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I N Q U R I T O D E C O B E RT U R A VA C I NA L NASREASURBANAS D A S C A P I T A I S B R A S I L( C O B E R T U R A V A C I N A L 2 0 0 7 )

I N Q U R I T O D E C O B E RT U R A VA C I NA L NASREASURBANAS D A S C A P I T A I S B R A S I L( C O B E R T U R A V A C I N A L 2 0 0 7 )

APOIO e FINANCIAMENTOMinistrio da Sade Organizao Pan-Americana da Sade

EXECUOCentro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvo (CEALAG)

COORDENADOR GERALJos Cassio de Moraes

COORDENADORES DO PROjETOExpedito de Albuquerque Luna Helena Barbosa Ione Aquemi Guibu Manoel Carlos S. de Almeida Ribeiro Maria Amlia Mascena Veras Maria Josefa Penon Rujula Maria Lucia Rocha de Mello Oziris Simes Paulo Carrara de Castro Rita Barradas Barata

equipe de trABAlHo nAs cApitAisArAcAju Supervisores locais Giselda Melo Fontes Silva Sandala Maria T. Santos de Oliveira Belm Supervisores locais Consuelo Silva de Oliveira Rute Leila dos Reis Flores Sandra Helena Melo Monteiro Belo Horizonte Coordenadores locais Elizabeth Barbosa Franca Maria da Conceio J. Werneck Crtes Deise Campos Cardoso Afonso Supervisores locais Adelaide Maria Sales Bessa Angela Pereira Guimares Gisele Lcia Nacur Vianna Lenise Westin maciel Dornas Lcia Maria Miana Mattos Paixo BoA VistA Supervisores locais Eliana de Ftima Paulo Niade Bezerra Martins Lima cAmpo GrAnde Supervisores locais Clarice Souza Pinto Ktia M. Barbosa Lima cuiAB Supervisor local Valria Benedita Santos de Oliveira curitiBA Supervisores locais Fides Sbardellotto Karin Regina Luhm Raquel Jaqueline Farion Regina Maria Yamaguti Sato Renato Rocha da Cruz Susane Carolina Luhm Crivellaro distrito FederAl Supervisores locais Ivone Perez de Castro Priscila Maria Arajo Oliveira Rosilene Rodrigues Suzana Ilha FloriAnpolis Supervisores locais Laura Cavalcanti de Farias Leonor Gamba Proena FortAlezA Supervisor local Maria de Ftima Fonseca Mota GoiniA Supervisores locais Ana Karina Marques Salge Ana Luiza Neto Junqueira Karina Machado Siqueira Karina Suzuki Lizete Malagoni de Almeida C. Oliveira Ruth Minamisava Faria Sandra Maria Brunini de Souza Sheila Arajo Teles joo pessoA Supervisores locais Brbara Maria S. Pereira Wanderley Claudia Luciana de Sousa M. Veras Esterlndia Bezerra de Souza Lucineide Alves Vieira Braga mAcAp Supervisor local Sandra Regina Garcia mAcei Supervisores locais Denise Leo Ciraco Janana de Albuquerque Torres mAnAus Supervisor local Ftima Tereza Praia Garcia nAtAl Supervisores locais Erotides Maria Garcia Justino Helena Gomes Santanna pAlmAs Supervisores locais Juliana Arajo de Souza Patricia Fereira Nomellini porto AleGre Coordenador local Sotero Serrate Mengue Supervisores locais Tatiane da Silva Dal Pizzol Mnica Maria Celestina de Oliveira porto VelHo Supervisores locais Maria Goreth M. F. de Lima Nbia Virginia DAvila Limeira de Arajo reciFe Coordenador local Maria Bernadete de Cerqueira Antunes Supervisores locais Maria Lindomar da Silva Rita Barbosa da Silva rio BrAnco Supervisores locais Paulo da Costa Moreira Ana Paula Alves dos Santos Luciana Gregrio Lopes Freire rio de jAneiro Coordenadores locais Maria do Carmo Leal Silvana Granado Nogueira da Gama Supervisores locais Carla Loureno Tavares de Andrade Elaine Fernandes Viellas de Oliveira Mariza Miranda Theme Filha Paulo Roberto Borges de Souza Jnior Snia Duarte de Azevedo Bittencourt sAlVAdor Coordenadores locais Raimunda Maria Campos dos Santos Susan Martins Pereira Supervisores locais Goya Pitgoras Milena Carneiro Nunes Orgali Maria Gomes Soares Marques Rosngela Maria Vargas Magalhes Vera Fonseca Reis so luiz Supervisores locais Cludia Teresa Frias Rios Lena Maria Barros Fonseca Maria Lcia Holanda Lopes Sirliane de Souza Paiva Elba Gomide Mochel Ana Hlia de Lima Sardinha so pAulo Supervisores locais Margaret Harrison de Santis Dominguez Mariangela Pereira Nepomuceno Sandra Regina Garcia teresinA Supervisores locais Raimunda Ferreira Damasceno Vieira Deusamar Cesar Meneses VitriA Supervisores locais Claudia S. Ferreira de Oliveira Belonia Michele Garcia Rosngela Helena Pessoti Simone Lacerda Poton Yeda Clia Silva Eugnio

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INDICEIntroduo .................................................................. 05 Sntese do Estado da Arte ....................................... 05 Objetivos .................................................................... 08 Metodologia ............................................................... 09 Resultados do Inqurito - Brasil ............................. 15 Municpio de Belm .................................................. 42 Municpio de Boa Vista ............................................ 64 Municpio de Macap ............................................... 86 Municpio de Manaus ............................................. 110 Municpio de Palmas............................................... 130 Municpio de Porto Velho ..................................... 154 Municpio de Rio Branco ....................................... 176 Distrito Federal ........................................................ 200 Municpio de Campo Grande ............................... 220 Municpio de Cuiab ............................................... 244 Municpio de Goinia ............................................. 266 Municpio de Aracaju ............................................. 288 Municpio de Fortaleza ........................................... 308 Municpio de Joo Pessoa ...................................... 330 Municpio de Macei .............................................. 350 Municpio de Natal ................................................. 370 Municpio de Recife ................................................ 392 Municpio de Salvador ............................................ 414 Municpio de So Lus ............................................ 438 Municpio de Teresina ............................................ 460 Municpio de Belo Horizonte................................ 482 Municpio de Rio de Janeiro .................................. 504 Municpio de So Paulo.......................................... 526 Municpio de Vitria ............................................... 550 Municpio de Curitiba ............................................. 572 Municpio de Florianpolis.................................... 594 Municpio de Porto Alegre .................................... 616 Anexos ...................................................................... 636 Referncias Bibliogrficas ...................................... 640

ACRNIMOSBCG CRIE CV DA DPT FA HVB Hib IBGE ICV LS LI MS PNAD PNI POLIO PSF SCR SI - API SINASC TETRA Bacilo de Calmette e Gurin, usada como vacina contra a tuberculose Centro de Referncia de Imunobiolgicos Especiais Cobertura Vacinal Dados Administrativos Vacina Trplice Bacteriana clssica ou celular contra: a difteria, o tetano e a pertussis (coqueluche). Vacina contra a febre amarela Vacina contra hepatite B Vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Inqurito de Cobertura Vacinal Limite superior Limite inferior Ministrio da Sade Pesquisa Nacional por amostra de domiclio Programa Nacional de Imunizao Vacina contra a poliomielite, Sabin Programa de Sade da Famlia Vacina trplice viral, contra o sarampo, a caxumba e a rubola Aplicativo do Sistema de Informao do Programa Nacional de Imunizao Sistema de Informao de Nascidos Vivos Vacina DPT + Hib

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INTRODUOO controle de doenas transmissveis tem nos programas de imunizaes e de vigilncia epidemiolgica dois componentes fundamentais. O Programa Nacional de Imunizao, com mais de trs dcadas de existncia, tem desempenhado papel fundamental no controle de importantes doenas imunoprevenveis, atingindo atualmente altas taxas de cobertura vacinal em praticamente todo territrio nacional. Esta situao instaura a necessidade de se aprimorar as estratgias de avaliao do programa, tanto na busca de indicadores mais precisos, quanto na mensurao e no entendimento das desigualdades sociais relacionadas cobertura vacinal. Entende-se que a efetividade do programa de imunizao, mensurada atravs da cobertura vacinal de uma populao, est condicionada pelo sistema de sade, pelo prprio programa de imunizao e pelas caractersticas da populao. Inquritos domiciliares se colocam como uma das melhores estratgias para aprofundar o estudo das desigualdades. A cobertura vacinal tem sido estimada no pas a partir dos dados registrados pelas unidades bsicas de sade, estando sujeita a importante erro de registro, transcrio, estimativa de populao alvo e outros. A ocorrncia de epidemias na vigncia de estimativas de coberturas altas, bem como os inquritos domiciliares realizados, tem demonstrado a impreciso dessas estimativas. A heterogeneidade de cobertura, nem sempre corretamente evidenciada atravs dessas estimativas, representa risco de acmulo de suscetveis em estratos populacionais capazes de determinar a introduo e a manuteno da circulao de agentes infecciosos. A epidemia de sarampo que em 1997 surpreendeu o programa de vigilncia epidemiolgica pode servir de alerta para a importncia de conhecer correta e oportunamente a cobertura vacinal em menores de um ano.

SNTESE DO ESTADO DA ARTENo Brasil, especialmente a partir de 1973, quando o Ministrio da Sade criou o PNI (Programa Nacional de Imunizaes), tm sido realizadas pesquisas de avaliao da cobertura vacinal no intuito de monitorar o cumprimento da meta de vacinar 100% das crianas menores de 1 ano com todas as vacinas do esquema bsico (Brasil, 1993) . No incio da dcada de 80, as coberturas vacinais no Brasil estavam bem abaixo da meta preconizada. Na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios) de 1981, dentre as crianas de 1 a 4 anos, 74,1% estavam vacinadas contra o sarampo, 65,9% tinham recebido a BCG, 74,9% receberam 3 doses da vacina DPT (difteria, coqueluche e ttano) e 94,4% haviam tomado 3 doses da vacina contra poliomielite. Apenas 38,3% das crianas tinham recebido todas estas citadas vacinas e completado o esquema bsico de vacinao (Becker RA, 1984). Em 1996, na Pesquisa Nacional sobre Demografia e Sade (Benfam, 1996), mostrou-se que as coberturas vacinais aumentaram, comparando-se com a dcada anterior, atingindo 92,6% para BCG, 80,3% para 3 doses da vacina DPT, 80,7% para 3 doses da vacina contra poliomielite, 87,2% para a vacina anti-sarampo; 72,5% tomaram todas as vacinas. Apesar da melhoria observada, uma parcela das crianas continua sem ser vacinada adequadamente, mesmo em locais com ampla disponibilidade de servios de sade (Silva, 1999).

