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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 21 DE NOVEMBRO DE 1914 NUM. 1022 ^Í^TS^^ 'Vlv','.!-'-."' si/P "¦-*¦-¦ '".'-.-....si.; r jiii,'W'r]fJl, ."¦¦._¦¦. ,.[----.' ¦¦ ¦"i ¦ æ—¦ '-:¦¦.. D-i.-*""- *** * '-*Ns__^ m/t _kil I Ef iil i\!I I N .* ''¦-, í» SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO / ve. 'o-^—tn—'*** \*-C ¦¦- '%;*.- .uiii-Kt» Aiii.f.0 - aoo i*t*iis v_^ .«.¦_;-•_';- Redacção, eseriptorio e oíficinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515 V'.':..'-'¦-, -'-.-.-.--...,'.| --^-^-3 X^^^la 'c/ •¦¦¦'&£*H_9_k \ i*P- :^_l^__i__^P.'!4|iMl ' - ¦ Ss, \'»' i ' -• •' ' \ ¦^~-S-'_-i- ¦'¦"¦¦: 'JÊ-iKíêf^PF-f!! IP? _ . I'- V."" , < ,, _»' J>*-**VB>3-**__Br_i--_i_--SM-_- j^lffiKgS-W-V*" _____Ji_|___ TOfirwf 9 ELLE —Essa vista do mar não lhe põe na alma alguma sensação agradável? ELLA Pelo contrario : a entrada de um paquete causa-me sempre incotnnwdo. ELIZIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e cfiimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias.

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 21 DE NOVEMBRO DE 1914 NUM. 1022

^Í^TS^^ 'Vlv','.!-'-."'si/P "¦-*¦-¦ '".'-.-....si.; r jiii,'W'r]fJl, ."¦¦._¦¦. ,.[----.' ¦¦ ¦" i ¦ —¦ '-:¦¦.. D-i.-*""- *** * '-*Ns__^

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TOfirwf

9

ELLE —Essa vista do mar não lhe põe na alma alguma sensação agradável?ELLA — Pelo contrario : a entrada de um paquete causa-me sempre incotnnwdo.

ELIZIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e cfiimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias.

KH 21 de Novembro de 1014 BSN (-) O RIO NU (-) [gS_l= 3:

Í3C_

'^W=:a_a__@_l.___i'

CDRecebemos o seguinte acrostico, cujo

autor, o Sr. K. Baço, nos pede que pubii-quonios. offerecendo-o ao illustre joven eapaixonado puela Sr. II. Macedo, autor deum outro ainda não ha muito publicado naNova Comedia :

Ao som da banda allemã,Luz o poeta MacedoBeocio como um rochedoEntre as brumas da manhã !Resplandece aurcolado...Tendo a faca na mão...íris do amor cryslalizadoNas palhas do teu colchão,A cruz emfim do teu peccado !

Commentem !A publicação eslá feita sem alteração de

uma vírgula..ti' Entre o Mario Monteiro e a Virgínia

Aço está travado ha seguramente um mezum desafio poético.

E que bom elle é !...•''.3' Os gabinis do S. José têm andado

em alvoroço por causa de duas novas coristas.Existe um que é ranzinza e nâo consenteabsolutamente que o n. 6 da fila A sejaoccupado por qualquer outro collega.

Desde já fiquem sabendo : o bicho émal encarado.

•t-s' O Alves da Silva continua a fazerfiguração ao lado da Maria de Oliveira.

Ha dias vimos o par todo repimpado emum camarote do Recreio.

.w Mas que gracinha leve a Justina, doRepublica, com aquelle intelligente'....

Toda a gente riu-se a bandeiras des-pregadas !...

.ts." Vimos na Avenida Mem de Sá, altashoras da noite, o C. de Lima a convenceralguém a largar uns cobres a favor do Souza.

Como elles andam !... Que águias!...•tay E' facto que certo assíduo do S. José

gosta tanto do Asdrubal, quo nem pôdecncaral-o.

Certamente é negocio de familia....ts" A' porta do S. Pedro :«Quem é aquella mulher do rato?»«E' a Carlota».«E o que faz ella ?»«Seduz mulheres»..65" Porque será que o Asdrubal, sempre

que a Belmira sai do S. José, Ilie segue ospassos ?

Adivinhem, que lhes damos um doce.¦t_r A Pepa Delgado, depois que encon-

trou a estrada livro, regenerou-se e agora évista sempre acompanhando umas... dez oudoze criancinhas.

Que idéa é essa, linda Pepa?Acaso quererá sustentar «solidariedade

de princípios e firmeza de caracteres» ?Hom'essa ! Era o que faltava !...Hei' Já descobrimos quem é o autor de

umas coisinhas que a Gazeta disse a res-peito do Zéloreiro... mas nos calamos, por-que não temos nada com o caso.

i& E' mais feliz agora o Pinto Filho...Pudera não ! Ao lado de cômicos como

o Grijó e o Lino dos Typos...-3" Contou-nos a filha da mãi que está

apaixonada pela Alda.Vejam vocês ! Tão novinha e já tão

brejeira!...JOÃO RATÃO.

^" MARCA REOIBTKADA ™

Estar no Rio de Janeiro, residindo ou depassagem, e não procurar conhecer as suasmaravilhas, é dar prova de falta de senso.

Entre essas maravilhas conta-se hoje aAlfaiataria Guanabara, o celebre 34da rua da Carioca, quo ninguém deve deixar devisitar para ficar de boca aberta ante o maravi-llioso sortimento de roupas feitas o de fazendasde todas as qualidades para cosluir.es de homens,rapazes e meninos, tudo de primeira qualidadee de um acabamento perfeito, por preços quedesafiam qualquer competência.

Enviam-se instrucçõcs e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

DIÁLOGOSBons dias, dona Zizinha...Bons dias, senhor Alfredo...Nào sei porque a vizinha

Quando me fala tem medo !Eu ! Santo Dous, que tolice...

