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4O COLÓQUIO IBERO-AMERICANO PAISAGEM CULTURAL, PATRIMÔNIO E PROJETO Belo Horizonte, de 26 a 28 de setembro de 2016
IDEÁRIOS DA MODERNIZAÇÃO, SALUBRIDADE E
EMBELEZAMENTO E A TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM DE
MACEIÓ ATRAVÉS DOS JARDINS PÚBLICOS (1868-1871)
LEÃO, THARCILA M. S. (1); FERRARE, JOSEMARY O. P. (2)
1. Universidade Federal de Alagoas. Departamento de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – DEHA/UFAL.
2. Universidade Federal de Alagoas. Departamento de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – DEHA/UFAL. [email protected]
RESUMO
Os espaços ajardinados e jardins públicos começaram a ser inseridos na paisagem urbana brasileira
sob a influência das novas ideias de salubridade e embelezamento que surgiram na Europa no século
XVIII e que possibilitaram a criação de espaços coletivos ao ar livre, para uso principalmente da
burguesia. Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, diversas ações foram tomadas visando
transformar as cidades e, principalmente, a capital Rio de Janeiro, em “cartão de visitas” de um Brasil
moderno e civilizado. Assim, no Brasil em meados do século XIX diversos Planos de Embelezamento
e Salubridade foram implementados pelos agentes construtores da cidade e tinham como objetivo dotar
as principais cidades do país de um aspecto mais salubre, moderno e próspero, distanciando-se cada
vez mais da paisagem colonial. Nesse exato período, os espaços públicos como praças e jardins
ganharam força na paisagem urbana, deixando de ser espaços marginalizados para se integralizarem
ao processo de criação de uma nova imagem para as cidades junto com as modificações na arquitetura.
Nesse contexto de transformações urbanas que ocorriam no país no século XIX e com a elevação de
Maceió à categoria de capital da província de Alagoas em 1839, foram propostos, pelos engenheiros e
gestores, os espaços públicos ajardinados, especialmente os “jardins públicos”, situados em sua
maioria nos principais bairros na época e nas proximidades das edificações mais importantes da cidade.
Focalizando-se este cenário, busca-se compreender como a inserção dos jardins modificou a paisagem
urbana e de que forma eles figuraram na transformação da imagem da singela vila – Maceió (Maçay-
ó), para a capital do estado. Precisamente com o intuito de preencher uma lacuna no campo acadêmico,
o presente artigo busca trazer à tona os ideários que nortearam as ações do poder público direcionadas
à criação, reforma e manutenção de espaços ajardinados que gerassem uma nova imagem urbana
marcada pelo foco da higiene e beleza, sobretudo na segunda metade do século XIX, durante a gestão
de José Bento da Cunha Figueiredo Júnior, ocorrida entre 1868 a 1871, e que ficou conhecida como
uma das gestões que mais promoveu o desenvolvimento urbano da cidade no século XIX.
Palavras-chave: jardins públicos; planos de embelezamento e salubridade; paisagem de Maceió.
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Os ideários de salubridade, embelezamento e modernização no
Brasil do século XIX
No Brasil do século XIX a preocupação com a salubridade urbana, que já existia desde o
século XVIII na Europa, começou a nortear as intervenções do poder público no espaço
urbano e foi responsável por diversas transformações na paisagem das cidades. Essas ações
eram pautadas no discurso higienista, que utilizava a medicina como elemento de controle
social e espacial e previa, entre outras coisas, o aterramento e drenagem de áreas alagadas,
construção ou relocação de hospitais e cemitérios, abertura e alargamento de ruas e
defendiam o plantio de árvores e emprego de vegetação para “favorecer a circulação do ar, a
dissipação de eflúvios nocivos e o dessecamento do solo, de modo a combater lugares
pútridos onde, segundo as teorias dos miasmas, formavam-se as doenças” (DOURADO,
2011).
Além da salubridade, o embelezamento foi um outro grande impulsionador da reforma urbana
que também se iniciou na Europa tendo ganho força no século XIX. Apesar das diferenças
entre as cidades brasileiras e as europeias, e guardadas as devidas proporções, a reforma
implementada na Europa passou a servir de modelo para as cidades que possuíam relações
comerciais com o velho mundo, tais como Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Natal, Recife,
João Pessoa, Maceió, entre outras (MOURA FILHA, 2000).
A partir de meados do século XIX os gestores, engenheiros e demais agentes responsáveis
pela construção das cidades brasileiras empenharam-se na elaboração de propostas e planos
que deveriam ser implantados para criar uma nova imagem das cidades, mais civilizadas,
modernas e prósperas, distanciando-se cada vez mais da imagem ligada ao passado colonial
(MOURA FILHA, 2000). Foi nesse período que os logradouros públicos ajardinados ganharam
força na paisagem urbana e passaram a fazer parte, junto com as modificações na arquitetura,
desse processo de criação de uma nova imagem para as cidades.
