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PREFEITURA MUNICIPAL DE UNIÃO DA VITÓRIA CAISAN - CAMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL I PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL PLAMSAN 2017/2020 UNIÃO DA VITÓRIA – PR DEZEMBRO 2016 1

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PREFEITURA MUNICIPAL DE UNIÃO DA VITÓRIA

CAISAN - CAMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR

E NUTRICIONAL

I PLANO MUNICIPAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PLAMSAN 2017/2020

UNIÃO DA VITÓRIA – PR

DEZEMBRO 2016

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ADMINISTRAÇÃO: 2013-2016

PREFEITO MUNICIPAL: Pedro Ivo Ilkiv VICE-PREFEITO: Jair Brunhago

CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE

UNIÃO DA VITÓRIA – CAISAN

Secretaria Municipal de Assistência Social

Monica Barcelos do Amaral – Presidente

Secretária Executiva da Caisan – Lurdes Nicolak

MEMBROS CAISAN

Camila Breginski (Secretaria Municipal de Administração)

Douglas M. Malschitzky (Secretária Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Eliane Kelmer da Silva (Secretaria Municipal de Assistência Social)

Helton Kania Andrade (Secretaria Municipal do Meio Ambiente)

Rosani Maria Durek (Secretaria Municipal da Educação)

Valdeci Regina Aliot da Costa (Secretaria Municipal da Saúde)

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-COMSEA

UNIÃO DA VITÓRIA.

MEMBROS CONSEA GESTÃO 2015 À 2017

TITULARES NÃO GOVERNAMENTAIS

Anna Canclini – Instituto Palazzolo

Charlen Salzlein – Instituto Piamarta

José Nelson Dissenha – Lar de Nazaré

Marco Antonio Coradin – Conselho de Desenvolvimento Rural

Maria C. de A. Bieberbach – Associação dos deficientes Visuais do Vale do Iguaçu - ADEVIVI

Marly Glaza Lopes – Conselho de Alimentação Escolar – CAE

Pedro P. da Silva – Associação Casa de Apoio A Restauração Divina - ACARDI

Rosane Bilinski – Associação de Proteção a Maternidade e a Infância - APMI

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Roseli Mª de O. Silva – Pastoral da Criança

Salete Maria de Lima Venâncio – Associação dos Dependestes de Álcool e Drogas - ADAD

Waldir Cortellini – Sindicato dos trabalhadores Rurais

Zeneida A. de P. Ferreira – Pastoral da Criança

SUPLENTES NÃO GOVERNAMENTAIS

Carlos Bernardo Roveda - Associação dos Dependestes de Álcool e Drogas - ADAD

Dileta Zonin – Pastoral da Criança

Fernanda Lumikoski – Conselho de Alimentação Escolar – CAE

Gizele Martinazzo – Instituto Piamarta

Hermínia Dunice – Pastoral da Saúde

João Berejuk – Lar de Nazaré

Karise Giraldi – Conselho de desenvolvimento Rural

Marco Antônio Dalprá - Associação dos deficientes Visuais do Vale do Iguaçu - ADEVIVI

Nélcia Kresko - Associação de Proteção a Maternidade e a Infância - APMI

Rosane de F. M, Dzovoniarkievicz – Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Scholastique mubiala – Instituto Palazzolo

Wueslen Rodrigues Pinto França

TITULARES GOVERNAMENTAIS

Eliane Kelmer da Silva – Secretaria Municipal de Assistência Social

Delonir Estoquero – Secretaria Municipal de Administração

Marco Antonio Coradin – Secretaria municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento

Sidnei Cieslak – Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Tiago Sejanoski – Secretaria Municipal de Educação

Valdeci Regina da Costa – Secretaria Municipal de Saúde

SUPLENTES GOVERNAMENTAIS

Elisandra Kaminski - Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Josiane Nogara – Secretaria Municipal de Administração

Karise Giraldi - Secretaria municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento

Márcia B. L. G. Ribas - Secretaria Municipal de Assistência Social

Marise Ap. C. da Silva – Secretaria Municipal de Educação

Nicoli Lais Schaeffer – Secretaria Municipal de Saúde

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SÚMARIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................05

INTRODUÇÃO .............................................................................................................08

CAPÍTULO 1

CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................09

I – HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

II – SAÚDE E NUTRIÇÃO NO BRASIL

III – CARACTERÍSTICA HISTÓRICA DE UNIÃO DA VITÓRIA

IV – DIAGNOSTICO DO MUNICÍPIO.

CAPÍTULO 2

PROGRAMAS E AÇÕES DESENVOLVIDAS PELAS SECRETARIAS QUE COMPOEM A

CAISAN ..........................................................................................................................45

CAPÍTULO 3

DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR

E NUTRICIONAL ......................................................................................86

CAPÍTULO 4

DIRETRIZES E QUADRO DE AÇÕES PARA O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONAL ......................................................................................89

CAPITULO 5

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLAMSAN ......................................................107

LISTA DE SIGLAS ..........................................................................................................109

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APRESENTAÇÃO

A construção do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional –

PLAMSAN é um compromisso assumido entre o Governo Municipal e o Governo Federal

por ocasião da assinatura do Termo de Adesão ao Sistema nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional realizada em 11 de setembro de 2015.

Este plano é uma conquista política e social, e mostrará a importância de um

trabalho intersetorial integrado, com vistas à implementação das ações voltadas para a

área de Segurança Alimentar e nutricional.

O presente plano foi elaborado pela Câmara Intersetorial Municipal de Segurança

Alimentar e Nutricional (CAISAN/União da Vitória). Constituiu-se com base em Políticas

Publicas Nacional e estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. E o apoio do Conselho

Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – COMSEA de União da Vitória.

A construção do plano seguiu como base as oito diretrizes da Politica Nacional de

Segurança Alimentar e nutricional, instituídas no decreto nº7.272 de 25 de agosto de 2010,

sendo:

I - promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade

para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional;

II - promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e

descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento e

distribuição de alimentos;

III - instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional,

pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à

alimentação adequada;

IV - promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e

nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais de que

trata o art. 3 o , inciso I, do Decreto n o 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, povos indígenas e

assentados da reforma agrária;

V - fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção

à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutricional;

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VI - promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente,

com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de

alimentos da agricultura familiar e da pesca e aqüicultura;

VII - apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar e

nutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional e a

negociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes da Lei no 11.346, de 2006; e

VIII - monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

Também temas apresentados, discutidos e aprovados na I Conferencia Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional do município que foi realizada no ano de 2015, reunindo

representantes do Poder Público e sociedade civil com o tema “Comida de verdade no

campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”. O tema foi escolhido pelo Conselho

Nacional de Segurança Alimentar – CONSEA considerando os seguintes aspectos:

Necessidade de se reforçar o conceito de alimentação adequada e saudável que se

traduz, na prática, numa oposição aos produtos “alimentícios”, essencialmente

industrializados e ultraprocessados, da medicalização do alimento. Valorizar a comida de

verdade remete à ideia de uma alimentação diversificada, produzida em bases ambientais e

sociais justas e de acordo com as tradições e a cultura alimentar das populações,

regionalmente contextualizada e livre de contaminantes.

Necessidade de se enfrentar o desafio de fortalecer sistemas alimentares pautados

na soberania alimentar, na garantia do Direito Humano á Alimentação Adequada (DHAA),

desde a produção até o consumo.

Necessidade de tornar o debate mais visível e democrático, para setores mais amplos

de nossa sociedade, politizando e problematizando a questão da alimentação e das relações

sociais que dela derivam, com destaque para as desigualdades relacionadas às classes

sociais, relações de gênero, raça e etnia e a integração entre campo e cidade.

Necessidade de se universalizar o direito à alimentação e contribuir para a construção

de uma consciência popular do direito, com ampliação da participação social na defesa

dessa agenda e das ações públicas dela decorrentes.

Necessidade de se afirmar a perspectiva de direitos e de reforçar que a realização do

direito à alimentação requer, do Estado e da sociedade, ações e iniciativas que não se

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restrinjam ao aspecto quantitativo do acesso à alimentação, mas também à disponibilidade

física e financeira de alimentos saudáveis e adequados.

Necessidade de defesa dos direitos e das tradições de agricultores familiares, povos

indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais quanto ao uso livre da

biodiversidade e do resgate da dimensão simbólica da alimentação tradicional diante do

avanço das monoculturas, da degradação ambiental e da massificação de hábitos

alimentares não saudáveis promovida pela indústria de alimentos, do uso abusivo de

agrotóxicos e da liberação de transgênicos.

Necessidade de aproximação das linguagens e conceitos técnicos e populares no

processo da construção e consolidação de direitos e da soberania alimentar.

Para que seja assegurado o que se dispõem nos supracitados artigos, se faz

necessário, a intersetorialidade entre as políticas públicas e ainda que haja empenho por

parte da sociedade civil organizada para que ocorra a participação efetiva na construção e

execução desta política pública, sobretudo no controle social exercido em especial pelo

Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.

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INTRODUÇÃO

No ano de 2014, a Prefeitura Municipal de União da Vitória, no âmbito do Sistema

Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, cria a Câmara Intersetorial de Segurança

Alimentar e Nutricional – CAISAN/Municipal (Decreto nº 95, de 10 de março de 2014), que

tem por finalidade a promoção da intersetorialidade das políticas, dos programas e das

ações governamentais definidas na esfera do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional.

A CAISAN/Municipal é um órgão deliberativo, de caráter consultivo, que tem o

objetivo de articular, utilizando seus instrumentos de gestão, as ações que visem

assegurar o direito humano à alimentação adequada - DHAA.

Na CAISAN reconhece a existência de alguns desafios a serem enfrentados e

compreende que a solução dos mesmos requer ações continuadas e persistentes,

especialmente na área econômica e social. Este Plano de Segurança Alimentar e

Nutricional-PLAMSAN será um instrumento de planejamento, gestão e execução da

Política Municipal de Segurança Alimentar e nutricional em União da Vitória.

O Plano Municipal de SAN terá sua vigência entre o período de duração do Plano

Plurianual – PPA, em curso. A sua formulação deve estar de acordo com as políticas

previstas no PPA, fortalecidas pelas propostas oriundas da Conferência Municipal de SAN,

com a preocupação em atender as metas prioritárias estabelecidas pelo Governo na área

de SAN, visando atender as necessidades da população na perspectiva da realização

progressiva do Direito Humano à Alimentação Adequada - DHAA.

Considerando que as mudanças na sociedade são permanentes, este Plano será

revisado a cada dois anos, com base na orientação da CAISAN/Municipal, nas propostas

do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - COMSEA e nos resultados

da avaliação permanente que o mesmo irá implantar.

Ao elaborar este plano e entregar ao gestor municipal e a sociedade em geral, a

CAISAN/Municipal cumpre uma das suas atribuições estabelecidas no marco legal vigente

para a consolidação da Segurança Alimentar e Nutricional: a garantia do Direito Humano à

Alimentação Adequada - DHAA.

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CAPÍTULO 1

CONTEXTUALIZAÇÃO

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HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

No Brasil o problema da fome não é recente, e os primeiros estudos aprofundados

e abrangentes a respeito desse fenômeno recorrente datam da década de 1930, mais

precisamente de 1932 quando Josué de Castro1 lança o primeiro inquérito no Brasil de

denúncia do flagelo dos trabalhadores e a fome, intitulado “As condições de vida das

classes operárias no Recife”. A partir dessa

pesquisa foram desenvolvidas várias outras que faziam comparação entre o preço dos

alimentos e do salário mínimo. As pesquisas revelavam que o salário mínimo não era

suficiente para fornecer uma alimentação adequada aos trabalhadores. Então, em 1939

foi criada a Comissão de Abastecimento pelo Governo Federal e, houve também a criação

do Serviço Central de Alimentação, vinculado ao Instituto de Aposentadorias e Pensões

dos Industriários. Em 1940 foi criado o Serviço de Alimentação da Previdência Social

(SAPS) no Brasil, sob a direção de Josué de Castro. O SAPS investia no funcionamento

de restaurantes a preços populares para os trabalhadores. Foi extinto em 1967.

Nos anos de 1943 e 1944 foram criados o Serviço Técnico de Alimentação

Nacional (STAN) e o Instituto Técnico de Alimentação (ITA), respectivamente.

Em 1945, Josué de Castro contribui para o debate e a ativa participação do Brasil

na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e nesse

mesmo ano é criada a Comissão Nacional de Alimentação (CNA). O principal objetivo

da CNA era estudar e propor normas para uma política nacional de alimentação.

No ano de 1946 tivemos a criação do Instituto Nacional de Nutrição (INN) e a

primeira publicação da obra “Geografia da Fome”, de Josué de Castro, que abordou o

retrato da fome no Brasil em sua época, destacando seus fatores sociais e econômicos. Já

em 1951 tivemos a criação da Comissão Federal de Abastecimento e Preços (COFAP),

sendo uma das primeiras medidas de intervenção direta no abastecimento em tempos de

paz. Isto refletia a maior preocupação política com a área de abastecimento.

Josué de Castro defende, em 1955, a criação da Campanha da Merenda Escolar

(CME) subordinada ao Ministério da Educação. Em 1962 é criada a Companhia Brasileira

de Alimentos (COBAL) e a Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEN).

A CNA foi extinta em 1972 e nesse mesmo ano foi criado o Instituto Nacional de

Alimentação e Nutrição (INAN) e também foi apresentada a primeira proposta de criação

do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).

No ano seguinte, 1973, é criado o I Programa Nacional de Alimentação e Nutrição

(I PRONAN) contendo 12 (doze) subprogramas das diversas estruturas governamentais e

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colocando a desnutrição como uma doença social. O II PRONAN é lançado em 1976 e

tinha por objetivo corrigir os problemas de alimentação e nutrição no país, identificando as

causas de tais problemas e não apenas colocando suas consequências.

No mesmo ano de 1976 cria-se o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT),

do Ministério do Trabalho via Departamento Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), coordenado pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) substitui, em 1979, a Campanha

Merenda Escolar de 1955.

Data de 1985 o surgimento da primeira referência de segurança alimentar e

nutricional no Brasil no documento intitulado “Segurança Alimentar – proposta de uma

política contra a fome”, elaborado por uma equipe de técnicos da Superintendência de

Planejamento do Ministério da Agricultura. Encontra-se nesse documento a primeira

recomendação de instituição de um Conselho Nacional de Segurança Alimentar

(CONSEA), presidido pelo Presidente da República. Nesse mesmo ano acontece o

lançamento do Plano de Subsídios para Ação Imediata contra a Fome e o Desemprego,

elaborado pela Comissão para o Plano do Governo (COPAG).

A I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição, realizada em Brasília em

1986, resultou na incorporação do adjetivo “nutricional” à noção de segurança alimentar e

sugeriu a criação de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional integrado

por Conselhos e Sistemas na esfera estadual e na esfera municipal.

Em 1990 é criado o Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional

(SISVAN) e da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), resultante da fusão da

Companhia Brasileira de Alimentos (COBAL), da Companhia Brasileira de Armazenamento

(CIBRAZEN) e Companhia de Financiamento da Produção (CFP).

Em 1992 o Mapa da Fome, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas

Aplicadas (IPEA) denuncia a situação de fome de 32 (trinta e dois) milhões de pessoas no

Brasil. Esse mapa colocou em evidência a relação entre miséria e fome, o debate ganhou

força e sob a liderança do sociólogo Herbert de Sousa (Betinho), foi lançada no ano de

1993 a Campanha “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida” sob o lema

“A fome não pode esperar”.

Ainda em 1993 no Governo de Itamar Franco, através do Decreto nº807, de 22 de

abril de 1993, foi criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional –

CONSEA, que tinha por objetivo elaborar um plano de combate à pobreza e à miséria,

tendo como prioridade a geração de emprego e renda, a democratização da terra, o

combate à desnutrição materno-infantil, a descentralização e o fortalecimento do PNAE. O

primeiro CONSEA/Nacional foi instituído como órgão de consulta e assessoria do

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Presidente da República, composto por 10 Ministros de Estado e 21 representantes da

sociedade civil designados por iniciativa do Presidente da República a partir de indicações

do Movimento pela Ética na Política.

A realização da I Conferência Nacional de Segurança Alimentar ocorreu entre os

dias 27 e 30 de julho de 1994 em Brasília, reunindo cerca de 2.000 (dois mil) delegados

(as), que aprovaram o documento intitulado “Declaração em Defesa de uma política

nacional de segurança alimentar” e articulou duas dimensões bem definidas: a alimentar e

a nutricional. A primeira refere-se aos processos de disponibilidade (produção,

comercialização e o acesso ao alimento) e a segunda diz respeito à escolha, ao preparo e

ao consumo alimentar e sua relação com a saúde e a utilização biológica do alimento.

Apesar do trabalho realizado o CONSEA/Nacional foi extinto em 1995, no governo de

Fernando Henrique Cardoso.

Em 1995 foi instituído o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura

Familiar (PRONAF) e houve também a criação do Comitê Setorial de Segurança Alimentar

e Nutricional no âmbito do Conselho da Comunidade Solidária para dar continuidade às

medidas do extinto CONSEA/Nacional que resultou, porém, em retrocesso desse tema na

agenda nacional.

O Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) foi extinto em 1997. Já em

1998, foi criado o Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSAN) como

desdobramento da mobilização social resultante dos eventos internacionais recentes e

com repercussão nas esferas estadual e municipal por meio da criação de Fóruns

Estaduais, congregando entidades distribuídas por todas as regiões do país. O Fórum

esteve na base da recriação do CONSEA em 2003. A partir de 2009, passou a ser

chamado de Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional

(FBSSAN).

Em 1999 houve a aprovação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição

(PNAN) que representou uma referência para as áreas de segurança alimentar e

nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), na medida em que

resistiu como política pública no contexto da saúde, durante os anos em que esses temas

não estiveram presentes na agenda do Governo Federal.

No ano de 2001 é lançado o Projeto Fome Zero – uma Política Nacional de

Segurança Alimentar para o Brasil – pelo Instituto Cidadania, que foi a base do Programa

Fome Zero, instituído pelo primeiro governo do Presidente Lula, e que culminou na criação

do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (Mesa) localizado

na Presidência da República em 2003. Nesse mesmo ano é criado o Programa Bolsa

Alimentação pelo Governo Federal.

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Em 2003 houve a recriação do CONSEA/Nacional, lançamento da Estratégia

Fome Zero e instituição do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à

Fome (MESA) no governo do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A criação do

Mesa teve como finalidade coordenar a implantação dos programas e ações de segurança

alimentar, articular instituições governamentais, gerir o Fundo Constitucional de Combate à

Pobreza e apoiar o funcionamento do CONSEA/Nacional. O novo CONSEA/Nacional

passou a ter uma natureza supraministerial com caráter consultivo à Presidência da

República, composto por 17 Ministros de Estados e 42 representantes da sociedade civil e

das entidades empresariais, bem como observadores de outros conselhos e de

organismos nacionais e internacionais. Nesse período, iniciou-se o processo de criação de

Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional nos Estados e num grande número de

municípios. Ainda em 2003 houve a criação do Programa de Aquisição de

Alimentos (PAA) e a primeira aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar

(EBIA) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que

financiou um conjunto de pesquisas, mediante projeto coordenado pela Universidade de

Campinas (UNICAMP), com aplicação da escala para estimar a prevalência de segurança

alimentar em várias cidades brasileiras.

A criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

ocorreu no ano de 2004, transformando-se o MESA na Secretaria Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional (SESAN). No mesmo ano houve a realização da II Conferência

Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) entre os dias 17 a 20 de março

em Olinda, organizada principalmente pelo CONSEA/Nacional, e que gerou importantes

desdobramentos em termos de ações e políticas públicas. Contou com a participação de

aproximadamente 1.379 delegados (as). Também acrescentou a visão da soberania

alimentar ao conceito da segurança alimentar e nutricional. Houve também a criação do

Programa Bolsa Família (PBF) pelo Governo Federal, o lançamento da Pesquisa

Suplementar de Segurança Alimentar, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

(PNAD 2004), financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

(MDS), que foi o primeiro diagnóstico, no Brasil, de segurança e insegurança alimentar

com abrangência nacional.

Ressalta-se que a II CNSAN deliberou sobre a agregação do respeito à

diversidade cultural, econômica e social. Passando o Brasil a adotar o seguinte conceito:

A SAN consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a

alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a

outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras

de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural,

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econômica e socialmente sustentáveis. (Artigo 3º, LOSAN/2006)

Esse conceito foi reafirmado na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional

– LOSAN (Lei nº 11.346/2006) que criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional (SISAN) e que resultou de uma ampla mobilização nacional. A aprovação da

LOSAN representou a consagração, em lei, de uma concepção abrangente e intersetorial

da segurança alimentar e nutricional, que inclui o conceito de Direito Humano à

Alimentação Adequada (DHAA).

A realização da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

(CNSAN) ocorreu entre os dias 3 a 6 de julho de 2007, intitulada “Por um Desenvolvimento

Sustentável com Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional” na cidade de Fortaleza,

Ceará. A organização da Conferência foi feita pelo CONSEA/Nacional em parceria com o

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e contou com a

participação de 2.100 (dois mil e cem) delegados(as).

Ainda em 2007 houve a criação da Frente Parlamentar Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional e a publicação do Decreto n° 6.040 que

institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades

Tradicionais.

A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) foi

instalada em 2008 como instância do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional (SISAN) sob a coordenação do Ministério de Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS).

Outro importante marco legal alcançado pelo Brasil, em 04 de fevereiro

de 2010, foi a publicação da Emenda Constitucional nº 64/2010 que incluiu o direito à

alimentação nos direitos sociais expressos no Art. 6º da Constituição Federal de 1988.

