Gutierreodontolife 53

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Jan/Fev/Mar 2013 | ed. 53 ISSN - 1807-9954 Internet Você conectado ao resto do mundo em tempo real, dentro ou fora da clínica. GUTIERRE ODONTO Dental entra no mercado de e-commerce com o lançamento da sua loja virtual. JURISPRUDÊNCIA Publicidade na internet e ética na profissão. REABILITAÇÃO ORAL Reabilitando e remodelando o sorriso: três anos de controle.

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www.gutierreodonto.com.br > 1Jan/Fev/Mar 2013 | ed. 53

ISSN - 1807-9954

InternetVocê conectado ao resto

do mundo em tempo real,dentro ou fora da clínica.

GUTIERRE ODONTODental entra no mercadode e-commerce com o lançamento da sua loja virtual.

JURISPRUDÊNCIAPublicidade na internete ética na profi ssão.

REABILITAÇãO ORALReabilitando e remodelando osorriso: três anos de controle.

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2 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Agentes dessensibilizantes: Nitrato de Potássio e Fluoreto de Sódio.

pH neutro: evita sensibilidade e desmineralização do esmalte dental.

Alto teor de água: evita a desidratação dental.

Excelente viscosidade: não escorre da moldeira.

Molhabilidade ideal: melhor penetração na estrutura dental.

Maior rendimento: 3g cada seringa, rende até 9 aplicações.

Conheça também White Class em seringas unitárias com as novas concentrações 4% e 10%.

www.fgm.ind.br

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Agentes dessensibilizantes: Nitrato de Potássio e Fluoreto de Sódio.

pH neutro: evita sensibilidade e desmineralização do esmalte dental.

Alto teor de água: evita a desidratação dental.

Excelente viscosidade: não escorre da moldeira.

Molhabilidade ideal: melhor penetração na estrutura dental.

Maior rendimento: 3g cada seringa, rende até 9 aplicações.

Conheça também White Class em seringas unitárias com as novas concentrações 4% e 10%.

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Editorial

InternetImpossível viver sem ela

De acordo com levantamento realizado pelo Ibope Media, até de-zembro de 2012 o Brasil contava com 94,2 milhões de internautas, sendo o 5º país do mundo com maior número de conexões à in-

ternet. Desse montante, quase 60 milhões de usuários acessam a internet regularmente, pelo menos em um dia da semana.

Com a entrada da classe C no universo online, o crescimento da internet no Brasil aumentou consideravelmente, de 27% para 48% entre 2007 e 2011, e deve manter esse ritmo, tanto entre o número de usuários das lan houses, onde acontece o maior número de acessos, como nas conexões residenciais.

Em 2011 foram gastos R$ 18,7 bilhões em compras online, mais que o dobro dos R$ 8,2 bilhões gastos em 2008, lembrando que apenas 20% dos usuários brasileiros fazem compras pela internet. A maioria ainda considera esta uma operação não segura, ou não acreditam na qualidade dos produtos comercializados na rede.

No Brasil, 95% das empresas possuem computador e, atualmente, exis-tem aproximadamente 100 milhões de computadores em uso no país. Entre os navegadores mais utilizados, a liderança fica com o Chrome (25,30%), seguido pelo Firefox (24,30%), lembrando que, de 2011 para cá, houve uma grande migração de internautas para sistemas de banda larga com velocidades superiores a 2Mbps.

No mundo, o número de usuários bateu a casa dos 2 bilhões no final de 2012. No início dos anos 80 havia pouco mais de 300 sites disponíveis na rede, hoje são mais de 170 milhões. 70% dos usuários consideram a internet indispensável. Diariamente, 500 pessoas entram na internet pela primeira vez e 200 milhões de tuítes são publicados. Aproximadamente 50 horas de vídeo são disponibilizados no youtube a cada minuto e, a cada segundo, um novo blog é criado. Atualmente, o Facebook, maior rede social do mundo, tem mais de 1 bilhão de usuários, em 213 países, o equivalente ao triplo da população dos Estados Unidos, disponível em 70 idiomas.

Os números são tão impressionantes que decidimos dedicar algumas páginas desta edição para falar do fenômeno Internet e, especialmente, dos benefícios que esta poderosa ferramenta pode oferecer aos profissionais da Odontologia. Na Matéria de Capa, nas páginas da Gutierre Odonto e também no Caderno Informativo você encontra artigos que abordam o tema sob diversos aspectos.

Já o Caderno Científico está recheado com 10 novos trabalhos cientí-ficos, escritos por profissionais de várias especialidades da Odontologia, que atuam em diferentes regiões do país.

A edição 53 da Gutierre OdontoLife marca o início de 2013 e seu lança-mento acontece no Ciosp 2013 - 1º Congresso Interdisciplinar da APCD.

Boa leitura!

Ana Lúcia Pereira Editora

A Gutierre OdontoLife é uma publicação pertencente à OdontoLife Edição dePeriódicos Ltda. - ME, produzida e distribuída em parceria com a Dental Gutierre Odonto.

DireçãoAna Lúcia Pereira de JesusJosé Eduardo Gibin Gutierre

Editora e Jornalista ResponsávelAna Lúcia Pereira (MTb: 24.654)[email protected]

Departamento Comercial e MarketingThiago MonfréFone: (16) 3303 [email protected]

Projeto Gráfico e DiagramaçãoNeto [email protected]

RedaçãoRua João Nutti, 1561 - Cj. 12 - Pq. BandeirantesRibeirão Preto-SP - CEP: 14090-387Fone: (16) 3236 4802

Distribuição (gratuita)Dental Gutierre OdontoRua Voluntários da Pátria, 2839 - CentroAraraquara-SP - CEP: 14801-320Fone: (16) 3303-1820

ImpressãoGráfica e Editora São Francisco Ltda.Rodovia Anhanguera, Km 320 + 20mRecreio AnhangueraRibeirão Preto-SP - CEP: 14097-140Fone: (16) 2101 4151

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. A Gutierre OdontoLife não autoriza ninguém a retirar, emprestar ou permutar qualquer tipo de material para produção ou similares e nem a negociar em nome da revista sem autorização da diretoria.

Normas de Publicação: No Caderno Científico, a revista Gutierre OdontoLife divulga artigos (Científico / Caso Clínico / Técnico ou de Revisão), produzidos por clínicos gerais e cirurgiões-dentistas das diversas especialidades odontológicas. Todo profissional que tiver interesse em publicar seu trabalho em nossas páginas deve enviar o material atendendo às seguintes normas para publicação:1) Nos trabalhos em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. 2) Os editores da Gutierre OdontoLife podem adaptar o artigo às normas jornalísticas vigentes e ao padrão gráfico da revista. 3) O texto deve ser digitado e entregue em arquivo do word (doc), na fonte Times News Romam, corpo 11, contendo: título, artigo, referências bibliográficas, titularidade do(s) autor(es) e legendas identificadas para todas as imagens (fotos, tabelas ou ilustrações). NÃO INSERIR imagens no arquivo doc. 4) Todas as imagens devem ser enviadas separadamente, em alta resolução (JPG - 300 DPIs) com, no mínimo, 9 cm de largura. Inserir no mínimo três e, no máximo, 16 imagens por artigo. 5) Os trabalhos em grupo deverão conter os nomes e a titularidade de todos os autores, e-mail ou telefone de pelo menos um dos autores. 6) Sobre as referências bibliográficas: devem ser adotadas as normas de Vancouver (as referências são enumeradas de acordo com a ordem de entrada no texto). 7) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor(res). Cada um receberá exemplares da revista em que seu trabalho foi publicado. 8) Anexar ao trabalho os dados completos de todos os autores para contato (nome completo - endereço completo - CEP - telefones e e-mail).

Os trabalhos podem ser enviados para o e-mail: [email protected] ou através de mídia digital (CD ou DVD) endereçados para: Redação Gutierre OdontoLife - R. João Nutti, 1561 - Cj. 12 - Pq. dos Bandeirantes - CEP: 14090-387 - Ribeirão Preto-SP.

