma fotógra-fa professional, aderiu ao esporte noturno de pedalar com amigos pelas ruas de capital paulista. Foi durante um passeio pelas ruas ilu-minadas artificialmente de Sampa que Thaís conheceu Fabiano, um jovem paranaense que opera no

sistema financeiro. A paixão pelas bikes rapidamente se transfor-mou em caso sério. Tão sério que na noite chuvosa de 12 de janeiro, Fabiano Cotelo Bocatti conduziu para o altar, a noiva Thais Audi Mattos ... na traseira de uma bici-cleta, no bucólico Sítio Tangaroa.

A noiva com a mãe Edna e as irmãs Marina e Fernanda

Os noivos night bikers Thaís e

Fabiano

A lua de mel não foi feita de bike porque os dois pombinhos se mandaram para o Havaí. As bikes eles alugaram por lá. Feli-zes, já não estão mais divididos entre o amor e a magrela. Hoje, sonham com o herdeiro que de-verá nascer pedalando.

gão, esposa e filha -, e os irmãos Renato Teixeira e Roberto Oli-veira, que antes haviam visitado a redação do CONTATO. Mas a festa rolou mesmo foi em Tre-membé, onde, juntamente com a musa Raquel e os filhos, reuniu os mais chegados.

9ENCONTROS da redação

Neto, o mais novo meia idade

Empresário multidiscipli-nar, animador cultural proativo e fervoroso co-rinthiano, João Roman

Mazzaropi Neto entrou com tudo para o time dos meia ida-de. Não há mais diferença com os mais velhos. Porém, criou um

enorme abismo com os mais jo-vens. Na terça-feira, 5, Juanito apagou 45 velinhas no Restau-rante Santa Figueira na bucólica Tremembé. Antes, porém, rece-beu visitas ilustres em sua casa: três músicos da Banda Paranga, de São Luiz do Paraitinga – Ne-

João, Renato Teixeira, Roberto,

Negão e Renata

A filhota Amanda registra o sorvete do pai aniversariante O palestrino Ricardo suportoucom humor as gozações de Juanito

Raquel, Amanda e Lucas

Milena e Rodrigo, Renan, Lucas, Caio, Adriano, Renatinho,Munir, João, Flávio, Pedro, Amanda, Tatiane e Nara

Nara, João, Lucas, Rodrigo e Milena

Kika, Pietra, Andrea, Priscila, João e RaquelJoão, Cláudia, Beto e GeórgiaClaudio, João e Sol

10 MENINOS EU VIda Redação

Comissão de Ética na Câmara MunicipalPresidente do Legislativo solicita aos líderes partidários a indicação dos membrospara compor o Conselho de Ética, que existe desde 2009, mas nunca funcionou

A primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de Taubaté, realizada na tar-de de quarta-feira, dia 6,

marcou o início do processo para a formação da Comissão de Ética da Casa. Vereadora Graça (PSB), Presidente do Legislativo, deu iní-cio aos procedimentos para a es-colha dos membros da Comissão de Ética, solicitando a indicação de parlamentares por parte dos líderes partidários. A escolha será no dia 20 de fevereiro.

Para integrar a comissão, o vereador não pode ter pendência com a Justiça. “Somente poderá integrar a Comissão de Ética o vereador que não tenha sido ape-nado por qualquer infração dis-ciplinar, independentemente da

sessão legislativa ou da legislatu-ra”, ressaltou a vereadora Graça durante a leitura do Código de Ética, que será formada por cinco membros e quatro suplentes, que terão o mandato pelo período de um ano. As indicações poderão ser apresentadas até o dia 20 à Mesa Diretora, que tem direito à escolha final.

O Código de Ética foi instituído em 2009 pela resolução de nº 139. Nele estão inseridos os deveres fundamentais da vereança, além de questões de ética e decoro par-lamentar, infrações e penalidades, processo e procedimento e proces-so disciplinar. Só resta torcer para que a Comissão de Ética não seja engolida pelo corporativismo após o início dos trabalhos.

criaNça e adolesceNTe em pauTa O Conselho Municipal de Direito

da Criança e do Adolescente (CMDCA) realiza no próximo dia 21 um seminá-rio sobre o fortalecimento do sistema de garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. O evento acontece das 7h às 18h, no SEDES.

crédiToAs fotos publicadas na edição 580,

referente ao aniversário de 70 anos do advogado Sérgio Badaró, são do fotó-grafo André Guisard.

iNvesTigação avaNçaO Ministério Público já colheu informações que com-

prometem a lisura do concurso público promovido pelo Governo Peixoto por meio da empresa Qualicom para a contratação de professores para a Rede Municipal.