A LOSAN foi regulamentada pelo Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010, e

instituiu a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), definindo

diretrizes e objetivos desta Política e dispondo sobre a sua gestão, mecanismos de

financiamento e monitoramento e avaliação, no âmbito do Sistema Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional (SISAN). Esse decreto determinou à CAISAN/Nacional a

responsabilidade pela elaboração e coordenação da PNSAN e do I Plano Nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN), com a colaboração do CONSEA.

O I PLANSAN foi publicado em 25 de agosto de 2011 pelo MDS como o principal

instrumento de planejamento, gestão e execução da PNSAN para o período de 2012 a

2015.

No estado do Paraná a politica de SAN destaca-se a criação do Conselho

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Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA/PR, em 2003 que foi vinculado

a então Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social- SETP. O

CONSEA/PR tem caráter consultivo e a finalidade de assessorar o Governo do Estado na

concepção e condução da Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

Constitui-se em um colegiado com 2/3 de seus membros representantes da sociedade civil

e 1/3 de representantes do Governo, a exemplo da formação nacional.

Ainda em 2003, é criada a Coordenadoria de Enfrentamento à Pobreza e

Combate à Fome, na Secretaria de Estado do Emprego, Trabalho e Promoção Social,

responsável pela gestão dos programas federais de segurança alimentar e nutricional e

pela cogestão de programas estaduais, como o Programa Leite das Crianças - de combate

à desnutrição infantil e fomento à bacia leiteira do Estado. Foram organizadas 14

conferências regionais e a I Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

(ICESAN), esta realizada em fevereiro de 2004.

Na II CESAN/PR, que ocorreu em dezembro de 2006, foram definidas as

diretrizes para a política estadual de SAN e eleitos conselheiros representantes de todas

as regiões do Estado para participar da gestão do Conselho Estadual, com objetivo de

maior proximidade com os municípios.

Em 2007 foi formada a Frente Parlamentar de SAN que, em conjunto com o

CONSEA/PR, encaminhou proposta de Lei Estadual, que instituiu a Política Estadual de

Segurança Alimentar e Nutricional – PESAN (Lei nº 15.791, de 04/04/2008).

Em 2010, foi criado o Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

- SISAN (Lei nº 16.565 de 31/08/2010) estabelecendo as diretrizes, objetivos e sua

composição. Em dezembro do mesmo ano, foi sancionado o Decreto nº 8.745, que criou a

Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN/PR.

Em 2011, precedendo a III Conferência Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional – III CESAN foram realizadas conferências municipais e regionais. Nas 20

conferências regionais, foram eleitos os membros das Comissões Regionais de SAN –

órgão colegiado vinculado ao Conselho Estadual, objetivando a descentralização das

ações e a consolidação da política.

Concomitantemente, o Governo do Estado assinou a adesão ao SISAN,

comprometendo-se a elaborar o 1º Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

do Paraná no prazo de um ano, de forma pactuada entre os diversos setores relacionados

com a SAN e com base nas diretrizes e prioridades estabelecidas pelo CONSEA/PR e nas

demandas da III CESAN.

Em 2012, por meio do Decreto nº 4.459, a coordenação geral da CAISAN/PR

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foi transferida para a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária -

SETS, sendo constituída comissão técnica com representantes das dez secretarias que

compõem a referida Câmara.

Em relação à Política de Segurança Alimentar e Nutricional no município de União

da Vitória, no ano de 2015 representado pelo prefeito o município solicitou o Termo de

Adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, que foi

formalizada pela Resolução nº 1, de 21 de março de 2016, publicada no Diário Oficial da

União no dia 23 de março de 2016.

Ainda em 2015 foi realizada a I Conferência Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional, com o objetivo de extrair propostas para a estruturação da Política de

Segurança Alimentar e Nutricional em União da Vitória.

No âmbito do Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, foi criada a

Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN/Municipal (Decreto

nº 95, de 10 de março de 2014), que tem por finalidade a promoção da intersetorialidade

das políticas, dos programas e das ações governamentais definidas na esfera do Sistema

Nacional e estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

Em 2013 foi criado o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional –

COMSEA (Decreto nº 354, de 18 de novembro de 2013). É um órgão consultivo, cuja

função é assessorar o prefeito na formulação e execução da Política Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional.

Assim, o município de União da Vitória aderiu ao compromisso com as politica

publicas de SAN e assumiu a responsabilidade de elaborar através da CAISAN o Plano

Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – PLAMSAN.

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SAÚDE E NUTRIÇÃO NO BRASIL

A maioria das doenças é causada pela interação de fatores individuais e ambientais e,

por essa razão, podem ser evitadas. Portanto, a associação entre dieta e a ocorrência de

doenças crônicas é reconhecida pela maioria da população.

O país passa por um processo de envelhecimento populacional, de maneira que a

esperança de vida do brasileiro chegou, em 2010, aos 72,1 anos (PNUD). Estima-se que,

em 2025, o país apresente uma das maiores populações de idosos do mundo. De outro

lado, houve importante redução das taxas de mortalidade infantil e queda significativa da

fecundidade. O perfil de doenças que acometiam a população também foi modificado. As

doenças infectoparasitárias, responsáveis por 46% das mortes em 1930, apresentaram

redução especialmente nas regiões Sul e Sudeste, sendo substituídas por doenças dos

aparelhos circulatório e respiratório e as neoplasias. A essa substituição progressiva dos

perfis de saúde denomina-se transição epidemiológica.

De modo semelhante às transições epidemiológica e demográfica, a transição

nutricional corresponde às mudanças negativas verificadas nos padrões alimentares,

caracterizada por aumento do consumo de alimentos de origem animal, gorduras,

açúcares refinados, alimentos industrializados e relativamente reduzida quantidade de

carboidratos complexos e fibras.

Ao padrão alimentar atual associa-se a crescente incidência de doenças crônicas

não transmissíveis como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, obesidade e

alguns tipos de cânceres. De outro lado, não foram erradicadas as doenças decorrentes

da carência calórica e de micronutrientes, como a desnutrição, hipovitaminose A, anemia

por carência de ferro e os distúrbios de iodo.

A obesidade é definida como o grau de armazenamento de gordura no organismo

associado a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações

metabólicas. Pode ser compreendida como um agravo de caráter multifatorial envolvendo

questões biológicas, históricas, ecológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas.

A obesidade constitui um dos fatores de risco mais importantes para outras doenças

crônicas não-transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes mellitus,

dislipidemias, doenças articulares, apnéia do sono e alguns tipos de cânceres, como de

mama, de cólon, de próstata, de reto, de ovário e de endométrio.

O excesso de peso está claramente associado com o aumento da morbidade e

17

mortalidade e este risco aumenta progressivamente de acordo com o ganho de peso. O

sobrepeso por si não tem efeito imediato no desenvolvimento de doenças crônicas, porém

a história de excesso de peso pode contribuir para variações nos riscos à saúde.

Os fatores que levam o indivíduo ao balanço energético positivo variam de indivíduo

para indivíduo e estão relacionados a fatores genéticos, às condições de vida, saúde e

dos ambientes em que vivem cotidianamente. A alimentação saudável para todas as

pessoas com sobrepeso e obesidade tem por objetivos melhorar o bem-estar, possibilitar a

proteção da saúde, ao prevenir e controlar as co-morbidades e permitir o alcance do peso

adequado.

A desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade e mortalidade mais

comuns entre crianças de todo o mundo. Corresponde a uma doença de natureza clínico-

social multifatorial, cujas raízes se encontram na pobreza. Acomete todos os órgãos da

criança, tornando-se crônica e levando ao óbito, caso não seja tratada adequadamente.

Frequentemente, a desnutrição tem início ainda na via intra-uterina e agrava-se com

a interrupção do aleitamento materno exclusivo e da introdução inadequada da

alimentação complementar nos primeiros 2 anos de vida. Outros fatores relacionados à

ocorrência dessa doença relacionam-se à situação econômica da família, precários

conhecimentos sobre os cuidados em saúde com a criança pequena e o fraco vínculo mãe

e filho.

No Brasil, apesar de estudos indicarem redução da prevalência de desnutrição

energético-protéica, a doença ainda constitui importante problema de Saúde Pública,

especialmente nas regiões Norte e Nordeste, na área rural do Brasil e bolsões de pobreza

das periferias das grandes metrópoles.

A prevenção e controle da desnutrição dependem de medidas amplas e eficientes

de combate à pobreza e à fome e políticas de inclusão social. No entanto, é

responsabilidade dos profissionais de saúde o atendimento à criança com desnutrição de

acordo com o atual conhecimento científico disponível e a atuação efetiva, tanto para

salvar a vida dessas crianças, como para promover sua recuperação e evitar recaídas.

Nos últimos anos, têm-se observado uma mudança na orientação dos serviços de

saúde, rompendo com a hegemonia do cuidado curativo centrado na atenção hospitalar e

redirecionando o atendimento para a atenção básica. Dessa forma, são cada vez mais

valorizadas as estratégias de promoção e de prevenção em saúde, visando alcançar um

grau de resolubilidade de ações para evitar o agravamento de situações mórbidas e

18

reduzindo a evolução de agravos que possam demandar uma atenção de maior

complexidade.

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, SISVAN, foi proposto primeiramente

pelo INAN (Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição) em 1976. Foi regulamentado

como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria nº 080-P, de 16

de outubro de 1990, do Ministério da Saúde (MS) e da Lei nº 8080/1990, capítulo I, artigo

6º, inciso IV – Lei Orgânica da Saúde, e com a publicação da Portaria 1.156 publicada em

31 de agosto desse mesmo ano. Antes desse momento existiam inúmeras experiências

locais em diversas partes do País, sem uma articulação estadual e nacional. O Sistema foi

concebido sobre três eixos:

I - formular políticas públicas;

II - planejar, acompanhar e avaliar programas sociais relacionados à alimentação e

nutrição; e

III - avaliar a eficácia das ações governamentais. Dessa forma cumpre seu papel em

auxiliar os gestores públicos na gestão de políticas de alimentação e nutrição.

Além do exposto e baseado na terceira diretriz da Política Nacional de

Alimentação e Nutrição, que se refere à avaliação e ao monitoramento da situação

alimentar e nutricional da população brasileira, faz-se necessário destacar que as ações de

vigilância alimentar e nutricional realizadas com os usuários do SUS devem ser

incorporadas às rotinas de atendimento na rede de básica de saúde. O objetivo é a

detecção precoce de situações de risco nutricional e à prescrição de ações que possibilitem

prevenir agravos à saúde e reverter ao quadro de normalidade quando possível.

Com o movimento nacional em direção à discussão da temática da Segurança

Alimentar e Nutricional (SAN) na gestão pública, o fortalecimento das ações de

alimentação e nutrição em todos os níveis de atenção à saúde tem constituído o elenco de

diretrizes estratégicas para a consolidação dessa política. Nesse campo, a ampliação da

cobertura do SISVAN para grupos populacionais específicos, a capacitação de

profissionais para as ações de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN), bem como a

disponibilização dos indicadores nutricionais como base para a formulação e

implementação de políticas públicas de SAN figuram entre as principais exigências para o

cumprimento dessa diretriz.

Na saúde, o SISVAN é um instrumento para obtenção de dados de monitoramento

do Estado Nutricional e do Consumo Alimentar das pessoas que freqüentam as Unidades

Básicas do SUS. São contempladas pela Vigilância Alimentar e Nutricional todas as fases

19

do ciclo de vida: crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

O SISVAN permite a realização da avaliação do estado nutricional por meio das

referências mais atuais, como o padrão da Organização Mundial da Saúde de 2006 para

crianças menores de 5 anos. Além disso, permite o registro de marcadores do consumo

alimentar para indivíduos de todas as idades.

20

CARACTERÍSTICA HISTÓRICA DE UNIÃO DA VITÓRIA

A região do Vale do Iguaçu, onde hoje está o município, foi inicialmente habitada por

povos indígenas dos povos botocudos e caingangues. Por volta de 1726 ocorreram às

primeiras expedições nesta região, e com a descoberta e ocupação dos Campos de Palmas,

onde havia cabeças de gado. Para levar o gado de Palmas até a cidade de Palmeira, era

necessário encurtar este caminho para levar as cabeças para serem comercializadas em

forma de carne. Diante da vontade da população palmense de levar sua produção de gado

para os grandes centros, o bandeirante curitibano Pedro de Siqueira Cortes, em 12 de abril

de 1842, descobriu um vau sobre o Rio Iguaçu que permitia a passagem das tropas de

gado, e que também servia como ponto de embarque e desembarque das cabeças. Por

causa deste vau, à distância enfim foi encurtada e em 1855, a localidade passou a se

chamar Porto União da Vitória.

Em 1880 chega para fixar-se na localidade o Coronel Amazonas de Araújo

Marcondes, oriundo de Palmas, que foi o responsável por trazer até esta região os primeiros

imigrantes europeus, além de implantar a navegação a vapor no Rio Iguaçu, que levava as

mercadorias e o gado produzido na região a outras localidades. No mesmo ano, com o

crescente progresso econômico, União da Vitória foi elevada à categoria de Freguesia de

acordo com a lei provincial nº 615 de 22 de abril de 1880. União da Vitória foi elevada à

categoria de município, de acordo com a lei estadual n.º 54, de 27 de março de 1890,

desmembrado de Palmas. O Coronel Amazonas foi o primeiro intendente municipal. Durante

seu histórico de formação territorial, foram criados alguns distritos que, hoje, são municípios

como Cruz Machado, Paula Freitas e Porto Vitória. Em 1905 os trilhos da Estrada de Ferro

São Paulo Rio Grande cortaram a cidade, sendo inaugurada a primeira Estação Ferroviária.

Com a nova estrada de ferro, a extração madeireira ganhou impulso e o número de serrarias

instaladas no município aumentou significativamente. Apesar do progresso que a ferrovia

proporcionava a cidade, a região era surpreendida pelos conflitos causados pela Guerra do

Contestado, entre paranaenses e catarinenses, pela posse de uma região rica na extração

de erva-mate e madeira que abrangia o atual meio-oeste catarinense e o sul e sudoeste

paranaense.

União da Vitória também estava inserida no meio desses conflitos, quando se tornou

capital provisória do Estado das Missões, cujo território era a zona do Contestado. A criação

deste estado solucionaria a questão de limites entre os dois estados e evitar que esta região

fosse anexada ao território catarinense. Pois o grande temor dos líderes do Paraná era de

que essa região fosse esquecida pelos governantes catarinenses. Mas a ideia do novo

21

Estado das Missões não vingou, e em 1916, com o acordo de limites entre os dois estados,

a então Porto União da Vitória ficou dividida em duas, passando a parte pertencente ao

Paraná a denominar-se União da Vitória, e a parte pertencente à Santa Catarina, Porto

União, sendo que a linha férrea passou a dividir as duas cidades até hoje.

22

DIAGNOSTICO DO MUNICÍPIO DE UNIÃO DA VITÓRIA – SEGUNDO DADOS IPARDES2016.

CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

INFORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS - 2015

HISTÓRICO INFORMAÇÃO

Origem do município -

Desmembramento Data de instalação

do município (1)

Palmas

15/03/1908

FONTE: Prefeitura

(1) Data em que o município foi instalado, independe da data de criação do mesmo, que é através de decreto, leiou decreto-lei.

ÁREA TERRITORIAL E DISTÂNCIA À CAPITAL - 2015

TERRITÓRIO INFORMAÇÃO

UNIDADE

Área territorial 713,565

k

m

²FONTE: ITCG-PR (Área), SEIL-PR (Distância)

DIVISÃO ADMINISTRATIVA - 2015

DIVISÃO ADMINISTRATIVA INFORMAÇÃO

Número de distritos

administrativos Nome dos

distritos administrativos

Comarca a que pertence

3

União da Vitória, São Cristóvão e São

Domingos União da VitóriaFONTE: IBGE (Distritos), TJPR (Comarca)

MOVIMENTO ELEITORAL

ELEITORES SEGUNDO SEXO E FAIXA ETÁRIA - 2016

FAIXA ETÁRIA (anos)

MASCULINO

FEMININO NÃOINFORMADO

TOTAL

De 16 a 17 262 317 - 579

De 18 a 24 3.020 3.103 - 6.123

De 25 a 34 4.154 4.423 - 8.577

De 35 a 44 3.934 4.137 - 8.071

De 45 a 59 4.944 5.467 7 10.418

De 60 a 69 1.915 2.268 7 4.190

De 70 anos e mais 1.631 2.177 10 3.818

Idade ignorada - - - -

TOTAL 19.860 21.892 24 41.776

FONTE: TSE

NOTA: Posição do cadastro de eleitores, no site da fonte, a partir de 2012, é em julho.

23

ZONAS ELEITORAIS - 2016

ZONAS ELEITORAIS INFORMAÇÃO

Quantidade de zona(s)

eleitoral(is) Número da(s)

zona(s) eleitoral(is) Município

sede da zona eleitoral

2

33 e 153

FONTE: TRE-PR

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 5 de agosto de 2016.

AGROPECUÁRIA

ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS E ÁREA SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS - 2006

ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS

ÁREA (ha)

Lavoura temporária 194 5.509

Horticultura e floricultura 57 621

Lavoura permanente 16 2.693

Produção de sementes, mudas e outras formas de propagação vegetal 2 x

Pecuária e criação de outros animais 412 20.292

Produção florestal de florestas plantadas 143 14.517

Produção florestal de florestas nativas 21 328

Pesca - -

Aquicultura 12 1.950

TOTAL 857 45.948

FONTE: IBGE - Censo Agropecuário

NOTA: A soma das parcelas da área, não corresponde ao total porque os dados das unidades territoriais com menos de três informantes, estão desidentificados com o caracter 'x'. Dados revisados e alterados após a divulgação da 2ª apuração do Censo Agropecuário, em outubro de 2012.

ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS E ÁREA SEGUNDO A CONDIÇÃO DO PRODUTOR - 2006

CONDIÇÃO DO PRODUTOR ESTABELECIMENTOS ÁREA (ha)

Proprietário 739 42.440

Assentado sem titulação definitiva 4 2.935

Arrendatário 9 146

Parceiro 3 26

Ocupante 30 400

Produtor sem área 72

TOTAL 857 45.948

FONTE: IBGE - Censo Agropecuário

NOTA: A soma das parcelas da área, não corresponde ao total porque os dados das unidades territoriais com menos de três informantes, estão desidentificados com o caracter 'x'. Dados revisados e alterados após a divulgação da 2ª apuração do Censo Agropecuário, em outubro de 2012.

24

ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA TEMPORÁRIA – 2015

CULTURA TEMPORÁRIA ÁREA COLHIDA(ha)

PRODUÇÃO(t)

RENDIMENTO MÉDIO(kg/ha)

VALOR(R$1.000,00)

Alho 3 10 3.333 65

Amendoim (em casca) 5 5 1.000 10

Arroz (em casca) 200 380 1.900 253

Cana-de-açúcar 13 455 35.000 25

Cebola 10 150 15.000 60

Feijão (em grão) 300 405 1.350 866

Fumo (em folha) 20 42 2.100 328

Mandioca 350 5.950 17.000 1.488

Melancia 15 400 26.667 288

Melão 2 16 8.000 32

Milho (em grão) 1.200 7.500 6.250 2.858

Soja (em grão) 4.100 11.580 2.824 11.580

Tomate 3 174 58.000 261

Trigo (em grão) 400 880 2.200 383

FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal

NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto da cultura (lavoura) temporária não aparecem nas listas. Diferenças encontradas são em razão da unidade adotada. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro2016.

ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA PERMANENTE - 2015

CULTURA PERMANENTE ÁREA COLHIDA(ha)

PRODUÇÃO(t)

RENDIMENTO MÉDIO(kg/ha)

VALOR(R$1.000,00)

Caqui 7 70 10.000 109

Erva-mate (folha verde) 250 2.500 10.000 2.500

Figo 1 5 5.000 13

Laranja 8 75 9.375 60

Limão 2 12 6.000 16

Pera 1 10 10.000 25

Pêssego 6 28 4.667 84

Tangerina 11 120 10.909 102

Uva 36 252 7.000 202

FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal

NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto da cultura (lavoura) permanente não aparecem nas listas. Diferenças encontradas são em razão da unidade adotada. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2016.

25

EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES - 2015

EFETIVOS NÚMERO EFETIVOS

NÚMERO

Rebanho de bovinos 7.000 Rebanho de ovinos 2.000

Rebanho de equinos 800 Rebanho de bubalinos 107

Galináceos - Total 260.000 Rebanho de caprinos 250

Galinhas (1) 9.000 Codornas 1.500

Rebanho de suínos - Total 11.000 Rebanho de ovinos tosquiados 2.000

Matrizes de suínos (1) 1.055 Rebanho de vacas ordenhadas 1.750

FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal

NOTA: O efetivo tem como data de referência o dia 31 de dezembro do ano em questão. Os municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. Os efetivos dos rebanhos de asininos, muares e coelhos deixam de ser pesquisados, em razão da pouca importância econômica. A série histórica destes efetivos encerra-se com os dados de 2012. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2016.(1) A partir de 2013 passa-se a pesquisar as galinhas fêmeas em produção de ovos, independente do destino da produção (consumo, industrialização ou incubação) e as matrizes de suínos.

PRODUÇÃO DE ORIGEM ANIMAL - 2015

PRODUTOS VALOR (R$ 1.000,00) PRODUÇÃO UNIDADE

Casulos do bicho-da-seda - - kg

Lã 8 4.000 kg

Leite 6.840 7.200 mil l

Mel de abelha 200 40.000 kg

Ovos de codorna 5 2 mil dz

Ovos de galinha 60 40 mil dz

FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal

NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto de origem animal não aparecem na lista. Diferenças encontradas são em razão da unidade adotada. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2016.

