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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental I-004 - AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE DA QUALIDADE DE ÁGUAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO Orlando Antunes Cintra Filho Graduado em Química Industrial e Engenharia Química na Escola Superior de Química Oswaldo Cruz, São Paulo, em Engenharia Civil na Universidade de Franca/SP, Especializado em Saúde Pública na Faculdade de Saúde Pública – USP. Especialista em processos de tratamento de água e sistemas de qualidade em laboratórios segundo os critérios da ISO 17025, atua na SABESP desde 1976, onde é Gerente da Divisão de Controle Sanitário na Unidade de Negócio do Pardo e Grande/SP Endereço: Av. Dr. Flávio Rocha, 4951 - Franca-SP - CEP 14.405-600, Brasil – tel. (016) 3712 2130 e-mail: [email protected] ou [email protected] RESUMO O trabalho propõe a utilização de um indicador de qualidade de água baseado na performance de resultados de ensaios laboratoriais dos principais parâmetros realizados na rotina do controle de qualidade de águas de abastecimento público, ou seja: Cor aparente, Turbidez, Cloro Residual Livre, pH, Fluoretos, Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes ou E.coli e Bactérias Heterotróficas. O tratamento dos dados é feito com base na teoria da distribuição de Gauss onde são apresentadas as probabilidades de cada parâmetro atender uma meta de qualidade pré estabelecida. Para o cálculo final do indicador é feito uma média ponderada destas probabilidades de atendimento em função da importância sanitária dos parâmetros envolvidos no cálculo. Um dos critérios para avaliação do indicador é o atendimento da Portaria 518, referência para o controle de qualidade de águas de abastecimento no Brasil. A proposta do trabalho é que este indicador seja utilizado para avaliar a tendência da performance da qualidade da água,considerando apenas os parâmetros envolvidos. não se trata de um indicador para avaliar a potabilidade da água. PALAVRAS-CHAVE: Indicador de Qualidade da Água, Qualidade de Água, Performance da Qualidade de Água, Controle de Qualidade da Água. INTRODUÇÃO A dificuldade de interpretação e avaliação dos resultados laboratoriais de amostras representativas de sistemas de águas de abastecimento público pelo público consumidor e mesmo pelo pessoal gerencial tem sugerido a utilização de indicadores numéricos que sejam facilmente utilizados para uma rápida e fácil relação com a qualidade da água. Alguns indicadores já foram apresentados, no entanto, são constantemente questionados quanto à diferentes metodologias e critérios estatísticos, complexidade, falsa interpretação ou mesmo quanto à sua representatividade. Após vários estudos nos últimos 25 anos, o autor pesquisou os indicadores existentes no Brasil, para então sugerir o Indicador da Performance da Qualidade de Águas Distribuídas Para Consumo Humano - IPQA -, elaborado após um tratamento estatístico utilizando a teoria da distribuição de Gauss, com base em apenas seis parâmetros considerados como os mais representativos e freqüentes na rotina do controle de qualidade de água potável. O trabalho proposto contempla critérios da Portaria 518/MS tanto nos limites dos valores permitidos como freqüência para coleta de amostras. O IPQA poderá ser utilizado tanto como ferramenta gerencial para nortear as ações corretivas para melhorias contínuas nos processos como referência aos usuários para interpretação da qualidade da água, pois após o tratamento matemático, o resultado final é dado simplesmente expressando a qualidade como: excelente, boa, aceitável, insatisfatória ou inaceitável. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

I-004 - AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE DA QUALIDADE DE ÁGUAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO

Orlando Antunes Cintra Filho Graduado em Química Industrial e Engenharia Química na Escola Superior de Química Oswaldo Cruz, São Paulo, em Engenharia Civil na Universidade de Franca/SP, Especializado em Saúde Pública na Faculdade de Saúde Pública – USP. Especialista em processos de tratamento de água e sistemas de qualidade em laboratórios segundo os critérios da ISO 17025, atua na SABESP desde 1976, onde é Gerente da Divisão de Controle Sanitário na Unidade de Negócio do Pardo e Grande/SP Endereço: Av. Dr. Flávio Rocha, 4951 - Franca-SP - CEP 14.405-600, Brasil – tel. (016) 3712 2130 e-mail: [email protected] ou [email protected] RESUMO

O trabalho propõe a utilização de um indicador de qualidade de água baseado na performance de resultados de ensaios laboratoriais dos principais parâmetros realizados na rotina do controle de qualidade de águas de abastecimento público, ou seja: Cor aparente, Turbidez, Cloro Residual Livre, pH, Fluoretos, Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes ou E.coli e Bactérias Heterotróficas. O tratamento dos dados é feito com base na teoria da distribuição de Gauss onde são apresentadas as probabilidades de cada parâmetro atender uma meta de qualidade pré estabelecida. Para o cálculo final do indicador é feito uma média ponderada destas probabilidades de atendimento em função da importância sanitária dos parâmetros envolvidos no cálculo. Um dos critérios para avaliação do indicador é o atendimento da Portaria 518, referência para o controle de qualidade de águas de abastecimento no Brasil. A proposta do trabalho é que este indicador seja utilizado para avaliar a tendência da performance da qualidade da água,considerando apenas os parâmetros envolvidos. não se trata de um indicador para avaliar a potabilidade da água. PALAVRAS-CHAVE: Indicador de Qualidade da Água, Qualidade de Água, Performance da Qualidade de Água, Controle de Qualidade da Água. INTRODUÇÃO

