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TEJ I – Televisão Docente: Helena Lima Ana Catarina Pinto e Sara Rocha T1 24/04/2012 HISTÓRIA DA SIC

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HISTÓRIA DA SIC

TEJ I – Televisão Jornalismo e Ciências da Comunicação

Ana Catarina Pinto e Sara Rocha T1 24/04/2012

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Índice

Introdução ................................................................................................ 2

A televisão ............................................................................................... 3

Estrutura da SIC ...................................................................................... 5

A SIC ....................................................................................................... 5

Universo SIC ............................................................................................ 8

SIC Radical .......................................................................................... 8

SIC Mulher ........................................................................................... 9

SIC Notícias ....................................................................................... 10

SIC Internacional ................................................................................ 11

SIC Esperança ................................................................................... 11

SIC K .................................................................................................. 12

GMTS ................................................................................................. 13

Bloom Graphics .................................................................................. 13

Perfil das audiências da SIC generalista ............................................... 14

Logótipo e hino da SIC .......................................................................... 14

Logótipo ............................................................................................. 14

Hino .................................................................................................... 14

Os valores da SIC .................................................................................. 15

O telejornal da SIC ................................................................................ 16

Conclusão .............................................................................................. 17

Bibliografia ............................................................................................. 18

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Introdução

"Gosto de televisão porque ela me permite falar coisas sobre as quais não acho que valha a pena escrever." (Truman Capote)

A SIC é um das três televisões generalistas em Portugal, e foi a

escolhida para este trabalho por uma questão de gosto pessoal, comum, no grupo de trabalho. A intenção desde o início era tratar uma televisão portuguesa, e após a deliberação das três opções que tínhamos em consideração, acabamos por optar pela Sociedade Independente de Comunicação (SIC).

Ao longo do trabalho, apresentaremos o canal televisivo em questão,

inserindo o que o mesmo tem de mais importante, como é o caso dos canais por cabo, que contribuíram consideravelmente para o crescimento da SIC.

O objetivo do trabalho é apresentar a SIC enquanto televisão generalista

que é, e revelar factos que fazem deste canal o que ele é no campo nacional. Em Portugal, concorre com a RTP e com a TVI, essencialmente com esta última.

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A televisão

“Falar de televisão é falar de paixões e de ódios, de ideias e de pre-conceitos, de uma realidade exterior, mas também interior. Mas é importante falar dela. Não só dos programas ou da programação, mas também da relação com esse objecto que, de há umas décadas para cá, está presente – como uma lareira – na quase totalidade dos lares, pelo menos das sociedades desenvolvidas.” (Lopes, 1999 p. 11)

A televisão é, como se sabe, um dos elementos mais presentes e,

muitas vezes, essenciais na vida dos indivíduos. Deixou de ser um simples aparelho para passar a ser uma presença inquestionável e um modo de vida não só pela sua função, mas pelas possibilidades que acarreta. O “pequeno ecrã” tem milhares de milhões de utilizadores assíduos e atentos, e é incontestável que, na actualidade em que vivemos, a televisão é um meio de comunicação social fundamental.

É indubitável que “a televisão, mesmo nos programas sem nível ou sem

pretensões educativas ou culturais, leva, a casas sem janelas para o mundo, informações sobre outras pessoas, outros povos, leva novas palavras, informações sobre novos objectivos e utilidades, sobre modos de vida, sobre a governação e sobre os meios de nos defendermos dos nossos governos, enfim sobre a sociedade – e sobre a democracia. Mais: a televisão tem contribuído para o reforço da democracia, falando em linguagem simples sobre assuntos que (...) são abordados na linguagem críptica dos agentes políticos.” (Torres, 1998 p. 201)

Podemos, então, afirmar que toda a informação divulgada pela televisão

favorece os próprios cidadãos e o seu juízo sobre os assuntos divulgados e participação no foro público.

Ainda assim, e segundo Eduardo Cintra Torres, “(...) a televisão pode ser

perniciosa por fomentar a preguiça intelectual dos mais jovens e por causa dos abusos pontuais (...)”. Contudo, o autor continua e explica que “(…) o facto fundamental é que a televisão constitui um elemento importantíssimo de afirmação da democracia.”