PRODUÇÃO MINERALCOMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO MINERAL (CFEM) - 2015

INFORMAÇÃO VALOR (R$ 1,00)

Arrecadação da compensação financeira pela exploração mineral (CFEM)

(1) Distribuição da compensação financeira pela exploração mineral

(CFEM) (2)

680.450,09

FONTE: DNPM

NOTA: Estabelecida pela Constituição de 1988, em seu Art. 20, § 1º, é devida aos Estados, ao Distrito Federal, aos Muni- cípios, e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios.(1) É calculada sobre o valor do faturamento líquido, quando o produto mineral for vendido, ou seja, é o valor de vendado produto mineral, deduzindo os tributos, as despesas com transporte e seguro que incidem no ato da comercialização. E, quando não ocorre a venda porque o produto foi consumido, transformado ou utilizado pelo próprio minerador, o valor da CFEM é baseado na soma das despesas diretas e indiretas ocorridas até o momento da utilização do produto mineral.(2) Os valores arrecadados devem ser distribuídos na seguinte proporção, conforme Lei n° 8.001 de 13/3/1990, com nova redação dada pela Lei n° 9.993 de 24/7/2000: 65% para o(s) município(s); 23% para o(s) Estado(s) e/ou Distrito Federal; 10% para o Ministério de Minas e Energia, repassados integralmente ao DNPM; e 2% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

26

ARRECADAÇÃO DA CFEM POR GRUPO DE SUBSTÂNCIA - 2015

GRUPO DE SUBSTÂNCIA (1) VALOR (R$ 1,00)

Areia 680.450,09

FONTE: DNPM

NOTA: Estabelecida pela Constituição de 1988, em seu Art. 20, § 1º, é devida aos Estados, ao DistritoFederal, aos Municípios, e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilizaçãoeconômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios.(1) Extraído de - Maiores Arrecadadores da CFEM (http://www.dnpm.gov.br/assuntos/arrecadacao).

HABITAÇÃO

NÚMERO DE DOMICÍLIOS RECENSEADOS SEGUNDO TIPO E USO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO RECENSEADO

URBANA RURAL TOTAL

Particular 17.369 1.106 18.475

Ocupado 15.583 818 16.401

Não ocupado 1.786 288 2.074

Coletivo 31 4 35

TOTAL 17.400 1.110 18.510

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da sinopse

NÚMERO DE FAMÍLIAS, EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, SEGUNDO A COMPOSIÇÃO - 2010

COMPOSIÇÃO DAS FAMÍLIAS Nº DE FAMÍLIAS

Com até 2 pessoas 4.985

Com 3 pessoas 4.730

Com 4 pessoas 3.382

Com 5 pessoas 1.471

Com 6 pessoas ou mais 757

TOTAL 15.324

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 20 de agosto de 2014.

NÚMERO DE DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, SEGUNDO A CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO - 2010

CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO Nº DE DOMICÍLIOS

Próprio 12.294

Alugado 2.947

Cedido 1.083

Outra condição 64

TOTAL 16.388

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 20 de agosto de 2014.

27

NÚMERO DE DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, SEGUNDO ALGUMAS CARACTERÍSTICAS - 2010

CARACTERÍSTICAS Nº DE DOMICÍLIOS

Número de domicílios particulares permanentes 16.388

Abastecimento de água (Água canalizada) 16.212

Esgotamento sanitário (Banheiro ou sanitário) 16.273

Destino do lixo (Coletado) 15.373

Energia elétrica 16.256

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 20 de agosto de 2014.

NÚMERO DE DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, SEGUNDO BENS DURÁVEIS - 2010

BENS DURÁVEIS Nº DE DOMICÍLIOS

Número de domicílios particulares permanentes 16.388

Rádio 15.027

Televisão 15.972

Máquina de lavar roupa 10.154

Geladeira 15.838

Telefone celular 13.490

Telefone fixo 7.318

Microcomputador 6.803

Microcomputador - com acesso à internet 4.769

Motocicleta para uso particular 3.514

Automóvel para uso particular 8.550

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 20 de agosto de 2014.

DEMOGRAFIA

POPULAÇÃO ESTIMADA - 2016

População Estimada 56.650 habitantes

FONTE: IBGE

NOTA: Dados divulgados pela fonte, em 30 de agosto de 2016.

28

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E SEXO - 2010

FAIXA ETÁRIA (anos) MASCULINA

FEMININA TOTAL

Menores de 1 ano 365 362 727

De 1 409 373 782

De 2 398 343 741

De 3 391 330 721

De 4 450 403 853

De 1 a 4 1.648 1.449 3.097

De 5 434 393 827

De 6 409 374 783

De 7 460 409 869

De 8 423 402 825

De 9 472 458 930

De 5 a 9 2.198 2.036 4.234

De 10 516 479 995

De 11 527 491 1.018

De 12 508 456 964

De 13 532 509 1.041

De 14 481 497 978

De 10 a 14 2.564 2.432 4.996

De 15 569 514 1.083

De 16 463 467 930

De 17 447 487 934

De 18 476 480 956

De 19 504 471 975

De 15 a 19 2.459 2.419 4.878

De 20 a 24 2.180 2.211 4.391

De 25 a 29 2.047 2.142 4.189

De 30 a 34 2.025 1.939 3.964

De 35 a 39 1.879 1.971 3.850

De 40 a 44 1.732 1.969 3.701

De 45 a 49 1.652 1.852 3.504

De 50 a 54 1.406 1.436 2.842

De 55 a 59 1.103 1.295 2.398

De 60 a 64 846 995 1.841

De 65 a 69 631 793 1.424

De 70 a 74 487 699 1.186

De 75 a 79 311 452 763

De 80 anos e mais 285 465 750

TOTAL 25.818 26.917 52.735

FONTE: IBGE - Censo Demográfico

29

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINA

FEMININA TOTAL

Urbano 24.319 25.664 49.983

Rural 1.499 1.253 2.752

TOTAL 25.818 26.917 52.735

FONTE: IBGE - Censo Demográfico

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO COR / RAÇA - 2010

COR / RAÇA POPULAÇÃO

COR / RAÇA POPULAÇÃO

Branca 39.517 Indígena 78

Preta 1.252 Sem declaração -

Amarela 274

Parda 11.614 TOTAL 52.735

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 14 de maio e 28 de julho de 2014.

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DEFICIÊNCIA - 2010

TIPO DE DEFICIÊNCIA POPULAÇÃO

Pelo menos uma das deficiências investigadas (1) 11.442

Visual 8.587

Auditiva 2.813

Física e/ou motora 3.589

Mental e/ou intelectual 697

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 14 de maio e 28 de julho de 2014.(1) A mesma pessoa pode apresentar mais de um tipo de deficiência.

30

ESTATÍSTICAS VITAIS

ÓBITOS EM MENORES DE 1 ANO E EM MENORES DE 5 ANOS SEGUNDO OS TIPOS DE DOENÇAS (CAPÍTULOSDO CID10 (1)) - 2015

TIPOS DE DOENÇAS CAPÍTULO

MENORES DE 1ANO

MENORES DE 5ANOS

Infecciosas e parasitárias - 1

Neoplasias (Tumores) - -

Do sangue, órgãos hematopoéticos e transtornos imunitários

- -

Endócrinas, nutricionais e metabólicas - -

Transtornos mentais e comportamentais -

Do sistema nervoso - -

Do olho e anexos - -

Do ouvido e da apófise mastóide - -

Do aparelho circulatório - -

Do aparelho respiratório - -

Do aparelho digestivo - -

Da pele e do tecido celular subcutâneo - -

Do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo - -

Do aparelho geniturinário - -

Algumas afecções originadas no período perinatal 7 7

Mal formação congênita, deformidades, anomalias

cromossômicas 3 3

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos ede laboratório, não classificados em outra parte - -

Causas externas de morbidade e mortalidade 1 2

TOTAL DE ÓBITOS 11 13

FONTE: MS/Datasus, SESA-PR

NOTA: Não incluído os casos de local ignorado. Dados sujeitos a revisão pela fonte. Para o ano de 2015, os dados são preliminares. Posição no site (MS/Datasus e SESA-PR), 27 de maio de 2016.(1) Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10ª Revisão

Internacional de Doenças (CID10).

31

ÓBITOS MATERNOSTOTAL

NÚMERO DE ÓBITOS

1

ÓBITOS SEGUNDO TIPOS DE DOENÇAS (CAPÍTULOS DO CID10 (1)) - GERAL - 2015

TIPOS DE DOENÇAS CAPÍTULO

Nº DEÓBITOS

Infecciosas e parasitárias 7

Neoplasias (Tumores) 87

Do sangue, órgãos hematopoéticos e transtornos imunitários 1

Endócrinas, nutricionais e metabólicas 12

Transtornos mentais e comportamentais 3

Do sistema nervoso 8

Do olho e anexos -

Do ouvido e da apófise mastóide -

Do aparelho circulatório 143

Do aparelho respiratório 46

Do aparelho digestivo 17

Da pele e do tecido celular subcutâneo 1

Do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo 4

Do aparelho geniturinário 10

Gravidez, parto e puerpério 1

Algumas afecções originadas no período perinatal 7

Mal formação congênita, deformidades, anomalias cromossômicas 3

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório,

não classificados em outra parte 2

Causas externas de morbidade e mortalidade 83

TOTAL DE ÓBITOS 435

FONTE: MS/Datasus, SESA-PR

NOTA: Não incluído os casos de local ignorado. Dados sujeitos a revisão pela fonte. Para o ano de 2015, os dados são preliminares. Posição no site (MS/Datasus e SESA-PR), 27 de maio de 2016.(1) Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10ª

Revisão Internacional de Doenças (CID10).

ÓBITOS MATERNOS - 2015

FONTE: MS/Datasus, SESA-PR

NOTA: Não incluído os casos de local ignorado. Dados sujeitos a revisão pela fonte. Para o ano de 2015, os dados são preliminares. Posição no site (MS/Datasus e SESA-PR), 27 de maio de 2016.

32

33

EDUCAÇÃO (REGULAR ESPECIAL E EJA)

MATRÍCULAS NO ENSINO REGULAR SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO E A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - 2015

MODALIDADE DE ENSINO

FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PARTICULAR

TOTAL

Educação infantil - - 1.807 389 2.196

Creche - - 691 135 826

Pré-escolar - - 1.116 254 1.370

Ensino fundamental (1) - 2.790 3.763 731 7.284

Ensino médio (2) 40 2.351 - 377 2.768

Educação profissional - 289 - 311 600

TOTAL 40 5.430 5.570 1.808 12.848

FONTE: MEC/INEP

(1) Inclui matrículas do ensino de 8 e 9 anos.(2) Inclui as matrículas do ensino médio propedêutico, do ensino integrado à educação profissional edo ensino normal e/ou magistério.

MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO E A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - 2015

MODALIDADE DE ENSINO FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PARTICULAR

TOTAL

Educação infantil - - - 15 15

Creche - - - 10 10

Pré-escolar - - - 5 5

Ensino fundamental - - - 43 43

Educação profissional - - - 1 1

Educação de jovens e adultos

- - - 108 108

TOTAL - - - 167 167

FONTE: MEC/INEP

NOTA: Refere-se ao aluno que é de turma exclusiva com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades e/ou superdotação (classes especiais).

MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO E A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - 2015

MODALIDADE DE ENSINO FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PARTICULAR

TOTAL

Ensino fundamental - 461 10 - 471

Ensino médio - 414 - - 414

TOTAL - 875 10 - 885

FONTE: MEC/INEP

NOTA: Referem-se às matrículas em turmas destinadas as pessoas que não cursaram o ensino fundamental e/ou o ensino médio em idade própria.

34

FUNÇÕES DOCENTES NOS ENSINOS REGULAR, ESPECIAL E EJA - 2015

MODALIDADE DE ENSINO FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PARTICULAR

TOTAL

Educação infantil (Regular) - - 161 38 197

Creche - - 73 16 89

Pré-escolar - - 96 25 120

Ensino fundamental (Regular) - 221 197 59 464

Ensino médio (Regular) 14 230 - 33 271

Educação profissional (Regular) - 39 - 33 72

Educação especial (Especial) - - - 33 33

Educação de jovens e adultos (EJA)

- 92 1 - 93

TOTAL 14 356 338 182 852

FONTE: MEC/INEP

NOTA: O total de docentes por município diverge com o total de docentes do Estado a medida que se aumentam as desagregações da informação, pois um docente pode trabalhar em dois municípios ou mais e em duas dependências administrativas ou mais.

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO NOS ENSINOS REGULAR, ESPECIAL E EJA - 2015

MODALIDADE DE ENSINO FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PARTICULAR

TOTAL

Creche (Regular) - - 13 6 19

Pré-escolar (Regular) - - 25 7 32

Ensino fundamental (Regular) - 14 24 5 43

Ensino médio (Regular) 1 14 - 3 18

Educação profissional (Regular) - 3 - 2 5

Educação especial (Especial) - - - 2 2

Educação de jovens e adultos (EJA)

- 3 1 - 4

TOTAL 1 15 38 11 65

FONTE: MEC/INEP

NOTA: O mesmo estabelecimento pode oferecer mais de uma etapa e/ou modalidade.

35

EDUCAÇÃO SUPERIOR

MATRÍCULAS E CONCLUÍNTES NA EDUCAÇÃO SUPERIOR PRESENCIAL E A DISTÂNCIA SEGUNDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - 2015

MODALIDADE DE ENSINO FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

TOTAL

Educação Superior PresencialMatrículas - 955 1.325 3.373 5.653

Concluintes - 195 282 470 947

Educação Superior a Distância

Matrículas - - - 440 440

Concluintes - - - 65 65

FONTE: MEC/INEP

FUNÇÕES DOCENTES, INSTITUIÇÕES E POLOS DE APOIO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR SEGUNDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - 2015

INFORMAÇÕES FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

TOTAL

Funções docentes (1) - - 124 134 258

Instituições de educação superior (2) - - 1 1 2

Polos de apoio (3) - - - 3 3

FONTE: MEC/INEP

(1) O mesmo professor pode exercer funções docentes em uma ou mais instituições. Corresponde ao total de pessoas em atividades docentes (em exercício e afastados).(2) As instituições de ensino superior (IES) disponibilizadas por município, consideram as sedes em quese localizam essas instituições e não os seus campi e/ou pólos avançados.(3) Polo de educação a distância, ou polo de apoio presencial, é o local devidamente credenciado pelo MEC, no país ou no exterior, próprio para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância.

MEIO AMBIENTE

RECURSO DO ICMS ECOLÓGICO REPASSADO AOS MUNICÍPIOS - 2015

ICMS ECOLÓGICO VALOR (R$ 1,00)

Fator ambiental - Unidades de Conservação

Fator ambiental - Mananciais de

Abastecimento TOTAL

725.558,03

-

FONTE: SEFA-PR

NOTA: A partir de 2015 a fonte passou a disponibilizar os dados brutos. As deduções de 20% para FUNDEB foram calculadas pelo IPARDES.

36

TRABALHO

POPULAÇÃO EM IDADE ATIVA (PIA), ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) E OCUPADA, POR TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO

PIA (10 anos emais)

PEA (10 anos emais)

POPULAÇÃOOCUPADA

Domicílio - Urbano 42.277 24.531 22.495

Domicílio - Rural 2.374 1.605 1.576

Sexo - Masculino 21.597 14.738 13.894

Sexo - Feminino 23.055 11.398 10.177

TOTAL 44.651 26.136 24.070

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

NOTA: A soma das parcelas por sexo e/ou tipo de domicílio, podem diferir do total.

POPULAÇÃO OCUPADA SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS - 2010

ATIVIDADES ECONÔMICAS (1) Nº DE PESSOAS

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 2.490

Indústrias extrativas 182

Indústrias de transformação 3.533

Eletricidade e gás 60

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 156

Construção 2.178

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 5.135

Transporte, armazenagem e correio 1.186

Alojamento e alimentação 574

Informação e comunicação 141

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 141

Atividades imobiliárias 50

Atividades profissionais, científicas e técnicas 601

Atividades administrativas e serviços complementares 317

Administração pública, defesa e seguridade social 1.147

Educação 1.632

Saúde humana e serviços sociais 1.090

Artes, cultura, esporte e recreação 181

Outras atividades de serviços 465

Serviços domésticos 2.121

Atividades mal especificadas 692

TOTAL 24.070

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

(1) A classificação da atividade econômica é pela Classificação Nacional de Atividade Econômica Domiciliar (CNAE Domiciliar 2.0).

37

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGOS (RAIS) SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS - 2015

ATIVIDADES ECONÔMICAS (SETORES E SUBSETORES DO IBGE(1)) ESTABELECIMENTOS

EMPREGOS

INDÚSTRIA

Extração de

minerais

Transformação

Produtos minerais não

metálicos Metalúrgica

Mecânica

Material elétrico e de

comunicações Material de

transporte

Madeira e do mobiliário

Papel, papelão, editorial e gráfica

Borracha, fumo, couros, peles e produtos similares e indústria

diversa matérias plásticas

Têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos

Produtos alimentícios, de bebida e álcool etílico

Serviços industriais de utilidade pública

CONSTRUÇÃO CIVIL

COMÉRCIO

Comércio

varejista Comércio

atacadista

SERVIÇOS

Instituições de crédito, seguros e de

226

11

213

15

18

6

4

2

83

13

11

21

5

35

2

105

697

653

44

544

14

143

88

4.197

270

3.792

87

77

51

80

13

2.100

395

193

564

18

214

135

432

3.683

3.468

215

4.853

116

545

524FONTE: MTE/RAIS

NOTA: Posição em 31 de dezembro. O total das atividades econômicas refere-se à soma dos grandes setores: Indústria; Construção Civil; Comércio; Serviços; Agropecuária; e Atividade não Especificada ou Classificada.(1) INDÚSTRIA: extração de minerais; transformação; serviços industriais utilidade pública. TRANSFORMAÇÃO: minerais não metálicos; metalúrgica; mecânica; elétrico, comunicações; material transporte; madeira, mobiliário; papel,papelão, editorial, gráfica; borracha, fumo, couros, peles, similares, indústria diversa; química, farmacêuticos, veterinários, perfumaria, sabões, velas, matérias plásticas; têxtil, vestuário, artefatos tecidos; calçados, produtos alimentícios, bebidas, álcool etílico. COMÉRCIO: varejista; atacadista. SERVIÇOS: instituições de crédito, seguros, capitalização; administradoras de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos profissionais, auxiliar atividade econômica; transporte e comunicações; serviços alojamento, alimentação, reparo, manutenção, radiodifusão, televisão; serviços médicos, odontológicos e veterinários; ensino; administração pública direta e indireta.

38

ENERGIA

CONSUMO E NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA - 2015

CATEGORIAS (Mwh) N° DE CONSUMIDORES(1)

Residencial 32.487 18.674

Setor secundário (Indústria) 86.555 354

Setor comercial 20.766 1.991

Rural 2.789 1.094

Outras classes (2) 12.694 361

Consumo livre (na indústria) (uso do sistema) (3)

1.996 1

TOTAL 157.287 22.475

FONTE: COPEL e Concessionárias CELESC, COCEL, CFLO, CPFL e FORCEL.

(1) Entende-se por consumidor as unidades consumidoras de energia elétrica (relógio).(2) Inclui as categorias: consumo próprio, iluminação pública, poder público e serviço público.(3) Refere-se ao consumo de energia elétrica da autoprodução da indústria. Inclui os consumidores atendidos por outro fornecedor de energia e os que possuem parcela de carga atendida pela COPEL Distribuição e a outra parcela por outro fornecedor.

39

SANEAMENTO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2015

CATEGORIAS UNIDADES ATENDIDAS (1) LIGAÇÕES

Residenciais 17.380 14.976

Comerciais 1.500 1.099

Industriais 98 95

Utilidade pública 147 145

Poder público 166 166

TOTAL 19.291 16.481

FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento

NOTA: As outras fontes de saneamento são: CAGEPAR, CASAN, DEMAE, Prefeitura Municipal, SAAE, SAAEM, SAEMA e SAMAE.(1) Economias. É todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ousubdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.

CONSUMO DE ÁGUA FATURADO E MEDIDO - 2015

CONSUMO DE ÁGUA VOLUME (m3)

Fatura

do

Medid

2.911.464

FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento NOTA: As outras fontes de saneamento são: CAGEPAR, CASAN, DEMAE, Prefeitura Municipal, SAAE, SAAEM, SAEMA e SAMAE.

ATENDIMENTO DE ESGOTO SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2015

CATEGORIAS UNIDADES ATENDIDAS (1) LIGAÇÕES

Residenciais 4.471 2.860

Comerciais 907 563

Industriais 12 12

Utilidade pública 43 42

Poder público 65 65

TOTAL 5.498 3.542

FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento

NOTA: As outras fontes de saneamento são: CAGEPAR, CASAN, DEMAE, Prefeitura Municipal, SAAE, SAAEM, SAEMA e SAMAE.

(1) Economias. É todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisãoindependente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, comounidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.

40

SAÚDE

ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS - 2015

ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE NÚMERO ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE NÚMERO

Número de crianças pesadas 7.611

Número de crianças desnutridas 14

FONTE: MS/SIAB

NOTA: Dados sujeitos a revisão pela fonte. Posição, no site do Datasus, 15 de março de 2016.

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE SEGUNDO A ESFERA JURÍDICA - 2015

ESFERA JURÍDICA (1) NÚMERO ESFERA JURÍDICA (1) NÚMERO

Administração pública 27 Pessoas físicas 74

Entidades empresariais 61 Não específicado ou ignorado -

Entidades sem fins lucrativos 5 TOTAL 167

FONTE: MS/CNES

NOTA: Posição em dezembro. Situação da base de dados nacional em 29/04/2016. Informações de 2015, para esfera administrativa (federal, estadual, municipal e privada) foram encerrados com os dados de outubro de 2015. A disponibilização dos dados passam a ser por esfera jurídica, cuja série apresenta informações a partir de junho de 2012. Posição dos dados, no site do Datasus, 29 de setembro de 2016.(1) A natureza jurídica (esfera) é definido pela Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), do IBGE.