Náo tenho siquer motivo!O vizinho é que é esquivo...

Eu ? Santo Deus ? ! quem lhe disse ?Por certo que não a vi !Pois si até mesmo a procuro !

Eu mesma, que percebiInda outro dia... no escuro...

No escuro ? que diz? E' bõa !Pois quando foi isso então.

Foi naquella oceasiãoEm que sahiu a patroa...Ah ! sim ! — então a mulherQue segurou-me na... mãoEra a senhora?

Pois não...Que convidou-mo a fazer

Com um tão meigo sorrisoO papel de pai AdãoCom Eva no Paraíso,E que eu rejeitei ?

Pois nâo...Sim, senhor! que grande burro

Fui eu em não acceitar!Bem mostro que sou casmurro,De quatro devia andar...Suppuz que fosse a patroaE rejeitei o convite !...

E que fosse, honVessa é bòa !Nada tem ella que incite?

Tem até corpo tão quenteQue eu fujo delia correndo...

Que tolo !— Tolo ? Quem sente

Sou eu só que estou me vendoEm apuros noite e dia,Sem ter descanso uni momento...

O seu patrão desconfia ?Nada disso : eu não invento,

Mas o corpo da patroa,E' tão quente e tão formoso,Que eu já fui até LisboaE voltei sentindo o... goso...

FK1TZ.

Au Bijou de Ia Mode Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional c estran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Tc-lephone 3.660.

Indiscreção infantil :O' mamai, quando eu crescer quero

ser criada !...Porque filhinha ?Para ter um patrão que me trate

como papai trata a Felismina : aos beijinhose abraços.

INNOCENCIACerto casal possuía uma filha, uma ele-

gante loiiinha de dezesete annos, que, devidoa austera criação que lhe deram seus pais,era apontada como um modelo de virtudes esobretudo era notada a sua proverbial inno-cencia.

Um dia em que a mãi (salvo seja) fezannos, achavam-se todos na mesa fazendo,em companhia de alguns amigos, as devidashonras a um succulcnto jantar regado abun-dantemente por excellentes vinhos, ouviuella numa conversa que o pai entretinhacom os amigos, a palavra — sodomia — ditaem voz baixa.

Aguardou oceasião. E quando houveuma pequena pausa na conversa, perguntou:O' papai, que quer dizer sodomia?

O velho e as demais pessoas embatu-caram... Afinal, como tinha dé dar umaresposta qualquer, disse :

Minha filha, sodomia é... é... querdizer... quando se offende outra pessoa pordetrás...

Ella ficou, ou pareceu ficar satisfeita coma resposta.

Dalii a pouco, com as repetidas libações,um dos convivas esqueceu-se da historia ecomeçou a falar mal de uma pessoa queestava ausente. Então ella virott-se muitoséria e disse :

Ateus senhores, nada de sodomiaaqui!...

O velho ficou com a cara deste tamanho...

PERALTA.

Olha, vovó, lavei sua caixa de rape !Quem foi que te mandou fazer isso,

diabinho ? Molhaste-iue todo o rape e agorafico sem elle !

Não molhei, vovó !Então onde eslá ?

-- Botei fora para não se molhar.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALGrand: e Extraordinária Loteria do Nalal

Sabbado, 19 de Dezembro, ás 3 horas da tarde313 — 2>

B9 i XSp Sar v_7 d W W W? *Çr

Inteiros em meios 3S?600.Inteiros em quinquagesimos 40Í000

Quinquagesimos a $800

Bilhetes á venda em todas ascasas Lotericas

(-) O RIO NU (-) 21 de Novembro de 1914 g§J=

EXPEDIENTEJ "O I

O B.BO WFUNDADO EM 1898

ASSIGNATURASAnno . . . 12Í000 | Semestre. . 7*000

Exterior: Anno 20Í000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Xoda a correspondência, seja deque espécie fòr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

a^52l^'£ã3a^rS.ara-.SE^rS;«^s^:í3t3.

cês mac.5

¦v^aw) Henriqueta não gostava da ruaíJfjlifíSil, do Barão de Ubá. Que era muito

c^rflf}^- triste, que não gostava de ruaSííSslP1' onde não passasse o bond, por-

que parecia um prolongamento do cemitériodo Caju...

Ora dá-se ! exclamava a mãi.Quer namorar — resmungava o pai.

A pequena, porém, levou de vencida ospais, que consentiram em deixal-a ir passaruns mezes em casa da titia, a mulher doBaptista.

A pretexto de tomar ares, a pequenasahia á tarde com a criada ali pelo bairrodo Andarahy, onde depressa a sua rarabelleza fez verdadeiro successo entre osrapazes. Entre elles havia um qUe tinhabrado de armas em coisas de amor. Era oVieirinha, funccionaiio do Thesouro, casadocom uma senhora muito virtuosa e por issomesmo de muita boa fé.

O Vieirinha poz em jogo todos os seusrecursos de conquistador emérito, e náotardou em occupar o primeiro logar nocoração de Henriqueta.

A' noite, quando o Baptista conversavana sala de jantar com a cara metade, a Hen-riqueta fingia que passava para a sala devisitas e contornava a casa para dar entre-vistas no quintal ao famigerado Vieirinha.

Um dia, D. Rita, a esposa do Baptista,começou a reparar que a Henriqueta esiavaitomando certo desenvolvimento... Chamoua pequena de parte e metteu-a em confissão.A principio Henriqueta quiz esconder a ver-dade, mas, como D. Rita lhe prometteuguardar segredo, ella resolveu-se a declaraique o Vieirinha tinha entrado no quintal, cque tantas coisas lhe metteu na cabeça, queella nem percebeu que elle mettia coisasde mais...

Então a D. Rita mandou a sobrinha paraa casa da mãi, e ficou-se muito caladinhafingindo que não tinha dado pela coisa.