Nesse contexto de transformações urbanas foram propostos os primeiros espaços públicos
ajardinados de Maceió, a partir de meados do século XIX. Essas propostas de jardins públicos,
bem como de praças ajardinadas e boulevards, entre outros, possuíam uma evidente intenção
estética e higienista e pareciam tentar adaptar as ideias europeias à realidade maceioense.
Os espaços ajardinados resultantes dessas propostas configuraram elementos importantes
na criação dessa nova imagem urbana e buscavam se integrar com os respectivos entornos
e aliar funções paisagísticas, estéticas, utilitárias.
Como demonstração deste entendimento, serão analisados neste trabalho os espaços
públicos ajardinados (jardins, praças, ruas) que foram alvo de intervenção do poder público,
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durante o recorte temporal que compreende o período da gestão de José Bento da Cunha e
Figueiredo e seu filho, José Bento da Cunha Figueiredo Júnior, conhecido pelas grandes
intervenções nos espaços públicos de Maceió. A análise se aporta em fontes oficiais
(relatórios de governo, relatórios e ofícios dos engenheiros), iconográficas (plantas e mapas)
e clássicos bibliográficos que tratam da cidade de Maceió no período estudado.
As primeiras transformações da paisagem na nova capital: a
salubridade urbana e o início da arborização
De acordo com Cavalcanti (2002) no início do século XIX, quando Maceió ainda era uma
pequena vila, as ações no espaço urbano refletiam o temor dos colonizadores e seus
descendentes pelos elementos da natureza tropical, hostil e selvagem. Foram ações
marcadas por uma forte influência higienista, com a modificação da configuração original do
sítio através de ações de aterramento, saneamento e drenagem. Segundo a autora, até
meados do século XIX a Câmara Municipal de Maceió seguia as orientações das leis gerais
do Império do Brasil, que possuía forte influência higienista.
Em Maceió, o processo de transformação urbana pode ser observado mais claramente a partir
do ano de 1839 quando, em uma mesma resolução régia, Maceió é elevada à categoria de
cidade e de capital da província de Alagoas. A transferência das principais repartições públicas
e de todo o corpo administrativo da cidade de Alagoas do Sul (atual Marechal Deodoro) para
Maceió deu início a uma transformação na paisagem pautada, principalmente, nos ideários
de salubridade e do embelezamento. Na posição de nova capital da província, o aspecto
urbano de Maceió foi se modificando com intervenções que visavam uma melhor
infraestrutura e, principalmente, uma nova imagem da cidade como capital e, para tanto, os
gestores e engenheiros da província tiveram um papel primordial nessa transformação
urbana.
Seu aspecto urbano foi-se modificando com os melhoramentos realizados pela municipalidade e pelos Governos Provinciais como: tapagem de valas em ruas, calçamento, iluminação, abertura de estradas vicinais para escoamento de produtos agrícolas oriundos de outros locais e obras públicas de natureza assistencial. (BARROS, 1986, p. 125).
Identifica-se que as intervenções realizadas nesse período estavam mais voltadas ao
provimento de infraestrutura básica para o bom funcionamento da capital e para facilitar sua
ligação com as principais cidades do interior de forma a auxiliar o trânsito de mercadorias
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dentro da província. A leitura dos relatórios e Fallas provinciais 1 desde o ano de 1835 até o
ano de 1849 (ano em que José Bento da Cunha e Figueiredo assumiu o poder) revela que as
ações tomadas pelo poder público estavam de fato voltadas ao provimento das necessidades
básicas da cidade e visavam à salubridade: construção de estradas e pontes, calçamento de
ruas principais como a ladeira do Algarve, limpeza e melhoramento do canal da Ponta
Grossa 2 , construção de cadeia, hospital, casa de mercado, além de estudos para
encanamento e distribuição de água potável.