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Consulta: www.ibope.com.br

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Índice

26 - PERIODONTIAMembrana absorvível utilizada como carreador deantibacterianos para tratamento da bolsa periodontal.

28 - IMPLANTODONTIAReabilitação Oral e Estética: Protocolo de Brånemark.

32 - DENTÍSTICA RESTAURADORA E ESTÉTICAEstética com resina composta em Incisivo Central Superior.

34 - DENTÍSTICA RESTAURADORA E ESTÉTICARedução cervical cirúrgica e “lentes de contato dental” parcial.

36 - DENTÍSTICA RESTAURADORA E ESTÉTICARestabelecimento estético-funcional de região anterior:combinação de coroas unitárias e laminado cerâmico.

38 - CIRURGIA E IMPLANTODONTIA (ANALGESIA)Analgesia Polimodal Profilática: segredo do sucessopós-operatório em Cirurgia e Implantodontia.

40 - ODONTOLOGIA LEGALAuditoria odontológica: campo de trabalho para cirurgiões.

42 - REABILITAÇãO ORALReabilitando e remodelando o sorriso: três anos de controle.

45 - REABILITAÇãO ORALOverdenture mandibular em paciente idoso.

48 - ORTODONTIAAutoligado sem Ortodontia- Momento de entusiasmo e cautela.

A internet abrindo novas perspectivas para profi ssionais da Odontologia

DENTAL GUTIERRE ODONTO 18 - Com lançamento da loja virtual Dental Gutierre Odonto entra no mercado e-commerce.

20 - Colaboradores internos falamda importância da informatizaçãopara o crescimento da empresa.

CAPA8

52 - JURISPRUDÊNCIANA ODONTOLOGIAPublicidade na internete ética na profissão.

54 - BIOSSEGURANÇAMonitorização da esterilizaçãoem autoclaves: por que setornou obrigatório?

56 - VITRINE ODONTOLóGICANotícia, informação, lançamentos,novidades e curiosidadesna Odontologia.

57 - CALENDáRIO DE EVENTOSOs principais encontrose congressos nacionaise internacionais do setorodontológico.

58 - SOCIALFlashs dos principaisacontecimentos do setor.

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A internet abrindo novas perspectivas para profissionais da Odontologia

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De mãos dadas com os avanços tecnológicos, nos últimos 30 anos a Odontologia evoluiu a passos largos. A tecnologia nos deu a fotografia digital, o raio X digital, o laser, as câ-

meras intraorais, o microscópio eletrônico óptico, as pontas diamantadas, as resinas, os implantes e a impressionante evolução dos materiais dentários, até a possível via-bilização da terceira dentição através do uso de células-tronco. Mas as mudanças mais extraordinárias, que vão transformar ainda mais a profissão, aconteceram no campo da informática, sobretudo com a entrada da internet nas clínicas odontológicas, na edu-cação e no dia-a-dia do cirurgião-dentista.

A internet tornou-se protagonista no ce-nário odontológico atual, transformando o perfil dos profissionais da área (mesmo dos mais resistentes, que agora estão tendo que se adaptar a esta nova realidade), abrindo novas perspectivas aos cirurgiões-dentistas, gerando mudanças na prática odontológi-ca cotidiana, desde os processos mais sim-ples, como a gestão de consultórios, até os mais complexos, como a comunicação e o relacionamento com pacientes e colegas de profissão.

Com a colaboração de cirurgiões-dentis-tas de diferentes setores, que acompanham de perto essas transformações e se interes-sam em dividi-las com seus colegas, vamos mostrar aos nossos leitores alguns exemplos e dicas de como a internet pode ser utilizada em benefício da classe odontológica, essa poderosa ferramenta que oferece infinitas possibilidades de serviços e negócios, asse-melhando-se a um entreposto comercial, onde tudo pode ser transacionado.

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Enviar e-mails, pesquisar, buscar informa-ções de cunho científico, social, econômico ou cultural, pagar contas, fazer transações ban-cárias, comprar, vender, assistir filmes, ouvir músicas, ver as notícias do dia, bater papo com parentes e amigos distantes, se relacionar com clientes, pacientes e fornecedores, comprar ingressos para o cinema, jogar uma partida de gamão com um desconhecido, enfim, a in-ternet de hoje permite que você se relacione com o resto do mundo em tempo real, sem sair de casa, do escritório, ou do consultório e tem causado mudanças nos hábitos de seus usuários, entre eles, cirurgiões-dentistas de diferentes gerações e especialidades.

“Uso a informática em minhas atividades docente e clínica desde a década de 80 e, a internet, desde a década de 90, quando as di-ficuldades desta ferramenta ainda eram mui-to grandes. Acompanhei praticamente todos os passos evolutivos da internet no Brasil e, atualmente, esta ferramenta faz parte ativa da minha vida profissional. Não me vejo sem ela no meu trabalho e na minha vida particular”, conta o professor universitário Laumer Quin-tella, 60 anos, da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista (Foa/Unesp), mestre em Ortodontia, especia-lista em Plástica Dental, Dentística e Prótese.

“Fui um dos pioneiros no Brasil a fazer fo-tos de casos clínicos através de câmeras foto-gráficas digitais, passadas para o computador e montadas no Power Point, da Microsoft e, atualmente, no Keynote, da Apple, que são fer-ramentas essenciais para a projeção de slides para a ministração de aulas teóricas e apresen-tação de casos clínicos explicativos para pa-cientes. Na minha clínica particular, a agenda de pacientes, a movimentação financeira, os registros de trabalhos realizados, a anamnese, as fotos antes e depois, são armazenados em computador e constantemente acessados. O

que mais se ganha com a internet hoje é tempo e agilidade. Mas pra isto você tem que investir em qualidade de equipamentos, programas bem adequados ao seu tipo de trabalho e ter conhecimento um pouco além do básico sobre informática, pra que se aproveite ao máximo o que esta ferramenta tem pra oferecer. Temos vários pacientes que nos conheceram através do site da clínica e troco muitas informações com meus alunos e pacientes através de e-mail ou redes sociais in box. Vale a pena investir em conhecimento para aproveitamento máximo desta maravilha que é a internet”, acrescenta Laumer Quintella.

Quem concorda com ele é o também ci-rurgião-dentista Marcelo Rodrigues Alves, 42 anos, especialista em Dentística Restauradora pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp) e diretor da MC Première Clínica Inte-grada. Para Marcelo, é preciso saber utilizar os recursos que a informática e a internet oferecem com coerência, seja para fazer uma simples pesquisa, para divulgar seu trabalho

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Laumer quintella, professor da Faculdadede Odontologia de Araçatuba (Foa/Unesp),mestre em Ortodontia, especialista emPlástica Dental, Dentística e Prótese.

Uso ainformática em minhas atividades docente e clínica desde a década de 80 e, a internet, desde a década de 90, quando as dificuldades desta ferramenta ainda eram muito grandes.

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Marcelo Rodrigues Alves, professordo curso de Dentística Restauradorada Faculdade de Odontologia deRibeirão Preto (Forp/Usp).

O Facebook para mim já deixou de ser brincadeira há muito tempo. Mas para ser uma boa ferramenta de Marketing é preciso saber utilizá-lo.

e sua imagem profissional, ou no relaciona-mento com colegas e pacientes.

“A internet trouxe a biblioteca virtual para dentro dos consultórios, mas nem tudo é con-fiável. Uma boa dica para ter acesso a artigos sérios na área odontológica é o site Pubmed, onde encontramos os resumos de todos os artigos publicados no mundo. Alguns podem não estar disponíveis na íntegra, mas com o título e o resumo você consegue procurar o material em outros lugares. Para quem mi-nistra cursos e palestras, uma boa dica é fazer as citações e “linkar” com o artigo. Qualquer problema, é só acessar o artigo e tirar as dú-vidas na hora. Outra ferramenta importante para o cirurgião-dentista é o website. Quando criamos o da MC Première, pensamos no que os pacientes e colegas gostariam de encontrar ao acessarem as páginas. O paciente quer ver a qualidade das instalações, a qualidade do trabalho, o nome e o currículo dos profissio-nais, ter facilidade para obter respostas online e para encontrar telefones e endereço. Para colegas e alunos, publicamos trabalhos clíni-

cos e científicos, sempre utilizando fotos de qualidade e próprias, feitas dentro da clínica, vídeos de todos os trabalhos e eventos que participamos, entre outros atrativos”, ressalta Marcelo, que também lembra a importância das redes sociais.

