Igreja da Várzea, no Recife, celebra Jubileu de Álamo … · podem ser levados no bolso, outros...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 03 Domingo, 19.01.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Incentivar missionários e igrejas a usarem o mi- nistério esportivo como ferramenta de evangeliza- ção é a meta do programa Avança, Brasil. Muitos missionários têm compartilhado vitórias por meio deste ministério (pág. 07). Evangelho apresentado de forma lúdica O Jornal Batista comemora 113 anos de existência compartilhando histórias vividas por seus leitores. Veja na página 02 como você pode participar desta comemoração e na página 06 leia uma destas his- tórias que inspira e motiva. OJB: Legado e compromisso Igreja da Várzea, no Recife, celebra Jubileu de Álamo a serviço do Senhor A Igreja Evangélica Batista da Várzea comemorou o 90º aniversário de organização em três momentos especiais: Culto em Ação de Graças pelo 90º aniversário, Culto em Ação de Graças pelo Jubileu de Pérola Ministerial do Pr. Pedro Serafim e Culto em Ação de Graças pelo 90º aniversário da UFM da IEB Várzea (págs. 08 e 09).

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1o jornal batista – domingo, 19/01/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 03 Domingo, 19.01.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Incentivar missionários e igrejas a usarem o mi-nistério esportivo como ferramenta de evangeliza-ção é a meta do programa Avança, Brasil. Muitos missionários têm compartilhado vitórias por meio deste ministério (pág. 07).

Evangelho apresentado de forma lúdica

O Jornal Batista comemora 113 anos de existência compartilhando histórias vividas por seus leitores. Veja na página 02 como você pode participar desta comemoração e na página 06 leia uma destas his-tórias que inspira e motiva.

OJB: Legado e compromisso

Igreja da Várzea, no Recife, celebra Jubileu de Álamo a serviço do Senhor

A Igreja Evangélica Batista da Várzea comemorou o 90º aniversário de organização em três momentos especiais: Culto em Ação de Graças pelo 90º aniversário, Culto em Ação de Graças pelo Jubileu de Pérola Ministerial do Pr. Pedro Serafim e Culto em Ação de Graças pelo 90º aniversário da UFM da IEB Várzea (págs. 08 e 09).

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2 o jornal batista – domingo, 19/01/14 reflexão

E D I T O R I A L

No mês de janeiro é comemorado o aniversário do Jornal Batista, que

este ano completa 113 anos. São páginas e mais páginas que atravessaram o tempo, passaram por gerações, vi-ram o país mudar, mostrou e acompanhou as mudanças na denominação. Foram igrejas que nasceram, foram proje-tos que cresceram, foram ho-mens e mulheres usados por Deus. As palavras escritas no Jornal Batista registraram o que aconteceu nos últimos 113 anos.

O Jornal Batista também acompanhou a evolução

Zaqueu Moreira de OliveiraPastor, professor do Seminário Teológico do Norte do Brasil e escritor

O dístico protestan-te sola Scriptu-ra, nem sempre é entendido e

usado conforme a própria Palavra de Deus nos ensina. O que realmente é Escritura Sagrada? Poderia a nossa Bíblia ser comparada com livros sagrados de outras re-ligiões, tais como o Alco-rão e os Vedas? Anos atrás, por conduzirem em mãos a Bíblia, os “crentes” foram apelidados de “bíblias”. Hoje, tudo é diferente, pois há volumes minúsculos que podem ser levados no bolso, outros de tamanho médio a serem conduzidos em bolsas, e outros ainda impressos nos mini-ipads ou nos iphones, facilitando a sua condução.

tecnológica. Sua forma de ser diagramado aproveitou desta evolução, suas páginas ganharam outro formato com o passar do tempo, cada vez mais viva, colorida. E por fim ganhou os computadores, agora qualquer um poder ter via e-mail O Jornal Batista em formato pdf.

O que não mudou foi a quantidade de pessoas usa-das por Deus que escrevem para O Jornal Batista. São homens e mulheres que usa-ram textos para abençoar vidas. Mensagens reflexi-vas, textos questionadores, matérias de acontecimentos inspirativos.

Também quase todos hoje andam de carro, pelo que os “bíblias” não mais são vistos.

O que significa a Bíblia para os protestantes? Um ícone? Um livro que deve estar com eles em qualquer lugar? O que nela é tão im-portante? O volume em si? O fato de se decorar textos ipsis litteris? Ou entendemos que os seus ensinamentos devem permanecer em nosso cora-ção? Vejam bem que o termo usado para o local onde a Palavra deve estar alocada é “coração” e não “memória.” O famoso shema‘, entregue ao povo escolhido, não para com o ensinamento da uni-cidade de Deus, mas faz a seguinte colocação: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração” (Dt 6.6). O termo para “coração” é lebh ou lebhabh, que se refere à sede dos sentidos, da vontade e

Com tantas páginas aben-çoadoras, é claro que por Brasil à fora muitas histórias de bênção através do Jornal aconteceriam. E ainda acon-tecem! Certa vez, em uma pequena igreja de interior e sem pastor um servo do Senhor pegou o Jornal e leu um texto escrito. Esta era a mensagem de Deus para aquela congregação naquele

dos propósitos, resultando no modo de pensar e de agir. Entretanto, é bom saber que há distorções quanto à com-preensão e à prática do que está nas Escrituras Sagradas.

Compreendemos que a Bí-blia é a Palavra de Deus. Mas isso não significa que cada palavra nela registrada deva ser obedecida, porque há história ou narrações, em que a referência a pessoas ou a lu-gares não se coadunam com ensinamentos, assim como há afirmações enganosas de pessoas ímpias domina-das pelo pecado (I Rs 12.28; At 19.28), e até palavras de Satanás e de demônios (Jó 1.9,11; At 16.17). Também entendemos que a Bíblia foi inspirada por Deus, mas essa inspiração não inclui as tra-duções. Nenhuma versão da Bíblia em línguas modernas é infalível, pois sempre contêm equívocos, até mesmo em

dia. Muitas outras histórias aconteceram através do Jor-nal Batista. Quantos projetos mencionados no Jornal Batis-ta ganharam mais integrantes, voluntários e colaboradores.

E que neste ano de 2014 este espírito de abençoar vidas e ser usado por Deus continue no caminhar do Jornal Batista.

(AP)

pontos de doutrina bíblica. A inspiração existe apenas para o texto original.

O nosso viver e agir refle-tem o que somos. Cristo deve ser o centro de nossas vidas, tendo a Bíblia o seu lugar especial segundo o seu se-nhorio. Lembramos, portan-to, que os cristãos precisam se manter vigilantes, jamais permitindo que palavras, costumes e interpretações duvidosas, estranhas aos ver-dadeiros ensinamentos da Palavra de Deus, invertam o verdadeiro significado de nossa fé e prática. A Bíblia não pode ser desprezada pelo fato das traduções não serem perfeitas, mas o que ela ensina deve prevalecer profundamente em nosso co-ração. O Senhor nos adverte: “Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro!” (Ap 22.7).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Você também pode contar sua história com O Jornal Batista, ou a história de algum conhecido. Escreva um texto resumido da sua experiência com o Jornal ou con-tando o que significa o Jornal Batista na sua vida. Em seguida envie para [email protected] .

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3o jornal batista – domingo, 19/01/14reflexão

Levir Perea MerloPastor da PIB em São Caetano, PE

Texto: Gênesis 2.7, 18, 21-25

Vivendo num tem-po de mudanças e quebra de tradições milenares em vários

segmentos da sociedade, in-clusive em relação à família, precisamos como cristãos ratificar o ideal do Senhor Deus para a família. Muito oportuno a temática da Con-venção Batista Brasileira para o ano de 2014, nos dias con-turbados pelas quais passa a primeira instituição criada pelo Senhor, a família.

Somos criacionistas, e pelo texto acima afirmamos e fir-mamos nossa convicção de fé na criação do Senhor. Não estamos preocupados se o tempo da criação foi de seis dias literais, ou se o Criador precisou de seis bilhões de anos para formar a terra e a sua criação. O fato é que

o mundo foi criado, todas as criaturas foram criadas, e dentre essas a coroa da cria-ção, o homem e a mulher. “E não podemos esquecer que Jesus participou da criação, porque Ele é Deus (João 1.1-3) e que Ele é o resplendor da glória do Pai. Portanto, toda a criação reflete seu caráter e sua natureza”.

Voltando um pouco para Gênesis 1.27-28, sobre a narrativa da criação do ho-mem e da mulher, dois fa-tos nos chamam a atenção: “Frutificai e multiplicai-vos”. Geralmente se pensa, ou se trabalha a ideia de que os primeiros filhos de Adão e Eva eram Caim e Abel, mas eles são filhos pós-queda, é muito provável que Adão e Eva tiveram muitos filhos antes da queda (filhos do paraíso), filhos sem dores de parto (3.16). É provável também que os filhos de Deus mencionados em (6.2) sejam filhos de Adão e Eva antes da queda. Mas porque estou mencionando isso que

fica apenas no terreno das possibilidades? Para dizer que o Senhor começou a sua obra determinando que o homem e a mulher, uma só carne tivessem filhos, naquele tempo distante de nós, tivessem muitos filhos, dezenas, centenas deles, porque era tempo de encher a terra. Hoje o mandamento continua valendo, certamen-te não na mesma proporção numérica, pois nossa terra passa dos sete bilhões de vidas. Ademais produção e criação de filhos requerem grande responsabilidade e respeito para com o ser humano criado a imagem e semelhança do Senhor.

A síntese é: O marido deve amar sua esposa, a mulher deve respeitar seu esposo, ambos devem ser exemplos para os filhos, e estes por sua vez devem honrar seus pais.

Aproveito para suplicar ao Senhor para que o ano de 2014 seja de grandes bên-çãos para a família cristã bra-sileira.

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A cura da sogra

“E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram dela” (Marcos 1.30).

Engana-se aquele que acha que os relacio-namentos humanos se restringem a um

casal que se ama: “Desde que ela e eu nos entenda-mos, o resto não nos inte-ressa”. A ideia ingênua de que casamento é apenas a união de uma esposa e um marido não é realista. Quer queiramos ou não, casar significa envolver-se com a família do outro. Para o bem ou para o mal.

Pedro entendeu isso quan-do Jesus entrou em sua casa,

logo lhe pediu que ajudasse sua sogra, que estava doen-te. Atendendo ao pedido de Pedro, Jesus “tomou-a pela mão e a febre a deixou” (Marcos 1.31).

Relacionamentos humanos completos incluem oração e cuidado pelos sogros, pelos genros e noras, pelos cunha-dos, pelos enteados. Todos eles influenciam a felicidade do casal. Por isso, precisamos da mão bondosa e poderosa de Jesus para que a família inteira seja tocada, ampara-da, levantada.

Famílias enfermas precisam do toque de Jesus, para que a febre vá embora e aconteça a saúde.