É de conhecimento geral que a SIC se trata de um canal generalista por

transmitir vários tipos de programas para vários tipos de públicos, sendo necessário entender que “a televisão generalista está em pleno reajuste das suas funções para sobreviver à colisão com o modelo multitemático. É um modelo que se viu ampliado pela entrada das televisões regionais e locais públicas e das privadas." (Herreros, 2004 p. 49)

No entanto, torna-se mais imperatório entender a essência de uma

televisão generalista, ou seja, em que consiste e quais as suas características. Mariano Cebrián Herreros explica que o canal generalista “é um modelo caracterizado: - Pela exacerbada competitividade entre os canais, que os leva a empreender qualquer estratégia para conseguir a liderança das audiências,

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(…) tais abordagens contagiaram as televisões públicas, até as levarem a desenrolar as mesmas estratégias, com a perda de claridade das fronteiras entre umas e outras e, em consequência, a sua própria razão de existência. (…) – Por serem canais massivos, o que os leva à obsessão pela conquista, manutenção e superação da audiência acumulada diária, a qualquer custo. – Pela abordagem comercial que arrasta publicidade para obter maiores benefícios (…) - Pelo reforço continuo da «marca» de cada canal para se diferenciar dos demais e incrementar a sua forte implantação no mercado. (…) – Pela heterogeneidade de conteúdos ao tentar satisfazer todo o tipo de públicos (…) – Pela criação de programas de intensa espetacularidade e atrativos para as audiências (…)”.

É importante não esquecer um dos meios com mais potencial e com

maior crescimento nas últimas décadas, a Internet. Este meio tem feito a televisão perder público: “nos próximos anos a televisão generalista continuará inevitavelmente a perder público, não só para as suas mais directas concorrentes temáticas – ou mesmo para canais-nicho, no satélite, no cabo, na pay TV, para o VOD /video on demand), mas sobretudo para a Internet, sendo que, a prazo, a digitalização de redes e conteúdos possibilitará uma outra relação mais descontínua com a televisão.” (Cádima, 2011 p. 9)

Assim, depois de compreender a importância da televisão na sociedade

atual como elo de coesão social e de assimilar o que é uma televisão generalista, podemos, então, começar a estudar a história e evolução de um dos canais portugueses mais conceituados tanto no meio televisivo como no meio social, a SIC.

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Estrutura da SIC

A Sociedade Independente de Comunicação (SIC) iniciou as suas transmissões a 6 de Outubro de 1992, sendo, nessa altura, o único canal de comunicação privado, independente e comercial a operar no território português, pondo fim a 35 anos de exclusivo estatal no mercado televisivo português e contribuindo para a pluralidade e independência da Informação.

O capital da SIC pertence, na íntegra, à IMPRESA - SGPS,SA, o maior

grupo privado de média em Portugal, liderado por Francisco Pinto Balsemão, através das suas participadas SOLO – Investimentos em Comunicação, SGPS, SA; e MEDIA ZOOM - Serviços Técnicos e Prod. Multimédia, Lda.

A gestão desta sociedade compete a um Conselho de Administração,

que é o mais elevado órgão de gestão e a quem compete aprovar as grandes orientações estratégicas da empresa e, ainda, a uma Comissão Executiva que é responsável pela gestão corrente da colectividade.

A SIC

Quando apareceu, a SIC levou a cabo uma grande campanha de divulgação em todo o tipo de meios de comunicação, incluindo a rival da altura, a RTP.

Simultaneamente fez uma campanha de sintonização para ensinar as

pessoas a procurar o novo canal nos seus aparelhos de televisão, o que facilitaria a integração da SIC no meio social. Para tal distribuiu folhetos elucidativos e confirmou a cooperação dos comerciantes de eletrodomésticos e de estabelecimentos, como cafés e restaurantes, com o objectivo de que estes sintonizassem a SIC.

Após uma minuciosa análise ao mercado televisivo, o canal, propriedade

de Francisco Pinto Balsemão e, naquela altura, sob a direção de Emídio Rangel, decidiu ser uma televisão generalista, de modo a cativar as maiores audiências possíveis. Assim, logo a partir do instante em que a jornalista Alberta Marques Fernandes, a 6 de outubro de 1992, anunciou o arranque, a SIC demonstrou ser um canal voltado para o espectáculo e previa-se um futuro favorável para o canal. Para além da aposta no entretenimento e nos programas de ficção, maioritariamente falados em português, a SIC investiu muito na informação.

