I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

52
I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno Sociedade Paranaense de Pediatria Departamento Científico de Otorrinolaringologia Departamento Científico de Alergia e Imunologia Departamento Científico de Pneumologia Curitiba, 12/05/2006

Transcript of I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

Page 1: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

Sociedade Paranaense de PediatriaDepartamento Científico de Otorrinolaringologia Departamento Científico de Alergia e Imunologia

Departamento Científico de Pneumologia

Curitiba, 12/05/2006

Page 2: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE : VISÃO DO ALERGISTA

Dra. Adriana Vidal SchmidtServiço de Alergia e ImunologiaHospital Universitário Cajurú – PUC-PrDepto. Científico de Alergia e Imunologia da SPP

Page 3: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

SEGUNDA QUEIXA MAIS FREQUENTE

TOSSE NA INFÂNCIA

Thorax 2003 58:901-907

PRINCIPAL SINTOMA RESPIRATÓRIO

Page 4: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

AGUDA:AGUDA: até 3 semanas

SUBAGUDA: de 3 a 8 semanas

CRÔNICA: acima de 8 semanas

CLASSIFICAÇÃO

New England 2000 343(23): 1715-1721

CRIANÇAS: acima de 4 semanasEx.Rev. Anti-infect.Ther 2004 2(1) 111-17Singapore Med J 2004 45(10)462-69

Page 5: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Reflexo de uma patologia (resfriado? PNM?)

Exacerbação de condição preexistente (asma)

Exposição a tabaco/irritantes

PACIENTES COM TOSSE AGUDA:

Chest 2006 129; 1-26

Page 6: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Pós infecciosa?

Reflexo de IVAS

HRB transitória

Asma/pertussis

PACIENTES COM TOSSE SUB AGUDA:

Chest 2006 129; 1-26

Page 7: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Protocolos diagnósticos anatômicos

Caminho diagnóstico lógico/tto específico

Abordagem multidisciplinar

Algoritmos

TOSSE CRÔNICAAVALIAÇÃO SISTEMÁTICA :

Chest 1998 144:2 133S-181S

Page 8: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

PRIMEIRO INVESTIGAR:

Antecedentes Gest/Obs, Hx alimentar

Fumo, Irritantes ambientais

Antecedentes familiares

DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO

*História e Exame Físico detalhados*

Page 9: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Infecções virais recorrentes (pré-escolares)Asma – tosse variante de asmaExposição ao cigarro/irritantesSinusitesRinite alérgicaPós infecciosaRGE

CAUSAS MAIS COMUNS NA INFÂNCIA:

Am Fam Physician 2004; 2159-66

Page 10: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

GPN

ASMA

RGE

TOSSE COMO ÚNICO SINTOMA:

Chest 2006 129; 1-26

Page 11: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

BronquiectasiasPertussisTbMalformaçõesPsicogênica

CAUSAS MENOS FREQUENTES:

Page 12: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Duração, intensidade e freqüênciaExposição a irritantes/poluentesFatores desencadeantes/agravantesMedicações/fatores de alívio Antecedentes pessoais e familiares

HISTÓRIA:

Page 13: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

CompletoÊnfase – cabeça e pescoçoDPEEstigmas de atopia

EXAME FÍSICO:

Page 14: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

IRRITATIVA:

Cigarro

Fogões lenha

Poeira

QUANDO PENSAR EM:

Chest 1998 144:2 133S-181S

Page 15: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Novo termo: Síndrome tosse VAS(Upper airway cough sindrome – UACS)

Descarga pós nasal?

Irritação direta?

inflamação dos receptores da tosse em VAS?

SÍNDROME DA GOTA PÓS NASAL:

Chest 2006 129; 1-26

Page 16: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

IVAS 3 a 8 semanas antes:

Inflamação de VA pós viral – HRB

Diminuição do clearance mucociliar

GPN

TOSSE PÓS-INFECCIOSA:

Chest 2006 129; 1-26

Page 17: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

T.seca, noturna/exercícios,frio,IVAS

Antecedentes familiares

Sem resposta- antitussígenos/AB, AH

Boa resposta aos broncodilatadores

Asma tosse predominante ( Prater 1993)

É ASMA?