A inserção de vegetação na cidade com intenções de embelezamento e salubridade começam
a aparecer nas Fallas provinciais apenas a partir do ano de 1849, na gestão de Antonio Nunes
de Aguiar:
Também é necessário promover a plantação de arvores frondosas em nossas praças, e nnas proximidades das povoações; porque alem de ser isto um embellezamento para estas, serve para modificar o effeito de certas emanações deletérias. (AGUIAR, 1849, p.11 – grifos nossos)
A atenção com a infraestrutura de abastecimento d’água que também se fez notar forte na
tônica discursiva dos gestores localiza-se bem evidenciada durante a gestão de Aguiar, no
ano de 1849, quando no próprio relatório que registra a sua saída da presidência da província,
o mesmo enfatiza a importância do encanamento de água potável e abertura do canal da
Ponta Grossa por questões de salubridade ressaltando ainda a necessidade e já
empreendendo ações para a realização de um plano de arruamento para o embelezamento
da capital:
Das necessidades que soffre esta Capital, a maior é, sem duvida, a de agua potável [...] Vem depois a abertura do canal da Ponta Grossa até encontrar o riacho Maceió. Estas duas obras [...] não só concorrerão para o engrandecimento desta Cidade, como também são indispensáveis para a sua salubridade. [...] Para o aformoseamento da capital mandei o referido official de Engenheiros organizar um plano de arruamento, que por intermédio da Camara Municipal terá de chegar à presença de V. Ex.ª convem que seja immediatamente posto em execcução, sem que outra Camara possa por si alteral-o, afim de evitar maiores irregularidades e defeitos, do que aquelles que hoje encontramos n`esta nascente Cidade [...]” (AGUIAR, 1849,
p. 9 – grifos nossos)
Os reflexos mais fortes do embelezamento urbano, no entanto, podem ser observados em
Maceió a partir da segunda metade do século XIX, através de obras que visavam, além da
criação de uma nova imagem da cidade, o desvencilhamento com o passado colonial. Essa
intenção fica evidente na fala de José Bento da Cunha e Figueiredo, pai de Figueiredo Júnior,
1 Relatórios e Fallas Provinciais da Província das Alagoas digitalizados disponíveis no site do Center for Research Libraries em
www-apps.crl.edu. 2 O Canal da Ponta Grossa era o principal ponto de ligação entre a cidade de Maceió e povoados, vilas e engenhos do interior
de Alagoas, por onde era realizado o transporte de mercadorias e insumos.
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que presidiu a província de Alagoas entre os anos de 1849 e 1853, quando relata o “atraso”
da capital e aborda a necessidade de seu embelezamento e asseio:
Sois vós testemunhas, Snrs., do vergonhoso atraso, em que se acha esta cidade a respeito da regularidade na edificação dos prédios, calsamento e direcção das ruas: não podeis portanto deixar de proporcionardes alguns meios com que possa a Camara Municipal concorrer para o embellezamento e asseio da capital (FIGUEIREDO, 1850, p.23 – grifos nossos).
Durante sua gestão foram concluídas as obras da igreja matriz, do mercado público, da casa
de inspeção do algodão e do calçamento da ladeira do Algarve. Além disso, foi assentada a
primeira pedra da construção do cemitério da Piedade, após estudos e parecer elaborado por
equipe composta por médicos e foi instituído o Conselho de Obras Públicas, órgão que muito
colaborou com mudanças mais expressivas na paisagem maceioense. Sobre as duas obras
que foram citadas nos relatórios provinciais durante sua gestão com intenção paisagística e
de embelezamento, o Palacete da Assembleia e o canal da Ponta Grossa, a pesquisa ora
realizada constata que apenas a primeira veio a ser efetivada.
O Palacete da Assembléia foi construído nas imediações do largo da igreja matriz recém
construída e previa “um espaço sufficiente para formar-se um pequeno Passeio público, onde
os habitantes desta Cidade poderão entreter as vistas nas horas de distracção” (Figueiredo,
1851, p. 19). Concluído em 1853 o Palacete posteriormente abrigou em seu entorno o primeiro
jardim público da capital que foi ajardinado apenas no ano de 1867:
A assembléa provincial ordenou o ajardinamento da área que circunda o palacête da mesma assembléa [...] O jardim se acha prompto e entregue ao publico [...] Já hoje é o único ponto de reunião e recreio que se proporciona á população desta capital (ALENCASTRE, 1867, p. 13 e 14).
É interessante observar no relatório supracitado a referência ao jardim não apenas como um
elemento de embelezamento e salubridade da cidade, mas também como um local de recreio
público para a população. Tal fato denota a alteração na paisagem urbana causada pela
mudança de hábitos que ocorreu no período quando os espaços públicos deixam de ser
marginalizados e passam a ser locais de recreio e distração e a população passa a frequentá-
los.
A principal intenção de embelezamento através da arborização durante a gestão de
Figueiredo ocorreu através da proposta de inserção de vegetação no canal da Ponta Grossa.