Com o concurso "Chuva de Estrelas", estreado em 1993, a SIC chegou

pela primeira vez ao topo dos programas mais vistos em Portugal. Este é um programa de que, ainda hoje, muitos falam, mostrando que foi bem-sucedido e que alcançou o que o canal pretendia. Mas o sucesso não ficaria por aqui.

Em apenas três anos desde o início das suas emissões a SIC alcançou

a liderança nas audiências através de uma forte aposta em programas de

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informação, entretenimento, documentários e programas de ficção, falados em Português, alicerçados numa estratégia de marketing. Estávamos em maio de 1995.

Desta forma, tornou-se no canal de televisão a nível internacional que

em menor espaço de tempo conseguiu os melhores resultados de audiências. Para isso, contribuíram caras como Catarina Furtado, João Baião, Jorge

Gabriel e Júlia Pinheiro e jornalistas como José Alberto Carvalho e Rodrigo Guedes de Carvalho.

Em setembro de 1997, a SIC deu início às emissões da SIC

Internacional, com o objetivo de chegar à vasta comunidade portuguesa espalhada por todo o mundo, bem como aos Países de Língua Oficial Portuguesa.

A SIC Filmes chegou em 1998 e, em 2000, iniciaram-se as projecções

da SIC Gold, um canal destinado a repetir programas que fizeram sucesso na SIC em anos anteriores.

Precisamente em 2000, a supremacia da SIC ao nível as audiências começou a ser ameaçada com a renovação da TVI, que começava a dar motivos à SIC para se preocupar com a qualidade de programas, para que não passasse de uma ameaça. O programa “Big Brother” e as telenovelas portuguesas levaram, então, a TVI à liderança das audiências, acabando a SIC por entrar em crise, tal como havia sido esperado.

A resposta da SIC não foi suficiente e Emídio Rangel acabou por

abandonar o canal e ingressar na RTP, levando consigo alguns profissionais como Alberta Marques Fernandes, José Alberto Carvalho, Júlia Pinheiro e Jorge Gabriel.

Mesmo assim, a SIC conseguiu, posteriormente, alcançar a liderança

das audiências, de novo, o que demonstrou uma grande força e qualidade do canal televisivo.

No ano seguinte, nasceram alguns dos canais temáticos como a SIC

Notícias, com Pedro Mourinho a abrir a emissão, a SIC Radical e surgiu a aposta na Internet com a SIC Online.

A 8 de março de 2003, no Dia Internacional da Mulher, surgiu mais um

canal temático, a SIC Mulher, sob a direção de Sofia de Carvalho; a 6 de maio tiveram início as emissões da SIC Indoor; e a 6 de outubro nasceu o projeto de solidariedade da SIC, a SIC Esperança.

Estávamos a 28 de outubro de 2004, quando surgiu a SIC Comédia, em

substituição da SIC Gold. Este canal temático assumiu-se como fornecedor de conteúdos de âmbito humorístico para toda a família. A transmissão deste terminou a 31 de dezembro de 2006.

Nesse mesmo ano de 2006, A Global Media Technology Systems

(GMTS) substituiu a SIC Serviços como prestadora de serviços técnicos.

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No final do ano, a SIC também entrou no capital da AdTech (Advertising Technologies Comunicação, Multimédia SA).

Em janeiro de 2007, a SIC Esperança é reconhecida como Instituições

Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e dá-se a implementação da Bloom Graphics na SIC, com o objetivo de otimizar a resposta à produção de motion graphics dentro da estação.

Em julho do mesmo ano, em conjunto com Teresa Guilherme

Produções, a SIC constituiu a produtora TDN, S.A. – Terra do Nunca Produções, cujo capital foi totalmente alienado pela SIC, em março de 2009.

No final do ano de 2007, dia 19 de dezembro, o canal privado adquiriu

90% da Dialectus, empresa que presta serviços de tradução, dobragem e legendagem, e em março de 2009, a SIC alienou a sua participação na Dialectus.

A 27 de fevereiro de 2009, a SIC assumiu a totalidade do capital da SIC

Notícias e, em dezembro, lançou um novo canal temático, a SIC K, dirigidos para os mais novos, que se revelou um sucesso, mantendo-se até aos dias de hoje.