A dificuldade de interpretação e avaliação dos resultados laboratoriais de amostras representativas de sistemas de águas de abastecimento público pelo público consumidor e mesmo pelo pessoal gerencial tem sugerido a utilização de indicadores numéricos que sejam facilmente utilizados para uma rápida e fácil relação com a qualidade da água. Alguns indicadores já foram apresentados, no entanto, são constantemente questionados quanto à diferentes metodologias e critérios estatísticos, complexidade, falsa interpretação ou mesmo quanto à sua representatividade. Após vários estudos nos últimos 25 anos, o autor pesquisou os indicadores existentes no Brasil, para então sugerir o Indicador da Performance da Qualidade de Águas Distribuídas Para Consumo Humano - IPQA -, elaborado após um tratamento estatístico utilizando a teoria da distribuição de Gauss, com base em apenas seis parâmetros considerados como os mais representativos e freqüentes na rotina do controle de qualidade de água potável. O trabalho proposto contempla critérios da Portaria 518/MS tanto nos limites dos valores permitidos como freqüência para coleta de amostras. O IPQA poderá ser utilizado tanto como ferramenta gerencial para nortear as ações corretivas para melhorias contínuas nos processos como referência aos usuários para interpretação da qualidade da água, pois após o tratamento matemático, o resultado final é dado simplesmente expressando a qualidade como: excelente, boa, aceitável, insatisfatória ou inaceitável.

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental METODOLOGIA

Escolha dos parâmetros a serem considerados.

Para a escolha dos parâmetros foi adotado o critério de representatividade dos mesmos para avaliar as principais características físico-químicas e bacteriológicas e a realidade para atender uma freqüência mínima de coleta e análises dos parâmetros escolhidos. Considerando este critério, os parâmetros escolhidos foram: Turbidez, Cor Aparente, pH, Fluoretos, Cloro Residual Livre, Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes. Com a escolha destes parâmetros, não implica em afirmar que outros como metais e compostos orgânicos não tenham sua notada importância, mas sim que estes prejudicariam o indicador no tratamento estatístico devido à baixa freqüência coletas e análises exigidas na legislação ou dificuldades para suas avaliações na grande maioria dos municípios nacionais por falta de recursos orçamentários e de infraestrutura dos laboratórios, o que dificultaria adotar um mesmo critério para uso de dados consistentes. As respectivas justificativas para os parâmetros escolhidos foram: Turbidez: É um parâmetro que está associado à qualidade sob os pontos de vista estético, pois evidencia o quanto transparente e cristalina se apresenta a água e à presença de microorganismos e vírus, pois é sabido que quanto menor a turbidez remanescente após o processo de tratamento de água, menor será a probabilidade de presença de vírus, bactérias e protozoários. Cor aparente: É outro parâmetro estético de aceitação, mas também pode ser associado à presença de outros compostos que interferem na sua intensidade como ferro e manganês. Hoje, graças aos recursos dos equipamentos laboratoriais esta análise é facilmente realizada com baixo custo. Não é usada a cor verdadeira devido à questionamentos quanto às dificuldades para preparação da amostra antes da análise. pH: Está associado à agressividade corrosiva ou potencial de incrustação da água e eficiência da ação do cloro como agente desinfetante. Fluoretos: A dosagem de flúor nas águas de abastecimento público é obrigatória no Brasil, portanto é esperado que nas águas com boa qualidade exista este composto nos valores recomendados. Com a observação de flúor na faixa de dosagem recomendada é esperado que no processo de tratamento de água existe um bom controle operacional, pois o flúor é estável após a sua aplicação. Cloro Residual Livre: É o principal parâmetro associado à desinfecção da água, a sua ausência implica na desconfiança quanto à qualidade bacteriológica. O seu excesso reflete em percepção de odores característicos e indesejáveis na água. Coliformes totais: É o indicador bacteriológico utilizado em todo mundo. Coliformes Termotolerantes: Orienta quanto ao nível de gravidade quanto constatada a presença dos coliformes totais, na Portaria 518 é o parâmetro que define a potabilidade sob o ponto de vista bacteriológico para as águas distribuídas. Este parâmetro poderá ser substituído por E. coli. Critério de amostragem e análises

O critério para amostragem será fundamental para efetivar a credibilidade do indicar. Os locais das coletas deverão representar a água distribuída na comunidade a ser avaliada, ou seja, coletas em pontos da rede de distribuição. Deve-se distribuir os pontos de coleta em toda rede de distribuição, incluindo pontos estratégicos onde há uma maior concentração de usuários tais como: Hospitais, Rodoviárias e Escolas. Os reservatórios também devem ser contemplados. É recomendado o cadastro de locais estratégicos e fixos, considerando que é um processo dinâmico a movimentação da água na rede, cada ponto escolhido será representativo de uma respectiva região. Os locais