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE SEGUNDO O TIPO DE ESTABELECIMENTO - 2015

TIPO DE ESTABELECIMENTO NÚMERO

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS (1) 167

Centro de atenção psicossocial (CAPS) 1

Centro de saúde / Unidade básica de saúde 10

Clínica especializada / Ambulatório especializado 3

Consultórios 109

Hospital geral 2

Policlínica 12

Posto de saúde 12

Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 13

FONTE: MS/CNES

NOTA: Posição em dezembro. Situação da base de dados nacional em 29/04/2016. Posição dos dados, no site do Datasus, 29 de setembro de 2016.(1) A soma por tipo de estabelecimentos, não representa o total, por não estar sendo considerados todos os tipos, mas a sua maioria (aproximadamente 95%).

Índice de Gini da Renda Domiciliar per Capita 0,4882

41

NÚMERO DE LEITOS HOSPITALARES EXISTENTES (TOTAL, SUS E NÃO SUS) SEGUNDO A ESPECIALIDADE - 2015

ESPECIALIDADE TOTAL SU

NÃO SUS

Cirúrgicos 24 12 12

Clínicos 60 38 22

Obstétricos 24 15 9

Pediátricos 18 10 8

Outras especialidades 97 34 63

TOTAL 223 109 114

FONTE: MS/CNES

NOTA: Posição em dezembro. Situação da base de dados nacional em 29/04/2016. Posição dos dados, no site do Datasus, 29 de setembro de 2016.

INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS

ÍNDICE DE GINI DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA - 2010FONTE: IBGE - Censo Demográfico ; Tabulações especiais do IPEA

NOTA: Mede o grau de concentração da distribuição de renda domiciliar per capita de uma determinada população em um determinado espaço geográfico. Interpre- tação: Quando o índice tem valor igual a um (1), existe perfeita desigualdade, isto é, a renda domiciliar per capita é totalmente apropriada por um único indivíduo.Quando ele tem valor igual à zero (0), tem-se perfeita igualdade, isto é, a renda é distribuída na mesma proporção para todos os domicílios. Quanto mais próximo da unidade, maior a desigualdade na distribuição de renda.

RENDA MÉDIA DOMICILIAR PER CAPITA - 2010

Renda Média Domiciliar per Capita 662,78

R$ 1,00

FONTE: IBGE - Censo Demográfico

NOTA: Média das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Considerou-se como renda domiciliar per capita a soma dos rendimentos mensais dos moradores do domicílio, em reais, dividida pelo núme- ro de seus moradores. O salário mínimo do último ano para oqual a série está sendo cal- culada torna-se a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção de pobres. O valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00.

TAXA DE ATIVIDADE E DE OCUPAÇÃO SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA - 2010

FAIXA ETÁRIA (anos) TAXA DE ATIVIDADE(%)

TAXA DE OCUPAÇÃO(%)

De 10 anos ou mais 58,50 92,10

De 10 a 14 4,46 84,30

De 15 a 17 30,34 59,62

De 18 anos ou mais 68,11 93,33

De 18 a 24 76,13 85,46

De 25 a 29 81,14 95,09

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

42

INDICADORES SOCIAIS

DENSIDADE DEMOGRÁFICA - 2016

Densidade Demográfica 79,39

hab/km²

FONTE: IPARDES

NOTA: É calculada em função das populações do IBGE e das áreas territoriais calculadas pelo ITCG.

GRAU DE URBANIZAÇÃO - 2010

Grau de Urbanização 94,78 %

FONTE: IBGE - Censo Demográfico

TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO POPULACIONAL SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO TAXA DE CRESCIMENTO (%)

Urba

no

Rura

l

0,92

-0,FONTE: IBGE - Censo Demográfico

TAXA BRUTA DE NATALIDADE - 2015

Taxa Bruta de Natalidade 15,80

mil habitantes

FONTE: IBGE, SESA-PR, IPARDES - Tabulações especiais

NOTA: Dados de nascidos vivos sujeitos a revisão pela fonte. Para o ano de 2014, os dados são preliminares. Posição, no site do Datasus, 23 de dezembro de 2015.

TAXA DE MORTALIDADE (COEFICIENTE DE MORTALIDADE) - 2015

TAXA (COEFICIENTE) DE MORTALIDADE TAXA UNIDADE

Infantil 12,37 mil nascidos vivos

Em menores de 5 anos 14,62 mil nascidos vivos

Materna 112,49 100 mil nascidosvivos

Geral 7,73 mil habitantes

FONTE: MS/Datasus, SESA-PR

NOTA: Não incluído os casos de local ignorado. Dados sujeitos a revisão pela fonte. Para o ano de 2015, os dados são preliminares. Posição no site (MS/Datasus e SESA-PR), 27 de maio de 2016.

43

TAXA DE ANALFABETISMO SEGUNDO FAIXA ETÁRIA - 2010

FAIXA ETÁRIA (anos) TAXA (%)

De 15 ou mais 4,04

De 15 a 19 0,64

De 20 a 24 0,64

De 25 a 29 1,12

De 30 a 39 2,03

De 40 a 49 3,47

De 50 e mais 9,72

FONTE: IBGE - Censo Demográfico

NOTA: Foi considerado como analfabetas as pessoas maioresde 15 anos que declararam não serem capazes de ler eescrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprionome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, masesqueceram.

TAXAS DE RENDIMENTO EDUCACIONAIS NOS ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO - 2015

TIPO DE ENSINO APROVAÇÃO(%)

REPROVAÇÃO(%)

ABANDONO(%)

Fundamental 93,6 6,1 0,3

Anos iniciais (1ª a 4ª série e/ou 1º a 5º ano) 97,1 2,9 -

Anos finais (5ª a 8ª série e/ou 6º a 9º ano) 88,6 10,6 0,8

Médio 79,8 13,1 7,1

FONTE: MEC/INEP

TAXA DE DISTORÇÃO IDADE SÉRIE NOS ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO - 2015

TIPO DE ENSINO TAXA (%)

Fundamental 10,9

Anos iniciais (1ª a 4ª série e/ou 1º a 5º ano) 5,3

Anos finais (5ª a 8ª série e/ou 6º a 9º ano) 18,7

Médio 18,4

FONTE: MEC/INEP

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB) (1) - 2015

TIPO DE ENSINO MUNICIPAL

ESTADUAL

FEDERAL

PÚBLICA

Fundamental

Anos iniciais (4ª série e/ou 5º ano) 6,0 - 6,0

Anos finais (8ª série e/ou 9º ano) - 4,1 - 4,1

FONTE: MEC/INEP

NOTA: O índice foi criado em 2007 e representa a iniciativa de reunir num só indicador, dois conceitos igualmente importantes para a qualidade de ensino: aprovação escolar, obtido no CensoEscolar, e médias de desempenho nas avaliações do INEP, sendo o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) - para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil - para os Municípios.

44

Também, uma mesma escola ou município pode ter o índice referente aos anos iniciais e finais de ensino; um mesmo município pode ter o índice referente às redes federal, estadual e municipal; e os dados em nível de Paraná, anos iniciais e finais para a rede estadual, incluem apenas as escolas urbanas.(1) (*) - número de participantes na Prova Brasil, de 2011 a 2015, insuficiente para que os resultados sejam divulgados; (**) - solicitação de não divulgação, de 2011 a 2013, conforme as Portarias INEP nº 410 de 3 de novembro de 2011 e nº 304 de 24 de junho de 2013; (***) - sem média na Prova Brasil, de 2011 a 2015.

ÍNDICE IPARDES DE DESEMPENHO MUNICIPAL (IPDM) - 2013

INFORMAÇÃO ÍNDICE

IPDM - Emprego, renda e produção agropecuária 0,6353

IPDM - Educação 0,8069

IPDM - Saúde 0,8440

Índice IPARDES de desempenho municipal (IPDM) 0,7621

FONTE: IPARDES

NOTA: O desempenho municipal é expresso por um índice cujo valor varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o nível de desempenho do município com relação ao referido indicador ou o índice final. Com base no valor do índice os municípios foram classificados em quatro grupos: baixo desempenho (0,000 a < 0,400); médio baixo desempenho (0,400 a < 0,600); médio desempenho (0,600a < 0,800); e,alto desempenho (0,800 a 1,000).

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDHM) - 2010

INFORMAÇÃO ÍNDICE (1)

UNIDADE

Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) 0,740

IDHM - Longevidade 0,837

Esperança de vida ao nascer 75,20 anos

IDHM - Educação 0,680

Escolaridade da população adulta 0,56

Fluxo escolar da população jovem (Frequência escolar) 0,74

IDHM - Renda 0,713

Renda per capita 674,29 R$ 1,00

Classificação na unidade da federação 54

Classificação nacional 764

FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - PNUD, IPEA, FJP

NOTA: Os dados utilizados foram extraídos dos Censos Demográficos do

IBGE.(1) O índice varia de 0 (zero) a 1 (um) e apresenta as seguintes faixas de desenvolvimentohumano municipal: 0,000 a 0,499 - muito baixo; 0,500 a 0,599 - baixo; 0,600 a 0,699 - médio; 0,700 a 0,799 - alto e 0,800 e mais - muito alto.

45

CAPÍTULO 2

PROGRAMAS E AÇÕES DESENVOLVIDAS PELASSECRETARIAS QUE COMPOEM A CAISAN

46

GESTÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO

COMANDO ÚNICO

PROTEÇÃO SOCIAL NO SUAS

É ofertada através de um conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e

auxílios para redução e prevenção das vulnerabilidades sociais, a dignidade humana e a

família como núcleo básico de sustentação efetiva, biológica e relacional. (NOB,2005, p. 16)

Serviços Programas Projetos Benefícios

São atividades

continuadas

que visam a

melhoria de vida

da população e

cujas ações

estejam voltadas

para as

necessidades

básicas da

população,

observando os

princípios,

objetivos e

Ações integradas e

complementares

delimitadas em um

tempo, espaço, e

voltadas para

qualificar e melhorar

os Benefícios

Serviços - Art.24 da

LOAS.

Buscam subsidiar

financeira e

tecnicamente,

Iniciativas que

garantam meios e

capacidade

produtiva para

melhoria da

qualidade de

subsistência.

É a transferência

direta de valores

monetários aos

seus

destinatários.

Pode ser de

natureza

continuada ou

eventual.

INSTÂNCIA DE

FINANCIAMENTO

Fundo Municipal

INSTÂNCIA DE

CONTROLE SOCIAL

Conselho Municipal

de Assistência Social

INSTÂNCIA DE

GESTÃO

SecretariaMunicipal

de Assistência

47

diretrizes da

LOAS.

HIERARQUIZAÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL - SUAS

Proteção Social Básica

Proteção Social Especial de Média Complexidade e Alta Complexidade

SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEL DE COMPLEXIDADE

Proteção Social Básica

1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF

2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas.

PROTEÇÃO SOCIAL NO SUAS

É ofertada através de um conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e

auxílios para redução e prevenção das vulnerabilidades sociais, a dignidade humana e a

família como núcleo básico de sustentação efetiva, biológica e relacional. (NOB,2005, p. 16)

Serviços Programas Projetos Benefícios

São atividades

continuadas

que visam a

melhoria de vida

da população e

cujas ações

estejam voltadas

para as

necessidades

básicas da

população,

Ações integradas e

complementares

delimitadas em um

tempo, espaço, e

voltadas para

qualificar e melhorar

os Benefícios

Serviços - Art.24 da

LOAS.

Buscam subsidiar

financeira e

tecnicamente,

Iniciativas que

garantam meios e

capacidade

produtiva para

melhoria da

qualidade de

subsistência.

É a transferência

direta de valores

monetários aos

seus

destinatários.

Pode ser de

natureza

continuada ou

eventual.

48

observando os

princípios,

objetivos e

diretrizes da

LOAS.

HIERARQUIZAÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL - SUAS

Proteção Social Básica

Proteção Social Especial de Média Complexidade e Alta Complexidade

SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEL DE COMPLEXIDADE

Proteção Social Básica

1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF

2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas.

Trabalho Social essencial ao Serviço: Acolhida; estudo social; visita domiciliar; orientação

e encaminhamentos; grupos de famílias; acompanhamento familiar; atividades comunitárias;

campanhas socioeducativas; informação, comunicação e defesa de direitos; promoção ao

acesso à documentação pessoal; mobilização e fortalecimento de redes sociais de apoio;

desenvolvimento do convívio familiar e comunitário; mobilização para a cidadania;

conhecimento do território; cadastramento socioeconômico; elaboração de relatórios e/ou

prontuários; notificação da ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social; busca

ativa.

Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

Todos os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos organizam-se em torno do

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), sendo a ele articulados.

Previnem a institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e idosos e

oportunizam o acesso às informações sobre direitos e participação cidadã. Ocorrem por

meio do trabalho em grupos ou coletivos e organizam-se de modo a ampliar trocas culturais

e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos

familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária.

49

Impacto Social Esperado

- Redução da ocorrência de situações de vulnerabilidade social;

- Prevenção da ocorrência de riscos sociais, seu agravamento ou reincidência;

- Aumento de acessos a serviços socioassistenciais e setoriais;

- Ampliação do acesso aos direitos socioassistenciais;

- Melhoria da qualidade de vida dos usuários e suas famílias.

- Acesso às instâncias de denúncia e recurso em casos de violação de direitos dos cidadãos;

- Aumento no número de jovens autônomos e participantes na vida familiar e comunitária,

com plena informação sobre seus direitos e deveres;

- Junto a outras políticas públicas, reduzir índices de: violência entre os jovens; uso/abuso

de drogas; doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce;

- Aumento de acessos a serviços socioassistenciais e setoriais;

- Melhoria da qualidade de vida das famílias residentes nos território de abrangência do

CRAS.

Benefícios Eventuais e Outros

Os benefícios da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) são de caráter

suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de morte,

nascimento, calamidade pública e situações de vulnerabilidade temporária.

A oferta de Benefícios Eventuais pode ocorrer mediante apresentação de demandas

por parte de indivíduos e familiares em situação de vulnerabilidade, ou por identificação

dessas situações no atendimento dos usuários nos serviços socioassistenciais e do

acompanhamento sócio familiar no âmbito da Proteção Social Básica (PSB) e Proteção

Social Especial (PSE).

Inclusão Produtiva – PRONATEC

PRONATEC Brasil Sem Miséria – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e

Emprego, do Ministério do Desenvolvimento Social, que provê cursos gratuitos de Formação

Inicial e Continuada ( FIC), custeados pelo MEC e ministrados pelo Sistema S ( SENAC,

SESI, SENAI) e Instituto Federal, foram pactuadas em janeiro de 2013, 356 vagas para o

município visando a inclusão produtiva. Foram feitas parcerias com o Instituto Federal do

Paraná, SENAC, SENAI.

50

Os serviços de Inclusão Produtiva buscam a autonomia das famílias usuárias da

Política de Assistência Social, através do incentivo à geração de trabalho e renda,

promovendo ações de capacitação, instrumentalização para o trabalho e formação de

grupos de produção.

Centro de Referência Especializada em Assistência Social – CREAS

O Centro de Referência Especializada em Assistência Social - CREAS é a unidade

pública estatal que oferta serviços da proteção especial, especializados e continuados,

gratuitamente a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos.

Usuários: Famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por ocorrência de:

- Violência física, psicológica e negligência;

- Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;

- Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida

de proteção;

- Tráfico de pessoas;

- Situação de rua e mendicância;

- Abandono;

- Vivência de trabalho infantil;

- Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;

- Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões a

situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir

autonomia e bem estar;

Trabalho essencial ao Serviço: Acolhida; escuta; estudo social; diagnóstico

socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e encaminhamentos

para a rede de serviços locais; construção de plano individual e/ou familiar de atendimento;

orientação social e familiar; atendimento psicossocial; orientação jurídico-social; referência e

contra referência; informação, comunicação e defesa de direitos; apoio à família na sua

função protetiva; acesso à documentação pessoal; mobilização, identificação da família

extensa ou ampliada; articulação da rede de serviços socioassistenciais; articulação com os

serviços de outras políticas públicas setoriais; articulação interinstitucional com os demais

órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; mobilização para o exercício da cidadania;

trabalho interdisciplinar; elaboração de relatórios e/ou prontuários; estímulo ao convívio

familiar, grupal e social; mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de

apoio.

51

Usuários: Famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por ocorrência de:

- Violência física, psicológica e negligência;

- Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;

- Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida

de proteção;

- Tráfico de pessoas;

- Situação de rua e mendicância;

- Abandono;

- Vivência de trabalho infantil;

- Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;

- Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões a

situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir

autonomia e bem estar.

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade

(PSC)

O Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade tem como

objetivo a oferta de atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e

jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, determinadas

judicialmente.Esse serviço deve contribuir para o acesso a direitos e para a

ressignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens.

O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE - é a política pública

que organiza e orienta a execução das Medidas Socioeducativas aplicadas a adolescentes

aos quais é atribuída a prática de ato infracional. Partindo da legislação vigente, o Estatuto

da Criança e do Adolescente – ECA – (Lei Federal 8.069/98), e fundamentado na Resolução

119/06 do CONANDA e na Lei Federal 12594/12, busca estabelecer diretrizes para o

adequado cumprimento do que foi pensado e definido em leis para a responsabilização e o

acompanhamento educativo destes adolescentes. Em anexo Diagnóstico do Atendimento

Socioeducativo em União da Vitória/PR

Impacto Social Esperado:

- fortalecer vínculos familiares e comunitários;

- reduzir a reincidência da prática do ato infracional;

- reduzir o ciclo da violência.

52

PERFIL DO ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MSE DE LA E PSC

A caracterização do universo das medidas socioeducativas em meio aberto do

município de União da Vitória/PR, objetiva subsidiar ações, projetos e programas adequados

à realidade local. Revela índices referentes à idade, região onde residem, constituição e

renda familiar, escolarização e profissionalização, saúde, uso de drogas e prática infracional.

Estes dados foram coletados nos arquivos de atendimento do CREAS.

Com relação à idade dos adolescentes em cumprimento de MSE, percebe-se que

69% dos adolescentes têm entre 15 e 17 anos, sendo que 34% correspondem à idade de 16

anos.

No que concerne ao local que residem, constatou-se que 92% destes residem em

União da Vitória/PR. Outros 8% residem em Porto União/SC, cidade vizinha do município.

Em virtude de cometeram o ato infracional em União da Vitória, cumprem neste município.

Para identificar a origem dos adolescentes por região, os bairros foram divididos

conforme o território do município. Foi constatado que 46% dos que residem em União da

Vitória pertencem ao território do CRAS – São Cristóvão. Outros 20% pertencem a bairros

que integram o território do CRAS – ROCIO e 26% pertencem a bairros cujo território é

responsabilidade do Atendimento Social. Os outros 8% correspondem à demanda da cidade

vizinha.

Com relação à constituição familiar 60% dos adolescentes não integram famílias

nucleares (aquelas compostas por pai, mãe e filho(s)).

No que concerne à renda declarada, foi constatado que aproximadamente 40% das

famílias dos adolescentes não chega a receber 2 salários mínimos, somado aos valores

recebidos pelo Programa Bolsa Família. Este dado reflete a relação do ato infracional à

situação de risco e vulnerabilidade social.

De acordo com os dados levantados, praticamente 70% das famílias estão inseridas

no CAD Único. Estima-se que este número seja superior, visto que 21% não declararam

estar inscritos. Neste sentido, a pesquisa será refeita nos próximos meses para confirmar o

número de famílias, já que os dados foram coletados documentalmente e na pasta de alguns

adolescentes não constava esta informação. Dos 70% inscritos no CAD – Único; 62%

declararam participar de programas sociais, como o Bolsa Família, Luz Fraterna, PAIF –

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família ou PAEFI – Serviço de Proteção e

Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos.

Com relação à Saúde, 68% declaram não ter tido problemas de saúde. Apenas 37%

declaram fazer acompanhamento regular de saúde, sendo que relatam apenas ir ao médico

53

quando sentem necessidade (dor), sem caráter preventivo. Em 94% dos casos este

acompanhamento é realizado na rede pública. Mais de 40% dos adolescentes inseridos no

programa declararam, já na entrevista inicial, fazer uso de drogas. No que concerne ao

álcool, o qual apresenta maior aceitação social, constata-se que praticamente 75% dos

adolescentes declaram fazer uso frequente e aproximadamente 60% dos adolescentes

admitem fumar.

Quanto à profissionalização e o trabalho, 56% declaram que trabalham ou já

trabalharam algum dia. Contudo, 76% não fizeram cursos profissionalizantes e destes, 37%

não apresentam interesse em participar dos cursos. Outros 43% declaram ter interesse em

realizar cursos profissionalizantes e 20% não declararam.

Verificou-se, também, que 28% dos adolescentes não estão estudando. Apenas 10%

concluíram o ensino médio e 62% estão matriculados na rede de ensino. Com relação à

série de estudo, verifica-se que há um atraso significativo: 69% estariam em idade

correspondente ao ensino médio, contudo apenas 8% dos adolescentes cursam este grau

de estudo; 58% freqüentam, ainda, o ensino fundamental II (correspondente a 5ª a 8ª série);

34% cursam o Ensino para Jovens e Adultos.

Outro índice significativo refere-se à reprovação: mais de 70% dos adolescentes em

cumprimento de medida socioeducativa reprovaram ao menos uma vez; 44% destes

declaram ter reprovado mais de uma vez, apenas 15% tiveram apenas uma reprovação no

histórico. Outros 41% não declararam o número de reprovações. Deste modo, é possível

relacionar à prática infracional com a defasagem escolar.

