Historia Da Igreja

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 Aorigemdo pap adopar t e 1 O ter m o " pap a", queatual m ente é em pr ega donoOci den - t e e xclusivam en te pa ra o b i spo deR om a, nem sem pr e t eve e st e se n ti d o . A p a lavra e m si si g ni casim p l e sm e n te " p a p a i", se n d o , p o r t a n t o , u m t e r m o d e c arinh o e r e sp e it o . N a é p o caa n t i g a e l e era u sa d o p a ra q u al q u e r b ispo d isti n t o , se mimport a r se e l e era ounãoo bispo de R om a. A ssi mhá, por exem plo, docum en- tos an t i g os qu e se r e f e r em ao" p ap a Ci pr i an o", deCart ag o, ou a o "pa p a A t a n á sio", d e A l exa n d ria. Alé m d ist o , en q u a n t o n o O ci de nte o t er m o a cab ou can doexclusi vam en t e p ara obi spo d e R o m a , e m rias par t e s d a i g r e j a o ri e n t a l e le c o n ti n u o u se n - dousa do com m ai s l i be ralida de . Em t od o caso a qu estãomai s i m po rtan t e n ão éa ori ge m do ter m o " pap a" m as de que m ane ira o bi spo de R om a . chego u a 62 / A er ad as tr eva s gozar da au t orida de qu e t eve du rante a I da de M édia, e qu e ain- da t e m n a igreja ca tólicar om an a. A s ori gen s do bi spado r om ano se per deram na p enu m bra d a hist ó ri a . Am a i o r p a rte d o s hist o ri a d o r e s, t a n t o ca t ó li co s c o - m o p rotestant es, concor da com que Pedro e st eve em R om a, e que provavel m en t e m orreu ne st a cida de du r an t e a pe rseguição de Ner o. Porém o exist e ne nhum do cum en to anti go q ue di ga q u e P e d r o t r a n sf e riu su a a u t ori d ad e a p o st ó lica ao s se ussu ce s- sores. A l ém dist o , as listas an t iga s q u e en umeram ospri m eiros bispos de Rom a nã o coinci dem . E nquant o al gum as dizem que C l em en te su ced eu diret am en te a P edro, ou t r as d i zem qu e el e f o i o t e rceir o bi sp o d e p ois da m o r t e d o a p óst o l o . Isto é ta n t o m a i s d i g n o d e n ota p o r t e r m osli st a s r e lativa m e n t e d e di g n as d e o u t r a s i g r e j as .. Ist o , por su a ve z, l e vo u a lgu n s h i st oria d o r e s a co n j eturar qu e t al vez o bispadode R o m a, e mseu princípio, não tenha si d o " m o r qu i co " (isto é, com um b i sp o), po - r é m um bi sp a do co le gi ado on de vár i os b i sp os o u p r es t eros d iri g ia m a vi d a d a i g r e j a e m co n j u n t o. S e j a q u a l f or o c a so , fato é qu e de t od o o pe od o qu e vai de sdea pe r seg ui ção de N er o e m64até a P ri m eir a E p/sto/ a d e C / em en t e, em 96 , o q ue sabemos dobi spado r om ano é po uco ounada. S e o papad o ti- vessesi d o t ão i m p o rta n t e d e sd e as ori g e n s d a i g r e j a , co m o d i- ze m a l g un s, t eria d e i xa d o m ais vestí g i o s d ur a n t e to d a e st a segu nd a m et ad e dopri m eiro sécul o.

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A origem do papado parte 1O termo "papa", que atualmente empregado no Ociden-te exclusivamente para o bispo de Roma, nem sempre teve estesentido. A palavra em si significa simplesmente "papai", sendo,portanto, um termo de carinho e respeito. Na poca antiga eleera usado para qualquer bispo distinto, sem importar se eleera ou no o bispo de Roma. Assim h, por exemplo, documen-tos antigos que se referem ao "papa Cipriano", de Cartago, ouao "papa Atansio", de Alexandria. Alm disto, enquanto noOcidente o termo acabou ficando exclusivamente para o bispode Roma, em vrias partes da igreja oriental ele continuou sen-do usado com mais liberalidade.Em todo caso a questo mais importante no a origem dotermo "papa" mas de que maneira o bispo de Roma .chegou a62/ A eradas trevasgozar da autoridade que teve durante a Idade Mdia, e que ain-da tem na igreja catlica romana.As origens do bispado romano se perderam na penumbrada histria. A maior parte dos historiadores, tanto catlicos co-mo protestantes, concorda com que Pedro esteve em Roma, eque provavelmente morreu nesta cidade durante a perseguiode Nero. Porm no existe nenhum documento antigo que digaque Pedro transferiu sua autoridade apostlica aos seus suces-sores.Alm disto, as listas antigas que enumeram os primeirosbispos de Roma no coincidem. Enquanto algumas dizem queClemente sucedeu diretamente a Pedro, outras dizem que elefoi o terceiro bispo depois da morte do apstolo. Isto tantomais digno de nota por termos listas relativamente fidedignasde outras igrejas .. Isto, por sua vez, levou alguns historiadoresa conjeturar que talvez o bispado de Roma, em seu princpio,no tenha sido "monrquico" (isto , com um s bispo), po-rm um bispado colegiado onde vrios bispos ou presbterosdirigiam a vida da igreja em conjunto. Seja qual for o caso,fato que de todo o perodo que vai desde a perseguio deNero em 64 at a Primeira Ep/sto/a de C/emente, em 96, o quesabemos do bispado romano pouco ou nada. Se o papado ti-vesse sido to importante desde as origens da igreja, como di-zem alguns, teria deixado mais vestgios durante toda estasegunda metade do primeiro sculo.A histria dos MorviosOs morvios so os habitantes eslavos da moderna Morvia, a parte mais oriental da Repblica Tcheca. Eles falam dialetos morvios da lngua tcheca e so nos dias de hoje considerados um ramo dos tchecos. A questo "ser que os morvios fazem parte da nao tcheca ou no?" ainda viva para alguns grupos da Morvia. Alguns morvios declaram etnicidade separada. Contudo, o problema quase no tem dimenso poltica e para a maioria da populao a questo da lngua morvia ou de uma nao morvia puramente folclrica. Uma razo para disputas, pode vir do fato de que, por razes histricas distantes, a expresso em tcheco utilizada para tchecos e bomios era a mesma: ech. Ento teoricamente pode no estar claro a que povo a expresso se referia quando utilizada. Poderiam se referir a bomios, morvios, e s vezes at a silsios quando citado.O avivamentoOs morvios foram um dos grupos que mais trouxe impacto ao mundo. A vida que eles tinham com Deus mudou o curso de toda a histria. O mundo estava experimentando uma frieza religiosa. O pensamento racionalista havia invadido as escolas e as igrejas. Os pregadores haviam tornado as suas mensagens muito dogmticas e estreis. Tudo eram debates. Todos queriam apresentar os seus conhecimentos intelectuais. Havia muitos que conheciam coisas acerca de Deus. Mas eram raros os que conheciam a Deus. Por causa disso, por causa desse desconhecimento de Deus, diversas revolues sangrentas aconteceram no sculo XVIII. Uma dessas revolues foi a revoluo francesa. Muitas pessoas morreram injustamente na Frana. Sem dvida, quando o homem tira os seus olhos de Deus, a carne e o pecado comeam a aparecer, trazendo destruio e misria. E foi nesse tempo de crise, de racionalismo, de frieza espiritual, que Deus levantou os morvios. De fato, Deus, por sua misericrdia, sempre levanta pessoas nos momentos turbulentos da histria. Os morvios eram pessoas que estavam escapando da sua terra em consequncia de uma terrvel guerra, a guerra dos trinta anos.Todos eles eram protestantes. Todos eles eram evanglicos. Contudo, como ns falamos nos dias de hoje, eles eram de denominaes diferentes. Uns eram hussitas, outros calvinistas e ainda outros luteranos. Contudo, todos eles foram para o mesmo lugar. Eles foram morar nas terras de um conde muito rico, chamado Zinzendorf. Nessas terras eles estabeleceram a comunidade de Herrnhut, que significa, "redil do Senhor". Entretanto, no princpio, esses refugiados de guerra tinham muitas rivalidades entre si. Cada qual tentava impor ao outro a sua forma de pensar. Cada um tentava apresentar ao outro os seus conhecimentos intelectuais. E as suas prprias paixes religiosas os estavam destruindo mutuamente.Mas no dia 5 de agosto de 1727, depois de um perodo de orao, eles resolveram fazer uma aliana fraternal. Eles decidiram no mais criar debates e confuses. Eles decidiram enfatizar apenas os pontos em que concordassem e no os que divergiam entre si. Sobre esse dia, no dirio deles est escrito: "Neste dia, o Conde fez uma aliana com o Senhor. Os irmos prometeram, um por um, que seriam verdadeiros seguidores do Salvador. Vontade prpria, amor prprio, desobedincia - eles se despediriam de tudo isso. Procurariam ser pobres de esprito. Ningum deveria buscar o prprio interesse. Cada um se entregaria para ser ensinado pelo Esprito Santo. Pela operao poderosa da graa de Deus, todos foram no somente convencidos, mas arrastados e dominados." Praticamente, uma semana depois dessa aliana, no domingo, 13 de agosto, mais ou menos ao meio dia, numa reunio onde se celebrava a Ceia do Senhor, mudanas comearam a acontecer. Nessa reunio, o poder e a bno de Deus vieram de forma poderosa. Tanto o grupo quanto o pastor caram juntos, no p, diante de Deus. E tal era a conscincia da presena, que ningum se levantou para ir embora. Todos permaneceram prostrados at a meia noite, tomados em orao e cntico, choro e splicas. Nessa reunio, o Senhor Jesus lhes apareceu como Cordeiro, levado ao matadouro, traspassado pelas suas transgresses e modo pelas suas iniquidades (Is 53.7,5).Na presena do Senhor, eles se sentiram muito pecadores e tambm muito felizes por causa da graa de Deus, que os trouxe salvao. Suas controvrsias e rixas foram silenciadas; suas paixes e orgulho foram crucificados. Tudo isso aconteceu enquanto fitavam atentamente s agonias do Cordeiro de Deus, crucificado em favor dos homens. A orao os uniu. Assim, no dia 26 de agosto, eles comearam a orar. Eles entenderam que, da mesma maneira como nunca se havia permitido que o fogo sagrado se apagasse no altar (Lv 6.12, 13), eles, que eram o templo do Deus vivo, jamais deveriam deixar que o fogo da orao deixasse de subir a Deus como um incenso santo (1 Co 3.16; 1 Ts 5.17; Ap 8.3,4). Nesse pensamento, 24 irmos e 24 irms iniciaram uma reunio de orao que tivesse a durao de 24 horas por dia. Essa reunio de orao comeou no dia 26 de agosto de 1727 e terminou somente depois de 26 de agosto de 1827. Foram mais de 100 anos de orao ininterrupta. Aquelas pessoas se revezaram em orao e oraram por mais de 100 anos! Durante esse tempo, o zelo evangelstico cresceu de tal maneira que em vinte cinco anos eles enviaram mais missionrios que todas as igrejas protestantes juntas.Em todo tempo, os morvios encontraram incentivo no texto de Isaas 53.3-12. Eles faziam do sofrimento do Senhor o impulso e fonte de toda a sua atividade. De fato, dessa profecia eles tiraram o seu "brado de guerra" missionrio: "Conquistar para o Cordeiro que foi morto a recompensa dos Seus sofrimentos".Que o Senhor nos abenoe e nos use para trazer impacto nossa gerao! Amm*A histria dos MorviosOs morvios so os habitantes eslavos da moderna Morvia, a parte mais oriental da Repblica Tcheca. Eles falam dialetos morvios da lngua tcheca e so nos dias de hoje considerados um ramo dos tchecos. A questo "ser que os morvios fazem parte da nao tcheca ou no?" ainda viva para alguns grupos da Morvia. Alguns morvios declaram etnicidade separada. Contudo, o problema quase no tem dimenso poltica e para a maioria da populao a questo da lngua morvia ou de uma nao morvia puramente folclrica. Uma razo para disputas, pode vir do fato de que, por razes histricas distantes, a expresso em tcheco utilizada para tchecos e bomios era a mesma: ech. Ento teoricamente pode no estar claro a que povo a expresso se referia quando utilizada. Poderiam se referir a bomios, morvios, e s vezes at a silsios quando citado.O avivamentoOs morvios foram um dos grupos que mais trouxe impacto ao mundo. A vida que eles tinham com Deus mudou o curso de toda a histria. O mundo estava experimentando uma frieza religiosa. O pensamento racionalista havia invadido as escolas e as igrejas. Os pregadores haviam tornado as suas mensagens muito dogmticas e estreis. Tudo eram debates. Todos queriam apresentar os seus conhecimentos intelectuais. Havia muitos que conheciam coisas acerca de Deus. Mas eram raros os que conheciam a Deus. Por causa disso, por causa desse desconhecimento de Deus, diversas revolues sangrentas aconteceram no sculo XVIII. Uma dessas revolues foi a revoluo francesa. Muitas pessoas morreram injustamente na Frana. Sem dvida, quando o homem tira os seus olhos de Deus, a carne e o pecado comeam a aparecer, trazendo destruio e misria. E foi nesse tempo de crise, de racionalismo, de frieza espiritual, que Deus levantou os morvios. De fato, Deus, por sua misericrdia, sempre levanta pessoas nos momentos turbulentos da histria. Os morvios eram pessoas