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Outro aspecto relevante a diversidade das condies de vida existente no pas, que poderia estar se refletindo em diferentes coberturas vacinais, no reveladas pelas mdias estaduais. possvel que nas reas com piores condies de vida o acesso ao programa de imunizaes seja diferenciado em relao a outras reas das grandes metrpoles. Certamente, os dados dos servios prprios poderiam dar uma idia dessas diferenas, entretanto, estariam excludas as informaes de crianas atendidas em outras modalidades tais como clnicas particulares de vacinao e convnios, alm daquelas que embora residindo na rea de influncia do servio tivessem recebido suas vacinas em servios localizados em outras reas, visto que no h adscrio de clientela estabelecida. Rotineiramente, os dados de cobertura vacinal so obtidos a partir dos dados de produo dos servios de cada uma das unidades de vacinao e das estimativas populacionais do IBGE, ou ento pelo nmero de recm-nascidos do SINASC. Essa informao consolidada nas esferas municipal, estadual e federal, pelo aplicativo SI-API desenvolvido pelo Ministrio da Sade. Os dados disponveis para 2006 nos indicam, com algumas excees, uma cobertura vacinal excelente em todas as unidades federativas, e com freqncia ultrapassa 100% (Moraes, 2000). Contudo, a construo desse indicador apresenta vrios problemas. Alguns so derivados da concepo do sistema de informao e outros do processo de coleta. Finalmente, a tendncia, reiteradamente verificada, de coberturas baixas nas camadas com melhores condies de vida, representa um desafio a ser enfrentado na garantia do controle das doenas imunoprevenveis.

INQURITO POPULACIONALPor sua vez, importante que os gestores ao avaliarem o impacto de intervenes em sade pblica na melhora das condies sanitrias da populao, no o faam somente por meio da anlise de indicadores globais, mas tentando verificar se os mesmos, de fato, so acompanhados da diminuio das desigualdades entre os estratos mais pobres e os mais ricos da populao. A inexistncia de sries histricas com dados de boa qualidade relativos a indicadores scio-econmicos e de sade e a ausncia de ao menos duas avaliaes seqenciais em uma mesma comunidade mediante o uso de metodologias comparveis so obstculos para tal avaliao. Moraes (Waldman, 2008) aponta a relevncia de inquritos peridicos de mbito nacional com a finalidade de avaliar a cobertura e as desigualdades sociais, mostrando inclusive que esse tipo de estudo pode contribuir para identificar possveis mudanas na adeso vacinao em determinados estratos da populao, indicando a necessidade de um melhor exame das hipteses explicativas plausveis por meio de outras estratgias metodolgicas, como a anlise qualitativa. Contudo, a escolha da forma de mensurar a desigualdade d-se em funo dos objetivos do estudo. Assim, pode-se tanto avaliar como a vacinao se distribui na populao sem distinguir grupos sociais, quanto estimar as desigualdades relativas e absolutas concernentes a grupos socioeconmicos. Por exemplo, os inquritos de cobertura vacinal realizados em 1998 e 2002 no municpio de So Paulo, alm de mensurarem um ligeiro aumento da cobertura vacinal no perodo, possibilitaram avaliar que as desigualdades em funo de estratos socioeconmicos se modificaram sensivelmente. Em 1998 os estratos

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mais rico e mais pobre apresentavam as coberturas mais baixas. Em 2002, diferentemente, houve uma clara tendncia de aumento da cobertura conforme a piora do estrato scioeconmico.

QUESTES FUNDAMENTAIS A SEREM RESPONDIDAS Qual a cobertura vacinal real para crianas aos 12 e aos 18 meses de idade residentes nas capitais das unidades federadas e no Distrito Federal? Qual o acesso dessas crianas ao programa nacional de imunizaes e como se comporta a adeso ao mesmo at os 18 meses de idade? Qual diferena entre a cobertura vacinal estimada pelos inquritos e os dados administrativos obtidos pelo sistema de informao do Programa Nacional de Imunizao do Ministrio da Sade (API)? De que maneira as condies de vida interferem na cobertura vacinal?

JUSTIFICATIVAO estudo das coberturas vacinais segundo condies de vida fornece uma oportunidade para a investigao acerca da concretizao de polticas pblicas compensatrias, isto , intervenes programadas e executadas, preferencialmente pelo Estado, buscando diminuir as diferenas entre os grupos sociais produzidas por diferentes inseres na organizao social. Idealmente as polticas pblicas de corte coletivo deveriam ser capazes de compensar, na esfera do consumo de bens e servios, as desigualdades geradas no processo de produo e reproduo social. Entretanto, uma srie de condicionantes concretos relativos existncia e funcionamento dos servios, possibilidades reais de utilizao, comportamentos familiares e outros acabam por determinar o cumprimento apenas parcial dos objetivos visados por tais polticas. Assim sendo, possvel que ao passar do plano de elaborao para o da execuo, mesmo as intervenes que se pretendem universais, tendam a se concretizar repetindo os mesmos padres de desigualdade, embora de maneira atenuada.

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OBJETIVOSO objetivo geral do inqurito estimar a cobertura vacinal na populao de 18 a 30 meses de idade em trs momentos de sua vida, a saber: em menores de um ano, aos 18 meses e no momento da entrevista, residentes nas reas urbanas das capitais de todas as unidades federativas do Brasil. Alm de obter a cobertura para a capital o inqurito estudar a cobertura vacinal em cada um dos estratos de condies de vida existentes. As estimativas ponderadas permitiro tambm avaliar a cobertura vacinal dos residentes nas capitais por macro regio e para o pas.

OBJETIVOS ESPECFICOS Estimar as coberturas vacinais relativas a BCG, Polio, DTP, sarampo, trplice viral, Haemophilus influenzae, hepatite B e primeiro reforo para DPT e Polio; Estudar o acesso aos servios para obteno da primeira dose de vacina avaliada atravs da cobertura para a primeira dose de DPT no primeiro ano; Analisar o cumprimento do calendrio proposto levando em conta as idades preconizadas e os intervalos corretos entre as doses (doses vlidas); Verificar a adequao do esquema vacinal realmente aplicado s normas ideais (comparao entre doses aplicadas e doses vlidas); Comparar as doses aplicadas, vlidas e os dados de produo dos servios de ateno bsica; Estimar a proporo de crianas que utilizam servios privados para imunizao; Estudar as coberturas vacinais, esquema completo, as condies de vida predominantes nas reas ou estratos correspondentes e dados socioeconmicos das famlias.

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METODOLOGIAFoi realizado um inqurito epidemiolgico domiciliar com o objetivo de estimar a cobertura vacinal de crianas residentes na zona urbana das capitais dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Para tanto, foi selecionada uma amostra representativa da populao de menores de um ano, baseada na estimativa da populao de 1 a 4 anos destes municpios, pelo censo de 2000. Os domiclios includos na amostra foram visitados procurando-se identificar uma criana pertencente coorte de nascidos em 2005, e neles foi identificado um informante que respondeu a uma entrevista estruturada, abordando questes relativas vacinao da criana identificada e s condies socioeconmicas da famlia. Neste item sero apresentados os procedimentos metodolgicos adotados no clculo e seleo da amostra, na execuo do trabalho de campo, na organizao dos dados, bem como em sua anlise, e os cuidados ticos relacionados realizao do estudo.

1. AMOSTRAA coorte do estudo foi formada pelas crianas nascidas no ano de 2005 que em primeiro de julho de 2007 estavam com idade entre 18 e 30 meses. Os parmetros utilizados para o clculo do tamanho da amostra foram: proporo esperada de crianas vacinadas = 0,80; nvel de significncia de 0,05; preciso da estimativa = 0,07; efeito do desenho = 1,5 e perdas estimadas de 0,10. Com base nesses valores, estimou-se o tamanho da amostra em 210 crianas por inqurito ou 7 (sete) crianas por conglomerado. O processo de amostragem por conglomerados seguiu a metodologia preconizada pela Organizao Mundial da Sade para a realizao de inquritos de cobertura vacinal, que pressupe o sorteio de 7 crianas na faixa etria estabelecida em cada conglomerado, num total de 30 conglomerados por inqurito. O nmero de inquritos de cobertura vacinal realizados em cada capital e no Distrito Federal variou entre 2 e 5, conforme o tamanho da populao. O quadro abaixo mostra o nmero de inquritos por capital:Capital Aracaju Belm Belo Horizonte Boa Vista Campo Grande Cuiab Curitiba Distrito Federal Florianpolis N inquritos 3 3 5 2 3 3 5 5 3 Capital Fortaleza Goinia Joo Pessoa Macap Macei Manaus Natal Palmas Porto Alegre N inquritos 5 5 3 2 3 3 3 3 5 Capital Porto Velho Recife Rio Branco Rio de Janeiro Salvador So Luiz So Paulo Teresina Vitria N inquritos 2 5 2 5 5 3 5 3 3

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Para obter uma amostra representativa e probabilstica das crianas residentes na rea de cada inqurito foram executados os seguintes procedimentos: Aquisio junto ao IBGE dos mapas dos setores censitrios e suas respectivas populaes para cada uma das capitais. Classificao dos setores censitrios em 5 estratos scio-econmicos, representando quintis elaborados com base na renda e na escolaridade dos chefes de famlia. Agrupamento dos setores em cada estrato, de forma a constituir conglomerados com no mnimo 56 crianas menores de 4 anos. Embora a metodologia consista em entrevistar 7 crianas da coorte de interesse em cada um dos 30 conglomerados, optou-se por considerar como unidade mnima, o conjunto de setores que contivesse pelo menos 56 crianas na faixa etria de interesse, onde seriam entrevistadas as primeiras 7 encontradas de acordo com a metodologia adotada, considerando-se que passados 7 anos da realizao do censo demogrfico brasileiro, parte das famlias poderia no ser localizada por mudana de endereo ou morte. Alm disso, tm sido observadas mudanas na dinmica demogrfica brasileira, com clara reduo das taxas de natalidade.

2. CONSTRUO DOS ESTRATOS SOCIOECONMICOS.Para a construo dos estratos socioeconmicos foram utilizadas as seguintes variveis: Renda: % de responsveis pelo domicilio particular com renda acima de 20 salrios mnimos; Renda nominal mdia dos responsveis pelo domicilio; Escolaridade: % de chefes de famlia com 17 anos ou mais de escolaridade; Os estratos foram construdos da seguinte maneira: Ordenaram-se os setores censitrios em ordem decrescente da varivel escolaridade e atriburam-se os pontos correspondentes ao posto obtido, setor por setor. Em caso de empate atribuiu-se o mesmo posto aos setores. Ordenaram-se os setores censitrios em ordem decrescente da varivel renda acima de 20 salrios mnimos e atriburam-se os pontos correspondentes ao posto obtido, setor por setor. Ordenaram-se os setores censitrios em ordem decrescente da varivel renda nominal mdia e atriburam-se os pontos correspondentes ao posto obtido setor por setor. A pontuao correspondente aos postos obtidos com cada uma das variveis foi somada, resultando num escore socioeconmico. Os setores censitrios foram, ento, ordenados da menor para a maior pontuao. Foram identificados os quintis segundo a pontuao total. Em cada estrato definido com base nos quintis, os setores censitrios contguos foram agrupados, de modo a formar conglomerados com pelo menos 56 crianas na faixa de 1 a 4 anos.