No que concerne ao tempo da medida aplicada pela Vara da Infância Juventude e

Anexos desta Comarca, verifica-se que aproximadamente em 50% dos casos são aplicados

02 meses e em 30% dos casos são aplicados 06 meses. Salienta-se que o tempo da medida

é aplicado, conforme o SINASE, pela gravidade do ato infracional cometido, pela

personalidade do adolescente, bem como pela dinâmica familiar.

A pesquisa revelou, ainda, o índice de reincidência dos adolescentes cumprindo

medida socioeducativa no município de União da Vitória. Foi constatado que 26% dos

adolescentes que cumprem uma MSE reincidem na prática infracional.

Com relação ao ato infracional cometido, constata-se que em 38% dos casos os

adolescentes são encaminhados por motivo de vias de fato ou lesões corporais, ou seja,

conflitos. Em segundo, aparece o furto com 25% dos casos e em terceiro o roubo, com

12%. 76% dos adolescentes cometeram o ato infracional em grupo.

PROGRAMA DE BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC

54

O Benefício de Prestação Continuada é um direito garantido pela Constituição Federal

de 1988 e consiste no pagamento de 01 (um) salário mínimo mensal às pessoas com 65

anos ou mais de idade e às pessoas com deficiência incapacitante para a vida independente

e para o trabalho, onde em ambos os casos a renda per capita familiar seja inferior a ¼ do

salário mínimo.

O BPC também encontra amparo legal na Lei nº 10.741/03 que institui o Estatuto do

Idoso. O Benefício é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

(MDS) a quem compete sua gestão, acompanhamento e avaliação e, ao Instituto Nacional

do Seguro Social (INSS) a sua operacionalização. Os recursos para custeio do BPC provem

do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

Durante o ano são encaminhados em média 150 Benefícios de Prestação

Continuada.

Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

Oferecer proteção integral – moradia, alimentação, higienização para famílias e

indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando

ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário.

Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.

Descrição: O serviço promove apoio e proteção à população atingida por situações de

emergência e calamidade pública, com a oferta de alojamentos provisórios, atenções e

provisões materiais, conforme as necessidades detectadas. Assegura a realização de

articulações e a participação em ações conjuntas de caráter intersetorial para a minimização

dos danos ocasionados e o provimento das necessidades verificadas.

Usuários:

Famílias e Indivíduos:

- Atingidos por situações de emergência e calamidade pública (incêndios, desabamentos,

deslizamentos, alagamentos, dentre outras) que tiveram perdas parciais ou totais de

moradia, objetos ou utensílios pessoais, e se encontram temporária ou definitivamente

desabrigados;

- Removidos de áreas consideradas de risco, por prevenção ou determinação do Poder

Judiciário.

Impacto Social Esperado

- Minimização de danos;

- Proteção social a indivíduos e famílias;

55

- Reconstrução das condições de vida familiar e comunitária.

Unidades de Acolhimento – Censo SUAS 2013

A Rede Privada de Assistência Social é composta por entidades e organizações não

governamentais estabelecidas no município, devidamente inscritas no Conselho Municipal

de Assistência Social. Para o SUAS, tais instituições são parceiras imprescindíveis para a

execução da Política de Assistência Social. União da Vitória tem hoje 10 (dez) instituições

nesta condição, sendo que algumas delas recebem subvenção social municipal, para o

exercício de suas atividades. Destas, 10 (dez) prestam serviços voltados Proteção Social

Especial de alta complexidade São 04 (quatro) instituições voltadas para o público de

crianças e adolescentes, 06 (seis) para idosos, pessoas com deficiência, dependentes

químicos.

Plano Brasil sem Miséria

O Plano Brasil sem Miséria foi lançado com o desafio de superar a extrema

pobreza no país. O público definido como prioritário foi o dos brasileiros que estavam em

situação de extrema pobreza, ou seja, com renda familiar mensal inferior a R$ 77 por

pessoa. Com o Brasil Sem Miséria, a fórmula de cálculos dos benefícios do Programa

Bolsa Família para as famílias mais pobres foi modificada. Agora, todas as famílias

beneficiárias do Programa superam o patamar da extrema pobreza.

Considerando que a extrema pobreza se manifesta de múltiplas formas além da

insuficiência de renda, o Plano foi estruturado em três eixos: garantia de renda, inclusão

produtiva e acesso a serviços. São mais de 100 ações, programas e políticas distribuídas

nos três eixos, que envolvem 22 ministérios. O Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS) coordena o Brasil Sem Miséria. Todos os estados brasileiros

aderiram ao Plano.

Mas, para que o Brasil Sem Miséria funcione da maneira mais adequada possível, é

fundamental que haja forte envolvimento dos municípios. Um dos motivos para a

centralidade dos municípios é o Cadastro Único, porta de entrada para o Brasil Sem

Miséria. Afinal, o responsável pelo registro das famílias no Cadastro é o poder público

municipal, que também tem papel de destaque no funcionamento das redes de saúde,

educação e assistência social, essenciais para a superação da extrema pobreza.

56

Cadastro Único

O Cadastro Único para Programas Sociais reúne informações socioeconômicas

das famílias brasileiras de baixa renda – aquelas com renda mensal de até meio salário

mínimo por pessoa. Essas informações permitem ao governo conhecer as reais

condições de vida da população e, a partir dessas informações, selecionar as famílias

para diversos programas sociais.

No Município de União da Vitória, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em

setembro de 2016 era de 7.427 dentre as quais:

1.223 com renda per capita familiar de até R$ 85,00;

1.199 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00;

2.598 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário mínimo;

2.407 com renda per capita acima de meio salário mínimo.

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência condicionada de

renda que beneficia famílias pobres e extremamente pobres, inscritas no Cadastro Único.

O PBF beneficiou, no mês de novembro de 2016, 2.386 famílias, representando uma

cobertura de 92,9 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem

benefícios com valor médio de R$ 157,81 e o valor total transferido pelo governo federal

em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 376.534,00 no mês.

Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar, com

base no bimestre de março de 2016, atingiu o percentual de 93,3%, para crianças e

adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 2.510 alunos acompanhados em relação

ao público no perfil equivalente a 2.689. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual

atingido foi de 85,0%, resultando em 452 jovens acompanhados de um total de 532.

Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de 2015,

atingiu 86,2 %, percentual equivale a 1.736 famílias de um total de 2.015 que compunham

o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do município.

Estimativas Mês Referência

Estimativa de famílias de baixa renda – Perfil Cadastro Único (Censo 2010) 4.643 2010

Estimativa de famílias pobres - Perfil Bolsa Família (CENSO 2010) 2.569 2010

Cadastro ÚnicoMês Referência

Famílias cadastradas

Total de famílias cadastradas 7.427 09/2016

57

Famílias cadastradas com renda per capita mensal de R$ 0,00 até R$ 85,00 1.223 09/2016

Famílias cadastradas com renda per capita mensal entre R$ 85,01 e R$ 170,00 1.199 09/2016

Famílias cadastradas com renda per capita mensal entre R$ 170,01 e ½ salário mínimo 2.598 09/2016

Famílias cadastradas com renda per capita mensal acima de ½ salário mínimo 2.407 09/2016

Atualização cadastral

Total de Famílias com cadastro atualizado 4.766 09/2016

Famílias com cadastro atualizado e renda per capita até ½ salário mínimo 3.776 09/2016

Taxa de atualização do total de famílias cadastradas 0,64 09/2016

Taxa de atualização cadastral até ½ salário mínimo 0,75 09/2016

BenefíciosMês Referência

Quantidade de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 2.386 11/2016

Valor total de recursos financeiros pagos em benefícios às famílias (em Reais - R$) 376.534,00 11/2016

Quantitativo por Tipo de Benefícios

Benefício Básico 1.739 11/2016

Benefícios Variáveis 4.153 11/2016

Benefício Variável Jovem - BVJ 614 11/2016

Benefício Variável Nutriz - BVN 81 11/2016

Benefício Variável Gestante - BVG 125 11/2016

Benefício de Superação da Extrema Pobreza - BSP 381 11/2016

Segurança Alimentar e Nutricional – Dados Ministério Social

DemografiaReferência

Total da população branca 40.014 2010

Total da população preta 969 2010

Total da população amarela 269 2010

Total da população parda 11.381 2010

Total da população indígena 102 2010

Percentual da população Urbana em Extrema Pobreza (Censo 2010) 2,61% 2010

Percentual da população Rural em Extrema Pobreza (Censo 2010) 4,61% 2010

Percentual da população Total em Extrema Pobreza (Censo 2010) 2,72% 2010

Saúde e Acesso à Serviços de SaúdePercentual de escolas da educação básica com abastecimento de água por meio de rede geral de distribuição (%)

92,06% 2013

Percentual de escolas da educação básica com abastecimento de água por meio de poço artesiano(%)

9,52% 2013

Percentual de escolas da educação básica com abastecimento de água por meio de cacimba (%) 0% 2013

Percentual de escolas da educação básica com abastecimento de água por meio de rio (%) 3,17% 2013

58

Percentual de escolas do ensino básico com pelo menos um dos tipos de abastecimento de água(%)

100,00% 2013

Políticas relacionadas à Produção/Disponibilidade de AlimentosQuantidade de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Verde 0 02/2016

Quantidade de famílias beneficiárias do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais 8 03/2016

Políticas relacionadas à Renda/Despesas com AlimentaçãoQuantidade de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) 7.219 05/2016

2.386 11/2016

Estimativa de famílias quilombolas - -

Famílias quilombolas cadastradas 0 09/2016

Famílias quilombolas beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 09/2016

Estimativa de famílias indígenas 25 05/2012

Famílias indígenas cadastradas 1 09/2016

Famílias indígenas beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 09/2016

Quantidade de beneficiários do BPC Idosos 295 08/2016

Quantidade de beneficiários do BPC Pessoas com deficiência 528 08/2016

COBERTURA CADASTRAL E BUSCA ATIVA

Para avaliar as necessidades da gestão do Cadastro Único em cada cidade, o MDS

trabalha com estimativas municipais da quantidade de famílias que devem ser incluídas

no Cadastro (todas as famílias do município com renda mensal de até meio salário mínimo

por pessoa). De junho de 2011 a janeiro de 2016, o município inscreveu no Cadastro Único

e incluiu no Programa Bolsa Família 300 famílias que estavam em situação de extrema

pobreza. Todas as famílias que entram no programa superam a miséria. O município

apresenta uma cobertura cadastral inferior às estimativas oficiais, de modo que, para

alcançar todas as famílias que fazem parte do público-alvo, é necessário realizar ações de

Busca Ativa para incluir 42 famílias. Esse esforço deve ser acompanhado de ações para

melhorar a qualidade das informações registradas no Cadastro.

GARANTIA DE RENDA PROGRAMA BOLSA FAMILIA

Em abril de 2016, o município tinha 2.387 famílias no Programa Bolsa Família. Isso

representa 92,92% do total estimado de famílias do município com perfil de renda do

programa (cobertura de 92,92%). Foram transferidos R$ 327.885,00 às famílias

beneficiárias do Programa em abril de 2016.

De junho de 2011 (início do Plano Brasil Sem Miséria) a abril de 2016, houve

aumento de 19,35 % no total de famílias beneficiárias.

59

Em março de 2013, o benefício do Brasil Carinhoso, inicialmente pago a famílias

extremamente pobres com filhos de 0 a 15 anos, foi estendido a todas as famílias do Bolsa

Família. Com a mudança, todas as famílias do programa superam a extrema pobreza.

ACOMPANHAMENTO DE CONDICIONALIDADES

Ao entrar no Bolsa Família, a família assume alguns compromissos: as crianças e

jovens devem frequentar a escola; as crianças precisam ser vacinadas e ter

acompanhamento nutricional; e as gestantes devem fazer o pré-natal.

No município, 96,20 % das crianças e jovens de 6 a 17 anos do Bolsa Família têm

acompanhamento de frequência escolar. A média nacional é de 86,70 %. O município está

acima da média, mas ainda assim é importante que as secretarias de assistência social e

de educação continuem trabalhando juntas para aumentar o número de famílias cujos

filhos têm frequência escolar verificada.

Na área da saúde, o acompanhamento chega a 86,15 % das famílias com perfil, ou

seja, aquelas com crianças de até 7 anos e/ou com gestantes. A média nacional é de 76,81

%. O município está acima da média, mas ainda assim é importante que as secretarias

de assistência social e de saúde continuem trabalhando em articulação para aumentar o

número de famílias com acompanhamento de saúde.

BENEFÍCIOS VARIÁVEIS GESTANTES E NUTRIZES

Além de ter benefícios específicos para famílias com crianças e jovens, em 2011 o

Bolsa Família começou a pagar também benefícios para gestantes e nutrizes. Em abril

de 2016, 60 famílias recebiam o benefício variável à gestante (BVG) e 63 famílias

recebiam o benefício variável nutriz (BVN) no município.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Para fazer frente a um desafio com o tamanho e a abrangência territorial do Brasil

Sem Miséria, focado no público mais vulnerável do país, foi necessário que o Plano

tivesse como referência uma rede com as mesmas características – a rede do Sistema

Único de Assistência Social (SUAS).

60

O sucesso do Brasil Sem Miséria demanda o bom funcionamento do SUAS e uma

atuação integrada entre a secretaria municipal de assistência social e as secretarias de

trabalho, educação, saúde e outras que estejam envolvidas na estratégia de superação da

extrema pobreza.

O fortalecimento da agenda municipal da assistência social, em especial no que

diz respeito à estruturação do SUAS, requer reforço no seu financiamento. E por isso o

MDS disponibiliza aos municípios recursos para a ampliação da rede e a qualificação de

seus serviços. Em abril de 2016 o município tinha em seu Território:

- 1 Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) cofinanciado pelo MDS.

- 1 Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) cofinanciado pelo

MDS.

EDUCAÇÃO BRASIL CARINHOSO CRECHES

A Ação Brasil Carinhoso dá estímulos financeiros aos municípios para aumentar o

acesso da população mais pobre aos serviços de educação infantil.

O objetivo é incentivar o aumento das vagas para as crianças de 0 a 48 meses

beneficiárias do Bolsa Família nas creches públicas ou conveniadas com o poder público.

E, com mais recursos, melhorar o atendimento às crianças e suas famílias. Para isso, o

MDS complementa os valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

Básica (Fundeb) repassados pelo MEC. São 50% mais recursos para cada vaga ocupada

por criança do Bolsa Família.

Nos anos de 2012 e 2013, o município deveria informar ao Governo Federal, em

sistema disponibilizado pelo Ministério da Educação, o número de crianças do Bolsa

Família matriculadas em creches. A partir de 2014, a identificação das crianças do Bolsa

Família matriculadas em creches foi feita a partir do Censo da Educação Básica do ano

anterior. Em 2012, o município informou ao Ministério da Educação que 143 crianças do

Bolsa Família estavam matriculadas em 15 creches do município. Em razão disso, com o

Brasil Carinhoso, o MDS suplementou em R$ 97.443,06 o repasse para creches.

Em 2013, o município informou ao Ministério da Educação que 237 crianças do

Bolsa Família estavam matriculadas em 14 creches do município. Em razão disso, com o

Brasil Carinhoso, o MDS suplementou em R$ 345.643,17 o repasse para creches.

Em 2014, foram identificadas, no Censo da Educação Básica de 2013, 194 crianças

do Bolsa Família em 15 creches, tendo sido repassados R$ 285.924,70 ao município como

suplementação.

61

Em fevereiro de 2016, o saldo total dos recursos transferidos ao município era de

R$ 155.446,04. Total de crianças de 0 a 48 meses no município (Censo Demográfico de

2010): 2.971. Crianças de 0 a 48 meses no Bolsa Família no município em maio de

2014: 820.

ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL

O Mais Educação é a estratégia indutora da oferta de educação em tempo integral

no país. É um Programa que estimula a ampliação da jornada nas escolas públicas para,

no mínimo, sete horas diárias. Para oferecer educação em tempo integral, acrescentam-

se às atividades curriculares já existentes outras como acompanhamento pedagógico,

educação ambiental, esporte e artes. O governo federal repassa recursos para ressarcir

a escola pelo pagamento de alimentação e transporte dos monitores, compra de

materiais permanentes e de consumo, contratação de serviços e aquisição de kits

pedagógicos.

A oferta de educação integral é uma das estratégias para superação da extrema

pobreza. Por isso as escolas onde mais de 50% dos alunos vêm de famílias beneficiárias

do Bolsa Família são prioridade para integrar o Mais Educação.

Em 2013, o município fez adesão para oferecer educação em tempo integral em 14

escolas do ensino fundamental, sendo 6 com mais da metade dos seus alunos no

Programa Bolsa Família.

INCLUSÃO PRODUTIVA

PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO (PRONATEC

BRASIL SEM MISÉRIA)

O Pronatec Brasil Sem Miséria oferece gratuitamente cursos de qualificação

profissional com duração mínima de 160 horas para pessoas com mais de 16 anos de

idade, prioritariamente aqueles que estejam inscritos no Cadastro Único.

Custeados pelo MEC, os cursos são ministrados por instituições de reconhecida

qualidade técnica, como as entidades do Sistema “S” (Senai, Senac, Senat e Senar), a

rede federal de educação profissional, científica e tecnológica e as redes estaduais,

distrital e municipais de educação profissional e tecnológica.

O aluno recebe todo o material escolar e didático, além da “assistência estudantil”,

que consiste de alimentação e transporte, ou de recursos para custeá-los.

São mais de 500 opções de cursos em áreas como construção civil, serviços,

hotelaria, comércio, bares e restaurantes, cuidador de idoso, operador de computador,

62

eletricista, auxiliar administrativo, entre outras. Há vagas para pessoas com diversos

níveis de escolaridade, desde quem tem letramento inicial até alunos com ensino médio,

a depender do curso.

Ao proporcionar qualificação profissional, o Pronatec Brasil Sem Miséria aumenta as

possibilidades de inserção de pessoas de baixa renda nas oportunidades de trabalho

disponíveis.

Municípios de qualquer porte populacional podem aderir, sem a necessidade de

celebração de convênio com a União ou de pagamento de contrapartida por parte do

poder público municipal. Trimestralmente as prefeituras podem renegociar com as

escolas a oferta de cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria no seu município. De janeiro de

2012 a dezembro de 2014, foram efetuadas 572 matrículas em cursos ofertados pelo

Pronatec Brasil Sem Miséria no município de União da Vitória. Para 2014, foi pactuada a

oferta de 613 vagas do Pronatec Brasil Sem Miséria no município.

ACESSUAS TRABALHO

O Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas

Trabalho) transfere recursos do Governo Federal aos municípios para que eles

desenvolvam ações que promovam a inclusão produtiva do público-alvo da assistência

social. As ações envolvem mobilização e encaminhamento ao Pronatec Brasil Sem

Miséria (e a outras iniciativas de inclusão produtiva) e o acompanhamento da permanência

dos alunos nos cursos, entre outras atividades. Os repasses do Acessuas Trabalho em

2014 somaram R$ 49.710,00.

AGRICULTURA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA E DE EXTENSÃO RURAL (ATER)

A ATER é um serviço de educação não formal em que agentes capacitados

auxiliam agricultores familiares, quilombolas, indígenas, extrativistas e pescadores

artesanais para que melhorem suas atividades produtivas.

A assistência técnica promove o aperfeiçoamento do sistema de produção das

unidades produtivas familiares, aumentando a quantidade, a qualidade e o valor de seus

produtos. Assim, as famílias podem ter bons alimentos para consumo próprio,

melhorando sua situação nutricional, e gerar excedentes para comercializar, melhorando

sua renda e qualidade de vida.

De maio de 2011 a abril de 2015, 8 famílias de agricultores familiares do município

DE União da Vítória tiveram o acesso a serviços de ATER garantido por meio de

63

chamadas públicas para seleção de instituições especializadas na prestação desses

serviços, contratadas com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

FOMENTO ÁS ATIVIDADES PRODUTIVAS RURAIS

No Programa de Fomento à Atividades Produtivas Rurais, as famílias agricultoras

recebem recursos para financiar a implantação dos projetos de estruturação produtiva

elaborados juntamente com os técnicos de ATER. O pagamento é feito pelo MDS

diretamente aos agricultores, por meio do cartão do Bolsa Família ou pelo Cartão Cidadão.

Cada família pode receber até R$ 2.400,00, divididos em até três parcelas. Não se trata

de empréstimo, ou seja, não é preciso devolver o dinheiro. Os recursos devem ser usados

na compra de insumos e equipamentos (como sementes, adubos, ferramentas, animais

e matrizes) ou na contratação de pequenos serviços necessários à implantação do projeto.

De janeiro de 2012 a março de 2016, 8 famílias de agricultores familiares do

município de União da Vitória receberam recursos para financiar a implantação de projetos

de estruturação produtiva elaborados juntamente com os técnicos de ATER.

EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - PNAE

O maior e mais antigo programa de alimentação escolar do mundo com cobertura

universal e gratuidade na oferta da refeição.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implantado em 1955, contribui

para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos

estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta da

alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional. São atendidos pelo

Programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental,

ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas,

filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público), por meio da

transferência de recursos financeiros. O Pnae tem caráter suplementar, como prevê o artigo

208, incisos IV e VII, da Constituição Federal, quando determina que o dever do Estado (ou

seja, das três esferas governamentais: União, estados e municípios) com a educação é

efetivado mediante a garantia de "educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até

cinco anos de idade" (inciso IV) e "atendimento ao educando, em todas as etapas da

educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar,

transporte, alimentação e assistência à saúde" (inciso VII).