que estavam escapando da sua terra em consequncia de uma terrvel guerra, a guerra dos trinta anos.Todos eles eram protestantes. Todos eles eram evanglicos. Contudo, como ns falamos nos dias de hoje, eles eram de denominaes diferentes. Uns eram hussitas, outros calvinistas e ainda outros luteranos. Contudo, todos eles foram para o mesmo lugar. Eles foram morar nas terras de um conde muito rico, chamado Zinzendorf. Nessas terras eles estabeleceram a comunidade de Herrnhut, que significa, "redil do Senhor". Entretanto, no princpio, esses refugiados de guerra tinham muitas rivalidades entre si. Cada qual tentava impor ao outro a sua forma de pensar. Cada um tentava apresentar ao outro os seus conhecimentos intelectuais. E as suas prprias paixes religiosas os estavam destruindo mutuamente.Mas no dia 5 de agosto de 1727, depois de um perodo de orao, eles resolveram fazer uma aliana fraternal. Eles decidiram no mais criar debates e confuses. Eles decidiram enfatizar apenas os pontos em que concordassem e no os que divergiam entre si. Sobre esse dia, no dirio deles est escrito: "Neste dia, o Conde fez uma aliana com o Senhor. Os irmos prometeram, um por um, que seriam verdadeiros seguidores do Salvador. Vontade prpria, amor prprio, desobedincia - eles se despediriam de tudo isso. Procurariam ser pobres de esprito. Ningum deveria buscar o prprio interesse. Cada um se entregaria para ser ensinado pelo Esprito Santo. Pela operao poderosa da graa de Deus, todos foram no somente convencidos, mas arrastados e dominados." Praticamente, uma semana depois dessa aliana, no domingo, 13 de agosto, mais ou menos ao meio dia, numa reunio onde se celebrava a Ceia do Senhor, mudanas comearam a acontecer. Nessa reunio, o poder e a bno de Deus vieram de forma poderosa. Tanto o grupo quanto o pastor caram juntos, no p, diante de Deus. E tal era a conscincia da presena, que ningum se levantou para ir embora. Todos permaneceram prostrados at a meia noite, tomados em orao e cntico, choro e splicas. Nessa reunio, o Senhor Jesus lhes apareceu como Cordeiro, levado ao matadouro, traspassado pelas suas transgresses e modo pelas suas iniquidades (Is 53.7,5).Na presena do Senhor, eles se sentiram muito pecadores e tambm muito felizes por causa da graa de Deus, que os trouxe salvao. Suas controvrsias e rixas foram silenciadas; suas paixes e orgulho foram crucificados. Tudo isso aconteceu enquanto fitavam atentamente s agonias do Cordeiro de Deus, crucificado em favor dos homens. A orao os uniu. Assim, no dia 26 de agosto, eles comearam a orar. Eles entenderam que, da mesma maneira como nunca se havia permitido que o fogo sagrado se apagasse no altar (Lv 6.12, 13), eles, que eram o templo do Deus vivo, jamais deveriam deixar que o fogo da orao deixasse de subir a Deus como um incenso santo (1 Co 3.16; 1 Ts 5.17; Ap 8.3,4). Nesse pensamento, 24 irmos e 24 irms iniciaram uma reunio de orao que tivesse a durao de 24 horas por dia. Essa reunio de orao comeou no dia 26 de agosto de 1727 e terminou somente depois de 26 de agosto de 1827. Foram mais de 100 anos de orao ininterrupta. Aquelas pessoas se revezaram em orao e oraram por mais de 100 anos! Durante esse tempo, o zelo evangelstico cresceu de tal maneira que em vinte cinco anos eles enviaram mais missionrios que todas as igrejas protestantes juntas.Em todo tempo, os morvios encontraram incentivo no texto de Isaas 53.3-12. Eles faziam do sofrimento do Senhor o impulso e fonte de toda a sua atividade. De fato, dessa profecia eles tiraram o seu "brado de guerra" missionrio: "Conquistar para o Cordeiro que foi morto a recompensa dos Seus sofrimentos".Que o Senhor nos abenoe e nos use para trazer impacto nossa gerao! Amm*CONVERSO DE JOHN WESLEYEm 1736, um grupo de morvios estava viajando num navio com destino Amrica. Dois jovens ingleses, missionrios anglicanos, estavam no mesmo navio. Sobreveio sobre eles um terrvel temporal e era iminente um naufrgio. Leiamos o que um dos jovens, John Wesley escreveu no seu dirio a respeito desse acontecimento:s sete horas fui procurar os morvios. Eu havia observado h muito a profunda seriedade do seu comportamento. Davam provas incessantes da sua verdadeira humildade em fazer aquelas tarefas servis para os demais passageiros que nenhum de ns suportaria; eles procuravam nos servir dessa forma e rejeitavam qualquer remunerao, dizendo que era bom para os seus coraes orgulhosos e que o seu querido Salvador havia feito muito mais que isso por eles.Cada dia que passava lhes dava oportunidade de demonstrar uma meiguice que nenhuma injria poderia desafiar. Se algum os empurrasse, batesse ou jogasse no cho, eles se levantavam e saam; mas nunca se ouviu qualquer queixa ou resposta nas suas bocas. Agora se apresentaria uma oportunidade de ver se eles eram isentos do esprito de medo da mesma forma que o eram do esprito de orgulho, ira e vingana.No meio do salmo com que iniciaram a sua reunio, o mar se ergueu, despedaou a vela mestra, inundou o navio e as guas vieram jorrando sobre o convs como se um grande abismo estivesse nos engolindo. Irromperam-se terrveis gritos e uivos entre ns. Os morvios, porm continuavam a cantar tranqilamente.Perguntei para um deles depois: "Voc no estava com medo? Ele respondeu: Graas a Deus, no. Perguntei ainda: "Mas no estavam amedrontadas as mulheres e crianas?" Ele respondeu brandamente: "No, nossas mulheres e crianas no tm medo da morte."Quando ele voltou Inglaterra, escreveu:Eu fui Amrica para converter os ndios; mas quem h de me converter? Quem que me libertar deste corao mau de incredulidade? Tenho uma religio "de tempo bom". Sei falar bem; sim, e tenho confiana em mim mesmo quando no h perigo ao meu lado; mas venha a morte me enfrentar e meu esprito j se perturba. Nem posso dizer: "O morrer lucro!"Em Londres, Wesley procurou o conselho de um missionrio morvio, Peter Bohler, e logo aps, converteu-se. Em menos de trs semanas, ele estava viajando para a Alemanha para conhecer o Conde Zinzendorf e passar um perodo de tempo em Herrnhut.A VIDA DO CONDE ZINZENDORFO Conde Zinzendorf, preparado to maravilhosamente por Deus para treinar e guiar a jovem igreja no caminho missionrio, era marcado acima de tudo por um tenro, simples e apaixonado amor para o nosso Senhor Jesus. Convertido com a idade de quatro anos, ele escreveu naquela poca: " Querido Salvador, s meu e eu serei Teu". Ele escolheu como o lema da sua vida:"Tenho apenas uma paixo. Jesus, Jesus somente".O amor expirante do Cordeiro de Deus havia conquistado e enchido o seu corao; o amor que levou Jesus a morrer pelos pecadores havia entrado na sua vida. Ele no tinha outro alvo a no ser viver e, se preciso, morrer tambm por esses pecadores.Quando ele se encarregou de cuidar dos morvios, aquele amor foi o nico motivo ao qual ele recorria, o nico poder no qual ele confiava, o nico alvo para o qual ele procurava conquistar as suas vidas. 0 que o ensinamento, argumentos e disciplina nunca alcanariam, necessrios e produtivos como fossem, o amor de Cristo realizou! Fundiu todos em um s Corpo; implantou em todos o desejo de abandonar tudo que fosse pecado Inspirou a todos com o anseio de testificar de Jesus. Disps muitos a sacrificar tudo -- a fim de tornar aquele amor conhecido a outros, alegrando dessa forma o corao de Jesus.O Conde Zinzendorf aprendera cedo o segredo da orao eficaz. Ele foi to diligente em estabelecer crculos de orao que quando deixou o colgio de Halle, aos dezesseis anos de idade, entregou ao professor Francke uma lista de sete grupos de orao.CARACTERSTICAS DOS MORVIOSE os seguidores que Deus havia dado a Zinzendorf ? O que havia neles que os capacitava a tomarem a liderana das igrejas da Reforma ? Em primeiro lugar, havia aquele desprendimento e desligamento do mundo e das suas esperanas, o poder de perseverana e resistncia, a confiana simples em Deus que a aflio e perseguio so destinadas a produzir. Esses homens eram literalmente estrangeiros e peregrinos na terra. Eram imbudos do pensamento e Esprito de sacrifcio. Haviam aprendido a suportar dureza e dificuldades e a olhar para Deus em cada problema.Em cada detalhe das suas vidas -- no negcio, no lazer, no servio cristo, nos deveres civis -- tomavam o Sermo da Montanha como lmpada para os seus ps. Consideravam o servir a Deus como o nico motivo da vida e faziam todas as demais coisas ocuparem um plano de segunda importncia. Seus ministros e presbteros deveriam supervisionar o rebanho rara averiguar se todos estavam realmente vivendo para a glria de Deus. Todos deveriam formar uma nica irmandade, auxiliando e encorajando-se mutuamente numa vida sossegada e piedosa.No entanto havia algo mais que isso que emprestava comunho desses irmos seu poder to maravilhoso. Era a intensidade da sua devoo e dedicao coletiva e individual a Jesus Cristo, como Cordeiro de Deus que os comprara com o Seu sangue.Toda a sua correo uns dos outros e a sua confisso voluntria do pecado com o abandono do mesmo, vieram dessa f no Cristo vivo, atravs do qual acharam na seu corao a paz de Deus e a libertao do poder do pecado.Essa mesma f os levava a aceitar, e a zelosamente guardar, sua posio de pobres pecadores, salvos pela Sua graa, dia a dia. Essa f, cultivada e fortalecida diariamente pela comunho na palavra, no cntico e na orao, transformou-se no alvo das suas vidas. Essa f os enchia com tanto gozo que seus coraes regozijavam no meio das maiores dificuldades, na certeza triunfante de que seu Jesus, o Cordeiro que morrera por eles, e que agora estava amando-os, salvando-os e guardando-os, minuto por minuto, poderia tambm conquistar o corao mais endurecido e estava disposto a abenoar at mesmo o mais vir pecador.Em 1741 ocorreu algo que completou a organizao da Igreja dos Irmos e que selou a sua caracterstica central -- a devoo ao Senhor Jesus. Leonardo Dober havia sido por alguns anos o principal presbtero da igreja. Ele e alguns outros sentiam que seus dons peculiares o capacitavam mais para outro tipo de ministrio.No entanto, medida que os irmos do snodo olhavam em redor, sentiam que seria difcil em extremo encontrar uma pessoa capaz de tomar o seu lugar. No mesmo instante veio o pensamento a muitos que poderiam pedir ao Salvador para ser o Presbtero Principal da sua pequenina igreja, e como resposta orao, receberam a confiana de que Ele aceitara o cargo.Seu nico desejo era que Ele fizesse tudo que o presbtero principal fazia at aquela data -- que Ele os tomasse como a Sua propriedade peculiar, que Ele Se preocupasse com cada membro individualmente, e cuidasse de todas as suas necessidades. Prometeram am-Lo e honr-Lo, dar-Lhe a confiana dos seus coraes, e como crianas, ser guiados pela Sua mente e vontade.Era uma nova e aberta confisso do lugar que sempre haviam desejado que Cristo ocupasse, no s na sua teologia e vidas pessoais, mas especialmente na Sua igreja. A igreja havia chegado agora a maioridade.CONCLUSOA histria da igreja dos morvios foi contada como um exemplo. Nos primeiros vinte anos da sua existncia ela realmente enviou maior nmero de missionrios que toda a Igreja Protestante no mesmo perodo. Ela somente, entre todas as igrejas, procurou realmente viver a verdade: "que congregar a Cristo as almas pelas quais Ele morreu para salvar o nico objetivo pela qual a Igreja existe". Ela somente procurou ensinar e treinar cada um dos seus membros a considerar como seu primeiro dever para com Aquele que os amou: doar a sua vida para torn-Lo conhecido a outros.Podemos identificar quatro princpios bsicos ensinados pelo Esprito Santo nesta poca da Sua grande operao:1. Que a igreja existe para estender o Reino de Deus em toda a terra.2. Que cada membro deve ser treinado e preparado para participar deste propsito glorioso.3. Que a experincia ntima do amor de Cristo o poder que capacita para este fim.4. Que a orao o segredo, a fonte, de tudo isto.A graa total do nosso Senhor Jesus Cristo foi transmitida aos irmos morvios atravs de uma revelao do sangue do expirante Cordeiro de Deus. O resultado foi o fogo do Esprito Santo, incendiando as suas vidas numa "dedicao total" para a evangelizao do mundo.Orao organizada, intensiva e perseverante trar hoje os mesmos resultados que trouxe naquela poca.Que o Esprito Santo, nestes dias de restaurao em que estamos vivendo, faa-nos arder de amor e paixo pelo Senhor Jesus, e transforme-nos numa igreja gloriosa que O manifeste plenamente; e que assim os pecadores se convertam e se unam a esta comunho de amor de Deus Pai que temos no Seu Filho Jesus Cristo.