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4 o jornal batista – domingo, 19/01/14 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Renato era um crente assíduo e participa-tivo em uma igreja batista, casado com

Giovana, uma mulher bri-lhante, alta funcionária da Petrobrás. Ela conseguiu um empréstimo na Petrus e adquiriram uma bela casa. Logo em seguida, com ou-tro empréstimo, agora no Banco, compraram um car-rão. Certa vez, Renato foi à casa de um colega de traba-lho e lá estavam o colega e mais três amigos em volta de uma mesa jogando pô-quer. Jogavam com fichas brancas, isto é, sem valor monetário e Renato ficou de lado vendo o jogo. Na semana seguinte, ele voltou ao local e foi convidado para compor a mesa. Logo aprendeu os macetes do pô-quer e ajuntou um montão de fichas. Descobriu uma casa onde jogavam “à vera” e começou a frequentá-la, na ilusão de ganhar um bom dinheiro. O jogador “pato” é o que “nada”. Renato era um pato típico. Só perdia. Os jogadores profissionais são os que fazem fortuna. O problema do pôquer é que o jogador sempre acha que na rodada seguinte ele terá na mão um Royal Straight Flush (sequência de cartas do mes-mo naipe) e vai fazendo apostas cada vez maiores na tentativa de recuperar o que perdeu. Hoje joga-se muito pôquer pela Internet, com apostadores do mundo inteiro, o que é proibido por lei no Brasil, mas quem se importa com a lei? Para encurtar a história, Renato perdeu o carro, depois teve que vender a casa, perdeu o emprego de vendedor de uma firma atacadista de bi-juterias por ter espalhado cheques sem fundo na praça e por fim, Giovana teve que abandoná-lo. Renato mon-tou uma casa de massagem e começou a explorar a prosti-tuição. Uma vida totalmente arruinada.

Essa história, aliás verídica, com exceção dos nomes, faz-me lembrar o caso de Ló,

sobrinho de Abraão. Em Gê-nesis 13.13 lemos que Ló foi armando as suas tendas cada vez mais perto de Sodoma até que entrou na cidade símbolo do pecado para mo-rar. Na sequência da leitura, vemos como Ló e sua família foram absorvidos pela cultura sodomita. Sua mulher, na fuga da destruição, sentiu nostalgia, olhou para trás e fi-cou convertida numa estátua de sal. As filhas não tiveram pejo de embebedar o pai e cometer incesto, dele engra-vidando e gerando povos que mais tarde iriam trazer muitas aflições aos descendentes de Jacó. Todo o mal começou quando Ló foi, aos poucos, armando suas tendas na di-reção de Sodoma.

Cuidado! Toda a desgraça que destrói muitas vidas co-meça com um olhar cobiço-so, uma taça de champanhe ou uma cervejinha social, uma inocente carona, uma única mão de baralho “à brin-ca”, um capítulo de novela, uma transação não muito honesta, uma mentirinha de conveniência, um desfile rápido de carnalidade, uma inocente valsa na festa de quinze anos ou de casamen-to, o que está se tornando co-mum. Você vai armando suas tendas na direção de Sodoma e, sem o perceber, acaba atolado até o pescoço na cul-tura do pecado. Se Ló tives-se permanecido fiel a Deus testemunhando da justiça de Deus, com certeza poderia ter conquistado os dez justos que Deus esperava encontrar em Sodoma para não destruir a grande cidade. Ou seja, o crente que “facilita” com o pecado, não somente destrói sua própria espiritualidade, como também deixa de ser uma bênção e de fazer a di-ferença no mundo. Por isso, o Mestre nos exorta: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação”. Fique longe de So-doma, querido irmão. E se lá entrar, seja sempre e só para testemunhar de Cristo, jamais para absorver a cultura e os hábitos da grande cidade do pecado.

Elias Gomes de OliveiraPastor da PIB Missionária em Parque das Missões

Existem coisas que o di-nheiro não pode com-prar. A era pós-moder-na propagou nas pes-

soas o jeito mercantilista de ser e fazer. Uma era em que o ter é mais importante que o fazer. Existem muitas igrejas que estão contaminadas pelo consumo e materialização onde as pessoas ditas “cris-tãs” dão testemunhos sobre ganho, aquisição de bens e ascensão profissional. Deus é uma escada para crescer na vida.

É nessa ótica que penso sobre a questão do sustento dos ministros. Muitas comu-nidades eclesiásticas apre-sentam justificativas para não manter ministros vivendo do ministério. Hoje em dia, pensa-se em construir prédios monumentais, investimento em missionários longínquos, criação de centros sociais, dentre outros projetos, me-nos em investir na prepa-ração dos seus líderes e no sustento digno de um obreiro e de sua família.

O que a Bíblia diz sobre o sustento pastoral? Deus sele-cionou a tribo de Levi dentre as demais tribos de Israel para exercer em tempo inte-gral o serviço no santuário. Os levitas tinham o direito de usar parte dos dízimos (Nm 18.25-31), as primí-cias (Nm 18.8-13) e os pães da preposição (Lv 24.9). A omissão dos direitos acima foi denunciada por Neemias como abandono da casa de Deus (Nm 13.10-11).

Jesus convocou seus discí-pulos em tempo integral (Mt 4.19-20). Havia tesoureiros para receber ofertas usadas para o sustento pessoal e para ajuda aos pobres (Jo 12.6). Após a ressurreição, desanimados e incrédulos, os discípulos voltariam à pescaria, sendo praticamen-te improvável que tal rotina

tenha se estabelecido (Jo 21.1-22).

O apóstolo Paulo orientou Timóteo a depender do sus-tento da igreja (II Tm 2.6-7). Ele precisou fazer tendas conforme registrado em At 18.1-4, sendo, portanto cir-cunstancial e não normativo (I Co 9.6-14). Por isso quando Paulo e Timóteo desceram para Macedônia, Paulo dedi-cou-se inteiramente à palavra (At 18.5).

O ideal é o ministro viver do, e para, o ministério. A co-munidade local ganha e cres-ce quando o vocacionado não se divide entre a igreja e o trabalho. Portanto a co-munidade cristã não deve ser injusta quando assume este papel de mantenedora do pastor e de sua família. Algu-mas pessoas inconvenientes questionam o valor investido no ministério pastoral.

O interessante é que os críticos de plantão da gratifi-cação do pastor não se indig-nam com a mesma energia em relação aos infieis nas contribuições na igreja local. Imagine o quanto uma igreja poderia fazer se todos fos-sem verdadeiramente fiéis?

Quantos missionários teriam em campo? Quantos obreiros vivendo integralmente do ministério?

Os pastores são presentes de Deus para o rebanho (Ef 4.11). O papel do ministro de Deus exige flexibilidade, treinamento de líderes, vi-sitação de famílias, socorro aos enfermos, aniversários, óbitos, dentre outras ativida-des pertinentes ao pastor. A lista realmente é grande. O apascentamento da própria família. A gratificação deve ser necessária e suficiente para manutenção da família, provisão de moradia e do carro pessoal, muitas vezes usado no ministério.

Por isso, repito a pergunta: qual o valor de um pastor? A vontade de Deus: “digno é o obreiro do seu salário” (Lc 10.7); “os que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (I Co 9.13-14); “O que é instruído na pala-vra, reparta de todos os bens com aquele que o instrui” (Gl 6.6).

Louvemos a Deus pelas igrejas que apascentam seus pastores, priorizando e hon-rando o seu ministério.

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5o jornal batista – domingo, 19/01/14reflexão

Eusvaldo Gonçalves dos SantosMembro da Igreja Batista Ebenézer de Americana

Estas interrogações es-tão postas desde os tempos imemoriáveis, frequentemente so-

mos instados a nos sacrificar em nome do bem estar da sociedade. O apelo sempre é dirigido como uma justificati-va, para o bem estar das futu-ras gerações, independentes de estarmos necessitados ou não, como homem da Lei, temos sempre que fazer juí-zos, sobre o que nos chega ao conhecimento, mesmo que isto não nos diz respei-to. Como uma voz interior, que nos faz pretender saber o que é justo ou injusto. A medida que alcançamos cer-to discernimento, possuímos uma capacidade intelectual do senso de justiça. As ações do ser humano, via de regra, são baseadas nesse senso, e ao mesmo tempo espera-mos que as demais pessoas tenham o mesmo comporta-mento.

Na realidade essa capaci-dade é complexa. Para saber isto verificamos a infinidade de frases que normalmente ouvimos: “Este sistema é in-justo, o pobre não tem acesso a justiça, o salário mínimo é uma injustiça”. Taxamos muitas coisas, como justas e injustas, essa ideia de justiça, tanto pode ser social, pes-soal, objetiva ou subjetiva. Com o advento do cristianis-mo, está sempre vinculada a Deus e ao seu reino, mas a sociedade continua a mesma, dentro do seu limite natural. A noção de pecado aparece como um marco que divide a sociedade de pessoas injustas e de pessoas justificadas, que é aquela que a redenção de Cristo lhe foi dada graciosa-mente. A justiça humana é

contingencial, bem como a sociedade terrena, somente a cidade celestial é dotada de justiça eternamente.

Na concepção de Tomaz de Aquino, que fundamen-tava a Lei divina (fé) incor-porava a Lei natural (razão), nessa perspectiva o poder temporal se confunde com o atemporal. As Leis são a ma-terialização da concepção de justiça, na democracia esse tipo de justiça é denominada positiva, Legal, ou direito positivo, como conjunto de Leis diversas constituindo a ordem jurídica da sociedade, que representa o equilíbrio entre os diferentes interesses, abstratamente regulamen-tando o comportamento do individuo, compulsando-o à pratica ou não de determina-dos atos.

Na sociedade cristã o com-portamento dos indivíduos, também são controlados pela Lei do espirito de vida, ou seja o Espirito Santo de Deus, que passa a residir em seu coração, mediante uma ex-periência da razão com a fé, o material com o espiritual, havendo uma transformação radical na concepção do que é justo ou injusto. O cristão é aquela pessoa que reconhece o direito divino como criador de todas as coisas, também do ser humano, o apostolo Paulo reconheceu que ele como ser humano natural es-tava sempre desobedecendo o que o ser espiritual deseja-va fazer (Romanos 7).

Deus, como criador, tem o direito positivo e legal sobre todas as coisas, quando o ser natural é feito novamente recebe a transformação es-piritual, e o Espírito de Deus passa a habitar no seu cora-ção implantando a Lei do Es-pírito de vida, até que o mor-tal seja revestido do imortal, mesmo que abstratamente enquanto estiver na vida

material (II Cor 5.17). Esse controle comportamental, dirigido pelo Espírito Santo, registra a desobediência, classificando-a na mesma posição de Adão. Quando Deus perguntou a Caim so-bre seu irmão Abel, recebeu uma resposta do homem natural, esse comportamen-to a Bíblia classifica como desobediência, transgressão, iniquidade, pecado. Quan-do o cristão é subtraído, engodado pelo engano da sua própria concupiscência, dando a luz o pecado, que sendo consumado gera a morte (Tiago 1.15).

Esse comportamento antes de ser consumado recebe o respaldo da Lei do Espí-rito Santo, mostrando que haverá consequências do próprio ato, Caim assumiu a responsabilidade do seu ato criminoso e foi expulso da presença da glória que o Criador preparou para toda aquele que crê na vida eter-na com Cristo ou sem Cristo (Romanos 6.23). Toda essa Lei é baseada dentro do con-ceito do atributo imanente de Deus (I João 4.19). Nós o amamos porque ele nos amou primeiro, com seu atri-buto de justiça (I João 4.8), porque Deus é amor.

Segundo Paulo o amor tudo supera, até os maus compor-tamentos, tanto do homem natural, como do pecador remido, o amor tudo sofre (Isaias 53), não folga com a injustiça, ele abomina o pecado, mas ama o pecador, tudo espera, tudo suporta e nunca falha (I Cor 13). Deus é um ser espiritual, justo que justifica, que perdoa, por ser Ele o próprio amor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pe-reça mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

vida em famíliaGilson Bifano

Um dia desses ouvi uma frase muito interessante num filme de desenho

animado. Não me preocupei em saber o nome do filme. O pai num diálogo com o fi-lho, percebendo que correria algum perigo em uma deter-minada ação, disse: “Você ainda não é um homem!”. O menino, olhando firmemente para o pai, respondeu: “Mas nunca o serei se o senhor não deixar”.

É verdade, para um menino se tornar homem é preciso que os pais o deixem. É im-pressionante ver como os pais relutam neste sentido. Muitos homens barbados são crianças vestidos de adultos. Pais contribuem para que um menino se torne homem através de palavras e ações.