A Henriqueta entrou em casa á noite,mas tão apertadinha, tão bem apertadinha,tão bem preparada, que os pais não suspei-taram de nada.

Muito cedo deitaram-se todos. Henri-queta, a sós, no seu aposento, ficou medita-bunda por instantes, como quem procura achave de um problema difficil. Depois dei-tou-se e adormeceu.

Seriam 9 horas da manhã quando a mãifoi desperlal-a em seu quarto,Que horas são eslas de dormir?

Mamai fez bem em me acordar.Porque ?Sonhava... Meu Deus que sonho

horrível I Mas... reparo agora que o meusonho... Oh I minha mãi! Como sou des-graçada!Que sonhaste tu ?

Que estava concebendo... Que che-guei a conceber uma criança teüissima I

Mas foi sonho...Foi sonho, naturalmente; mas uni

sonho suggestivo, porque eu estou com oventre desta maneira, de hontem paia hoje...

Credo ! Parece gravidez !Talvez seja, mamai, porque o Dr.

Bandeira disse um dia a D. Chiquinha quepela suggestão concebe-se tudo...

Ora essa ! Mas si tu concebeste pelasuggestão, como poderemos esconder o teuestado ? Pela suggestão, também '?

E' melhor mandar chamar a parteira;ella extrahe a criança, nós escondemol-a efica tudo intra-muros...

Não ! Isso é um peccado. Esperemosalgum tempo mais: tu não sahirás á ruanem apparecerás a ninguém. Si a criançanascer, diremos que ella nos appareceu demanhã á porta, embrulhada em uns pannos,e que nós a recolhemos piedosamente...Bem lembrado ! A senhora tirou-mede uns apuros !

A' noite a mãi de Henriqueta, a D. Chi-quinha, contou ao mai ido tudo quanto sepassara. O velho meditou, estendeu o beiçoinferior, levou o dedo indicador á testa, arre-galou os olhos e ponderou :

Eu bem não queria que ella tomasseares... Aquillo é ar máo... Aquillo acontecemuitas vezes a quem tom'ar. ¦ ¦

HERODES.

" " ''"''lllIllIlllIllllP^

Olha, meu velho: ando com uma tosseburra e por isso não posso conversar comtigo.

Vou já buscar um frasco de Peitoralde Angico Pelotense, e verás como amanhãjá poiierás conversará vontade...

Está á venda—A PULGA—Grande sue-cesso da nossa esplendida collecção.

Collecção ColoridaEslá á venda o 1" volume da Col-

lecção Colorida, o maior successo daBibliotheea do Rio Nu, trabalho perfeito ecaprichado, impresso a cores diversas emsuperior papel coitché. intitula-se esse 1" vo-lume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de dez lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAque é uma delicia para os olhos e para o es-pirito, pela nitidez e verdade das scenas querepresenta, custará apenas 1Í500 cada exem-plar; pelo Correio, 2Í0OO.

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ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospício 218

Um empregado na casa commercial deum senhor barão teve de ir, certo dia, aopalacete onde residia o patrão.

Durante a viagem que elle fez no bond,sentiu um terrível desarranjo intestinal, demodo que, quando penetrou no vasto e bellojardim do patrão, não se podia agüentarmais; e, encontrando entre as moitas deflorido canteiro, um sitio que lhe pareceuapropriado, não teve mais hesitações, que asolemnidade do momento não comportava.

Estava elle já muito folgado, quando desúbito appareceu-lhe o jardineiro.Que é isso, seu Gouvêa ? !... Aqui ? !...disse elle muilo espantado. E acerescentou :Deixe estar que, quando o senhor barãochegar, eu vou lhe dar parte.

Gouvêa, vendo-se perdido, disse-lhe então:Ora, meu amigo, não lhe dê parte,

não — dê tudo !

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nliecida em todo o universo. Ruas dos Andradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

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Amorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

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didos quando vierem acompanhados da res-pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSOItu.-i (.o llos|>ii*ii> 'í IS DEio «le .laiieira

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tL.

1° volume da collecção coloridaPreço de cada exemplar Rs. i$500 - Pelo Correio Rs. 2$000

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: 4 =H£g (-) O RIO NU (-)

A Encrenca EuropicaTelegrammas de primeiríssima

Systema Mar .. conico desfiado

MADRID, 19— Telegramma official vindode Berlim noticia que o kaiser esta noite so-nhou que estava levando um clyster.

Ao acordar o Imperador da Europa quasimorreu de susto só com a impressão.

Ilha do Príncipe, 19 - Tudo dórmc nes-ta terra. Não ha viva alma que não esteja re-somnaiido como um abbade.

(N. da R. — Na ilha do Príncipe, pos-sessão portugueza, domina desde o inicio daguerra europèa a moléstia do somno.

O telegramma que se leu acima foi nostransmittido por um mosquito, pois que,como lá se lê, todos dormem naquella terra.)

Paris, 19-(vai subir o balão)—O gene-ralissimo Joffre tomou esta manhã um pur-gante.

Duas horas mais tarde lançou ate astripas pelo... outro lado.

Petrograd, 18—(retardado por ter ido otelegraphista visitar uma wesugth) — Commu-nicam de Moscow que a esquadra russa en-trou naquella cidade e foi puxar o badalo dosino grande.

O czar e a czarina soltaram traques decontentamento.

Constantinopla, 19-Mal estourou a re-voluçào o sultão cavou-se de medo.

Pouco depois foi comido por um russo.Agora está outra vez bom.

llAVRE, 19—(recebido pela via especial«Barcas de Nictheroy») — O rei Alberto estámelhorzinho. Desde que as francezas lhe têmdado varias fricções, em Paris, está ficandosem cor, mas em compensação é mais valente.

O bravo rei fomenta-as todas.