CONVERSO DE JOHN WESLEYEm 1736, um grupo de morvios estava viajando num navio com destino Amrica. Dois jovens ingleses, missionrios anglicanos, estavam no mesmo navio. Sobreveio sobre eles um terrvel temporal e era iminente um naufrgio. Leiamos o que um dos jovens, John Wesley escreveu no seu dirio a respeito desse acontecimento:s sete horas fui procurar os morvios. Eu havia observado h muito a profunda seriedade do seu comportamento. Davam provas incessantes da sua verdadeira humildade em fazer aquelas tarefas servis para os demais passageiros que nenhum de ns suportaria; eles procuravam nos servir dessa forma e rejeitavam qualquer remunerao, dizendo que era bom para os seus coraes orgulhosos e que o seu querido Salvador havia feito muito mais que isso por eles.Cada dia que passava lhes dava oportunidade de demonstrar uma meiguice que nenhuma injria poderia desafiar. Se algum os empurrasse, batesse ou jogasse no cho, eles se levantavam e saam; mas nunca se ouviu qualquer queixa ou resposta nas suas bocas. Agora se apresentaria uma oportunidade de ver se eles eram isentos do esprito de medo da mesma forma que o eram do esprito de orgulho, ira e vingana.No meio do salmo com que iniciaram a sua reunio, o mar se ergueu, despedaou a vela mestra, inundou o navio e as guas vieram jorrando sobre o convs como se um grande abismo estivesse nos engolindo. Irromperam-se terrveis gritos e uivos entre ns. Os morvios, porm continuavam a cantar tranqilamente.Perguntei para um deles depois: "Voc no estava com medo? Ele respondeu: Graas a Deus, no. Perguntei ainda: "Mas no estavam amedrontadas as mulheres e crianas?" Ele respondeu brandamente: "No, nossas mulheres e crianas no tm medo da morte."Quando ele voltou Inglaterra, escreveu:Eu fui Amrica para converter os ndios; mas quem h de me converter? Quem que me libertar deste corao mau de incredulidade? Tenho uma religio "de tempo bom". Sei falar bem; sim, e tenho confiana em mim mesmo quando no h perigo ao meu lado; mas venha a morte me enfrentar e meu esprito j se perturba. Nem posso dizer: "O morrer lucro!"Em Londres, Wesley procurou o conselho de um missionrio morvio, Peter Bohler, e logo aps, converteu-se. Em menos de trs semanas, ele estava viajando para a Alemanha para conhecer o Conde Zinzendorf e passar um perodo de tempo em Herrnhut.A VIDA DO CONDE ZINZENDORFO Conde Zinzendorf, preparado to maravilhosamente por Deus para treinar e guiar a jovem igreja no caminho missionrio, era marcado acima de tudo por um tenro, simples e apaixonado amor para o nosso Senhor Jesus. Convertido com a idade de quatro anos, ele escreveu naquela poca: " Querido Salvador, s meu e eu serei Teu". Ele escolheu como o lema da sua vida:"Tenho apenas uma paixo. Jesus, Jesus somente".O amor expirante do Cordeiro de Deus havia conquistado e enchido o seu corao; o amor que levou Jesus a morrer pelos pecadores havia entrado na sua vida. Ele no tinha outro alvo a no ser viver e, se preciso, morrer tambm por esses pecadores.Quando ele se encarregou de cuidar dos morvios, aquele amor foi o nico motivo ao qual ele recorria, o nico poder no qual ele confiava, o nico alvo para o qual ele procurava conquistar as suas vidas. 0 que o ensinamento, argumentos e disciplina nunca alcanariam, necessrios e produtivos como fossem, o amor de Cristo realizou! Fundiu todos em um s Corpo; implantou em todos o desejo de abandonar tudo que fosse pecado Inspirou a todos com o anseio de testificar de Jesus. Disps muitos a sacrificar tudo -- a fim de tornar aquele amor conhecido a outros, alegrando dessa forma o corao de Jesus.O Conde Zinzendorf aprendera cedo o segredo da orao eficaz. Ele foi to diligente em estabelecer crculos de orao que quando deixou o colgio de Halle, aos dezesseis anos de idade, entregou ao professor Francke uma lista de sete grupos de orao.CARACTERSTICAS DOS MORVIOSE os seguidores que Deus havia dado a Zinzendorf ? O que havia neles que os capacitava a tomarem a liderana das igrejas da Reforma ? Em primeiro lugar, havia aquele desprendimento e desligamento do mundo e das suas esperanas, o poder de perseverana e resistncia, a confiana simples em Deus que a aflio e perseguio so destinadas a produzir. Esses homens eram literalmente estrangeiros e peregrinos na terra. Eram imbudos do pensamento e Esprito de sacrifcio. Haviam aprendido a suportar dureza e dificuldades e a olhar para Deus em cada problema.Em cada detalhe das suas vidas -- no negcio, no lazer, no servio cristo, nos deveres civis -- tomavam o Sermo da Montanha como lmpada para os seus ps. Consideravam o servir a Deus como o nico motivo da vida e faziam todas as demais coisas ocuparem um plano de segunda importncia. Seus ministros e presbteros deveriam supervisionar o rebanho rara averiguar se todos estavam realmente vivendo para a glria de Deus. Todos deveriam formar uma nica irmandade, auxiliando e encorajando-se mutuamente numa vida sossegada e piedosa.No entanto havia algo mais que isso que emprestava comunho desses irmos seu poder to maravilhoso. Era a intensidade da sua devoo e dedicao coletiva e individual a Jesus Cristo, como Cordeiro de Deus que os comprara com o Seu sangue.Toda a sua correo uns dos outros e a sua confisso voluntria do pecado com o abandono do mesmo, vieram dessa f no Cristo vivo, atravs do qual acharam na seu corao a paz de Deus e a libertao do poder do pecado.Essa mesma f os levava a aceitar, e a zelosamente guardar, sua posio de pobres pecadores, salvos pela Sua graa, dia a dia. Essa f, cultivada e fortalecida diariamente pela comunho na palavra, no cntico e na orao, transformou-se no alvo das suas vidas. Essa f os enchia com tanto gozo que seus coraes regozijavam no meio das maiores dificuldades, na certeza triunfante de que seu Jesus, o Cordeiro que morrera por eles, e que agora estava amando-os, salvando-os e guardando-os, minuto por minuto, poderia tambm conquistar o corao mais endurecido e estava disposto a abenoar at mesmo o mais vir pecador.Em 1741 ocorreu algo que completou a organizao da Igreja dos Irmos e que selou a sua caracterstica central -- a devoo ao Senhor Jesus. Leonardo Dober havia sido por alguns anos o principal presbtero da igreja. Ele e alguns outros sentiam que seus dons peculiares o capacitavam mais para outro tipo de ministrio.No entanto, medida que os irmos do snodo olhavam em redor, sentiam que seria difcil em extremo encontrar uma pessoa capaz de tomar o seu lugar. No mesmo instante veio o pensamento a muitos que poderiam pedir ao Salvador para ser o Presbtero Principal da sua pequenina igreja, e como resposta orao, receberam a confiana de que Ele aceitara o cargo.Seu nico desejo era que Ele fizesse tudo que o presbtero principal fazia at aquela data -- que Ele os tomasse como a Sua propriedade peculiar, que Ele Se preocupasse com cada membro individualmente, e cuidasse de todas as suas necessidades. Prometeram am-Lo e honr-Lo, dar-Lhe a confiana dos seus coraes, e como crianas, ser guiados pela Sua mente e vontade.Era uma nova e aberta confisso do lugar que sempre haviam desejado que Cristo ocupasse, no s na sua teologia e vidas pessoais, mas especialmente na Sua igreja. A igreja havia chegado agora a maioridade.CONCLUSOA histria da igreja dos morvios foi contada como um exemplo. Nos primeiros vinte anos da sua existncia ela realmente enviou maior nmero de missionrios que toda a Igreja Protestante no mesmo perodo. Ela somente, entre todas as igrejas, procurou realmente viver a verdade: "que congregar a Cristo as almas pelas quais Ele morreu para salvar o nico objetivo pela qual a Igreja existe". Ela somente procurou ensinar e treinar cada um dos seus membros a considerar como seu primeiro dever para com Aquele que os amou: doar a sua vida para torn-Lo conhecido a outros.Podemos identificar quatro princpios bsicos ensinados pelo Esprito Santo nesta poca da Sua grande operao:1. Que a igreja existe para estender o Reino de Deus em toda a terra.2. Que cada membro deve ser treinado e preparado para participar deste propsito glorioso.3. Que a experincia ntima do amor de Cristo o poder que capacita para este fim.4. Que a orao o segredo, a fonte, de tudo isto.A graa total do nosso Senhor Jesus Cristo foi transmitida aos irmos morvios atravs de uma revelao do sangue do expirante Cordeiro de Deus. O resultado foi o fogo do Esprito Santo, incendiando as suas vidas numa "dedicao total" para a evangelizao do mundo.Orao organizada, intensiva e perseverante trar hoje os mesmos resultados que trouxe naquela poca.Que o Esprito Santo, nestes dias de restaurao em que estamos vivendo, faa-nos arder de amor e paixo pelo Senhor Jesus, e transforme-nos numa igreja gloriosa que O manifeste plenamente; e que assim os pecadores se convertam e se unam a esta comunho de amor de Deus Pai que temos no Seu Filho Jesus Cristo.