No ano de 2010, a SIC estabelece uma importante parceria com a TV

Globo, para a coprodução de novelas em português, traduzindo-se num marco importante para a vida da estação e para a ficção nacional.

No ano seguinte, a SIC Notícias celebrou o seu 10º aniversário com um

novo estúdio, nova identidade visual e sonora e, a 6 de outubro, o 19º aniversário da SIC foi assinalado com a inauguração dos novos estúdios e instalações da Impresa Norte em Matosinhos.

Nesse mesmo ano, a novela “Laços de Sangue”, a primeira produção ao

abrigo da parceria estabelecida entre a SIC e a TV Globo, vence o prémio internacional para melhor telenovela de 2011 no 39th International Emmy Awards.

Sobre um documentário da autoria de Mariana Otero, Eduardo Cintra

Torres, na sua obra “Ler Televisão”, explica que “o documentário revela as razões de sucesso da SIC: o profissionalismo de toda a equipa, desde os jornalistas aos comerciais; a extrema atenção ao produto que sai em antena; o entrosamento entre os diversos sectores da casa; a atenção ao sucesso popular (as audiências), que é tanto um crime como procurar processos legítimos de aumentar as tiragens de uma publicação periódica” e “revelou também – e aos profissionais dos outros canais – o que significa estar em cima do acontecimento: alterar a programação no momento para ganhar a batalha das audiências, dar atenção a grupos específicos (...)” (p.37).

O autor afirma que a SIC “entregou toda a sua credibilidade junto das

classes médias e «cultas» aos programas de informação, e entregou os

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programas de ficção e entretenimento ao gosto das «minorias» de audiência.” (p.228)

Esta estratégia adotada pela estação televisiva permiti-lhe, assim, ser

popular nos meios sociais e, simultaneamente, manter as audiências que a acompanham.

Universo SIC

Como já vimos, a SIC abrange vários canais temáticos, tais como SIC Radical, SIC Mulher, SIC Notícias, SIC Internacional, SIC Esperança e SIC K.

SIC Radical

Desde o seu nascimento, a 23 de abril de 2001, que a SIC Radical ocupa um espaço único no cenário audiovisual português.

Canal que é hoje uma das maiores fábricas de talentos já feita em

Portugal, de onde saíram personalidades como Rui Unas, Fernando Alvim, Gato Fedorento, Homens da Luta, entre outros, é desde o seu aparecimento que a SIC Radical aponta caminhos opcionais e diferentes perspetivas sobre os mais diversos temas.

A SIC Radical tem sido o canal de não notícias elegido dos homens

jovens portugueses (15-34 anos), tendo feito durante a sua história grandes momentos de destaque. Para isso contribuíram alguns momentos marcantes como o apoio aos Festivais de Verão, designadamente, ao Rock in Rio, ao Sumol Summer Fest, ao Optimus Alive!, ao Super Bock Super Rock, ao Sudoeste, ao Super Bock Surf Fest.

Em 2011, aquando da comemoração do seu 10º aniversário, a SIC

Radical surgiu com um grafismo totalmente diferente que posicionou a marca como um canal que quer dar, mostrar, mostrar e exibir boa televisão,

A 10 de outubro de 2011, os Pesadelos de Ramsay foi o programa mais

visto de sempre no canal, tendo vencido assim mais um desafio de audiências.

SIC Radical – Ver para querer

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SIC Mulher

A SIC Mulher é um canal temático dirigido ao público feminino e cujo principal objetivo é a divulgação de uma programação de qualidade, destinada à mulher, que não se revê na totalidade em nenhum dos canais disponíveis no panorama televisivo português da atualidade.

É um canal que se destina à mulher que já saiu de casa dos pais; para a

mulher que já não estuda; já é independente; trabalha; tem uma carreira; já casou; tem um ou mais filhos.

É um canal de informação e entretenimento para e sobre mulheres, que

emite 24 horas por dia. Na SIC Mulher pretende-se comunicar, distrair, divertir e, sobretudo,

assistir a mulher a aprender mais sobre si mesma e a desenvolver o seu potencial.

A constituição da grelha deste canal baseia-se na ficção nacional e

estrangeira, magazines, talk-shows, séries, filmes que abarcam temas vocacionados para um público maioritariamente feminino, da qual se distinguem o “Querido Mudei a Casa” e o “Mais Mulher”.