Um dia desses chamei atenção de uma jovem mãe, membro da família, que com um filho já na casa dos cinco anos, tratava-o como bebe-zinho. Usava todos os ter-mos sempre no diminutivo. Numa frase, por exemplo, usava tudo no diminutivo, tipo “vem aqui nenenzinho da mamãezinha prá tomar o leitinho no colinho”. Posso estar exagerando, mas era mais ou menos assim.

Meninos se tornam homens quando são treinados para isto. E esta é uma tarefa dos pais (homens).

Mães não são, por natu-reza, as pessoas mais ade-quadas para tal exigência. Mães são mães porque o instinto está mais para pro-teger, dar beijinho e mimar os seus filhotes. Os homens (pais) não devem ser assim. É claro que podem e devem proteger seus filhos, beijá-los mas é preciso que sejam sá-bios para deixa-los chorando no chão, após uma queda, quando percebem que não foi nada muito grave, apenas um joelho ralado.

Meninos se tornam homens na convivência com outros homens. Mães que desejam

que seus meninos se tornem homens é preciso deixá-los conviver com outros homens que possam servir de um re-ferencial positivo de masculi-nidade. A mídia está sempre passando para os meninos que homens de verdade não precisam ter jeito de homem. As novelas estão cheias de figuras de “homens” que não são referencias positivas de masculinidade. Basta lem-brar dos personagens “Clô”, “Felix” e tantos outros. Preci-samos dizer para nossos me-ninos que aqueles homens não são homens de verdade.

Avós e tios podem ser uma bênção nesta grande tarefa. Hoje, infelizmente, muitos meninos são privados da con-vivência de seus pais. Convi-vem mais com mulheres em seu universo, seja em casa, na escola e na igreja.

Há um tempo conversei com um casal de avós. Jun-tos na praia percebi que a avó sempre levava o netinho no banheiro feminino. Falei, com cautela, para o avô da necessidade dele mesmo tomar esta tarefa para si. O que se passa na cabeça de um menino de 4 ou 5 anos que sempre entra para fazer xixi em banheiros femininos? Outro dia, um avô conversou comigo que seu netinho era levado pela mãe ao banheiro e orientava o menino de uns três anos fazer xixi sentado, como as meninas fazem. Podem pensar que isto é paranoia, mas não é. Através destas pequenas atitudes os meninos vão construindo sua identidade sexual.

As últimas palavras de Davi a Salomão podem ser usadas para encerrar este artigo e de-vem ecoar nos corações dos pais. Davi, antes de morrer, disse a Salomão: “Eu vou pelo caminho de todos os mortais. Esforça-te (Coragem), pois, e sê homem!” (I Rs 2.2).

Dizer isto através de pala-vras e atitudes é um desafio para todos os pais que tem filhos meninos.

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6 o jornal batista – domingo, 19/01/14 notícias do brasil batista

CONVOCAÇÃO AECBBConforme Artigo 10 do Estatuto da AECBB (Associação

dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil), convoco seus membros para a Assembleia Anual Ordinária a realizar-se no dia 22 de janeiro de 2014, na cidade de João Pessoa, PB, por ocasião da Assembleia da Conven-ção Batista Brasileira.

Na certeza do apoio e participação,Tania AraújoPresidente

Belo Horizonte, 07 de janeiro de 2014

Sandra NatividadeJornalista e Membro do Conselho Editorial de OJB

É assim que vejo O Jornal Batista como símbolo vivo de le-gado e compromisso,

legado porque corroborou transmitindo durante todo este tempo a boa informação no contexto da denomina-ção batista, apresentando as igrejas e suas realizações

fazendo com que os esta-dos pudessem se sentir mais próximos uns dos outros, a informação corre célere ale-grando semanalmente mem-bros, missionários e pastores que por razões diversas estão longe de suas cidades ou de campos onde trabalharam no passado. O compromisso é enxergado como misto de dever no quesito caráter so-cial, empunhando a bandeira da responsabilidade com o

confessional, doutrinário, ins-pirativo e a notícia em todas as suas edições.

Há uma relação de grati-dão minha com este noticio-so nas pesquisas que tenho realizado coletando infor-mações sobre os batistas, notadamente os de Sergipe, as informações ali contidas muito me ajudaram, uma marcou época, reproduzo a pequena foto em fac-símile, datada de 16 de novembro

de 1922 que proporcionou renovo nas pesquisas, vonta-de de ir adiante, daí terminei o trabalho daquele período organizando em 2003, a Ga-leria dos ex-pastores da PIB de Aracaju, tudo a partir da leitura dos exemplares deste semanário. O material se avolumava acrescido com informações outras e a litera-tura da denominação no meu Estado, foi se substanciando e estabelecendo novos rumos.

Nas comemorações destes 113 anos manifesto minha gratidão pela existência de OJB e de pesquisadores do nordeste e por extensão do meu país, que têm produzido material de relevância através de suas páginas. Que Deus esteja sempre no coman-do deste semanário e que o evangelho de Jesus Cristo prossiga célere alcançando não só a nossa pátria, mas o mundo.

OJB: Legado e compromisso

Quase quinze

Caminhos da Mulher de Deus

Uma década e meia depois da consagração da primeira pastora batista da CBB, a OPBB irá decidir o direito da filiação das mulheres chamadas por Deus para o ministério pastoral

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Quinze anos é uma data marcante para qualquer mulher. Quando

é possível, os pais realizam um culto de gratidão a Deus, uma festa, em que a menina--moça debuta, sendo apre-sentada à sociedade como um rito de passagem.

Uso essa metáfora para comparar o caminho das pastoras das igrejas batistas da Convenção Batista Brasi-leira. Nesta Assembleia da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, OPBB, nos dias 22 e 23 de janeiro de 2014, será votada a filiação, ou não, das pastoras, conforme decisão

da Assembleia da Ordem em Aracaju, SE, em janeiro de 2013.

Essa votação acontecerá exatamente no ano em que se comemoram os 15 anos da consagração da primei-ra pastora batista da CBB, Silvia da Silva Nogueira, na PIB de Campo Limpo, SP. As ordenações começaram timidamente, encorajadas em primeiro lugar pelo Senhor e depois por todos aquelas pessoas e igrejas que parti-lharam deste sonho de ver em pleno ministério as mu-lheres chamadas por Deus. Nos anos que se seguiram, foram ganhando força, num crescente.

Em janeiro de 2009, quan-do aconteceu o I Encontro de Pastoras, em Brasília, DF,

havia 80 pastoras. Na época, os pastores homens, cadas-trados na OPBB eram cerca de oito mil. Lembro-me que o Pr. Sócrates de Oliveira, diretor geral da CBB, brincou dizendo que as pastoras ha-viam saído do traço, isto é, já eram 1% dos pastores e, por-tanto, não poderiam mais ser ignoradas, fazendo uma alu-são aos mecanismos usados pelos institutos de pesquisa. Cinco anos depois, mais que dobramos o número porque somos cerca de 170 pastoras. Louvado seja Deus!

A legitimidade do exercício do ministério pastoral por mulheres não será atestada pela OPBB porque ela está em Deus que chamou e nas igrejas que reconheceram este chamado e consagraram

cada pastora. No entanto, a filiação é um passo impor-tante, especialmente para o exercício do ministério das mulheres de uma maneira mais ampla, além das igrejas que as consagrou, e para o relacionamento com as di-versas instituições batistas. A OPBB é o órgão auxiliar da CBB que reúne aqueles que exercem o ministério pastoral junto às igrejas e que hoje inclui mulheres.

A filiação das pastoras pro-piciará um maior reconhe-cimento denominacional e, possivelmente, um ministé-rio um pouco menos árduo, como também um ambiente mais propício para que elas tratem de outras questões im-portantes que surgiram nes-ses anos como a inserção nas

equipes ministeriais, as ques-tões familiares junto às igre-jas, a mobilidade vocacional e outros assuntos. Além do mais, e muito importante, é que dará condições para que jovens mulheres chamadas por Deus possam encon-trar com mais facilidade um ambiente de aceitação nas igrejas e seminários, entre pastores e professores, para o devido preparo e encami-nhamento para o ministério.

Sonho o dia em que qual-quer mulher, chamada por Deus, em qualquer lugar deste país, tenha todas as condições e incentivo para desenvolver a sua vocação, preparar-se adequadamente e servir a Deus e às igrejas batistas do Brasil no ministé-rio pastoral.

O Jormal Batista do dia 16 de novembro de 1922

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7o jornal batista – domingo, 19/01/14missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Incentivar missionários e igrejas a usarem o mi-nistério esportivo como ferramenta de evangeli-

zação é a meta do programa Avança, Brasil – implantado por Missões Nacionais no ano passado. Muitos missio-nários têm compartilhado vitórias conquistadas por meio de atividades esportivas e recreativas.

Quando chegaram a Porto Alegre (RS), os missionários Pr. Bruno e Josiane Privatti começaram a fazer cami-nhadas de oração no bairro onde estavam, pedindo ao Senhor por estratégias para que conseguissem impactar a comunidade do entorno da igreja. Perceberam, então, uma praça onde se concen-travam muitas crianças e adolescentes para jogar fu-tebol e começaram o projeto chamado “Futebol da Vida”. Inicialmente, eles contavam com poucos meninos, mas já na segunda semana do projeto o número dobrou e em pouco tempo já tinham mais de 100 meninos parti-cipando.

Com o projeto, que ocorre aos sábados, os missionários podem compartilhar o Evan-gelho por meio de devocio-nais que ocorrem após o café da manhã oferecido aos participantes, e também oram com os meninos. Dentro dessa estratégia, o que mais marcou Pr. Bruno foi quando Gerson Arizoli, pai de um dos meninos, perguntou se

poderia ajudar no projeto. O missionário respondeu que sim e começou a contar com o apoio de um voluntário.

No projeto, Gerson passou também a conversar com o missionário sobre Deus, sobre questões da vida, e após vários convites para que visitasse a igreja, ele foi a um culto no qual sentiu que Deus estava falando profun-damente com ele. “Parecia que tudo estava sendo dire-cionado para mim, para a mi-nha vida e parecia que eu era a única pessoa dentro da igre-ja. E eu me perguntava como, se ninguém sabia dos meus problemas e aquilo me tocou muito”, relatou Gerson, que entregou sua vida a Cristo. Agora, ele afirma que, apesar de nunca ter sido uma pessoa de temperamento explosivo, a maneira de se relacionar

com as pessoas de sua família melhorou muito e que está ainda mais tranquilo. Gerson, antes umbandista, hoje sonha em ver toda a sua família aos pés de Cristo, e diz que continuará participando do projeto esportivo e demais atividades da igreja para que continue se desenvolvendo espiritualmente.

“O povo gaúcho é apaixo-nado por futebol. O proje-to Futebol da Vida tem nos aproximado da comunida-de onde estamos inseridos. Além de pregar o evangelho, podemos abençoar vidas com outras atividades como: atendimento espiritual, aten-dimento psicológico, dis-tribuição de kit’s escolares e cestas básicas. Podemos utilizar de várias formas, para ganhar o maior número pos-sível de pessoas para Cristo e

transformar gerações”, defen-de o missionário.

O Clube Bíblico é outra fer-ramenta que os missionários têm usado para alcançar crian-ças e adolescentes por meio de atividades recreativas, além de formar novos líderes. “Aqueles que antes estavam sentados, aprendendo, agora estão à frente, ensinando os que são mais novos”, explicou a mis-sionária Josiane.