Duas das irregularidades apontadas pela promoto-ria: o cancelamento de licitação para contratar a empre-sa que aplicou a prova e a presença de três servidores temporários na comissão responsável pelo concurso, o que é vedado pela legislação.

Após se reunir com o promotor José Carlos de Oli-veira Sampaio, o prefeito Ortiz Júnior (PSDB) afirmou que, se houver necessidade de professores substitutos, a Prefeitura de Taubaté deve contratar temporariamen-te os classificados pelo concurso público investigado, de acordo com a ordem de classificação. Essa situação permanecerá até o veredicto sobre a anulação ou não das provas.

coNsTrução civilNinguém tem dúvidas de que o sucesso se alcança com a

execução de um trabalho sério. No caso da construtora Ladeira Miranda, isso fica ainda mais evidente. A empresa acaba de ser alçada à condição de maior construtora em operação no Vale do Paraíba durante o 8º Ranking ITC (Inteligência Empresarial da Construção), que acompanha o setor há 34 anos.

O levantamento mede a quantidade de metros quadrados construídos nos segmentos residencial, comercial e industrial. Outros dois quesitos analisados são os projetos voltados para a sustentabilidade e baixa renda. “O 8º Ranking ITC é uma fo-tografia real do mercado atual da construção”, disse Guillermo Vidal, presidente da ITC.

“Mais do que estar entre as 100 maiores estamos também entre as mais sustentáveis e mais sólidas empresas de cons-trução civil”, completou Cristiano Ladeira Miranda, diretor da construtora.

Além disso, a Ladeira Miranda é a única construtora do Vale do Paraíba a possuir as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OSHAS 18001, que validam boas práticas em qua-lidade, meio ambiente e segurança e saúde.Cristiano Ladeira Miranda

Primeira Sessão Ordinária do ano da Câmara Municipal

11LAZER E CULTURA por José Carlos Sebe Bom [email protected]

SANTA MARIA, rogai por nós...Sensibilizado com as lágrimas de uma amiga, Mestre JC Sebe põe os pingosnos is ao denunciar a “a simpática folclorização de atos transgressivos,práticas tão instaladas em nossa cultura e perdoadas como brincadeirasinocentes” e sugere a imediata solidariedade aos familiares e à comunidade

Logo depois dos trágicos eventos de Santa Maria, RS, ocorridos no dia 27 de janeiro último, com registro de 238 mortes contabilizadas até o mo-

mento que escrevo, me encontrei com uma amiga querida para um almoço corriqueiro. Tínhamos que tratar de assuntos comuns de trabalho, mas sempre iniciamos nossas coversas com questões pessoais, temas de família, coisas do cotidiano de vidas singu-lares e parceiras.

Foi assim que, rumando para o restau-rante, de repente, minha colega ao falar de miudezas do cotidiano começou a chorar. De início, confesso, não via relação entre o relato trivial e a convulsão feita em lágrimas. Logo ela tão racional e ativa, por que cho-raria daquela forma? Foi necessário algum tempo para que concluíssemos que se tra-tava de um efeito de identificação complexa, mas de evidência previsível.

Devo dizer que minha querida compa-nheira é séria militante da cultura. Sim, ela é dessas raras figuras que acreditam na educação transformadora e que o trabalho acadêmico tem sentido além do acúmulo de conhecimentos. Como aprendiz sempre me coloquei ao seu lado, e juntos trilhamos, por décadas, municiando uma visão do ensino voltado à inscrição do saber no mundo que nos cerca. Somos historiadores, por certo, mas historiamos o tempo vivencial e é dele que partimos para a consideração da socie-dade em seu pretérito consequente.

Ainda a caminho, aos poucos o controle emocional foi recobrado. Superadas as lá-grimas, começamos meditar sobre os fatos e assim retraçamos nosso percurso no la-birinto sentimental. Vivemos, como profes-

sores de História, falando de cidadania, de direitos, lutas sociais. Nossa visão da matéria implica ressaltar desgovernos, falta de puni-ção para tantos que maltratam a justiça, se desfazem das leis, contornam regras, se aco-modam na rotina do “deixa disto”. E eis que de súbito, do nada, de um sábado que seria festivo, numa boate do interior, tudo ganhou expressão de tragédia. E que tragédia...