64

Atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada

aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino:

Creches: R$ 1,00

Pré-escola: R$ 0,50

Escolas indígenas e quilombolas: R$ 0,60

Ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos: R$ 0,30

Ensino integral: R$ 1,00

Alunos do Programa Mais Educação: R$ 0,90

Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno: R$

0,50

O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar

realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado

diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), pelo

FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e

pelo Ministério Público. Com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% do valor repassado pelo

Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE deve ser investido na compra direta de

produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico e

sustentável das comunidades.

Os recursos financeiros provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no

Orçamento da União. O FNDE realiza transferência financeira às Entidades Executoras

(EEx) em contas correntes específicas abertas pelo próprio FNDE, sem necessidade de

celebração de convênio, ajuste, acordo, contrato ou qualquer outro instrumento. As

Entidades Executoras (estados, Distrito Federal e municípios) são responsáveis pela

execução do Programa, inclusive pela utilização dos recursos financeiros transferidos pelo

FNDE, que são complementares. É de responsabilidade das EEx garantir a oferta da

alimentação escolar aos alunos matriculados na educação básica da rede pública de seu

sistema de ensino.

A transferência é feita em dez parcelas mensais, a partir do mês de fevereiro, para a

65

cobertura de 200 dias letivos. Cada parcela corresponde a vinte dias de aula. O valor a ser

repassado para a EEx é calculado da seguinte forma: TR = Número de alunos x Número de

dias x Valor per capita, onde TR é o total de recursos a serem recebidos.

A escola beneficiária precisa estar cadastrada no Censo Escolar realizado pelo

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). As

escolas filantrópicas, comunitárias e confessionais, sem fins lucrativos, que atendam aos

critérios estabelecidos na Resolução FNDE nº 26/2013 são consideradas como integrantes

da rede pública de ensino.

O cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista, respeitando os hábitos

alimentares locais e culturais, atendendo as necessidades nutricionais específicas, conforme

percentuais mínimos estabelecidos no artigo 14 da Resolução nº 26/2013.

Dos recursos financeiros repassados pelo FNDE às entidades executoras, no mínimo,

30% (trinta por cento) devem ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios produzidos

pelo agricultor familiar e pelo empreendedor familiar rural.

O controle social do Programa é exercido por meio do Conselho de Alimentação

Escolar (CAE). Sua constituição é condição para o recebimento dos recursos financeiros

repassados pelo FNDE.

AGRICULTURA FAMILIAR

A Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% do valor

repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento

da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve ser

utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do

empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da

reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e as comunidades quilombolas. A

aquisição dos produtos da Agricultura Familiar poderá ser realizada por meio da Chamada

Pública, dispensando-se, nesse caso, o procedimento licitatório.

A conexão entre a agricultura familiar e a alimentação escolar fundamenta-se nas

diretrizes estabelecidas pela Lei nº 11.947/2009, que dispõe sobre o atendimento da AE, em

especial no que tange:

Ao emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos

66

variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis

e ao apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros

alimentícios diversificados, sazonais, produzidos em âmbito local e pela agricultura familiar.

Este encontro – da alimentação escolar com a agricultura familiar – tem promovido uma

importante transformação na alimentação escolar, ao permitir que alimentos saudáveis e

com vínculo regional, produzidos diretamente pela agricultura familiar, possam ser

consumidos diariamente pelos alunos da rede pública de todo o Brasil.

A aquisição da agricultura familiar para a alimentação escolar está regulamentada pela

Resolução CD/ FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013, (atualizada pela Resolução CD/FNDE

nº 04, de 2 de abril de 2015), que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos

alunos da educação básica no âmbito do PNAE. Com base na Resolução supracitada, a

Coordenação Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar – CGPAE/FNDE

elaborou o Manual de Aquisição de Produtos da Agricultura Familiar para a Alimentação

Escolar, que tem como objetivo apresentar o passo-a-passo do processo de aquisição da

agricultura familiar.

NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA – NASF

O NASF é uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de

conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das

Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para populações específicas,

compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob-responsabilidade destas

equipes.

Criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção

básica, bem como sua resolubilidade, o NASF deve buscar contribuir para a integralidade do

cuidado aos usuários do SUS, principalmente por intermédio da ampliação da clínica,

auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e

necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários e ambientais dentro dos

territórios.

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da

Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil,

ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a

abrangência e o alvo das ações. Atualmente regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21

de outubro de 2011, configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de forma

67

integrada com as equipes de Saúde da Família (NASF), as equipes de atenção básica para

populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o

Programa Academia da Saúde. Esta atuação integrada permite realizar discussões de

casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre profissionais tanto na Unidade

de Saúde como nas visitas domiciliares, permite a construção conjunta de projetos

terapêuticos de forma que amplia e qualifica as intervenções no território e na saúde de

grupos populacionais. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco

prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde. Com a publicação da Portaria

3.124, de 28 de dezembro de 2012, o Ministério da Saúde criou uma terceira modalidade de

conformação de equipe: o NASF 3, abrindo a possibilidade de qualquer município do Brasil

faça implantação de equipes NASF, desde que tenha ao menos uma equipe de Saúde da

Família.

SAÚDE NO MUNICÍPIO DE UNIÃO DA VITÓRIA

A Atenção Primária à Saúde caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde,

no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a

prevenção de agravos, danos e riscos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a

manutenção da saúde, tendo a estratégia de Saúde da Família como prioridade para

sua organização.

A Atenção Primária em Saúde (APS) vem se organizando cada vez mais como

ponto central do SUS, com a proposta de constituir-se tanto como ordenadora dos

sistemas locorregionais de saúde, quanto como eixo estruturante de muitos programas

e projetos no âmbito federal e estadual.

O Município de União da Vitória-PR é composto por unidades de atenção

primária em saúde e desenvolve ações de caráter individual e coletivo, situadas no

primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde,

a prevenção de agravos, tratamento e a reabilitação. É concebida como ordenadora do

sistema regional, integrando os diferentes pontos que compõe as Redes de Atenção à

Saúde no Paraná. Tem como princípios ordenadores: Acessibilidade, Integralidade,

Responsabilização, Coordenação e Resolubilidade.

Garantir acesso à atenção primária em saúde, promovendo o cuidado seguro e

de qualidade, implementando as ações e serviços para a promoção do cuidado da

68

população em todo seu ciclo de vida. União da Vitória conta atualmente com 08

Estratégias de Saúde da Família, 4 Unidades Básica de Saúde, 6 Unidades de Postos

do Interior, 1 Unidade de Pronto Atendimento UPA, 1 Centro de Atenção Psicossocial -

CAPS. Na Atenção Primária em Saúde (APS) estão inseridas as políticas de: Saúde da

Família; Saúde da Mulher; Saúde da Criança; Saúde do Adolescente; Saúde do

Homem; Saúde do Idoso e Saúde Bucal.

As principais ações desenvolvidas pela Atenção Primária em Saúde em relação a essas políticas são:

SAÚDE DA FAMÍLIA: considerada como o eixo estruturante de toda a atenção primária

à saúde prestada ao cidadão, o município conta atualmente com 06 equipes

cadastradas no Ministério da Saúde que atendem a população urbana, com cobertura

populacional de 39,01%, sendo 22.431 habitantes cadastrados no SIAB.

SAÚDE DA MULHER: Dentre as iniciativas na área de atenção à Saúde da Mulher,

destaca-se o Programa de Prevenção e Controle do Câncer Ginecológico (PCCG), cujo

resultado mais importante é a detecção precoce do câncer do colo de útero e de mama,

seguido pelo acesso ao tratamento nos serviços de saúde. A Atenção Integral à Saúde da

Mulher contempla, ainda, ações em pré-natal, parto, puerpério, planejamento familiar,

climatério-menopausa, considerando as singularidades de raça, orientação sexual; e visa

igualmente às mulheres em situação de violência.

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: A Política de Atenção Integral à Saúde da

Criança envolve ações desenvolvidas na atenção primária à saúde como a avaliação do

crescimento intraútero, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança

com classificação de risco, para garantir o cuidado mais intensivo às crianças que têm

maior probabilidade de adoecer e morrer, portanto, é importante a qualificação da equipe

de saúde da Unidade Básica para a realização dessas ações. O acompanhamento inclui,

além disso, o estímulo ao Aleitamento Materno, preconizado pela OMS e monitoramento

do calendário vacinal, conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunização

(PNI).

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): é um programa interministerial dos Ministérios

da Saúde e da Educação. Constitui estratégia para a integração e a articulação

permanente entre as políticas e ações de educação e de saúde, com a participação da

comunidade escolar (crianças, adolescentes e jovens), envolvendo intersetorialmente as

equipes de atenção básica, prioritariamente as equipes de saúde da família e da

educação básica pública.

69

SAÚDE BUCAL: A Política de Saúde Bucal contempla as diretrizes do Programa Brasil

Sorridente, incluindo: a reorganização da Atenção Básica em Saúde Bucal, em especial

por meio da Estratégia Saúde da Família; ampliação e qualificação da Atenção

Especializada (principalmente estimulando a implantação de Centros de Especialidades

Odontológicas – CEO e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias – LPD); além da

viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento

público.

SAÚDE DA PESSOA IDOSA: A nova característica demográfica traz um grande desafio

que é prover assistência adequada a uma crescente população de idosos, que apresenta

características próprias, diferentes das apresentadas pelas populações mais jovens. Os

idosos caracterizam-se pela presença de múltiplas doenças (em geral crônicas), pela

heterogeneidade, uso de múltiplos medicamentos, apresentação atípica de doenças,

possibilidade da presença das grandes síndromes geriátricas, risco de perda da

autonomia e independência, demandas sociais e psicológicas específicas, necessidade

de cuidados em diferentes níveis de atenção (ambulatório, domicílio, hospital, instituições

de longa permanência, centros dia e de convivência, serviços de reabilitação). Com a

implantação da Rede de Atenção à Saúde do Idoso no Estado, as ações a esta clientela

passarão a ter mais ênfase, adequando-se a esta nova realidade demográfica e

epidemiológica. O município vem desenvolvendo ações específicas educativas dentro de

Projeto de Prevenção de Quedas visando diminuir este indicador.

ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS: trata das políticas voltadas para o risco

cardiovascular, atenção à hipertensão e diabetes, saúde mental, atenção às pessoas com

deficiência, comunidades vulneráveis, controle do câncer, vigilância alimentar e

nutricional, controle do tabagismo e enfrentamento da violência. De acordo com a Carta

de Ottawa (WHO, 1986), a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor

saúde e vai além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global,

trabalhando com o conceito de responsabilização múltipla, envolvendo ações do Estado

(políticas públicas saudáveis), dos indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais),

do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde) e de parcerias intersetoriais.

Prevenção de doenças e promoção da saúde são medidas que têm impactos diretos na

qualidade de vida do cidadão, no perfil de doenças, na mortalidade da população,

refletindo nas demandas sobre o sistema de atendimento à saúde.

OUTROS PROGRAMAS/ESTRATÉGIAS VISANDO À MELHORIA DA ATENÇÃOPRIMÁRIA À SAÚDE - APS:

70

- Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica– PMAQ:

foi instituído visando induzir a instituição de processos que ampliem a capacidade das

gestões federal, estaduais e municipais, além das Equipes de Atenção Básica em

ofertarem serviços que assegurem maior acesso e qualidade de acordo com as

necessidades da população. O município solicitou adesão ao programa, cadastrando 06

equipes de Atenção Básica.

-Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS): instituído pelo

Ministério de Saúde, dispõe sobre o repasse de recursos financeiros para ampliação e

reforma das Unidades Básicas de Saúde, mediante cadastro no Fundo Nacional de

Saúde.

-

ATENÇÃO À URGÊNCIA E EMERGENCIA:

Atualmente, União da Vitória conta com a estrutura a seguir discriminada de

serviços assistenciais atuantes na Urgência e Emergência.

a) UBS

b) Pronto-atendimento emergencial

c) Portas Hospitalares de Urgência – referência para urgência e emergência e à gestação de risco.

Além desses, 01 Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

Transporte Inter-hospitalar Medicalizado e Transporte aeromédico – Paraná Urgência /USAV:

Conta com ambulâncias tipo D com equipamentos de UTI, profissionais médicos,

enfermeiros e motoristas e atua de maneira complementar à rede com cobertura em

todo o estado do Paraná, fazendo transporte inter-hospitalar e intermunicipal de

pacientes em situação de urgência. Os transportes de longa distância são viabilizados

pelas aeronaves da Casa Militar em parceria com as Unidades de USAV da SESA

através da Central de Regulação de Urgências. Sistema de Regulação Estadual: o

município está vinculado a Centrais Regionais de Leitos de Curitiba que, por sua vez,

está interligada à Central Estadual de Regulação. Gerencia as demandas de leitos de

internação e de consultas especializadas para todo o estado. É utilizado um sistema

operacional de registro de solicitações e de geração de reserva, porém ainda sem

controle efetivo de disponibilidade de leitos junto aos prestadores.

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

71

Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde em inicio de 2013,

mostrou que dentre os internamentos realizados em caráter de urgência, com diárias

pagas pelo próprio município, 55% ocorreram em decorrência de etilismo crônico, 20%

por psicose aguda, 14% por síndrome de abstinência do álcool, 11% por outras

drogadições, o que evidencia a necessidade urgente de implementar políticas de

prevenção em relação ao uso abusivo e a dependência de álcool. Nesse sentido, tem-se

como objetivo apoiar a implementação de serviços que compõem a Rede Substitutiva,

intitulada Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno

mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Essa

rede deve ser capaz de efetivamente controlar a porta de entrada para as internações,

reduzir o número de internamentos hospitalares e seu tempo médio de permanência. Em

nosso município, contamos com um CAPS em funcionamento desde abril de 2007.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PcD)

Com objetivo de propiciar atenção integral à saúde da pessoa com deficiência,

desde a atenção primária até a sua reabilitação, o Ministério da Saúde publicou a Política

Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, instituída pela Portaria MS/GM nº 1.060,

de 5 de junho de 2002. A portaria define como propósitos gerais: proteger a saúde da

pessoa com deficiência; reabilitar a pessoa com deficiência na sua capacidade funcional

e desempenho humano, contribuindo para a sua inclusão em todas as esferas da vida

social; e prevenir agravos que determinem o aparecimento de deficiências.

Ressalta-se o papel fundamental da Atenção Primária à Saúde que por meio das

Unidades de Atenção Primária, Equipes de Saúde da Família e dos Agentes

Comunitários de Saúde, promovem ações informativas e educativas, ações de promoção

à saúde, de prevenção e identificação precoce de problemas junto à população. Esse

nível de atenção à saúde constitui-se como a principal porta de entrada do serviço de

saúde e exerce papel fundamental para a organização e fortalecimento dos demais níveis

de atenção.

Considerando que aproximadamente 70% das ocorrências seriam evitáveis ou

atenuáveis, com medidas apropriadas e oportunas, é fundamental a promoção de ações

de prevenção e identificação precoce das deficiências, além da assistência integral à

saúde da PcD e da promoção da sua qualidade de vida.

CONTROLE DO TABAGISMO

72

O tabagismo é um grave problema de saúde pública, reconhecido como uma doença

crônica gerada pela dependência à nicotina. É considerada uma doença pediátrica, pois

quase 90% dos fumantes regulares começaram a fumar antes dos 18 anos de idade. O

tabagismo ativo é a maior causa de morte evitável no mundo e o tabagismo passivo, a 3ª

causa. Consiste também num importante fator de risco isolado para aproximadamente 56

doenças, muitas delas graves e fatais como o câncer, doenças cardiovasculares (infarto e

AVC), enfisema e outras.

Desencadeia e agrava condições como a hipertensão e diabetes; também aumenta o

risco de as pessoas desenvolverem e morrerem por tuberculose. A Secretaria de Saúde

desenvolve diversas ações, procurando conscientizar a população quanto aos efeitos

nocivos do hábito de fumar. Também conta com 06 ambulatórios para tratamento do

fumante, com apoio medicamentoso – quando necessário – e com atuação de equipes

multidisciplinares, com programação de atendimento de seis grupos anuais com

cadastramento de 20 pacientes em cada grupo, monitorados em reuniões mensais,

trimestrais e anuais pela equipe.

VIGILÂNCIA EM SAÚDE

A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da

situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a

controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em

determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a

abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.

A Portaria n° 3.252/GM/MS, de 22 de dezembro de 2009, sistematiza os conceitos

que orientam o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde no Sistema Único de Saúde.

Esta portaria define que o conceito de vigilância em saúde inclui: a vigilância e o controle

das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; a

vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do

trabalhador e a vigilância sanitária.

A vigilância epidemiológica é um “conjunto de ações que proporciona o

conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes

e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de se recomendar e

adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Seu propósito é

fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir

73

sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Tem como funções, dentre

outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados

processados; divulgação das informações; investigação epidemiológica de casos e

surtos; análise dos resultados obtidos; e recomendações e promoção das medidas de

controle indicadas.

A vigilância em saúde ambiental visa ao conhecimento e à detecção ou

prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do

ambiente que interferiram na saúde humana; recomendar e adotar medidas de prevenção

e controle dos fatores de risco, relacionados às doenças e outros agravos à saúde,

prioritariamente a vigilância da qualidade da água para consumo humano, ar e solo;

desastres de origem natural, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos,

fatores físicos e ambiente de trabalho.

A vigilância em saúde do trabalhador caracteriza-se por ser um conjunto de

atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos

trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.

A vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de

eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários

decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na prestação de

serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que, direta ou

indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos,

da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que, direta ou

indiretamente, se relacionam com a saúde.

A vigilância da situação de saúde desenvolve ações de monitoramento contínuo

do território, por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais

indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um

planejamento de saúde mais abrangente.

Outro aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado integral com a

saúde das pessoas por meio da promoção da saúde. Essa política objetiva a promover a

qualidade de vida, empoderando a população para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à

saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver,

condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e

serviços essenciais. As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável,

prática corporal/ atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da

morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da

morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura

74

da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável.

VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

De modo semelhante às transições epidemiológica e demográfica, a transição

nutricional corresponde às mudanças negativas verificadas nos padrões alimentares,

caracterizada por aumento do consumo de alimentos de origem animal, gorduras,

açúcares refinados, alimentos industrializados e relativamente reduzida quantidade de

carboidratos complexos e fibras. Ao padrão alimentar atual, associa-se a crescente

incidência de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão, doenças

cardiovasculares, obesidade e alguns tipos de cânceres.

De outro lado, não foram erradicadas as doenças decorrentes da carência calórica

e de micronutrientes, como a desnutrição, hipovitaminose A, anemia por carência de ferro

e os distúrbios de iodo. A prevenção e o controle da desnutrição dependem não somente

do setor saúde, mas também de medidas amplas e eficientes de combate à pobreza e à

fome e políticas de inclusão social. A avaliação e monitoramento da situação alimentar e

nutricional da população do município vêm seguindo a Política Nacional de Alimentação

e Nutrição, com ações de vigilância alimentar e nutricional de usuários do SUS, com o

objetivo de detecção precoce de situações de risco nutricional e prevenção de agravos à

saúde, por ciclos de vida, pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN

WEB).

Em 2012 no municipio, dos menores de 10 anos cadastrados, 3,05 apresentavam

peso baixo para a idade, sendo que 1,4% deles apresentavam peso muito baixo; e 4,7

peso elevado, enquanto que dos adultos(20-60 anos), 33,3% apresentavam obesidade,

em relação aos adolescentes 14,3% deles apresentaram altura muito baixa para idade ,

de acordo com parâmetros da OMS.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

A Assistência Farmacêutica (AF) engloba um conjunto de ações voltadas à

promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o

medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e seu uso racional. Tem,

portanto, caráter sistêmico, multidisciplinar e representa, atualmente, atividade de grande

impacto financeiro no âmbito do SUS, em razão da crescente demanda por

medicamentos.

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

75

PROJETO ECOCIDADE

Em 2013, por meio da Lei nº 4266/2013 (anexa) a Prefeitura Municipal criou o

Projeto Ecocidade, o qual possuía 4 (quatro) objetivos principais:

1 Criar de uma usina de triagem de materiais recicláveis;

2 Fomentar a criação de uma cooperativa formada por ex catadores;

3 Expandir o sistema de coleta seletiva;

4 Aplicar a educação ambiental.

Anteriormente à implantação do projeto, a coleta seletiva atendia somente uma parte

da população, e recolhia, em média, 16 toneladas de materiais recicláveis, que eram

enviados para uma Associação de Catadores que possuía estrutura precária e forma de

administração inadequada. O restante, 790 toneladas, em média, eram encaminhadas

para o aterro sanitário municipal. Durante o ano de 2013 a usina de triagem, que está

instalada no antigo Terminal de calcário do município, de propriedade da CODAPAR e

cedida ao município, foi reformada e preparada pela Prefeitura Municipal e em seguida

também cedida à COOPERTRAGE. Durante o mesmo ano a equipe do Projeto Ecocidade

prestou apoio aos catadores na formalização da cooperativa que, em dezembro de 2014,

iniciou a ocupação do espaço. A formalização da cooperativa compreendeu elaboração de

Estatuto, Regimento Interno, inscrição na junta comercial, emissão de alvarás, etc.

Também em 2013 os catadores que participaram das discussões a respeito da

formalização da cooperativa fizeram um curso de Reciclador pelo Pronatec onde

aprenderam as formas adequadas de separação dos diversos tipos de resíduos

recicláveis, o qual repetiu-se para uma segunda turma em 2014.

Ainda em 2013 a Prefeitura preparou um ônibus, doado pela Receita Federal,

para transporte dos cooperados até o local de trabalho, tanto na ida como na volta. O

ônibus foi adesivado, reformado e cedido, quando da formalização da cooperativa,

para os cooperados.

