Humanos Competência de garçons assegura ganhos...

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Competência de garçons assegura ganhos extras TalentosHumanos Raimundo Rendeiro Sobrinho atua em todas essas “fren- tes”. “Preparo as mesas quando tem algum evento, sou cha- mado para fazer churrasco, estou há cerca de dois meses no restaurante do Clube Caiçaras, na Lagoa, e já trabalhei na churrascaria Marius, em Copacabana”. Indagado sobre como consegue dar conta de tanta coisa em apenas dois dias, Raimundo conta que “quando tenho churrasco, não vou ao Caiçaras. Ficou tudo acertado em contrato”. Pelo visto, a inti- midade de Raimundo com a carne lhe rende um bom dinhei- ro no final do mês. “Cada churrasco que faço, equivale a um acréscimo de 50% no meu salário”. Do alto de sua experiên- cia, ele dá uma dica para os churrasqueiros de sábado e domingo: “usar apenas sal grosso, nunca colocar amaciante porque tira o sabor, e quando for preparar lombinho de porco, além do sal grosso, temperar com limão, cheiro verde, cebo- la e alho picados”. Vale conferir. Na Empresa desde 1980, Edson Lopes dos Santos atende a Diretoria de Produção e Comercialização de Energia Elétrica (DO) há 14 anos. “Comecei como auxiliar de estoque. Só depois de oito anos é que passei a garçom. Há cinco, partici- po de eventos de firmas que promovem casamentos, bodas, aniversários... Encaro isso como um reconhecimento do meu trabalho aqui em FURNAS”. Com bem menos tempo “de casa”, Willian Rodrigues Alves chegou aqui em 2001 trazendo uma baga- gem considerável. “Comecei aos 13 anos como bal- conista de res- taurante. Aos 15, fui promovido a aju- dante de cozinha e, antes de completar Sempre portando uniformes impecáveis e donos de uma elegância que resiste ao peso de bandejas repletas de xícaras, bules, copos, garrafas de água, doces e salgadindos, os garçons que atendem às diretorias, superintendências e coffee breaks dos eventos, têm o seu talento reconhecido também fora de FURNAS. Nos finais de semana, devido a sua competência, educação e simpatia, estão sempre sendo chamados para servir em festas e churrascos, muitas vezes promovidos por funcionários da Empresa, e nos melhores restaurantes e hotéis da zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. José Anásio da Silva 22 junho 2003 Linha Direta nº 297

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Competência de garçonsassegura ganhos extras

TalentosHumanos

Raimundo Rendeiro Sobrinho atua em todas essas “fren-t e s ”. “Preparo as mesas quando tem algum eve n t o, sou cha-mado para fazer churra s c o, estou há cerca de dois meses nor e s t a u rante do Clube Caiçaras, na Lagoa, e já trabalhei nac h u r rascaria Marius, em Copacabana”. Indagado sobre comoconsegue dar conta de tanta coisa em apenas dois dias,Raimundo conta que “quando tenho churra s c o, não vou aoC a i ç a ras. Ficou tudo acertado em contra t o ”. Pelo visto, a inti-midade de Raimundo com a carne lhe rende um bom dinhei-ro no final do mês. “Cada churrasco que faço, equivale a umacréscimo de 50% no meu salário”. Do alto de sua experiên-cia, ele dá uma dica para os churrasqueiros de sábado edomingo: “usar apenas sal grosso, nunca colocar amacianteporque tira o sabor, e quando for preparar lombinho de porco,além do sal grosso, temperar com limão, cheiro verde, cebo-la e alho picados”. Vale conferir.

Na Empresa desde 1980, Edson Lopes dos Santos atendea Diretoria de Produção e Comercialização de Energia Elétrica(DO) há 14 anos. “Comecei como auxiliar de estoque. Sódepois de oito anos é que passei a garçom. Há cinco, partici-po de eventos de firmas que promovem casamentos, bodas,

a n i versários... Encaro isso como um reconhecimento domeu trabalho aqui em FURNAS ”.