Lisboa, 19 — 0 governo decretou que,para economia de calçado, os soldados pas-sem a usar tamancos durante a gueri-a.' * ...

A mesma medida vai ser adopjgda pefo^'governo da Turquia. >-. "''¦' *"'

Berlim, 19 — Desde o dia 15 que okaiser está chorando por causa da sabida doDudli !

A guerra, aqui, eslá paralysada.

Paris, 19 —Mr. Poincaré acaba de che-gar da zona, onde foi ver as mulatas.

O Chefe da nação franceza vem ailiviado.

VlENNA, 19 —Não ha mais nada que secoma. As mulheres chupam canudos e os ho-meus idem na mesma data!

tlRÍFlPitUIERCU^i

Vi as pernas da RitinhaE fiquei feito pateta...Depois, em casa, á noitinhaFiz, p'ra goso, uma... careta.

ZE'

% Galeria Artística %Avisamos aos leitores <|iic tenhamfalta «le al<|iimas estampas «Ia nossa(¦alei-ia Artistiea. e <|iieirnm e«»mple-tarneollcceAo. <|iieeiii nosso eserip-torio existem exemplar cm <le todosns números «Io I6IO XI' desde o ini-eio «Ia |nil»li«'nvii<» dessa <>aleria. |io-dendo ser a«I<|iiii"itlos sem aiiijmriito

«le preeo.

Sonetisando...

Dois noivos, sei que tens, Clarice, á bica;Sendo ambos, qual melhor p'ra teu marido...Sei que um é pliarmaceutico ; a BotieaDo cujo, em bairro está mui concorrido...

Sei mais : — Que o outro é de familia rica ;Pois vai herdar, do seu Papai querido :Um prédio... ha trinta mezes demolidoE um outro, em construcção, junto á Bemfica.

A qual, dos dois, «amarrarás a lata»?...Qual delles, irá ser Pcrsonna Grata;O peito ardente, unir junto ao teu seio?...

Si eu fosse o teu Juiz, sem mais detença,Do sábio Salomão, dava a sentença :

Mandar partir, teu co...ração, ao meio...ESCARAVELHO.

-!*.,-SC

'¦-¦• :

lllllilISi PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,inlluenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmaeias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

21 de Novembro de 1914 \j.^__~

Sentindo-se a marqueza do ITeixal,lia uns dias já, doente,

Manda chamar um medico eminenteO Dr. Juvenal,

Qne a vel-a corre ininiediaiamente.

Tratando-se de um pobre,Os Esculapios mais «caritativos»Mostram-se, quasi sempre, uni pouco esquivos,Mas, em soecorro de uma dama nobreE millionaria, correm mais ligeirosDo que... a um incêndio o Corpo de Bombeiros.

Rapidamente, a escadaria galgaDo palacete, o medico, convulso,

E é logo introduzidoNo dormitório nobre da fidalga,

A' qual tomando o pulso,Encontra-o levemente enfraquecido.

Porém, Vossa Excellencia,O que é que sente de anormal?... Me exponha,Pois todos os recursos da ScienciaEmpregarei...

— Doutor, tenho vergonhaDe o meu terrível mal lhe revelar...

Isso é, senhora, excesso de pudor,Tal como a um confessor,

Nada se deve a um medico oceultar...Pois bem, doutor, o mal que me tortura

E que me vai matando lentamenteE'... tuna soltura... sabe, uma soltura...

De ventre, sim, já sei...Mas é um horror !

Pois, dia e noite, sou constantementeForçada a andar da cama p'ra o doutor.. .

O medico julgando-se offendido,Com a phrase figurada,

Volve á marqueza: — Ali!... isso não é nada,Muito peor já tem-me acontecido :A's vezes, quando estou fazendo o chylo

Do almoço ou do jantar,Lendo um jornal qualquer, muito tranqttillo,Sinto vontade de ir, com tal presteza,

O ventre alliviar...Que nem siquer me posso levantarE zás... vai mesmo em cima da marqueza...

PERNILONGO.

CFJJ20R[líl,F3 de E§¥raic©sUrucubaca-mór — Não sabemos ! Mas

pôde você certificar-se por si próprio...Vá ao Cattete, e si o Novo Sol quizer

dar-lhe uma audiência em particular, poderáverificar e até aprofundar o tamanho dacoisa...

Dudli — Vá p'r'o raio que o parta ! Nãorespondemos á sua pergunta por ser ella decaracter muito grávido!

AvaccalhÁdo — O amigo conhece aquel-le estribilho muito popular que diz assim :«Quem nâo tem que fazer, vai... beijar suamãi !» Conhece ?

Pois é o que você já devia ter feito hamuito tempo.

Álvaro Diniz — Não tem, nâo ! Disse-nos elle que as ultimas lh'as arrebatou você.. .com a lingua !

Caetano Roxo — Dizem os livros queOlympo é qualquer coisa onde habitam osdeuses da mythologia paga; consultandoporém quatro cabeças bem cheias de...sabença, oblivemos que Olympo é o mesmoque um O lavado.

Tira-se da palavra, que é assim dividida:O-limpo ; e limpo não é sujo.

K. BaçA — Você já viu o poeta de quenos fala fazer gaiatas ?

E que tal ? E' bonito ?Você deve ficar com agua na boca, nào?

JOÃO DURO.

==gjp>,j 21 de Novembro de 1914 g^J=

RusgasSabe dr uma coisa, seu Antunho? Tó

damnada p'ra compra um collete desses damoda.

- Pramodc que, sá Chica?I"ra quê í P'ra conceltá as cadeia.Iluai ! Entoncc icu non chamei seu

Rogero n'ra impaiá, ellas, não?Non tò fallando nessas eadêra, home!

Tô fallando nas minha, de calne.Uocê tá doida, sá Chica (Essas eadêra

se enche é c'o calne, batatas, abobras,mandioca...