Para Liliana, adolescen-te que ajuda na classe das crianças do Clube Bíblico, a oportunidade de auxiliar é importante porque além de ensinar, ela também aca-ba aprendendo ainda mais. “Gosto de ser usada por Deus para trabalhar com crianças. Nesse processo de aprender para ensinar, eu acabo re-cebendo coisas que servem para mim”, relata.

Por ser mais informal, o Clube Bíblico tem conquis-tado uma rede de crianças, que convidam seus colegas da escola para as gincanas, lanches e demais atividades do projeto. Josiane afirma que essa estratégia é impor-tante porque muitos junio-res e adolescentes que não querem ir à igreja, porque não querem uma religião, acabam frequentando o Clu-be Bíblico inicialmente pelas amizades, mas depois pas-sam a se interessar cada vez mais pela Palavra que ali é compartilhada.

“Temos tido relatos de crianças que, em casa, pe-gam a Bíblia e oram. Uma avó disse que a criança em casa lê a Bíblia, ora pela fa-mília e também chama a fa-mília para orar. Tudo isso já é fruto do estímulo que damos aqui”, conta a missionária. Ainda de acordo com ela, as redes sociais também são usadas como ferramenta para incentivar as crianças e ado-lescentes a fazer a devocional em casa. Na página da igreja no Facebook, os líderes pu-blicam, diariamente, textos da Bíblia para que os partici-pantes do Clube Bíblico não fiquem sem ler a Palavra.

“Eles nos ajudam e mos-tram que Jesus tem um gran-de propósito para as nossas vidas também”, disse a ado-lescente, Raquel. Para outra participante, Carol, o Clube é uma experiência diferen-te, e o que mais chama sua atenção é o modo como ouve falar sobre a Palavra de Deus.

Discípulos de Cristo têm sido formados por meio des-tes projetos, comprovando que vale a pena todo esforço de desenvolver ações que compartilhem o evangelho de maneira contextualizada. Jesus ordena que sua igreja faça discípulos e o minis-tério esportivo é mais uma ferramenta para cumprir esta missão.

Leve sua igreja a desen-volver ações recreativas e esportivas a fim de propagar o evangelho em seu bairro. Membros e novos crentes se-rão estimulados a se envolver mais com a obra e a igreja formará líderes, discípulos, ao mesmo tempo em que realiza ações de compaixão, beneficiando a comunidade. E assim, outros pilares de Igreja Multiplicadora, como oração e evangelização, se-rão desenvolvidos seguindo o modelo da igreja primitiva que era relevante em suas ações.

Crianças do Clube Bíblico

Missionários com os participantes do Futebol da Vida

Evangelho apresentado de forma lúdica

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IEB Várzea, no Recife (PE), celebra Jubileu de Álamo a serviço do Senhor

Coro e Orquestra Pr. Pedro Serafim Templo

Pastores e esposas Gratidão ao Pr. Pedro Selma Leitão

8 o jornal batista – domingo, 19/01/14 notícias do brasil batista

Francisco Bonato PereiraPastor e Membro do Conselho Editorial do Jornal Batista

A Igreja Evangélica Batista da Várzea (IEB Várzea), no Re-cife, pastoreada por

Pedro Luiz Gonçalves Sera-fim e José Deusarte Souza, comemorou o 90º aniversá-rio de organização em três momentos especiais: Culto em Ação de Graças pelo 90º aniversário, Culto em Ação de Graças pelo Jubileu de Pé-rola Ministerial do Pr. Pedro Serafim e Culto em Ação de Graças pelo 90º aniversário da UFM da IEB Várzea, ce-lebrados no templo da IEB Várzea na Avenida Afonso Olindense, 1990, Várzea, Recife (PE).

O JUBILEU DE ÁLAMOCulto em Ação de Graças

pelo 90º aniversário foi ce-lebrado a 15 de junho de 2013, quando a Igreja se engalanou para render graças ao Deus Altíssimo pelo trans-curso dos 90 anos servindo ao Senhor e ao próximo sob a mão poderosa do Altíssimo, proclamando o Evangelho de Cristo, unida em amor frater-no como Corpo de Cristo na Várzea. O Culto foi dirigido pelos pastores Pedro Luiz Se-rafim e José Deusarte Souza, recordando aspectos da vida da Igreja: 90 anos proclaman-do o Evangelho de Cristo em amor, em louvor e adoração, em comunhão com Deus e com o próximo, em dedica-ção, em trabalho e salvando vidas para glória de Deus.

Os cânticos foram dirigidos pela Orquestra Emanuel e Grupo de Louvor, com hinos tradicionais e especiais en-toadas pelo Coro 90 Vozes, acompanhado da Orquestra Emanuel. A IEB Várzea rece-beu membros da igreja-mãe (IB Cordeiro) e igrejas-irmãs e muitos visitantes, entre os quais pastores Paulo Wailler (emérito IB Várzea), Ney Ladeia (IB Capunga, CBPE), Francisco Pereira (IB Cor-deiro), Pr. Alderi Dantas (IB Arruda, OPBB), Mauricio Ma-nuel (JMN), Adriano Borges (JMM) e João V. Ramos An-

dré (STBNB), o Dc. Lincoln Araujo (CBB) e a Profa. Maria Betânia Araujo (Vice-Diretora STBNB), saudados pelo Pr. Pedro Serafim.

O pregador do Culto foi o Pr. Ney Ladeia (CBPE), que trouxe sermão desafiador à Igreja, destacando quem a Igreja foi, quem a Igreja é e o desafio de ser Igreja de Cristo no futuro, consciente da missão de proclamar o Evangelho de Cristo e de ser Corpo de Cristo unido em amor, testemunha viva de Cristo, aguardando a vinda. Após o culto a Igreja e con-vidados confraternizaram no salão de recepções.

O JUBILEU DE PÉROLA MINISTERIAL

O Culto em Ação de Gra-ças pelo 30º aniversário de Ministério do Pr. Pedro Luiz Gonçalves Serafim foi ce-lebrado a 31 de agosto de 2013, dirigido pelo Pr. José Deusarte de Souza, presentes familiares (a esposa Nadja, a mãe Iracy, o irmão Pr. Wa-shington Serafim e outros ir-mãos e sobrinhos), dos mem-bros da IEB Várzea, de igre-jas-irmãs e igrejas-filhas, o Dc. Lincoln Araujo (CBB), os pastores Paulo Wailler (emé-rito IB Várzea), Ney Ladeia (CBPE), Francisco Bonato Pe-reira (IB Cordeiro), Pr. Alderi Dantas (OPBB), Mauricio Ma-nuel (JMN), Adriano Borges (JMM), João Virgilio Ramos André (STBNB), (Bahia), e a Profa. Maria Betânia Araujo (Diretora STBNB). As músicas foram apresentadas pelo Gru-po Tabernáculo (IB Capunga) e pelo Coro da MCA e Coro de 90 Vozes da IEB Várzea. O pregador foi o Pr. Antonio Mendes (IB Atibaia, SP). Os filhos do Pr. Pedro Serafim, enviaram da Espanha ao pai, uma mensagem em vídeo. O Pr. Pedro Serafim foi presen-teado pela IEB Várzea e pelo Pr. Antonio Mendes.

Mensagem do Pr. Pedro Serafim à IEB Várzea, escrita no boletim dominical no dia seguinte (01.09.2013): “SOU PASTOR, OBRIGADO SE-NHOR! Escrevendo ao pastor Timóteo, o apóstolo Paulo en-fatiza: ‘Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado,

excelente obra deseja’ (I Tm 3.1-2). Após estas palavras Paulo começa a enumerar vários requisitos indispensá-veis ao caráter do pastor. Em outra mensagem (I Tm 4.12), ele acrescenta: ‘Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis, na palavra, no procedi-mento, no amor, na fé e na pureza’. Paulo qualificava o episcopado na forma acima a partir de três fundamentos: É Deus quem escolhe, capacita e envia. Com essa compreen-são ele exerceu o ministério que o Senhor lhe confiou, experimentando a excelência e responsabilidade inerentes ao episcopado, ao pastorado. Por isso, no percurso de sua carreira ministerial o apóstolo pode concluir: ‘mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contanto que complete a minha carrei-ra e o ministério que recebi do Senhor Jesus para dar tes-temunho do Evangelho da Graça de Deus’ (At 20.24). ‘Daqui em diante ninguém me moleste, porque eu trago no meu corpo as marcas de Jesus’ (Gl 6.17). ‘Combati o bom combate, acabei a carrei-ra, guardei a fé’ (II Tm 4.7)”.

“Assim, neste contexto de celebração do 30º ani-versário de consagração ao Ministério da Palavra, agra-decemos ao Senhor, diante do seu povo, o fato de nos ter escolhido, separado e habilitado para o ministério pastoral, fazendo nossas as palavras de E. Hubert, na po-esia ‘Oração de um Pastor’: ‘Senhor, eu não te peço que me faças grande, nem que o louvor dos homens soe em meus ouvidos, mas, sim, que da minha vida faças um vaso

através do qual Tua mensa-gem possa fluir para que os que choram. Eu não te peço que os homens conheçam meu nome, nem que as mul-tidões se ajuntem para ouvir minha voz, mas isto eu peço, que no seu vale de lágrimas os homens encontrem a Jesus e n’Ele se alegrem... Então, Senhor, enche o meu cora-ção com o poder do Espírito, esconde o meu rosto atrás do Salvador. Que só a tua doce voz seja ouvida e usa minha língua para que as palavras da vida possam ser ditas em todo lugar”. Toda honra e glória sejam dadas a Deus! Pr. Pedro Serafim”.

O JUBILEU DE ÁLAMO DA UFMBB

O Culto em Ação de Gra-ças pelo Jubileu de Álamo da MCA da IEB Várzea, foi cele-brado a 28 de setembro de 2013. Organização missio-nária feminina, implantada como Sociedade Auxiliadora de Senhoras, foi organizada na Igreja meses depois da organização desta (1923) e tem sido suporte da missão da Igreja e dos obreiros que a serviram. A celebração foi coordenada pela irmã Bere-nice Alves, com presença de membros da igreja e de igre-jas-irmãs e mulheres cristãs de outras igrejas. A pregadora do Culto foi a Profa. Elizete Fragoso. O louvor foi entoa-do pela congregação e pelo Coro da MCA, sob a regência de Maria do Amparo.

HISTÓRICOA Igreja Evangelica Batista

da Várzea foi organizada a 15 de junho de 1923, por ini-ciativa da IB do Cordeiro, a pedido de 41 membros, que

residiam no bairro da Várzea e formavam a Congregação que se reunia na Rua Barão de Muribeca, que haviam decidido se organizar em Igreja (IB Cordeiro, Ata 208, de 04.06.1923). A maioria destes membros da IB Vár-zea era de empregados da Fábrica Anita, indústria têxtil de propriedade do Coro-nel Othon Linch Bezerra de Mello. Organizada a Igreja, assumiu sua direção o Pr. Manuel Corinto Ferreira da Paz (1923), sucedido (1924) pelo Pr. José Pereira de Souza Sales (IB Torre), e pelo Raul Ribeiro (1925).

O PASTORADO RAUL RI-BEIRO (1925-1945). Assumiu a direção da IB Várzea em pleno Movimento Radical. O envolvimento da IB Várzea nesse Movimento decorreu da influência da IB Cordeiro e do Pr. Manuel da Paz e do Pr. Jose Pereira de Salles (IB Torre). Uma lembrança da IB Cordeiro que influenciou a IB Várzea era a Escola primária organizada por Manuel da Paz, que estimou a IB Vár-zea a organizou uma escola para os filhos de membros da Igreja e para muitos destes. A Escola, mais tarde, recebeu o nome de Instituto Raul Ribeiro.