Em fevereiro de 2014 a Prefeitura ampliou o sistema de coleta seletiva para o

Distrito de São Cristóvão, que até então era atendido somente pela coleta

convencional e onde reside aproximadamente 50% da população urbana. Neste

período houve ações de educação ambiental que compreenderam a realização de

reuniões em cada um dos treze bairros do Distrito, entrega de folders explicativos e

visitas às casas da comunidade pela equipe do Projeto. Também iniciou-se, neste

período, a distribuição de sacos de cor laranja, pela Prefeitura, para

acondicionamento do material reciclável pela população. Os sacos eram entregues

76

uma vez por mês e continham a quantidade necessária para acondicionamento dos

resíduos duas vezes por semana, que foi a frequência da coleta seletiva

determinada pelo município para o Distrito.

A ampliação proporcionou um aumento de 16 para 86 toneladas de materiais

recicláveis coletados ao mês, os quais foram enviados para a cooperativa. O serviço

de coleta seletiva, no Distrito, passou a ser realizado pela cooperativa, enquanto que

no restante do município era realizado pela empresa terceirizada Ecovale.

Em outubro de 2014, quando encerrou-se o contrato com a empresa Ecovale, a

coleta seletiva passou a ser realizada em todo o município pela COOPERTRAGE.

Da mesma forma foram realizadas atividades de educação ambiental e distribuição

de sacos laranja nos demais bairros do município, e a quantidade recolhida passou

de 86 para 160 toneladas de resíduos recicláveis coletados ao mês. A

distribuição dos sacos laranja em cada residência do município, nas duas fases de

implantação do projeto Ecocidade, ocorreu uma vez ao mês durante seis meses,

visando habituar os cidadãos a separarem o material em casa. Após este período o

material passou a ser acondicionado em sacos de qualquer cor, visto que na

implantação do Projeto o sistema foi redimensionado e a coleta seletiva ocorre em

dias diferentes da coleta convencional, o que permite melhor entendimento tanto

pele gerador como pelo coletor dos resíduos.

Atualmente o município conta com coleta de resíduos orgânicos e não reciclável

realizada pela empresa terceirizada Ecovale e coleta seletiva de recicláveis

realizada pela COOPERTRAGE. Os resíduos orgânicos e não recicláveis são

encaminhados para o aterro sanitário e os resíduos recicláveis para a

COOPERTRAGE, que conta com cerca de 50 cooperados e que realiza a triagem

com posterior comercialização do material, gerando, em média, renda mensal de R$

1.000,00 para cada cooperado, que varia conforme as horas trabalhadas e a qual

não pode possuir como base menos que um salário mínimo. 100% da população

urbana é atendida pelas duas formas de coleta, assim como cerca de 50% da

população rural.

Para a prestação dos serviços de coleta e triagem dos resíduos recicláveis, a

Prefeitura mantém contrato com a COOPERTRAGE por meio de dispensa de

licitação, conforme preconiza a Lei nº 12.305/10. O Projeto era coordenado

inicialmente pela Secretaria Municipal de Ação Social e contava com o apoio de

profissionais do convênio firmado com o IEPS. A partir da criação da Secretaria

Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, a coordenação, orientação, fiscalização e

77

orientação técnica, operacional e administrativa da COOPERTRAGE passaram a ser

realizadas por esta pasta.

CRIAÇÃO DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

Em 2014, verificando a necessidade de identificar os problemas ambientais do

município e, com isso, pensar em soluções, planos e programas visando à proteção

ambiental e o bem-estar da população, a administração municipal enviou, ao

legislativo, o Projeto de Lei nº 30/2014, o qual, após aprovado por meio da Lei nº

4417, de 05 de agosto de 2014 (anexa), CRIOU A SECRETARIA MUNICIPAL DE

MEIO AMBIENTE.

A partir de então, diversos programas foram implantados, os quais são descritos

nos itens a seguir. Atualmente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente está

localizada no antigo prédio da Prefeitura Municipal: Praça Coronel Amazonas, nº 46

– centro de União da Vitória.

PROGRAMA DE FORNECIMENTO DE CAÇAMBAS GRATUITAS PARA O

PEQUENO GERADOR

Instituído pela Lei Municipal nº 4511, de 16 de junho de 2015, O PROGRAMA

MUNICIPAL DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA O

PEQUENO GERADOR DE ENTULHO DE CONSTRUÇÃO E PODA DE

VEGETAÇÃO, criada com o objetivo de facilitar a correta disposição e a destinação

adequada de alguns resíduos da construção civil (tijolos, concretos, telhas, etc) e de

jardinagem (poda de arvore, corte de grama, limpeza de quintal).

Através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) os munícipes de

União da Vitória têm direito a uma vez por mês, solicitar uma caçamba de pequeno

gerador.

As caçambas cedidas gratuitamente pela prefeitura, acondicionam até 3

carrinhos de mão (3 m³) de resíduos, devido ao fato da mesma caçamba ser

aproveitada para três endereços diferentes que realizaram o agendamento.

A caçamba fica disponível em frente ao local por 4 horas, sob responsabilidade

de quem a agendou.

Caso o responsável exceda o volume permitido, ou acondicione algum material

divergente na caçamba, cabe a ele a responsabilidade do pagamento da mesma,

caso se recuse a pagar, permanecera excluído do programa, não podendo mais

solicitar caçamba novamente.

78

Desde 2014 a Prefeitura de União da Vitória disponibiliza as caçambas gratuitas

para os pequenos geradores, onde desde agosto de 2014 à setembro de 2016 a

prefeitura já forneceu um total de 5.088 caçambas para pequenos geradores, onde

aproximadamente 15.264 m³ de resíduos tiveram disposição final ambientalmente

adequada.

PROGRAMA MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO DE NASCENTES

O Programa Municipal de Proteção de Nascentes foi estabelecido a partir Lei n°

4490 de 31 de março de 2015, tem como iniciativa a proteção de nascentes e matas

ciliares, promovendo a qualidade da água do município de União da Vitória.

Os protetores são pessoas físicas, legalmente constituídas, com atribuição de

promover a manutenção, recuperação e conservação ambiental nas nascentes de

acordo com orientação técnica oferecida pelo órgão municipal ambiental.

Em retribuição a esse serviço ambiental os proprietários ou possuidores são

beneficiados pelo município com o valor de R$ 200,00 (duzentos reais) mensais,

reajustado anualmente pelo índice INPC (IBGE), por imóvel onde tenha nascente

localizada ou mata ciliar de curso d’água.

O programa tem por objetivo: promover o uso sustentável do solo através da

gestão ambiental do território; ampliar o modelo de comando e controle, introduzindo

um instrumento econômico; implantar o benefício direto ou indireto por serviços

ambientais; aumentar a cobertura vegetal integrada e implantar microcorredores

ecológicos; reduzir a poluição decorrente dos processos erosivos e da falta de

saneamento ambiental; garantir a sustentabilidade socioambiental dos manejos e

práticas implantadas, por meio de serviços ambientais aos produtores rurais.

Para ser incluído ao Programa Municipal de Proteção de Nascentes são

necessários alguns requisitos, como: propriedades de até quatro módulos fiscais, ou

seja, até oitenta hectares; estar cadastrado no CAR (cadastro ambiental rural);

agricultor familiar rural; possuir matrícula da propriedade ou no caso de posseiro,

comprovar a posse mediante Carta de Aptidão fornecida pelo Sindicato Rural do

Município de União da Vitória.

Os valores recebidos pelos proprietários e os materiais adquiridos são

provenientes do ICMS Ecológico e do Fundo Municipal de Saneamento e Meio

Ambiente, originários do contrato firmado com a empresa SANEPAR.

Os procedimentos básicos para promover o Programa Municipal de Proteção de

Nascentes, de acordo com a estrutura e orientação da Secretaria Municipal do Meio

79

Ambiente são: cercamento e reflorestamento com árvores nativas das áreas de

preservação permanente relativa às nascentes, de acordo com o previsto no artigo

4º, inciso IV, da Lei Federal n° 12.651/2012; monitoramento de qualidade da água,

através de analises feitas em laboratório; serviços ambientais por meio de contrato

com os proprietários; atividades de educação ambiental com escolas e comunidades

vizinhas às nascentes; promoção de atividades culturais que mostrem os outros

valores e sentidos das águas; mutirões de limpeza de nascentes e rios; formas de

reduzir a contaminação das águas das nascentes a exemplo da Técnica de Solo-

Cimento; elaboração de planos de gestão ambiental de recuperação das áreas de

preservação previstas em lei.

As análises de água são realizadas da seguinte maneira: primeiramente é feita a

coleta antes de qualquer intervenção na nascente, depois de feito o cercamento da

mesma obtêm-se mais uma coleta, já para trazer um comparativo se houve melhoria

na qualidade da água, em seguida é realizado a proteção da nascente com a

Técnica de Solo-Cimento, e após, trinta dias depois de feita a proteção, ocorre mais

uma coleta de água para análise, sempre com o objetivo de ver o resultado de

melhora na qualidade da água. Posteriormente a todo esse processo as análises da

água acontecem a cada seis meses.

Desde o início do programa 15 (quinze) propriedades já estão sendo atendidas e

outras 10 (dez) estão em andamento, totalizando 42 hectares de área protegida.

Para a realização de algumas atividades a Secretaria Municipal do Meio Ambiente

conta com algumas parcerias: Centro Universitário de União da Vitória – UNIUV, para

a realização das análises de água; Casa Familiar Rural de União da Vitória e Cruz

Machado para a Técnica de Solo-Cimento; UEPG – Universidade Estadual de Ponta

Grossa, (projeto Entre Rios) os quais promoveram atividades de cercamento e

proteção de nascentes em algumas propriedades.

PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO

Em 24 de maio de 2016 foi aprovada a Lei Nº 4613, que dispõe sobre o Plano de

Arborização Urbana do município de União da Vitória e dá outras providências. Entre

seus principais pontos estão:

Produção de mudas arbóreas, arbustivas e ornamentais e a execução da

arborização e ajardinamento das vias e logradouros públicos;

Estudos, pesquisas e divulgação das atividades ligadas às suas atribuições, funções

e objetivos, educação ambiental e cursos de treinamento e aperfeiçoamento de mão-

80

de-obra para as tarefas de arborização urbana;

Preservação, direção, conservação e manejo dos parques, praças e vias públicas,

com todos os seus equipamentos, atributos e instalações, promovendo suas

necessidades, dispondo sobre as modalidades de uso e conciliando sua

conservação e manejo com a utilização pelo público;

Prevenção e combate a pragas e doenças das árvores;

Adoção de medidas de proteção às árvores,

principalmente áquelas ameaçadas de extinção.

O plano foi iniciado primeiramente nas áreas centrais da cidade, que possuem

maior quantidade de equipamentos urbanos, sendo preferencialmente os mais aptos

a receberem a arborização urbana de maneira adequada. O plantio foi iniciado em

setembro de 2015 na Avenida Manoel Ribas e foram estendidas as seguintes ruas,

conforme o quadro abaixo:

Quadro com o total de mudas implantadas durante o período de setembro de

2015 até outubro de 2016.

Endereço N° de

mudasManoel Ribas 124

Cruz Machado 21

Professora Amazília 72

Expedicionários 42

Quintino Bocaiúva 4

Júlia Amazonas 14

Jacobe Bogus 2

Quatro de Maio 39

Padre Saporiti 66

Osmar W. Coradin 18

Alcides Silva 57

Marechal Floriano 8

TOTAL 467

Durante o período de implantação das mudas, foram realizado conjuntamente

ações de educação ambiental junto à população. Nas vizinhanças das áreas de

plantio foi explicado através da entrega de um folder os principais benefícios da

arborização, de forma a conscientizar a população sobre a ação realizada pelo poder

público municipal e seus benefícios. Também foram realizadas ações de educação

ambiental e o plantio de mudas juntamente às crianças do ensino fundamental da

81

rede pública municipal. Essas ações tem papel fundamental no sucesso do plantio,

fazendo a sociedade, de forma ampla, entender a importância das ações a serem

realizadas através do Plano de Arborização, diminuindo a taxa de vandalismo e

acrescendo cuidado da população com as plantas.

Os trabalhos de poda e autorização de corte de árvores em passeios públicos,

que seguem as normas descritas na lei do Plano de Arborização, foram realizados

nesse período, assim como a revitalização de árvores de praças, que possuem

árvores em péssimo estado fitossanitário, obedecendo aos critérios técnicos,

devendo a árvores ser suprimida. Essas ações visam diminuir o risco de acidentes e

eventuais danos materiais e também a população.

AÇÕES FLORESTAIS

Foram realizados diversos projetos de interesse do poder público na área

florestal. Seguem abaixo alguns deles:

a Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) Morro

do Cristo: O PRAD do Morro do Cristo visa substituir uma

espécie exótica invasora (Pinus sp.) por espécies nativas

adequadas ao local, principalmente por ser uma área de

preservação permanente (APP). Haverá a retirada do

remanescente dessas exóticas e o posterior do plantio de

espécies nativas. O PRAD foi entregue ao IAP e deverá ser

executado assim que receba a aprovação do órgão ambiental.

b Recuperação de Área Degradada Autovia João Reolon: A

recuperação da área degradada da Autovia João Reolon se deu

através de um acordo de Cooperação entre a Prefeitura

Municipal de União da Vitória, Copel e Ministério Público do

estado do Paraná. Essa área de preservação permanente (APP)

era anteriormente ocupada por uma população de baixa renda

que foi, em parte, realocada pelo poder público em conjuntos

habitacionais. Nos terrenos onde não existe mais ocupação

foram realizadas atividades de limpeza e posteriormente foram

plantadas mudas de espécies nativas adequadas ao ambiente, já

que o mesmo sofre periodicamente com inundações do Rio

Iguaçu. Foram plantadas cerca de 500 mudas e mais 100

estacas das duas espécies mais abundantes nas várzeas do

82

Iguaçu: Salix humboldtiana (salgueiro/chorão) e Sebastiania

commersoniana (branquilho). Essa técnica de propagação

vegetativa visa a maior propagação de espécies adaptadas a

esse ambiente e consequente ocupação das áreas da borda do

rio, conjuntamente a um baixo custo de implantação.

FISCALIZAÇÃO

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, desenvolveu um projeto de

fiscalização e conscientização populacional, referente a destinação inadequada de

resíduos no município de União da Vitória, desde o ano de 2014 que teve inicio a

SEMMA vem sendo realizada fiscalizações nos bairros com propósito de melhoria e

limpeza do mesmo, é usado também para explicar do projeto das caçambas que é

gratuito para a população fazer a destinação correta dos matérias.

Desde seu inicio foram emitidas mais de 2000 notificações com propósito de

conscientização dos moradores.

A fiscalização é feita no período da tarde onde o fiscal percorre todas as ruas dos

bairros, parando onde encontra o material em frente a residência, abordando o

morador ou o responsável pela disposição inadequada dos resíduos, ai é conversado

explicando sobre os projetos e emitindo a notificação dando prazo de 10 dias para a

regularidade do local, assim dentro de 10 dias o fiscal retorna para averiguação, com

o local não regularizado dá-se carência de mais 05 dias, após isso não sendo

cumprido, é encaminhado para a Prefeitura onde eles tomam as providencias cabíveis

para tal ato.

PNEUS INSERVÍVEIS

A Prefeitura Municipal de União da Vitória, por meio da Secretaria de Meio

Ambiente e em conjunto com a 6ª. Promotoria de Justiça de União da Vitória vem

promovendo, desde 2015, diversas reuniões com a finalidade de discutir a

implementação e operacionalização da logística reversa de pneus inservíveis no

município de União da Vitória, conforme prevê a Lei nº 12.305/10, que instituiu a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, e a Resolução CONAMA nº 416/09. Segundo

tais instrumentos legais, a logística reversa consiste no estabelecimento de ações

pelos fabricantes, distribuidores e comerciantes para recolhimento de determinados

83

produtos após o uso, inclusive dos pneus. A Lei 12.305/10 também determina que o

município não pode responsabilizar-se pela destinação de tais resíduos, a menos que

seja remunerado para isso.

Visando atender as exigências da Lei e da Resolução, e considerando que no

município, até 2015, não existia local adequado de destinação de pneus inservíveis, a

Secretaria de Meio Ambiente de União da Vitória solicitou à 6ª. Promotoria de Justiça

que intimasse a empresa Reciclanip - entidade sem fins lucrativos criada pelos

fabricantes de pneus para viabilizar a logística reversa de pneus no Brasil - para

participar de uma reunião no município. A Reciclanip realiza a coleta de pneus sem

custo nos pontos de coleta implantados no Brasil e destina os resíduos de forma

ambientalmente adequada. O representante compareceu na reunião convocada pela

Promotoria de Justiça e comprometeu-se, em nome da entidade, a realizar a coleta no

município de União da Vitória sempre que houvesse necessidade, com prévio

agendamento, entretanto, seguindo o Art. 8º da Resolução CONAMA nº 416/2009, o

representante alegou que a entidade não poderia arcar com o custo de

estabelecimento de um ponto de coleta no município, visto que possui menos de

100.000 (cem mil) habitantes.

REALIZAÇÃO GRATUITA DO CAR – CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Diante da Lei 4.490/15 proposta pela SEMMA. O CAR é realizado gratuitamente

para o agricultor familiar do município de União da Vitória, onde sua propriedade seja

de até 4 módulos fiscais (80ha).

Para a realização do CAR a secretaria estabeleceu um cronograma de

agendamento para atendimentos dos agricultores. Até o momento foram realizados

aproximadamente 40 CAR no período compreendido entre agosto de 2015 a outubro

de 2016.

LEI DAS SACOLINHAS

No mês de maio de 2016 a Câmara Municipal de União da Vitória aprovou a Lei

n° 4.607/16, referente à seleção de resíduos sólidos urbanos em sacolas plásticas

distribuídas por estabelecimentos comerciais.

A lei busca incentivar a separação dos resíduos recicláveis, contribuindo com a

preservação do meio ambiente e com o aumento de renda dos cooperados que fazem

a triagem e venda do material reciclável coletado, visto que a maioria dos cidadãos já

utiliza as sacolas plásticas para acondicionar o lixo.

84

OBRIGAÇÃO DOS COMERCIANTES

Os supermercados deverão disponibilizar, aos seus consumidores, sacolas

plásticas padronizadas, nas cores LARANJA e em OUTRAS CORES, nas mesmas

quantidades. Para os demais tipos de estabelecimentos comerciais a disponibilização

das sacolas na padronização da Lei é opcional.

REATIVAÇÃO DO VIVEIRO MUNICIPAL

O viveiro municipal foi reativado e recebeu melhorias para o início da execução

do Plano de Arborização Urbana em 2015. Localizado no bairro São Luiz, inicialmente

se realizou a roçada e limpeza do terreno e dos canteiros e estufas. Após essa etapa,

foram compradas as mudas do plano, sendo inicialmente a aroeira salsa e a

quaresmeira. Além do cuidado com irrigação, dentre outros, foi realizada outras

atividades essenciais, como a mistura do substrato utilizado para o plantio das mudas,

composto de solo peneirado e fertilizante NPK, que são de essencial importância para

o desenvolvimento inicial da muda, visto que os solos antrópicos geralmente são

pobres de nutrientes. Atualmente o viveiro conta com três funcionários, sendo que a

equipe de plantio se compõe de apenas dois funcionários. As flores que compõem os

jardins públicos da cidade também são armazenadas no viveiro municipal.

LIMPEZA PÚBLICA

Durante o período de outubro de 2015 até o momento, as equipes de roçada,

capina, recolhimento de entulhos e plantio de flores se encontram sob

responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente. As equipes realizam serviços em

diversos locais públicos da cidade, desde a área central até os bairros mais afastados

(menos zona rural) e também em alguns locais turísticos, como a cachoeira Cintura de

Noiva, realizando a limpeza do ambiente, contribuindo para a melhoria, de maneira

geral, da limpeza pública.

ATERRO SANITÁRIO

A situação em que se encontrava o aterro municipal, anterior a 2013 era

insatisfatória, havia pouco controle e pouca fiscalização da operação terceirizada.

Atualmente o controle é garantido pela secretaria, foi renovada a licença

ambiental de operação e os monitoramentos ambientais estão em dia.

85

COLETA CONVENCIONAL

No edital de licitação realizado em 2013, para melhor acompanhamento e

controle foram exigidas as seguintes mudanças:

a Pesagem de todo resíduo coletado para maior controle e

pagamento por peso à empresa terceirizada;

b Caminhões de coleta identificados;

c Sistema de rastreamento online;

d Fiscalização constante.

CEMITÉRIOS

Para elaboração dos estudos do Cemitério São Cristóvão, Cemitério Bom Jesus

e do novo Cemitério de São Cristóvão, foi realizado um contrato com engenheira

ambiental responsável pelo Plano de Controle Ambiental– PCA e pelas licenças

ambientais de Operação e Regularização do Cemitério São Cristóvão e Licença

Ambiental Prévia (LP) para implantação do novo cemitério no Distrito de São Cristóvão

e a empresa Datageo para elaborar estudos hidrogeológicos e afins, para

procedimentos de regularização dos cemitérios já existentes e para implantação do

novo cemitério municipal em São Cristóvão.

LICENÇAS AMBIENTAIS PROTOCOLADAS

Licença Ambiental de Operação de Regularização do Cemitério

São Cristóvão, protocolada junto ao IAP sob número

14.204.252.5 em 04/08/2016.

Licença Ambiental Prévia para implantação de novo cemitério no

Distrito de São Cristóvão, protocolada junto ao IAP sob número

14.147.489-9 em 28/06/2016.