Este canal alicia cada vez mais mulheres, tendo assinalado, no ano de

2008, um crescimento do número de espetadores do sexo feminino entre os 15-54 anos, sendo o valor superior ao dos canais de filmes e séries disponíveis no cabo.

Desde a sua criação, 2011 foi o melhor ano de audiências da SIC

Mulher. A SIC Mulher é uma referência no panorama televisivo português por ser

o primeiro e único canal temático português dedicado à mulher.

SIC Mulher – Amor para toda a vida!

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SIC Notícias

A SIC Notícias é um canal exclusivamente dedicado à informação em língua portuguesa. Trata-se de um canal estudado de forma a dar constante resposta ao público que pretende estar sempre informado.

A SIC Notícias apresenta-se com três grandes blocos de informação

diários, regulados pelas caras mais populares da estação. O canal oferece, também, edições especiais e programas temáticos

ligados à Economia, Saúde, Entrevistas, Espetáculos, Moda e Desporto. A esta programação junta-se a grelha especial de fim-de-semana com um noticiário de média e longa duração.

Sendo uma grande aposta do canal generalista, a SIC Notícias foi

comprada na sua totalidade pela Impresa, facto que veio fortalecer a importância da informação na estratégia da SIC.

No final de 2003, a emissão da SIC Notícias ficou disponível, via satélite,

em Angola e Moçambique e, em 2006, em Cabo Verde e nos Estados Unidos da América.

Desde a sua criação, a SIC Notícias tem vindo sempre a prosperar. Para

isso, ajudaram momentos marcantes como o Especial Informação Maddie em 2007 e a cobertura das eleições em Portugal em 2009.

Em janeiro de 2011 a SIC Notícias concluiu 10 anos de atividade, um

marco importante na história do canal que é celebrado com a abertura de um novo estúdio e uma campanha de comunicação revolucionária.

A SIC Notícias é uma referência internacional por ser o único canal de

informação a comandar as audiências no cabo.

SIC Notícias – Os seus olhos no Mundo!

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SIC Internacional

A SIC Internacional é um canal dedicado aos muitos portugueses dispersos pelo mundo, bem como, aos Países de Língua Oficial Portuguesa.

Com uma emissão diária de 24 horas de programação, a SIC

Internacional chega hoje a mais de 4,5 milhões de telespetadores espalhados pelo mundo.

Atualmente está presente em França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica,

Estados Unidos, Canadá, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Austrália e é distribuída através dos sistemas de cabo, satélite e IPTV.

Sendo a SIC Internacional um canal generalista, fazem parte da sua

grelha programas de informação, entretenimento, desporto e muito mais, com destaque especial para os jogos em direto da Primeira Liga de Futebol e da Taça da Liga.

A SIC Internacional também tem programas próprios, tais como o + 351

e o Alô Portugal.

SIC Internacional – Portugal mais perto de Si!

SIC Esperança

A SIC Esperança é um projeto de cooperação transversal a todas as empresas do Universo SIC.

A SIC sempre contribuiu decisivamente para o sucesso de campanhas

de propagação e de obtenção de fundos para as mais distintas associações e instituições de solidariedade.

Em 2003, a SIC decidiu concentrar tudo o que já tinha feito e estender o

seu âmbito de intervenção. Para tal, criou-se o projeto de solidariedade SIC Esperança, que é hoje um projeto transversal ao universo SIC.

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A SIC Esperança tem hoje o estatuto de Instituição Particular de

Solidariedade Social, aprovado pela portaria nº 139/07 de 29 de janeiro de 2007.

Nos últimos oito anos de vida, a SIC Esperança reuniu 3.337.017,00 €,

constituiu parcerias com 73 empresas, atuou com 69 instituições e favoreceu mais de 24.200 pessoas.

Em 2011, ano dedicado à “Pobreza e Exclusão Social”, a SIC Esperança

concluiu vários projetos que aperfeiçoaram as condições de vida de indivíduos, ajudando assim mais de 5300 pessoas com perto de 1.200.000,00 euros angariados.

Também em 2011, no seguimento da calamidade ambiental que atingiu

a Madeira, a SIC Esperança foi protagonista da maior ação de solidariedade nacional dos últimos anos, angariando 890.309,16€ para aplicar na ilha, através da ação “Uma Flor para a Madeira”.