Comida enche as eadêra mas non dágeito nellas. leu quero uma coisa que façaieu anda feito periia, sungada po Irais...

P'ros óto lá dizendo que uocê tácorcunda ?

Dèxa, huai ! Que é que uocê temctiisst, ? Não é uocê que vai anda de collete.

Nào 1 se você qué fazê icu passa provelgonha, passe uocê sozinha.

Uocê qué é que ieu ande secca quenem bacaiáo, pios òto se ri.

De celto ! Muié que não parece ba-caiáo, non é muié. Pramodc que é que ieucasei e'o uocê? Pramodc que sempre queieu topava c'o uocê, logo sintia cheio debacaiáo.

F. uocê chêrava a...Falia deiuonho !.. .chêrava a tripa !

HERODES.

«Um moço sério, de bomcomportamento, deseja se em-pregar para todo o serviço».

(Do Jornal do Brasil)

Não haverá por ahi um velho doente, quese utilise desse moço sério... para todo oserviço ?...

=11 (-)ORIONU(-) gS==5

c£Í[Z FOLHETIM _2J

fffe] —~¥li

5IDHF)'— por —

V. DE NOVAES

O dono ela casa acompanhou-o, risonho.O doutor vai dar-se bem nesta

casa. . . Ha muito socego, muita ordem,muita moralidade. . . Náo sei si o doutorsabe. . . Mas... nâo pôde trazer reboques...

Nào sou disso, Sr. Alonso.Antes assim. . . Bem sabe que não

posso consentir... Moro aqui com mi-nha mulher e, além disso, no porão re-sidem duas mocinhas pobres, porem ho-nestas. . .

Dispensava essa justificação.E, de repente, olhando para o leito :

Uma coisa, Sr. Alonso: a casa nâodá roupa de cama ?

Dá, sim, senhor. E si a sua ainda' não está com lVonhas e cobertas é porqueminha mulher esqueceu. Ella agora estádescansando. Coitada ! Vela pela casa deuma hora ás seis da manhã !. . . Mas ahi

«MAMARROSA — Depois deaqui assistir ás festas com-memoratlvas do 4° anniver-sario da Republica, dirigia-separa a sua casa da Povoa doTroviscal, montado em bicy-cletta, o abastado proprietárioSr. João dos Santos Pato. Naüandara da Povoa foi assai-tado por un, ou mais indivi-duos que o aggrediram covar-demente, despedaçando-lhetambém a bicycletta. O seuestado é desesperador, taes asbarbaridades que lhe inffi-giram».

(De Portugal)

Para... abraçar a Republica,Na data do seu Natal,Se abalou do Troviscal,O João dos Santos mais Pato.E. sendo um grntleman-ricdder,Não sendo um velho jarreta,Foi, montado em bicycle*ta,Correndo, através do matto...Porém, na Gandra da Poboa,Covardemente assaltado,Foi quasi despedaçado,Talqtialmentc a bicycletta..—_Um, dois ou tres indiyidntilí,'í-;^Pegando esse honieme.-{Sr_cato, :c\Bradaram : — Pagasjèè' pato,

'..-.',Ou tens de entrar ria^márreta !^..

CáeLá... ''".';:.¦."¦.-— Bom ; tó direito !...

Os malfeitores são tantos,Que têm igual desrespeitoAos patos, tal como aos Santos...

GUIAI D'HASTE.

pelas dez ella se levanta e então trataráde ver a roupa de cama.

Está bem.Como vou sahir, deixarei a Sinhá

um bilhete lembrando-lhe isso. Até logo,doutor.

Até logo, Sr. Alonso.Ficando só, Jorge continuou a arru-

maçâo dos seus traços, no que nâo levoumuito tempo.

Em seguida deitou-se na cama assimmesmo desfeita, abriu um livro e poz-sea estudar.

Seriam nove horas quando ouviu á

porta do quarto, que estava apenas en-costada, uma voz dizer: «Dá licença?,)

Pôde entrar — respondeu elle sem seerguer.

D. Sinhá — pois era ella — empurroua porta e entrou. O estudante, ao vel-a,deu um pulo e apanhou rapidamente o

paletó, pois estava em mangas de camisa.Não se incommode—disse sorrindo

a dona da casa. Esteja á sua vontade. . .Perdão! Xáo suppuz que losse a se-

nhora. • ¦ Seu marido disse-me que ásdez horas. . .

E' exacto que costumo levantar-me

Iílg

CONTOS RÁPIDOSLinda collecção de contos rápidos

300 réis cada exemplar con, uma bellae suggestiva gravura impressa em papelcoucliú.

Os doze primeiros desses contos In-titulam-se : O tio empata, A mulher deJogo, D. Engrucia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino tio Gouveia, A Pulga.O Correio elo Amor, Dolores. FamiliaModerna, Na Zona... e O brinquedoconstituindo uma preciosa bibliothecade leitura rápida e... estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obter a col- |lecção completa dos doze enviará ape-nas a importância de 45500.

Pedidos, acompanhados das respe-1ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO É218, Rua do Hospicio - Rio de Janeiro r.

Não possoNão posso ver a Angelina,Porque, ficando excitado, —Digo-lhe logo : — «O' menina 1Vamos... amar... um bocado?

ZE'

Tônico Japonez

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

mais tarde, mas hoje madruguei. Ha maisde uma hora que estou de pé.

D. Sinhá, que trazia nas mãos a roupa

para a cama do seu novo inquilino, de-

pôl-a sobre uma cadeira.— Aqui tem uma colcha, dois lençóes

e duas fronhas — disse ella. Quer que es-

O criado se en-tenda ?

Oh ! Xâo é preciso!carregará disso.