Com bem menos tempo “de casa”, WillianRodrigues Alves chegou aqui em 2001 t ra zendo uma baga-gem consideráve l .“Comecei aos 13anos como b a l-conista de res-

t a u rante. Aos 15,fui promovido a aju-

dante de cozinha e,antes de c o m p l e t a r

Sempre portando uniformes impecáveis

e donos de uma elegância que resiste

ao peso de bandejas repletas de xícaras,

bules, copos, garrafas de água, doces

e salgadindos, os garçons que atendem

às diretorias, superintendências e coffee

breaks dos eventos, têm o seu talento

reconhecido também fora de FURNAS.

Nos finais de semana, devido a sua

competência, educação e simpatia, estão

sempre sendo chamados para

servir em festas e

churrascos,

muitas vezes

promovidos por

funcionários da

Empresa, e nos

melhores

restaurantes

e hotéis da

zona Sul da

cidade do

Rio de Janeiro.

José Anásio da Silva

22 •junho 2003 • Linha Direta nº 297

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17 anos, já era garçom”. Mineiro dePouso Alegre, Willian conta que quandoveio para o Rio, em 97, arrumou empre-go de cozinheiro em casa de família. “Fo imuito engra ç a d o. Pa ra conseguir o tra-b a l h o, tive que passar por um teste:f a zer um almoço de domingo para seispessoas da família da minha futurapatroa. Fui aprovado e fiquei lá dez me-ses. Depois trabalhei no Game Wo r k s ,uma mistura de restaurante com váriasmáquinas de jogos eletrônicos, localiza-do no shopping New York City, na Barrada Tijuca. Mas antes de vir para FUR-N AS, tive que me virar como camelô porquase um ano”. Willian tem sonhos quesó fazem crescer dentro da Empresa.“Depois que entrei aqui, voltei a estudar.A Casa é muito grande. Quem sabe,m e l h o rando o meu currículo, não soup r o m ovido para outro setor?” Enquanto

isso não acontece,“ vou trabalhando emfestas que o pessoaldaqui organiza, nas

casas de amigos daminha noiva e até em

r e s t a u ra n t e s ”.Um apreciador

de sanduíches. Éassim que se des-

c r e ve José A-násio da Sil-va, que tra-balhou noM c D o n a l d ́ sd u rante um

a n o. “Adoro faze rsanduiche grande, com molho,

salada, ovo, presunto... o que tive r. Éo tal do X-Tu d o ”. Pena que José Anásionão pode abusar de suas “delícias”, já

que é corredor e participa de competi-ções representando a Empresa. “Estousempre fazendo dieta, senão souexpulso da equipe”, confessa brincan-d o. Assim como seus colegas, ele tam-bém “se defende” nos fins de semana.“ Trabalho como copeiro, churra s q u e i r oe garçom. Sempre fui muito solicitadopelo pessoal daqui para atendimentoem casa, mas ‘a maré está baixa´ e aspessoas diminuíram as festas. Já hou-ve épocas de estar ocupado todas ass e m a n a s ”.

Trabalhando nos hotéis Méridien eS h e raton como maître d´hôtel (pessoaque faz o contato entre o cliente e ogarçom), Raimundo Matos Freitas rela-ta que serve em hotéis há 20 anos. “Sóno Méridien, estou há 12 anos atuandonos réve i l l o n s ”. Muito de sua experiên-cia se deve ao treinamento promov i d opelo Sheraton. “Passei 15 dias emC a racas, na Venezuela. Mas não pudeconhecer nada. Ficava trancado só mea p e r f e i ç o a n d o ”. Mas Raimundo confes-sa ter uma grande frustração: “semprequis ser garçom ou b a r m a n nos EUA ,mas, hoje, com 52 anos, já não dám a i s ”.

Pessoas que são lotadas no Depar-tamento de Serviços Gerais (DSG.G) elidam diretamente com esses profis-sionais, não economizam elogios.“Posso contar com eles para o que dere vier. Estão sempre disponíveis paracobrir a falta de algum colega”, atestaJoão de Souza dos Reis, o encarrega-do geral. Elisabete Marques Viana,nutricionista, reconhece que “eles sãoo cartão de visita da Empresa”. E quealém de competentes, são de totalconfiança.

Linha Direta nº 297 • junho 2003 • 23

Elisabete Viana e João dos Reis

Raimundo Rendeiro Sobrinho

Willian Rodrigues Alves

Édson Lopes dos Santos

Raimundo Matos Freitas