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental cadastrados deverão contemplar apenas pontos antes das dependências dos consumidores (geralmente no cavalete de ligação). As análises deverão ser realizadas por laboratórios independentes da operação, preferencialmente deverão ter sistema de qualidade implantado de forma a evidenciar sua credibilidade e competência. As metodologias analítica deverão estar de acordo com a última edição do Standard Methods.for the Examination of Water and Wastewater. Excepcionalmente, análises de Cloro Residual Livre e, quando possível as de pH deverão ser realizadas no momento da coleta. A quantidade mínima de coletas mensal deverá atender a exigida na tabela 8 da Portaria 518/MS para coliformes totais. Tabela 1 -Quantidade de coletas mensais em função da população

População <5.000 hab. 5.000 a 20.000 hab 20.000 a 250.000 hab >250.000 hab

nº de coletas (mínimo) 10 1 p/ 500 hab 30 + 1 p/ 2.000 hab. 105+1 p/ 5000 hab.

Máximo de 1.000 Período de interpretação dos dados.

Para uma interpretação de resultados consistente, haverá necessidade de uma numero mínimo de 30 dados para cada parâmetro avaliado. Nem sempre esta quantidade de coletas são praticadas em pequenas comunidades, na Portaria 518/MS exige-se apenas 10 amostras mensais para bacteriologia. Para amenizar esta dificuldade é recomendado o uso de dados dos últimos três meses para o cálculo do Indicador da Performance da Qualidade de Água. Será conveniente demonstrar o período de referência. Por exemplo: se o cálculo foi feito com os dados até dezembro/2004 informar que o período de referência foi de outubro a dezembro/2004. Critério de seleção dos resultados para interpretação dos dados.

Considerando que a amostragem e os resultados laboratoriais são confiáveis, não será desprezado qualquer valor disperso encontrado, mesmo que este seja rejeitado em critérios de rejeição de dados dispersos. Este critério leva em consideração a importância de todos os valores encontrados e sua relação com a qualidade da água a ser estabelecida para uma coleção de amostras representativas para uma comunidade consumidora. Exemplo: Os resultados de flúor em uma determinada comunidade durante uma mês foram: 0,70, 0,69, 0,73, 070, 0,67, 1,50, 0,68, 0,65, 0,69, 0,71, 0,74, 0,66, 0,69. 0,70, 0,69, 0,73, 0,71, 0,68 e 0,72, observa-se que o valor 1,50 está disperso entre as amostras analisadas, no entanto por tratar-se de um valor verdadeiro, deve ser considerado. Isto evidenciará a vulnerabilidade do controle de dosagem no processo. Em resumo, nenhum resultado confiável deve ser desprezado para o tratamento dos dados, mesmo que mesmo seja conflitante com a aderência dos dados para uma interpretação estatística. Tratamento matemático dos resultados laboratoriais.

Resultados bacteriológicos

Os resultados das análises bacteriológicas serão expressados conforme determinado na Portaria 518/MC, ou seja, apenas observando a presença ou ausência do parâmetro em questão (coliformes totais ou coliformes termotolerantes/E.coli) em 100 mL de amostra, o tratamento matemático para avaliação da qualidade da água consumida será embasado na freqüência (f)dos resultados positivos, como demonstrado a seguir.

100×=TAf

onde: A = número de amostras analisadas com resultado negativo (ausência de bactérias)

T = número total de amostras analisadas

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Resultados físico-químicos

Para os demais parâmetros (cor aparente, turbidez. pH, cloro residual livre e fluoretos), será determinado a probabilidade dos resultados obtidos para um parâmetro encontrar-se dentro de um intervalo de valores estabelecidos como meta, para isto utiliza-se a teoria de distribuição de Gauss ou Laplace, definida pela função de densidade de distribuição:

∞<<∞−×=−

−x2

2

2)(

21)( σ

μ

πσ

x

exf equação 1

onde: σ = desvio padrão

μ = média aritmética x = variável aleatória contínua

O gráfico da equação acima é simétrico em relação à média aritmética:

μ-σ μ+ σ μ

p(x)

x -∞ +∞

Calculando a área num intervalo estabelecido, tem-se a probabilidade de uma coleção de resultados se encontrar dentro deste intervalo ou seja:

dxexpx

∫∞+

∞−

=

2

22)(

21)( σ

μ

π equação 2

Como o cálculo desta integral (com duas variáveis) seria complexo, utiliza-se o recurso da variável normal reduzida ou padronizada, substituindo x por z assim definido:

σμ−

=xz equação 3

Teremos:

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∫∞+

∞−

= dzezpz2

2

21)(π

equação 4

Esta nova variável z, passa a ter uma distribuição normal com média aritmética zero e desvio padrão igual a um. Esta nova distribuição em particular é denominada de “normal reduzida ou padronizada”. Desta forma, poderemos afirmar que a área entre um determinado intervalo de z será correspondente à probabilidade de uma coleção de valores se encontrarem dentro deste intervalo estabelecido.