CAP 11 - HISTRIA DAS IGREJAS CRISTSCAPTULO X - BA HISTRIA DAS IGREJAS ERRADAS APS A EXCLUSOA IGREJA ADVENTISTA DO STIMO DIAOS TESTEMUNHAS DE JEOVA ORIGEM DA IGREJA ADVENTISTA DO STIMO DIAA Igreja adventista tem duas origens distintas. A primeira est ligada ao nome ADVENTISTA. No era para ser uma nova igreja, mas era uma crena na segunda vinda de Cristo pregada pelo pastor Guilherme Miller. A segunda est ligada ao nome Stimo Dia, totalmente contrria a f de Miller e implantado por uma mulher chamada Ellen G. White.A crena do adventismo foi iniciada em 1818, por Guilherme Miller, um fazendeiro americano. Sua famlia foi toda batista. Havia entre seus primos alguns que eram pastores batistas. Mesmo assim desviou-se em 1810, e s regressou depois de ter servido o exercito em 1814. Ao aceitar Jesus mergulhou ele num profundo exame da Bblia. Atraram-no particularmente as passagens de Daniel e do Apocalipse, levando-o a investigar a data mais provvel do fim do mundo.J em 1818, fixara Miller a data do fim do mundo (ou advento, de onde vem o nome adventistas), para o ano de 1843. Diz ter ouvido uma voz interior que lhe insistiu: "V e di-lo ao mundo". Desde ento, ajudado por muitas igrejas batistas, metodistas e congregacionais, proclamava o ADVENTO. Pregou o advento durante dez anos por toda a costa oriental dos EUA. Muitos de seus ouvintes comearam a pregar tambm. Assim o advento se espalhou como uma febre epidmica.Pessoas houve que comearam a preparar o vesturio para o dia da ascenso. Passando o ano de 1843 sem o fim do mundo, o profeta Miller marcou-o para o dia 21 de Maro de 1844. Neste dia, milhares de pessoas, vestidas de branco, passaram a noite toda esperando Jesus. Foram decepcionados. Miller descobriu que estava errado. Voltou a sua congregao e pediu desculpas por to grave erro. At voltou a ser um pastor batista. Infelizmente o mesmo no se deu com alguns de seus seguidores, que a partir de 1844, formaram o movimento do ADVENTISMO.De 1844 a 1860, os seguidores de Miller, sendo uma boa porcentagem deles batistas excludos, foram conhecidos apenas como adventistas. Continuaram na insistncia por datas. Quase uma por ano at o ano de 1877.Entre os fiis seguidores de Miller estava a senhora Ellen G. White, que, depois de ver fracassadas outras tentativas de marcao de datas, afirmou ter tido vises dos cus que lhe revelara toda a verdade. Afirmava ela que o santurio de Daniel 8,13-14, est no cu e no na terra. Cristo teria vindo em 22 de Outubro de 1844 a esse santurio celestial. A prxima viso de Ellen foi sobre a guarda do sbado, de onde surgiu o complemento do nome Adventista do Stimo Dia. Diz a Sra. White que teve uma viso havia onde uma arca no cu e nela estavam escritos os dez mandamentos. Dos mandamentos se destacava o quarto, porque se apresentava dentro de um circulo de luz. Entendeu ela que esse mandamento precisava receber maior ateno que os outros. Sua mensagem foi aceita pelos membros do adventismo e foi assim que surgiu a Igreja Adventista do Stimo Dia.A ORIGEM DOS TESTEMUNHAS DE JEOVEsta seita foi formada por um homem que sentia verdadeiro dio pelas comunidades crists. Seu nome era Charles Taze Russel, nascido na Pensilvania em 1852. De origem presbiteriana, passou pela igreja Congregacional e se tornou membro da nova seita, a dos adventistas do stimo dia. Durante muito tempo foi um verdadeiro f do adventismo. Tomando o seu prprio caminho, comeou a fazer estudos bblicos semanais com um grupo composto inclusive de pessoas de outras igrejas evanglicas. No demorou muito, lanou sua prpria profecia, em ntida semelhana ao fundador do adventismo: "A segunda vinda de Cristo se daria em 1914".Logo comeou a discordar de muitos pontos doutrinrios dos adventistas e, em 1872, reunindo alguns simpatizantes de suas idias, comeou a organizar o movimento que hoje conhecido como "Testemunhas de Jeov". Antes desse nome tiveram muitos outros. Somente entre os anos de 1917 a 1926, mudaram suas doutrinas nada menos que 148 vezes. Nem que Jesus Deus. Dizem que o Espirito Santo no uma pessoa inteligente. Jesus era o arcanjo Miguel. No existe inferno, alm muitas outras heresias que s eles mesmos para acreditar. Pior. Como tudo que errado tendem a crescer cada vez mais.

CAP 10 - HISTRIA DAS IGREJAS CRISTSCAPTULO X - AA HISTRIA DAS IGREJAS ERRADAS APS A EXCLUSOOs CatlicosOs ProtestantesComo dissemos a histria das igrejas erradas diferem muito da histria das igrejas fiis. Assim como os fiis que foram apelidados de "anabatistas" elas tambm tiveram um apelido. Foram conhecidos por Catlicos.O Catolicismo OriginalEm nosso pas se conhece apenas o catolicismo romano. No entanto ele no o nico nem primeiro. O catolicismo primitivo foi uma organizao eclesistica a qual pertenciam vrias igrejas. Estas igrejas estavam espalhadas por todo o Imprio Romano. Aps a morte dos apstolos muitas igrejas sofreram a influencia maligna do paganismo. Seus membros, instigados pelos falsos pastores, foram vtimas de ensinamentos errados a respeito da autoridade de Cristo sobre sua igreja e tambm a respeito de como se chegar at o cu. Tais pastores desviaram grandes igrejas sendo que muitas delas um dia foram grandes baluartes da f. A prpria igreja de Roma um exemplo. O apstolo Paulo chegou a escrever uma carta a esta igreja. Porm, devido ao mau uso do plpito, os falsos pastores desviaram completamente o rebanho, Devido terem aceitado heresias estas igrejas foram excludas pelas igrejas fiis em 225.Igreja Catlica significa "Igreja Universal". E apesar deste apelido ter sido usado pela primeira vez em 170 pelo bispo de Cartago, referindo-se a todas as igrejas crists, ela no tinha a idealizao que tem hoje. Este nome comeou a ganhar fora a partir de 313 quando as igrejas erradas aceitaram ser servas do imperador. A sim ficou decidido que a igreja tinha que ser Universal. Tornou-se to Universal que quem no pertencesse a ela seria punido com a morte. Este pensamento fez com que estas igrejas enchessem suas fileiras de pessoas no convertidas. Em algumas pocas a converso chegou a ser nacional e no pessoal. Se o rei do pas tornasse catlico ele obrigava todo seu povo a ser catlico tambm. O evangelho a partir de 313 deixou de ser proposto para ser imposto sobre todos os moradores do Imprio Romano.O catolicismo original contava com cinco patriarcados (ou igrejas mais importantes). Eram eles: Jerusalm, Roma, Constantinopla, Antioquia e Alexandria. Estas cinco igrejas brigavam entre si para ver qual delas teria a primazia sobre as demais. Esse quadro comeou a mudar com o advento do islamismo. A nova religio praticamente destruiu a importncia de trs patriarcados: Jerusalm, Antioquia e Alexandria. Isso polarizou o catolicismo em duas grandes correntes. A corrente grega reunia sobre sua autoridade as igrejas do Oriente e foram lideradas pela igreja de Constantinopla. J a corrente latina reunia sobre a sua autoridade as igrejas do ocidente e foram lideradas pela igreja de Roma. Essas duas igrejas foram rivais at o sculo IX. Nesse tempo o catolicismo se dividiu.A Diviso do CatolicismoNo ano de 869 os bispos de Roma e Constantinopla tiveram um grande atrito entre eles. No final da confuso os pastores de Roma e Constantinopla se excomungaram mutuamente. Desde este dia estas duas igrejas se separaram e at hoje existe dois tipos de Catolicismo. O Catolicismo Oriental - representado pelas igrejas de rito grego - tambm chamado de Igreja Ortodoxa Grega; e o Catolicismo Ocidental - representado pelas igrejas de rito latino - tambm conhecido como Igreja Catlica Apostlica Romana.Algumas Diferenas dos Dois CatolicismosA infalibilidade papal e a supremacia universal da jurisdio de Roma constituem a diferena essencial, que a igreja ortodoxa no admite, pois ferem a santa escritura;A sagrada escritura e a santa tradio representam o mesmo valor como fonte de revelao, segundo a igreja ortodoxa. A romana, no entanto, considera a tradio mais importante que a sagrada escritura.A virgem Maria, igual as demais criaturas, foi concebida em estado de pecado original. A igreja romana, em 1854, proclamou o dogma de f a Imaculada conceio da Virgem Maria.Os sacerdotes ortodoxos podem optar livremente entre o celibato e o matrimonio.A Igreja Ortodoxa s admite cones nos templos e o batismo por imerso - mas infantil.Na Igreja ortodoxa no existem as devoes ao sagrado corao de Jesus, Corpus Christi, Via Crucis, Rosrio, Cristo Rei, Imaculada Conceio, Corao de Maria entre outras.Na igreja ortodoxa o chefe principal chamado de Patriarca e ele deve-se submeter a deciso do Santo Snodo Ecumnico, que compe todos os patriarcas chefes das Igrejas Autnomas.Na Igreja Romana o chefe principal chamado de Papa e a ele se submete toda igreja.A igreja Ortodoxa segue o ritmo do Catolicismo original compondo-se de diversas igrejas autnomas e nacionais (Ex. Igreja da Rssia, Igreja da Armnia, Igreja Copta). J a igreja Romana considera-se uma igreja Una, sendo ela me e no igual a todas as outras igrejas.A Igreja Catlica Realmente Precisava ser excluda em 225?Pode parecer maldade das igrejas fiis o fato de terem excludos de sua comunho as igrejas erradas em 225. Mas os fatos que se sucederam mostraram que as igrejas fiis realmente tinham razo.A primeira razo est no esprito que as movia. No era o esprito de Deus. Seus pastores geralmente eram homens cruis e sanguinrios. Os papas foram os maiores perseguidores das igrejas fiis que o mundo conheceu. Por mais de 1300 anos perseguiram e mataram cruelmente os membros das igrejas fiis. Com a introduo do batismo infantil seus membros acabaram todos sendo cristos sem precisarem se converter de seus pecados.Na questo doutrinria os erros aumentam ainda mais. Os dois primeiros erros - formao da hierarquia e salvao pelo batismo- logo foram seguidos por muitos outros. Para que os brbaros, acostumados com os cultos s imagens, pudessem realmente serem atendidos pela igreja Catlica, muitos lideres eclesisticos entenderam ser necessrio materializar a liturgia. Surgiu a idolatria. A venerao de anjos, santos, relquia, imagens e esttuas foi uma conseqncia lgica deste procedimento. Os pagos, acostumados venerao de seus heris, quando vinham para a igreja catlica, pareceu-lhes natural substituir os seus heris pelos santos e lhes dar um status de semi-divindade. No tardou e em 590 j veneravam at relquias, cadveres, dentes, cabelos ou ossos dos considerados "santos". Aes de graas ou procisses de penitencia tornaram-se parte do culto a partir de 313. A oficializao do batismo infantil foi feita a partir de 370. Em 471 foi promulgado o dogma de que Maria me de Deus. Assim, por volta de 590 se desenvolveu rapidamente sua venerao. A doutrina da Imaculada Conceio s apareceu em 1854, e de sua miraculosa assuno em 1950.A cada ano que passa estas igrejas tornam-se cada vez mais longe das escrituras. Apesar de existir muita gente boa em suas fileiras impossvel algum que cumpra certo suas doutrinas chegar ao cu. No se pode servir a dois senhores.A ORIGEM DAS IGREJAS PROTESTANTESNo sculo XVI, por volta de 1500, a igreja Catlica Romana passou por uma crise interna que resultou na dissidncia de quase metade de seus fiis. Essa dissidncia foi chamada de "Reforma