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Existem normas de gesto da segurana que fornecem s organizaes os elementos necessrios para orientar a criao de um Sistema de Gesto de Segurana efetivo, que pode ser integrado com outros requisitos de gesto, para auxiliar as organizaes a alcanar metas ao nvel da Segurana no Trabalho. A implementao e a certificao de um sistema de gesto de segurana de acordo com a norma OHSAS 18001, permite a identificao, avaliao e controle dos riscos laborais. Esta norma especifica os requisitos do Sistema de Segurana, possibilitando a formulao de uma poltica e objetivos por parte da organizao, considerando os requisitos legais exigidos e as informaes sobre os seus riscos laborais significativos.Um Sistema de Gesto de Segurana ajuda, em primeira instncia, a organizao a adquirir uma conscincia sobre quais os aspectos ao nvel da segurana e higiene no trabalho mais importantes a ter em linha de conta no desenvolvimento da atividade. Por outro lado facilita a identificao dos processos que necessitem de ser melhorados a este nvel. Outras vantagens da implementao deste tipo de sistema de gesto passam por:a reduo dos riscos (quer ao nvel das doenas profissionais, quer ao nvel de acidentes de trabalho) e consequentes prejuzos para a organizao e colaboradores; uma maior taxa de permanncia e satisfao por parte dos trabalhadores;Garantia do cumprimento da legislao;Melhoria do desempenho ao nvel da Higiene e Segurana no Trabalho;Disponibilidade de informaoa melhoria da imagem da empresa ; E alm disso, a implementao de um sistema de gesto de segurana leva, por si s, sensibilizao e motivao de todos os colaboradores da organizao para as questes da segurana e higiene no Trabalho.

GESTO DA SEGURANA E SADE DO TRABALHOPara Araujo (2006a), perdas, injrias, danos propriedade eventualmente causados pelasatividades, produtos e servios de uma organizao, constituem problemas que podemacarretar prejuzos atravs de vrias formas, tais como processos de responsabilidade civilpelo fato do produto ou servio oferecer riscos aos trabalhadores, alto ndices de absentesmoe afastamento de trabalho devido a acidentes.As empresas devem estar livre de riscos inaceitveis de danos nos ambientes de trabalho,garantindo o bem estar fsico, mental, e social dos trabalhadores e partes interessadas. Paraminimizar ou eliminar tais prejuzos, muitas organizaes desenvolvem e implementamsistemas de gesto voltados para a segurana e sade ocupacional.Ainda cita Araujo (2006a) que os controles implementados devem ser capazes deidentificar e avaliar as causas associadas aos acidentes e incidentes. Principalmente, aavaliao e o exame dos incidentes, pois fornecem dados que, se devidamente tratados atravsde uma viso sistmica, podem fornecer subsdios importantes para a preveno de possveisacidentes.Lapa (2001) considera a gesto de segurana e sade, atravs da garantia da integridadefsica e da sade dos funcionrios, como fator de desempenho que deve ser incorporado gesto do negcio empresarial.Acidentes, incidentes constituem, muitas vezes, em eventos que devem ser controlados demaneira preventiva atravs do planejamento, organizao e avaliao do desempenho dosmeios de controles implementados. Estes eventos esto, muitas vezes, associados a inmerascausas, e no apenas a uma causa especfica. Anlises simples e rpidas podem levar concluso de que a causa imediata reside nos fatores humanos e/ou em algum tipo deproblema tcnico, mas, grande parte de tais eventos decorrente de falhas na gestoresponsvel pela segurana e sade ocupacional aplicada a estes fatores. Assim, importanteque os gestores responsveis pelo controle dos aspectos de segurana e sade da organizaodem especial ateno ao fator humano e a tecnologia utilizada.Na poca da Revoluo Industrial, as preocupaes na rea de segurana no focavam apreveno de acidentes, e sim a reparao dos danos sade e a integridade fsica dostrabalhadores, cujos custos diretos eram conhecidos. Segundo Benite (2004), por volta de1926 os estudos do norte-americano Heinrich j demonstravam uma relao entre os custosindiretos e diretos da ordem de 4:1, ou seja, os custos indiretos eram muito mais altos do queos custos diretamente associados aos acidentes evidenciando que somente a reparao no erasuficiente sendo necessrios investimentos em preveno.Qualquer acidente