“O Facebook para mim já deixou de ser brincadeira há muito tempo. Mas para ser uma boa ferramenta de Marketing é preci-so saber utilizá-lo. A começar pelo controle do número de amigos, onde o importante é a qualidade das pessoas com as quais você se relaciona e não quantidade. É preciso ter cui-dado com o que se posta no Facebook. Fotos em eventos esportivos, sociais e familiares são sempre bem vindas, assim como em congres-sos ou quando estou recebendo um professor de fora. Fotos de cursos, palestras, eventos e com alunos da faculdade, enfim, tudo que possa agregar valores positivos à minha ima-gem pessoal e profissional. Hoje em dia as grandes empresas, por exemplo, consultam o perfil de profissionais através das redes sociais. Nelas, você e seu trabalho ficam expostos e podem serem observados a qualquer instante, em qualquer lugar do planeta, por isso é tão importante ter cuidado”, acrescenta Marcelo Alves, que também é fundador do departa-mento de Marketing da Apcd de Ribeirão Preto-SP.

Para as novas gerações de cirurgiões--dentistas que entraram no mercado de tra-balho nos últimos anos, quando a internet já era uma realidade constante no dia-a-dia da prática odontológica, a interatividade e a possibilidade de estar conectado à rede sem-pre que necessário, em qualquer lugar, são os maiores atrativos, como analisa o especialista, mestrando e professor convidado do curso de Dentística da Forp/Usp, Alvaro Augusto Junqueira Júnior, de 28 anos.

“Utilizo a internet diariamente, pelo celu-lar ou notebook, para acessar artigos científi-cos necessários em meus afazeres acadêmicos e para manter contato com amigos, seja por e-mail ou por redes sociais, como o Facebook, onde possuo muitos colegas de profissão adi-cionados. A interação é constante. Acho essa possibilidade magnífica. Trocamos informa-ções precisas sobre condutas clínicas, assim como ficamos atentos a cursos importantes na nossa área. Aliás, acho muito importante ter a

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possibilidade de acessar a internet em cursos e eventos, seja para ter acesso a conteúdos não programados, como artigos que possam escla-recer alguma dúvida surgida em apresentações e que enriquecerão a discussão, ou para con-versar em tempo real com outros cirurgiões--dentistas e alunos. Ao mesmo tempo, as redes sociais são uma ferramenta importante nos dias atuais para a divulgação de nosso traba-lho. Utilizo-as rotineiramente. Por todas essas razões é fundamental ter bons equipamentos, como notebooks e celulares, dentro e fora do consultório”, ressalta Alvaro.

Em alguns casos, a vontade de se comuni-car com o mundo e sair do ambiente ás vezes “claustrofóbico” do consultório odontológico é tão grande, que o profissional cria alterna-tivas para amenizar o peso da rotina e viven-ciar outras realidades. Foi esse pensamento que levou o cirurgião-dentista formado pela Universidade Paulista (Unip – São Paulo-SP), especialista em Periodontia e Implantodontia, Luiz Rodolfo May dos Santos, de 33 anos, a criar o blog Dicas Odonto, em junho de 2010.

“Compartilho minhas experiências com a Odontologia diariamente com o blog, sejam elas mais sérias, com um tom de denúncia ou com um tom mais humorístico, para quebrar um pouco o gelo e a seriedade diária da nossa profissão. Conheci muita gente em razão do blog, aprendi muito e estou tendo a oportuni-dade de saber como a Odontologia funciona em outros estados e países. Outra vontade pessoal é tentar trazer a Odontologia mais para perto das pessoas, com informações de qualidade. Foi daí que veio a ideia de mesclar Odontologia com quadrinhos, fazer postagens que mostram a Odontologia no cinema e na televisão, mostrar fatos e notícias interessan-tes sobre tudo que estiver relacionado com a nossa profissão, de uma maneira simples e bem humorada. Sempre com originalida-de, criando conteúdo inédito e responsável, fugindo do formato ‘recorta e cola’ que não soma nada a ninguém”, enfatiza Luiz Rodolfo, que participará do 2º Fórum sobre Blogs e Mídias Sociais, no Ciosp 2013 e complementa: “Dados recentes mostram que durante a noite existem mais pessoas acessando a internet do que vendo televisão no Brasil. No ano passado percebemos que os cirurgiões-dentistas possu-íam muitas dúvidas em relação às redes sociais e vimos que está havendo um fortalecimento e união da classe odontológica através do am-biente online. Isso é muito positivo”, explica.

Para o coordenador do website de ensino odontológico identalclub, Christian Coach-man, 39 anos, cirurgião-dentista formado pela Faculdade de Odontologia da Usp (Fo/Usp) desde 2002, membro da Academia e da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e segundo brasileiro a se tornar membro da Academia Americana de Odontologia Estética (AAED), a mais conceituada do mundo neste ramo, além de ser uma excelente maneira de buscar e trocar informações, a internet tam-

Utilizo a internet diariamente, pelo celular ou notebook, para acessar artigos científicos necessários em meus afazeres acadêmicos e para manter contato com colegas de profissão.

Alvaro Augusto Junqueira Júnior,especialista e mestrandoem Dentística Restauradora.

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bém pode ser uma grande ferramenta de Ma-rketing. “Não conseguimos mais imaginar o mundo sem a internet e seus benefícios. Para mim a internet se transformou na maior e melhor maneira de divulgar meu trabalho e preencher meus cursos. As pessoas me encon-tram de maneira muito fácil através de todas as mídias sociais. Também utilizamos a inter-net para o trabalho clínico, planejamos nossos casos de forma interdisciplinar, sem que os membros do time estejam no mesmo local, ou disponíveis ao mesmo tempo. Ou seja, se a internet desaparecesse hoje estaríamos em grande apuro! Há tanto a se explorar que su-giro a contratação de pessoas especializadas em internet, mídias sociais, SEO (Search En-ging Optimization), assessoria de imprensa, marketing, etc.”, ressalta Coachman, criador do conceito Digital Smile Design (DSD), com a colaboração e inputs de parceiros com quem trabalha, entre eles, Marcelo Calamita, Livio Yoshinaga, Andréa Ricci e Florin Cofar.

O conceito DSD foi elaborado para su-prir deficiências dos próprios profissionais no trabalho diário de transformação de sor-risos dos pacientes. “Percebi que havia alguns links perdidos nos trabalhos de Reabilitação Oral, relacionados a uma falta de qualidade na comunicação interdisciplinar, no design do sorriso e também uma interação muito pobre com os pacientes. O DSD tem nos ajudado e muito nestes aspectos”, acrescenta ele, que ministrará uma palestra no Ciosp 2013, para apresentar o conceito DSD aos participantes.

Graças à internet, já é possível, por exem-plo, fazer todo o diagnóstico e planejamento para uma cirurgia de implante, com qualidade e precisão, com uma única consulta, depen-dendo do caso. E parte disso se deve também à evolução da radiografia digital que há alguns anos vem revolucionando o conceito de aqui-sição de imagens na Odontologia.

Atualmente, é cada vez maior o número de clínicas de radiologia odontológica que trabalham com imagens 100% digitais. Além da rapidez, o exame digital é um método com-provadamente seguro, diminui o tempo de exposição e a dose de radiação ao paciente e ao profissional, não agride o meio ambiente e, o mais importante, produz imagens de alta qua-lidade e definição que permitem ao cirurgião--dentista fazer diagnósticos mais confiáveis e precisos. Resumidamente, essas imagens ficam à disposição em um determinado software na rede, podendo ser consultadas pelo profissio-nal, paciente, ou equipe de profissionais, em qualquer momento. Também fazem parte do universo das documentações odontológicas as tomografias computadorizadas, bastante solicitadas e utilizadas pelos odontólogos.