μ-1 μ+1

p(z)

z -∞

+∞

Os valores das áreas (probabilidades) sob a curva normal estão tabelados no anexo 1. Na demonstração com um exemplo prático este cálculo será facilmente compreendido. Cálculo do indicador

O indicador será calculado através da média aritmética entre dois grupos de parâmetros:

2III GGIPQA +

=

Onde GI = Grupos I que estará relacionado com a quantidade de resultados dos parâmetros Coliformes

Totais e Coliformes Termotolerantes/E.coli

GII = Grupo II que equivale à média ponderada das probabilidades de atendimento às metas estabelecidas para os parâmetros: Cor aparente, Turbidez, pH, Cloro residual livre e Fluoretos

Para o cálculo do valor do grupo I, considerar uma das situações expostas na tabela 2:

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Tabela 2 – Critérios para determinar o valor do Grupo I

Número de amostras mensal

resultados positivos para Coliformes

termolerantes/E.coli

resultados negativos para Coliformes totais Valor do GI

≥ 40 ≥ 1 independe 0 ≥ 40 0 ≤ 95% 0

≥ 40 0 > 95% mesma freqüência de

resultados negativos para Coliformes totais

< 40 ≥ 1 independe 0 < 40 0 1 100 < 40 0 > 1 0

Para o cálculo do valor do grupo II, após os cálculos das probabilidades de atendimentos para as metas estabelecidas para cada parâmetro, fazer uma média aritmética considerando a ponderação da tabela 3: Tabela 3 – Tabela do peso dos parâmetros

Parâmetro Peso na média ponderada Cor aparente 20 %

Turbidez 30 % pH 5 %

Cloro Residual Livre 35 % Fluoretos 10 %

Ou seja:

GII = p(cor aparente).0,20+p(turbidez).0,30+p(pH).0,05+p(CRL).0,35+p(flúor).0,10

Metas para a qualidade da água.

As metas para qualidade da água deverão ser estabelecidas conforme exigência da legislação vigente, porém nunca menos restritiva que a mesma. No caso do Brasil, a Portaria 518/MS é quem estabelece os padrões de qualidade de água potável para abastecimento público. A tabela a seguir mostra os padrões de qualidade que serão adotados para os cálculos do indicador da performance da qualidade de águas distribuídas (Observar que alguns são mais restritivos que a Portaria 518/MS). Tabela 4 – Metas para qualidade da água Parâmetro Valor Mínimo Valor Máximo Cor aparente 10 U.C. Turbidez 2 NTU Cloro Residual Livre 0,20 mg/L 1,5 mg/L pH 7,5 9,0 Fluoretos 0,55 mg/L 0,85 mg/L Coliformes totais Ausência/100 mL em 95% das amostras mensais Coliformes termotolerantes ou E.coli Ausência/100 mL de todas as amostras analisadas

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Interpretação do cálculo do IPQA

A qualidade da água, tomando como referência o IPQA calculado com base apenas nos parâmetros de cor aparente, turbidez, pH, cloro residual livre, fluoretos, coliformes totais e coliformes termotolerante/E.coli será interpretada da seguinte forma: Tabela 5 – Interpretação do IPQA

Faixa do IPQA Qualidade da Água > 97 Excelente

> 90 e ≤ 97 Boa ≥ 80 e ≤ 90 Aceitável ≥ 55 e < 80 Aceitável com restrições

< 50 Inadequada Exemplo prático de cálculo do IPQA

Considerar o resultados de análises das amostras coletadas no município de Serra Negra-SP no período entre julho e setembro/2004 tabelados no anexo 2. Cálculo do GI:

Número de amostras mensais (media) coletadas para bacteriologia Julho 43 amostras Agosto 52 amostras Setembro 42 amostras Media mensal: 45 amostras/mês (>40) Número análises bacteriológicas (equivalente a ensaios para coliformes totais) = 137 Número de amostras com ausência de coliformes totais = 136 Número de amostras com presença de coliformes termotolerantes/E.coli = 0 Freqüência de resultados com ausência de coliformes totais:

%3,99100137136

=×=f

Como f > 95% e houve ausência de coliformes tolerantes em todas as amostras, observado os critérios da tabela 2 tem-se o valor de 99,3 para o grupo I. Cálculo do G II

As metas para qualidade da água é a mesma estabelecida na tabela 4. Cálculo da probabilidade de atendimento da Cor Aparente: Média aritméticas (μ) dos resultados = 1,42 U.C. Desvio Padrão (σ) = 1,40 Cálculo de z:

σμ−

=mz

onde m é a meta de qualidade para Cor Aparente = 10

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12,640,1

42,110=

−=z

Observando a tabela do anexo 2, para z = 6,12 corresponde a uma área de 0,50. Para uma melhor compreensão, veja a área hachurada no gráfico a seguir, esta área corresponde à probabilidade de atendimento da Cor Aparente do conjunto de dados ser menor que 10 UC.