gera um prejuzo econmico significativo, pois todos os custos diretose indiretos resultantes so custeados pela a empresa e conseqentemente atinge todas as partesrelacionadas. A abrangncia destes custos deve ser bem conhecida pelos empresrios, demodo que esses percebam os recursos desperdiados para cada acidente que ocorra, servindocomo um forte argumento para estimular investimentos que reduzam ou eliminem a suaocorrncia. Deve-se destacar que o custo total da no-segurana para as empresas,trabalhadores, famlias, sociedade e governo de difcil mensurao.Reativamente, os custos decorrentes da falta de segurana esto ligados ao tratamento dasconseqncias dos acidentes e as subseqentes aes corretivas. J, os custos da seguranaesto relacionados com todo o tempo e recursos utilizados no planejamento da preveno deacidentes e nos controles implementados nos locais de trabalho.Muitas empresas vm mudamdo seus princpios e valores, expressando formalmente emseu cdigo de tica e que devem nortear todas as suas relaes, planos, programas e decises,buscando implementar uma gesto socialmente responsvel. Nesse caso, o exerccio destesprincpios e valores se d em duas dimenses: a gesto da responsabilidade social interna e agesto da responsabilidade social externa. Assim, este novo conceito faz com que empresasIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 3socialmente responsvel tomem suas decises, pr-ativamente, com base na tica e natransparncia de suas aes.Os sistemas de gesto da Segurana e Sade no Trabalho um conjunto de iniciativas daorganizao, formalizado atravs de polticas, programas, procedimentos e processos denegcio da organizao para auxili-la a estar em conformidade com as exigncias legais edemais partes interessadas, conduzindo suas atividades com tica e responsabilidade social.Os elementos deste sistema de gesto no so estticos e devem reagir e se adaptarem aosdesvios (reais ou potenciais) que ocorram em relao aos seus objetivos e propsitos, visando melhoria contnua.Tavares Jr. (2001), diz que, embora a gesto da sade e segurana ainda no exista comonorma internacional, como o caso da ISO 9000 para qualidade e da ISO 14000, para a gestoambiental, os especialistas da rea acreditam que a questo da sade e segurana ter o mesmocaminho, considerando a srie de normas britnicas BS 8800 para sistemas de gesto desegurana e sade. Diferente das normas de qualidade e ambiental que so certificadoras, asnormas de sade e segurana vm na forma de guia unificando todo um contedo. No Brasil,h diversas empresas que j possuem ou trabalham para obter sistemas integrados queincorporam os requisitos da ISO 9000, ISO 14000 e as diretrizes da BS 8800.Para implementao do Sistema de Gesto de Segurana e Sade no Trabalho, tambm importante conhecer os nveis de desempenho em relao Segurana e Sade no Trabalhoque as organizaes podem apresentar, visto que o propsito bsico do sistema atuar sobreesse desempenho. Estes sistemas de gesto de podem contribuir para que empresas obtenhamum nvel de melhoria contnua de desempenho, visto que apresentam mecanismos sistmicosde melhoria, fundamentando-se em uma atuao pr-ativa.Tomando como base o pressuposto de que impossvel ocorrer um acidente e suasconseqncias sem a presena de um perigo, as empresas devem buscar o total conhecimentodos perigos e riscos existentes em seus ambientes de trabalho, estabelecendo uma sistemticaque permita a criao de um inventrio dos perigos e riscos existentes, contemplando aavaliao dos riscos envolvidos, devendo ser pr-ativo e com objetivo garantir que todos osperigos atuais e futuros sejam identificados e tratados adequadamente.O gerenciamento de riscos de fundamental importncia, pois auxilia a tomada dedeciso na rea de Segurana e Sade e permitir melhor alocao de recursos, alm desubsidiar o processo de definio de medidas de controle, podendo avaliar quais riscos sotolerveis e quais devem ser controlados. Estes dados tambm devem subsidiar oestabelecimento dos objetivos e programas, direcionando os recursos para as reas maisimportantes, o que resulta em uma melhoria na relao custo-benefcio.Deve-se notar a importncia deste requisito pois o desempenho de segurana e sade estdiretamente ligado eficcia de sua implementao, ou seja, se os perigos e riscos forem malidentificados ou avaliados, todas as aes decorrentes sero realizadas