Assumimos mimeticamente a indigna-ção que passou a habitar nosso inconscien-te de maneira formidável. Foi a inconfor-midade da colega que a fez chorar. Pranto de repulsa frente ao inevitável. E a consci-ência da dimensão monstruosa do aciden-te nos fez inconscientemente amaldiçoar a tradição tão brasileira do “jeitinho”. Vi com clareza que precisamos vencer a simpáti-ca folclorização de atos transgressivos, práticas tão instaladas em nossa cultura e perdoadas como brincadeiras inocentes. Não dá mais para continuar supondo que o contorno e o favorzinho possam falar mais alto que as regras estabelecidas. Che-ga de divinizar o “sempre cabe mais um” quando estamos no elevador lotado. Não é verdade que suposta largueza do “coração de mãe” deva prevalecer à condução lota-da, ônibus, trens, metrôs. Nem podemos aceitar a simpática desculpa calcada na fantasia “deus é brasileiro”. Basta!

As coisas acontecem sim, e dramati-camente, às vezes, para o mal. Vejamos: como responder frente a tantas mortes pelos: alvarás vencidos, revestimentos criminosos, absurdo dos fogos de artifício usados em ambiente fechado, falta de saí-das de emergência, ausência de alarmes e sinalização para evacuação? Como expli-

car a ausência de autoridades competen-tes – da presença do estado – na tutela da vida coletiva? O “jeitinho”, o “sempre cabe mais um”, o “coração de mãe”, o “deus é brasileiro” nos sentenciam agora.

São dois os endereços de qualquer ponderação que se faça sobre o tema. Um diz respeito ao tratamento que todos te-mos que ter frente a este caso. Não basta apenas a indignação provisória, identificar pontualmente entidades que deviam ter cuidados prévios. Precisamos corrigir o modo de pensar culturalmente e cobrar atitudes continuadas. A perplexidade está ai, vejamos os fatos: das 209 casas de es-petáculos vistoriadas no Rio de Janeiro de-pois da desgraça de Santa Maria, apenas 10 tiveram alvará liberados. E notem que falamos também de casas tuteladas pelo governo municipal, estadual e federal.

O segundo endereço diz respeito à outra atitude, a imediata solidariedade e apreço aos familiares e a comunidade de Santa Maria. É preciso construir um signi-ficado para a tragédia. Faz-se necessário aceitar, entender e pensar que o mundo sem os queridos que se foram está dife-rente e que isto merece consideração que supere a dor. É preciso usar a ausência de tantos jovens como arma tangível para acabar com o descaso. Temos que falar no assunto, lembrar detalhes, contar ca-sos e constituir um memorial. No mais... no mais, cabe invocar os céus e repetir Santa Maria, rogai por nós. Rogai por nós que herdamos este inventário de dor e precisamos continuar a viver. As lágrimas de minha amiga são sociais e temos que enxugá-las num abraço inesquecível.

CANTO DA POESIApor Lidia Meireles

Semendereço...

De qualquer registroEsqueci a história de

Origem, só me lembro Da ferida...

Aliás, ela é tão visível, Rasgo terrível a tomar O corpo, a andar porEle de maneira tão

Natural, sem cuidado, Traçando caminho

Tortuoso; já nem olho.Olhar prá que, se já

Perdi-me na contramão E atirada ao vento vou Ao encontro daquilo Que não espero, de Tudo que assusta,

Só e certa de que se Chegar serei morta, Serei outra, quem há De querer essa outra? Serei nova, serei eu De face limpa, alma

Posta à prova, desejo Lúcido em esquecer A dor, mas sei que de Mãos dadas com meu

Avesso a ser feliz;Andar por aí e não

Deixar nem endereço!

Sinto falta de mimFalta do meu riso,Saudade de tanta

Vida interrompida...Uma pausa se fez,Um espaço, parei.

Tomaram-me o tempoFui pega de jeito, semChance de recusar,Cortaram a carne,Rasgaram a alma,Sou sem enredo

E como faz falta meu cabelo!

Era tudo tão certo,Previsível, então como,Para onde foi esse eu

Que perdi logo ali,Na esquina de minha

Certeza? Onde é minha casa,

Se é que a tive, Já não sei também, e

Escute: Perguntei por mim a

tanta Gente, ninguém se

lembraQuem e o que sou eu,

Ou o que serei. Meu nome apagado

O bobo da Corte pode virar rei

É preciso vê-lo em ação em shows e comícios. Grita, sacode as mãos e a vas-ta cabeleira já grisalha,

emociona, emociona-se, faz rir e pensar. Descendo do palco ou do palanque, aproxima-se das pesso-as, mistura-se, conversa e brinca com elas, olho no olho, de perto, tocando nelas, sendo tocado por elas, e aí não é mais apenas um diálogo que se tece, mas uma vi-bração afetiva que se transmite.