Protestante". Foi dessa reforma que surgiram as Igrejas Luterana, Presbiteriana, Anglicana e a Reformada da Holanda. Todas essas igrejas foram reformadas por padres ou com a ajuda de padres. Os mesmos j no agentavam tanta heresia e opresso que vinha do Catolicismo Romano. Certos absurdos como mariolatria, purgatrio, adorao de santos e imagens e as indulgencias, eram erros to graves, que mesmo um catlico bem informado no pode suportar.A ORIGEM DA IGREJA LUTERANAA primeira igreja protestante a surgir foi a Igreja Luterana. Esta igreja leva o nome e as caractersticas de seu fundador, Martinho Lutero. Lutero era um homem muito inteligente, porm agressivo. No concordava com a venda de indulgencias e outras heresias da igreja de Roma. Contudo nunca quis abandon-la. Sua vontade era reform-la.Em 1512 Lutero comeou a pregar contra a salvao pelas obras. Fez muitas conferencias confirmando que o justo iria viver da f. E nisso ele tinha razo. Em vrios sermes ele condenou a prtica da venda da indulgencia. Em 31 de Outubro de 1517 ouviram-se fortes marteladas na porta da Igreja de Wittenberg. Era Lutero condenando o Papa Leo X e seus legados numa bula de 95 teses. Entre estas teses, algumas eram especialmente desafiadoras:"Os pregadores de indulgencias erram quando declaram que o perdo do Papa livra o pecador da penitencia e assegura-lhe perdo"."Os que se julgam seguros da salvao pelas cartas do Papa, sero amaldioados eternamente , e na companhia de seus mestres."Por que o Papa no esvazia o purgatrio pelo amor?"Devido a essa bula Lutero foi excomungado pelo Papa em 1519. Mas, apoiado pelos imperadores regionais e pelo povo de muitas cidades alems, Lutero levou a afinco suas idias. Ao meio de muita confuso e guerras ele conseguiu reformar a igreja catlica na Alemanha em 1521. Essa igreja foi chamada de Luterana.Seus seguidores foram chamados de luteranos. Na Alemanha e em alguns outros pases do norte europeu ela se tornou a religio oficial do pais. A maioria das igrejas catlicas que existiam nesses pases - contanto os fiis, prdios e padres - simplesmente se tornaram luteranos. Geralmente as freiras se casaram com ex-padres. O termo missa foi conservado. As formas liturgicas de dirigir o a missa quase no mudou. O batismo infantil era uma lei que devia ser cumprida. A hierarquia continuava a mesma, sendo o primeiro chefe da igreja Luterana o prprio Lutero.A igreja luterana matou e perseguiu os batistas na Alemanha e em todos os pases que ela se tornou a igreja oficial do pas. No ano de 1525 Lutero ordenou a morte de mais de cem mil anabatistas no sul da Alemanha. Seu dio aos batistas estava fundamentado no fato que estes, por obedecerem a Bblia, nunca o aceitou como um servo de Deus.A ORIGEM DA IGREJA ANGLICANAEm 1531, o rei da Inglaterra, Henrique VIII, queria se divorciar de sua esposa para se casar com outra mulher. O Papa no autorizou o feito. Essa recusa aborreceu o rei, e ento ele, que chegou a ser inimigo da reforma proclamada de Lutero, reformou a Igreja Catlica na Inglaterra. Essa nova Igreja foi chamada de Anglicana (ou Episcopal). No princpio a nica coisa que diferia da Igreja Catlica era o fato de no ter papa. Depois, com o passar do tempo, os anglicanos adotaram muitos princpios de Calvino.Assim como os luteranos e os presbiterianos ela usa o erro do batismo infantil. Tambm possui uma hierarquia quase igual a do catolicismo. Devido as conquistas da Inglaterra sobre muitos pases, essa igreja foi muito favorecida. Est representada em quase todos os pases do mundo e muito forte onde a Inglaterra mantm o seu controle. A igreja Anglicana tem muitas filhas. A mais conhecida em nosso pas a Igreja Metodista.A Igreja Anglicana tornou-se to intolerante para com os batistas como foi o catolicismo. No Pais de Gales havia um grande nmero de batistas e por causa da perseguio quase todos tiveram que fugir para a Amrica. A perseguio dos anglicanos aos batistas durou at o ano de 1688. Grandes pastores como Tomas Hellys e John Bunyan fizeram histria devido a perseguio que o anglicanismo lhes moveu.A ORIGEM DA IGREJA PRESBITERIANAA Igreja Presbiteriana foi fundado por Joo Calvino. Ele foi um grande telogo no sentido terico, porm, um pssimo executor no sentido prtico. Assim como Lutero ele buscava uma reforma dentro da Catlica. No conseguindo acabou se rebelando, e, em 1541 formou uma igreja na cidade de Genebra, Sua. Essa igreja no princpio no tinha um nome definido, mas Joo Knox, um grande seguidor das idias de Calvino, chamou-a de PRESBITERIANA.Nesta cidade Genebra Calvino imps as suas ordenanas eclesisticas. Eram leis extremamente rgidas e severas. Ali o evangelho no era pregado mas ordenado aos cidados. Proibiu as diverses, as festas, os enfeites e as crticas ao seu governo. Aqueles que eram considerados infratores recebiam duros castigos, inclusive a morte na fogueira. Agindo dessa forma ele queimou feiticeiros, humanistas e batistas. Sua cidade era to santa que na hora de casar ele no quis uma membra de sua igreja. Casou-se com a viuva de um pastor anabatista.Como foi dito sua teologia era apenas terica. Calvino teve verdadeiro dio pelos batistas, pois os mesmos no aceitarem sua igreja como sendo uma igreja biblicamente correta. Os batistas viam na igreja Presbiteriana alguns erros que no podiam ser deixados de lado. O primeiro era o batismo infantil. O Segundo foi consistia dela ter se tornado uma religio do Estado. O terceiro foi a formao de uma hierarquia esquematizada em presbitrios.A Igreja Presbiteriana a religio Oficial da Esccia e est bem organizada em muitos pases do mundo inteiro. Hoje ela divide-se principalmente em Igrejas Nacionais (Ex. P. do Brasil) as Independentes, e as Renovadas.A ORIGEM DA IGREJA METODISTAMuito prximo do sculo XVIII nasceram trs meninos na Inglaterra. Eram eles: John Wesley, Carlos Wesley e George Whittfield. Estes trs se tornaram pais e fundadores de um movimento que mais tarde foi conhecido como metodismo.John Wesley se tornou pastor anglicano em 1728. Apesar disso s aceitou Jesus em 1538, ou seja, dez anos aps a sua converso. Em 1739 ele foi ser capelo nos EUA. Na viagem de navio, como uma tempestade lhes sobreveio, teve medo de morrer. Acabou notando que tinha no navio um grupo de pessoas que no temiam a morte. Esse grupo cantava e orava alegremente no momento da tempestade. Essas pessoas eram os Irmos Morvios (os mesmos que receberam a influencia dos paulicianos no sculo XII). John aprendeu muito com esse grupo e, provavelmente, foi por eles batizado.Neste mesmo ano John encontrou-se com George Whitfield. George convidou-o para participar de uma pregao ao ar livre. Carlos tambm se juntou ao grupo. Assim os trs iniciaram um reavivamento na igreja Anglicana. John Wesley nunca rompeu com a igreja da Inglaterra. Ele no queria formar uma nova religio. Contra sua vontade, no ano de 1784, formou-se a Igreja Metodista na cidade de Baltmore, nos EUA.Os metodistas nunca perseguiram os batistas. Na verdade o seu comeo est ligado a pessoas que realmente tiveram uma transformao em suas vidas. O erro desta igreja que conservaram o sistema Episcopal da Igreja Anglicana e o costume de batizar crianas.CAP 9 - HISTRIA DAS IGREJAS CRISTSCAPTULO IXOS BATISTASA histria dos batistas coincide com o final da histria anabatista do sculo XVI. Na verdade uma clara continuao das igrejas fiis desde os tempos apostlicos at hoje. Escritores h, que movidos de inveja, e at mesmo de uma certa ignorncia do caso, e outros, batistas, que no se importam com a origem de sua denominao, desejam dar aos batistas um comeo no sculo XVII. Para tanto distorcem a histria de algumas igrejas batistas, principalmente da Inglaterra, usando ora John Smith, ora Tomas Hellys como fundadores do movimento. Sinto em informar aos que concordam com essa idia que esto errados ou mal intencionados a respeito da origem e histria dos batistas.A ORIGEM DOS BATISTASPodamos simplificar e dizer que os batistas se originaram com os apstolos. E a pura verdade, pois, os apstolos foram batistas, ou seja, batizavam. Mas os batistas tem sua origem nas igrejas antes denominadas de "anabatistas". uma continuao do apelido. A nica coisa que muda o prefixo "ana", e este no caiu de uma hora para outra, foi um processo que levou quase cem anos para acontecer. A prova disso a declarao do bispo Hosius, no conclio de Trento que chamou os anabatistas de "batistas", j em 1554. E nos Estados Unidos, a Igreja Anabatista de Newport foi fundada em 1639, e dez anos depois mudaria seu nome para igreja batista de Newport. Portanto, so 85 anos de transio de um nome para o outro.O fundador da Igreja Batista foi Jesus Cristo. Continuada pelos apstolos ela teve uma grande ruptura em 225, quando as igrejas infiis precisaram ser excludas - que eram os catlicos romanos e ortodoxos. Outra ruptura veio em 313, quando muitas igrejas fiis aceitaram se unir com o Estado. Foram os batistas massacrados pelas igrejas infiis durante treze sculos, tendo como apelido mais comum o epteto de "anabatistas". No sculo XVII ela tem novo apelido, que o de batista. Continuou sendo perseguida e s teve paz no sculo XVIII. Foi a partir dessa poca que ela realmente conseguiu uma certa liberdade e cresceu, chegando hoje a milhes de adeptos espalhados em mais de duzentos pases. Foi a primeira denominao a lanar um missionrio na era moderna com Willyan Carey. Foi a primeira denominao a requerer liberdade religiosa a todas as denominaes. e continuar sendo uma igreja que segue princpios puramente bblicos, os mesmos princpios dos seus antepassados anabatistas, os quais herdaram os princpios das igrejas apostlicas.A DECLARAO DE ESCRITORES NO BATISTAS SOBRE SUA ORIGEMO Cardeal Hosius, catlico, 1554, presidente do Concilio de Trento, escreveu: (Orchard s History Baptist, seo 12, parte 30, pgina 364)"No fosse o fato de terem os batistas sido penosamente atormentados e apunhalados durante os doze ltimos sculos e eles seriam mais numerosos mesmo que todos os que vieram da Reforma".Notem que a data de 1554, ou seja, quase setenta anos a menos que os escritores errados afirmam o incio da primeira igreja batista. Este bispo j chamava os anabatistas de batistas, e para ser bem sincero, mesma coisa na prtica religiosa. Sou batista porque? Porque batizo todas as pessoas que desejam fazer parte de uma igreja batista. Eles eram anabatistas porque? Porque rebatizavam os catlicos. No de fato a mesma coisa?Outra coisa interessante dessa declarao (e preciso lembrar que foi o presidente de um conclio catlico que durou de 1545 at 1563) foi o fato de Hosius mencionar a data de quanto tempo eles j haviam sido perseguidos, ou seja, doze sculos antes desta data. Ento, 1554, menos 1200 anos, igual a 324, data do incio da perseguio das igrejas fiis (ou anabatistas) pelas igrejas infiis ou erradas (os catlicos).Note que ele no diz a data da origem dos batistas. Diz a data da origem da perseguio que eles sofreram. A data, como j dissemos, est primeiramente em Jesus, e depois na excluso das igrejas infiis em 225.O bispo Hosius tambm faz uma diferena clara entre "batistas" e os que "vieram da Reforma". Hosius sabia muito bem que os batistas no eram reformistas nem protestantes. Eram