Helenismo

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  • HELENISMO

  • A partir do ano 350 a.C., uma nova civilizao comeou a ascender politicamente e militarmente no Mundo Antigo. A Macednia, sob o domnio do rei Felipe II, iniciou um processo de expanso territorial que rompeu com a hegemonia do mundo grego.

  • Sendo educado pelo filsofo grego Aristteles, Alexandre entrou em contato com o conjunto de valores da cultura grega. Alm disso, suas incurses pelo Oriente tambm o colocou em contato com outras culturas. Simptico ao conhecimento dessas diferentes culturas, o imperador Alexandre agiu de forma a mesclar valores ocidentais e orientais. desse intercmbio que temos definida a cultura helenstica

  • O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras entre pases e culturas. Quanto religio houve uma espcie de sincretismo; na cincia, a mistura de diferentes experincias culturais; e a filosofia dos pr-socrticos e de Scrates, Plato e Aristteles serviu como fonte de inspirao para diferentes correntes filosficas as quais veremos algumas agora.

  • PERODO HELENISTA Sculo IV a.C. ascenso de Alexandre. Imprio Macednico Fim definitivo da Polis (Fim da poltica).1. Fim da Esfera Pblica2. Fim da Democracia (Estado de Direito e Soberania Popular)3. Tirania Absoluta

  • Conseqncias na Esfera Intelectual

    . Fim das grandes especulaes tericasFim da polis como referncia;Filosofia como auto-ajuda e consolao;Acaba a poltica e a esfera pblica e assim o combustvel da filosofia, que era os debates em praa publica, e assim a filosofia deixa de construir grandes especulaes tericas. A Filosofia se volta para a tica da arte de viver.

  • O Cosmopolitismo HelnicoO ideal da Plis substitudo pelo ideal cosmopolita (o mundo inteiro uma plis), e o homem-citadino substitudo pelo homem-indivduo; a contraposio grego e brbaro em larga medida superada pela concepo homem em uma dimenso de igualitarismo universal.

  • Compreendemos porque todas as filosofias ento elaboradas, com exceo da socrtica, arriscaram tornar-se desatualizadas e superadas pelos tempos. Surgiu assim a exigncias de novas filosofias mais eficazes do ponto de vista prtico que ajudassem a enfrentar os novos acontecimentos e a inverso dos antigos valores aos quais estavam estreitamente ligadas. De tal modo, que cultura helnica, difundiu-se em vrios lugares, tornou-se cultura helenstica, e o centro da cultura passou de Atenas para Alexandria. Como expresses das novas exigncias impuseram-se as filosofias Cnica, Epicurista, Estica e Ctica, enquanto o platonismo e o aristotelismo caram em grande medida em esquecimento.

  • A Cultura Helenstica A cultura helenstica resultou da fuso da cultura grega com a cultura oriental, promovida pela expanso do imprio Macednico com Alexandre Magno. A Grcia no era mais o centro cultural do mundo. Os principais centros da cultura helenstica foram Alexandria, no Egito, Antioquia, na Turquia, e Prgamo, na sia Menor.

  • As principais contribuies para a formao do mundo ocidental ocorreram: - Artes: se a arte grega caracteriza-se pelo equilbrio, pela leveza e pelo humanismo, as artes helensticas perderam aquelas caractersticas e passaram a ser dominadas pelo realismo exagerado e pelo sensacionalismo. Os artistas helensticos no se preocupavam com o belo, mas sim com o grandioso e luxuoso.

  • Farol de Alexandria

  • Grande Altar de Zeus

  • Vnus de Milo

  • Vitria de Samotrcia

  • Cincias os conhecimentos cientficos alcanaram tal nvel de desenvolvimento, principalmente no campo da astronomia e da matemtica, que fizeram com que as cincias helensticas fossem as mais desenvolvidas da Histria, durante vrias sculos. Os grandes nomes deste perodo foram: Euclides: que desenvolveu de maneira extraordinria os conhecimentos de geometria; Arquimedes: descobridor da lei da alavanca e da hidrosttica. Inventou o parafuso tubular para bombear gua, a hlice, as lentes convexas e criou um planetrio. Para defender sua cidade, cercada pelos romanos, construiu mquinas poderosas como catapultas, que atiravam pedras enormes sobre os inimigos; com um sistema de espelhos, que concentrava os raios solares, conseguiu incendiar vrios navios romanos;

  • Aps a morte de Alexandre, aos 33 anos, o imprio foi dividido em 3 grandes reinos:O da Sria ou sia Ocidental, que abrangia a Sria, a sia Menor e a Mesopotmia;O reino do Egito, que compreendia alm do Egito, a Arbia e parte da Palestina;O reino da Macednia, que englobava a Grcia.Entre os sculos II e I a.C, todos esses grandes reinos e outros menores foram conquistados pelos romanos.