“As clínicas de radiologia odontológica e tomografi a computadorizada, como é o caso da DVI, obrigatoriamente utilizam a internet para inúmeras atividades. Hoje, além da realização e transmissão dos exames, é possível fazer a digitalização e armazenamento de imagens, ou seja, nós digitalizamos exames impressos

e armazenamos em nosso banco de dados, de modo que profissionais e pacientes de-vidamente cadastrados possam consultá-las sempre que for necessário, pelo tempo que for preciso”, comenta Hugo Rosin, 32 anos, cirurgião-dentista formado pela Forp/Usp e radiologista formado pela Fop/Unicamp, sócio-proprietário da DVI - Diagnóstico Vo-lumétrico por Imagem.

Com cinco unidades localizadas no inte-rior de São Paulo (Ribeirão Preto, Araraquara, Franca, São José do Rio Preto e Barretos), a DVI também utiliza a rede para o próprio gerenciamento da empresa e de suas filiais, na comunicação entre as unidades, seja na parte administrativa, financeira, marketing, recur-sos humanos, etc. e, também, para estreitar o relacionamento com cirurgiões-dentistas e pacientes através de mídias sociais e ferra-mentas de e-mail marketing.

Ainda assim, mesmo com tanta moder-nização e avanços, o radiologista acredita que ainda estamos vivendo um momento de transição, sobretudo nesta área. “Não é todo

Compartilho minhas experiências com a Odontologia diariamente com o blog, sejam elas mais sérias, com um tom de denúncia, ou com um tom mais humorístico, para quebrar um pouco o gelo e a seriedade diária da nossa profissão.

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bém pode ser uma grande ferramenta de Ma-rketing. “Não conseguimos mais imaginar o mundo sem a internet e seus benefícios. Para mim a internet se transformou na maior e melhor maneira de divulgar meu trabalho e preencher meus cursos. As pessoas me encon-tram de maneira muito fácil através de todas as mídias sociais. Também utilizamos a inter-net para o trabalho clínico, planejamos nossos casos de forma interdisciplinar, sem que os membros do time estejam no mesmo local, ou disponíveis ao mesmo tempo. Ou seja, se a internet desaparecesse hoje estaríamos em grande apuro! Há tanto a se explorar que su-giro a contratação de pessoas especializadas em internet, mídias sociais, SEO (Search En-ging Optimization), assessoria de imprensa, marketing, etc.”, ressalta Coachman, criador

(DSD), com de parceiros com quem

trabalha, entre eles, Marcelo Calamita, Livio

conceito DSD foi elaborado para su-prir deficiências dos próprios profissionais no trabalho diário de transformação de sor-risos dos pacientes. “Percebi que havia alguns

perdidos nos trabalhos de Reabilitação Oral, relacionados a uma falta de qualidade

design do sorriso e também uma interação muito pobre

Luiz Rodolfo May dos Santos,periodontista e implantodontista,formado pela Unip de São Paulo,criador do blog Dicas Odonto.

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mundo que muda de um dia para o outro, por isso ainda existe certa resistência em re-lação ao uso da internet e à aceitação plena da documentação 100% digital. Em média, 25% dos nossos clientes não querem mais saber de papel em suas clínicas e pedem somente a documentação digital. Outros 25% ainda não abrem mão da documentação impressa e os 50% restantes solicitam as imagens das duas formas. Essa transição ainda levará alguns anos para acontecer”, acrescenta Hugo.

Com a implementação dos Núcleos de Te-leodontologia nas principais instituições de ensino superior do Sul e Sudeste do Brasil, fica claro o poder e a importância da internet também na educação e na formação de profis-sionais do setor odontológico. Os principais objetivos desses núcleos, que representam a participação da Odontologia no Programa Telessaúde Brasil, são melhorar a qualida-de e agilidade do atendimento nas Redes de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que permite aos trabalhado-res, por exemplo, esclarecerem dúvidas sobre procedimentos clínicos e ações de saúde em tempo real, via chat ou videoconferências. No comércio, as empresas estão cada vez mais se preparando para atender clientes através da internet e, embora ainda exista escassez de si-tes de venda confiáveis na Odontologia, algu-mas empresas de renome já adotaram as lojas virtuais e e-commerces, oferecendo variedade, agilidade, qualidade e pontualidade na entrega de materiais para todas as especialidades.

Ao mesmo tempo, as grandes indústrias líderes do mercado odontológico, cientes de que hoje a informação tem um enorme poder e de que a informatização na área da Saúde é uma realidade, comunicam-se com o mercado através das mais diferentes mídias online.

“Contamos hoje com um site em três di-ferentes línguas, sistematicamente atualiza-

do com notícias sobre a empresa, canais de vídeos no youtube sobre nossos produtos e página no Facebook, fomentando a intera-ção e comunicação com o nosso cliente. Por outro lado, de um modo bastante peculiar, também proporcionamos ao cliente um canal de comunicação para que o mesmo entre em contato com a empresa com suas sugestões e ideias, o Programa Sugest. Um canal de co-municação que por muitas vezes tem levado ou sido responsável pelo desenvolvimento de novos produtos e/ou implementação de novas tecnologias. Ouvir o cliente é parte do sucesso de nosso trabalho”, revela Francisco Carlos Rehder Neto, 29 anos, especialista em Odontologia Restauradora e coordenador de Inteligência de Mercado da Gnatus Equipa-mentos Médicos e Odontológicos.

Segundo ele, a preocupação da empresa com acessibilidade e tecnologia é uma cons-tante, que existe sempre que se inicia um novo projeto. “Este ano, por exemplo, estamos dis-ponibilizando ao mercado o motor cirúrgico iChiropro, em parceria com uma empresa su-

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Christian Coachman, cirurgião-dentistaformado pela Faculdade de Odontologiada Usp (Fo/Usp), criador do conceitoDigital Smile Design (DSD).

Não conseguimos mais imaginar o mundo sem a internet e seus benefícios. Para mim a internet se transformou na maior e melhor maneira de divulgar meu trabalho e preencher meus cursos.

As clínicas de radiologia odontológica e tomografia computadorizada, obrigatoriamente utilizam a internet para inúmeras atividades.

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hugo Rosin, radiologista,sócio-proprietário da DvI - Diagnósticovolumétrico por Imagem.

Francisco Carlos Rehder Neto, especialista em Odontologia Restauradora, coordenador de Inteligência de Mercado da Gnatus Equipamentos Médicos e Odontológicos.

íça. O equipamento emprega um conceito de interação entre o motor de implante e o iPad, com softwares exclusivamente desenvolvidos para a condução de procedimentos cirúrgicos, que pode ser baixado gratuitamente na Ap-ple Store e instalado no iPad. Permitindo o controle de todas as funções do motor de implante, o profissional pode programar as sequencias clínicas operatórias, docu-mentar e gravar dados relativos ao proce-dimento que podem ser facilmente expor-tados via e-mail para o próprio paciente”, acrescenta Francisco, que cita também a internet como agente facilitador da inter-nacionalização das empresas. “A Gnatus é uma empresa brasileira que se orgulha por estar presente em mais de 137 países ao redor do mundo. Esse alcance por mui-tas vezes foi impulsionado pela internet, ao apresentar e encantar clientes de outros países que depositaram confiança em nossos produ-tos. A internet nos proporciona agilidade e o retorno está na satisfação dos nossos clientes e no próprio crescimento da marca em todo

o mundo”, finaliza.Unanimidade entre os entrevistados, é im-

portante ressaltar que existem regras que de-vem ser seguidas e que a internet não substitui a comunicação direta e pessoal através da qual se estabelece a relação de respeito e confiança entre o cirurgião-dentista e seu paciente. Po-rém, não se pode negar o poder desta mídia de mão dupla, que permite o diálogo instantâneo entre as partes envolvidas.