Senhoras e senhores, com vocês, Giuseppe Piero Grillo, ou simplesmente, Beppe Grillo!

Nas eleições italianas que se aproximam, e que se realizarão em 24-25 de fevereiro próximos, trata-se de um fenômeno real-mente novo – e ameaçador para as forças políticas tradicionais.

Beppe Grillo consagrou-se como comediante de grandes au-diências televisivas a partir dos anos 1980. No quadro político italiano, propício aos humoristas, pela sucessão de escândalos de todos os tipos, ele cedo fez dos po-líticos de diferentes partidos alvo de sua mordacidade, ridiculari-zando a partidocracia, o domínio da sociedade por partidos ines-crupulosos e sem princípios, que se limitam a gerenciar o sistema em proveito deles mesmos e tam-bém dos podres poderes. Como se fora uma espécie de bobo da corte, Grillo não poupava nada e ninguém, distraindo e divertindo as gentes. O problema é que, ao contrário dos bobos medievais, não se limitava a alusões e a me-táforas. Desancava os poderosos mais respeitáveis – e os acima de qualquer suspeita - citando no-

acessenosso site:

www.jornalcontato.com.br

12 DE PASSAGEMpor Daniel Aarão Reis, professor de História da [email protected]

mes e detalhando prontuários. Um dia, porém, passou dos

limites. Comentando a viagem à China Comunista do então pri-meiro-ministro italiano, Bettino Craxi, líder do partido socialista e notório corrupto, Grillo narrou à audiência que um assessor teria perguntado ao político: “Se todos os chineses são mesmo socialistas, de quem eles estão roubando?”

A piada desnudou o homem público, provocou gargalhadas e a demissão do cômico. A ironia da história é que, anos depois, com-provaram-se os malfeitos em que estava envolvido Craxi, o que o obrigou a fugir do país e a se asilar na Tunísia onde permaneceu até que morte o separasse da vida.

Caído em desgraça em toda a grande mídia, Beppe Grillo pas-

sou a viver de shows itinerantes. Por onde passava, divertia multi-dões. Como única publicidade, o bom humor e a graça das histó-rias que inventava.

Aproveitando-se da web, esta grande rede libertadora, resolveu fazer um blog, conectando-se com seus milhões de admiradores. Foi um sucesso, a ponto de ser con-siderado pelas agências especiali-zadas o oitavo blog mais visitado em todo o mundo. Ampliaram-se então as temáticas comentadas e debatidas, incluindo-se aí, além da corrupção dos políticos e das grandes empresas, o uso da ener-gia e da tecnologia, a liberdade de expressão, a critica radical aos monopólios de comunicação e o trabalho infantil.

A onda foi aumentando.

Grillo deu um ousado passo a mais: resolveu convocar – atra-vés da internet, pois continuava bloqueado pela grande mídia es-tatal e privada – um dia V de ce-lebração: o V podia ser de vitória, de vingança – dos pequenos con-tra os grandes – ou V de vafan-cullo, ou seja, em bom português, “vá se foder”. Não é preciso dizer que foi nesta última acepção que a coisa pegou fogo.

No dia 8 de setembro de 2007, mais de 2 milhões de italianos participaram da cele-bração em dezenas de cidades diferentes, todas conectadas pela Grande Rede. Na ocasião, o humorista evidenciou que a taxa de criminosos no Parlamento ita-liano era superior à de Scampia, um subúrbio de Nápoles, consi-

derado o mais perigoso lugar da Península Italiana.

No ano seguinte, em 25 de abril, houve um segundo Dia-V. Grillo propôs então um novo alvo: a grande mídia e suas ne-gociatas com o Estado, de que resulta a falta de liberdade real de expressão no país.

Em 2009, o comediante fun-dou o Movimento 5 Estrelas e passou a incentivar a formação de listas cívicas para concorrer a eleições locais. Os candidatos devem preencher três requisitos: não serem condenados, residi-rem no lugar onde pretendem disputar cargos e não serem re-gistrados em nenhum partido político. Entre as listas de cada lugar não há hierarquia de ne-nhum tipo e Grillo gosta de dizer: “a nossa força é a desorganiza-ção”. Nas últimas eleições mu-nicipais, realizadas em maio de 2012, candidatos do movimento foram vitoriosos em Parma, cida-de do norte industrial, e em ou-tras duas pequenas localidades.