O pastorado ANTONIO NASCIMENTO FILHO (1946-1950). Foi consagrado (1946) para o ministério na IB Vár-zea, pastoreando de forma cumulativa as igrejas IB Nova Madalena, IB Fundão, SIB Goiana, IB Vitória Santo An-tão e IB de Feitosa fazendo, apesar do pouco tempo de-dicado a cada uma, um mi-nistério profícuo, batizando

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IEB Várzea, no Recife (PE), celebra Jubileu de Álamo a serviço do Senhor

Gratidão ao Pr. Pedro Selma Leitão Pr. Serafim e Pr. Ramos Andre

Elizete Fragoso Coro da MCA MCA Varzea Bolo de 90 anos

Pr. Pedro esposa mãe irmã e sobrinhas MCA Varzea homenageia Pr Antonio e esposa

9o jornal batista – domingo, 19/01/14notícias do brasil batista

nas seis, em seis anos, 266 membros. Na IB Várzea bati-zou mais de 60 convertidos e ao se despedir do pastorado (1953), aceitando convite da IB Nova Esperança (BA), disse: “Em 1946, casei-me e fui consagrado ao ministério a convite da IB da Várzea. É grande a minha gratidão para com a querida Igreja que soube suportar minhas inexperiências e com a graça de Deus e a cooperação dos irmãos, o trabalho progrediu nos 4 anos que ali passei um aumento de 70% no rol de membros. Nesse ínterim pastoreei as Igrejas de Nova Madalena, Fundão e 2ª de Goiana. Desta, exonerei--me nas vésperas da viagem, deixando-a com o duplo de membro de quando assumi. Pastoreei a Igreja de Vitória de Santo Antão, por 2 anos, saindo de lá a convite da IB de Feitosa, de onde sai-rei para a novel IB de Nova Esperança, no interior da Bahia, próximo da divisa de Minas. Efetuei nessas Igrejas 260 batismos. Levo de Per-nambuco as mais gratas e imorredouras recordações. Aqui fiz o curso teológico e o curso prático da eclesiologia pernambucana (...); encontrei

também a companheira que tem ajudado nos labores do ministério; levo os três filhos que é o encanto do nosso lar. (...) Deixo o Leão do Norte com saudades. Sou grato por tudo quando aqui aprendi: ao Seminário pelas primorosas lições ministradas de cunho teórico e pratico; à ETC pelo preparo oferecido a minha esposa que tem coopera-do até em sugestão de ser-mões. (...) (O Jornal Batista, de 05.11.1953, p. 10).

O pastorado BENILTON BEZERRA (1950-1954). A IEB Várzea recebeu o pas-tor Benilton Carlos Bezerra (09.12.1950), quando o Pr. Antonio Dorta pregou desa-fiadora mensagem à igreja (O Evangelizador, Janeiro 1951, p. 5). O pastor Benilton dina-mizou as atividades da Igreja, ampliando a Escola primária, levando a Igreja a dar o nome de Instituto Batista Raul Ri-beiro (1954), homenageando o ex-pastor, que faleceu no púlpito, quanto pregava a Palavra. A matricula atingiu 36 alunos, lecionava a profes-sora Maria dos Anjos Aguiar, aluna da ETC. (O Evangeliza-dor, março 1954, p. 5). A IEB Várzea, nesse ano organizou

a Segunda Igreja Batista em Abreu e Lima, a 14 de abril de 1954, em Concilio (pastores David Mein, Lívio Lindoso, Benilton Carlos Bezerra e Gumercindo Medeiros), com 27 membros com cartas da IEB Várzea. (O Evangelizador, maio 1954, p. 5). O pastor Benilton Bezerra deixou o pastorado da IEB Várzea a 25 de maio de 1954, indo estu-dar no Seminário Batista de Louisville (USA). Sucederam--no interinamente o Pr. David Mein (1954-1956) e o Pr. An-tonio Dorta (1957-1959). Da-vid Mein iniciou a construção do novo templo na Avenida Afonso Olindense, obra con-tinuada por Antonio Dorta, inaugurada pelo Pr. Manoel Acácio Souza (15.06.1968) (O Jornal Batista, de 11.08. 1968).

O pastorado PAULO WIL-LER DA SILVA (1968-1983). Gaúcho, de Pelotas (RS, 25.11.1929), estudou no STBNB (1946-1950) rece-beu o grau de Bacharel em Teologia (1950), indo servir no Serviço Noticioso Atlas (Missão Batista do Sul, área de Jornalismo, 1951). Cursou Letras Clássicas Faculdade de Filosofia (Universidade do

Brasil). (BERRY, William. AL-BUM DO BRASIL BATISTA, p. 85). Casado com Alvineia Silva o casal tem dois filhos. No Recife, assumiu o pasto-rado da IEB Varzea (1970-1983) e o magistério (STBNB e depois UFRPE). Recebeu o título de Pastor Emérito da IEB Várzea.

O pastorado PEDRO LUIZ GONÇALVES SERAF IM (1968-1983). Baiano, de Sal-vador (BA, 25.06.1955). Alu-no do STBNB (1979-1983) recebeu o grau de Bacharel em Teologia (1983), servindo como auxiliar na IEB Várzea (Pr. Paulo Wailler) e na IB Bonito (Pr. João V. Ramos André). Consagrado ao mi-nistério assumiu o pastora-do da IEB Várzea (1983). Exerceu na denominação: presidência da OPBB (4 man-datos), presidência da Junta do STBNB, vice-presidência da CBPE, membro do Con-selho da CBPE e da CBB. Casado com Maria Amélia Vieira da Cunha Serafim, o casal teve os filhos – Lucas, Lidia e Felipe. Viúvo há dois anos, contraiu matrimônio com Nadja Souza Serafim. Hoje é avô de Daniela e Da-vid. Graduado em Direito

(UFPE, 1985) e Doutor em Direito (Universidade de Se-villa, Espanha). Membro do Ministério Público do Traba-lho, Coordenador Nacional de Proteção da Criança e do Adolescente e do Fórum Nacional de Combate aos Agrotóxicos (IEB VÁRZEA. Boletim de 31.08.2013).

A GALERIA DE PASTORESA IEB da Várzea (1923-

2013), segundo pesquisa em processo, teve como pastores: Manuel Corinto Ferreira da Paz (1923-1924); Jose Pereira de Souza Sales (1924-1925); Raul Ribeiro (1925-1945); Antonio do Nascimento Filho (1946-1953); Benilton Carlos Bezerra (1953-1954); David Mein (1954-1956); Antonio Marques Lisboa Dorta (1957-1959); Manoel Acácio de Souza (1960-1968); Paulo Wailler da Silva (1970-1983); Pedro Luiz Gonçalves Se-rafim da Silva (1983-2013); Jose Deusarte de Souza (2003-2004).

Ao Senhor sejam dadas honra e glória pela Igreja Evangélica Batista da Várzea, por seu servo Pr. Pedro Luiz Serafim e pelas dedicadas mulheres da sua organização missionária MCA. Amém!

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10 o jornal batista – domingo, 19/01/14 notícias do brasil batista

1ª SESSãOSexta-feira - Dia 24 - 8h30 às 12h0008h30 - Composição da mesa08h40 - Instalação da 94ª Assembleia da CBB (Tema, divisa e hino) –

Presidente da CBB08h50 - Aprovação do Programa Provisório 08h55 - Louvor e Adoração09h15 - Momento cívico - “Hino Nacional Brasileiro” 09h25 - Momento de Oração e Louvor09h35 - Mensagem do Presidente – Pr. Luiz Roberto Soares Silvado (PR)10h05 - Grupos Pequenos – 2 perguntas sobre a mensagem10h30 - Oração pela Pátria10h35 - Nomeação das Comissões 10h45 - Louvor e Adoração10h55 - Mensagem: Família - Onde buscamos a Deus – Pr. Marcelo

Leonardo Ximenes (PE)11h35 - Momento de Oração pela Denominação e toda a sua liderança11h45 - Louvor e Adoração11h55 - Aprovação da agenda para 2ª Sessão12h00 - Oração e Encerramento

2ª SESSãOSexta-feira - Dia 24 - 14h00 às 17h3014h00 - Instalação da 2ª sessão 14h05 - Expediente 14h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino)14h25 - Relatório do Conselho Geral – Apresentação, deliberação e

aprovação 16h30 - Inspiração Musical16h35 - Relatório do Conselho Fiscal17h25 - Aprovação das agendas das reuniões 3ª e 4ª Sessões17h30 - Encerramento

3ª SESSãOSexta-feira - Dia 24 - 19h30 às 21h30 19h30 - Instalação da 3ª sessão19h40 - Apresentação das Autoridades e Visitantes19h50 - Saudação aos Batistas Brasileiros – Pr. Estevam Fernandes de

Oliveira (PB)20h00 - Mensagem aos Batistas, autoridades e visitantes – Presidente da

CBB20h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino)20h30 - Mensagem – Família: O Ideal de Deus para a Humanidade – Pr.

Elias Teodoro da Silva (PA)21h15 - Inspiração musical e Oração21h30 - Encerramento

4ª SESSãOSábado - Dia 25 - 08h30 às 12h0008h30 - Instalação da 4ª Sessão 08h35 - Expediente08h40 - Adoração e Louvor – Tema, divisa e hino08h45 - Mensagem: Família - Onde acontece adoção – Pr. Roberto Amorim

de Menezes (AL)09h25 - Grupos Pequenos – 2 perguntas sobre a mensagem09h50 - Nomeação das Diretorias das Câmaras Setoriais 09h55 - Orientações sobre Câmaras Setoriais 10h00 - Adoração e Louvor 10h15 - Mensagem: Família Monoparental – Pr. David B. Riker (PA)10h55 - Inspiração Musical e Oração11h15 - Comissão de Programa 11h45 - Aprovação das agendas das reuniões 5ª, 6ª e 7ª Sessões12h00 - Encerramento

5ª SESSãOSábado - Dia 25 - 14h00 às 17h30Câmara Setorial de MissõesCâmara Setorial de Educação ReligiosaCâmara Setorial de Educação TeológicaCâmara Setorial de Ação Social

6ª SESSãOSábado - Dia 25 - 19h30 às 21h30 19h30 - Instalação da 6ª Sessão 19h35 - Tema, Divisa e Hino Oficial19h45 - Louvor e Adoração20h00 - Momento de Gratidão Centenário dos Batistas Paraibanos 20h15 - Inspiração Musical20h25 - Mensagem: Família - Onde encontramos afeto – Pr. João Reinaldo

Purin Jr. (RJ/CA)21h10 - Oração e Louvor21h30 - Encerramento

Domingo - Dia 2608h30 às 12h30 - PROGRAMA NAS IGREJAS LOCAIS14h às 17h30 - CÂMARAS SETORIAS – Segundo Momento (Se Necessário)16h - CULTO EVANGELÍSTICO – Convenção Batista Paraibana- Praia de

Tambaú.