Page 18: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Tosse: único sintoma em 57% dos pacientes

Piora aos exercícios e à noite

Anti-leucotrienos: efeito antitussígeno

Resposta aos corticóides não garante DX

Hiperreatividade brônquica negativa descarta

Subestimada

ASMA

Am Fam Physician 2004; 69:2159-66

Page 19: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

ASMA: INTERVENÇÃO PRECOCE

Inflamação e processos aberrantes de reparo nas VA, especialmente durante os primeiros anos de crescimento pulmonar, podem levar ao estabelecimento de doença crônica persistente

A. Liu. JACI 2004; 113:19-24

Page 20: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

A. Wright. JACI 2004; 113:S2-7

Fator de risco para asma: efeitos da associação de História familiar e idade da criança

FATORES DE RISCO PARA ASMA:Hx FAMILIAR E IDADE

Page 21: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

FATORES DE RISCO PARA ASMA: VSR

R.Stokes. JACI 2004; 113:S15-8

Prevalência de asma foi significativamente maior em 47 crianças que tiveram infecção grave por VSR com hospitalização comparados com controles normais.

Page 22: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

A. Wright. JACI 2004; 113:S2-7

%s De crianças com Testes cutâneos positivos aos 6 anos foi correlacionado inversamente aos níveis de IFgama e IL-2 aos 9 meses

FATORES DE RISCO PARA ASMA:Níveis de IFNg no 1º ano de vida

Page 23: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Page 24: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Study of whether nasal mucosal inflammation exists in asthma regardless of the presence of allergic rhinitis in atopic subjects 20 to 66 years of age.Adapted from Gaga M et al Clin Exp Allergy 2000;20:663-669.

40

35

30

25

20

15

10

5

0

Asthmaticnasal

mucosaeosinophils

0

r=0.851, p<0.001

Asthmatic bronchial mucosa eosinophils5 10 15 20 25 30

(n=17)

Correlação entre eosinófilos nasais e brônquicos

Page 25: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Page 26: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Page 27: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Causa comum de tosse

Primeiras condições a serem consideradas

Sinais e sintomas específicos:Obstrução nasal, rinorréia, espirros, pruridosintomas oculares

RINITE

Page 28: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

sulco nasal transverso

respiração bucal

palato ogivóide

congestão ocular/olheiras

Cavidade nasal/exame ORL:

aspecto/coloração da mucosa, secreções

RINITE

Page 29: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

RINITE

Page 30: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Page 31: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Direcionada aos achados de história e EF

Espirometria- prova BD (acima 5 a)

Rx tórax/ seios da face/TAC

SEED/endoscopia/ pHmetria

Outros (TCA, IgE, broncoscopia,t suor, etc.)

AVALIAÇÃO LABORATOROIAL

Page 32: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Malignidade

Bronquiectasias

Pneumonia

Tuberculose

Doenças parenquimatosas graves

RX TÓRAX NORMAL EXCLUI:

Am Fam Physician 2004; 2159-66

Page 33: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO:

Page 34: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

ESPIROMETRIA+ PBD

Adriana Vidal Schmidt

Page 35: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Adriana Schmidt

Adriana Schmidt

TESTES CUTÂNEOS DE LEITURA IMEDIATA:

Dx das reações alérgicas mediadas pela IgE

Page 36: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

TESTES CUTÂNEOS DE LEITURA IMEDIATA:

Page 37: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Adriana Schmidt

TESTES CUTÂNEOS DE LEITURA IMEDIATA:

Teste positivo (+ a ++++)

Page 38: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

NASOFIBROSCOPIAcorneto inferior

Normal Rinitel

Page 39: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

NASOFIBROSCOPIAadenóide

Page 40: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

NASOFIBROSCOPIACorneto médio

Normal Pólipo

Page 41: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Rx X Nasofibroscopia

Adriana Vidal Schmidt

rápido práticoeconômicoinócuo

Page 42: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Thorax 2003; 58:998-1003

Sem suspeita de patologia específica

Rx, TCA, Espiro (>6anos), avaliação ORL

Se Rx nl < 2 anos: RGE, teste do suor

Se Rx anormal, testes específicos

Tosse crônica, patológica

Dados para alguma patologia específica?