LICENÇAS AMBIENTAIS EM ANDAMENTO

Licenciamento ambiental de regularização do cemitério Bom

Jesus (centro), em fase de elaboração.

SETOR DE DEFESA ANIMAL

ONG KOALA

A antiga ONG KOALA foi interditada em agosto 2014, desde então a Secretaria

de Meio Ambiente pelo Setor de Defesa Animal esta administrando.

Na época da interdição contava com 256 animais e hoje conta com cerca de 43, onde

86

32 são fêmeas e 11 são machos.

Todos estão castrados, com exceção de um macho muito idoso, todos estão

microchipados e vacinados. Recebem alimentação adequada e cuidados Veterinários,

porém todos precisam de um lar.

São feitas feira de doação dos animais e ainda as pessoas podem visitar a antiga ONG

onde podem dar um pouco de carinho para os animais.

GUARDA RESPONSÁVEL NAS ESCOLAS

Entre setembro e outubro de 2016 foi realizada a guarda responsável dos cães

para as crianças entre 3 e11 anos das Escolas Municipais e dos CEMEIS.

Foram visitados 14 Cemeis e 25 escolas, totalizando mais de 2000 crianças atendidas,

onde falou-se sobre guarda responsável dos animais e entregamos os folders. No final

das palestras as crianças puderam fazer perguntas e também agradar um cão que era

levado em cada palestra.

CAPÍTULO 3

87

DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PLANO

MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL - PLAMSAN

DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONAL

O aprimoramento da politica de segurança alimentar e nutricional no município e o

fortalecimento do SISAN e seus componentes devem acontecer de forma permanente e

contínua, buscando dar visibilidade, por meio de um processo de construção,

planejamento e ampliação das ações.

O estímulo à atuação do COMSEA e da CAISAN deve estar afinado a outras

88

instâncias governamentais e não governamentais para a prática de SAN no município,

buscando sua integração e articulando com todas as esferas e a sociedade civil.

Dessa forma, alguns desafios deverão ser superados para que esse plano possa

atingir seu objetivo e suas metas, quais sejam:

1. Garantir no Orçamento Municipal recursos para gestão e articulação da Segurança

Alimentar e Nutricional e implementação de programas, projetos e ações de

Segurança Alimentar e Nutricional.2. Fortalecimento da geração de emprego e renda nas áreas de desenvolvimento

econômico;3. Falta de diagnóstico e dados articulados com relação às ações de SAN no

Município, que permitissem o acompanhamento, monitoramento e avaliação das

condições de SAN em União da Vitória;

4. Elaborar e implementar nas diversas áreas uma política de pesquisa e

monitoramento da situação de SAN no município;

5. Consolidar a participação social na implementação do SISAN/Municipal;6. Consolidação da intersetorialidade e do entendimento do que é de forma geral a

Segurança Alimentar e Nutricional e sua interface com as demais políticas

públicas;

7. Dificuldade de Articulação entre programas, projetos, ações e equipamentos

públicos que garantam a erradicação da extrema pobreza e da insegurança

alimentar;

8. Reversão das tendências de aumento das taxas de excesso de peso e obesidade,

e conscientização para uma alimentação saudável;

9. Ampliação no mercado de alimentos da agricultura familiar com vistas ao aumento

na produção, abastecimento e consumo nas politicas publica de SAN;

10.Ampliação do acesso à água de qualidade e em quantidade suficiente, com

prioridade às famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de

alimentos da agricultura familiar e piscicultura;

11. Estrutura física e humana, para a gestão, articulação e execução de SAN no

município;

89

90

CAPÍTULO 4

DIRETRIZES E METAS PARA O PLANO MUNICIPAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

DIRETRIZES PARA O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

DE UNIÃO DA VITÓRIA.

Diretriz 1 – Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e

nutricional.

Objetivos:

Identificar as famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional no

91

município, visando o planejamento de programas, projetos e ações voltadas para

diminuição ou erradicação desta situação de vulnerabilidade; Fortalecer e articular programas, projetos e ações que viabilizem o acesso universal

à alimentação adequada e saudável; Divulgar o Direito Humano a Alimentação Adequada e Saudável (DHAA) através dos

Programas, Equipamentos e Projetos de Segurança Alimentar e Nutricional, que

viabilizem o acesso a este direito; Promover o acesso à alimentação adequada e saudável em escolas, centros de

educação infantil e instituições sócio assistenciais do município.

92

Metas Secretaria

responsável e

parcerias

Prazo para

execução

Elaborar projeto para incentivo à produção de

mais hortas comunitárias e domiciliares, com

orientação técnica e apoio na distribuição de

mudas e sementes ás famílias que apresentam

situação de insegurança alimentar.

SEMAG

SEMMAS

EMATER

2017/2020

Implantar sistema para realizar diagnóstico do

perfil do consumo alimentar no município,

inicialmente com o Cadastro Único e Unidades

de Saúde, pensando em ações que estimulem a

diversidade no consumo alimentar saudável.

SEMAS

CRAS

SMS

2017/2020

Implementar equipe técnica multidisciplinar

(nutricionista, assistente social, engenheiro

agrônomo, técnico agrícola e de agroecologia)

para auxiliar na execução dos programas de

segurança alimentar e nutricional.

SEMAS

SEMAG

SEMMA

2017/2020

Continuidade ao processo de implantação de

cozinha social com objetivo de fornecer refeições

de qualidade, balanceada e a preços acessíveis,

contribuindo com a pratica da alimentação

saudável a população de baixa renda.

SMED

SEMAS

SEMAG

2017/2020

PERMANENTE

Realização de cursos direcionados por faixa

etária para todas as pessoas atendidas por

CRAS e CREAS no município, promovendo

campanhas educativas visando a melhoria dos

hábitos alimentares e nutricionais, capacitando e

reforçando sobre temas como alimentação

saudável, aproveitamento integral de alimentos,

higiene na manipulação, preparo e

armazenamento de alimentos.

SEMAS

SMS

SEMED

2017/2020

PERMANENTE

Identificar as famílias através do cadastro único,

em situação de extrema pobreza, nas áreas

urbana e rural do município.

SEMAS

CADÚNICO

2017/2020

Promover iniciativas de educação alimentar,

sobretudo em áreas especifica do município,

onde se concentram maior numero de famílias

em situação de insegurança alimentar e

nutricional.

SEMAS

SEMED

SMS

PERMANENTE

Implementar programa específico para famílias

em situação de vulnerabilidade social com

necessidades alimentares especiais.

SEMAS

SMS

2017/2020

Realizar oficinas de capacitação de SAN para SEMAS PERMANENTE

93

Diretriz 2 – Promoção do abastecimento e da estruturação de sistemas

descentralizados, de base agroecológica e sustentáveis de produção, extração,

processamento e distribuição de alimentos.

Objetivos:

Consolidar a organização de produção, processamento e distribuição de alimentos

da agricultura familiar, visando à garantia do acesso regular e permanente, em

quantidade suficiente, qualidade e diversidade, observadas as práticas alimentares

promotoras da saúde e respeitados os aspectos culturais e ambientais; Ampliar a participação de agricultores familiares nas politicas publica de SAN, como

forma de aumentar e garantir sua inclusão socioeconômica e à promoção da

alimentação adequada e saudável; Sucessão Rural, criar oportunidades e incentivar políticas públicas voltadas para

permanência dos jovens no campo.

94

Metas Secretaria

responsável e

parcerias

Prazo para

execução

Fortalecer política municipal de incentivo a produção e

consumo de produtos orgânicos no município.

SEMAG

IEPS

UEPG

EMATER

2017/2020

Aumentar a quantidade de alimentos orgânicos

servidos na alimentação escolar do município.

SEMAG

SEMED

EMATER

2017/2020

Elaborar estratégias para aumentar o numero de

agricultores familiares participantes das compras

institucionais.

SEMAG

SEMED

EMATER

2017/2020

Desenvolver e/ou aprimorar espaços existentes para

comercialização e distribuição de alimentos da

agricultura familiar, com objetivo de aumentar o

acesso dos consumidores aos produtos.

SEMAG

SEC. OBRAS

2017/2020

Fortalecer e incentivar a produção de peixes no

município.

SEMAG

IEPS

2017/2020

Garantir o consumo de peixes na alimentação escolar

do município.

SEMED 2017/2020

Ampliar capacitação para agricultores sobre boas

práticas de fabricação e manipulação de alimentos,

agregando mais qualidade do produto para o

consumidor final.

VISA

SEMAG

2017/2020

Disponibilizar profissional capacitado para realização

das informações nutricionais de rotulos para produtos

da agricultura familiar.

SEMAG

VISA

SEMED

2017/2020

Incentivar e fortalecer os pequenos agricultores,

através de capacitação profissional que ajude a

manter o agricultor no campo de forma sustentável no

âmbito ambiental, social e econômico.

SEMAG

EMATER

SEMMA

2017/2020

Proporcionar apoio através de assessoria técnica ou

maquinários aos pequenos agricultores de forma que

possam atingir metas e objetivos no campo.

SEMAG

EMATER

OBRAS

2017/2020

Criar oportunidades e incentivar políticas públicas

voltadas para a permanência no campo,

principalmente de jovens.

SEMAG

ESCOLA

TECNICA

RURAL

2017/2020

Incentivar a organização e formação de associações,

cooperativas ou outras organizações que contemplem

a inclusão de mulheres, visando à comercialização de

produtos alimentícios dos produtos provenientes da

SEMAG

EMATER

SINDICATO

RURAL

2017/2020

95

Diretriz 3 – Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional,

pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito

humano à alimentação adequada.

Objetivos:

Diagnosticar a situação de SAN levando em conta a educação, visto que problemas

de insegurança alimentar estão ligados a diversos fatores, entre eles, o nível

educacional da população e à informação que a mesma detém sobre o tema; Promover ações de Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar e

fortalecer a gestão, execução e o controle social do PNAE, com vistas à promoção

de SAN; Reconhecer o Programa de Alimentação Escolar, como uma proposta educacional,

social e cultural, integrando as ações da alimentação escolar, ao fazer pedagógico

realizado na escola; Correlacionar a educação com os fatores determinantes de SAN; Entender a alimentação escolar como uma política voltada à atenção dos direitos do

aluno, que nutre o corpo e proporciona bem estar físico durante o período diário de

permanência na escola; Garantir a qualidade nutricional dos cardápios servidos aos alunos das unidades

escolares, proporcionando um aporte adequado de nutrientes através da

alimentação, visando promover a saúde; Manter atendimento aos alunos da educação infantil e fundamental, em todos os

dias letivos, com cardápios elaborados, de forma que a refeição servida ao aluno

atenda as exigências propostas pelo FNDE. Garantir a qualidade dos alimentos e das condições de preparo das refeições aos

alunos atendidos na rede municipal de ensino.

96

Metas Secretaria

responsável e

parcerias

Prazo para

execução

Capacitar gestores professores e manipuladores

de alimentos ao que se refere à alimentação

escolar para promoção de segurança alimentar e

nutricional no ambiente escolar do município.

SEMED

SMS

UNIVERSIDADES

2017/2020

Planejar orientações que possam ser aplicadas

em sala de aula sobre o tema transtornos

alimentares.

SEMED

SMS

UNIVERSIDADES

2017/2020

Aquisição de balanças com estadiômetro para

avaliação antropométrica dos alunos da rede

municipal de ensino.

SEMED 2017/2020

Realizar parceria com professores de educação

física para auxiliar na avaliação antropométrica e

mapeamento dos alunos em situação de

insegurança alimentar.

SEMED

SMS

2017/2020

Monitorar de forma trimestral e sistematizar os

dados antropométricos dos alunos para facilitar

diagnóstico do estado nutricional nas escolas.

SEMED

SMS

2017/2020

Incluir no plano de ação do projeto politico

pedagógico - PPP, das escolas o tema

Segurança Alimentar e nutricional.

SEMED

NRE

2017/2020

Capacitação/formação continua ao conselho de

alimentação escolar – CAE com temas de

segurança alimentar e nutricional.

SEMED

CECANE PR

UNIVERSIDADES

2017/2020

Disponibilizar orientação técnica e material para

a realização de hortas escolares. Garantindo que

a escola possa promover sua manutenção no

espaço escolar visando o trabalho pedagógico

junto aos alunos bem como o envolvimento das

famílias.

SEMED

SEMAG

EMATER

CONSELHOS

COMUNITÁRIOS

2017/2020

Treinamento/formação continua sobre boas

práticas para os manipuladores de alimentos

responsáveis pela preparação ou distribuição de

alimentos nas escolas e centros de educação

infantil do município.

SEMED

VISA

2017/2020

Aquisição de uniformes completos padronizados

e equipamentos de proteção individual para os

manipuladores de alimentos responsáveis pela

preparação ou distribuição de alimentos nas

escolas e centros de educação infantil do

município.

SEMED 2017/2020

Estabelecer parceria com a secretaria municipal

de saúde para solicitação de exames periódicos

SEMED

SMS

2017/2020

97

Diretriz 4 – Promoção, universalização e coordenação das ações de SAN voltadas para

quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais e povos indígenas, conforme

trata o decreto no 6.040/2007. NÃO SE APLICA

Diretriz 5 – Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis de

atenção à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e

nutricional.

Objetivos:

Avaliar e monitorar a situação alimentar e nutricional, como também o estado

nutricional, em todos os ciclos da vida, dos usuários do SUS no município, a fim de

controlar e prevenir os agravos e doenças consequentes da insegurança alimentar e

nutricional; Promoção de práticas alimentares e estilo de vida saudáveis; Prevenção e controle de distúrbios nutricionais e de doenças associadas à

alimentação e nutrição; Monitorar e fiscalizar os alimentos e bebidas produzidos e comercializados no

município.

98

Metas Secretaria

responsável e

parcerias

Prazo para

execução

Realizar o diagnóstico nutricional através do

monitoramento da situação alimentar e

nutricional realizada por meio de registro de

dados do sistema de vigilância alimentar e

nutricional - SISVAN.

SMS 2017/2020

Aumentar a notificação das doenças diarreicas

para possibilitar a investigação de surtos de

doenças alimentares.

SMS

VISA

SEMED

2017/2020

PERMANENTE

Aquisição de materiais e equipamentos para a

atenção básica e especializada

(computadores/impressoras/balanças com

estadiômetro etc)

SMS 2017/2020

Garantir a atenção à saúde materno infantil,

aumentando a capacidade do atendimento

nutricional nas unidades de saúde.

SMS 2017/2020

Incentivar a promoção ao aleitamento materno

exclusivo até sexto mês de vida e orientar a

alimentação complementar saudável do bebê

com continuidade do aleitamento materno até

os 2 anos ou mais.

SMS 2017/2020

Aumentar ações de educação alimentar e

nutricional realizadas em grupos específicos na

atenção básica de saúde.

NASF 2017/2020

Ampliar o fornecimento de nutrição enteral para

uso domiciliar, adequada à necessidade

nutricional do paciente que não consegue

custear o tratamento.

SMS

6.ª REGIONAL DE

SAÚDE

2017/2020

Orientações e incentivo a grupos de risco

atendidos pelo SUS para uso das academias

ao ar livre, com o objetivo de ampliar o acesso

da população às políticas públicas de promoção

da saúde focadas na formação de hábitos de

vida saudáveis.

SMS 2017/2020

Capacitações para todos os profissionais da

área de saúde envolvidos com segurança

alimentar e nutricional.

SMS 2017/2020

Intensificar atividades do programa saúde na

escola.

SMS 2017/2020

Elaborar e distribuir material informativo sobre

alimentação e hábitos de vida saudável na

terceira idade.

SMS 2017/2020

Criação de um banco de dados antropométrico SMS 2017/2020

99

Diretriz 6 – promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade

suficiente, com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para

a produção de alimentos da agricultura familiar, pesca e aquicultura.

Objetivos:

Garantir o acesso à água para o consumo humano e a produção da população rural

de baixa renda, de forma a promover qualidade e quantidade suficientes à

segurança alimentar e nutricional; Ampliar a cobertura de ações e serviços de saneamento básico e serviços de

abastecimento de água na área rural, priorizando soluções alternativas que permitam

a sustentabilidade dos serviços.

Metas Secretaria

responsável e

parcerias

Prazo para

execução

Garantir a qualidade e preservação da agua por

meio de proteção de nascentes e minas.

SEMMA 2017/2020

Mobilizar para orientações técnicas os usuários dos

serviços sobre o tema água de qualidade.

SEMMA

SANEPAR

2017/2020

Avaliar a qualidade da água utilizada na produção

de alimentos que são comercializados no PNAE e

PAA.

SEMAG

VISA

PREFEITURA

2017/2020

Diretriz 7 – Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, SAN e DHAA em

âmbito internacional e a negociações internacionais baseadas nos princípios e nas

diretrizes da lei n o 11.346/2006. NÃO SE APLICA

Diretriz 8 – Monitoramento da realização do Direto Humano a Alimentação Adequada.

Objetivos:

Consolidar a politica de segurança alimentar e nutricional garantindo o DHAA através

do processo de implantação e efetivação das politicas publicas de Segurança

Alimentar e Nutricional.

100

Cabe ressaltar que as diretrizes 4 e 7 não se aplicam ao município.

Para cada diretriz, foram descritos os programas e ações desenvolvidos no âmbito da

Segurança Alimentar e Nutricional no município e em consonância com o Plano Plurianual

(PAA). Também foram incluídas propostas da I Conferência Municipal de SAN e propostas

que possam acrescentar melhorias na implantação da SAN no município.

*Para a efetivação deste Plano as secretarias municipais envolvidas neste processo

deverão assumir este compromisso e incluir suas metas e ações correlatas à sua pasta no

Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual

(LOA) cabendo ao COMSEA o monitoramento e fiscalização, visando à implementação do

SISAN no município.

Metas Secretaria

responsável e

parcerias

Prazo para

execução

Articular e fortalecer o Conselho Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional CONSEA e a

Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e

Nutricional CAISAN.

CAISAN

COMSEA

2017/2020

Consolidar a intersetorialidade e a participação

social na implantação da politica de SAN no

município.

CAISAN

COMSEA

2017/2020

Criação de agenda de encontros para estudos e

planejamento dos envolvidos diretos: COMSEA e

CAISAN com objetivo de: entender o SISAN e

construir a política municipal de SAN, desenvolver

estratégias de publicidade para levar o SISAN até

todos os moradores do município (escolas,

entidades e demais munícipes).

CAISAN

COMSEA

2017/2020

Garantir orçamento local para ações de segurança

alimentar e nutricional. Incluindo ações

orçamentárias no plano plurianual (PPA) e na Lei

Orçamentaria Anual (LOA).

SECRETÁRIAS

ENVOLVIDAS*

2017/2020

Realizar a avaliação do PMSAN através de

relatórios das ações realizadas de SAN pela

CAISAN apresentados ao Conselho Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional.

CAISAN

COMSEA

COMUNIDADE

2017/2020

101

CAPÍTULO 5

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLAMSAN

102

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

As estratégias de Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de Segurança

alimentar e Nutricional de União da Vitória serão realizadas de forma continua, visando o

desenvolvimento e efetivação do acesso da população às políticas de Segurança

Alimentar e Nutricional, e tem como objetivo,, acompanhar a execução das ações

governamentais, voltadas para a promoção de segurança alimentar e nutricional no

Município, empenhando-se em constatar a atuação desta Politica Publica, possibilitando

intervenções que visem o aprimoramento da gestão pública, sendo de responsabilidade do

Governo Municipal, com a participação da Câmara Intersetorial de Segurança alimentar e

Nutricional – CAISAN e do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional –

COMSEA.

Para que sejam avaliados os resultados e impactos da Política e do Plano de

Segurança Alimentar e Nutricional, serão elaborados relatórios semestrais pela CAISAN

referentes às atividades relacionadas a SAN no município dentro de cada secretaria e

103

encaminhados para o COMSEA para avaliação e exercício do controle social relacionado

as politicas.

O PLAMSAN será revisado a cada dois anos da sua elaboração ou quando

necessário para que seja possibilitada a revisão das metas e apresentados a sociedade

civil os avanços e fortalecimento das ações que compõem a Política Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional.

O COMSEA enquanto mecanismo de controle social será de extrema importância a

fim de legitimar perante a sociedade sua função de fiscalização.

Para a efetivação deste Plano Municipal as secretarias municipais envolvidas neste

processo deverão assumir este compromisso e incluir suas metas e ações correlatas à sua

pasta no PPA, LDO e LOA cabendo ao COMSEA o monitoramento e fiscalização, visando

à implementação do SISAN no município de União da Vitória.

LISTA DE SIGLAS

AF – Agricultura Familiar

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ATE – Agência de Extensão Rural

BPC – Benefício de Prestação Continuada

CAE – Conselho de Alimentação Escolar

CAISAN – Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional

CECANE – Centro Colaborador de Alimentação e nutrição do Escolar

COMSEA – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

CREAS – Centro de referencia Especializado em Assistência Social

EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

104

IEPS – Instituto de Ensino, Pesquisa e Prestação de Serviços

IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

LOSAN – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional

MDS – Ministério do Desenvolvimento Social

PAA – Programa de Aquisição de Alimentos

PBF – Programa Bolsa Família

PEMQSA – Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade

Sanitária dos Alimentos

PLANSAN – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar

PPA – Plano Plurianual

PPP – Plano Político Pedagógico

PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

SAN – Segurança Alimentar e Nutricional

SEMA – Secretaria Municipal de Administração

SEMAG – Secretaria Municipal de Agricultura

SEMAS – Secretaria Municipal de Assistência Social

SEMED – Secretaria Municipal de Educação

SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente

SMS – Secretaria Municipal de Saúde

SESA – Secretaria Estadual de Saúde

SISAN – Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional

SISVAN – Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional

SUS – Sistema Único de Saúde

UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa

VISA – Vigilância Sanitária

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