7ª SESSãOSegunda-feira - Dia 27 - 8h30 às 12h00 08h30 - Instalação da 7ª Sessão 08h35 - Expediente 08h50 - Tema, Divisa e Hino Oficial09h00 - Louvor e Adoração09h20 - Mensagem: Família – Onde é possível recomeçar – Pr. João Emílio

Cutis Pereira (RJ/CA)10h00 - Grupos Pequenos – 2 perguntas sobre a mensagem10h25 - Oração e Louvor10h30 - Mensagem: Família, divórcio e novo casamento – Pr. Luiz Alberto

Teixeira Sayão (SP)11h10 - Comissão de Programa12h00 - Aprovação da agenda da 8ª Sessão e Encerramento

8ª SESSãOSegunda-feira - Dia 27 - 14h00 às 17h30 14h00 - Instalação da 8ª Sessão 14h05 - Expediente 14h10 - Inspiração Musical14h25 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Ministerial15h05 - Relatório da Comissão de Assuntos Especiais15h15 - Comissão de Programa 15h55 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Religiosa16h45 - Representação Denominacional17h00 - Aprovação da agenda da 9ª e 10ª Sessões e Encerramento 9ª SESSãOSegunda-feira - Dia 27 - 19h30 às 21h3019h30 - Instalação da 9ª Sessão19h35 - Tema, divisa e Hino Oficial19h45 - Apresentação Oficial e Oração pelas Novas Diretorias das

Organizações (UFMBB, UHBB, OPBB, AECBB, AMBB, ADBB, UEPBB, ABIBET,

ANEB)20h00 - Louvor e Adoração20h10 - Mensagem: Família onde vencemos as provações - Pr. Tomaz José

de Aguiar Munguba (PB)20h55 - Inspiração Musical e Oração21h15 - Filme promocional da 95ª Assembleia da CBB21h30 - Encerramento

10ª SESSãOTerça-feira - Dia 28 - 8h30 às 12h0008h30 - Instalação da 10ª Sessão 08h35 - Expediente 08h50 - Adoração e Louvor09h00 - Mensagem: Família - onde os filhos são evangelizados - Jaqueline

de C. A. da Hora Santos09h40 - Grupos Pequenos – 2 perguntas sobre a mensagem09h40 - Adoração e louvor 10h05 - Representação denominacional – ABM, UBLA, AIBBAM10h20 - Inspiração Musical10h30 - Mensagem: Família e gênero - A questão da homossexualidade –

Pr. Jaziel Guerreiro Martins (PR)11h10 - Inspiração Musical e Oração11h15 - Comissão de programa10h55 - Aprovação das agendas da 10ª Sessão12h00 - Encerramento

11ª SESSãOTerça-feira - Dia 28 - 14h00 às 17h3014h00 - Instalação da 11ª Sessão 14h10 - Expediente 14h15 - Relatório da Câmara Setorial de Missões14h55 - Parecer da Comissão de Renovação do Conselho16h20 - Relatório da Câmara Setorial de Ação Social 17h00 - Comissão de Programa17h20 - Aprovação da agenda da 11ª Sessão e Encerramento

12ª SESSãOTerça-feira – Dia 28 - 19h30 às 22h0019h30 - Instalação da 12ª Sessão 19h40 - Programa Missionário – Missões Nacionais & Missões Mundiais21h20 - Agradecimentos 21h30 - Oração de Encerramento da 94ª Assembleia da CBB

Programa da 94a Assembleia da Convenção Batista Brasileira

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11o jornal batista – domingo, 19/01/14missões mundiais

Lídia Klava da SilvaMissionária da JMM no Paraguai

Estamos no princípio de um novo ano, uma nova página. O que Deus tem reservado

para cada um de nós? Im-possível saber. De uma coisa estou segura: em cada um de nós deve estar acesa a chama da determinação em depen-der e servir ao Senhor.

Outro dia alguém argu-mentava conosco: “Vocês devem voltar ao Brasil para trabalhar com uma boa igre-ja que possa lhes dar supor-te, com um bom plano de saúde. Por que continuam trabalhando com pobres? Pessoas miseráveis têm mui-to pouca influência…”.

No mesmo instante passou um filme na minha cabeça. Lembrei das muitas crianças e suas famílias “miseráveis” que viviam sem amor, cui-dado ou esperança, que não eram importantes para nin-guém e que hoje têm outra realidade. Elas passaram por uma transformação radical e agora vivem uma nova histó-ria porque foram alcançados pelo amor de Deus.

Pr. Cesar CorseteMissionário da JMM em Portimão, Portugal

A obra missionária em Portugal caminha com a bênção de Deus. Sabemos que

temos as lutas, mas também as vitórias. No final do ano, batizamos quatro novos ir-mãos aqui em Portimão, sen-do dois jovens portugueses.

Sabemos que é muito difícil um português se decidir por

Aprendi que o importante é o que está no coração e não na aparência física. Jesus traz força, disposição, iniciativa. É Ele quem mantém eu e o Pr. Carlos Alberto da Silva aqui no Paraguai, coordenando o PEPE (programa socioedu-cativo) na América Latina e levando o amor de Jesus aos paraguaios.

Quero compartilhar a his-tória real de uma das nos-sas crianças do PEPE. Ela se chama Milena. Quando chegou para estudar, chamou a atenção por suas bochechas magras e cabelos sujos e de-salinhados. Milena, com seus olhos negros e fulminantes como uma navalha, era extre-mamente calada. A menina só abria a boca para maldizer e falar palavrões. Era como se uma nuvem negra estivesse sobre ela. Abraçá-la? Nem pensar! Parecia um porco--espinho.

Descobrimos que vivia com a mãe (solteira) e que a avó estava praticamente cega. O ambiente de sua casa era de sujeira, violência e pobreza. Milena era uma criança maltratada e negli-genciada. Vivia quase todo o tempo na rua, onde tinha

Cristo, ainda mais sendo jo-vem. O outro batismo foi de uma senhora chamada Fernan-da, pela qual pedimos oração. Ela foi a primeira convertida quando chegamos aqui, mas por questões familiares e pelo fato de eles não aceitarem bem a sua nova vida em Jesus, ela decidiu não ser batizada logo.

Pela bênção de Deus, que ouviu nossas vozes e suas orações, finalmente ela deu o seu testemunho público de fé em Cristo e foi batizada.

que se defender sozinha. Sua mãe saía de madrugada para o trabalho e só voltava muito tarde, descontando seu cansaço, raiva e frustração sobre a filha. Milena não sa-bia o que era amor, cuidado, tampouco esperança.

Logo que a observei, senti um grande amor e compai-xão por aquela criaturinha tão pequena, mas tão agres-siva. Não demorou muito e descobri que atrás daquela carapaça de defesa estava escondida outra Milena. Ha-via no seu olhar um pedido que clamava por amor, por socorro. Não foi fácil ganhar a confiança dela, mas somos a extensão física do amor de Deus, assim como todos os seus filhos. E isso faz toda a diferença.

Milena hoje já não é aquela menina arredia e mal cheiro-sa. Hoje ela é uma criança amorosa e cheirosa, que che-ga à Escola Bíblica Dominical com sua mãe e avó, sempre correndo, saltitando e com um lindo sorriso. Deus alcan-çou seu coraçãozinho.

Não sei como serão as no-vas “Milenas, Juanitos, Ma-rias, Pedros…” e suas famílias neste ano. A única certeza é

Um senhor também passou pelo batismo. Ele ficou viúvo há pouco tempo e chegou até nós através de um irmão. A conversão do senhor Hum-berto foi algo marcante, dado o seu compromisso sério com Deus.

Em uma quarta-feira, quan-do Humberto chegava para o culto trazendo a Bíblia encostada no peito, ele en-trou antes em uma cafeteria que estava cheia de gente e não hesitou em se identificar

de que o amor do Pai fará toda a diferença. Deus escre-verá muitas novas histórias.

Agradeço o apoio daqueles que, mesmo distantes, têm participado desta missão com

como crente em Jesus Cristo. Louvado seja Deus!

Minha esposa, a missio-nária Eliane, tem feito um trabalho com senhoras em nossa casa, e isso tem sido uma excelente ferramenta para o anúncio do evange-lho. Pessoas não crentes têm participado e, com isso, ou-vido as boas novas.

Também atuamos em uma missão na localidade de Sil-ves; nossa oração é que ela seja edificada em uma igreja, e pedimos que você ore por isso. Já temos pessoas que

suas orações e ofertas. Conto com a parceria de todos em 2014 para que possamos continuar trabalhando juntos como instrumentos de salva-ção e para a glória de Deus.

têm estado presente a todos os cultos.

Em Lagos, o trabalho cami-nha com mais dificuldade, e também pedimos que você ore por esse desafio. É um grupo de dez pessoas, sen-do que as que participam somam menos do que isso. Ali tem sido difícil semear a palavra em boa terra. Inter-ceda pela obra missionária naquela cidade.

Que Deus dê sempre a você a alegria de poder par-ticipar de tão grandiosa obra, a obra missionária mundial.

Milena, antes agressiva, agora é uma criança que vive o amor de Deus

Da miséria para Cristo

Batismos movimentam trabalho missionário em Portugal

Pr. Cesar Corsete batiza jovem português

Eliane Corsete participa de atividade com senhoras

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Assibas celebra 50 anos de criação

12 o jornal batista – domingo, 19/01/14

Departamento de Comunicação da Assibas

A Associação das Igre-jas Batistas do Sul do Mato Grosso do Sul (Assibas) fundada

em 1963, celebrou os seus 50 anos de organização no dia 1º de novembro com uma grande festa no estádio Douradão. Na ocasião cerca de 3000 pessoas louvaram a Deus sob a minis-tração do músico evangélico Davi Sacer.

“Hoje somos 53 igrejas e 34 missões, estamos presen-tes em todos os municípios do sul de nosso estado. Além de apoiar as igrejas, temos apoiado também as organi-zações: MCA e Mensageiras do Rei; União de Homens e Embaixadores; Jovens e Adolescentes; e os pastores através da Sub-Secção Sul da OPBB, bem como as igrejas que fazem parte da Associa-ção independente do modelo eclesiástico adotado”, afirma pastor Ozéias de Gois Dias, Presidente Assibas.

TrabalhoAtravés dos projetos missio-

nários, de Missões Regionais

Pr. Elmir dos Santos ChavesSecretário da PIB em Itacajá

A Primeira Igreja Ba-t is ta em Itacajá, TO, comemorou nos dias 7 e 8 de

dezembro de 2013, 75 anos de existência. A PIBI foi orga-nizada em 12 de dezembro de 1938, pelo Pr. Francisco Colares, Beatriz Colares, Jo-aquim Lopes Leão e Maria José Leão que foram pionei-ros do trabalho batista no Vale do Tocantins. O concí-lio de organização da Igreja teve como presidente o Pr. Zacarias Campelo.

As celebrações desta data tão importante para os irmãos e a comunidade itacajaense foi marcada pela presença de muitos irmãos de outras denominações e moradores da cidade. Tivemos a parti-cipação do Pr. Valdir Soares, da Gerência Nacional para Evangelização dos Povos Indígenas de Missões Na-cionais, que pregou sobre o tema: “Vivo para a Glória de Deus”, desafiando todos a glorificarem a Deus em qualquer circunstância e em cumprir a obra de evangeli-zação. Durante as celebra-ções tivemos a presença da Banda Fé-Menina ministran-

em parceria com as igrejas, a Assibas trabalha na plan-tação de igrejas, no apoio às igrejas, tanto no apoio a obreiros quanto a recursos para melhoramento das con-dições físicas dos templos e casas pastorais. Associação também apóia os projetos de capelania hospitalar e prisional.

“Nesses 50 anos de traba-lho associacional, 39 anos te-mos trabalhado para oferecer um ensino de qualidade. Por isso há 39 anos, foi criado o Instituto Teológico Ana Wol-lerman, que já formou mais de 1.200 estudantes em seus diversos cursos, sendo que mais de 50 alunos foram para outros países”, declara pastor Ozéias.

HistóriaA primeira Assembleia da

Associação foi realizada no templo da PIB em Vila Brasil, hoje Fátima do Sul, no dia 1º de novembro de 1963, tendo como primeiro presidente o saudoso pastor Washington Antenor de Souza.

A Assibas já contou com a participação de muitas pessoas que contribuíram

do louvores de adoração ao nosso Deus. Outros desta-ques das celebrações foram à apresentação do coral infantil Jóias de Cristo, inspiração musical pelos índios Krahô e do jogral Primeira Igreja Batista em Itacajá: 75 anos glorificando a Deus. O jogral enfatizou a gratidão a Deus pelo trabalho dos pioneiros e encorajou a Igreja a continu-ar glorificando a Deus diante dos desafios do nosso tempo.