—Tiz essa pergunta porque suppuz

que o senhor, como muitos outros ra-

pazes, gostasse de fazer tal serviço.Sou um desageitado para isso, mi-

nha senhora.Nesse caso, eu mesma arrumarei sua

cama, porque o nosso actual empregadoé um desastrado. Sou obrigada a fazer denovo quasi todo o serviço que elle faz nos

quartos dos inquilinos.E. poz mãos á obra.Durante o curto dialogo que tivera

com a senhoria, Jorge não cessava de aexaminar: chamou-lhe a attençáo a alvurada pelle de D. Sinhá, o seu corpo esbelto,os seus olhos scismadores, o aspecto do-lente do seu semblante, o seu sorriso es-casso e triste. . .

{Continua)

C =gj!§| (-) O RIO NU (-) 21 di Novembro de 1914 gjj]

COLLECÇÃO DE FOGO

Consta esta primorosa collecção de cin-co álbuns de vistas, contendophotographias tiradas do natural e porisso mesmo expressivas, iustruetivase... aperitivas. — — — — — — —A collecção completa representa *íOposições diversas, com as respectivasexplicações e constituo o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados. — — — — — — —Os álbuns são numerados de 1 a 5e vendem-se em nosso escriptorio a 1$cada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados de mais SOOréis para cada álbum, quando encom-mendados isoladamente ; para recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis.Os pedidos de fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereçai-dos, com as respectivas importâncias, a

Alfredo Velloso m D0 H0S™101 mmncuu vuiuju - R|o de Janelro

[D ura EL ©CO©

Ha tres mezes não a vejo,D. Aurora de Bulhões.

Fui dar um gyro a PerdõesE voltar de novo almejo.

Então, gostou do logar ?Si gostei ! e gostei tantoQue me puzeram quebranto...Volto a Perdões p'ra casar.

Si nào lhe causa trabalhoCom quem, pôde me dizer?

Com o Augusto de Carvalho,Rapaz bonito a valer.

Tenha um futuro dilectoCom as minhas saudaçõesCarvalho e Aurora Bulhões...Como o par fica completo !...

J

JOB OLINA.

fma liçãoO Vieira tem uma muiherzinha de ca-

bello na venta. No primeiro e no segundodia de carnaval trouxe-o num cortado. Nãoqueria que elle desse a sua bisnaga, nãoqueria que olhasse para as moças, nãoqueria... quasi não queria que elle vivesse !

— Espera que eu te curo, disse elle desi para si. E no terceiro dia, pretextandomuito serviço no trapiche, muito serviçono mar, muito serviço d'aqui e d'acolá, sahiudizendo que voltaria mais tarde.

D. Innocencia deixou-o ir sem dizer umapalavra.

O trabalho que o Vieira tinha era o dese metter em uma fantasia, e o trapiche era oMoulin, onde elle á noite se apresentou comuma roda de amigos, dando sorte, pintandoo Simão 40.

A coisa acabou pela madrugada numagrande borracheira.

Até ahi as flores, agora os espinhos.De que maneira iria elle apresentar-se

em casa aquellas horas?Que desculpas, que justificações apre-

sentaria?

Ahi estava o complicado problema, masVieira nâo era um homem que desanimassefacilmente.

Coragem, seu aquelle!E bateu na porta.I). Innocencia veiu abrir.

Olá ! lislás chegando agora "iE' exacto...Pois eu tambem,..Que ? E' verdade... Agora reparo que

estás tambem fantasiada... Será possivel?!Muito possivel. Cheguei lia pouco dotheatro...

Do theatro !'... Com seiscentos mi-lhõcs de bombas! Então estou deshonra-do I !...

E poz-se a andar agitadameute pela casa,com risco de bater com a cabeça nas paredes.Brrr!!!...

Não estás deslionrado, não, meu des-briado, disse ella afinal, porque eu nâo souidiota como tu... Fiz isto só para le expe-rimentar, para ver a tua cara diante destahypothese...

O Vieira parou c poz-se a reflectir. Pas-sados alguns momentos, voltou-se para ellae disse :

Tens razão. Dá um murro aqui nestacara para ver si eu tomo juizo...

Mostrava-se assim arrependido... masé possivel que não se corrija c para o anuofaça outra edição correcta e aiigmentada.

O interessante do caso, é que elle aca-bou sempre fazendo as pazes etc. Agora,quem for tolo que se metia e depois verá oresto...

J. PIMENTÃO

Bibliotheca do "Rio Nu"As pessoas do interior que pios ti-/.erem pedido, de nina sò ve*. ileiodos os livros que eompòeui a _Ei-liliotliee.il do HfilO Xi.'. uosnrao deMin abatimento que não pode serfeito nas eueomiiiendas pareella-das. Até :'» presente dada. a BEildio-íheea eousla de '£ Si volumes, quevendidos um a um .ieaiii para osleitores do interior* muna despe/ia

«a,liai lia- MSMIO.Desde, porem, que o pedido aliranja'EOSH&tt os livros «Ia Ifiililio.heea. po-demos enviar os '¦£ ii VOl.OIuKS pela

importaueiu de

sem outras despezas. Aquelles quese qtiixerem aproveitar dessa van-taqem faeam suas epieommeiidns.aeompai.liadas da respectiva im-

portiancia. a

ALFREDO VELLOSOBaia» «So u§»Ni»irâ» - *<2ílS

cio stt: ,ii\i:u;o

Scena conjugai :Que horas de vir para casa um ho-

mem casado !Minha querida, não são mais do que

dez e meia !Dez e meia I Mostra-me o relógio !

Uma hora da madrugada ! !Está adiantado.E's um infame !Francamente, me surpreliende que

dês mais credito a um relógio do que a teumarido...

A MULHER DO BONIFÁCIO

Ha (res dias que D. Therezinha, a mu-lher do Bonifácio, acorda cantarolando epela casa Ioda espalha uma alegria que alise não via ha multo tempo. Bonifácio levan-ta-se ás tantas e, ao ver aquella alegria, lio-nifacio tem um sorriso velhaco nos lábios.