Em Falla dirigida à Assembléa Provincial propõe a construção de:
[...] dois paredões ou caes em linha recta desde sua fóz na lagôa até o logar em que existem umas cacimbas, plantando-se sobre os aterros dos lados duas linhas de arvoredos adaptados á segurança e aformoseamento das
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paredes do canal, na forma do plano que mandei levantar [...] (FIGUEIREDO, 1852, p. 26 – grifos nossos)
Quanto ao canal da Ponta Grossa, ainda durante a gestão de Figueiredo, no ano de 1853, há
registros de que o Engenheiro Christiano Azevedo projetou a planta que previa a mudança do
curso do Canal da Levada e de um arruamento perpendicular na lateral deste canal. Apesar
desta planta não ter sido encontrada nas pesquisas empreendidas no Arquivo Público de
Alagoas, observa-se através da leitura de sua descrição uma grande intenção estética através
da proposição de um boulevard, conforme explicita trecho da justificativa do projeto:
[...] Comprehende a mesma planta, além da nova direcção dada ao Canal, que se vê projetada com tinta encarnada o projeto de um futuro arruamento ao lado do Canal em quadras de 100 braças de extensão e 80 palmos de largura com ruas transversais no sentido perpendicular, findando em espécie de boulevard em uma espaçoza praça que deve ligar a caza do mercado com a casa do desembarque do canal, sendo tudo coberto por linhas de arvorêdo, o que não deixará de honrar aquelle ponto o mais aprasivel e magestozo, attraindo por sua amenidade a população nas horas de recreio. [...]. (AZEVEDO, 1853 – grifo nosso)
Por esse teor discursivo a proposta, não executada, transparece que havia tanto uma intenção
estética como também de “amenidade” ambiental para com a paisagem urbana. Com efeito,
a inserção do boulevard previa colaborar com o conforto térmico, proporcionando
sombreamento nos momentos de lazer da população, bem como criar uma perspectiva
bastante interessante da rua arborizada margeando o canal nas imediações da Lagoa
Mundaú e continuando até desembocar em uma espaçosa praça, - a Praça do Mercado. No
entanto, apesar do potencial paisagístico dessa proposta, a mesma ficou esquecida nos
arquivos de Obras Públicas e o local hoje encontra-se desvalorizado. Possivelmente o projeto
do boulevard não foi executado por se localizar em uma área de habitação popular pouco
valorizada, onde “situaram-se os campos para enterro de animais, cemitérios, asilos (de
mendigos e alienados), hospital, mercado e demais atividades “insalubres”, “perigosas” e
depreciativas do espaço urbano” (CAVALCANTI, 2002).
De acordo com Silva (2016, p. 164) a arborização urbana, o nivelamento dos terrenos e sua
pavimentação, na maioria das vezes, precedeu a instalação de muros e gradis e seu
ajardinamento. De forma geral, de fato, na cidade de Maceió a arborização para fins estéticos
e de salubridade, como essa proposta não executada de um boulevard, precederam a
inserção dos espaços ajardinados, como pode ser constatado em ofício do Diretor de Obras
Públicas direcionado ao vice presidente da província que trata do replantio de árvores na
estrada do Jaraguá, também conhecida como estrada do Saraiva (CERQUEIRA, 1855) e,
conforme o já apresentado, na proposta de arborização do canal da Ponta Grossa.
O teor dos relatórios dos presidentes da província e dos ofícios e demais documentos do Setor
de Obras Públicas pesquisados demonstrou que a paisagem (pensada e interferida na cidade)
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nesses primeiros anos da segunda metade do século XIX objetivava uma transformação
pautada nos princípios higienistas introduzidos que tinha, como um de seus princípios focais,
dotar a cidade dos equipamentos e infraestrutura básica para seu bom funcionamento como
capital da província. Mas demonstrou ainda que o embelezamento ou aformoseamento, como
também era denominado, norteou algumas propostas de médio porte bastante significativas
para a cidade envolvendo o plantio de árvores para fins estéticos e de salubridade urbana.
Os melhoramentos urbanos e o início da consolidação dos jardins
públicos e praças na gestão de Figueiredo Júnior
José Bento da Cunha Figueiredo Júnior (1833-1885), pernambucano, formado em Direito pela
Faculdade de Olinda, foi nomeado em 22 de agosto de 1868 Presidente da Província de
Alagoas e permaneceu no poder até 02 de Julho de 1871. Seu governo, assim como o de seu
pai, foi um dos mais longos numa província onde as administrações costumavam ser muito
curtas: apenas no ano de 1867, que precedeu seu governo, Alagoas teve cinco presidentes.
Possivelmente esse tempo maior de governo juntamente com sua visão de futuro possibilitou
que parte de suas ideias fossem concretizadas e que ele pudesse realizar algumas melhorias
urbanas em Maceió.
Quando Figueiredo Júnior assumiu a presidência da província de Alagoas em 1868 já haviam
se passado quase trinta anos que a capital havia sido transferida de Marechal Deodoro para
a cidade de Maceió e a paisagem da então capital da província já havia sido bastante
transformada. No entanto, foi durante o governo de Figueiredo Júnior que Maceió passou por
um surto de desenvolvimento urbano e cultural. Ao assumir o governo, ele elaborou um projeto
geral de modernização que, primeiramente, visava o nivelamento das ruas e a construção de
um sistema de esgoto (CAVALCANTI, 1998, p. 302).