No mundo “conectado” em que vivemos a informação tem um valor inestimável e a necessidade de se comunicar com velocidade, de manter-se atualizado com o que acontece ao redor e de saber o que os outros pensam de você ou do resto do mundo, faz parte da vida de milhões de pessoas.

Ficar fora da internet hoje significa ficar para trás, fi car fora do seu tempo, pois, inega-velmente, ela é a ferramenta do presente, in-dispensável, inevitável, na Odontologia ou em qualquer outro segmento, capaz trazer benefí-cios incalculáveis a todos aqueles que souberem utilizá-la com dignidade e inteligência.

Contamos hoje com um site em três diferentes línguas, sistematicamente atualizado com notícias sobre a empresa, canais de vídeos no youtube sobre nossos produtos e páginano Facebook.

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16 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

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18 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Dental Gutierre Odonto

A Dental Gurtierre Odonto dá mais um exemplo de modernidade e inovação com o lançamento de sua loja virtual, globalizando sua área de abrangência. Utilizando uma plataforma Framework, uma

das melhores do mercado, a loja reúne o que há de melhor em gestão de produtos e pedidos, clientes, marketing, frete e métodos de pagamentos. Além disso, possui uma ferramenta que se diferencia de outros players do mercado, que é o Toolkit SEO, que contempla um kit de ferramentas de SEO integrado, tornando-a ainda mais completa, permitindo trabalhar com as melhores práticas de otimização para os mecanismos de busca.

“O grande destaque fica para a nossa solução pioneira em sistema de gestão de conteúdo com uma ferramenta de eCMS (e-commerce Content Management Sys-tem), proporcionando maior flexibilidade, agilidade e liberdade para o cliente alterar o layout e a estrutura da loja”, explica Oris Lima, Gerente Comercial de Key Accounts da Ciashop, empresa do grupo IdeiasNet, uma Venture Capital brasileira, de capital aberto e uma das mais representativas companhias focadas nos setores de tecnologia, mídia e telecomunicações na América Latina.

Toda estrutura da loja virtual da Gutierre Odonto foi precisamente estudada para aten-der com agilidade e clareza o acesso através de diversos devices, principalmente desktops e ta-blets. “A busca bem posicionada no topo, auxilia o cliente a encontrar os produtos que deseja de forma ágil. A maior novidade fica por conta da vitrine de lançamentos. A navegação é dife-

renciada, lembrando muito um banner jQuery, bastante utilizado pelas lojas por carregar em vários devices e agregar usabilidade e persuasão para o cliente final”, ressalta Oris Lima.

Destaque especial também para as formas de pagamento, fretes e entregas. Na nova loja virtual da Gutierre Odonto os meios de paga-mento são: cartões de crédito das bandeiras Visa, Mastercard, Dinners, American Express e Hiper-card; depósito bancário; transferência bancária e faturamento para 28 dias.

Para o frete ser grátis é necessário ter uma com-pra mínima de acordo com a região: R$ 150,00 (todas as cidades do estado de São Paulo); R$ 300,00 (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo); R$ 400,00 (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás); R$ 550,00 (Para as regiões Norte e Nordeste), lembrando que essas condições podem sofrer alterações.

Para os pedidos que não atingirem os valores mínimos será cobrado frete de acordo com o peso e a região. Para saber as opções de envio e valores, basta colocar o CEP antes de fechar a compra e o site irá calcular automaticamen-te (Sul e Sudeste: R$ 14,00; Centro-Oeste: R$ 19,00; Norte e Nordeste: R$ 29,00).

Nos casos em que o pedido tiver o frete grátis, caberá à Dental Gutierre determinar a melhor maneira de envio do material.

Todos os pedidos feitos na Dental Gutierre passam por análise de crédito e conferência dos dados. Após aprovados, os materiais são sepa-rados e despachados. Os pedidos feitos no site antes das 17h serão despachados no próximo dia útil e o tempo para o cliente recebê-los seguirão

Com lançamento da loja virtual Dental GutierreOdonto entra nomercado e-commerce

Oris Lima, gerente comercialde Key Accounts da Ciashop.

LOCALIDADES DIAS PARA ENTREGA

Estado de São Paulo ........................................................................................ de 1 a 3Estados de Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo ......................................... de 2 a 7Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul ................................. de 2 a 7Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás ........ de 3 a 8Região Nordeste .............................................................................................. de 8 a 14Região Norte .................................................................................................... de 12 a 20

* Os prazos de entregas e os preços do frete grátis são exclusivos da loja virtual da Dental Gutierree o tempo pode variar dependendo do clima e das condições do trânsito nas estradas.

Page 19: Gutierreodontolife 53

www.gutierreodonto.com.br > 19

Dental Gutierre Odonto

Toda estrutura da loja virtual da GutierreOdonto foi precisamente estudada para atender com agilidade e clareza...

os prazos* da tabela abaixo:É importante destacar que, caso o cliente não

esteja no local indicado na ocasião da entrega, os entregadores tentarão por duas vezes, em horários diferentes. Se não houver sucesso nas tentativas, os materiais retornarão para a matriz da Dental Gutierre.

Mais um diferencial para os clientes da Gu-tierre será o uso do GuestCkeckout! “De acordo com estudo conduzido pela Forrester Research, 25% dos consumidores abandonam o carrinho se tiverem que se cadastrar para fazer uma compra. Pensando nisso a Ciashop desenvolveu o módulo de Guest Checkout (Compra como Convidado). Com este módulo, a loja passa a dar a opção ao e-consumidor, de comprar sem passar pelo ca-dastro, ou seja, eliminamos todos os problemas envolvidos em fornecer login e senha, como es-quecimento da senha, CPF já cadastrado, entre vários outros. Este módulo aumenta a conversão da loja de 10% a 30%, refl etindo imediatamen-te em aumento de 10% a 30% do faturamento da loja virtual”, explica o gerente comercial da Ciashop, que acrescenta: “Esperamos contribuir com o crescimento e desenvolvimento do canal de vendas web da Dental Gutierre Odonto, pro-porcionando cada vez mais ferramentas em sua plataforma, que permitam à Gutierre fi delizar e encantar seus clientes pontocom.

Sabendo da importância deste novo passo

da Gutierre Odonto no comércio eletrônico, a Ciashop busca atender de forma exclusiva e per-sonalizada seu novo parceiro, com profi ssiona-lismo, conhecimento e experiência. Nesse sen-tido, tem trabalhado para criar uma atmosfera de amizade e troca de experiência, que resultou em um planejamento bem realizado, visando a redução de riscos, evitando o desperdício de tempo e dinheiro, garantindo assim, a sinergia de ambas as empresas para o sucesso do negócio.

“Vamos disponibilizar todo o suporte técni-co e atendimento necessários para que a Gu-tierre possa atender seus clientes virtuais com propriedade, segurança e agilidade, como: hos-pedagem gerenciada em Data Center de padrão Internacional; nível de serviço (SLA): 99,0% de uptime mensal; Service Desk: suporte prestado através de gerentes de relacionamento via sis-tema online; manutenção corretiva: correções sanadas de acordo com nível de criticidade/tempo de resposta contratados; monitoramen-to de infraestrutura: 24x7 realizado por equipe especializada com o objetivo de garantir o má-ximo nível de disponibilidade e performance da loja virtual, entre outras ações”, fi naliza Oris Lima, gerente da Ciashop, empresa que atua no mercado há 14 anos, destacando-se como uma das pioneiras do setor.

ACESSE: www.gutierreodonto.com.brE FAÇA SUAS COMPRAS.

Nova loja virtual da Dental GutierreOdonto já está disponível nosite www.gutierreodonto.com.br

Transformamos negócios em sorrisos.