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Sorteio dos conglomerados e do ponto de partida em cada estrato: Sorteio sistemtico dos mesmos, de acordo com a frao amostral correspondente. Para as capitais com 5 inquritos foram sorteados 30 conglomerados em cada um dos 5 estratos (objetivo de entrevistar 1.050 crianas), para as capitais com 3 inquritos foram sorteados 18 conglomerados (630 crianas) e para as capitais com dois inquritos, 12 conglomerados (420 crianas). Aps o sorteio dos conglomerados correspondentes, obtiveram-se os mapas digitalizados dos setores sorteados que possibilitaram a execuo da prxima etapa do processo, que foi o sorteio da quadra de incio e a definio dos itinerrios. As quadras foram numeradas em ordem seqencial, foi sorteada de forma casual a quadra de incio e o lado a ser percorrido, em busca das crianas pertencentes coorte de interesse.

3. SELEO E TREINAMENTO DE SUPERVISORES E ENTREVISTADORESConcluda a fase de amostragem, foram selecionados e capacitados os supervisores de campo, em cada capital, com especial nfase na estrita aplicao da orientao dos itinerrios, do lado da rua a ser percorrido e da aplicao dos questionrios. Em situao de difcil acesso populao (por exemplo, os condomnios fechados), com vrios intermedirios entre o entrevistador e o potencial sujeito da pesquisa, foi necessrio fazer o rastreamento prvio para otimizar o desempenho do trabalho de campo, enviando, antes dos entrevistadores, uma equipe que identificou a presena ou no de crianas na faixa etria de interesse no local.

4. BANCO DE DADOSO banco de dados tem como base o instrumento de coleta e a definio prvia de critrios de crtica para o processo de digitao (Instrumento de coleta de dados - anexo II). O banco foi construdo em Epi-Info, verso 6.04d e anlise Epi Info Windows verso 3.4.3. Os questionrios foram inicialmente revisados pelos supervisores de campo. Antes da digitao, cada coordenador de rea revisou todos os formulrios certificando-se de que o preenchimento dos dados de identificao estava correto e de que cada criana pertencia efetivamente coorte de interesse. Aps dupla digitao, seguida de compatibilizao eletrnica, os bancos de dados foram submetidos ao programa de crtica para identificao de erros de preenchimento e/ou digitao. Somente aps a correo dos problemas encontrados os bancos foram considerados prontos para processamento e anlise.

5. PROCESSAMENTO DE DADOSO processamento dos dados foi feito levando em conta as seguintes definies utilizadas no inqurito: Doses aplicadas: doses de cada uma das vacinas registradas na caderneta de vacinao, sem se levar em conta idade ou intervalo entre as doses. Esta anlise tem por objetivo a comparao com os dados oficiais de cobertura vacinal. Dados de produo: informaes de cobertura vacinal para o ano de 2005, para menores de 1 ano.

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Doses vlidas: BCG: dose aplicada em qualquer momento; DPT: primeira dose com pelo menos 45 dias de idade, requerendo-se intervalo mnimo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e entre esta e a terceira. O primeiro reforo foi considerado vlido quando aplicado com intervalo mnimo de 168 dias; Poliomielite: adotou-se o mesmo critrio utilizado para a DPT; Trplice viral (SCR): dose aplicada a partir dos 12 meses de idade; Haemophilus influenzae tipo B (Hib): o mesmo critrio utilizado para as trs primeiras doses de DPT, ou qualquer dose aplicada a partir dos 12 meses; Hepatite B (HVB): primeira dose aplicada a partir do nascimento, segunda dose aps 30 dias da primeira e terceira dose com intervalo mnimo de 120 dias aps a segunda dose e aplicada a partir de 6meses de idade. Febre amarela: dose aplicada com 9 meses ou mais. Doses corretas: o critrio de dose corretas aqui adotado leva em considerao o calendrio preconizado pelo PNI que objetiva a imunizao da criana no menor intervalo de tempo possvel: A) DPT, Hib e PLIO 1a dose: aplicada com menos de 60 (+ -15) dias de idade. 2a dose: aplicada entre 120 (+ -15) dias de idade e com intervalo pelo menos 45 dias da 1a dose. 3a dose: aplicada entre 180 (+ -15) dias de idade e com intervalo pelo menos 45 dias da 2a dose. 1a reforo: aplicada entre 440 e 470 dias de idade e com intervalo maior ou igual que 168 dias da 3a dose. Para o reforo s se considerou a DPT e a Plio. B) Contra febre amarela: dose aplicada a partir dos 8 meses e quinze dias de idade e antes de 9 meses e 15 dias. C) Trplice viral: dose aplicada acima de 365 dias de idade. D) HVB: 1a dose: aplicada at o 2o dia de vida. 2a dose: aplicada de 28 a 45 dias de idade e com intervalo de pelo menos 30 dias da 1 dose. 3a dose: aplicada entre 180 e 195 dias de idade com intervalo mnimo de 120 dias da 2a dose. Dose oral: informao no documentada para cada uma das doses de cada uma das vacinas nas idades previstas pelo calendrio vacinal. Esquema vacinal bsico: doses de cada uma das vacinas com aplicao prevista para o primeiro ano de vida. Esquema bsico completo:doses de cada uma das vacinas com aplicao prevista para o primeiro ano de vida, acrescentada a Trplice Viral. Esquema vacinal completo: composto pelo esquema bsico completo mais o primeiro reforco de DPT e Plio. Observao: para vacina contra a Febre Amarela foi levada em considerao a incluso no calendrio oficial do estado. Situao aos 18 meses: refere-se ao cumprimento do calendrio de vacinao aos 18 meses de idade.

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Situao no momento da entrevista: corresponde situao de vacinao da criana no momento da entrevista.

6. ANLISE ESTATSTICAPara o clculo dos intervalos de confiana foram levados em conta os valores correspondentes ao efeito do desenho, ou seja, o efeito decorrente da utilizao de uma amostra por conglomerados em mltiplos estgios. O efeito do desenho o valor obtido pelo clculo da razo da medida da variabilidade entre os conglomerados e a variabilidade entre os indivduos interna a cada conglomerado, refletindo assim o grau de homogeneidade/heterogeneidade existente em cada inqurito considerado, para cada uma das informaes obtidas. As estimativas para capitais consideram, alm do efeito do desenho, os pesos correspondentes aos diferentes tamanhos de populao em cada estrato. Os pesos foram calculados usando a seguinte frmula: Peso do estrato = N estrato x n estrato N estrato x n estrato Nestrato = populao alvo no estrato (censo 2000) Nestrato = nmero de crianas entrevistadas A identificao de diferenas estatsticas foi feita atravs do Intervalo de Confiana (IC95%) calculado a partir da seguinte frmula: IC95% = Estimativa 1,96 x Erro Padro x Efeito do Desenho O clculo das coberturas e do intervalo de confiana foi feito tendo como base as crianas efetivamente includas na amostra e pelo mdulo complex tables do EPIINFO verso Windows.

7. ASPECTOS TICOS:O projeto do inqurito foi submetido e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Santa Casa de So Paulo. O termo de consentimento est apresentado no anexo II.

8. PLANO DE ANLISE:O relatrio ora apresentado contemplar os seguintes pontos: 8.1. Descrio do contexto do Programa Nacional de Imunizaes em cada um dos municpios includos no estudo (unidades de sade com salas de vacina; equipes de PSF; CRIE). 8.2. Descrio da amostra estudada, segundo estrato amostral e municpio (quantificao das entrevistas realizadas, nmero de entrevistados, perdas, recusas e crianas no localizadas; % de informao verbal; idade mdia, mediana, mxima e mnima das crianas entrevistadas; distribuio segundo sexo, cor, ordem de nascimento e nmero de filhos; % de mes com < 4 anos de escolaridade e mais de 11 anos; % de mes que trabalham fora; % de companheiros vivendo junto; aglomerao (>2 pessoas por cmodo); % de crianas que vivem no mesmo municpio h mais de 2 anos.13

8.3. Coberturas vacinais em cada um dos estratos e em cada municpio, e seus intervalos de 95% de confiana, para cada uma das variveis abaixo relacionadas: a. Esquema bsico completo vlido aos 18 meses para: i. DPT, ii. Plio, iii. Hib, iv. HVB v. BCG vi. SCR vii. Febre amarela viii. Conjunto das vacinas b. Esquema bsico completo aplicado aos 18 meses i. DPT ii. Hib iii. HVB iv. Poliomielite v. SCR vi. Conjunto das vacinas c. Esquema bsico completo correto aos 18 meses i. DPT ii. Hib iii. SCR 8.4. Comparao dos resultados do ICV com os dados administrativos para o municpio, considerando as seguintes variveis: d. Esquema bsico aplicado com menos de um ano de idade para: iv. BCG v. DPT vi. Hib vii. HVB viii. Plio ix. Febre amarela e. Esquema bsico completo aplicado para i. SCR f. Participao na ltima campanha por estrato e por municpio 8.5. Anlise da cobertura vacinal com esquema bsico completo aplicado, considerando as seguintes variveis independentes: a. Presena da av b. Presena do companheiro c. Aglomerao d. Me que trabalha fora e. Ordem de nascimento da criana f. Sexo da criana14

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g. Cor da criana h. Escolaridade da me 8.6. Uso do servio privado de vacinao por estrato e por municpio: a. Percentual em cada estrato b. Uso do servio privado de acordo com esquema bsico com doses vlidas c. Uso de servios privados segundo comparecimento na ltima campanha de vacinas. 8.7. Uso de vacinas no disponveis na rotina da rede pblica de sade: a. Vacina contra meningococo C b. Vacina contra pneumococo c. Vacina contra hepatite A d. Vacina contra varicela.

RESULTADOS DO INQURITOBRASILO inqurito de cobertura vacinal para coorte de nascidos em 2005 foi realizado no perodo de agosto de 2007 a junho de 2008. Em fevereiro de 2008 j estava concludo o estudo em 25 capitais faltando somente Braslia e Salvador. O atraso na primeira foi devido ao envolvimento da equipe de coleta de dados na vacinao contra a febre amarela. Na segunda, o atraso se deu por motivos logsticos. Das 20.370 entrevistas previstas foram realizadas 17.749 (87%). O principal motivo da no realizao de entrevistas foi a no localizao de crianas nos conglomerados sorteados. Este fato ocorreu em todas as regies com exceo da regio Norte. O percentual de perdas por casa fechada e de recusa foi em geral inexpressivo. A tabela 1 mostra o percentual de entrevistas realizadas segundo capital e regio. A regio Norte foi a que teve o melhor desempenho com 97% das entrevistas realizadas. A regio sudeste foi a de pior desempenho, sendo que o municpio de Vitria realizou 2/3 das entrevistas previstas.Tabela 1. Entrevistas segundo capital e regio, Inqurito de Cobertura Vacinal, Brasil 2007.