Durante todo o seu governo Figueiredo Júnior enfatizou a necessidade dos melhoramentos
urbanos afirmando que os mesmos não comprometiam o estado financeiro se houvesse
rigorosa fiscalização da receita (FIGUEIREDO JÚNIOR, 1871, p. 53). Nesse sentido, ele
afirma que nenhuma obra da capital ou interior deveria ser realizada sem exame, descrição e
orçamento prévio (FIGUEIREDO JÚNIOR, 1868, p. 16).
Demonstrando uma visão de conjunto, Figueiredo Júnior afirmou que o Serviço de Obras
Públicas da província necessitava de organização e criticou o fato de até então não haver um
plano da cidade que pudesse estabelecer as prioridades e uma ordem lógica de execução
dos serviços:
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Existindo apenas uma planta antiga e incompleta, houve o maior descuido em regularizar as edificações; e ultimamente o encanamento das aguas e os trilhos de ferro que deviam ter sido precedidos do nivelamento, vieram ainda mais difficultal-o, executando-se vários serviços sem a conveniente relação com o plano geral que deve comprehender um bom systema de esgoto.
Incubido de levantar a planta da cidade, o engenheiro Boltenstern pode não apenas até hoje apresentar o plano de quatro ruas principaes, com as respectivas travessas e praças adjacentes.
Pode-se adiantar o serviço dos aterros fazendo-se desapparecer as mais salientes irregularidades do nível tornando-se mais transitável o leito das ruas, e cuidando-se logo dos passeios lateraes, o esgoto.
Será isto uma bôa base para o calçamento, que se pode realizar a pouco e pouco.[...] (FIGUEIREDO JÚNIOR, 1868, p.16-17 – grifos nossos).
A planta da cidade elaborada pelo engenheiro Carlos de Boltenstern datada de 1865, a que
Figueiredo Júnior se refere no relatório supracitado, nos mostra os principais arruamentos da
cidade, igrejas, cemitérios e as baterias do Porto de Jaraguá. Os espaços livres públicos
localizados geralmente nas imediações das igrejas configuram na planta como espaços
vazios, descampados, como a praça da Matriz, praça Nossa Senhora Mãe do Povo (Figuras
1 e 2), praça dos Martírios e praça Deodoro (Figura 3 e 4). Tal fato possivelmente se deve à
ausência de vegetação e de um plano ou projeto para os referidos espaços públicos.
Figuras 1 e 2: Detalhe da planta elaborada por Boltenstern datada de 1865 mostrando a praça da Matriz e o entorno do Palacete da Assemblea (futuro jardim público), á esquerda, e a praça de Nossa Senhora Mãe do Povo no Jaraguá, à direita. Fonte: Arquivo Histórico do Exército. Destaques dados pelas autoras.
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Figuras 3 e 4: Detalhe da planta elaborada por Boltenstern datada de 1865 mostrando a praça dos Martírios, à esquerda, e a praça Deodoro, à direita. Fonte: Arquivo Histórico do Exército. Destaques dados pelas autoras.
A planta de Boltenstern de 1865 mostra a praça da Matriz e o local que abrigará o primeiro
jardim público da cidade no ano de 1867, no entorno do Palacete da Assembleia. Como até o
momento ainda não foram encontrados registros da data exata da inserção do muro ou gradil
no entorno do palacete e o detalhe da planta nos mostra a edificação inserida em um terreno
que aparenta ser fechado, isso nos sugere que o mesmo já possuía uma espécie de
fechamento, muro ou gradil, no ato da elaboração da planta. O ajardinamento do entorno do
palacete ocorreu apenas no ano de 1867:
A assembléa provincial ordenou o ajardinamento da área que circunda o palacête da mesma assembléa [...] O jardim se acha prompto e entregue ao publico [...] Já hoje é o único ponto de reunião e recreio que se proporciona á população desta capital (ALENCASTRE, 1867, p. 13 e 14).
É interessante observar no relatório de Alencastre a referência ao jardim não apenas como
um elemento de embelezamento e salubridade da cidade, mas também como um local de
recreio público para a população. Tal fato denota a alteração na paisagem urbana causada
pela mudança de hábitos que ocorreu no período quando os espaços públicos deixam de ser
marginalizados e passam a ser locais de recreio e distração e a população passa a frequentá-
los.
À rigor, a planta de 1865 nos mostra que quando Figueiredo Junior assumiu a presidência da
província as praças, muito provavelmente, ainda não eram ajardinadas e que, além de
algumas áreas arborizadas nas gestões anteriores, havia apenas um jardim público no
entorno do Palacete da Assemblea.