a igreja original, no poluda, no dividida, a verdadeira igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo.Moshein, um dos maiores escritores da histria luterana, testifica:(Eccl. Hist. Cent. 16, seco 3, parte 2, captulo III. Fuller Church History B.4)"Antes de se levantarem Lutero e Calvino, estavam ocultas, em quase todos os pases da Europa, pessoas que seguiam tenazmente os princpios dos modernos Batistas Holandeses"."Vasto nmero dessa gente, em quase todos os pases da Europa, preferiam perecer miseravelmente por afogamento, fogueira ou decapitao, do que renunciar as opinies que abraaram... realmente verdade que muitos anabatistas foram mortos, no por serem maus cidados, nem membros malfazejos da sociedade civil, mas apenas por serem hereges incurveis, condenados pelas antigas leis cannicas. Pois o erro de batismo de adultos era, naquela poca, considerado uma ofensa terrvel"Esta declarao muito til porque vem de um autentico protestante. J que muitos gostam de afirmar que os batistas so protestantes, esse protestante, um luterano, est afirmando que os batistas j existiam antes de se levantarem Lutero e Calvino.Enciclopdia de Endinburg (autor presbiteriano)."Nossos leitores percebem agora que os batistas so a mesma seita dos cristos que antes foram descritos como Anabatistas. Realmente parece ter sido o seu princpio dominante desde o tempo de Tertuliano at o presente".Apesar de chamar os batistas de "seita", este presbiteriano, querendo uma veracidade de datas em sua narrao da origem dos batistas, no pode negar de onde eles surgiram, ou seja, das igrejas anabatistas. Ele firme em afirmar que "so a mesma seita", para ns, a mesma igreja. Alm do que ele data sua origem na pessoa de Tertuliano (160-230 d.C.). Essa a data que este tratado d para o aparecimento do primeiro grupo de anabatistas - os montanistas, em cerca de 160 (ver pgina 11 sobre os montanistas).Sir Isaque Newton, 1710, escreveu."Os batistas so o nico corpo de cristos que nunca tiveram similitudes com Roma".Este anglicano, um grande inventor, nada tem a ver com a histria da religio. O que vale a pena ressaltar a data de sua declarao e a firmeza em que ele separa os batistas como a nica igreja que no saiu de Roma. Nessa poca havia mais cinco denominaes reconhecidas: Luteranos, Anglicanos, Congregacionais, Presbiterianos e Ortodoxos.No existe dvida. Os batistas so a continuao das igrejas fiis (ou anabatistas) que excluram as igrejas infiis (ou catlicas) em 225. Sua origem esta. Somente os opositores, e os batistas ecumnicos, sero contrrios a esta to grande realidade.Enciclopdia Britanica Barsa, relata:"Esse nome uma forma abreviada da palavra anabatista. um nome dado pelos seus adversrios as vrias seitas que negavam a validade dos batismo das crianas".PERSEGUIO AOS BATISTASA histria dos batistas toda regada com o sangue dos seus mrtires. Da mesma forma que seus antepassados, os mrtires ps-apstolicos, sofreram nas mos do imprio e dos judeus, colocando-os nas prises e nas arenas para serem engolidos pelos lees, e tambm seus antecessores, os anabatistas, sofreram toda sorte de atrocidades e torturas nas mos dos catlicos, os batistas sofreram horrores nas mos dos catlicos e protestantes por um longo perodo de tempo. Onde uma igreja batista era descoberta ou estabelecida, logo vinha a perseguio, e com ela a morte dos batistas.A Perseguio na InglaterraAt o ano de 1534 a Inglaterra foi um pas catlico. A partir desta data, liderados pelo rei Henrique VIII, os ingleses passaram a ser protestantes, mais precisamente pertencentes a Igreja da Inglaterra, conhecida como Episcopal ou Anglicana. Os templos catlicos tornaram-se templos anglicanos. Padres foram muitas vezes transformados em pastores. O batismo foi o mesmo dos catlicos, infantil e por asperso. Os batistas, vendo tanta coisa errada, nunca aceitaram a igreja anglicana como uma igreja de Jesus. Seus pastores batizavam todos os que vinham do catolicismo ou do anglicanismo. Isso pareceu ruim aos olhos do rei e dos pastores anglicanos. Por isso ficou resolvido pelos anglicanos que os batistas precisavam morrer.Muitos pastores e membros das igrejas batistas foram cruelmente mortos pela igreja anglicana. De 1534 at 1688 a igreja anglicana comandou o ato de intolerncia contra as igrejas batistas. Foi nesta poca que viveu John Bunyan. Neste perodo a perseguio era geral. As igrejas batistas no tinham o direito legal de existir, e quando descobertas, eram fechadas e destrudas. No por um acaso que muitas igrejas batistas, tanto na Inglaterra como no Pas de Gales, mudavam-se inteiramente para a Amrica do Norte.A partir de 1688 foi permitido aos batistas realizarem seus cultos publicamente, sem claro, atormentar a igreja anglicana. Isso era coisa impossvel aos batistas. Como pregar Jesus sem mostrar o pecado? Como ensinar a Bblia sem mostrar o erro? O ensinamento da Bblia, foi, muitas vezes, o fator principal das perseguies contra os pastores batistas. Apesar dessa tolerncia era negado aos batistas o direito de ter acesso a cargos pblicos, bem como ao parlamento. Somente em 1818 foram os batistas munidos deste direito. Mesmo assim no eram considerados vlidos o registro de nascimento (pois negavam dar suas criancinhas ao batismo anglicano), e o registro de casamento (pois no casavam-se diante de um pastor anglicano e numa igreja anglicana). A intolerncia do registro de nascimento s foi revogada em 1836, e a de casamento em 1844. Porm ainda no podiam ser aceitos nas Universidades de Cambridge e Oxford. At este tempo os filhos dos dissidentes no possuam o direito de acesso em nenhuma das grandes instituies. O ato de libertao veio somente no ano de 1854.Alguns escritores tem revelado ao mundo um pouco das atrocidades sofridas pelos batistas nas mos dos catlicos e dos protestantes da Inglaterra. O Missionrio W.C. Taylor relata no Manual das Igrejas Batistas, pg 149-151, que:"Desde o sculo XII at o sculo XVII, muitos batistas sofreram perseguio e morte por meio da fogueira, do afogamento, da decapitao, alm de outros mtodos, que algumas vezes importavam em torturas desumanas. E isso sofreram dos papistas como dos protestantes...""Escreve Brande que: No ano de 1538, trinta e um batistas, que haviam fugido da Inglaterra, foram executados em Delf, na Holanda; os homens foram decapitados, e as mulheres foram afogadas (History of Reformers pg 303)...""O bispo Latimer declara que: Os batistas que foram queimados em diferentes partes do reino, seguiam para a morte intrepidamente, sem qualquer temor, durante o tempo de Henrique VIII. (Neals History of Puritans, V. III, pg 356)...""O Dr. Featley, um dos seus mais figadais inimigos, escreveu a respeito deles, em 1633: Essa seita, entre outras, at agora tem presumido da pacincia do Estado, a ponto de organizar convenes semanais, rebatizar centenas de homens e mulheres juntos, de madrugada, em riachos, e em alguns braos do Tamisa e noutros lugares, imergindo-os completamente. Tem imprimido diversos panfletos em defesa de sua heresia; sim, e tem desafiado alguns de nossos pregadores a disputa. (Eng. Bapt. Jubilee Memor. Benedicts Hist. Baptist, pg 304)."Das muitas histrias de pastores e igrejas batistas perseguidos na Inglaterra durante os anos de 1534 a 1688, h uma que at hoje tem comovido o mundo todo. a histria do pastor John Bunyan, ganho para Cristo aps o rduo trabalho de sua esposa (uma batista), que lhe trazia a Bblia e livros para ler. Em 1653 ele batizado foi pela Igreja de Bedford. Desde ento sua vida um exemplo de f e firmeza nas tribulaes. O relato abaixo foi extrado do livro "A Histria das Religies", de Cherles Francis Pother, pginas 468-469, de 1944:"Pregava havia j quatro anos quando Carlos II subiu ao trono na Inglaterra e restaurou o episcopalismo. Os pregadores puritanos teriam de conformar-se ou suspender os sermes. John Bunyan recusou-se a obedecer, sendo condenado a doze anos de priso. Lograria a soltura em qualquer tempo desde que se comprometesse a no mais pregar, mas dizia com desassombro que, uma vez livre, pregaria na primeira oportunidade. No o demoveu fome da esposa e dos filhos, sendo um deles uma menina, cega. Conseguiu ganhar algum dinheiro na cadeia fabricando cadaro compridos de fio de linho de pontas rematadas, os quais eram vendidos por sua filhinha cega.At na priso Bunyan pregava aos companheiros. Tinha consigo apenas dois livros: Livro dos Martires, de Fox, e a Bblia. Veio ento grande inspirao e escreveu O Peregrino. Promulgada a declarao de indulgencias, foi Bunyan posto em liberdade, e logo depois eleito pastor de sua velha igreja. Trs anos depois a declarao foi renovada, voltando Bunyan para a priso por ser pastor no conformista".John Bunyan no foi o nico. Simplesmente o mais conhecido. Antes de Bunyan muitos batistas padeceram o martrio. Tomas Hellys por exemplo, apenas trs anos aps a fundao da Igreja Batista de Spitalfields, em 1612, foi martirizado a mandato dos bispos anglicanos em 1615. John Smith, outro fundador de igrejas batistas, e um autentico anabatista por ter sido batizado na poca em que as igrejas batistas ainda eram chamadas por esse epteto, foi martirizado em 1612, apenas trs anos aps da fundao de sua primeira igreja. Edward Wightman, de Burton-sobre-o-Tento, condenado pelo bispo de Coventry, foi queimado em Litchfield, a 11 de Abril de 1612. Estes so alguns dos muitos casos de pastores ou membros batistas mortos por catlicos e protestantes.A Perseguio na Nova Inglaterra (Estados Unidos).Como as perseguies na Inglaterra estavam aumento no perodo de 1534 a 1688, foi o jeito de muitos anabatistas-batistas deixarem este pas e rumarem para os Estados Unidos. Viam na Amrica uma nova Cana. E acertaram. Muitos pastores pregavam a emigrao em massa. Igrejas inteiras foram transferidas da Inglaterra e do Pas de Gales para os Estados Unidos.O primeiro grupo de batistas a emigrarem ainda eram conhecidos como anabatistas. Veja o relato do livro "A Histria das Religies" pgina 489:"Um outro grupo correu para Providence, logo nos primrdios da existncia deste centro, no s foi bem acolhido por Roger Williams, como logrou sua adeso. Este grupo era o dos Anabatistas, ou como so mais conhecidos, batistas".Provavelmente esse grupo veio junto com os puritanos do Mayflower em 1620. Mas descobertos pelos puritanos de Boston foram expulsos de l em pleno inverno rigoroso de 1638. Negavam-se a entregar suas crianas para o batismo infantil dos presbiterianos e dos congregacionalistas. Encontraram em Roade Island um abrigo para sua f. Formaram uma igreja anabatista em Newport neste mesmo ano. No ano seguinte fundaram uma igreja batista em Providence. Tinham como pastor John Clark, um homem de princpios e verdadeiro baluarte da f. Tambm desta igreja o conhecido Obadias Holmes, que foi o sucessor de John Clark no ministrio. O pastor J.M. Carrol, no seu livro O Rasto de Sangue, pgina 47, assim narra as perseguies sofridas por Holmes e seus companheiros diante da Igreja Congregacional em Massachussets Bay:"Com respeito s perseguies em algumas das colnias americanas vamos mencionar alguns exemplos. De certa feita, estava enfermo um dos membros da Igreja de John Clark. A famlia morava na