0

p(z)

6,12

0

Considere que o valor tabelado da área hachurada corresponde ao complemento de 50% da probabilidade, portanto o valor correto será: p(cor aparente) = 0,50 + p(z) = 1, ou seja p(cor aparente) = 100% de estar abaixo de 10 U.C. Cálculo da probabilidade de atendimento da Turidez:

Média aritméticas (μ) dos resultados = 0,45 NTU Desvio Padrão (σ) = 0,21 Meta da qualidade para turbidez: 2,0 NTU

38,721,0

45,02=

−=z

para z = 7,38 corresponde a uma área de 0,50. p(Turbidez) = 0,50 + p(z) = 1, ou seja p(Turbidez) = 100% de estar abaixo de 2 NTU

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Cálculo da probabilidade de atendimento do Cloro Residual Livre:

Média aritméticas (μ) dos resultados = 0,93 mg/L Desvio Padrão (σ) = 0,28 Meta para qualidade do CRL: > 0,20 mg/L e < 1,50 mg/L Neste caso teremos dois valores para z:

60,228,0

93,020,01 −=

−=z

03,228,0

93,050,12 =

−=z

O valor negativo de z1 informa que a área da curva está localizada no lado esquerdo, observando a tabela do anexo 2, temos:

0

p(z)

-2,60 2,03

z1 = -2,60 equivale à 49,53% z2 = 2,03 equivale à 47,88% Portanto p(0,20<CRL<1,5) = 49,53 + 47,88 = 97,41%

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Cálculo da probabilidade de atendimento do pH

Média aritméticas (μ) dos resultados = 8,1 Desvio Padrão (σ) = 0,11 Meta para qualidade do pH: > 7,5 e < 9,0

45,511,0

1,85,71 −=

−=z

18,811,0

1,80,92 =

−=z

0

p(z)

z1 = -5,45 equivale à 50%

8,18 - 5,45

z2 = 8,18 equivale à 50% Portanto p(7,5 < pH <9,0) = 50 + 50 = 100% Cálculo da probabilidade de atendimento do Flúor

Média aritméticas (μ) dos resultados = 0,72 Desvio Padrão (σ) = 0,09 Meta para qualidade do Flúor: > 0,65 mg/L e < 85 mg/L

89,109,0

72,055,01 −=

−=z

44,109,0

72,085,02 =

−=z

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p(z)

1,44 - 1,89 0

z1 = - 1,89 equivale à 47,06% z2 = 1,44 equivale à 42,51% Portanto p(0,55 < Flúor < 0,85) = 47,06 + 42,51 = 89,57%

GII =100 x 0,20 + 100 x 0,30 + 100 x 0,05+ 97,41 x 0,35 + 89,57 x 0,10 = 98,05

68,982

05,983,992

=+

++

=GIIGIIPQA

Portanto, observando a tabela 5, com base nos parâmetros avaliados a Qualidade da Água no Município de Serra Negra no período entre Julho e Setembro de 2004 foi considerada EXCELENTE. COMENTÁRIOS

1 – O Indicador da Performance da Qualidade da Água – IPQA - não deve ser interpretado como um indicador de potabilidade da água de um município avaliado, pois no seu cálculo não são avaliados todos os parâmetros envolvidos para definição da a condição de potabilidade. 2 – No tratamento dos dados, nem sempre haverá uma aderência para validar uma distribuição normal, no entanto, mesmo nesta condição o resultado final do indicador geralmente apresenta uma coerência com a interpretação da qualidade da água. 3 – Os parâmetros considerados para o cálculo do IPQA são representativos para avaliar a qualidade da água distribuída em comunidades, pois predominantemente as irregularidades estão associadas a um ou mais destes parâmetros. 4 - Os critérios para estabelecer as metas da qualidade poderão ser alterados a critério do responsável pelo controle de qualidade da água. Este critério poderá estar fundamentado nas alterações dos valores permitidos pela legislação pertinente ou mesmo para estabelecer desafios para melhorar a qualidade da água.

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 5 – Para uma melhor representatividade do IPQA, deverá haver uma coleção mínima de 30 resultados para o tratamento estatístico. Para garantir esta eficiência é recomendado usar os resultados dos últimos três meses. 6 – Para uma melhor exatidão nos resultados gerados, as análises de alguns parâmetros é recomendado o uso dos seguintes equipamentos: colorímetros para analise de cor aparente na faixa de 0 a 15 U.C., fluorímetro com eletrodo específico para análises de flúor e colorímetros digitais para a análise de cloro residual livre. 7 – Para facilitar o cálculo do IGQA, poderá ser usado um software específico. Para tanto solicitar cópia ao autor pelo e-mail [email protected]. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CINTRA Fº, Orlando A., OLIVEIRA, Carlos C., KIAN, Sérgio S. - Controle de Qualidade e diagnósticos em Estações de Tratamento de Água, Anais do 15º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental, V.2, Belém, 1989

2. CINTRA Fº, Orlando A., MACEDO, Leonardo S., ENES, Marco A. T. - Indicador de Qualidade Para Águas Distribuídas no Abastecimento Público, Anais do 18º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental, V.II-26, Salvador, 1991

3. NUNES, Cláudio W., PRETO, Enrico L., BÁGGIO, Mário A. – Indicador Gerencial da Qualidade da Água Distribuída, Anais do 14º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental, São Paulo, 1987

4. FACINCANI, Vasti R., e outros – Metodologia para Caracterização da Qualidade da Água Distribuída na Região Metropolitana de São Paulo – Revista Brasileira de Pesquisa e Desenvolvimento – V.3 – nº 2 - São Paulo, 2001

5. LOURENÇO FILHO, R.C.B, Controle Estatístico de Qualidade, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio de Janeiro, 1974, 219 p.