Antigamente não era assim : I). Tliere-zlnlia levantava-se bufando, pallida; de raivaparecia, mas não era: implicava com n criada,dava enconliòes uos inoveis, o diabo I Boni-facio não tinha café na cama, não tinha ca-rinhos, nâo tinha nada, porque Bonifácio,nflo linha... razão. Outro dia, por acaso, Ho-nifacio apanhou no escriptorio uni numero doRio Nti e desde o dia inimediato que D. The-reziuha acorda cantarolando e espalha pelacasa toda unia alegria que ali não se notavahavia muito tempo.

Agora Bonifácio tem café na cama, temcarinhos, tem tudo, porque Bonifácio agoratem... razão.

E' que, lendo o Rio Nú, Bonifácio leuum anntiiicio da Bibliotheca do Rio Nu. Ho-nifacio leu o auntincio, comprou a collecçãode livros, e eis ahi por que D. Therezinhaacorda canlalorando e espalha pela casa uniaalegria que ha muito tempo ali nào se notava.

D. Therezinha trata o marido a vela delibra, mesmo porque, depois da milagrosaleitura, Bonifácio tem... muita razão.

EU.

Licor TibainaO melhor pzxrifzcii-~- dor do HnrzLjzze —•

GRANADO k C. - Rua \° de Março, 14

MtogotAh ! os... callos !Comosoffria delles a familia do Silveira!Todos ! O chefe da casa, sua cara me-

tade, uni seu sobrinho e até a Rosinha, a en-graçada criadita, todos, num mancar semgeito !...

E o culpado de tudo isto, dizia a cir-cumspecta senhora do senhor Silveira, tinhasido o seu sobrinho, peralta estudante queestava passando as férias em sua casa.

— Elle já veiu soffreudo d'isto, repetiuD. Ignacia. Si veiu!... Pois eu não repareique elle mancava quando chegou?

E era elle mesmo o culpado. Elle eraquem havia pegado... callos em todos decasa.

A coisa foi assim :A Rosinha era mesmo uma flor, o so-

brinho do Silveira não desconhecia isso, erarapaz de bom gosto e d'ahi sempre ao péd'ella, a brincar com ella e... nessas brin-cadeiras pegou-lhe os... callos 1

Ora, o Silveira gostava de variar... aprosa e então, além de prosar com sua mu-lher, gostava de vez em quando de dar á.lingua com a Rosinha...

E d'esta convivência resultou o Silveiraapanhar os... callos que o sobrinho pegarana criada...

O Silveira, é natural, dormia na mesmacama com sua consorte a D. Ignacia, poisera restricto cumpridor dos deveres matri-moniaes e... um dia... olha a D. Ignaciacom.. . callos!...

Ora os... callos da familia Silveira!...

KCCK.

gil 21 de Kóvembro de 1914 gjjjgj: (-) O RIO NU (-)

U^lÀM^^^^CD

AVISO — O "Rio Nu" não tem repórter ai-gum nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quese apresentar como lal c um intrujãoc deve ser tratado como merece.

Na zona chieA Maria Tudo Menos Isso e a Vidinha

Cascatinha, da zona Lavradio 38, avacca-Uniram a Isaura Bacalháo, por causa doscliichis da Carmen Casa Branca e das mar-mitas da Tudo Menos Isso.

Tome vergonha, sua Bacalháo; isto aquinão é Cães Dourado, deixe de surripiar oque não lhe pertence !

ar A Marcelina Faz Tudo, da zona La-vradio 110, anda desgostosa por seus traba-Ihos já serem conhecidos e a freguezia terescasseado.

Mate-se, dona aquella, desde que já nãotem nenhuma novidade a apresentar!...

mr A Maria Boca de Arraia anda emconflagração com a Esther Espirro deP..,, por causa do Armando Moreno.

Que fileiras!¦ti" Disse-nos a Laura que a Julieta B.Quadrada da zona Cattete 51, depois quetem como inquilinas as duas Santinhas, aurucubaca a tem deixado um pouco.

Será isso verdade, seu Candango ?ar A Luiza, Maioral da zona Marrecas

15, depois que começou a amar o seu copeiro,<ieu para tomar cocaína e matar as suasinquilinas a fome. Até a eleefricidade jáfoi supprimida.

Livra! Que Maioral avaccalhada Iar O Mattos do S. José não sabe mais o

-que fazer para se tornar gracioso e assimagradar á sua collega Belmira.

Abra o olho, seu camarada, e trate decollocaruma almofada nos... pulmões, sinão...o lsidro que te coute o resto I

«tüT O convencido menino Alfredo, dazona General Severiano, um destes dias an-dou apanhando uns peteleeos á sahida docampo de foot-ball.

Por que seria?,._r o Vicente do S. José anda actual-

mente meio escabriado.Terá elle receio que lhe roubem a sua...

ex do Roldão ?ar Foi descoberto que o tal doutor geo-

graplio, amigo intimo de conhecido escriptor,dormiu muitas vezes sobre uma mesa no bar-ração de certa Empreza:

Que historia é essa, seu Jatahy?Você come sardinhas e arrola garoupa Iar O picareta Genesio da zona Volun-

tarios, quando ha dias fazia uma cavação,Foi stirpreliendido por uma surra de páo.Veja si toma vergonha; lembre-se que dentro¦em breve vai ser pu. ..litico 1

.ra' Dizem que o Zé Garcia da zona Del-phini anJa actualmente atacado da mania denamorar moças solteiras. Ora, seu Garcia,tome juizo I

mr O jóca, cantor de modinhas, deuagora para cantar a sua predilecta AmericaGibi da zona General Severiano.

Olha o páo, seu garganta !ar O menino Bélem, depois de viciado,

•deu para ver gatos pretos fora de horas.Você acaba doido, menino, e a sua fa-

milia e ojuliano não sabem !•ta* Chama-se Nene e não Nena o filho

¦da Laura do Mangue, que é uma das teste-

niunlias apontadas por nós sobre os amoresdo soldadinho Candango.