Colnia e um pregador visitante de nome Crandall e um leigo de nome Obadias Holmes, foram visitar a famlia enferma. Enquanto eles estavam realizando um culto de orao com a famlia doente, um oficial ou oficiais da colnia prenderam-nos e mais tarde foram apresentados perante o tribunal para serem processados. Tambm est dito na histria que para arranjar uma acusao mais forte contra eles, foram levados para uma reunio religiosa da Igreja Congregacional, tendo as mos amarradas. A acusao deles foi a de no tirarem seus chapus num servio religioso.Todos foram processados e condenados. O governador Endicott est presente. Zangado disse a Clark, durante o julgamento: - Tendes negado o batismo infantil (isto no era acusao contra eles). - Mereceis morrer. No quero um traste deste na minha jurisdio. Como pena deviam pagar uma multa ou serem aoitados. A multa de Crandall (o visitante) foi de cinco libras; A pena de Clark foi de 20 libras; A multa de Holmes (os registros dizem que ele foi congregacional antes de se tornar um batista) foi de 30 libras. As multas de Clark e Crandall foram pagas por amigos. Holmes recusou igual obsquio alegando que no havia errado, razo porque foi bastante chicoteado. Os arquivos dizem que ele se despira at a cintura e que foi aoitado (com chicote tipo especial) at que o sangue lhe cobriu as costas, descendo pelas pernas at lhe encher os sapatos! "O Dr. J.M. Carrol ainda relata outra histria de perseguies sofridas pelos batistas na Amrica, e desta feita o perseguido o pastor Jaime Ireland, pgina 49:"A Virgnia foi o segundo lugar no mundo onde a liberdade religiosa foi adotada, seguindo a Rhode Island. Mas isto foi um sculo mais tarde. Antes disto, cerca de trinta pregadores em tempos diferentes foram presos, tendo como nica acusao contra si o fato de pregarem o Evangelho do Filho de Deus. Jayme Ireland um exemplo. Ele foi preso... Depois disto os seus inimigos tentaram mat-lo a plvora. Tendo falhado neste primeiro esforo quiseram sufoc-lo at a morte, usando enxofre, que ardia sob as janelas da priso. Tendo falhado outra vez, tentaram envenen-lo com o auxlio de um mdico. Tudo falhou. E Ireland continuou a pregar para o seu povo das janelas da priso. Um muro foi construdo em redor da cela para impedir que o povo o visse ou fosse visto por ele, mas esta dificuldade foi vencida. O povo amarrou um leno ponta de uma comprida vara a qual era levantada para mostrar a Ireland que todos estavam reunidos. As pregaes continuaram."Hoje os Estados Unidos o pas mais evangelizado do mundo. Os batistas so o maior corpo denominacional do pas, com milhes e milhes de adeptos esparramados em todo canto das terras americanas. Mas nem sempre foi assim. A liberdade aos batistas s veio em plena pujana no sculo XVIII. O Dr. J.M. Carrol traa um exemplo de como o Estado da Virgnia chegou dar liberdade religiosa aos batistas, pgina 49:"Em Virginia foi promulgada uma lei dando permisso aos municpios de terem um pastor batista, mas somente um. O pastor poderia pregar uma s vez de dois em dois meses. Mais tarde esta lei foi modificada permitindo a pregao uma vez cada ms. Mais ainda assim em um s lugar do Municpio e um nico sermo naquele dia mas nunca pregado noite. Outras leis foram passadas no somente na Virgnia, mas em outros lugares, proibindo qualquer trabalho missionrio".Hoje muitos desprezam o sentido denominacional dos batistas. Eles se esquecem que se hoje a Bblia pode ser lida com liberdade fruto de um laborioso trabalho de persistncia dos batistas, sim, daqueles pastores que deram seu sangue para podermos receber a Bblia, o livre direito de culto e o correto ensino das escrituras. Dependesse de Calvino e Lutero estaramos presos s correntes da escravido protestante que varreu o norte da Europa. Dependesse do catolicismo estaramos presos s correntes da escravido e idolatria que sempre habitou no Sul da Europa e de l foi transportada para as Amricas.O TRABALHO MISSIONRIO DOS BATISTASNo podemos chamar a vinda dos batistas ingleses para a Amrica como uma obra missionria. Podemos cham-la de uma emigrao. Dois fatores contriburam para uma demora de uma organizao missionria dos batistas. Primeiro que a Inglaterra era um pas com grande influencia no mundo. Aparentemente isso poderia ajudar na obra missionria dos batistas. Mas s nas aparncias. Sua influencia podia ajudar os anglicanos e posteriormente os metodistas. J os batistas no impunham a sua f a ningum. Aos batistas importava propor e no impor o evangelho aos pases conquistados pelos ingleses. Devido a antipatia dos morados nativos pelos ingleses as misses tipo da dos batistas era muito difcil. O segundo fator era a pobreza que pairava nas igrejas batistas. Com seus direitos civis cassados a maioria dos seus membros era gente pobre e humilde. Mesmo assim, enfrentando todos estes obstculos, cabe aos batistas o trofu de serem a primeira denominao crist a enviar um missionrio na Era Moderna.MISSES BATISTAS NA NDIANo final do sculo XVIII, o elemento humano usado por Deus para o incio da obra missionria foi um jovem pastor chamado Willyan Carey. Ele foi mencionado no livro Instituies Religiosas, pg 103, onde se l: "Os batistas ingleses foram os primeiros, como Willyan Carey, a organizar, em 1792, misses em pases no cristos (frica, China, ndia) por intermdio da Baptist Missionary Sociat". Era ele sapateiro de profisso, mas como tinha intensa curiosidade intelectual, extraordinria vontade de pregar, logo se tornou conhecido das igrejas e foi ordenado ao ministrio batista. Como as igrejas que pastoreavam eram pobres e no podiam dar sustento integral, permaneceu durante algum tempo como sapateiro. Junto a sua banca de sapateiro tinha mapas, por ele mesmo confeccionados, em que fitava constantemente os pases do mundo at onde o evangelho no tinha chegado. Sentia profundo amor no corao pelos pagos que estavam morrendo sem Cristo. Finalmente conseguiu transmitir suas preocupaes a diversos colegas de ministrio, e assim foi fundada, em 1791, uma sociedade missionria.William Carey foi nomeado missionrio, juntamente com John Thomas e em 1793 seguiram para a ndia. A ida de Carey para as ndias no agradou os comerciantes ingleses. Estes no viam com bons olhos a obra dos missionrios, porque temiam que, convertendo-se ao cristianismo, os ndios se tornassem menos fceis de serem explorados. A companhia das ndias tudo fez para prejudicar os missionrios e, finalmente, conseguiu um decreto pelo qual no era permitido mais o embarque de missionrios da Inglaterra para a ndia. Nada impedia, entretanto, que os candidatos a obra missionria embarcassem para a Amrica e de l, para a ndia. Foi o que fizeram. Na Amrica, entretanto, enquanto esperavam navios que os levassem ndia, punham-se em contato com as igrejas batistas norte-americanas, e esse contato incentivou a realizao de um trabalho missionrio prprio dessas igrejas.MISSES BATISTAS NA BIRMANIAAs ndias no foram o nico alvo missionrio dos batistas. William Ward, companheiro de Carey, encontrou com um missionrio Congregacionalista no navio para as ndias. Admirado da f de Willyan, o missionrio Adoniram Judson e sua esposa Ana, converteram-se e foram batizados. Naquele tempo a maioria dos batistas faziam a coisa certa, davam muita considerao forma, ao desgnio, ao candidato, e ao administrante de um batismo. Coisa semelhante aconteceu com outro pastor congregacionalista, Luther Rice, que tambm no navio converteu-se juntamente com Adoniram e foi batizado. Assim, em 1813, Adoniram foi para a ndia, e seguiu um pouco alm para a Birmania, onde se tornou um grande missionrio. Sua histria pode ser encontrada em livros como "Ana de Ava", uma autobiografia do trabalho feito pela sua prpria esposa. Adoniram Judson, alm de missionrio foi tambm um homem "das letras". Fez um dicionrio birmanes e traduziu a Bblia para esse idioma.A UNIO DAS IGREJAS BATISTAS EM PROL DAS MISSESLuter Rice voltou aos Estados Unidos, onde pediu ajuda das igrejas batistas da Amrica para se sustentar. Seu pedido foi prontamente atendido, e o maravilhoso trabalho desempenhado por Judson e Rice fizeram que as igrejas batistas se organizassem numa Associao para poderem melhor atender as necessidades dos missionrios, como tambm para a formao de novos missionrios americanos. Essa associao foi denominada Conveno Geral da Denominao Batista nos Estados Unidos para Misses no Estrangeiro. No podemos confundi-la com as atuais convenes batistas hoje existentes nos Estados Unidos. Esta misso tinha um sentido puramente missionrio. Visava os missionrios. Era uma coisa simples e quando deixou de existir (foi substituda por outra) contava com 99 missionrios no estrangeiro e 82 igrejas organizadas.A Sociedade fundada por Willyan Carey no era exatamente uma cooperativa de igrejas. Era uma sociedade onde pessoas se juntavam para mandar missionrios. A de Carey tinha doze pessoas quando foi fundada.O TRABALHO MISSIONRIO BATISTA NOS DIAS ATUAISAtualmente existem vrias convenes e misses batistas organizadas em prol da evangelizao dos perdidos. A maior de todas a Conveno Batista do Sul dos Estados Unidos. Todas elas tem desempenhado um papel importante em abrir novos trabalhos batista pelo mundo. Para poderem melhor se organizarem e melhor organizarem seus trabalhos foi formada a Aliana Batista Mundial em 1905. A inteno inicial era a de ligar as igrejas batistas numa cooperativa de igrejas que juntam-se para realizarem trabalhos missionrios e outras atividades adjacentes.Porm a existncia da Aliana Batista Mundial uma faca de dois gumes. Por um lado bom, pois d oportunidade de convenes se unirem e juntarem foras para trabalhos mais complicados. Tambm bom para que cada conveno ou misso se conhea melhor. A Bblia diz que melhor serem dois do que um, e uma liga de trs no se quebra to facilmente. Muitos trabalhos missionrios, em lugares estratgicos, tem sido abertos e sustentados pela Aliana. No podemos deixar de dizer o quanto isso maravilhoso diante dos olhos de Deus. Por outro lado causa um certo temor. Muitos batistas errados esto infiltrados nesta Aliana. No d para saber quem quem. Outro fator negativo que o trabalho algumas vezes direcionado para o lado ecumnico, o que faz o nome Batista estar ajuntado com outras denominaes erradas e antibblicas. Outro lado ruim a viso missionria da Aliana. Muitas vezes, na inteno de formar organizaes para-eclesisticas, o trabalho missionrio fica em segundo plano.Afora as convenes e misses existentes, os batistas tem o privilgio de terem muitos pastores independentes. So missionrios enviados por igrejas no filiadas a uma misso ou conveno. No so poucos no Brasil, e esto espalhados em diversos pontos do mundo. A forma mais original dos batistas esto bem exemplificados no comportamento e nas igrejas edificadas por estes pastores. O fruto destes um fruto permanente, e Deus tem certamente um plano especial para esta forma primitiva de ser cristo, e quem sabe o resgate da denominao num futuro prximo. Da mesma forma que as muitas convenes se gabam de ter grandes homens que trabalharam para o Senhor, os independentes muito mais, pois, cada missionrio independente tem que ser homem de muita coragem e de muita f no Senhor Jesus.