Para as próximas eleições, Beppe Grillo anuncia uma “tsuna-mi tour” pelo país. Vai percorrer, em 39 dias, com uma pequena equipe, e mais conectado do que nunca, cerca de cem cidades. E vaticina, muito sério, como con-vém a um humorista: “vamos virar a Itália pelo avesso. A tsu-nami está chegando. Políticos, preparem seus salva-vidas. Suas mentiras serão reduzidas a nada. Vejo vocês no Parlamento! Será um grande prazer!”

Se der certo, pode ser a pri-meira vez na história que um bobo da Corte virou rei.

blogdovenceslau.blogspot.com

o melhor do trocadalho do carilho

VENTILADOR 13por Pedro Venceslau

#morenaburra se supera em “Não Salve Jorge”

Depois da absurda cena na qual Cláudia Raia mata sua vítima com uma injeção letal que

ela guarda na bolsa para esse tipo de emergência, a última aberração da novela foi a “abdu-ção” da belíssima e tola Morena para a Turquia. Após ser dopada por Russo (Adriano Garib), ela foi parar dentro um jatinho.

Primeira pergunta: como conseguiram colocá-la desacor-dada na aeronave sem passar pela fila do passaporte? Sim, porque até os executivos que viajam de jatinho são obrigados a carimbar o documento.

O segundo absurdo: como um jatinho simples daquele, um Citation, conseguiu voar 10 mil quilômetros sem fazer escalas? Vamos supor que os bandidos usaram uma pista clandestina. Sendo assim, onde eles reabaste-ceram o avião?

E se tudo mais fosse plausí-vel, a última questão: vale mes-mo investir tanto só para levar uma moça de programa a mais para a Turquia? Não seria mais fácil arrumar outra no Baixo Au-gusta? Não por acaso, a paratien-se Morena (Nanda Costa) tem liderado os “trending topics” do Twitter e Facebook com hashtag #morenaburra.

Outro detalhe captado pela blogueira Patrícia Vilalba: a nove-la encurtou distâncias. Leitores do seu blog chamaram a atenção para

o recurso que faz da Capadócia uma cidade dormitório dos perso-nagens que trabalham em Istam-bul, e vão e voltam o tempo todo. Demir (Thiago Abravanel) costuma ir de uma cidade à outra montado em sua bicicleta. Mas haja sebo nas canelas: cerca de 760 quilômetos separam as duas na vida real.

Mas vamos ao que interessa. Enquanto Burrena come de novo o pão que o diabo amassou, seu bofe, Théo (Rodrigo Lombardi), se vira como pode. Aos confrontar a temida Lívia (Cláudia Raia), chefe

do tráfico, ele fica doido por ela. Eis então que rolará uma noite intensa de amor. Ou seja: além de burra, a Morena será corna. De-

pois do carnaval, haverá uma pas-sagem de tempo na novela. Lívia vai procurar Théo se dizendo vítima da tal máfia, como fez com morena.

curTas da No-vela -Wanda ameaça vender bebê de Morena assim que ele nascer; - Filho de Áurea é preso por doping; - Zyah encontra Bianca; - Érica começa a namorar Celso; - Lurdinha busca irmã na internet; - Helô manda prender Pepeu.

caldo de galiNhacom bolacha

O senador Blairo Maggi este-ve hoje com Dilma. Será que da

conversa sai um caldo? E o depu-tado Sandro Mabel entrou no STF contra o PMDB. Está se achando a última bolacha do pacote?

deixe para depois...Assim como os deputados

fizeram com a votação do orça-mento, vou deixar o regime para depois do carnaval...

sem ressacaQuarta-feira de 50 tons de

cinzas...

pT do v? Fiquei sabendo que Marina

Silva cogita batizar sua nova legenda como “Partido da Ter-ra”. Ou seja: PT. Posso te falar um coisa, Marina? Paga com Visa...

câmara s.a Linha do tempo de Henrique

Eduardo Alves no Face: “1971 - Começou a trabalhar na em-presa Câmara dos Deputados do Brasil”. Empresa? Se fosse, já teria falido...

Noveleiros que acompanham “Salve Jorge” estão cada vez mais indignadoscom o pouco apego da trama com a verossimilhança

divulgação

COLUNA DO AQUILES 15por Aquiles Rique Reismúsico e vocalista do MPB4

Cauby Peixoto, eterno rouxinol

Gravado ao vivo no Teatro Fecap, em São Paulo – sala de excelência acús-tica, propícia a gerar ál-

buns de alta qualidade sonora –, Minha Serenata (Lua Music) é o novo CD de Cauby Peixoto.