A PIBI que já teve como pastores Francisco Colares, Dodanin Gonçalves Pereira, José Batista Freitas Santos, entre outros, completou os seus 75 anos sendo pastorea-da pelo paraense Pr. Edvaldo Moraes Teles e sua esposa

para o desenvolvimento natural e espiritual da As-sociação. Dentre eles des-tacamos os pastores Wa-shington Antenor de Souza, Nelson Alves dos Santos, Willians Balaniuc, Charles Compton, missionárias Ana Wollerman, Esther Gomes Ergas e muitos outros, que promoveram um grande avi-vamento nesta associação, que foi o seu grande motivo do crescimento.

Pastor Ozéias Gois com-pleta: “Devido às mudanças no sistema educacional e os altos custos do ensino, estamos trabalhando para nos unirmos como Batistas Sul-Mato-Grossenses em um só projeto de educação teológica em nosso estado, e devido à demanda e a impossibilidade de transfe-rência de nossa instituição para Campo Grande só nos restou a possibilidade de um novo começo na área de teologia. O tempo e as circunstâncias exigem de nós mudanças”.

A história da Associação, do Seminário, das igrejas da região e das organizações não é somente história de

Marcirene Santos Moraes Teles que tem dado ênfase especial para o evangelismo, à doutrina e a comunhão.

Assim, a Primeira Igreja Ba-tista de Itacajá tem sido uma Igreja dirigida por princípios bíblicos que tem pregado a mensagem de salvação na sua região e cooperado para que o Reino de Deus se estabeleça no coração dos homens. A Deus toda honra e toda glória!

“Portanto, meus amados ir-mãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (I Coríntios 15.58 NVI).

instituições, são histórias de muitas vidas. Muitos daque-les que ajudaram na cons-trução desta história já se foram, outros ainda temos o privilégio de tê-los entre nós, mas agora é a nossa vez, e os desafios são muitos, por isso precisamos usar nos-sa liberdade, nosso sistema democrático para fortalecer nossa unidade.

“O mundo mudou muito nestes últimos 50 anos, as igrejas mudaram, nós muda-mos a cada dia. Não vamos começar os próximos 50 anos agora, porque ele já

começou, nós temos uma herança, temos que lidar com ela. Mas os próximos 50 anos dependem do que vamos fazer hoje, sabendo que o nosso trabalho não foi, não é, e não será em vão no Senhor. Como serão os próximos 50 anos? Não sei, mas a Palavra de Deus diz em I Cr 2.9: “...Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais pene-trou no coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que o buscam e o amam”, encerra pastor Ozéias Gois Dias.

notícias do brasil batista

Templo da PIBI

Pr. Valdir Soares ministrando estudo

Visita do Pr. Valdir Soares a Aldeia Manoel Alves Pequeno

Banda Fé-Meninas

PIB de Itacajá comemora 75 anos com grande celebração

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OBITUÁRIO

Irmão Salatiel Pereira do Valle está com o Senhor

Associação Nacional de Escolas Batistas celebra 50 anos

1963 - 2013

13o jornal batista – domingo, 19/01/14notícias do brasil batista

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB Artur Nogueira, SP

Dia 19 de dezem-bro de 2013, às 22h10, aprouxe ao Senhor recolher

o seu servo Salatiel Pereira do Valle para as mansões ce-lestiais. Homem fiel a Deus, íntegro, dedicado esposo e um pai exemplar para os seus dois filhos.

Foi um dos fundadores da Primeira Igreja Batista em Mairiporã, SP, em 1974, ao lado de Lídio Rodrigues Fer-reira (in memorian), Raimun-da dos Santos Pedroso e Mag-nólia Gomes de Oliveira (in memorian). Na Primeira Igreja Batista em Mairiporã atuou na área de evangelismo, foi vice presidente da Igreja e há 15

anos seguidos exercia a tesou-raria. Trabalho que fazia com alegria, pois estava servindo ao Senhor Jesus.

Casado com Iraci Pereira de Oliveira Valle e pai de dois fi-lhos Cleverson Pereira do Val-le (Pastor Batista) e Cleriston Pereira do Valle. Recordo com saudades da minha criação, não me lembro ter passado um único dia sem culto do-méstico em casa. Ele reunia a família sempre à noite para ler a Bíblia e orar, orávamos pelos enfermos, pelos missionários das Juntas de Missões Mun-diais, Nacionais e Estaduais e também pelos missionários da Missão Novas Tribos do Brasil.

Irmão Salatiel era presidente do Campo Gideões Inter-nacionais de Mairiporã, SP, entregava Novos Testamen-tos em presídios, escolas,

hospitais e fazia com prazer. O desejo dele era divulgar a Palavra de Deus. Na Associa-ção Batista Norte da Capital São Paulo ele exercia a pre-sidência da União Masculina Missionária. Todo ano reali-zava o Congresso da União Masculina, na parte da tarde os homens eram convocados para a evangelização de rua. Tive o privilégio de ser orador de um dos Congressos e parti-cipei com ele do evangelismo em São Paulo.

Em janeiro de 2012, ao lado de minha mãe, foram para o Haiti (trabalho da Junta de Missões Mundiais), ficaram 12 dias lá e ajudaram na cons-trução de casas e templo para os haitianos coordenados pelo missionário Marcos Grava.

Em 1994 em um trabalho de evangelização no distrito

de Terra Preta (Mairiporã), sentiu de Deus que deveria fazer algo para alcançar aque-les moradores, não existia igreja batista naquela loca-lidade. Ele vendeu o único carro que tinha e comprou um terreno em Terra Preta, na época doou para a Igreja Batista Betel, Santana, SP. Ele teve a alegria de ver nascer ali o que viria a ser a Primeira Igreja Batista em Terra Preta, seu filho foi o primeiro pastor daquela Igreja.

Meu pai foi um homem de oração, sempre de joelhos no seu quarto de estudo, clamava a Deus pela vida dos filhos, no-ras, netos, por todos os irmãos em Cristo e pela salvação dos perdidos. Colaborou com a A.M.A.R (Associação Misssio-nária do Ar) ao lado do saudoso Pr. Silas da Silva Melo.

Escrevo estas notas com o coração apertado pela falta que ele está fazendo, mas alegre por saber que ele já desfruta da vida eterna com Cristo. A nós aqui só nos resta continuar a fazer o que ele ensinou, grande legado deixa para todos nós. Muito obri-gado pai, sinto honrado de ser chamado filho do irmão Salatiel.

Prof. Elon MacenaDiretor Executivo da ANEB

“Pois tu, ó Deus nos pro-vaste; tu nos afinaste como afina a prata. Tu nos me-teste na rede; afligiste os nossos lombos. Fizeste com que os homens cavalgas-sem sobe a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; mas trouxeste-nos a um lugar de abundância” (Salmos 66.10-12).

O ano de 2013 nos traz à mente a co-ragem e a força de vontade dos

diretores pioneiros nessa em-preitada de criar uma orga-nização que congregasse a categoria. Nós, diretores deste tempo, não podemos esmore-cer. A ANEB (Associação Na-cional de Escolas Batistas) tem

passado por lutas, enfrentado grandes dificuldades, mas tem sido vitoriosa porque é sus-tentada por um Deus forte e soberano. Vamos levar avante esse glorioso trabalho que no ano de 2013 celebramos o seu Jubileu de Ouro.

A semente lançada, germi-nou e deu bons frutos. Nos-sos antecessores acreditaram que “a verdadeira educação começa em Cristo”. As nos-sas Instituições de Ensino devem ter em todas as ações que realizam, os princípios

bíblicos como fonte de ins-piração e guia. Acreditam que para atingir a educação integral é necessário um de-senvolvimento intelectual, afetivo, físico, social, moral, ético e espiritual, que tornem os alunos capazes de exercer conscientemente a sua cida-dania.

Concitamos a todos para que, juntos, prossigamos man-tendo os elos que nos unem fortalecidos pelo amor e pelo reconhecimento da relevância da Associação Nacional de Es-

colas Batistas como Instituição Auxiliar da Convenção Batista Brasileira.

A comemoração do Jubileu de Ouro ocorreu no Colégio Batista Brasileiro em São Pau-lo, na última semana de ou-tubro de 2013. Do programa constou uma palestra sob o tema “Perspectivas das Escolas Confessionais no Brasil para o Próximo Decênio”, proferida pelo Prof. Valseni Braga, Dire-tor Geral do Sistema de Edu-cação Batista Mineiro. A Profª Klaudy Garros, ex-diretora

executiva da ANEB apresentou uma Retrospectiva Histórica. O Dr Gézio Duarte Medrado, Diretor Geral do Colégio Batis-ta Brasileiro, atual Presidente, traçou as diretrizes para o Fu-turo da ANEB. O momento devocional foi dirigido pelo Pr. Francisco Jaildo Santana, Capelão do Colégio Batista de Bauru e a parte musical ficou a cargo do músico Rogério Fernandes Nascimento. A con-fraternização de encerramento deu-se numa churrascaria.

O Presidente da ANEB conclama a “todas as asso-ciadas, por seus Diretores, Professores e Funcionários ao compromisso de buscarmos dias ainda melhores nos pró-ximos cinquenta anos e que sejam tempos de realizações com crescimento de toda a ordem fortalecendo a nossa Associação”.

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14 o jornal batista – domingo, 19/01/14 ponto de vista

Almir Pinto de AzevedoAdvogado, professor, escritor e poeta com vários livros publicados.Presidente da Academia de Letras de Cambuci e membro de várias Entidades Literárias.

Estou decepcionado e frustrado com muitos pastores evangélicos de hoje, que aviltam

o cristianismo puro e sim-ples, pelas práticas adotadas nas igrejas e na televisão, pregam curas e milagres e se julgam os donos da igreja que lhes sustentam. Até acre-dito que certas pessoas por “sugestão positiva”, podem deixar de sentir a dor mo-mentaneamente, mas a do-ença continua e a dor volta. Isto não é milagre nem cura, mas uma artimanha para receber ofertas generosas e promoção pessoal. Acredito em milagre que vem de um coração cheio de fé e arre-pendimento, que nasceu do quebrantamento e súplicas buscadas na Bíblia e na graça do Espírito Santo e não atra-vés de uma venda enganosa. Deus não chamou o pastor para praticar o “estrelismo”, mas para ser fiel ao Senhor.

O foco deve ser a Igreja de Cristo, e não o pastor, que é um instrumento de Deus para agradá-lo e não para agradar-se, como muitos es-tão fazendo. Eles se acham importantes e superiores, esquecem que os cristãos precisam de Deus e a igreja dos cristãos. Enfraquecem e empobrecem o verdadeiro Evangelho, afastam muitos membros da igreja porque não admitem lideranças a não ser a sua. Não dá opor-tunidade a líderes e quem perde é a igreja que cai na rotina e fica vazia, inerte, obsoleta.

Os jovens filhos de crentes que cresceram em uma igreja se afastam. Eles veem a igreja como um lugar sem liber-dade e sem oportunidade de mostrarem seus talentos, porque o pastor controla sua fé, sua maneira de pensar, vestir, agir e falar. Só obe-decer, tudo é controlado. A programação é vazia e segue sempre a mesma rotina, sem vida e repetidas, acabando

com a beleza e sem qual-quer inovação. Os jovens e alguns crentes, não querem mais fazer parte desta igreja e afirmam que têm um rela-cionamento com Deus sem precisar de uma igreja organi-zada ditatorialmente, por um pastor que não se parece em nada com Cristo, mas exige que se faça tudo do jeito que ele manda.