Em 1869, um ano após ter assumido a presidência da província, Figueiredo Júnior inicia uma
série de viagens ao interior da província com o intuito de melhor conhecer o território alagoano
e de verificar seus núcleos de povoamento. Em uma dessas viagens ele visita o Engenho
Buenos Ayres onde demonstra em seus relatos de viagem todo o seu encantamento pelos
jardins do engenho:
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[...] a alma se enlevava por entre a fragrância d´aquelles jardins deliciosos; o espírito se engrandecia pela diversidade de mil objectos curiosos que prendiam a atenção [...] por toda a parte aceio e bom gosto [...] dir-se-hia que a vida alli é completa e que a taça dos desejos devia estar preenchida (INSTITUTO, 2010, p. 33 – grifos nossos)
Descrevendo-o em detalhes, ele se deleita entre chafarizes, boulevards, cascatas e árvores
frondosas. Durante todo o relato, Figueiredo Júnior enfatiza a elegância, bom gosto e beleza
dos jardins do engenho utilizando os termos “deliciosos”, “admirável”, “sublime”, “elegância”,
“bom gosto”, “belleza”, “asseio” e “aformoseamento” denotando seu interesse e franco
entendimento dos espaços ajardinados como locais de embelezamento e deleite para os
olhos e para a alma.
Diferente de outros gestores que mais recorreram à arquitetura como forma de embelezar a
cidade e dotá-la de um melhor aspecto, Figueiredo Júnior demonstrou, desde o início de sua
gestão, uma grande preocupação com a arborização e o ajardinamento dos espaços públicos
como opções de aformosear a cidade. No ano de 1869 demonstrou abertamente a intenção
de aformosear a praça dos Martírios e a praça da Cotinguiba (atual praça Marechal Deodoro),
entendendo que através disto atrairiam mais concentração de unidades construídas nos
respectivos entornos imediatos, conforme se pode literalmente acompanhar: “Lembra-se com
razão o aformoseamento da praça dos Martyrios, e da Cotinguiba, a qual terá a vantagem
de dar um certo impulso ás edificações naquella parte da cidade”. (FIGUEIREDO JÚNIOR,
1869, p. 19 – grifos nossos).
Ainda no mesmo relatório expressou uma interessante visão de paisagem, pouco vista entre
os outros gestores, cogitando a possibilidade de tirar partido da visão privilegiada do alto do
farol para servir de recreio e contemplação da cidade.
O fácil nivelamento do alto do pharol, com assentamento de grades e bancadas, ofereceria um optimo recreio publico pelo vastíssimo horisonte que dalli se descortina. Importa muito tratar da arborisação da cidade, embora lentamente. Este serviço exige maior cuidado que dispêndio. (FIGUEIREDO JÚNIOR, 1869, p. 19 – grifos nossos)
Captava o governante que dali seria possível ter uma visão ampla da cidade e do mar, assim
como em alguns passeios públicos de outras cidades do Nordeste, que tiraram partido da
paisagem marítima como os passeios públicos de Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador
(SILVA, 2016, p. 46).
Sempre apontando a falta de arborizações, no ano de 1870 chegou a propor um segundo
espaço ajardinado localizado no bairro do Jaraguá, então considerada a porta de entrada da
cidade por via marítima:
[...] Notava-se aqui [Maceió] a falta de uma praça perfeitamente regular e arborisada. Além do pequeno jardim do Palacete, não havia outro ponto que servisse de refrigério e recreio à população. O bairro do Jaraguá carecia
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absolutamente de um conforto semelhante. Contractei em 20 de Dezembro do anno passado a execução do plano, pelo qual ficará fechada com muro, gradeamento e portão de ferro a praça de Nossa Senhora Mãi do Povo no referido bairro, em frente do novo edifício do Consulado, que tem dos lados duas casas symetricas e elegantes, uma para abrigo da guarda, e outra junto à ponte de desembarque.
O viajante, ao saltar, ficará agradavelmente impressionado, deparando com uma praça de estylo moderno, tendo em frente um elegante chafariz, no centro bancos, canteiros e arborisação, e sobre os pilares do muro lampeões que mais tarde podem ser iluminados com gaz carbônico. Com 8:200$000 rs teremos um melhoramento que além de outras vantagens, servirá de incentivo para outros similhantes no futuro[...] (FIGUEIREDO JÚNIOR, 1870. p 49 – grifos nossos)
Embora não tenha sido encontrado até o momento o referido plano ou planta da praça
proposta, a idealização de Figueiredo Júnior nos mostra a configuração típica de um jardim
público brasileiro: praça ou espaço público ajardinado pelo poder público, de pequenas e
médias proporções, dotada de gradil e com acesso restrito (SILVA, 2016, p. 68). Além disso,
o jardim contaria com bancos, canteiros, lampiões e chafariz, elementos dispostos no jardim
com o objetivo de dotá-lo de um estilo mais “moderno”. Figueiredo Júnior demonstra, além da
preocupação com o embelezamento da cidade e recreio da população, uma forte intenção de
impressionar o viajante passando uma imagem de cidade moderna e bela. Além disso, afirma
que o local servirá de incentivo para implantação de outros espaços ajardinados no futuro
denotando uma intenção de expandir o embelezamento da cidade para outros pontos de
Maceió. Esses possíveis pontos a serem ajardinados, provavelmente, seriam localizados em
áreas públicas privilegiadas, de maior circulação de pessoas, pontos de chegada e partida de
viajantes, próximos às principais edificações e que possibilitassem passar a imagem de
desenvolvimento e modernização urbana para o maior número de pessoas.