No dia do seu 8º aniversário, a SIC Esperança lançou o Prémio SIC

Esperança Rock in Rio Escola Solar. Com a verba resultante da primeira edição do projeto Rock in Rio Escola Solar, a SIC Esperança irá acionar, anualmente, um sistema de candidaturas de projetos de solidariedade para financiamento. A quantia deste financiamento é o produto da venda de eletricidade produzida por painéis solares instalados pelo país.

O projeto “Boa Esperança” da Associação para o Desenvolvimento de

Gondomar foi o vencedor da primeira edição. Hoje, a SIC Esperança consolida-se como um importante motor de

implementação de dever social que, através do seu papel interventivo, inflama e credibiliza a solidariedade no nosso País

SIC Esperança – vale a pena acreditar!

SIC K

Desde o seu nascimento, a 18 de dezembro de 2009, que a SIC K tem sido o canal preferido face a outras opções do mesmo género existentes, pela distinção de temas que apresenta e diversidade de conteúdos.

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A SIC K foi o primeiro canal ensaiado em Portugal, previsto exclusivamente para jovens entre os sete e os catorze anos, tendo como princípios o divertimento, a inteligência e o espírito crítico de cada um.

Na sua origem, é um canal de entretenimento, com especial enfoque em

live action e programação em português. A SIC K tem ainda uma grande componente de responsabilidade social

para com o seu público. Em dezembro de 2010, por ocasião do seu 1º aniversário, a SIC K

lançou uma mascote e um hino próprio criado propositadamente para esta ocasião pela conhecida banda Expensive Soul.

Em 2011, a SIC K conheceu os melhores resultados da sua história,

iniciou quatro novos conteúdos nacionais - Tik Tak e IK com Marta Gil, e PSI e Fábrica com Leonel Vieira - e apadrinhou a Kappy, um rinoceronte fêmea branco do Jardim Zoológico de Lisboa.

A SIC K busca aumentar o espírito crítico dos seus telespectadores

independentemente da idade, afastando a hipótese de ser interpretado como apenas mais um canal arquitetado a partir do somatório de programas.

SIC K – Aventura-te!

Para além dos canais temáticos, a SIC detém as empresas GMTS e

Bloom Graphics:

GMTS A Global Media Technology Solutions – Serviços Técnicos e Produção

Multimédia, Sociedade Unipessoal, Lda é uma empresa criada em 2002 que tem como fundamental intuito a prestação de serviços de conceção, realização e distribuição de conteúdos multimédia para as diversas plataformas, bem como incorporação de sistemas técnicos.

O arrendamento de carros de exteriores, alguma produção técnica, inclusive de anúncios publicitários, é outras das áreas em que a unidade de negócio tem marcado presença.

Bloom Graphics A Bloom Graphics é uma empresa do Universo SIC que foi criada com o

objetivo de otimizar a resposta à produção de motion graphics dentro da cadeia de televisão SIC e arriscar fortemente em projetos multiplataforma, assim como em novos mercados.

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Perfil das audiências da SIC generalista

O público da SIC é bastante diversificado, já que o canal é capaz de captar públicos de varias idades, de diferentes classes sociais e regiões do país. No entanto, o público predominante é o feminino.

A diversificação de públicos prende-se ao facto de a SIC ser um canal

generalista e, por isso, a sua programação é desenvolvida para ir ao encontro das necessidades dos vários públicos existentes.

Logótipo e hino da SIC

Logótipo Caracterizado pela diversidade de cores, o logótipo da SIC foi

inicialmente desenhado por Hans Donner. No entanto, aquilo que representa a SIC graficamente tem vindo a evoluir ao longo dos anos até chegar à forma presente, contudo, o logotipo foi sempre fiel a si próprio, não tendo mudado de forma demasiado radical.

Figura 1: Logótipo da SIC Tem uma forte comunicação visual e, suportado pela

tridimensionalidade, demonstra criatividade, movimento e dinamismo.

Hino O hino da SIC marcou o início da emissão em 1992. Com letra de Carlos

Paulo Simões e música de Zé da Ponte, acompanha o logótipo e ambos marcaram a mudança no cenário televisivo português.