Um dos maiores cantores que temos, ele escreve no encarte: Este disco é dedicado a Silvio Caldas, Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Gilberto Milfont e todos os grandes seresteiros do Brasil. Com eles aprendi a cantar.

Além de humildade, a con-fissão de Cauby revela como os mestres citados propiciam aprendizado a quem se deixa impregnar com seu canto. Assim Cauby se fez intérprete eterno de músicas que rondam o imaginá-rio de milhões de brasileiros.

Cauby está cantando melhor do que nunca. Se você duvida, caro leitor (como pode ser ainda

melhor a voz de quem sempre foi esplêndido, não é mesmo?), eu afirmo, sem medo de errar: a voz do Cauby Peixoto de hoje tem mais profundidade do que aquela que sempre nos encantou nas últimas décadas. Sua emoção está mais à flor da pele, sua segu-rança alcançou um ponto tal que demonstra em cada sílaba que o canto lhe sai com a certeza an-tecipada de que nos conquistará sem maiores esforços.

O repertório foi selecionado por Cauby e pelo eterno craque Thiago Marques Luiz, produtor do disco: “Eterno Rouxinol” (Sueli Cos-ta e Abel Silva), onde busquei o títu-lo desta resenha, “Deusa da Minha Rua” (Jorge Faraj e Newton Teixei-ra), “Minha Serenata” (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), “De Volta Pro Meu Aconchego” (Dominguinhos e Nando Cordel), “A Flor e o Cais” (Wagner Tiso e Geraldo Carneiro),

“Lábios que Beijei” (Leonel Azevedo e J. Cascata), “Súplica” (Deo, José Marcilio e Otávio Mendes), “Quase Que Eu Disse Agora” (Silvio Caldas e Orestes Barbosa), “Por Quem Sonha Ana Maria” (Juca Chaves), “Velho Realejo” (Custódio Mesqui-

Rayol (violão, arranjos e direção musical), Iuri Salvagni (piano e acordeom), Junior Pita (violão de sete cordas), Ubaldo Versola-to (flauta e clarinete) e Gustavo Benedetti (flauta, numa partici-pação especial em “Por Quem Sonha Ana Maria”).

Aliás, esta modinha de Juca Chaves é um dos grandes mo-mentos do CD. A flauta e o violão tocam a introdução. Cauby che-ga fulgurando, revelando agudos suaves. A flauta sola. Os agudos continuam a brilhar, mesmo nas notas mais longas. Uma modu-lação leva a melodia ainda mais para o agudo. Cauby não nega fogo, chega junto. Arrepiante.

Afinação tatuada na voz, gra-ves e agudos plenos de vigor e ainda mais sonoros e podero-sos... Cauby, você e seu cantar são gêmeos univitelinos. Viva você e sua vida!

ta e Sady Ca-bral), “As Três L á g r i m a s ” (Ary Barroso) e “Chão de Estrelas” (Sil-vio Caldas e Orestes Bar-bosa).

Ao ouvir músicas re-centes mes-cladas com as clássicas, o ouvinte se delicia com estas, matan-do saudades,

e surpreende-se com aquelas, igualmente belas. Mas todas são de alto nível, à altura de Cauby Peixoto, um eterno rouxinol nos levando ao encantamento.

Para tornar esse “milagre” mais concreto, lá estão Ronaldo

divulgação

LIÇÃO DE MESTRE por Antônio Marmo de Oliveira,professor titular da UNITAU / [email protected]

O fotógrafo das noites marcianas e o censo do universo

No finalzinho de janeiro de 2013, pela primei-ra vez o astromóvel Curiosidade da NASA

tirou fotos de Marte à noite, iluminando as fotos tanto com luz branca com ultravioleta. Os cientistas escolheram como alvo uma rocha apelidada de “Sayu-nei”, numa área onde se darão as primeiras perfurações em chão marciano. O uso de fotos com iluminação ultravioleta objetivava encontrar possíveis minerais fluorescentes. Esta in-dagação faz parte da pesquisa para saber se área da Cratera de Gale já teve condições para albergar micróbios. 9 anos de “oportunismo”. Enquanto isso, o outro astromóvel da NASA em Marte, a Oportunidade, comple-tou 9 anos de missão, exami-nando veios de rios extintos em Marte. Originalmente pensou-se numa missão de apenas 3 me-

ses, simplesmente para verificar se o ambiente marciano já foi úmido, hipótese mais que confir-mada agora. Depois, como uma medida provisória brasileira, a missão foi esticando-se e esti-cando-se e vai agora ao 10º ano.