CAP 8 - HISTRIA DAS IGREJAS CRISTSCAPITULO VIIIA QUEDA DO APELIDO ANABATISTAE O SURGIMENTO DO APELIDO BATISTANa metade do sculo XVI, e no princpio do sculo XVII, h uma sbita queda do apelido "anabatista" e o aparecimento rpido do apelido "batista" em toda a Europa. Muitos procuram ligar a fundao das igrejas batistas na pessoa de John Smith (morto em 1612). Grandes historiadores como Orchard e Christian j fizeram o favor de desmentir essa teoria. Qualquer estudante da histria das religies, se agir com sinceridade, descobrir que os batistas so o fim dos anabatistas. Os batistas so a juno de diversos grupos anabatistas em torno desse nome com a queda do prefixo "ana". E isso no aconteceu de repente ou de uma s vez. Foram necessrio quase um sculo para que a juno dos anabatistas ao nome batista fosse possvel. E s se tornou possvel devido ao laborioso trabalho de resgate de pastores itinerantes que, levantados por Deus, uniram os diversos grupos ao nome batista e tambm, ao nome "menonita".POR QUE O APELIDO ANABATISTA CAIU?Vimos que no inicio do sculo XVI, muitos anabatistas, iludidos com o aparecimento de alguns lideres da reforma, saram de seus esconderijos e foram habitar nas cidades e povoaes onde a reforma explodia. No demorou muito e toda a Europa Central foi minada com a chegada desses cristos. No sul da Alemanha, na Bomia, na Sua, na Frana, na Hungria e nos pases baixos, os anabatistas estavam fortemente organizados. Animados com a chance de novamente poderem pregar publicamente - isso depois de 1200 anos - deixaram os Pirineus e os Alpes e marcharam rumo ao norte da Europa.O sucesso foi imediato. As converses multiplicavam-se. A cidade de Estraburgo, na Frana, chegou a ter mais de dez por cento de sua populao anabatista. S na Morvia, o pastor Jacob Hutter, organizou mais de oitenta igrejas em menos de dez anos. Hutter foi morto em 1526 pregando o evangelho. O pastor Hans Huth, encadernador itinerante, estendeu o evangelho por numerosos pases da Europa. Abriu centenas de igrejas no sul da Alemanha e na Austria. Em 1527 ele foi preso em Ausburgo, interrogado e submetido a tortura; morreu no mesmo ano, devido a queimaduras publicamente sujeitado. O pastor Hubmaier teve grande participao dos trabalhos na Morvia, onde encontrou auditrio e leitores para seus panfletos. Em 1528 ele foi queimado na cidade de Viena. Sua esposa foi lanada ao Danbio com uma grande pedra no pescoo.Clculos menores indicam que s nos Pases Baixos morreram mais de 30.000 anabatistas em menos de cinco anos de perseguio. A perseguio foi brutal e desumana. Alm dos casos mencionados acima temos um muito famoso: O martrio de Miguel Satler. Este era um pastor batista. Sendo um homem de muita sabedoria, coube a ele, em 1527, redigir a Confisso de Schleitheim, o credo anabatista. Foi o documento mais largamente divulgado entre os anabatistas, o qual, como j mencionamos, era um precioso resume dos artigos de f das igrejas anabatistas e posteriormente batistas. O ato lhe custou o martrio. No livro Breve Histria dos Batistas, pg 59, temos um comentrio extrado de sua sentena de morte:"Miguel Satler dever ser entregue ao carrasco. Este o levar at a praa e a primeiro lhe cortar a lngua. Depois o amarrar a uma carroa e com tenazes incandescentes tirar, por duas vezes, pedaos de seus corpo. Em seguida, a caminho do lugar da execuo far isso cinco vezes mais e depois queimar seu corpo at o p como um arqui-herege"Assim ele morreu. Quando j na fogueira, as chamas queimaram as cordas que lhe prendiam as mos, e ele levantou os dedos indicadores. Era o sinal combinado com os irmos anabatistas para indicar que os sofrimentos eram suportveis.Os anabatistas cresceram tanto no sculo XVI que despertou o dio dos catlicos e protestantes. A iluso de que a reforma os ajudaria transformou-se numa grande desiluso. Os protestantes do norte da Europa fecharam-lhe as portas e iniciaram um perodo de perseguio intimidadora, que visava apenas fazerem parar de crescer. No adiantou. Continuaram a crescer. Foi Lutero, em 1525, que desencadeou uma perseguio em massa. Essa perseguio atravessou as fronteriras da Alemanha e o apelido "anabatista" tornou-se um sinnimo de morte. O historiador Dickens relata sobre esse fato escrevendo um comentrio de Bullinger, um escritor luterano contemporneo de Lutero: "Por toda a parte, tanto a catlicos como a protestantes, estes sangrentos sucessos - referindo-se a chacina causada por Lutero - serviram de aviso. Deus abriu os olhos dos dirigentes, e de futuro ningum poder acreditar num anabatista, mesmo nos que se dizem inocentes."Bullinger deixa claro o que Lutero fez aos anabatistas no dia 25 de Junho de 1535 na cidade de Munster ao chamar o ato de "sangrentos sucessos". Sua ironia em comentar o caso mostra que o reformador tinha pleno apoio de seus seguidores. Alm do que a opinio de Bullinger foi certeira no que se refere ao futuro difcil que os anabatistas teriam pela frente. Aps a chacina, at o ano de 1566, tanto catlicos como protestantes buscaram tenazmente a destruio das igrejas anabatistas.Assustados os anabatistas comearam a deixar de usar este apelido. Sabiam que a simples identificao como anabatista bastava-lhe para ser morto. A partir de 1533, tanto catlicos como protestantes resolveram que iriam exterminar o anabatismo. Por isso eles se refugiaram pelos Pases Baixos e j no podiam pregar publicamente. Na busca pela sobrevivncia espalharam-se como uma denominao organizada. Alguns pastores, tentando evitar o martrio, mudavam-se de lugar e de nome tambm. Os pastores mais famosos eram os mais procurados. Foi o caso de Joo de Leida, que fugindo de Munster, instalou-se em Basilia. L, gozando de uma certa liberdade, trocou seu nome para David Joris, e pregava na clandestinidade. Considerado o mais famigerado de todos os anabatistas, depois de morto, seu corpo retirado do tmulo e queimado junto com seu livro "Wonderboek".O que aconteceu a Joo de Leida foi a realidade de milhares de anabatistas do mesmo perodo. Mas tinha um problema. Mudavam de lugar e de nome, porm, como mudar de Senhor? Como no rebatizar os catlicos e protestantes que eram convertidos na clandestinidade? Por onde iam acabavam sendo descobertos pelo fato de batizarem por imerso os seus membros. Foi assim que seus inimigos comearam a cham-los de "batizadores" ou "batistas".Earle Cairns, em seu livro O Cristianismo Atravs dos Sculos, pgina 248, afirma que: "os anabatistas so os ancestrais diretos das igrejas menonitas e batistas hoje espalhadas pelo mundo."O RESGATE DOS ANABATISTASCom a disperso dos anabatistas muitos acabaram em lugares longnquos. Foi preciso haver um "resgate" dos membros dispersos. Muitos anabatistas foram encontrados e resgatados s fileiras da f pela ao itinerante de pastores que viajavam por toda a Europa em busca das ovelhas dispersas. Veja o relato de Dickens:"Sabe-se que durante estes anos (de 1536 a 1561) Menon Simon viaja infatigavelmente atravs da Alemanha e dos Pases Baixos, confirmando e estendendo os grupos que haviam conseguido escapar perseguio... O pintor de Vitrais David Joris (morto em 1556) tornou-se tambm um outro organizador itinerante. Foi finalmente obrigado a fugir para Basilia, onde, escondido durante largos anos, conseguiu evitar a fogueira."Assim fica claro que aps a perseguio desencadeada de 1533 os anabatistas que se dispersaram foram reagrupados por pastores itinerantes. Os resgatados por Menon Simon - nem todos - acabaram sendo conhecidos por menonitas, e existem como denominao at hoje. Os que foram resgatados por David Joris, e muitos outros pastores anabatistas, ficaram sendo conhecidos como "batistas".A POCA DA MUDANA OFICIAL DO APELIDO ANABATISTA PARA BATISTAA poca exata da mudana do apelido anabatista para batista est entre os anos de 1533 at o ano de 1638. Temos relatos de que o nome batista era usado j no sculo XVI, e tambm que o apelido anabatista ainda foi usado no sculo XVII. Para se ter uma idia clara sobre esse assunto basta o estudante lembrar que David Joris, que morreu em 1556, agrupava os anabatistas em torno do nome "batista". Mas por outro lado, a primeira Igreja Batista dos Estados Unidos, em Rhode Island, antes de ser chamada de batista era formada por crentes "anabatistas", isso no ano de 1638.Relatos oficiais dos batistas norte-americanos nos informa que: Nos Estados Unidos, na provncia de Rhode Island, foram fundadas as duas primeiras igrejas batistas da Amrica. Uma em 1638 e a outra em 1639. A primeira em Newport e a segunda em Providence. A primeira, quando foi fundada em 1638 pelo pastor John Clark, foi conhecida como "Igreja Anabatista". J em 1648, talvez pela tendncia que todas as igrejas anabatistas tomavam, eles j tinham mudado o nome para "Igreja Batista". A segunda igreja, de Providence, na verdade filha da primeira. Roger Williams, um de seus memorveis fundadores, foi batizado por John Clark em 1638. Assim, a autoridade da ministrao do batismo dos batistas americanos foi concedida diretamente de autnticos pastores anabatistas e que depois foram conhecidos como batistas.Tambm na Inglaterra, a primeira igreja tida oficialmente como "batista", foi formada por membros que receberam o batismo dos anabatistas resgatados por Menon Simons. O nome do primeiro pastor desta igreja Tomaz Hellys, convertido em 1612.Portanto, a partir de 1612 na Inglaterra e de 1638 nos Estados Unidos, j estava definitivamente cado o prefixo "ana" dos anabatistas. Ficou somente a raiz da palavra, "batistas", apelido este que o precursor de Jesus j levava por seu costume de batizar crentes arrependidos de seus pecados.

CAP 7 - HISTRIA DAS IGREJAS CRISTSCAPTULO VIIOS ANABATISTAS DO SCULO XVITenho visto muitos historiadores da Igreja tentando responder erroneamente a questo de onde vieram os anabatistas do sculo XVI. A resposta correta simples: No vieram, j estavam. O movimento anabatista do sculo XVI uma continuao dos movimentos anabatistas que atravessaram toda a Idade Mdia. Os costumes so iguais; a doutrina a mesma; os membros tinham a mesma caracterstica diante da sociedade. O fato de sabermos mais sobre os anabatistas do sculo XVI do que os anabatistas da Idade Mdia, no se deve ao fato de estarmos incertos sobre a existncia dos ltimos. Deve-se ao fato de que agora j tinham inventado a imprensa. E tambm, com a diviso do catolicismo no advento da Reforma, teramos informaes oficiais de dois lados, o catolicismo e o protestantismo. Alm do que o sculo XVI est bem mais prximo de nossa poca que o sculo IV. Pense bem: O que voc sabe sobre o papa Silvestre do sculo IV? Quase nada. Que tal verificar na sua memria o que voc sabe sobre Lutero, Cabral, e outros que viveram no sculo XVI? Tenho certeza que as informaes sobre os ltimos so bem mais amplas. Porque seria diferentes com os anabatistas?A ORIGEM DOS ANABATISTAS DO SCULO XVIAdmitir que os anabatistas atravessaram toda a idade mdia, mesmo que levando outros nomes, no uma tarefa fcil. Para a igreja catlica admitir isso ela estar afirmando sua excluso em 225, alm do que, que no a igreja mais antiga. Para os protestantes - principalmente luteranos e presbiterianos - dizer que no foram seus patronos Lutero e Calvino os resgatadores da verdade.Os anabatistas tem sua origem nas igrejas anabatistas que conseguiram escapar da perseguio catlica durante o perodo das Trevas, que vai desde sculo IV at o sculo XVI. Apesar de terem outros apelidos alm de anabatistas, estas igrejas eram o verdadeiro cristianismo, e todas, sem exceo, eram chamadas de "anabatistas". SUAS CARACTERISTICAS ORGANIZACIONAL E DOUTRINRIAO historiador A.G. Dickens, no seu livro A Reforma, pg 131- 140-141, faz um relato muito significativo sobre a origem, organizao e doutrina dos anabatistas do sculo XVI. Ele no defende os anabatistas, mas tambm no pode negar o fato de serem eles um grupo de cristos totalmente diferente do catolicismo e protestantismo. Eis o relato de Dickens:"Em que sentido pode o anabatismo ser chamado de um movimento? No podemos certamente falar de uma reforma anabatista como falamos de uma reforma luterana, zuingliana ou calvinista. Os anabatistas no tinham nenhum chefe espiritual, nenhum cdigo de doutrina largamente aceito, nenhum rgo central dirigente (eram independentes). No influenciaram os governos, no modelaram as sociedades nacionais, no conservaram uma administrao poltica. Nessa comunidade marginal (ao lado) de crentes, a disciplina no limitava apenas ao batismo. A confisso de Schleitheim, um de seus documentos mais largamente divulgados, redigida em 1527, talvez pelo mrtir Miguel Satler, reduz-se a sete artigos: O batismo, diz-se, s ser concedido aos que conheceram o arrependimento e mudaram de vida, e que entrem na ressurreio de Jesus Cristo. Os que esto no erro no podem ser excomungados antes de advertidos por trs vezes, e isto deve-se fazer antes do partir o po, de maneira que uma igreja pura e unida se reuna. A ceia do Senhor s para os batizados, e um servio comemorativo. Os membros devem deixar o culto papista (catlico) e antipapista (protestante), no tomarem parte dos negcios pblicos (que eram na sua maioria imoral), renunciam a guerra e as diablicas e anticrists arma de fogo. Os pastores devem ser sustentados pelas congregaes, afim de poderem ler as escrituras, assegurar a disciplina da igreja e dirigir a orao. Se um pastor expulso ou martirizado, deve imediatamente ser substitudo, e ordenado outro, para que o rebanho de Deus no seja destrudo. A espada destina-se aos magistrados temporais, a fim de poderem castigar os maus, mas os cristos no devem us-la, mesmo em legtima defesa, como tambm no devem recorrer lei ou tomar o lugar dos magistrados. So proibidos os juramentos."O estudante deste tratado pode comparar o elo que liga os anabatistas do sculo XVI aos dos sculos anteriores e aos batistas. So o mesmo povo. Olhe bem para os artigos de f acima mencionados. Compare com as doutrinas dos batistas. Existe alguma coisa que no est de acordo? So todos o mesmo povo. Todos eram e devem ser verdadeiros seguidores das Escrituras Sagradas.AS DIVISES ENTRE OS ANABATISTAS DO SCULO XVIMuitos h que condenam o movimento anabatista do sculo XVI dizendo que eles por algum tempo apelavam para a violncia. Os que assim pensam se esquecem que toda igreja tem seu lado ruim. Veja a Igreja de Jesus. No havia l o Judas? Era Judas o verdadeiro representante da igreja ou um membro errado? Sim, os anabatistas tiveram membros e pastores que