Historia e Evolução da Moeda (2)
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História e Evolução da Moeda
Actividades Económicas
Conceito de Moeda:
•A moeda é a unidade representativa de valor, aceita como
instrumento de troca. É hoje parte integrante da sociedade,
controla, interage e participa dela, independentemente da
cultura. O desenvolvimento e a ampliação das bases
comerciais fizeram do dinheiro uma necessidade. Sejam quais
forem os meios de troca, sempre se tenta basear em um valor
qualquer para avaliar outro.
Conceito de Moeda:
•Em épocas de escassez de meio circulante, a sociedade
procura formas de contornar o problema (dinheiro de
emergência), o importante é não perder o poder de troca e
compra. Podem substituir o dinheiro governamental: cupons,
passes, recibos, cheques, vales, notas comerciais entre outros.
A EVOLUÇÃO DA MOEDA – FORMAS E FUNÇÕES
• O sedentarismo veio possibilitar a melhoria dos instrumentos
de trabalho e o aumento da produtividade;
•O aumento da produtividade originou o aparecimento de
excedente económico (diferença entre o que se produz e o que
se consome);
•O aparecimento do excedente económico provocou e
dinamizou o sistema de trocas. No início as trocas eram directas,
isto é, trocavam-se produtos por produtos.
INCONVENIENTES DA TROCA DIRECTA
•Dificuldade que cada pessoa sentia em encontrar outra
interessada na troca de determinados produtos;
•O facto das pessoas atribuírem valores diferentes aos produtos,
por vezes não fraccionáveis, não permitia o acordo quanto à
transacção a efectuar;
•Peso dos produtos a transportar por vezes era difícil;
•Também , a sua validade, tinha-se de trocar quando se tinha em
excesso e do tempo dos produtos da sua época;
Troca Directa/Indirecta
•Chama-se troca indirecta quando se
troca , por exemplo , uma boa
alimentação por dinheiro e visse
versa . Esta troca é a mais usada hoje
em dia.
•Chama-se Troca directa quando, se
troca-se, por exemplo 1Kg de
cenouras por um 1Kg de Maças e
visse versa.
O APARECIMENTO DA MOEDA
•Os obstáculos que se coloram à troca directa acabaram por
ser ultrapassados quando a moeda passou na ser utilizada
como intermediária nas trocas.
•As trocas passaram então, a ser feitas em duas fases: numa
primeira fase, o produtor troca o resultado da sua actividade
por moeda e, numa segunda fase, troca a moeda pelo produto
que pretende adquirir – é a chamada troca indirecta.
O APARECIMENTO DA MOEDA
•A introdução da moeda no acto da troca veio
permitir o incremento da actividade comercial e
da actividade produtiva, bem como do consumo.
•A moeda pode ser definida como um bem de
aceitação generalizada que se utiliza como
intermediário nas trocas.
FORMAS OU TIPOS DE MOEDAS
A moeda ao longo da História evoluiu
aparecendo sob diferentes formas:
•Moeda - mercadoria
•Moeda metálica
•Moeda - papel
•Moeda escritural
Moeda – Mercadoria
•Nas sociedades primitivas muitos foram os bens utilizados como moeda:
gado; cereais; sal , conchas; búzios; peixes, etc.
•Cada sociedade adoptava como moeda os bens relacionados com a sua
actividade principal.
•Assim, os pescadores utilizavam, como moeda, conchas, peixes ou sal; os
pastores, o gado; os agricultores os cereais, etc. era a moeda - mercadoria.
MOEDA – METÁLICA
•Como a moeda mercadoria apresentava várias
desvantagens visto que: o gado não era divisível, tal
facto dificultava as trocas de menor valor, o peixe
estragava-se e o sal não era duradouro porque sofria
com a humidade.
•Para superar estes inconvenientes foi-se
generalizando , a utilização de metais como moeda.
Vantagens da utilização dos metais como moeda:
Facilidade de transporte;
Durabilidade;
Divisibilidade;
Maior aceitação.
Moeda – Papel
•Com os Descobrimentos houve um grande
incremento da actividade comercial, o que
originou o transporte de grandes
quantidades de moeda, tarefa difícil e
perigosa. Para resolver este problema os
cambistas e os ourives ao receberem as
moedas guardavam-nas e emitiam os
respectivos certificados de depósito ou
letras de câmbio, de fácil transporte,
originando o aparecimento do papel-
moeda.
Moeda - Papel
•A moeda - papel, constituída por notas de banco, foi assumindo
diferentes espécies em função em função do grau de vinculação à
moeda metálica.
•A moeda - papel, constituída por notas de banco, começou por ser
moeda representativa, pois à quantidade de notas em circulação
equivalia igual valor de ouro ou prata retido nos cofres dos bancos.
•No final do séc. XVII, esta nova forma de moeda já se tinha
generalizado em toda a Europa
Moeda Fiduciária
•No séc. XVIII o Banco de Estocolmo emitiu pela primeira vez notas de
banco cujo valor era superior à quantidade de ouro retida nos seus
cofres. Surgiram assim, as primeiras emissões de moeda de papel a
descoberto, ou seja, sem igual contrapartida de ouro retido nos cofres
do banco. O valor do ouro depositado correspondia apenas a uma
parte do valor das notas emitidas. Este tipo de moeda é designado por
moeda fiduciária por se basear na confiança que os clientes depositam
nos bancos.