coNTrole de NaTalidade e esTrelas

Quem está promovendo um censo do Universo não é o nosso IBGE, mas a ESA, a Agência Espa-cial Europeia, que está combinan-do os poderes de exploração do observatório espacial Herschel e dos telescópios terrestres Keck da ESA para obter resultados. Em dezembro do ano passado, os astrônomos anunciaram já terem encontrado centenas de galáxias parideiras de estrelas (chamadas de “starburst” em Inglês) inédi-tas, revelando taxas de forma-ção estelar extraordinariamente elevadas ao longo da história

do Universo. Enquanto a nossa galáxia, a Via Láctea, produz em média por ano o equivalente a apenas uma estrela semelhante ao Sol, as galáxias parideiras dão à luz centenas de estrelas por ano em eventos intensos de cur-ta duração.

Elas geram tanta luz que de-veriam ofuscar a nossa galáxia centenas de milhares de vezes, mas a enorme quantidade de gás que lhes serve de combus-tível contém também muita poeira resultante da formação frenética de estrelas: esta poeira absorve a maior parte da luz vi-sível, o que significa que muitas dessas estrelas parecem insigni-ficantes nesta zona do espectro. Apesar disso, o pó aquecido pe-las estrelas quentes, que estão ao redor, re-emite a energia em comprimentos de onda na zona do infravermelho longo.

É através desse infraverme-

lho que o observatório espacial Herschel obtém as medições de temperatura e o brilho dessas galáxias, o que permite calcu-lar a taxa de formação estelar. Algumas das galáxias encon-tradas nesta nova pesquisa têm taxas de formação de estrelas equivalentes ao nascimento de vários milhares de massas sola-res por ano e são algumas das mais brilhantes galáxias infra-vermelhas já descobertas. Para contextualizar as observações e compreender como a forma-ção de estrelas mudou ao lon-go dos 13,7 bilhões de anos de história do Universo, também se devia calcular as distâncias até às galáxias. Foi então que uma equipe usou espectrôme-tros dos telescópios gêmeos de 10 metros Keck da ESA, locali-zados em Mauna Kea, Havaí, e obteve os desvios para o ver-melho de nada menos de 767

galáxias parideiras! Para os astrônomos, os des-

vios para o vermelho funcionam como uma medida do tempo que a luz de cada galáxia tem viajado através do universo, que por sua vez indica quando é que, na his-tória cósmica, a luz de cada ga-láxia foi emitida. Para a maioria das galáxias, verificou-se que a luz tem viajado na nossa direção há 10 mil milhões de anos ou me-nos. Mas, cerca de 5% das galá-xias estão em desvios para o ver-melho ainda maiores: quer dizer que a sua luz foi emitida quando o Universo tinha apenas de um a três bilhões de anos. Como é que um número tão grande de galá-xias parideiras se formou duran-te os primeiros bilhões de anos de existência do Universo é uma questão vital para os estudos so-bre a formação e evolução das galáxias. Falaremos mais desse assunto em outros artigos.

16 ENQUANTO ISSO...por Renato [email protected]

Povo infantil

O prefeito de Santa Maria, em função da papelada estar em ordem e as li-cenças dentro dos con-

formes, declarava-se cumpridor de sua responsabilidade maior, que é zelar pela segurança do cidadão.

Ao mesmo tempo fico saben-do que um dos sócios da boate Kiss mandou retirar os extintores de incêndio por achá-los feios.

Somos um povo infantil e simplório, cujos conceitos foram formatados na mediocridade da nossa cultura popular recente, na ineficácia esperta do nosso ensino que inunda o mercado com mal formados, médicos que não são médicos, advogados programados para manipular as leis com inter-pretações tendenciosas em nome daqueles que os pagam, com pre-feitos amadores, juízes corrom-píveis, políticos sem escrúpulos, publicitários mal intencionados e comerciantes gananciosos.

A infantilidade do povo brasi-leiro atinge os limites do supor-tável quando percebo, nas mi-nhas andanças Brasil a fora, que

a tal da infraestrutura que tanto precisamos para sermos um pais viável, está vindo na forma de ae-roportos improvisados, estradas que ficam superadas antes de se-rem concluídas, cidades mal re-solvidas e escolas com claros fins muito lucrativos. E ainda produ-zimos mais carros do que as ruas podem suportar.

