H1 - Aula 09A

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DEFINIÇÃO DE ANTROPOLOGIA Antropologia é a ciência que estuda o comportamento do ser humano em suas múltiplas facetas “Estuda o ser humano em todas as sociedades, sob todas as latitudes em todos os seus estados e em todas as suas épocas” (Laplantine, 1996:16)

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Material de apoio para a disciplina de Homem, Cultura e Sociedade ofertado pela Faculdade Pitágoras em Linhares/ES - 2010

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DEFINIÇÃO DE ANTROPOLOGIA

Antropologia é a ciência que estudao comportamento do ser humano emsuas múltiplas facetas

“Estuda o ser humano em todas associedades, sob todas as latitudesem todos os seus estados e emtodas as suas épocas” (Laplantine,1996:16)

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A Exigência:

O estudo da totalidade

a) O ser humano é, antes de tudo, indivisível

(Marcel Mauss, 1960).

b) Todo ser humano habita num microcosmos

c) Todo comportamento humano é, ao mesmo

tempo, político, econômico, psicológico, social,

cultural, etc.

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“As Ciências Políticas se dão por objeto de investigação um certo aspecto do real: as instituições que regem as relações de poder;

As ciências econômicas, um outro: os sistemas de produção e troca de bens;

As ciências jurídicas, o direito;

As ciências psicológicas, os processos cognitivos e afetivos;

As ciências religiosas, os sistemas de crença...

Mas todos estes são para o antropólogo fenômenos parciais (...). O parcelamento disciplinar comporta, de fato, no horizonte científico contemporâneo, um risco essencial: o de um desmantelamento do homem em produtor, consumidor, cidadão, parente...” (Laplantine)

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d) Não é possível fazer antropologia

isolando qualquer um destes

aspectos, pois “o que pretende-se

compreender é o contexto no qual se

situam esses objetos” (Laplantine,

p.156): O ambiente sociocultural

Isso revela a natureza sistêmica da

disciplina

*

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O Egocêntrico

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O Etnocêntrico

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Segundo Max Weber, “étnicos são

aqueles grupos humanos que em

virtude de semelhanças no habitus

externo ou nos costumes nutrem

uma crença subjetiva na

procedência comum, que de tal

modo que esta se torna importante

para a propagação das relações

comunitárias” (Weber, 2004:270).

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Etnocentrismo“A fidelidade [demasiada] a um certo

conjunto de valores faz com que,

inevitavelmente, as pessoas fiquem

„parcial ou totalmente insensíveis a

outros valores‟ aos quais outras

pessoas, igualmente provincianas,

são igualmente fiéis” (Geertz,

2001:70)

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EtnocentrismoFobia pela diferença, que geralmente

está no “Outro” em suas diversas

formas: primitivo, selvagem,

homossexual, “homens de cor”,

“hippies”, “mulheres de vida fácil”,

hereges etc. - constitui “perigo” que

deve ser exterminado (Paula, 1996:02)

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Etnocentrismo“Trata-se de uma violência que,

historicamente, não só se concretizou

por meio da violência física contida

nas diversas formas de colonialismos,

mas, sobretudo, disfarçadamente por

meio daquilo que Pierre Bourdieu

chama “violência simbólica”.José Carlos de Paula

Neste sentido, o que pode ser feto ao feto de Likola?

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EtnocentrismoOs colonialistas vão chegando e os

antropólogos vão classificando

(hierarquizando) legitimando a

dominação do homem branco anglo-

saxão, tecnicista (Matta, 2000:91)

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Chegava-se a estas conclusões comparando os costumes entre as sociedades.

Exemplo,

Em determinada região do pacífico, Henry Morgan, nota “o costume de chamar de „mãe‟ todas as mulheres situadas na mesma geração da mãe, inclusive obviamente suas „irmãs‟, que para nós são classificadas por „tias‟”.

Da mesma forma, são chamados “de „pai‟ todos os homens da geração do pai, inclusive seus irmãos; classificando pela mesma lógica os filhos destas pessoas como „irmãos‟ e não como „primos‟”.

O costume foi tomado como uma prova de que em um tempo pretérito os casamentos eram promíscuos, em comparação com o modelo ocidental que era nucleado e a família individualizada.

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Bibliografia

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio

de Janeiro: LTC Editora, 1989.

LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São

Paulo: Brasiliense, 1988.

WEBER, Max. Economia E Sociedade. Volume 2.

Brasília: UnB, 1999.

CARVALHO, José Carlos de Paula. Etnocentrismo:

inconsciente, imaginário e preconceito no universo das

organizações educativas

http://www.interface.org.br/revista1/debates2.pdf