Apesar do empenho de Figueiredo Júnior, o jardim do Jaraguá não foi concluído durante sua
gestão, e apenas ocorrido no ano de 1872 durante o governo de Silvino Elvídio Carneiro da
Cunha. Em relatório, Cunha, após assumir o governo, já aborda o custo e abandono da obra
do jardim e seu interesse em retomá-la:
Tendo custado esta obra 10:326$440 rs, e encontrando-a em abandono, mandei proceder pelo engenheiro fiscal aos necessários preparos, afim de, no começo da estação invernosa, fazer as devidas plantações.
Será um recreio muito agradável, que terá no futuro a população de Jaragua. Já que tão avultada despeza se fez com esta obra, que muito concorrerá para o aformoseamento do porto cumpre que o governo não abandone-a , e ao contrário lhe dê todo possível aperfeiçoamento (CUNHA, 1872, p.48-49).
Também neste relatório, mais uma vez é enfatizada a importância do jardim para o recreio
da população e para embelezamento do porto do Jaraguá, porta de entrada da cidade.
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Os jardins de Maceió, localizados nos principais pontos da cidade, no entorno de edificações
religiosas, passavam a se consolidar como espaços importantes na vida da sociedade, que
se torna cada dia mais urbana.
Além dos jardins nos pontos principais da cidade (o centro administrativo e religioso – jardim
do palacete da Assembleia – e a porta principal de entrada da cidade – jardim do Jaraguá,
nas imediações do porto), Figueiredo Júnior demonstra em relatório de 1868 a necessidade
de arborização das praças públicas e de ruas mais largas como medida de higiene, denotando
a influência dos princípios higienistas em sua gestão (FIGUEIREDO JUNIOR, 1868, p. 6).
Outro feito importante na gestão de Figueiredo Júnior foi a inserção de chafarizes nos espaços
públicos ajardinados de Maceió. A introdução desses elementos nas cidades brasileiras surgiu
a partir da necessidade de fornecimento de água de melhor qualidade para a população. Antes
da inserção dos chafarizes, a população precisava se locomover com seus potes até
nascentes e riachos em busca de água que, muitas vezes, era de baixa qualidade. Com o
movimento higienista surgiu, entre outras coisas, a consciência da necessidade de
distribuição de água de boa qualidade para a população e isso impulsionou ações do poder
público no que diz respeito ao fornecimento de água, como o encanamento de rios e riachos
e a inserção dos chafarizes em locais de fácil acesso e grande fluxo de pessoas.
Em oficio de 24 de agosto de 1869 os engenheiros Frederico Mery e Hugh Wilson submetem
à apreciação de Figueiredo Júnior dois desenhos de chafarizes em ferro com “systema mais
moderno e aprovado na Europa” para o jardim do palacete da assemblea e a praça Nossa
Senhora Mãe do Povo, no Jaraguá. De acordo com os croquis encontrados no Arquivo Público
do Estado de Alagoas (LEÃO, 2010), os chafarizes propostos para os dois principais jardins
públicos da época, atualmente desaparecidos, eram possivelmente advindos das Fonderies
du Val D`Osne, assim como outras esculturas e postes em ferro fundido encontrados no bairro
do Jaraguá, de modo concentrado na atual praça Dois Leões. Com forte apelo estético, de
acordo com o croqui, a seguir apresentado, o chafariz do jardim da Assembléia era composto
por uma figura feminina seminua situada sobre uma taça em cima de uma possível base de
alvenaria arredondada. O chafariz do jardim de Jaraguá se assemelhava ao chafariz do jardim
da Assembléia, mas possuía alguns pilares que sustentavam uma espécie de coroa.
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Figura 5: Croqui de chafariz para o jardim da Assembléia. Fonte: LEÃO, 2010.
Figura 6: Croqui de chafariz para o jardim de
Jaraguá. Fonte: APA - Officios dos Engenheiros, s/data.
Apesar de algumas das propostas de Figueiredo Júnior não terem saído do papel, como o
ajardinamento do farol, e outras, como o Jardim da Praça Nossa Senhora Mãe do Povo, não
ter sido concluídas durante sua gestão é notável a importância dada à modernização da
cidade e ao ajardinamento dos espaços públicos.
Considerações Finais
Apesar de já terem sido abordados por diversos autores no âmbito brasileiro, os ideários de
embelezamento, modernização e salubridade na criação dos jardins públicos e na arborização
das cidades, em Maceió, essa temática e o seu papel na configuração dos espaços públicos
ainda foi pouco estudado.