6. FONSECA, J.S. & MARTINS, G.A. – Curso de Estatística, 3ªedição, Editora Atlas S.A., São Paulo, 1982, 286 p.

7. SPIEGEL, M.R., Estatística, Coleção Schaum, 2ªedição, Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro, 1969, 580 p.

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental ANEXO 1 – Áreas de uma Distribuição Normal Padrão (Fonseca, J.S & Martins, G.A.)

0 z

z 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,0 0,0000 0,0040 0,0080 0,0120 0,0160 0,0199 0,0239 0,0279 0,0319 0,0359 0,1 0,0398 0,0438 0,0478 0,0517 0,0557 0,0596 0,0636 0,0675 0,0714 0,0753 0,2 0,0793 0,0832 0,0871 0,0910 0,0948 0,0987 0,1026 0,1064 0,1103 0,1141 0,3 0,1179 0,1217 0,1255 0,1293 0,1331 0,1368 0,1406 0,1443 0,1480 0,1517 0,4 0,1554 0,1591 0,1628 0,1664 0,1700 0,1736 0,1772 0,1808 0,1444 0,1879 0,5 0,1915 0,1950 0,1985 0,2019 0,2054 0,2088 0,2123 0,2157 0,2190 0,2224 0,6 0,2257 0,2291 0,2324 0,2357 0,2389 0,2422 0,2454 0,2486 0,2517 0,2549 0,7 0,2580 0,2611 0,2642 0,2673 0,2703 0,2734 0,2764 0,2794 0,2823 0,2852 0,8 0,2881 0,2910 0,2939 0,2967 0,2995 0,3023 0,3051 0,3078 0,3106 0,3133 0,9 0,3159 0,3186 0,3212 0,3238 0,3264 0,3289 0,3315 0,3340 0,3365 0,3389 1,0 0,3413 0,3438 0,3461 0,3485 0,3508 0,3531 0,3554 0,3577 0,3599 0,3621 1,1 0,3643 0,3665 0,3686 0,3708 0,3729 0,3749 0,3770 0,3590 0,3810 0,3830 1,2 0,3849 0,3869 0,3888 0,3907 0,3925 0,3944 0,3962 0,3980 0,3997 0,4015 1,3 0,4032 0,4049 0,4066 0,4082 0,4099 0,4115 0,4131 0,4147 0,4162 0,4177 1,4 0,4192 0,4207 0,4222 0,4236 0,4251 0,4265 0,4279 0,4292 0,4306 0,4319 1,5 0,4332 0,4345 0,4357 0,4370 0,4382 0,4394 0,4406 0,4418 0,4429 0,4441 1,6 0,4452 0,4463 0,4474 0,4484 0,4495 0,4505 0,4515 0,4525 0,4535 0,4545 1,7 0,4554 0,4564 0,4573 0,4582 0,4591 0,4599 0,4608 0,4616 0,4625 0,4633 1,8 0,4641 0,4649 0,4656 0,4664 0,4671 0,4678 0,4686 0,4693 0,4699 0,4706 1,9 0,4713 0,4719 0,4726 0,4732 0,4738 0,4744 0,4750 0,4756 0,4761 0,4767 2,0 0,4772 0,4778 0,4783 0,4788 0,4793 0,4798 0,4803 0,4808 0,4812 0,4817 2,1 0,4821 0,4826 0,4830 0,4834 0,4838 0,4842 0,4846 0,4850 0,4854 0,4857 2,2 0,4861 0,4864 0,4868 0,4871 0,4875 0,4878 0,4881 0,4884 0,4887 0,4890 2,3 0,4893 0,4896 0,4898 0,4901 0,4904 0,4906 0,4909 0,4911 0,4913 0,4916 2,4 0,4918 0,4920 0,4922 0,4925 0,4927 0,4929 0,4931 0,4932 0,4934 0,4936 2,5 0,4938 0,4940 0,4941 0,4943 0,4945 0,4946 0,4948 0,4949 0,4951 0,4952 2,6 0,4953 0,4955 0,4956 0,4957 0,4959 0,4960 0,4961 0,4962 0,4963 0,4964 2,7 0,4965 0,4966 0,4967 0,4968 0,4969 0,4970 0,4971 0,4972 0,4973 0,4974 2,8 0,4974 0,4975 0,4976 0,4977 0,4977 0,4878 0,4979 0,4979 0,4980 0,4981 2,9 0,4981 0,4982 0,4982 0,4983 0,4984 0,4984 0,4985 0,4985 0,4986 0,4986 3,0 0,4987 0,4987 0,4987 0,4988 0,4988 0,4989 0,4989 0,4989 0,4990 0,4990

Cada casa da tabela dá a proporção sob a curva inteira entre z = 0 e o valor positivo de z. As áreas para os valores de z negativos são obtidas sob simetria.