CAPITAL Palmas Rio Branco Porto Velho Belm Manaus Boa Vista Macap Norte

PREVISTAS 630 420 420 630 630 420 420 3570

ENTREVISTAS 585 419 420 621 625 419 380 3469

% REALIZADAS 92,9 99,8 100,0 98,6 99,2 99,8 90,5 97,215

CAPITAL Salvador Aracaju Recife Macei Joo Pessoa Natal Fortaleza Teresina So Lus Nordeste So Paulo Rio de Janeiro Vitria Belo Horizonte Sudeste Curitiba Florianpolis Porto Alegre Sul Braslia Goinia Cuiab Campo Grande Centro Oeste Brasil

PREVISTAS 1050 630 1050 630 630 630 1050 630 630 6930 1050 1050 630 1050 3780 1050 630 1050 2730 1050 1050 630 630 2310 20370

ENTREVISTAS 761 601 875 603 572 604 1006 564 561 6147 778 765 418 941 2902 899 531 812 2242 998 815 548 628 1991 17749

% REALIZADAS 72,5 95,4 83,3 95,7 90,8 95,9 95,8 89,5 89,1 88,7 74,1 72,9 66,3 89,6 76,8 85,6 84,3 77,3 82,1 95,1 77,6 87,0 99,7 86,2 87,1

II. CARACTERSTICAS DA AMOSTRAApresentaremos em seguida algumas caractersticas das famlias entrevistadas. O grfico 1 mostra a proporo de mes com mais de 11 anos de estudo. Cerca de 30% das mes entrevistadas possuam essa caracterstica. Destacam-se Campo Grande, Manaus, Salvador e Natal com menos de 20% e Palmas e Fortaleza com mais de 40% de mes com maior escolaridade.16

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 1: Proporo de mes com mais de 11 anos de escolaridade, segundo capital. Brasil, 2007.60

50

40

%

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho So Paulo Joo Pessoa Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis Rio Branco So LusSo Lus

Macap

Manaus

O grfico 2 mostra a cor auto-referida das crianas avaliadas. Cerca de 60% das crianas no Brasil foram consideradas brancas. Destacam-se Salvador e Teresina com valores abaixo de 30% e Curitiba e Florianpolis com valores acima de 80% de crianas com esta caracterstica.Grfico 2: Proporo de crianas auto-referidas como brancas, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

%

50

40

30

20

10

00 Porto Alegre Porto Velho Boa Vista Joo Pessoa So Paulo Rio Branco Fortaleza Manaus Macap Salvador Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Recife Belm Aracaju Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

Salvador

Teresina

17

BRASIL

Vitria

Braslia

Palmas

Belm

Aracaju

Recife

Goinia

Curitiba

Macei

Cuiab

Natal

No grfico 3, observa-se que aproximadamente 45% das mes exerciam trabalho remunerado fora de casa. Os maiores percentuais foram encontrados nas capitais da Regio Sul e em Belo Horizonte e CuiabGrfico 3: Proporo de mes que trabalham fora de casa, segundo capital. Brasil, 200770

60

50

40 % 30 20 10 00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa So Paulo Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So LusSo Lus

Manaus

Macap

Salvador

O grfico 4 apresenta o percentual de famlias que vivem em situao de aglomerao domiciliar (mais de 2 pessoas por cmodo). Cerca de 50% das famlias do Brasil viviam nesta situao. Destacam-se as capitais da regio Norte como as de piores condies e as da regio Sul com as melhores condies.Grfico 4: Proporo de famlias com aglomerao domiciliar, segundo capital, Brasil, 2007.70

60

50

40 %

30

20

10

00 Porto Alegre Porto Velho Boa Vista So Paulo Joo Pessoa Fortaleza Manaus Macap Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis Rio Branco Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Belm Aracaju Recife Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

18

Teresina

BRASIL

Vitria

Braslia

Palmas

Belm

Recife

Aracaju

Goinia

Curitiba

Macei

Cuiab

Natal

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

III. COBERTURA VACINALAs coberturas vacinais apresentadas se referem aos dados coletados diretamente das cadernetas de vacinao ou, quando esta no estava disponvel, do registro de vacinas das unidades de sade. Nesta anlise no esto consideradas as doses informadas pela me, ou pelo responsvel pela criana, e no registradas na caderneta. A proporo de crianas com informao documentada se aproxima a 100% no Brasil. Somente Campo Grande apresentou um percentual inferior a 90% (grfico 5).Grfico 5: Proporo de entrevistas com informao documentada, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

%

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa So Paulo Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Belm Recife Aracaju Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

Os resultados, que apresentados a seguir, se referem ao esquema bsico completo (3 doses para as vacinas contra poliomielite, DPT, hepatite B e Hib e uma dose para o BCG, contra SCR e febre amarela) com doses vlidas (cumprem os critrios de incio e de intervalos entre as doses de acordo com o calendrio nacional de imunizao) e doses aplicadas. A cobertura vacinal se refere situao vacinal da criana apurada aos 18 meses de idade (grfico 5).

1. Vacina BCG A cobertura vacinal com BCG foi alta para o Brasil, 97%. Somente Campo Grande e Macap apresentaram valores abaixo de 90% (grfico 6).

19

Grfico 6: Cobertura vacinal com a vacina BCG, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

%

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Palmas Braslia Belm Aracaju Recife Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

2. Vacina DPT Cerca de 92% das crianas do Brasil tinham recebido pelo menos 3 doses de vacina DPT antes de completarem 18 meses de idade. Um percentual um pouco maior (94%) recebeu 3 doses. A maioria das capitais apresentou cobertura superior a 90% tanto com doses vlidas como doses aplicadas. Macap destaca-se com cobertura inferior a 80% Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software (grfico 7). http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Grfico 7: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, vacina DPT, segundo tipo de dose e capital, Brasil, 2007.100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 belo Horizonte Rio de Janeiro Campo Grande Joo Pessoa Salvador Porto alegre Porto Velho Florianpolis rio branco boa Vista Fortaleza Macap Goinia Manaus Palmas braslia aracaju Macei 0 So Paulo Cuiab belm Vitria natal teresina recife So lus Curitiba braSIl

%

VlidasVlidas

aplicadasAplicadas

20

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

3. Vacina contra Haemophilus influenzae tipo B A cobertura com a vacina Hib ligeiramente menor do que a com a vacina DPT, principalmente em Recife onde somente 2/3 das crianas receberam as trs doses da vacina. Uma hiptese para explicar essa baixa cobertura o registro da vacina tetravalente na coluna da vacina DPT na caderneta de vacinao, pois na poca j estava disponvel a vacina tetravalente (grfico 8).Grfico 8: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, vacina Hib, segundo tipo de dose e capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Fortaleza Rio Branco Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Belm Palmas Braslia Recife Goinia Curitiba Aracaju Macei Cuiab Natal

Vlidas

Vlidas

Aplicadas

Aplicadas

4. Vacina contra hepatite B A cobertura com a vacina contra a hepatite B foi a menor observada tanto com doses vlidas quanto com doses aplicadas. Cerca de 85% das crianas receberam 3 doses at 18 meses de idade. Observou-se tambm a maior diferena entre doses aplicadas e doses vlidas, 91% e 85%, respectivamente (grfico 9). As maiores diferenas entre doses aplicadas e vlidas foram encontradas em Manaus e So Lus com diferenas superiores a 15% e as menores em Porto Alegre e Teresina com menos de 6%.

21

Grfico 9: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, vacina HVB, segundo tipo de dose e capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Fortaleza Rio Branco Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Recife Belm Palmas Goinia Curitiba Aracaju Macei Cuiab Natal

Vlidas

Vlidas

Aplicadas

Aplicadas

5. Vacina contra poliomielite A cobertura foi calculada com doses recebidas na rotina e nas campanhas nacionais. A cobertura com doses aplicadas atingiu 96% e com doses vlidas 94%. Somente Goinia, Campo Grande, Porto Velho e Macap apresentaram coberturas inferiores a 90% (grfico 10).Grfico 10: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, vacina contra poliomielite, segundo tipo de dose e capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Belm Aracaju Recife Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

22

Vlidas Vlidas

Aplicadas

Aplicadas

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

6. Vacina SCR A vacina SCR apresenta, assim como as demais, coberturas vacinais mais baixas quando se consideram as doses vlidas. O nico critrio que separa as doses vlidas e aplicadas o fato de no considerarmos vlidas as doses aplicadas com menos de um ano de idade. No Brasil a cobertura vacinal com doses vlidas e aplicadas foi respectivamente 84% e 91%. Macap alcanou cobertura para doses vlidas inferior a 70%. Somente Curitiba, Braslia e Teresina mostraram coberturas superiores a 90% (grfico 11). As maiores diferenas entre as doses vlidas e aplicadas foram observadas em Rio Branco, Boa Vista e Manaus com valores superiores a 12%. As menores, foram em Vitria e Braslia com diferenas inferiores 5%.Grfico 11: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, vacina SCR, segundo tipo de dose e capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Belm Palmas Recife Aracaju Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

Vlidas Vlidas

Aplicadas

Aplicadas

7. Vacina contra febre amarela A vacina contra febre amarela aplicada rotineiramente nos estados da Regio Norte e do Centro Oeste. Fazem exceo a esta regra Belo Horizonte, Teresina e So Lus. Braslia, Cuiab, Boa Vista e Teresina foram as nicas cidades que apresentaram coberturas acima de 90% (grfico 12).

23

Grfico 12: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, dose vlida, vacina contra a febre amarela, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Recife Belm Aracaju Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

8. Esquema de vacinao completo Considerou-se esquema completo quando a criana recebeu todas doses das vacinas do esquema bsico. Nos estados onde a vacina contra febre amarela est includa na rotina esta foi levada em conta. Quando se consideram doses vlidas, somente 68% das crianas apresentaram este esquema completo. Esse percentual se eleva para 81% ao levar em conta as doses aplicadas. Manaus e Macap apresentaram cobertura com doses vlidas abaixo de 50%. Com cobertura entre 80% e 90%, esto Braslia, Teresina e Curitiba (grfico 13). As maiores diferenas entre esquemas completos com doses vlidas e aplicadas foram obsservadas em Manaus e So Lus, com valores acima de 40%, indicando um descumprimento do calendrio de vacinao. Teresina e Vitria apresentaram as menores diferenas.