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20 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Para a diretora do Departamento Financeiro, Célia Gutierre, por exemplo, sem a internet se-ria impossível realizar suas tarefas diárias. “Tra-balho na Dental Gutierre desde sua fundação, há aproximadamente 13 anos. Devo tudo que aprendi até hoje ao Eduardo, meu marido e di-retor da empresa, ele que jamais perdeu a força e garra de lutar. No dia a dia do Departamento Financeiro, além de utilizarmos o sistema To-tvs que, em nível de mercado nacional, possui tecnologia de ponta, consultamos vários sites como o da Serasa Experian, Banco do Brasil, Cielo, Receita Federal, Sintegra, CRO, American Express, Correios, transportadoras diversas, etc. Nossa rotina é muito dinâmica e a internet é uma ferramenta indispensável. Para gerenciar pagamentos e recebimentos, com o volume de faturamento e compra que a Gutierre possui, precisamos estar alinhados a toda tecnologia que o mercado oferece. Nosso objetivo é obter agilidade com qualidade para oferecermos um bom atendimento. Tecnologia e internet são fundamentais, pois nos mantêm conectados e atualizados, permitindo ajudar nossos clientes e fornecedores com decisões rápidas e confiáveis. Recebemos do Departamento de Tecnologia da Informação (TI) todo o suporte necessário para trabalharmos com tranquilidade e agilidade, re-alizando reuniões semanalmente e, em situações mais urgentes, recebemos sua visita imediata. A empresa como um todo, possui uma sinergia muito boa entre todos os seus colaboradores, des-de os mais novos até os mais antigos. Parece que, de alguma forma, consciente ou inconsciente, compartilhamos das mesmas ideias de respeito, alegria nos relacionamentos e dedicação. Tenho muito orgulho de todos”, ressalta Célia.

Dental Gutierre Odonto

Em qualquer empresa, seja de pe-queno, médio ou grande porte, que dependa hoje de canais de comunicação interna ou exter-na, marketing, posicionamento de mercado, entre outras ações, o

emprego de recursos tecnológicos adequados e o uso da internet são ferramentas indispensáveis para sua sobrevivência.

Fica difícil pensar em crescimento e inova-ções numa empresa sem que essas ferramentas estejam envolvidas em pelo menos uma parte ou em todo o processo. Através da internet, por exemplo, as empresas podem atingir mercados distantes; conseguem ampliar rapidamente seu volume de vendas e de consumidores; podem atender diversos clientes e fornecedores ao mes-mo tempo; reduzir custos; acompanhar tendên-cias de mercado e estratégias de seus concorren-tes. Saber tirar proveito de tanta modernidade, no entanto, é o grande desafio para os atuais gestores e pode fazer a diferença entre o sucesso (ou não) de uma empresa.

Nesse contexto, a Dental Gutierre Odonto mostra que está pronta para se adaptar às pos-síveis mudanças e aproveitar as oportunidades, sempre correndo em direção ao novo, ao que é atual. Nos últimos anos, tem investido em tec-nologia para modernizar e informatizar todos os seus setores, acompanhando a velocidade que o mercado exige, mantendo-se entre as principais referências em seu segmento.

Sob a ótica de seus próprios colaboradores internos, você vai conhecer alguns dos principais departamentos da Gutierre Odonto e saber de que forma cada um se utiliza da tecnologia para desempenhar seus respectivos papéis, garantin-do o bom andamento e crescimento da empresa.

Gutierre Odonto de mãos dadas com a informatização

... com o volume de faturamento e compra que a Gutierre possui, precisamos estar alinhados a toda tecnologia que o mercado oferece.

Célia Gutierre

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www.gutierreodonto.com.br > 21

Dental Gutierre Odonto

Edgar Marques de Souza

Daniel Henrique Spoto

Débora Cristina Guirelli Januário

No Departamento Fiscal/Contábil a infor-matização é tão importante quanto no Finan-ceiro e quem explica isso é a responsável Débora Cristina Guirelli Januário.

“Comecei a trabalhar na Dental Gutierre, em julho de 2011, com o objetivo de trazer a contabilidade para dentro da empresa e, desde então, fiz a implantação do Fiscal/Contábil, que durou até dezembro de 2011. Acertamos todos os detalhes para que, em 2012, a contabilidade passasse a ser feita internamente e sob minha responsabilidade. A partir daí vieram muitas lutas, passei por vários desafios, sendo respon-sável pela Contabilidade e também pelo Depar-tamento Fiscal, fazendo entrega de declarações, apuração de impostos, conciliações contábeis e demonstrativos sendo entregues no prazo para tomada de decisões. Seria impossível realizar todo esse trabalho sem o auxílio da informática e da internet. Utilizamos um programa especí-fico que faz a integração perfeita entre vários módulos e consultamos sites confiáveis que nos ajudam com a legislação que muda frequente-mente. Usamos também programas da Receita Federal e o Sefaz, para fazermos as transmissões de declarações. Todos esses programas e sites são muito importantes para que possamos de-sempenhar nosso trabalho com pontualidade e sucesso. Para tudo que precisamos no auxílio à manutenção dos programas e de sites temos o suporte de nosso Departamento de Tecnologia da Informação, que está sempre trazendo solu-ções rápidas”, revela Débora.

Sob responsabilidade de Daniel Henrique Spoto, 30 anos, o Departamento de Compras da Dental Gutierre Odonto prova que a infor-matização é capaz de diferenciar uma empresa de suas concorrentes. “No nosso setor de Com-pras trabalhamos atualmente com um sistema sensacional, desenvolvido internamente, que permite obter, entre outras informações, a mé-dia de vendas, fornecer dados sobre o cliente/fornecedor, histórico de vendas, datas, produtos, valores, etc., auxilia na formação dos pedidos e no controle de estoque. É claro que a experiência do comprador conta muito, mas a ferramenta ajuda bastante, pois permite que você tenha uma visão mais completa do negócio que está sendo realizado. A Gutierre possui ainda um sistema exclusivo de formação de preços que também é algo diferenciado no mercado. Um sistema que leva em consideração todos os impostos, todas as despesas, dando uma informação atualizada de o quanto está sendo gasto ou investido em outros setores, desde limpeza e papelaria até ex-pedição, compra e venda. Todas essas ferramen-tas nos dão o suporte necessário para que pos-samos gerir um negócio saudável para garantir a sobrevivência e o crescimento da empresa”, explica Daniel, que entrou na Gutierre em 2005 como auxiliar de Expedição, passou pelo setor de Separação e desde agosto de 2009 está à fren-te do Departamento de Compras. “O respeito pelos clientes, fornecedores e colaboradores é marca registrada da Gutierre. O Eduardo e a Célia, diretores da empresa, são pessoas muito importantes na minha vida e na minha forma-ção, que me deram uma grande oportunidade e realizaram o sonho que eu tinha de trabalhar na Gutierre Odonto”, completa Daniel.

Outro setor de extrema importância no qual a informatização é indispensável é o Departa-mento de Logística e Expedição, na Gutierre coordenado por Edgar Marques de Souza, 34 anos, desde outubro de 2006. “A Logística e a Expedição garantem que os produtos vendi-dos cheguem até o seu destino nas condições adequadas e, principalmente, dentro dos pra-zos estabelecidos. Para isso, a empresa oferece uma estrutura completa e tecnologia adequa-da, disponibilizando software especializado, celulares, rádios e internet, para que possamos desenvolver nosso trabalho com qualidade se-gurança, mantendo principalmente nosso bom relacionamento com as empresas de transpor-te que trabalham em parceria com a Gutierre. Atualmente, realizamos em média 160 pedidos por dia. Com o lançamento do e-commerce da Gutierre, previsto para janeiro de 2013, estamos calculando que haverá um aumento de 30 a 40 pedidos diários e já estamos preparados para atender esse aumento de fluxo”, revela Edgar.

Para manter-se viva no mercado atual toda empresa necessita estar informatizada e, mais que isso, precisa saber utilizar e tirar proveito dessas poderosas ferramentas, proporcionando através de soluções tecnológicas, maior compe-titividade no mercado.