Moeda Fiduciária
•Esta situação tornava-se arriscada para os depositantes, na
medida em que os bancos encontravam-se incapacitados de
reembolsar em ouro, em simultâneo, todos os seus clientes.
•- No sentido de ultrapassar o problema, e já no século XIX,
os governos vão intervir no mecanismo de emissão de
moeda, confiando esta função apenas aos bancos emissores
por si controlados.
Moeda Fiduciária
•Esta medida é acompanhada pela decisão de inconvertibilidade
das notas de banco em ouro, cabendo aos governos estabelecer
o valor da moeda-papel emitida, podendo este valor coincidir
ou não como valor do ouro depositado no banco emissor.
•O Estado impôs o curso forçado às notas, dispensando o banco
da sua conversão. É o aparecimento do papel-moeda, que é
actualmente o tipo de moeda de papel em circulação.
MOEDA-PAPEL
Moeda representativa;
Moeda fiduciária;
Papel-moeda.
MOEDA-ESCRITURAL
•Esta moeda resulta dos depósitos feitos pelos
particulares e pelas empresas nos bancos e traduz-
se nas movimentações de valores monetários feitas
pelos bancos por simples jogos de escrita nas contas
dos seus clientes. A moeda - escritural resulta,
assim, da circulação dos depósitos à ordem.
MOEDA-ESCRITURAL
•Actualmente, a circulação das quantias
depositadas nas contas à ordem dos clientes dos
bancos é processada por computador e
movimentam-se através dos seguintes
instrumentos: cheques, transferências bancárias,
cartões de débito, cartões de crédito, etc.
MOEDA-ESCRITURAL
•A moeda-escritural tem-se
desenvolvido em todo o
mundo, intervindo na maior
parte dos pagamentos
efectuados, dadas as suas
enormes vantagens ao nível
da divisibilidade, conservação
e transporte.
Moeda Electrónica
•Resulta da utilização de cartões
informatizados em máquinas postas
pelos bancos á disposição dos seus
clientes em vários locais, dentro e fora
das suas instalações, como seja na rua,
nos centros comerciais, etc. Deste
modo, o possuidor de um desses
cartões, Cartão Multibanco, poderá em
qualquer dia e hora ter acesso á sua
conta bancária.
Moeda Informática
•Resulta de ordens dadas por computador
entre agentes económicos.
•De facto , muitas empresas dão ordens
de pagamento aos sues bancos por via
informática, já que dispõem, nas suas
instalações, um terminal num computador
que as liga directamente á sua entidade
bancária.
•Assim, através de instruções
informatizadas, os negócios efectuam-se
de forma rápida e eficaz .
FUNÇÕES DA MOEDA
A moeda desempenha em simultâneo várias
funções:
1. Meio de pagamento;
2. Unidade de conta ou medida de valor;
3. Reserva de valor.
FUNÇÕES DA MOEDA
•A função central do dinheiro é a de servir como
meio de troca. Sem dinheiro estaríamos
constantemente a procura de alguém para uma
troca directa. A moeda e então um meio de
pagamento, pois sendo aceite por todos, é
utilizada na aquisição de todos os bens.
FUNÇÕES DA MOEDA
•O dinheiro também é usado como unidade de
conta, a unidade com que medimos o valor das
coisas. Tal como medimos o peso em
quilogramas, medimos o valor em dinheiro, o
seu preço. O uso de uma unidade de conta
comum simplifica imenso a vida económica.
FUNÇÕES DA MOEDA
•O dinheiro é por vezes usado como reserva de valor. Em
comparação com activos com risco, como acções, imóveis ou ouro,
o dinheiro é relativamente seguro. Antigamente, as pessoas
possuíam numerário como uma forma segura de riqueza.
Actualmente, quando as pessoas procuram um lugar seguro para a
sua riqueza, esta é detida predominantemente na forma de activos
não monetárias, como depósitos de poupança, acções, obrigações
e imóveis.
FUNÇÕES DA MOEDA
•A moeda não é o único activo a desempenhar esta função;
•O ouro, as acções, as obras de arte e mesmo os imóveis
também são reservas de valor. A grande diferença entre a moeda
e as outras reservas de valor está na sua mobilização imediata do
poder de compra (maior liquidez), enquanto os outros activos
têm de ser transformados em moeda antes de serem trocados
por outro bem.
A DESMATERIALIZAÇÃO DA MOEDA
•Da moeda mercadoria até aos nossos dias desenvolveu-se um
longo processo de desmaterialização da moeda. Isto é, a moeda
foi perdendo o seu conteúdo material, pois passou a ser formada
por pedaços de papel impressos, legalizados pelo Banco Central
(papel-moeda) e, mais recentemente, por meros registos
contabilísticos, efectuados pelos bancos, da circulação dos
depósitos (moeda escritural), não tendo a moeda já nenhuma
realidade material.
A DESMATERIALIZAÇÃO DA MOEDA
•O incremento das trocas e o desenvolvimento da
actividade económica são responsáveis pelo
progressivo recurso à moeda escritural, que torna o
processo de transacção fácil e mais rápido.
A DESMATERIALIZAÇÃO DA MOEDA
•Actualmente, enormes quantias circulam entre contas
bancárias no mesmo país, ou entre países, através de
meios electrónicos, o que constitui mais um passo no
processo de desmaterialização da moeda – grande
parte das transacções actuais são efectuadas através da
movimentação contabilística dos depósitos por via
informática.
Trabalho Realizado Por:
SARA GONÇALVES;PATRÍCIA;
HENRIQUE;BIBIANA;
FILIPA MAIA;