24

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 13: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, conjunto de vacinas, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo So LusSo Lus

Manaus

Macap

Salvador

Vlidas Vlidas

Aplicadas

Aplicadas

IV. COMPARECIMENTO ULTIMA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAO CONTRAPOLIOMIELITE

Cerca de 92% das crianas compareceram ltima campanha de vacinao. Cuiab, Rio Branco, Belm, Porto Velho, Salvador e Joo Pessoa mostraram coberturas inferiores a 90% (grfico 14).Grfico 14: Comparecimento ltima campanha nacional de vacinao contra a poliomielite, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

%

50

40

30

20

10

00 Porto Alegre Porto Velho Boa Vista Joo Pessoa Rio Branco Fortaleza Manaus Macap Salvador Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Paulo Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Belm Recife Aracaju Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

Teresina

25

BRASIL

Vitria

Braslia

Palmas

Recife

Belm

Aracaju

Goinia

Curitiba

Macei

Cuiab

Natal

V. COMPARAO COM DADOS ADMINISTRATIVOSA cobertura vacinal com os dados do inqurito baseou-se em doses aplicadas com menos de um ano de idade com exceo da vacina SCR e o dado administrativo, nas informaes de cobertura obtidas no site do Datasus para 2005. 1. Vacina BCG Na maior parte das capitais a cobertura com dados administrativos maior do que a encontrada no inqurito de cobertura vacinal. Nas capitais da regio Sul os resultados so semelhantes. A comparao com a vacina BCG complicada porque pode ocorrer uma invaso de nascimentos nas capitais por serem um plo de atendimento mdico. Entretanto no conjunto da amostra somente 36% das crianas receberam a vacina nos primeiros trs dias de vida, o que de certa maneira minimiza o papel dessa invaso (grfico 15).Grfico 15: Cobertura vacinal com BCG em menores de um ano, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.200

180

160

140

120

100

80

60

40

20

00 Boa Vista Porto Velho So Lus Porto Alegre Fortaleza Manaus Macap Joo Pessoa Rio Branco So Paulo Salvador Teresina Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis BRASIL Palmas Vitria Aracaju Goinia Curitiba Braslia Belm Natal Recife Macei Cuiab

ICV ICV

MS

MS

2. Vacina DPT Os dados do MS para vacina DPT foram calculados pela soma das doses aplicadas da vacina tetravalente e da DPT aplicada de forma isolada. Em 8 estados os resultados foram semelhantes. Em 5, os resultados do inqurito foram maiores, destacando-se Aracaju e Palmas. Nos demais, os resultados foram menores. As maiores diferenas foram observadas em Recife e em So Lus (grfico 16).

26

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 16: Cobertura vacinal com DPT em menores de um ano, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.120

100

80

% 60 40 20 00 Boa Vista So Lus Porto Alegre Porto Velho Fortaleza Macap Manaus Joo Pessoa So Paulo Rio Branco Salvador Teresina Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis BRASIL Vitria Aracaju Goinia Curitiba Braslia Palmas Belm Recife Natal Macei Cuiab

ICV

ICV

MS

MS

3. Vacina Hib Como era de se esperar, as diferenas observadas foram semelhantes vacina DPT. Em Recife, como foi comentado anteriormente, o registro na caderneta de vacinao da vacina tetravalente ocorreu na coluna DPT e em consequncia a cobertura com dados administrativos bem maior (grfico 17).Grfico 17: Cobertura vacinal com Hib em menores de um ano, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.120

100

80

% 60 40 20 00 Boa Vista So Lus Porto Alegre Porto Velho Fortaleza Manaus Macap Joo Pessoa Rio Branco So Paulo Salvador Teresina Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis BRASIL Palmas Vitria Natal Aracaju Goinia Curitiba Braslia Belm Recife Macei Cuiab

ICV

MS

27

4. Vacina contra poliomielite Em Aracaju e Palmas, os resultados do inquritos foram bem superiores aos dados oficiais. Em Cuiab, Recife e Rio de Janeiro as diferenas foram em sentido contrrio, ou seja, bem inferiores s do MS. Nas capitais dos estados da Regio Sul os resultados foram semelhantes (grfico 18).Grfico 18: Cobertura vacinal contra poliomielite em menores de um ano, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.140

120

100

80 % 60 40 20 00 Boa Vista So Lus Porto Alegre Porto Velho Fortaleza Palmas Vitria Manaus Macap Joo Pessoa Aracaju Rio Branco So Paulo Salvador Teresina Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis Goinia Curitiba Braslia Recife Belm Natal Macei Cuiab

ICV

MS

5. Vacina contra hepatite B Macap e Aracaju foram as capitais que apresentaram as maiores diferenas mas em sentidos opostos. Em Porto Alegre e Florianpolis os resultados do inqurito foram superiores ao registro oficial, diferente do resultado das demais vacinas que eram semelhantes (grfico 19).

28

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 19: Cobertura vacinal com HVB em menores de um ano, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.120

100

80

% 60 40 20 00 Boa Vista Porto Velho So Lus Porto Alegre Fortaleza Manaus Macap Joo Pessoa So Paulo Rio Branco Salvador Teresina Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis BRASIL Palmas Vitria Aracaju Goinia Curitiba Braslia Belm Natal Recife Macei Cuiab

ICV

ICV

MS

MS

6. Vacina contra febre amarela No estados onde a vacina faz parte do calendrio oficial os resultados do inqurito foram sempre inferiores aos registros oficiais, com exceo de Palmas, Teresina e Belo Horizonte (grfico 20).Grfico 20: Cobertura vacinal com vacina contra febre amarela em menores de um ano, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.120

100

80

% 60 40 20 00 Boa Vista So Lus Porto Alegre Porto Velho Fortaleza Manaus Macap Joo Pessoa Rio Branco So Paulo Salvador Teresina Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis BRASIL Palmas Vitria Aracaju Goinia Curitiba Braslia Belm Recife Natal Macei Cuiab

ICV

MS

29

7. Vacina SCR A vacina contra SCR aplicada em dose nica e no deve sofrer as mesmas influncias dos plos de ateno mdica, como ocorre com o BCG. Palmas, Aracaju, Belo Horizonte e Curitiba apresentaram resultados mais favoravis no inqurito. As demais capitais apresentaram resultados inferiores aos do MS, exceto Porto Alegre onde os resultados foram semelhantes (grfico 21).Grfico 21: Cobertura vacinal com SCR, segundo a fonte de informao e capital, Brasil, 2007.120

100

80

% 60 40 20 00 Boa Vista So Lus Porto Alegre Porto Velho Fortaleza Manaus Macap Joo Pessoa Rio Branco So Paulo Teresina Salvador Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis BRASIL Palmas Belm Vitria Aracaju Goinia Curitiba Braslia Natal Recife Macei Cuiab

ICV

MS

VI. AVALIAO DO FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAO.Alm do indicador de resultado mostrado no item III apresentamos mais dois indicadores: o de acesso e o de seguimento. 1. Indicador de acesso A acessibilidade medida pela cobertura da primeira dose da vacina DPT. O clculo foi feito com a vacina tetravalente ou DPT aplicada de forma isolada. Cerca de 4% das crianas no tiveram acesso ao programa de acordo com esse critrio. Trs capitais apresentaram um acesso aos servios de vacinao abaixo de 90%: Campo Grande, Macap e Goinia. Essas cidades merecem uma avaliao mais detalhada do programa com a finalidade de facilitar o acesso das crianas ao programa nacional de imunizao. Quinze estados apresentaram acesso superior a 95% (grfico 22).

30

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 22: Cobertura vacinal com primeira dose de DPT, segundo capital, Brasil, 2007.99,6 98,4 98,6 97,8 98,1 97,5 97,7 99,0

96,2 95,0 95,2 93,6 93,2 93,3 93,6 94,1

96,5

97,0 97,1 97,1 97,2

95,9

92,6 92,8 92,9

89,8

86,9 87,1

Porto Alegre

Porto Velho

Boa Vista

So Lus

Fortaleza

Manaus

Macap

Joo Pessoa

Rio Branco

So Paulo

Salvador

Teresina

Campo Grande

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

2. Indicador de seguimento O seguimento do programa foi analisado mediante as taxas de abandono entre a primeira e a terceira dose para as vacinas DPT, contra hepatite B e contra a poliomielite e a taxa de abandono entre a primeira dose de DPT e a vacina SCR. a) Vacina DPT A taxa de abandono para a vacina DPT considerada baixa para o Brasil: 2%. Somente duas capitais, Macap e Manaus, tiveram uma taxa superior a 5%, cujo valor considerado inaceitvel. A situao do programa em Macap preocupante pois alm de ter a menor acessibilidade ao programa apresenta a maior taxa de abandono. Em contraposio em Teresina, Braslia, Curitiba e Porto Alegre quase 100% da populao que tem acesso ao servio conclui o esquema com doses aplicadas (grfico 23).Grfico 23: Taxa de abandono entre primeira e terceira dose de vacina DPT, segundo capital, Brasil, 2007.6,1

5,1 4,3

4,1

4,0

3,8

3,7 3,0 3,0 2,7 2,4 2,2 2,0 1,9 1,9 2,0 1,7 1,5 1,5 1,5 1,3

1,8

Florianpolis

1,1

1,1 0,5 0,4 0,4 0,4

Porto Velho

Boa Vista

So Lus

Joo Pessoa

Porto Alegre

Fortaleza

Macap

Manaus

Rio Branco

So Paulo

Salvador

Teresina

Campo Grande

31

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

Florianpolis

31

BRASIL

Belm

Recife

Vitria

Natal

Palmas

Goinia

Aracaju

Braslia

Macei

Curitiba

Cuiab

BRASIL

Palmas

Vitria

Aracaju

Goinia

Braslia

Belm

Recife

Macei

Natal

Curitiba

Cuiab

b) Vacina contra hepatite B A taxa de abandono com a vacina contra hepatite B o dobro da observada para vacina DPT, mas ainda abaixo de 5%. Macap apresenta uma situao preocupante pois apresenta taxa superior a 10%. Alm de Macap, mais dez capitais apresentam taxa de abandono superior a 5%: Campo Grande, Manaus, Boa Vista, Rio de Janeiro, Rio Branco, Joo Pessoa, Macei, Belm, Porto Alegre e Salvador (grfico 24).Grfico 24: Taxa de abandono entra primeira e terceira dose da vacina HVB, segundo capital, Brasil, 2007.

13,3

7,7

7,6

7,5 7,1 6,6 6,5 5,8 5,6 5,5

5,3 4,7 4,6 4,5 4,5 4,4 4,3 3,6 3,1 2,8 2,4 2,3 1,8 1,1 0,6 0,2

4,2

4,2

Boa Vista

Porto Alegre

Porto Velho

Fortaleza

So Lus

Macap

Manaus

Joo Pessoa

Rio Branco

So Paulo

Salvador

Teresina

Campo Grande

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

c) Vacina contra poliomielite A taxa de abandono com a vacina contra poliomielite no Brasil de apenas 1%. Esta menor taxa reflete, provavelmente, o papel das campanhas nacionais de vacinao contra poliomielite. Em Macap, a taxa de abandono cai para 3,5% indicando que quando se melhora o acesso ao programa, pela existncia de um nmero maior de postos de vacinao, a taxa de abandono cai a nveis aceitveis (grfico 25).