Além dos benefícios citados acima, um De-partamento de Tecnologia da Informação bem estruturado com profissionais qualificados como a Dental Gutierre Odonto possui, é capaz de disponibilizar informações em tempo real para que seus administradores possam tomar decisões de forma ágil e segura.

Transformamos negócios em sorrisos.

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22 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

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www.gutierreodonto.com.br > 25

CientíficoCADERNO

PERIODONTIAIMPLANTODONTIA

DENTÍSTICA RESTAURADORA E ESTéTICACIRURGIA E IMPLANTODONTIA

ODONTOLOGIA LEGALREABILITAÇÃO ORAL

ORTODONTIA

ARTIGOS CIENTÍFICOS | TéCNICOS | CASOS CLÍNICOS | ARTIGOS DE REvISÃO

Page 26: Gutierreodontolife 53

26 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Caderno Científico | Periodontia

RESUMOO tratamento mecânico da bolsa periodontal

de média e alta profundidade pode apresentar resultados desfavoráveis devido a fatores que restringem a descontaminação dessas áreas. Assim, medidas terapêuticas complementares são indicadas, tais como a aplicação local de fármacos por tempo determinado. O presente estudo descreve o uso de membrana absorví-vel utilizada nos procedimentos regenerativos periodontais, como carreador de cloridrato de tetraciclina como complemento ao tratamento mecânico da bolsa periodontal.

INTRODUÇÃOEmbora exista consenso quanto à etiologia

bacteriana das periodontopatias, os procedi-mentos terapêuticos mecânicos de raspagem e alisamento radicular, ainda são os tradicional-mente indicados para eliminação do biofilme, toxinas bacterianas, depósitos, cemento e den-tina contaminados. Assim, a qualidade da exe-cução destes procedimentos são determinantes para a manutenção da saúde periodontal. No entanto, podem apresentar restrições tais como: a capacidade dos microorganismos em invadir os tecidos periodontais bem como os túbulos dentinários, acesso à base de bolsas profundas, posição dental, anatomia radicular, técnica de instrumentação inadequada, que tornam ne-cessário o uso de recursos terapêuticos com-plementares1.

O biofilme subgengival é uma bio-comunida-de complexa e organizada, estruturada de modo a proporcionar o desenvolvimento bacteriano e conferir resistência contra agentes externos. Condição que requer procedimentos prévios de raspagem e alisamento radicular como pré--requisito ao uso de agentes quimioterápicos locais, os quais devem atender às seguintes necessidades: efetividade contra os microor-ganismos mais expressivos da patologia perio-dontal; apresente subgengivalmente uma dose adequada pelo tempo desejado; não apresente efeitos adversos locais ou sistêmicos ou altere o delicado equilibro ecológico do corpo2. A partir dessas considerações surge a hipótese: “podem os antimicrobianos, utilizados de forma local, potencializar o efeito do tratamento periodontal mecânico, contribuindo de modo a otimizar o

tratamento da bolsa periodontal”?Estudos demonstram que a liberação local

e controlada de tetraciclina em sítios tratados, periodontalmente comprometidos, age direta-mente sobre os microrganismos residentes no interior da bolsa periodontal, cemento e dentina radicular, suprime essa microbiota ou ainda mo-dula a resposta inflamatória, limitando assim, a destruição tecidual, sendo que esses significati-vos resultados foram mantidos por nove meses em 85% dos sítios tratados3.

A bolsa periodontal é um reservatório natu-ral que permite a inserção de um dispositivo de liberação medicamentosa (DLM) tipo sis-tema reservatório ou matricial4. Sendo que os benefícios obtidos são devido à manutenção dos níveis adequados do fármaco por um de-terminado período, determinados no interior da bolsas5. Desse modo, um número crescente de dispositivos biodegradáveis ou não biode-gradáveis tem sido desenvolvido. Por sua vez, os biodegradáveis possuem a característica de não necessitarem de remoção havendo, assim, a redução das visitas clínicas e uma maior adesão do paciente ao tratamento6.

Os DLM devem ter dimensões adequadas para conter a quantidade de medicamento necessária e manter a concentração por tempo suficiente, ser inserido e ajustar o seu volume no interior da bolsa periodontal, permanecendo no local durante o tempo requerido. As membranas absorvíveis utilizadas nos procedimentos re-generativos periodontais são constituídas es-sencialmente de um colágeno tridimensional, portanto, capaz de atuar como um sistema ma-tricial biodegradável para liberação de cloridra-to de tetraciclina. Suas dimensões são ajustáveis à anatomia da bolsa periodontal e permitem a liberação do fármaco por um período mínimo de 21 dias. Considerando esses aspectos, o pre-sente trabalho tem como objetivo avaliar clinica-mente o uso de membrana absorvível xenógena de origem bovina, como carreador matricial de cloridrato de tetraciclina, empregada como co-adjuvante no tratamento da bolsa periodontal7.

RELATO DE CASO CLÍNICOPaciente portador de periodontite crônica na

região dos dentes 13 ao 23, com sinais clínicos de inflamação, presença de sangramento a son-

Membrana absorvível utilizada como carreador de antibacterianos para tratamento da bolsa periodontal

◗ DENILDO DE MAGALhÃESProfessor Titular da área de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia (Foufu). Coordenador Acadêmico e coordenador do curso de Especialização em Periodontia do Centro de Pós-Graduação HD Ensinos Odontológicos - Uberlândia-MG.E-mail: [email protected]: (34) 3224 0352

◗ MARINA DE MELO NAvESProfessora do Curso Especialização em Periodontia e Implantodontia do Centro de Pós-Graduação HD Ensinos Odontológicos - Uberlândia-MG.

◗ NAThALIA SILvEIRA DE MENEzESProfessora do Curso Especialização em Periodontia e Implantodontia do Centro de Pós-Graduação HD Ensinos Odontológicos - Uberlândia-MG.

◗ hELDER hENRIqUE MAChADO DE MENEzESDiretor Administrativo e coordenador dos cursos de Especialização em Periodontia e Implantodontia do Centro de Pós-Graduação HD Ensinos Odontológicos - Uberlândia-MG.

◗ GUILhERME CARMINATI DE MAGALhÃESGraduando em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia (Foufo).

◗ FERNANDA CARMINATI DE MAGALhÃESAcadêmica da Faculdade de Odontologia do Centro Universitário do Triângulo Mineiro (Unitri).

◗ AGRADECIMENTOAo Centro de Pós-Graduação HD Ensinos Odontológicos - Uberlândia-MG..

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Caderno Científico | Periodontia Magalhães D / Naves MM / Menezes NS / Menezes HHM / Magalhães GC / Magalhães FC

dagem e bolsas periodontais com profundidade igual ou superior a 5 mm (Figura 1). Inicialmen-te o paciente foi submetido aos procedimentos de raspagem e alisamento radicular por meio de curetas tipo Gracey 5/6. Todos os princípios de instrumentação foram observados e, ao final do procedimento, a superfície radicular apresenta-va-se plana e regular.

Membranas xenógena absorvíveis obtida a partir de osso bovino, utilizada em procedi-mentos regenerativos periodontais (Genderm® - Baumer-Br), foram previamente impregnadas por cloridrato de tetraciclina e fornecidas para o trabalho. Estas foram recortadas, com um bisturi circular de 5 mm de diâmetro sobre um campo estéril, obtendo-se assim “chips” a serem instalados no interior da bolsa periodontal, os quais foram armazenados em frasco estéril até o momento do seu uso (Figura 2).

Após a raspagem e o alisamento radicular, os “chips” foram posicionados subgengival-mente na face vestibular e palatina/lingual de cada dente (Figura 3). Em seguida o paciente foi orientado quanto aos cuidados de higiene bucal e liberado, retornando após 21 dias para novo exame clínico.

Após o exame clínico final do paciente não relatou qualquer tipo de desconforto local ou sistêmico. Foram observadas clinicamente a re-gressão dos aspectos inflamatórios e ausência de sangramento, enquanto que, para profundidade de sondagem, houve uma redução média de em 50% (Figura 4).