  • Os Cnicos

    A filosofia cnica foi fundada em Atenas por Antstenes (discpulo de Scrates) por volta de 400 a.C. Os cnicos diziam que a felicidade podia ser alcanada por todos, pois ela no consistia em luxria, poder poltico ou boa sade e sim em se libertar disto tudo. Achavam que as pessoas no deviam se preocupar com o sofrimento (prprio ou alheio) nem com a morte. O principal representante desta corrente filosfica foi Digenes (discpulo de Antstenes).

  • Antstenes

  • Conta-se que, um dia, Scrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas diversas mercadorias. Depois de algum tempo, ele exclamou: Vejam quantas coisas o ateniense precisa para viver!. Naturalmente ele queria dizer com isto que ele prprio no precisava de nada daquilo.Esta postura de Scrates foi o ponto de partida para a filosofia cnica, fundada em Atenas por Antstenes um discpulo de Scrates -, por volta de 400 a.C.

  • Os cnicos diziam que a verdadeira felicidade no depende de fatores externos como o luxo, o poder poltico e a boa sade. Para eles, a verdadeira felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efmeras. E justamente porque a felicidade no estava nessas coisas ela podia ser alcanada por todos. E, uma vez alcanada, no podia mais ser perdida.

  • O cnico mais importante foi Digenes. Conta-se que ele vivia dentro de um barril e no possua mais do que uma tnica, um cajado e um embornal de po. Um dia, quando estava sentado ao sol junto ao seu barril, recebeu a visita de Alexandre Magno. Alexandre aproximou-se do sbio, perguntou-lhe se ele tinha algum desejo e disse-lhe que, caso tivesse, seu desejo seria imediatamente satisfeito. Ao que Digenes respondeu: Sim, desejo que te afastes da frente do meu sol. Com isto Digenes mostrou que era mais rico e mais feliz que o grande conquistador. Ele tinha tudo o que desejava.

  • Os cnicos achavam que as pessoas no precisavam se preocupar com a sade, nem mesmo com o sofrimento e com a morte. E elas tambm no deveriam se atormentar com o sofrimento dos outros. Hoje em dia, quando empregamos as palavras cnico e cinismo estamos nos referindo, na maioria das vezes, a apenas este aspecto: o da impudncia, da insensibilidade ao sentir e ao sofrer$ do outro.

  • Digenes

  • EPICURISMOO Epicurismo surge nos arredores de Atenas. Era uma escola conhecida por seus lindos jardins, nos quais Epicuro ministrava suas aulas, por isso ficou conhecida como Filosofia do Jardim.

    O Epicurismo se baseia em cinco pontos principais:

    A realidade plenamente penetrvel e compreensvel pela inteligncia do homem.

    2. Nas diversas situaes o homem pode construir sua felicidade.

  • 3.A felicidade significa a ausncia de dores no corpo e perturbao na alma.4. Para atingir esta paz e felicidade, o homem s precisa de si mesmo.5. A felicidade no depende da nobreza, da riqueza, dos deuses, ou das conquistas exteriores, pois o homem s feliz quando autnomo e independente de condicionamentos exteriores.

    No epicurismo a lgica e a fsica eram rudimentares, mas ambas estavam subordinadas tica da arte de viver.

  • A LGICA DO EPICURISMO:A lgica elabora o caminho para a verdade, nela os sentimentos so mensageiros da verdade.Toda sensao objetiva, produzida por alguma coisa, sendo, portanto, verdadeira. A sensao colhe o ser essencial de modo infalvel e no confunde a alma, como pensa Plato. Sobre as idias e as representaes mentais, Epicuro afirma que elas so memria daquilo que vem do exterior, isto , a experincia deixa na mente uma impresso das sensaes passadas, e essa impresso permite conhecer as coisas. esta lgica que vai fundamentar a tica epicurista em termos opostos aos de Plato.

  • A TICA DO EPICURISMOCom base na lgica apresentada, os sentimentos de prazer e dor permitem distinguir o bem e o mal.

    O bem tudo aquilo que proporciona prazer e o mal tudo aquilo que proporciona dor. No se trata porm de uma filosofia hedonista, na medida em que a busca do prazer deve obedecer ao comando da razo e do bom senso.

    Sobre o prazer, Epicuro dir que este a ausncia de dores no corpo e a falta de perturbao na alma.

    No se trata, porm, de dissipao e torpeza, trata-se do prazer segundo o sbrio raciocinar, o prazer escolhido com sabedoria.

  • Epicuro analisa trs tipos de prazer

    Prazeres Naturais e Necessrios: Como o caso de comer quando se tem fome e repousar quando se esta cansado. No inclui os prazeres do amor e do desejo, pois estes causam a perturbao da alma e no so nem naturais nem necessrios.