32

Florianpolis

BRASIL

Vitria

Natal

Palmas

Goinia

Aracaju

Braslia

Macei

Recife

Belm

Curitiba

Cuiab

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 25: Taxa de abandono entre primeira e terceira dose da vacina contra poliomielite, segundo capital, Brasil, 2007.

3,5

2,4

2,3 1,9 1,8 1,5 1,5 1,4 1,2 1,0 1,0 1,0 1,0 0,9 0,9 0,8 0,9 0,7 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5 0,5 0,3 0,2 0,0 Porto Velho Porto Alegre Boa Vista So Lus Fortaleza

Macap

Manaus

Joo Pessoa

Rio Branco

So Paulo

Teresina

Salvador

Campo Grande

d) Taxa de abandono entre a primeira dose de DPT (acesso) e a vacina de SCR (trmino do esquema bsico). Cerca de 5% das crianas no Brasil iniciam seu esquema de vacinao mas no o concluem. Macap novamente se destaca negativamente por ter taxa superior a 10%. Rio de Janeiro, Belm Macei apresentaram taxas prximas de 10% e Manaus, So Lus, Porto Velho, Joo Pessoa e Salvador com valores maiores de 5% indicando urgente reavaliao do funcionamento do programa de imunizao. Destacam-se positivamente Braslia, Curitiba, Teresina e Porto Alegre com taxas inferiores a 2% (grfico 26).Grfico 26: Taxa de abandono entre a primeira dose da vacina DPT e a vacina SCR, segundo capital, Brasil, 2007.

12,4

9,7

9,5 8,8 8,1 7,8 7,7 7,4 6,8

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

Florianpolis

5,2 4,9 4,6 4,5 4,5 4,3 4,3 3,9 3,2 3,2 3,1 3,0 2,3 2,3 2,0 1,6 1,6 1,3 0,9

Porto Velho

Boa Vista

So Lus

Porto Alegre

Fortaleza

Macap

Manaus

Joo Pessoa

Rio Branco

So Paulo

Salvador

Teresina

Campo Grande

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

Florianpolis

33

BRASIL

Belm

Vitria

Recife

Natal

Palmas

Aracaju

Goinia

Curitiba

Braslia

Macei

Cuiab

BRASIL

Vitria

Natal

Braslia

Goinia

Aracaju

Curitiba

Palmas

Recife

Macei

Cuiab

Belm

3. Oportunidade perdida de vacinao Para medir a oportunidade perdida de vacinao consideramos o recebimento das vacinas DPT e da vacina contra a Hepatite B. As crianas, segundo as normas do programa de imunizao, devem receber na mesma sesso as duas vacinas. Como a cobertura vacinal contra hepatite B a menor entre todos os agentes imunizantes, comparamos a cobertura entre as que receberam concomitantemente as duas vacinas e entre as que receberam em sesses diferentes. A cobertura quando a vacina foi concomitante foi significativamente maior do que quando aplicada em momentos diferentes: 95,6% (IC95% 95-96) e 89,6% (IC95% 85-95), respectivamente..

VII. SERVIO PRIVADO E VACINAO1. Uso do servio privado No Brasil 84% das crianas utilizam exclusivamente servios pblicos de vacinao enquanto 16% combinam o uso do servio privado com o pblico ou usam exclusivamente o servio privado. Em Belo Horizonte esse percentual cai para 65%. Os maiores percentuais de uso exclusivo do servio pblico ocorrem nas capitais da Regio Norte. Estes dados so coerentes com o grau de desenvolvimento socioeconmico das capitais. (grfico 27)Grfico 27: Uso exclusivo de servio pblico de vacinao, segundo capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa So Paulo Rio Branco Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis So Lus Macap Manaus Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Belm Recife Aracaju Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

2. Cobertura vacinal A cobertura vacinal com esquema bsico completo de vacinao com doses vlidas entre as crianas que usaram exclusivamente o servio pblico foi maior que as que usam o servio privado, quer seja de forma exclusiva ou combinada, 70% contra 65%.

34

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Em Cuiab, Belm e Manaus a cobertura das que usam o servio privado maior, entretanto, nessas cidades a populao que se serve desse tipo de servio pequena. Em Vitria, Belo Horizonte e Salvador os valores so semelhantes. So Paulo, Florianpolis, Goinia e Fortaleza, que tiveram utilizao do servio pblico exclusivo inferior a 90% (grfico 27), apresentaram diferenas de cobertura superiores a 10% entre as crianas que usam exclusivamente os servios pblicos em relao s que fazem a utilizao mista (combinada) (grfico 28).Grfico 28: Cobertura vacinal, esquema bsico completo, doses vlidas, segundo tipo de servio e capital, Brasil, 2007.100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

00 Boa Vista Porto Alegre Porto Velho Joo Pessoa So Paulo Fortaleza Campo Grande Belo Horizonte Rio de Janeiro Florianpolis Rio Branco So Lus Manaus Macap Salvador Teresina BRASIL Vitria Braslia Palmas Belm Aracaju Recife Goinia Curitiba Macei Cuiab Natal

PBLICO

PUBLICO

MISTO

MISTO

VII. COBERTURA VACINAL E

CONDIES SOCIOECONMICAS

Em cada capital os setores censitrios foram agrupados em 5 estratos socioeconmicos segundo a escolaridade e a renda do chefe de famlia. A estratificao baseou-se na distribuio dos indicadores utilizados em cada capital. Assim o estrato A de Macap poder corresponder a um estrato mais baixo em outra capital com maior grau de desenvolvimento socioeconmico. Os resultados por estratos so mostrados abaixo. O estrato A mostrou uma cobertura vacinal sgnificativamente menor que a do Brasil e dos demais estratos. O estrato B por sua vez apresentou uma cobertura significativamente maior que a mdia brasileira, 85% contra 81% (grfico 29).

35

Grfico 29: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas, segundo estrato socio-econmico, Brasil, 2007.100 95 90 85 80 75 70 65 60 lS lI CV a 78,8 73,9 76,3 b 87,0 83,2 85,1 C 84,6 80,1 82,3 d 83,2 79,8 81,5 e 82,5 78,3 80,4 braSIl 82,3 80,5 81,4

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Com a finalidade de compararmos a cobertura vacinal segundo condies socioeconmicas utilizando critrios uniformes para todas as capitais, usamos uma classificao adaptada da Associao Brasileira de Mercado que leva em conta a posse de bens durveis e a escolaridade da me. As famlias foram classificadas em 5 estratos. Os critrios utilizados foram os seguintes:Quadro 1: Pontuao das famlias segundo a posse de bens durveis e escolaridade da me

BENS DURVEIS/ESCOLARIDADE Rdio Geladeira Videocassete/DVD Mquina de lavar roupa Microondas Telefone Carro 0 a 3 anos de estudo 4 a 7 anos de estudo 8 a 10 anos de estudo 11 a 16 anos de estudo 17 anos ou mais de estudo

PONTOS 1 2 2 1 1 1 4 0 1 2 3 5

36

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Em funo do nmero de pontos, as famlias foram classificadas de acordo com a seguinte tabela:Quadro 2

ESTRATO A B C D E

PONTUAO 13-18 9-12 6-8 3-5 0-2

As diferenas socioeconmicas entre as regies geogrficas so bastante evidentes. Na regio Norte, 14% pertencem ao estrato A, enquanto na regio Sul esse percentual se eleva para 47%. Da mesma forma o estrato E representa 27% das famlias na regio Norte e na regio Sul somente 7%. (grfico 30)Grfico 30: Distribuio percentual dos estratos socioeconmicos* segundo regio, Brasil, 2007.50

45

40

35

30

25

20

15

10

05

00 NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO OESTE DISTRITO FEDERAL BRASIL

A

B

*baseado na classificao adaptada da Associao Brasileira de Pesquisa de Mercado

A

B

C

C

D

E

D

E

As coberturas vacinais com esquema bsico completo com doses aplicadas segundo estrato socioeconmico definido de acordo com a Associao Brasileira de Pesquisa de Mercado mostra comportamentos diferentes entre as diferentes regies (grfico 31). Na regio sul que apresenta maior cobertura, observam-se dois patamares: um com 95%, para os estratos A, B e C, e outro de 90%, para os estratos D e E. Na regio Centro-Oeste as coberturas decrescem medida em que pioram as condies de vida, apesar do gradiente ser suave. No estrato A, a cobertura foi de 83% e no estrato E, 78%.

37

Na regio Norte os extremos ocorrem nos estratos A e D com 78% e 72%, respectivamente. No Nordeste, o estrato C apresentou uma cobertura de 81% e o D de 76%. Na regio Sudeste, os estratos polares foram o estrato E e D com coberturas de 82% e de 77% respectivamente.Grfico 31: Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas, segundo estrato socioeconmico* e regio, Brasil, 2007.100

95

90

85

80

%

75

70

65

60

55

50 norte nordeste sudeste REGIO sul coeste BRASIL

A

BA

B

CC

D

DE

TOTAL

E

TOTAL

*baseado na classificao adaptada da Associao Brasileira de Pesquisa de Mercado

VIII. CONSIDERAES GERAISOs inquritos de cobertura vacinal nas 26 capitais e no Distrito Federal, com exceo do Rio de Janeiro, realizaram-se sem registro de qualquer ocorrncia. No Rio de Janeiro, em virtude da violncia urbana, alguns conglomerados tiveram que ser substitudos e os resultados no refletem a situao de todo o municpio. A localizao das crianas nascidas em 2005 nos conglomerados sorteados foi prejudicada principalmente nos estratos de melhores condies econmicas devido ao tempo transcorrido entre o ltimo censo realizado pelo IBGE (2000) e realizao do trabalho de campo (2007). Observamos uma reduo importante da taxa de natalidade para a maioria dos estados entre 2000 e 2005 que, aliada a mudanas das cararctersticas de ocupao do conglomerado sorteado (de residencial para comercial), dificultaram a localizao dessas crianas. As coberturas vacinais apresentadas no levaram em conta as informaes orais e somente consideramos as informaes documentadas. Na maioria das capitais as coberturas vacinais analisadas de forma individualizada encontram-se acima de 90%. No entanto, a cobertura com esquema completo para o conjunto das vacinas com doses vlidas em nenhuma delas atingiu este patamar. O comparecimento a ltima campanha nacional de vacinao contra a poliomielite foi satisfatrio com cobertura em torno de 90%. Essa estratgia ainda til, principalmente para as capitais onde h maiores deficincias no programa de imunizao.