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Os valores da SIC

O canal privado rege a sua conduta segundo alguns princípios e valores, como é o caso dos abaixo apresentados:

Credibilidade

Rigor na informação

Solidez pela dimensão

institucional

Modernidade

Na linha da frente,

aberto às novas

tendências

Definir novas

tendências

Qualidade

Abrangente

Preocupação com os

pormenores

Qualidade de

entretenimento: produção,

recursos humanos, técnica

Diversidade

Manter variedade de

programas e de

canais

Inovação

Sem cortar com o passado

Criatividade, humor, novos

formatos

Causar polémica, sem

chocar

Dinamismo

Dinamismo em todos

os valores

Revolução

permanente

Proximidade

Participativa

Experiencia com o

telespectador

Simpatia e boa disposição

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O telejornal da SIC

“O telejornal da SIC caracteriza-se por uma duração elevada e por uma dispersão temática relativamente reduzida. A duração média do intervalo publicitário tem vindo a crescer. Dois terços das notícias apresentam uma proximidade geográfica relacionada com o país. O peso do noticiário de âmbito nacional torna-se ainda mais significativo se tomarmos em conta o critério tratamento geográfico, uma vez que numa em cada duas notícias se enfatizam as implicações nacionais do acontecimento que lhes está na origem.” (Silveira, et al., 2010 p. 71)

Apresentado por Clara de Sousa ou Rodrigo Guedes de Carvalho e, ao

fim de semana, por Maria João Ruela, o Jornal da Noite é um dos noticiários nacionais mais conceituados.

É de notar que a duração do telejornal se tem mantido acima de uma

hora de duração, excluindo, note-se, o bloco publicitário. “Por outro lado, o número de notícias por telejornal tem vindo a aumentar, o que reflecte a necessidade de preencher um maior tempo de emissão noticiosa.” (Silveira, et al., 2010 p. 73)

A duração das próprias peças/reportagens tem sido estável e, “tomando

o conjunto do noticiário, verifica-se que os intervenientes das notícias tendem a ser cidadãos comuns, anónimos ou devidamente identificados. Trata-se de uma tendência clara, que se intensifica em 2006.” (Silveira, et al., 2010 p. 72)

O Jornal da Noite divide-se, essencialmente, em quatro temáticas:

Política Nacional, Desporto, Ordem Interna, Política Internacional. A crescente importância do Desporto e a perda de peso da Política

Internacional têm sido uma propensão justificada por fatores conjunturais. Por último e relativamente ao intervalo, “as escolhas do momento da

interrupção publicitaria têm ocorrido (...) depois dos primeiros 30 minutos de emissão sendo as segundas partes consistentemente mais curtas do que as primeiras.” (Silveira, et al., 2010 p. 74)

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Conclusão

Uma vez concluído este trabalho sobre a Sociedade Independente de Comunicação (SIC), é-nos mais fácil compreender como evolui uma televisão generalista e privada no nosso país.

É como pessoas individuais e estudantes de comunicação que

consideramos importante e essencial este tipo de pesquisa sobre televisões não só portuguesas, bem como estrangeiras, que, decerto, tiveram muita importância no que é hoje a televisão no mundo e no nosso país.

A SIC é um canal de grande sucesso em Portugal, com formatos de

êxito que se mantém vivos na memória do público mais atento da “pequeno ecrã”. Foram muitos os feitos da SIC, enquanto televisão privada e generalista, quer no âmbito da informação como da ficção nacional. Destacam-se, neste aspeto, as reportagens (“Grande Reportagem”) que a SIC apresenta semanalmente, que têm sido premiadas com alguma frequência, a nível internacional.

Enfim, incontestável é que, após ter realizado este trabalho, sentimo-nos

mais ricas quanto ao que se pode saber sobre a Sociedade Independente de Comunicação, que, este ano, completa 20 anos de história e que, propõe, até, que estudantes de comunicação se aventurem ao “Desafio SIC 20 anos”, que consististe em criar a campanha publicitária das duas décadas de existência da estação.

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Bibliografia

Cádima, Francisco Rui. 2011. A Televisão, o Digital e a Cultura Participativa. Porto : Media XXI, 2011.

Herreros, Mariano Cebrián. 2004. Modelos de Televisión. Generalista,

Temática y Convergente con Internet. Barcelona : Paidós, 2004. Lopes, Felisbela. 1999. O Telejornal e o Serviço Público. Coimbra :

Minerva, 1999. Silveira, Joel Frederico da, Cardoso, Gustavo e Belo, António. 2010.

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