Em alguns desses aeroportos com puxadinhos, somos leva-dos de ônibus para um terminal onde outro ônibus nos leva para um terceiro terminal até que, fi-nalmente, embarcamos. Parece brincadeira, mesmo. Em Vitória, ES, gastaram a grana toda, só na terraplanagem. Em Cuiabá, fizeram um galpão de embarque e jogaram o desembarque para as instalações antigas e assim criaram uma espécie de aeropor-to que “existe, mas não existe”, como diria o saudoso e querido maestro Zé Gomes.

Para piorar a sensação de desconforto, tente tomar um ca-fezinho antes de embarcar. Have-rá sempre uma fila. E todo mun-

do pagando com cartão, pois um cafezinho custando cinco reais..., o cartão é inserido na máquina e começam as perguntas sobre todas as opções burocráticas dis-poníveis para complicar a vida do cidadão. O procedimento de servir um cafezinho move milha-res de bits e mega bits do compu-tador, que envia à central da em-presa todas as informações que o comerciante precisa para se dignar a lhe vender um simples cafezinho, num país onde todo consumidor precisa provar que não é ladrão o tempo todo. Até para tomar um cafezinho...

Para piorar o clima, as pes-soas designadas para prestar serviços ao consumidor não estão preparadas para adminis-trar uma mudança tão radical no comportamento social, numa época em que todos temos am-plo acesso às novidades ofereci-das pela vida moderna.

O meu saudoso amigo e par-ceiro Pena Branca quando foi ao mar pela primeira vez seguiu a orientação para tapar o nariz, fe-

char os olhos e enfiar a cabeça na água quando a onda viesse, mas não lhe preveniram quanto a onda que vinha a seguir e ele quase morre afogado.

Imagino que se por acaso cumprirmos nossas obrigações criando a tão sonhada infraes-trutura que estamos precisando tanto, teremos que enfrentar a onda subsequente, essa sim, “a mãe de todas”, como dizia o querido companheiro. Falo da falta de capacidade da grande maioria desse povo infantilizado pelo Silvio Santos, pelo BBB, por pastores delirantes, de discernir civilizadamente. Faltam escolas, faltam livros, faltam referências.

E o que esperar dos futuros cidadãos governados por gente que usa a ignorância como ide-ologia para chegar ao poder? As-sim tem sido ao longo dos anos, com raras exceções.

O ignorante com iniciativa, maior de idade e com dinheiro no bolso, é um perigo; existem muitos deles soltos por aí.

A grande mídia gera seus lu-

cros dando ao povo o pouco que um inocente precisa para tocar em frente, e a vida se nivela por baixo. Os medíocres são pres-tigiados enquanto brasileiros como Lobato e Guimarães Rosa, por exemplo, repousam no fundo do baú da felicidade nacional to-talmente Sangaleada, Luanizada, Michelteolizada.

E se antigamente era pão e circo, agora são os celulares e a cerveja.

A pobreza humana é a mãe de todas as desgraças. É aí que mora o perigo. Repare como somos mau tratados nos shop-pings, na fila virtual das compa-nhias de telefone, nas agências bancárias, nos hospitais, nos supermercados... ouso dizer que somos mal tratados até quando pagamos bem.

Isso tudo é uma evidência clara da crise afetiva das rela-ções humanas, dominadas por banalidades incultas.

Somos um enorme país de crianças governadas por moni-tores.

VIPSda redação

Cel. Nikoluk visita o TCC

Na terça-feira, dia 5, a comandan-te do 5º BPM/I, Tenente Coronel Eliane Nikoluk, visitou o Taubaté Country Club. Foi recebida pelo

presidente do TCC Pedro Luiz de Abreu, com quem manteve um diálogo franco na companhia do Coronel PM da Reserva Se-bastião Alberto Correa de Carvalho, Con-selheiro Internacional – Delegado para as Américas, do Panathlon.

Pedro apresentou as instalações do Club à comandante da PM, ocasião em que informou-a que o TCC tem cumprido todas as determinações das medidas previstas na regulamentação de segurança contra incêndio. O alvará renovado tem validade até janeiro de 2014.

“Foi importante a visita da Comandante da PM ao clube. Ela tem feito um trabalho ex-traordinário na questão da segurança pública em nossa cidade. Gostaria de parabenizá-la”, declarou o Presidente do TCC.

Tenente Coronel Nikoluk em conversa franca com o presidente do TCC, Pedro de Abreu

Pedro Luiz de Abreu, Tenente Coronel PM Nikoluk,Coronel da Reserva Sebastião Alberto Correa de Carvalho e Nivaldo Corbani