de forma inadequada.A empresa, baseando-se na identificao de perigos e avaliao de riscos, deve identificarquais so os processos que podem contribuir para a eliminao dos perigos ou para a reduodos riscos, e estabelecer os controles necessrios, considerando diversos fatores, entre eles: onvel de risco existente, os custos, a praticidade do controle e a possibilidade de se introduzirnovos perigos, a fonte (perigo), o meio e o homem, e quanto mais prximos os controlesestiverem das fontes mais eficientes e efetivos eles sero.Os controles operacionais na fonte, devem dar prioridade eliminao dos perigos ouevitar que eles existam, pois uma vez que no existe o perigo, no haver o acidente. Deve-sedestacar que essa forma de controle pode demandar a aplicao de novas tecnologias,mudanas significativas nos processos e conseqentemente maiores investimentos para seobter resultados mais significativos.Os controles nos meios baseiam-se na criao de barreiras para prevenir que o homemfique exposto a um determinado perigo, sem que este seja eliminado. Uma vez aplicadas,operando corretamente e com as devidas manutenes, as barreiras no demandam aes porparte das pessoas. Uma das maiores dificuldades em relao a esse tipo de controle que,muitas vezes, as barreiras so removidas ou tornadas inoperantes, expondo as pessoas aorisco. Esse tipo de controle, em alguns casos, pode criar uma falsa sensao de segurana,podendo gerar graves acidentes.O controle sobre as pessoas baseia-se no estabelecimento de parmetros para a forma depensar e agir dos trabalhadores, como intuito de que os processos ocorram de maneira segura.Este deve ser utilizado como ltimo recurso, somente nos casos em que no possvelconseguir uma forma praticvel de tornar o ambiente de trabalho intrinsecamente seguro.HIGIENE DO TRABALHOA Higiene do Trabalho, estruturadacomo uma cincia prevencionista, vem sendoaperfeioada dia a dia e tem como objetivofundamental atuar no ambiente de trabalho,a fi m de detectar o tipo de agente prejudicial,quantifi car sua intensidade ou concentrao etomar as medidas de controle necessrias pararesguardar a sade e o conforto dos trabalhadoresdurante toda sua vida de trabalho.Segundo a OMS - Organizao Mundial deSade, a verifi cao de condies de Higiene eSegurana consiste num estado de bem-estarfsico, mental e social e no somente a ausnciade doena e enfermidade .O desenvolvimento tecnolgico da humanidade,alm de trazer enormes benefciose conforto para o homem do sculo XX, temexposto o trabalhador a diversos agentes potencialmentenocivos e que, sob certas condies,podero provocar doenas ou desajustesno organismo das pessoas que desenvolvemsuas atividades normais em variados locaisde trabalho.At meados do sculo 20, as condies detrabalho nunca foram levadas em conta, sendosim importante a produtividade, mesmo quetal implicasse riscos de doena ou mesmo morte dos trabalhadores.Apenas a partir da dcada de 50 / 60, surgemas primeiras tentativas srias de integraros trabalhadores em atividades devidamenteadequadas s suas capacidades.A higiene e a segurana so duas atividadesque esto intimamente relacionadas como objetivo de garantir condies de trabalhocapazes de manter um nvel de sade dos colaboradorese trabalhadores de uma Empresa.A higiene do trabalho prope-se combater,de um ponto de vista no mdico, as doenasprofi ssionais, identifi cando os fatores que podemafetar o ambiente do trabalho e o trabalhador,visando eliminar ou reduzir os riscosprofi ssionais (condies inseguras de trabalhoque podem afetar a sade, segurana e bemestar do trabalhador).As condies de segurana, higiene esade no trabalho constituem o fundamentomaterial de qualquer programa de prevenode riscos profi ssionais e contribuem, na empresa,para o aumento da competitividade comdiminuio do absentesmo.1.1 Objetivos da Higiene do TrabalhoA higiene do trabalho tem carter eminentementepreventivo, pois objetiva a sade e oconforto do trabalhador, evitando que adoeae se ausente provisria ou defi nitivamente dotrabalho. Os principais objetivos Eliminao das causas das doenasprofi ssionais Reduo dos efeitos prejudiciais provocadospelo trabalho em pessoasdoentes ou portadoras de defeitosfsicos Preveno de agravamento de doenase de leses Manuteno da sade dos trabalhadorese aumento da produtividadepor meio de controle do ambiente detrabalho