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 13

23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental ANEXO 2 Resumo dos resultados de analises no Município de Serra Negra de Julho a Setembro/2004 nº ponto Data Horário CRL Turbidez Cor Aparente pH Fluoretos Coli total E.coli

11 05/07/04 11:23 Ausência

12 05/07/04 11:44 1,00 Ausência

2 05/07/04 11:55 0,51 Ausência

24 05/07/04 12:16 0,37 Ausência

11 05/07/04 11:22 0,76 Ausência

25 05/07/04 12:42 1,19 0,45 0 8,2 0,55 Ausência

25 05/07/04 12:43 0,55

21 05/07/04 12:09 0,60 0,25 0 8,1 0,6 Ausência

24 05/07/04 12:17 Ausência

12 05/07/04 11:35 0,70 0,27 0 8,4 0,45 Ausência

27 13/07/04 11:20 1,21 Ausência

9 13/07/04 10:16 0,94 Ausência

5 13/07/04 11:02 1,08 Ausência

12 13/07/04 10:53 0,42 2 8,1 0,68

9 13/07/04 10:17 Ausência

5 13/07/04 11:03 Ausência

22 13/07/04 10:41 0,57 0,57 1 8,2 0,71 Ausência

7 13/07/04 10:27 1,14 0,47 0 8,1 0,7 Ausência

27 13/07/04 11:47 1,32 0,41 0 8,1 0,68 Ausência

14 13/07/04 11:10 1,13 Ausência

22 13/07/04 10:42 Ausência

1 19/07/04 11:42 0,92 Ausência

15 19/07/04 11:54 0,35 0 8,1

15 19/07/04 11:53 0,92 0,40 0 8,1 0,69 Ausência

24 19/07/04 11:10 1,06 0,43 0 8,5 0,65 Ausência

4 19/07/04 11:33 0,97 0,26 0 8,3 0,68 Ausência

28 19/07/04 10:42 0,89 Ausência

1 19/07/04 11:43 Ausência

23 19/07/04 11:17 0,33 Ausência

4 19/07/04 11:34 Ausência

3 19/07/04 12:02 Ausência

3 19/07/04 12:01 0,80 Ausência

26 26/07/04 10:37 0,67 Ausência

26 26/07/04 11:20 0,94 Ausência

15 26/07/04 10:55 1,12 Ausência

26 26/07/04 10:36 1,42 0,45 2 8,2 0,67 Ausência

5 26/07/04 11:58 1,02 0,71 3 8,1 0,63 Ausência

23 26/07/04 11:36 1,22 0,94 4 8,1 0,63 Ausência

2 26/07/04 10:47 1,20 0,70 3 8,1 0,66 Ausência

26 26/07/04 11:21 Ausência

20 26/07/04 10:21 0,78 Ausência

25 26/07/04 11:27 1,15 Ausência

13 26/07/04 11:47 1,24 Ausência

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 14

23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental nº ponto Data Horário CRL Turbidez Cor Aparente pH Fluoretos Coli total E.coli

15 26/07/04 10:56 Ausência

4 26/07/04 12:06 1,08 Ausência

10 26/07/04 10:28 1,16 Ausência

22 04/08/04 11:04 0,97 Ausência

25 04/08/04 10:54 1,50 0,47 1 8,1 0,68 Ausência

21 04/08/04 11:11 0,98 0,29 1 8,1 0,69 Ausência

12 04/08/04 11:41 1,58 0,32 1 8,1 0,69 Ausência

2 04/08/04 11:21 Ausência

11 04/08/04 9:39 1,20 Ausência

25 04/08/04 10:55 1,50 Ausência

16 04/08/04 10:27 0,92

27 04/08/04 11:56 Ausência

29 04/08/04 9:49 0,72 Ausência

12 04/08/04 11:29 1,42 Ausência

2 04/08/04 10:20 1,02 Ausência

27 04/08/04 11:55 0,72 0,29 1 8,0 0,69 Ausência

19 04/08/04 10:09 1,05 Ausência

19 04/08/04 10:10 1,05

16 04/08/04 10:26 0,92 Ausência

24 04/08/04 11:19 1,09 Ausência

5 09/08/04 11:52 Ausência

9 09/08/04 10:19 0,93 Ausência

1 09/08/04 12:15 0,96 Ausência

7 09/08/04 10:30 1,03 0,26 1 8,0 0,73 Ausência

22 09/08/04 11:39 0,96 0,24 1 8,0 0,72 Ausência

22 09/08/04 11:40 Ausência

4 09/08/04 12:06 0,97 0,58 1 8,1 0,7 Ausência

4 09/08/04 12:07 Ausência

5 09/08/04 11:51 1,30 Ausência

26 16/08/04 10:38 1,17 0,85 4 8,1 0,8 Ausência

15 16/08/04 11:36 0,72 0,47 1 8,2 0,8 Ausência

24 16/08/04 11:12 1,26 0,67 2 8,0 0,85 Ausência

23 16/08/04 11:19 0,73 Ausência

4 16/08/04 11:50 0,77 Ausência

4 16/08/04 11:51 Ausência

3 16/08/04 11:44 0,77 Ausência

28 16/08/04 10:44 1,14 Ausência

20 24/08/04 10:14 1,00 Ausência

20 24/08/04 10:15 1,00 Ausência

2 24/08/04 10:27 1,15 0,48 2 8,1 0,7 Ausência

2 24/08/04 10:28 1,15

23 24/08/04 11:13 1,37 1,10 6 8,2 0,7 Ausência

23 24/08/04 11:14 1,37

25 24/08/04 11:02 1,45 Ausência

5 24/08/04 11:38 1,10 Ausência

13 24/08/04 11:28 1,33 Ausência

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 15

23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental nº ponto Data Horário CRL Turbidez Cor Aparente pH Fluoretos Coli total E.coli