A escolha de diáconos é feita por ele e não pela igreja, democraticamente. Assim escolhe aqueles que poderão ser facilmente manipulados por falta de capacidade in-telectual... Contrariando os princípios Estatutários da igreja que diz: “Os assuntos de especial relevância serão decididos em Assembleia Ge-ral Extraordinária: - Eleição e destituição do Pastor e de Diáconos, etc”. O membro não tem voz ativa na igreja, se não for manipulado e con-trolado.

É necessário que o pastor deixe espaço para os novos talentos, esquecer seu bastão ditatorial para que a igreja possa crescer e prosperar, porque o mundo atual trouxe mudanças urgentes e ne-cessárias na evangelização, temos que valorizar a nova geração a serviço de Deus.

Pastores arrogantes e imposi-tivos, não são vocacionados, procuram ser servidos em vez de servirem, colocando--se num pedestal acima da igreja.

Asfixia a criatividade dos líderes que acabam abando-nando a igreja, frustrados, porque o culto é maçante e ritualista, sem vida e sem ale-gria. Usam a pregação para respaldar suas ideias e opini-ões, afirmando que todas as outras religiões estão erradas.

Este tipo de pastor afasta o cristão, atraído por ou-tras religiões, pois sua igreja é negativista e intolerante. Eles gostam da igreja, mas não gostam do pastor e se afastam. Porque não existe empatia e somente ditadura. Os membros de uma igreja ficam alegres quando alguém é batizado, mas depois para ser aceito precisa se adaptar ao pastor. Usar outro tipo de roupa, cortar o cabelo, mudar sua aparência, personalidade e individualidade, que nada tem a ver com as Escrituras e com o pecado, porque eles serão julgados por Deus e não pelo pastor que deve ser “sal e luz”. Nossas igrejas precisam de mudanças posi-tivas, assim, ganharão o res-peito e a admiração de todos.

Usar a pregação com amor e não com críticas destrutivas, para reconquistar os mem-bros afastados e conquistar os membros da igreja.

Mudanças são necessárias, através de reuniões, capaci-tação de jovens, dando-lhes principalmente oportunida-des. Impactar a Igreja com novos talentos procurando fugir da rotina, sabendo que o importante é a igreja e não o pastor. Ensinar mais o Evan-gelho, mais reflexão e ora-ção, diálogos sobre questões controvertidas e teológicas, perdão dos pecados, arrepen-dimento, salvação, paz com Deus. Esclarecer as questões equivocadas em relação ao cristianismo, conquistando a confiança dos convertidos e não convertidos. Respei-tar as outras religiões que seguem o Cristianismo. Não usar a pregação para atingir alguém que discorda da sua liderança. A igreja deve ser amorosa e receptiva, usando a palavra com amor e não como crítica.

É dever dos membros não aceitar este tipo de liderança, não ficarem inertes, senão a igreja perde a razão de exis-tir e apresentar o caminho da salvação. É preciso saber escolher nossos líderes!

Este artigo não é apenas a minha opinião, mas a de centenas de evangélicos que são contra alguns minis-térios pastorais, pois a maio-ria dos pastores são pesso-as maravilhosas que estão dando o seu melhor para o Cristianismo, mas a minoria é arrogante e impositiva, espero que medite e faça um autoexame sobre suas responsabilidades como servos de Deus. Sendo o meu protesto como membro de Igreja Evangélica, porque não sou um cristão passivo como a maioria, e esta si-tuação incomoda e causa inconformação aos crentes de bom senso.

A igreja neotestamentária vive o desafio da modernida-de e deve pregar a mensagem do puro evangelho de Cristo, sem artimanhas de maneira que agrade a Deus, seguindo os ensinamentos da Bíblia Sagrada.

Nós cristãos torcemos e oramos por estes pastores, para que a igreja seja mais mater, do que ditadora de normas, cultos menos pro-tocolares, reconstruindo a verdadeira igreja, para que a igreja ajude a reconstruir a nossa sociedade que se en-contra em grave crise.

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15o jornal batista – domingo, 19/01/14ponto de vista

João Oliveira Ramos NetoMembro da SIB Goiânia, é pastor, professor de História na Universidade Estadual de Goiás e redator da revista Realização, da Convicção Editora

Que todo cristão deve ser politi-zado (e não po-litiqueiro) todos

nós sabemos. O que poucos sabem é que ser politiza-do implica em também ser bem informado. E ser bem informado significa compa-rar informações de diferen-tes fontes. No entanto, fico alarmado com cristãos que compartilham mensagens políticas equivocadas pelas redes sociais. Percebo que o brasileiro é alienado politica-mente porque, para a maioria da população, as mensagens compartilhadas no Facebook são a única fonte de infor-mação.

Geralmente essas mensa-gens alinham-se com uma ideologia de extrema direita que prega a intolerância fascista e darwinismo so-cial, correntes incompatí-veis com a mensagem cris-tã. Pela lei do darwinismo social, deve prevalecer o mais forte, a custo de mas-sacrar o mais fraco. Dessa forma, qualquer programa governamental que vise a distribuição de renda e oportunidades é criticada. Não sou partidário nem da (dita) direita (leia-se PSDB) e nem da (dita) esquerda (leia--se PT). Sou sim contrário ao discurso maniqueísta, que coloca um determinado político como palatino do bem e outro como emissário do mal. Todo bom cristão, antes de postar uma opi-nião simplista em sua rede social, deveria saber que os problemas do Brasil são complexos porque foram formados em séculos de

História, e não resultado de um único governo.

Uma colunista de econo-mia manifestou-se recente-mente preocupada com o aumento real do salário míni-mo desde que o PT assumiu a presidência da República. Segundo ela, depois que o PT assumiu o poder, criou-se uma fórmula para reajustar o salário não só com base na inflação anual como também no crescimento do PIB. Com isso, o aumento real foi de 151% acima da inflação. Ou seja, se o país cresce, os assalariados e aposentados também participam. Ela acha isso um problema. Afinal, a classe média brasileira, que se diz cristã, não gosta de di-vidir o bolo. Cristãos há que compartilham dessa opinião. Será que uma opinião favorá-vel a uma atitude tão egoísta é cristã?

Se podemos pontuar isso como acerto do atual gover-no do PT, também devemos lembrar dos seus erros. Não me refiro ao escândalo do mensalão porque o PSDB também tem seus escândalos de corrupção. Refiro-me à realização da Copa do Mun-do em nosso país. O que o governo federal gastou com a construção dos estádios para atender o padrão Fifa dava, por exemplo, para duplicar ou recapear todas as rodo-vias federais do Brasil. No entanto, orçamento é questão de prioridade. Como partido político, o PT estabeleceu como sua prioridade agradar o povo, pois é este que o ele-ge. Ele sabe, no final, do que o povo gosta. Entre investir em Copa ou em educação, por exemplo, o governo sabe que o brasileiro gosta muito mais de futebol do que de estudar.

Por outro lado também, é compreensível o desânimo do político brasileiro em fazer mudanças consubstan-

ciais, preferindo medidas paliativas. Ele sabe que o brasileiro não acompanha a vida política e quer resulta-dos imediatos. Se o gover-nante fizer investimento em infra-estrutura a longo prazo, sabe que não terá o voto da população na eleição seguinte. Vi isso ocorrer na minha cidade na gestão do então prefeito Pedro Wilson Guimarães. Ele não investiu em propaganda, preferindo investir em áreas de pou-ca visibilidade popular. Eu mesmo, na sua gestão, fiz todo meu tratamento fono-audiológico em um posto de saúde municipal com exce-lente qualidade. No entanto, ele não foi reeleito, com o argumento da população em geral de que ele supos-tamente não tinha feito nada durante o mandato.

Já a política de privatiza-ção, ou concessão, muitas vezes, é boa para nosso país. As rodovias do estado de São Paulo são maravilhosas. Você paga o pedágio caro mas, em troca, tem um serviço de excelente qualidade. Quem já dirigiu no estado de Serra e Alckmin sabe que o regime de concessão de estradas é um grande acerto do gover-no paulista. Só esqueceram de um detalhe que seria o mínimo da coerência: Se vai entregar a conservação e ma-nutenção das rodovias para a iniciativa privada, teria que abolir o IPVA. Onde está, na prática, a ideologia do Estado mínimo que o PSDB tanto prega? O problema dos partidos de direita do Brasil é que fazem o serviço pela metade. Privatizam o serviço, mas continuam cobrando im-postos sobre aquele mesmo serviço. O brasileiro, então, paga tudo em dobro. Portan-to, ou o Brasil privatiza tudo de uma vez e tira os impostos exorbitantes e faz um gover-no neoliberal de verdade, ou

continua cobrando impostos, mas oferece serviço público de qualidade para fazer um governo socialista de fato. É preciso definir-se ideologi-camente.

A classe média, predomi-nantemente neoliberal, so-nha com a estabilidade do concurso público e quando sai do emprego, deseja os benefícios estatais: Seguro desemprego e FGTS. Lembro--me de um colega no Rio de Janeiro que era pobre e sonhava em fazer um curso elitizado de informática em uma faculdade particular cuja mensalidade era caríssima. Finalmente ele realizou seu sonho com o PROUNI. Em 2010, para presidente, votou no José Serra. Segundo o referido colega, o Lula era populista. O brasileiro, por-tanto, é desinformado poli-ticamente. Faço coro com Celso Furtado quando este afirmou que o problema do Brasil não é econômico e sim cultural. Por isso, o brasileiro é politicamente incoerente.

No fundo, penso que o bra-sileiro não sente indignação dos políticos corruptos. Sente inveja. Enquanto um político se corrompe com milhões de reais, o brasileiro comum só consegue subornar o guarda de trânsito para não pagar a multa ou falsificar a nota fiscal para sonegar impostos. E isso, infelizmente, entre os próprios cristãos, que tanto gostam de pregar sobre ética. O cristão tende a alinhar-se com a direita porque é con-tra ideias progressistas como aborto e homossexualismo, consideradas pecado, mas se esquece que corrupção e injustiça social também são pecados fortemente denun-ciados na Bíblia, como o texto áureo de Isaías 1.

Os cristãos também fa-zem coro nas redes sociais compartilhando mensagens que debocham de Marina

Silva, por exemplo, por ela ser uma candidata utópica. O que esperar de um país cuja população debocha de um candidato que quer ser honesto? Quando o Lula era utópico, não votavam nele, afirmando que ele era muito radical. Hoje, reclamam que ele fez aliança com a van-guarda política baluarte da corrupção. O problema do Brasil, portanto, é o brasilei-ro. E nós, cristãos, e princi-palmente pastores, enquan-to formadores de opinião, precisamos nos posicionar sobre isso e pregar para nos-so povo que o problema do Brasil não é um determinado candidato ou partido, mas o próprio povo despolitizado.

Sempre me perguntam no Facebook qual é a solução para o Brasil, querendo que eu indique um candidato para a presidência da Repú-blica. Eu sempre respondo que o Brasil só vai mudar no dia em que o brasileiro aprender a ideia dos três poderes, elaborada pelo fi-lósofo Montesquieu, e, con-sequentemente, aprender a votar para o poder legisla-tivo, entendendo o sistema de quociente eleitoral (ou exigindo sua modificação) e sendo criterioso na escolha de candidatos para depu-tado, vereador e senador, acompanhando o que eles fazem quando eleitos. En-quanto isso não acontecer, não vai adiantar trocar o chefe do executivo, seja a nível nacional ou estadual. Pode colocar Dilma, Lula, Aécio, Serra, Marina ou Edu-ardo Campos que todos eles ficarão reféns do sistema. Enquanto o brasileiro não entender que o Brasil não é uma Monarquia absolutista, e sim uma República, não vai adiantar nada escolher um bode expiatório para sobre ele colocar a culpa de tudo.

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