A arborização urbana e a criação dos jardins públicos e praças ajardinadas foram elementos
fundamentais na transformação da paisagem de Maceió a partir da segunda metade do século
XIX. Diretamente influenciadas pelos ideários de salubridade, modernização e
embelezamento, as propostas de arborização e de criação de jardins públicos pretendiam
criar uma imagem de capital da província bela e moderna que almejava ascender aos moldes
de outras cidades brasileiras mais desenvolvidas, distanciando-se aos poucos da imagem de
vila colonial, vista então como atrasada.
Mesmo que os serviços básicos de infraestrutura urbana ainda fossem deficientes, tais como
a distribuição de água potável para todas as classes sociais, o nivelamento e calçamento de
ruas, a criação de uma imagem de cidade aformoseada através dos jardins públicos e praças
ajardinadas era um dos objetivos principais da gestão de Bento Figueiredo e de Figueiredo
Júnior e foi durante as suas gestões que esse objetivo prevaleceu e começaram a se
consolidar espaços ajardinados para recreio da população na cidade.
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Esses espaços ajardinados, em especial os jardins públicos, os apenas pensados e mesmo
os executados objetivavam com clareza, de acordo com os documentos analisados, a função
tríplice de “recreio”, “reunião” e “refrigério” para a população maceioense e
demonstravam, portanto, que além de representar uma nova imagem de cidade eles
denotavam também as mudanças sociais e culturais, em curso, durante o recorte temporal
aqui focalizado.
Referências
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Alagoas, na abertura da segunda sessão ordinaria da setima legislatura, pelo
excellentissimo presidente da mesma provincia, o coronel Antonio Nunes de Aguiar,
no dia 18 de março de 1849. Pernambuco, Typ. de Santos & Companhia, 1849.
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Alencastre) Relatório 10 de junho de 1867.
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membros do Conselho de Obras Públicas em de 5 de Janeiro de 1853. Arquivo Público
de Alagoas.
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uma abordagem histórica, 1819-1859. Dissertação (Mestrado em História), Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, 1986.
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(des)caminhos da construção da paisagem maceioense. Anais do VI ENEPEA, Recife,
2002.
CERQUEIRA, Francisco de Paula Mesquita. Ofício direcionado ao vice presidente da
província Exm. Sr. Dr. Roberto Calheiros de Mello. Diretoria das Obras Públicas, 18 de
Maio de 1855.
CUNHA, Silvino Elvidio Carneiro da. Relatorio lido perante a Assembléa Legislativa da
provincia das Alagoas no acto de sua installação em 7 de fevereiro de 1872 pelo
presidente da mesma, o exm. snr. dr. Silvino Elvidio Carneiro da Cunha. Maceió, Typ.
Commercial de A.J. da Costa, 1872.
DOURADO, Guilherme Mazza. Belle Époque dos Jardins. São Paulo: Editora Senac São
Paulo, 2011.
FIGUEIREDO, José Bento da Cunha. Falla dirigida á Assembléa Legislativa da provincia
das Alagoas na abertura da primeira sessão ordinaria da oitava legislatura, pelo exm.
presidente da mesma provincia, Dr. José Bento da Cunha e Figueiredo, em cinco de
maio de 1850. Maceió, Typ. de J. S. da S. Maia, 1850.
FIGUEIREDO, José Bento da Cunha. Falla dirigida á Assembléa Legislativa da provincia
das Alagoas, na abertura da primeira sessão ordinaria da nona legislatura, pelo exm.
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presidente da mesma provincia, o conselheiro José Bento da Cunha e Figueiredo em
26 de abril de 1852. Maceió, Typ. Constitucional, 1852.
FIGUEIREDO JÚNIOR, José Bento da Cunha. Relatorio lido perante a Assembléa
Legislativa da provincia das Alagoas no acto de sua installação em 31 de outubro de
1868 pelo presidente da mesma, o exm. snr. dr. José Bento da Cunha Figueiredo
Junior. Maceió, Typ. Commercial de A.J. da Costa, 1868.
FIGUEIREDO JÚNIOR, José Bento da Cunha. Relatorio lido perante a Assembléa
Legislativa da provincia das Alagoas no acto de sua installação em 16 de março de
1869 pelo presidente da mesma, o exm. snr. dr. José Bento da Cunha Figueiredo
Junior. Maceió, Typ. Commercial de A.J. da Costa, 1869.
FIGUEIREDO JÚNIOR, José Bento da Cunha. Relatorio lido perante a Assembléa
Legislativa da provincia das Alagoas no acto de sua installação em 16 de março de
1870 pelo presidente da mesma o exm. sr. dr. José Bento da Cunha Figueiredo Junior.
Maceió, Typ. Commercial de A.J. da Costa, 1870.
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