38

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Na maioria das capitais a cobertura vacinal no variou segundo as condies socioeconmicas definidas ecolgicamente e nem com as variveis da me e da famlia das crianas entrevistadas confirmando, assim, a universalidade de acesso ao programa nacional de imunizao. Somente em So Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianpolis e Recife o estrato A apresentou coberturas vacinais menores para algumas vacinas. Essa universalidade no entanto no garante o cumprimento do esquema de vacinao com doses vlidas indicando a necessidade de aprimorar o treinamento das equipes de vacinao sobre as normas do programa. Em vrias capitais constatou-se a existncia de erro de registro das doses aplicadas, pois as diferenas entre a cobertura vacinal medidas pelo inqurito e as calculadas pelo Sistema de Informao API no ocorrem no mesmo sentido. Nas capitais onde as diferenas so sempre no mesmo sentido, elas podem ser explicadas por problemas na estimao do denominador. Essa constatao refora a necessidade de concientizar as equipes de vacinao da importncia de registrar adequadamente as doses aplicadas. Outro aspecto importante a diferena de cobertura vacinal com esquema completo com doses vlidas entre as crianas que utilizam exclusivamente o servio pblico e as que usam de forma combinada ou exclusivamente o servio privado, observada em algumas capitais. A divulgao das normas de vacinao para os profissionais de sade resssaltando a importncia do cumprimento calendrio poderia reduzir essa diferena. Algumas capitais devem merecer ateno especial por parte do Ministrio da Sade como Campo Grande e Macap onde o acesso ao programa inferior a 90%. Macap apresenta ainda taxas de abandono inaceitveis.

39

I N Q U R I T O D E C O B E RT U R A VA C I NA L B E L M

mUnIcpIo de BelmI. IntrodUoO municpio de Belm em 2005 tinha uma populao estimada em 1.405.871 habitantes sendo 96.018 de 1-4 anos de idade. O municpio conta com 96 equipes do Programa de Sade da Famlia e 7 programas de Agentes Comunitrios. Existem 83 salas de vacina e um Centro de Referncia de Imunobiolgico Especial.

II. caracterstIcas da amostraA Tabela 1 mostra algumas caractersticas sociodemogrficas da estratificao realizada para a obteno da amostra de setores censitrios. Os dados so referentes ao Censo Demogrfico de 2000. Observa-se um gradiente nos parmetros socioeconmicos mais ntido na proporo de domiclios com chefes de famlia com rendimento superior a 20 salrios mnimos.Tabela 1. Caractersticas da estratificao sociodemogrficas, Belm, 2000.CRIANAS DE 1-4 ANOS 10.543 15.698 19.664 22.814 27.299 RENDA MDIA (R$) 2.187,00 851,50 523,83 396,20 310,50 % ESCOLARIDADE >17 ANOS 5,79 1,11 0,36 0,24 0,07 % RENDA >20 Salrios Mnimos 18,44 2,63 0,86 0,23 0,06 Fonte: IBGE,2000

ESTRATO A B C D E

SETORES 235 235 235 235 237

Os setores da amostra sorteada mostram resultados comparveis com o universo, garantindo a representavidade do processo amostral (tabela 2).Tabela 2. Caractersticas sociodemogrficas da amostra, segundo estrato, Belm, 2000CRIANAS DE 1-4 ANOS 1436 1802 1958 2211 2298 RENDA MDIA (R$) 2318,23 890,08 534,13 388,68 305,09 % ESCOLARIDADE >17 ANOS 5,45 0,93 0,36 0,30 0,06 % RENDA >20 Salrios Mnimos 18,21 2,21 0,80 0,27 0,17

ESTRATO SETORES A B C D E 31 23 28 23 20

42

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Grfico 1. Distribuio percentual das http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. e crianas entrevistas, recusas, perdas no localizadas, segundo estrato socioeconmico, Belm, 2007.100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Realizadas Realizadas Perdas Recusas

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A 118 118 6 2

B 126 126 0

C 125 125 1 0

D 126 126 0

E 126 126 0

Belm 621 621 7 2

Perdas Recusas

6

1 0 0 0

7 2 0 0

No localizadas

2 0

0 0 0

0 0 0

0 0 0

no localizadas 0

Das 630 entrevistas previstas, foram realizadas 621 (98,6%). O maior percentual de no efetuadas ocorreu no estrato A (6,3%) das entrevistas previstas. Nos estratos B, D e E atingiu-se 100% da amostra e no estrato C, 99,2% (grfico 1). O principal motivo para no ser atingida a meta prevista foi perda de 7 crianas (1,11%) , sendo 6 do estrato A e 1 no estrato C, e apenas 2 recusas (0,32%) tambm no estrato A. A maior parte das informaes sobre as vacinas aplicadas foi obtida mediante a consulta s cadernetas de vacinao, 98,6% (IC95% 98 - 100). Nos estratos A e E os percentuais foram ligeiramente inferiores: estrato A, 97,5% (IC95% 95 100) e estrato E, 97,6% (IC95% 95 100). Nos estratos B, C e D observou-se percentuais pouco maiores que a mdia do municpio, ou seja, 99,2% (IC95% 98 100). As crianas entrevistadas foram caracterizadas segundo sexo, auto-referncia da cor da pele, ordem de nascimento e nmero de filhos tidos pelas mes. Os dados so apresentados no tabela 3. A proporo de meninos e meninas no significativamente diferente entre os estratos. Quanto cor, entretanto, as diferenas so significativas. Em todos os estratos, a cor parda predomina e a proporo de crianas auto-referidas como brancas diminui medida que pioram as condies sociais. No estrato A, 46,6% so brancas enquanto no estrato E esse percentual de 26,4%. O inverso se observa para os pardos. O nmero mdio de filhos foi de dois. Observa-se tendncia de aumento do tamanho da prole dos estratos de melhores condies socioeconmicas para os de pior, sendo significativa a diferena entre o estrato A e o E. A ordem de nascimento das crianas sofre interferncia do tamanho da prole nos estratos.

43

Tabela 3. Distribuio percentual das crianas segundo sexo, cor, ordem de nascimento e nmero de filhos e estrato socioeconmico, Belm, 2007.Varivel Sexo Masculino Feminino Cor Branca Preta Amarela* Parda Vermelha** Ordem de nascimento Primeiro Segundo Terceiro ou mais Nmero de filhos Mdia * 4 crianas ** 2 crianas 1,7 1,8 1,8 2,0 2,2 2,0 51,3 35,0 13,7 56,3 27,8 15,9 57,6 28,0 14,4 46,1 31,7 22,2 39,7 38,1 22,2 48,8 32,5 18,7 46,6 1,7 0,8 50,8 36,8 3,2 60,0 33,6 1,6 64,8 29,0 4,8 2,4 62,2 1,6 26,4 7,2 66,4 32,2 4,3 0,7 62,4 0,4 Estrato A % 50,8 49,1 Estrato B % 48,4 51,6 Estrato C % 46,4 53,6 Estrato D % 55,6 44,4 Estrato E % 57,9 42,1 BELM % 52,7 47,3

A idade mdia das mes em todo municpio foi de 26,2 anos, sendo maior no estrato A (30,1 anos) e menor no estrato E (25,5 anos). No estrato B a mdia foi de 26,9, no C de 25,64 e no D ela foi de 25,5 anos. Houve diferena estatisticamente significante entre as mdias por estrato, ou seja, as mes do estrato A so mais velhas que as dos demais estratos. A proporo de mes que trabalham fora de casa (tabela 4) foi bem maior no estrato A (54,2%); em segundo lugar est o estrato B (32,5%). Os estratos C, D e E encontramse abaixo da mdia da cidade, que de 30,4%. A proporo de mes analfabetas funcionais (17 ANOS 2,2 1,5 0,4 0,3 0,1 % RENDA >20 Salrios Mnimos 10,8 3,3 1,3 0,4 0,1 Fonte: IBGE,2000

ESTRATO A B C D E

SETORES 51 50 49 51 49

Os setores da amostra sorteada mostram resultados comparveis com o universo, garantindo a representavidade do processo amostral (tabela 2).Tabela 2. Caractersticas sociodemogrficas da amostra, segundo estrato, Boa Vista, 2000CRIANAS DE 1-4 ANOS 942 1.085 1.212 1.450 1.698 RENDA MDIA (R$) 1.467,85 1.014,13 623,76 451,71 373,47 % ESCOLARIDADE >17 ANOS 2,6 1,8 0,5 0,3 0 % RENDA >20 Salrios Mnimos 9,2 3,4 1,2 0,5 0

ESTRATO SETORES A B C D E 18 17 14 11 12

64

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a lhttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Grfico 1. Distribuio percentual das entrevistas, recusas, perdas e crianas no localizadas, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007. Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% No localizadas no localizadas Recusas Perdas

A 0 0 0 1

B 0 0 0

C 0 0 0

D 0 0 0

E 0 0 0

Boa Vista 0 0 0 1

Recusas

0 1 83 83

0 0 84 840

0 0 84 84 estrato0

0 0 84 840

0 0 84 840

0

Perdas Realizadas Realizadas

1 419 419

Das 420 entrevistas previstas foram realizadas 419 (99,76 %). A nica entrevista no realizada ocorreu no estrato A (grfico 1). A maior parte das informaes sobre as vacinas aplicadas foi obtida mediante a consulta s cadernetas de vacinao: 98% (IC95% 96-99). No estrato D, o percentual foi ligeiramente inferior: 96% (IC95% 92-100). Nos estratos C e E observou-se um comportamento semelhante mdia do municpio e no estrato B, o percentual foi de 100%. As crianas entrevistadas foram caracterizadas segundo sexo, auto-referncia da cor da pele, ordem de nascimento e nmero de filhos tidos pelas mes. Os dados so apresentados na tabela 3. A proporo de meninos e meninas no significativamente diferente entre os estratos. Quanto cor, entretanto, as diferenas so significativas. A proporo de crianas auto-referidas como brancas diminui medida que pioram as condies sociais. No estrato A, 46,3% so brancas, enquanto que no estrato E, esse percentual de 23,8%. Observa-se que a cor parda apresentou um percentual de 65% no municpio. A proporo de crianas auto-referidas como pardas aumenta medida que pioram as condies sociais. No estrato A, 50% so pardas, enquanto que no estrato C esse percentual de 76%. As diferenas da ordem de nascimento entre os estratos so pequenas observando-se uma ligeira tendncia de diminuio da proporo do primeiro filho medida que vamos do estrato A ao E. O nmero mdio de filhos foi de 2,4, sem diferena entre os estratos.