    2. Prazeres Naturais e No Necessrios: Como o caso de comer bem e vestir-se com apuro.

    3. Prazeres No Naturais e No Necessrios: So prazeres vazios, baseados em opinies falsas, dentro os quais, o desejo de riqueza, poder e honras. Estes prazeres produzem a perturbao da alma e no aliviam a dor do corpo.

  • A AMIZADE, A POLTICA E A MORTE SEGUNDO O EPICURISMOEsta filosofia enxerga o homem, no mais como cidado, mas como homem privado. A AMIZADE para Epicuro:De todas as coisas que a sabedoria busca, em vista de uma vida feliz, ao maior bem a conquista da amizade.A Amizade anda pela terra, anunciando a todos que devemos acordar para dar alegria uns aos outros.A riqueza, segundo a natureza, esta inteira no po, na gua e no abrigo qualquer para o corpo,, a riqueza suprflua multiplica os desejos e perturba a alma. O maior dos prazeres a amizade, trata-se do lao verdadeiro entre os indivduos, ver um outro como eu.

  • A polticaA POLITICA para Epicuro a busca do poder, da fama e da riqueza. Ela enganosa miragem, to vazia quanto as coisas que busca. Neste sentido, a vida pblica no enriquece o homem, mas o dispersa e dissipa.

    A vida poltica no natural, causa perturbaes na alma e dores no corpo, comprometendo a felicidade. Retira-te para dentro de ti mesmo, porque a coroa da serenidade superior coroa dos grandes imperadores.

  • OS QUATRO REMEDIOS PARA EVITAR O SOFRIMENTO1. Vazios so os temores com relao aos deuses e ao alm.2. A morte no nada, e deve ser encarada sem pavor.3. O prazer bem entendido pode dar felicidade a todos.4. O mal dura pouco e suportvel.

    A MORTE quando chega, nada sentimos e enquanto no chega no real. Portanto um mal para que nutre falsas opinies sobre ela

  • ESTOICISMOSurge 25 anos depois do Epicurismo, por volta do ano 312 a.C., seu maior filosofo e fundador da escola era Zeno.Estoicismo antigo: entre sc. IV e VI a.C. Estoicismo mdio: sc. II e I a.C. Novo Estoicismo: poca do Imprio Romano, na qual assume tons religiosos e de meditao moral.Possui uma lgica, uma tica e uma fsica. Neste sentido, afirmavam que a filosofia uma arvore cujas razes esto na lgica; o tronco, na fsica; e a tica nos frutos. A lgica, como no Epicurismo, fornece os critrios de verdade.

  • A LGICA DO ESTOICISMO A base do conhecimento a sensao, aquilo que afeta os sentidos. Nestes termos, a sensao uma impresso provocada pelos objetos sobre os nossos rgos sensoriais, e que se transmite alma, nela se imprimindo e gerando a representao. preciso, porm, um consentir, um aprovar do logos, que est em nossa alma, ou seja, o logos atua sobre nossas impresses. Temos, ento, a representao compreensiva.

  • A FSICA DO ESTOICISMO A fsica estica se baseia em trs pontos:1. O ser o que tem a capacidade de agir e sofrer, nestes termos, o ser corpo.2. Ser e corpo so idnticos, portanto temos um Materialismo monista.3. Deus penetra toda a realidade. Deus inteligncia, mas tambm natureza. Trata-se de um Deus Physis e Logos, Natureza e Razo. Deus hora sopro, hora fogo, e nisto consiste toda a matria. Em suma, Deus esta em tudo. Assim, no h o dualismo metafsico de Plato.

  • A TICA DO ESTOICISMOA tica estica consiste na busca da felicidade, que se alcana vivendo segundo a natureza. Existem trs princpios para esta vida

    1. Conservar-se a si mesmo.

    2. Apropriar-se do prprio ser e de tudo que necessrio para a sua conservao.

    3. Conciliar-se consigo mesmo, saber o que voc , possuir auto critica. Conciliar-se com as coisas que so conforme sua essncia.

    So esses princpios que nos trazem a noo do bem segundo a tica estica.

    Como o homem um ser racional, o bem o que conserva e incrementa a razo; o mal o que danifica a razo.

  • Assim, a sabedoria e a virtude tornam o homem livre e feliz. Sabedoria e virtude significam erradicar e eliminar todas as paixes, tornar-se sereno e indiferente aos sofrimentos impostos pelo destino.

    Trata-se da apatia estica. Por ela, elimina-se toda a piedade, compaixo e misericrdia, pois estes so defeitos e vcios da alma. O sbio no se comove em favor de quem quer que seja; no prprio do homem forte deixar-se vencer pela piedade e afastar-se da justa severidade.