Igreja pirenopolis analise arq

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- Situada em uma praça quadrangular de aproximadamente 44m de largura e 30m de comprimento

- Implantada no início do declive do terreno que cai em direção ao rio das Almas que corta a cidade

Igreja Nossa Senhora do Rosário – Pirenópolis – Goiás

-  Escolha da implantação confere à edificação aspecto mais elevado do que realmente tem, altura da nave é de 15,40m e as torres tem 18,82m

-  Edificação é a principal moldura da cidade

-  Caráter monumental e simbólico

-  Percepção da edificação não necessita de deslocamentos

-  Espaço infinito, estático e contínuo

-  Início da construção é apontado como sendo em 1732

-  A técnica empregada foi a taipa de pilão

-  A fundação é em cantaria de pedra

-  As paredes variam em espessura entre 1,80m nas sacristias e atingem até 2,10m na nave

-  Os telhados da nave e capela-mor são em duas águas, os das sacristias em uma e os das torres em 4 águas

-  Apenas nave e capela-mor possuem forro sendo o da capela-mor decorado

Fachada Principal

-  Forma pregnante em 3 volumes: duas torres em torno de um corpo central

-  Composição simétrica, organizada em torno de um eixo vertical – cruzeiro, óculo e portada principal

-  Eixo de simetria e elementos da fachada que se repetem de em espaçamentos iguais para os dois lados: Ritmo

-  Predominância de cheios sobre os vazios

-  Portada principal recebe tratamento solenemente e marca a entrada do templo, distinção entre o externo e o interno

- Composição linear e não pictórica reforçada pelas molduras de madeira que delimitam os volumes da fachada

-  Proporção, equivalência e equilíbrio: seção áurea entre retas marca a divisão de pavimentos em 3 volumes

a

b

-  Hierarquia dos elementos na fachada, cada vedação recebe um tipo de tratamento, janelas pequenas de guilhotina nas torres e janelas rasgadas de balcão com peitoril entalado e balaústres talhados em madeira

Planta Baixa, Fachadas e Corte

-  Partido adotado compõe-se de corpo principal, dividido em nave e capela-mor, sendo a nave ladeada pelas torres e a capela-mor por duas sacristias

-  Recurso plástico da simetria no sentido longitudinal

- A organização do espaço na edificação formado por relações que se repetem ao redor de um eixo regulador

O Interior da Edificação

-  Visão bloqueada pelo para-vento, vestíbulo é um espaço de transição entre exterior - interior

-  Percepção do espaço interior independe de deslocamentos do sujeito, valorização do absoluto, do universal, do eterno

-  Espaço da nave é composto por 4 retábulos ladeando a nave, arco cruzeiro marcado por elementos decorativos

-  Altar-mor, centro do olhar do observador, na capela-mor que também tem forro decorado

“ A expressão “arte barroca” não significa, assim, apenas um estilo. Ela abrange todo um sistema, verdadeira confederação de estilos – uma “commonwealth” barroca, poder-se-ia dizer. Estilos perfeitamente diferentes entre si, mas que mantêm uma norma comum de conduta em relação aos preceitos e módulos renascentistas. No caso particular brasileiro, é na composição e talha dos retábulos de altar que se pode observar com nitidez essa extraordinária variedade de estilos peculiar ao barroco.”

Lúcio Costa

“ Sem embargo da evolução estilística dos vários períodos das artes na Colônia, a composição dos retábulos de nossas igrejas obedeceu a uma trama de quatro divisões principais: o embasamento geral; o embasamento dos pés-direitos; o corpo propriamente dito, com a marcação do terço inferior das colunas; e o coroamento; localizando-se no eixo da composição os elementos vitais dos altares – frontal com a banqueta, o sacrário, a imagem – orago entronada e a figuração sagrada superior.”

Lígia Martins Costa