65

Tabela 3. Distribuio percentual das crianas segundo sexo, cor, ordem de nascimento, nmero de filhos e estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.Varivel Sexo Masculino Feminino Cor Branca Preta Amarela* Parda Vermelha** Ordem de nascimento Primeiro Segundo Terceiro ou mais Nmero de filhos Mdia *01 amarela 2,0 ** 05 vermelhas 2,4 2,2 2,4 2,7 2,4 45,8 37,3 16,9 38,1 35,7 26,2 40,5 31,0 28,6 39,3 29,8 31,0 32,1 25,0 42,9 38,1 30,4 31,5 46,3 1,2 50,0 2,4 42,9 1,2 54,8 1,2 21,4 2,4 76,2 26,2 3,6 1,2 67,9 1,2 23,8 8,3 66,7 1,2 29,4 4,1 0,3 65,1 1,1 Estrato A % 48,2 51,8 Estrato B % 57,1 42,9 Estrato C % 59,5 40,5 Estrato D % 44,0 56,0 Estrato E % 47,6 52,4 BOA VISTA % 50,4 49,6

A idade mdia das mes no municpio foi de 27 anos, sendo ligeiramente maior no estrato A, 29 anos. Apesar da diferena no ser estatisticamente significativa, a proporo de mes que trabalham fora de casa foi maior no estrato B, ligeiramente menor no estrato A. No estrato A, a proporo de mes com 11 anos ou mais de escolaridade foi maior do que nos demais, superando o estrato D em mais de 4 vezes. A presena do companheiro elevada e semelhante em todos os estratos sociais. Os estratos C e E apresentaram proporo de famlias com aglomerao (mais de 2 pessoas por cmodos) maior do que os demais. A proporo de famlias residindo menos de 3 anos em Boa Vista foi semelhante em todos os estratos.

66

I n q u r I t o d e C o b e r t u r a V a C I n a l

Tabela 4. Caractersticas da me e da famlia das crianas entrevistadas, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista ,2007.Varivel Trabalho materno Sim Escolaridade da me 0 a 3 anos 4 a 10 11 e mais Companheiro Sim Aglomerao intra domiciliar Sim Anos de residncia 0 a 2 anos 29,7 28,6 28,4 24,3 36,6 29,9 39,8 63,9 73,8 60,5 68,7 63,4 79,5 71,4 66,7 77,4 82,1 76,1 3,6 54,2 42,2 1,2 79,3 19,5 2,4 86,9 10,7 6,0 84,5 9,5 7,1 73,8 19,0 4,6 77,5 17,8 51,8 53,6 35,7 34,5 34,5 39,6 Estrato A Estrato B Estrato C Estrato D Estrato E BOA VISTA

III. coBertUra VacInala) Esquema bsico completo aos 18 meses doses vlidasDefiniu-se esquema bsico completo quando a criana recebeu as doses necessrias para a imunizao. No caso do BCG, 1 dose. No caso das vacinas DPT, Hepatite B, contra poliomielite e contra hemfilo B, 3 doses. No caso da trplice viral, 1 dose. Doses vlidas so aquelas aplicadas a partir da idade mnima indicada e no caso de mltiplas doses com um intervalo igual ou maior que o mnimo recomendado. 1. Vacina DPT No clculo da cobertura da vacina DPT, considerou-se as doses da vacina tetravalente e as doses de DPT aplicadas de forma isolada. O municpio de Boa Vista apresentou uma cobertura vacinal com doses vlidas e aos 18 meses de idade de 94% (IC95% 91-97). Todos os estratos apresentaram cobertura acima de 90%, sendo que o estrato B apresentou cobertura de 100% (grfico 2).

67

Grfico 2. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 18 meses de idade, vacina DPT, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV

A 98,8 84,3 91,6

B 100,0 100,0 100,0

C 102,1 90,8 96,4

D 96,4 84,6 Estrato 90,5

E 100,1 85,6 92,9

Boa Vista 96,9 90,7 93,8

2. Vacina contra poliomielite No clculo da cobertura vacinal contra poliomielite com doses vlidas foram consideradas as doses aplicadas nas campanhas e na rotina. No municpio de Boa Vista verificamos uma cobertura superior a 90% em todos os estratos, sendo que o estrato B apresentou cobertura superior a 95% (grfico 3).Grfico 3. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos 18 meses de idade, vacina contra poliomielite, na coorte de Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 98,7 89,3 94,0 B 102,1 90,8 96,4 C 97,7 85,6 91,7 Estrato D 98,7 89,4 94,0 E 101,2 89,3 95,2 Boa Vista 96,9 91,7 94,3

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3. Vacina contra Haemophilus influenzae tipo B Considerou-se como adequadamente vacinada a criana que recebeu trs doses com menos de um ano de idade ou qualquer dose aplicada acima de 12 meses. Foi considerada no clculo a vacina tetravalente ou a aplicada de forma isolada. A cobertura para o municpio de Boa Vista foi de 91% (IC95% 86-95). Os estratos apresentaram valores semelhantes (grfico 4).Grfico 4. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos 18 meses de idade, vacina contra by Foxit PDF Creator Foxitinfluenzae tipo B, na Generated Haemophilus Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV

A 96,0 82,3 89,2

B 101,2 94,1 97,6

C 98,9 84,5 91,7 Estrato

D 96,6 79,6 88,1

E 99,4 81,5 90,5

Boa Vista 95,1 86,9 91,0

4. Vacina contra a Hepatite B Em Boa Vista, a cobertura com a vacina contra a Hepatite B foi inferior cobertura observada para as vacinas DPT e Hib, 80% (IC95% 75-84), (grfico 5).Grfico 5. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos 18 Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. meses de idade, vacina contra hepatite B, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 89,0 74,8 81,9 B 94,6 81,6 88,1 C 93,2 71,1 82,1 Estrato D 89,2 58,4 73,8 E 89,9 67,3 78,6 Boa Vista 84,2 75,4 79,8

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5. Vacina BCG A cobertura com a vacina BCG aos 18 meses foi maior que a das demais vacinas. Ela aplicada em dose nica e toda dose recebida considerada como vlida. Porm no reflete necessariamente o acesso aos servios de vacinao, pois uma parcela das crianas recebe esta vacina na prpria maternidade. Em Boa Generated by Foxit PDF Creator97-100) receberam a vacina Vista, 98% (IC95% Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. BCG. Os estratos B e D apresentaram cobertura de 100%. O estrato E, apesar da diferena no ser significante, apresentou a menor cobertura 96% (IC95% 90-102), (grfico 6).Grfico 6. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos 18 meses de idade, vacina BCG, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 101,2 94,0 97,6 B 100,0 100,0 100,0 C 101,4 96,2 98,8 Estrato D 100,0 100,0 100,0 E 102,1 90,8 96,4 Boa Vista 100,0 96,9 98,5

6. Vacina SCR A vacina Trplice Viral contra o sarampo, caxumba e rubola (SCR) considerada como vlida quando aplicada com 12 meses ou mais de idade. A cobertura observada em Boa Vista foi de 83% (IC95% 77-88). No houve diferena significativa entre os estratos (grfico 7).Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software Grfico 7. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, only. doses vlidas aos http://www.foxitsoftware.com For evaluation 18 meses de idade, vacina SCR, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 92,4 73,8 83,1 B 95,8 73,3 84,5 C 91,7 65,4 78,6 Estrato D 92,8 69,1 81,0 E 94,6 81,6 88,1 Boa Vista 88,7 77,9 83,3%

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7. Vacina contra febre amarela A vacina contra febre amarela faz parte do calendrio oficial para a regio Norte. No municpio de Boa Vista a cobertura foi de 91% (IC95% 88-94). No houve diferena significativa entre os estratos (grfico 8).Grfico 8. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos 18 Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. meses de idade, vacina contra febre amarela, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 97,4 83,3 90,4 B 99,0 86,7 92,9 C 95,9 77,9 86,9 Estrato D 97,7 85,6 91,7 E 97,6 88,1 92,9 Boa Vista 94,1 88,1 91,1%%

8. Esquema bsico completo - conjunto das vacinas. A cobertura vacinal com doses vlidas aos 18 meses de idade para o conjunto das vacinas que fazem parte do esquema bsico completo foi de 65% (IC95% 58-71). No houve diferena significativa entre os estratos (grfico 9).Grfico 9. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses vlidas aos Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 18 meses de idade, conjunto de vacinas, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista, 2007.100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 76,3 58,6 67,5 B 88,2 59,4 73,8 C 77,6 43,8 60,7 Estrato D 77,5 46,3 61,9 E 74,9 53,7 64,3 Boa Vista 71,2 58,3 64,7

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b) Esquema bsico completo aos 18 meses - doses aplicadasAs coberturas referentes ao esquema bsico completo aplicado referem-se a todas as doses de vacina recebidas sem consideraes referentes aos intervalos apropriados entre as doses e a idade da criana no momento da aplicao. Nesta condio, nem sempre as doses so efetivas para gerar uma proteo para as crianas vacinadas. Para exemplificar, mostraremos a cobertura vacinal para as vacinas DPT, Hib, HVB, poliomielite e o esquema bsico completo para o conjunto das vacinas. 1. Vacina DPT Se levarmos em conta qualquer dose aplicada da vacina DPT a cobertura para o municpio se eleva para 96% (IC95% 93-98). No estrato B, todas as crianas receberam o esquema bsico (grfico 10).Grfico 10. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com de nascimentos de aos 18 meses de idade, vacina DPT, na coorte For evaluation only. 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 100,1 85,5 92,8 B 100,0 100,0 100,0 C 102,9 92,4 97,6 Estrato D 97,6 88,1 92,9 E 100,5 92,3 96,4 Boa Vista 98,2 93,4 95,8

2. Vacina contra Hemfilo B Como a vacina aplicada geralmente junto com a vacina DPT, o resultado foi semelhante ao da vacina anterior (grfico 11).

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Grfico 11. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas aos 18 meses de idade, vacina contra Haemophilus influenzae tipo B, Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV

A 100,1 85,5 92,8

B 101,4 96,2 98,8

C 102,1 90,8 96,4

D 97,7 85,6 Estrato 91,7

E 101,2 86,9 94,0

Boa Vista 97,6 91,3 94,4

3. Vacina contra a hepatite B. Mesmo levando-se em conta qualquer dose aplicada, a cobertura vacinal no atinge 90% no municpio. A estimativa para os estratos D e E ficou abaixo de 90% (grfico 12).Grfico 12. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas aos Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 18 meses de idade, vacina contra hepatite B, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV

A 97,8 85,4 91,6

B 102,9 92,4 97,6

C 99,8 83,5 91,7 Estrato

D 96,6 65,3 81,0

E 94,8 71,8 83,3

Boa Vista 91,9 82,8 87,4

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4. Vacina contra a poliomielite A cobertura vacinal com doses aplicadas foi de 98% (IC95% 96-99), acima do preconizado para manuteno da eliminao da circulao do poliovrus selvagem (grfico 13).Grfico 13. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas aos Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 18 meses de idade, vacina contra poliomielite, na coorte de nascimentos de 2005, segundo estrato socioeconmico, Boa Vista 2007.100 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 0 LS LI CV A 99,7 90,7 95,2 B 100,0 100,0 100,0 C 102,9 92,4 97,6 Estrato D 100,5 92,3 96,4 E 101,4 96,2 98,8 Boa Vista 99,5 95,9 97,7

5. Vacina Trplice Viral (SCR) Se acrescentarmos as doses aplicadas com menos de 12 meses de idade, a cobertura aumenta para a vacina SCR em 12% para o municpio, chegando a 95% (IC95% 93-97), (grfico 14).Grfico 14. Cobertura vacinal com esquema bsico completo, doses aplicadas Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For de nasc