5 24/08/04 11:37 1,10 0,35 1 8,0 0,72 Ausência

23 24/08/04 11:14 1,37

2 24/08/04 10:27 1,15 0,48 2 8,1 0,7

25 24/08/04 11:03 1,45

23 24/08/04 11:13 1,37 1,10 6 8,2 0,7

5 24/08/04 11:37 1,10 0,35 1 8,0 0,72

5 24/08/04 11:38 1,10

15 24/08/04 10:36 1,22 Ausência

15 24/08/04 10:37 1,22

13 24/08/04 11:27 1,33 Ausência

2 24/08/04 10:28 1,15

10 30/08/04 10:37 1,01 Ausência

12 30/08/04 10:50 1,07 0,28 1 8,1 0,73 Ausência

25 30/08/04 12:04 1,19 0,30 1 8,1 0,72 Ausência

21 30/08/04 11:25 0,76 Ausência

12 30/08/04 10:51 1,07

21 30/08/04 11:24 0,76 0,32 1 8,0 0,74 Ausência

25 30/08/04 12:05 1,19

16 30/08/04 11:12 0,79 Ausência

19 30/08/04 11:01 0,97

19 30/08/04 11:00 0,97 Ausência

26 30/08/04 11:32 0,80 Ausência

10 30/08/04 10:36 1,01 Ausência

16 30/08/04 11:13 0,79

26 30/08/04 11:33 0,80 Ausência

12 06/09/04 10:13 0,86 Ausência

22 06/09/04 11:00 0,79 0,21 1 8,1 Ausência

22 06/09/04 10:59 0,79 0,23 1 8,1 0,83 Ausência

7 06/09/04 9:40 0,86 0,31 1 8,1 0,83 Ausência

27 06/09/04 9:56 0,59

27 06/09/04 9:55 0,59 0,27 1 8,1 0,79 Ausência

14 06/09/04 10:21 0,94 Ausência

11 06/09/04 9:31 0,95 Ausência

11 06/09/04 9:30 0,95 Ausência

24 06/09/04 11:04 0,81 Ausência

12 06/09/04 10:14 0,86

29 06/09/04 10:00 0,63 Ausência

22 06/09/04 11:15 0,70 Ausência

22 06/09/04 11:14 0,70 Ausência

5 06/09/04 10:07 0,86 Ausência

2 06/09/04 11:30 0,73 Ausência

15 14/09/04 10:26 0,47 0,37 1 8,1 0,9 Ausência

4 14/09/04 10:08 0,68 Ausência

9 14/09/04 9:50 0,67 Ausência

15 14/09/04 10:27 0,45

24 14/09/04 10:48 0,88 0,40 1 8,3 0,74 Ausência

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 16

23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental nº ponto Data Horário CRL Turbidez Cor Aparente pH Fluoretos Coli total E.coli

24 14/09/04 10:49 0,42 1 8,4 0,74

4 14/09/04 10:07 0,68 0,51 1 8,1 0,91 Ausência

23 14/09/04 10:39 0,23 Ausência

1 14/09/04 10:15 0,54

1 14/09/04 10:14 0,54 Ausência

27 14/09/04 10:58 0,64 Ausência

9 14/09/04 9:51 0,67 Ausência

3 21/09/04 11:00 0,51

23 21/09/04 10:38 0,71 Presença Ausência

15 23/09/04 10:26 Ausência

15 21/09/04 10:25 0,72 Ausência

4 21/09/04 11:08 0,62

26 21/09/04 9:48 0,73 Ausência

28 21/09/04 9:54 0,86 Ausência

3 21/09/04 10:59 0,51 Ausência

26 21/09/04 9:47 0,73 0,38 1 8,1 0,76 Ausência

23 21/09/04 10:37 0,70 0,45 2 8,0 0,74 Ausência

2 21/09/04 10:51 0,80 0,44 1 8,1 0,79 Ausência

4 21/09/04 11:07 0,62 Ausência

10 28/09/04 10:09 Ausência

5 28/09/04 10:43 0,61 0,33 1 8,2 0,8 Ausência

25 28/09/04 11:15 1,33 0,44 1 8,2 0,87 Ausência

21 28/09/04 10:57 0,53 0,58 4 8,1 0,84 Ausência

13 28/09/04 10:35 0,85 Ausência

13 28/09/04 10:36 Ausência

25 28/09/04 11:03 0,94 Ausência

20 28/09/04 10:00 0,20 Ausência

10 28/09/04 10:08 0,83 Ausência Numero de coletas 139 48 48 48 48 137 137 Média Aritmética 0,93 0,45 1,42 8,1 0,72 Desvio Padrão 0,28 0,21 1,40 0,11 0,09

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 17