Ahi fica a reeducação, seu moço; nãoprecisava ficar tão zangadinho !

•Mi' A Rica. dina Cascalho anda safadacom as ingratidões do João Barbeirinho.

Pudera não ! Acabaram-se as perfumadasc os penteados !

ar A üuele sempre embarcou para San-tos, conforme disse ao Gallinha Roxa; noentretanto, foi para S. Paulo, onde a espe-rava o seu qtieridinho Mario.

E o Gallinha Roxa, que teve tanto tra-balho para cavar o arame para a passagem...

LINGUA DE PRATA.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

umm®Ouvi contar, certa vez, que em aprazível

vivenda habitavam o Edgard, a negra Barbara,velha africana que fora sua (delle Edgard)ama de leite, e a appetitosa Flora, inulatinliaFlora, mulatinha da Bahia.

Tendo vindo a esta capital um velhoamigo do Edgard, o Vasco, encontrou-se aosaltar com o bom amigo de tantos annos queincontiiienti lhe offereceu a casa como habi-tação durante o tempo que aqui se demorasse.

Lá terás todas as commodidades; estarásem tua própria casa, disse Edgard.

Vasco, achando boa a proposta, accei-tou-a sem reluctancia.

Chegados á casa, foi o nosso amigorecebido com toda a deferencia.

Notou logo que a Flora era o que sepodia chamar um pancadão.

— Logo mais irei conquistal-a, mono-logou o amigo Vasco.

A' noite, cahida a casa no repouso habi-tual, Vasco certificou-se de que todos dor-miam.

Levanta-se, e, pé ante pé, percorre variasdependências da casa procurando o logaronde repousava a bella Flora.

Porém, myope como elle é,(esquecia-mede dizer que Vasco é myope) teve de Iuctaralgum tempo contra a escuridão.

Afinal, com grande alegria, sentiu onosso heroe sua mão tocar um corpo quecedera. — Era uma porta.

Offegante, elle escuta breves instantes ese certifica de que estava diante de umquarto.

Cautelosamente entra, indo encontrar umleito onde dormia alguém que elle suppunhaa cubiçada Flora.

Resoluto, de um salto, galga rapidamentea cama, enlaçando com os seus fortes mus-culos o corpo que ahi dormia.

A este tempo, porém, Edgard, que ouviracerto rumor, apparece de vela em punho,vindo encontrar o bom do Vasco, osculandofebrilmente o rosto negro e horrendo davelha Barbara, que acceitava pacientemente oenthusiasmo do Vasco !

Oh ! desillusão !!!...SÃO JOÃO.

Licor TibainaO melhor purifica*-- dor do sangue **-

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

ifi.ll SinosKX>Ife__ã-Is-\XTj_T wmsUiJ'»*

... na privada do S. José a photographiado Pércs...

... o picareta Genesio rondando certacasa em Ipanema...

... o convencido menino Alfredo, Ie-vando uns peteleeos na zona General Se-veriano...

... o doutor geographo Jatahy sendobarrado pelo Freitas, quando pretendia pe-nelrar no S. José...

... A Belmira Aberta do S. José toda ri-sonha quando lhe segredou qualquer coisao Asdrubal...

... o Freitas do S.José desanimado...

... o Minú e o Belém da zona Passagem,dando o estriilo por lhe terem estragado a...vida...

... no seu posto de honra, fila A n." 0no S. José, o gabirti mal encarado...

... o Asdrubal do S. José cheio de re-morsos arrancando os cabellos da cabeça...

... a Tudo Menos Isso, furiosa porcausa das marmitas...

... a Isaura Bacalháo mandando esticara carapinha para passar por cabocla...

... a Marcelina Faz Tudo, convidandouni zinho para ir á Orópa tocando uma va-riação de clarinette...

... a Vidinha Cascatinha procurandoum photographo por quem está saudosa.. .

.. .a mesma Vidinha Cascatinha correndoatrás de um bond em que viajava certa zinha...

VÊ TUDO.

Agua -Iai>wue_ca

Não ha outra que torne a pelle maismacia. Dá ao cabello a côr que se desejaE' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas : Andradas, 43 a 47 eHospicio, 164 e 166.

BOLSA DE OURO

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792-S9—291 247-45-846 736—33-134

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DON FELICIO.

(-) O RIO NU (-) =g| 21 de Novembro de 1014 g^

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Bibliotheca d'0 RIO NU

DOIS CONTRA UMA - Primorosa sérieimpressa a cinco cores, pl.otograpl.ias do na-tural, constituindo dois volumes.

Está á venda oi" volume. Preço 15500;pelo Correio, 2Í000.

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 2Í000; pelo Correio, 2J500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1 #500;pelo Correio, 2#000.

AMORES DE UM FRADE - (3« edição,n. 1 da «Collecção Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nliado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO —(ii. 2 da «Col-lecção Amorosa») — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Matliusalém, 500 réis ;pelo Correio, 800 réis.

MADAME M1NET - (n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis'

CASTA SUZANNA - (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorrgio, 800 rs.

SANDWICH — (ii. 5 da Collecção Amo-rosa)_ Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recen.-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-cliê de 1-r qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1JO0O; pelo Correio14500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-bücados os seguintes: N. 1, Tio Empe.-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre — N. 6, Omenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores—N. 10, FamiliaModerna —N. 11, Na Zona... e N.12,O brinquedo.

Todos esses contos, que são escriplosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada uni, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.¦ Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados saoillustrado» com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

0s pedidos dirigidos ao nosso escriptorio devem vir acompanhados

da respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaesou dinheiro e endereçados a

RUA DO HOSPÍCIO 218— Rio de Janeiro

EãjBaMg^ttjLygyj|jgjBj|SJ_ijS

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