História e Exame Físico

Tosse dentro de limites normais

Apoio, desencorajar fumo nos pais

Roteiro de investigação conforme a suspeita clínica

ALGORITMO DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS

Page 43: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

discinesia ciliar estudos de função ciliar

Fibrose cística Teste do suor

Corpo estranho broncoscopia

Infecção purulenta Culturas, Imunoglob, t.suor

Refluxo, aspiração SEED, pHmetria

Grupos de risco excluir Tb,HIV

Pertussis,Clamidia, CMV, etc Sorologia

Anomalidades congênitas Broncoscopia,CT/RMN, angiografia

Alergia, asma TCA, PFP, HRB

Alveolite fibrosante, dça autominue

PFP, difusão, autoanticorpos

Thorax 2003; 58:998-1003

ALGORITMO DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS P

esqu

isa

de p

atol

ogia

s esp

ecífi

cas

Page 44: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Pertussis, Tb, Sd Loeffer, Toxocaríase visceral

Deficit poderal, febres recorrentes= Grave

Tosse psicogênica

SITUAÇÕES ESPECIAIS

Page 45: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

23% dos encaminhados - centro especializado

Adolescentes

Tosse ruidosa, sem prejuízo do sono

Atividades prazerosas: melhora da tosse

Diagnóstico de exclusão

Disfunção social pode ser decorrente da tosse

TOSSE PSICOGÊNICA?

Am J Respir Crit Care Med 2002; 165:1469-74

Page 46: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

Falha no tratamento = falta etiologia

Protocolos de diagnóstico e tratamento

Exames seqüenciais

Algoritmo individualizado

Investigações simples e provas terapêuticas

TOSSE

Adriana Vidal Schmidt 2005

Page 47: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

“ A investigação da tosse crônica na criança é um

estimulante desafio, e melhores resultados

podem ser alcançados com intervenções

diagnósticas e terapêuticas direcionadas a suspeita

clínica, minimizando intervenções no pequeno

paciente”

CONCLUSÃO

Adriana Vidal Schmidt 2006

Page 48: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

“Somente uma investigação orientada

individualmente

pode levar a um tratamento com sucesso”

Adriana Vidal Schmidt 2006

Adriana Schmidt

Page 49: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

slides da aula: www.adrianaschmidt.com

MUITO OBRIGADA!Departamentos Científicos de Alergia e PneumologiaSociedade Paranaense de Pediatria 2006

Page 50: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

How the Allergist/Immunologist Can Help:Consultation and Referral Guidelines Citing

the Evidence

Page 51: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

The allergist/immunologist is uniquely trained in: •Allergy testing (skin, in-vitro) •History-allergy test correlation •Bronchoprovocation testing (e.g. exercise, methacholine) •Environmental control instructions •Inhalant immunotherapy •Immunomodulator therapy (e.g. anti-IgE, IVIG) •Venom immunotherapy •Food and drug challenges •Drug desensitization •Evaluation of immune competence •Education (disease, medications, monitoring) •Management of chronic or recurrent conditions where allergy is not always identified: rhinosinusitis, conjunctivitis, asthma, cough, urticaria/angioedema, eczema, anaphylaxis

Page 52: I Jornada Multidisciplinar de Doenças de Inverno

TOSSE: VISÃO DO ALERGISTA

How the Allergist/Immunologist Can Help:Consultation and Referral Guidelines Citing the Evidence

Cough

Who to refer to an allergist/immunologist:•Patients with chronic cough of 3-8 weeks or more.•Patients with coexisting chronic cough and asthma.•Patients with coexisting chronic cough and rhinitis.•Patients with chronic cough and tobacco use or exposure.

Why an allergist/immunologist:•Allergist/immunologists have extensive training to evaluate the upper as well as lower airway in a patient with chronic cough.•The allergist/immunologist can both provide expert consultation to ensure the diagnosis of asthma is correct and maximize therapy in the asthmatic patient. •Allergist/immunologists are specifically trained and experienced in the management of rhinitis which can cause cough.