DISCUSSÃODevido aos bons resultados obtidos com a

raspagem e alisamento radicular, esses procedi-mentos ainda são aceitos como a principal mo-dalidade de tratamento para a bolsa periodontal. No entanto, admiti-se que esses procedimentos sejam complementados com a aplicação local de antibacterianos, potencializando assim a capaci-dade de descontaminação periodontal.

Para a Periodontia o cloridrato de tetraciclina demonstra ser ainda um dos antibacterianos

mais efetivos em sítios localizados, requerendo, no entanto, o uso de carreadores para aplica-ção local. Frente a essa possibilidade, estudos demonstram a viabilidade das membranas ab-sorvíveis de origem bovina de atuarem como sistema matricial para liberação controlada desse fármco8.

Frente a essas características, foi possível a utilização desse recurso em nosso trabalho. Obtivemos amostras padronizadas de mem-branas previamente impregnadas e disponi-bilizadas para o nosso uso. Verificamos que os “chips” obtidos a partir dessas membranas, apresentavam consistência e dimensões com-patíveis com a sua inserção no interior das bolsas, permitindo, assim, o adequado posicio-namento subgengival. Sem, no entanto, causar qualquer tipo de desconforto local ou sistêmico para o paciente ao longo do período avaliado. Fato que demonstra ser um recurso tolerável pelo organismo, sem efeitos indesejáveis em nível local ou sistêmico.

Embora por si só a raspagem e o alisamento radicular determinem uma redução da atividade bacteriana, com consequente regressão dos as-pectos clínicos inflamatórios, ressaltamos que, em nosso caso, a descontaminação mecânica associada à liberação local de cloridrato de te-traciclina, promoveu uma potencialização na redução da profundidade das bolsas. Estudos demonstram que a redução média nos valores de sondagem para bolsas periodontais de média e alta profundidade, são de, aproximadamente, no máximo, em torno de 40%, enquanto que, no nosso caso, obtivemos um valor médio de 50%. Valores esses que vão de encontro com outros relatos da literatura9.

CONCLUSÃOEmbora estudos complementares e longitudi-

nais devam ser realizados, para melhor entendi-mento dos benefícios desse recurso, ao associar-mos os relatos da literatura e nossos resultados, é possível destacar a viabilidade de uso desse tipo de recurso para a terapia periodontal.

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) Van der Ouderaa FJG (1991) Anti-plaque agents. Rationale and prospects for prevention of gingivitis and periodontal disease. J Clin Periodontol, 18;447-454.2) Tinoco, EMB, Beldi, MI, Campedelli, F, Lana, M, Loureiro CA, Bellini HT, Rams TE, Tinoco PG, Preus HR. Clinical and microbiological effects of adjunctive antibiotics in treatment of localized juvekine periodontics. A controlled clinical trial. J. periodontal. V.69,n.12,p.1355-1363, 1998.3) Goodson J. Pharmacokinetic principles controlling efficacy of oral therapy. J Dent Res 1989 68: 1625-32.4) Medlicott, NJ, Rathbone, MJ, Tucker, IG, Holborow, DW. Delivery systems for the administration of drugs to the periodontal pocket. Adv. Drug Deliv. Rev., v. 13, p. 181-203, 1994.5) Steinberg D, Friedman M. Sustained release drug delivery devices for local treatment of dental diseases. In: TYLE, P. (ed.). Drug Delivery Devices. New York: Marcel Dekker, 1988. P. 491-515.6) Bromberg, LE, Buxton, DK, Friden, PM. Novel periodontal drug delivery system for treatment of periodontitis. J. Control. Rel., v. 71, p. 251-259, 2001.7) Silva JP. Avaliação “in vitro” dos níveis da dispersão de agentes antimicrobianos em membranas absorvíveis aplicadas nos procedimentos regenerativos periodontais. [dissertação] Uberlândia: Faculdade de Odontologia de Uberlândia/UFU; 2003.8) Oliveira RC, Carneiro E, Cestari TM, Taga R, Granjeiro JM. (2006) Dynamics of subcutaneous tissue response to the implantation of tetracycline-treated or untreated membrane of demineralized bovine cortical bone in rats. J Biomater Appl, 21(2):167-78.9) (Soares PB, Menezes HH, Naves MM, Taga EM, Magalhães D (2009) Effect of absorbent tetracycline-loaded membrane used in the reduction of periodontal pockets: an in vivo study. Braz Dent J, 20(5):414-4189).

Aspecto clínico inicial do envolvimento periodontal.Fragmentos padronizados, retirados da membrana im-pregnada, a serem utilizados como dispositivo de liberação. Inserção do “chip” na bolsa periodontal.

Aspectos clínicos após 21 dias.

Figura 1

Figura 4

Figura 2 Figura 3

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28 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Caderno Científico | Implantodontia

INTRODUÇÃODesde os tempos mais remotos é desejo do

homem devolver os dentes perdidos. O primeiro registro de implante aloplástico em um humano vivo, data de 600 D.C. com a instalação de três fragmentos de conchas na região de incisivos inferiores.

A partir da década de 60 os estudos de Per--Igvar Brånemark revolucionaram a Implanto-dontia com o advento da osteointegração (união funcional e estrutural entre osso vivo ordena-do e a superfície de um implante em função) e estabeleceu protocolos cirúrgicos e protéticos, usando implantes de conexão do tipo hexágono externo (HE) que permitiu alcançar altos índices de sucesso1.

O objetivo da Odontologia moderna é resta-belecer o paciente com contorno, função, con-forto, estética, fonação e saúde normais, quer seja removendo o tecido cariado de um dente ou substituindo vários dentes. O que torna a Implantodontia única é a habilidade em atin-gir este objetivo, independentemente da atrofia, doença ou injúria do sistema estomatognático2.

A palavra estética implica beleza, naturalidade e uma aparência jovem. A Odontologia Estética tem sido definida como a “arte do imperceptí-vel”, assim o resultado deve ser indistinguível comparado com a dentição natural. Durante um tratamento reabilitador, o paciente geralmente está focado primeiramente em um conforto, se-guido de aparência harmoniosa e, por último, a eficiência da prótese. Para Mclaren & Rifkin, entretanto, a estética e o tratamento protético seriam inseparáveis3.

DISCUSSÃOFuncionalDe acordo com a literatura, a idade está dire-

tamente relacionada a todo indicador de perda dentária. Por essa razão, Meskin & Brown, estu-daram a prevalência da perda dentária na popu-lação de adultos e idosos em 1985, concluindo que o envelhecimento da população é um fator importante a ser considerado no campo da Im-plantodontia4.

A colocação de quatro a seis implantes (HE) anteriores, entre os forames mentonianos, e um cantiléver distal em cada lado, para substituir os dentes posteriores, ficou conhecida e consagrada como “Protocolo de Brånemark” e foi o trata-mento de escolha nos relatos clínicos de 1967 até 1981, com sucesso da ordem de 93%5. Muito desse sucesso é atribuído a um acompanhamen-to rigoroso do protocolo cirúrgico e protético, como observaram Hemmings et al6. No plane-jamento de uma reabilitação protética usando a técnica de Protocolo de Brånemark, devem ser consideradas ainda, as causas que levaram os

pacientes a perderem seus dentes naturais e/ou próteses antigas, segundo Ranger et al 7.

Em estudo de longo prazo de 18 a 23 anos, Attard e Zarb registraram um índice de sucesso de 84% para próteses e implantes, sendo que a variação de sobrevida está na dependência da ampla aplicação da modalidade, altura da coroa, dentição antagonista, posição ântero-posterior (A-P) dos implantes e da para-função8.

EstéticaA percepção humana de beleza tem funda-

mentos genéticos, multifatoriais e ambientais. A simetria facial parece ser um aspecto impor-tante da beleza facial, apesar de uma assimetria leve ser essencialmente normal. O conceito que proporções “ideais” são o segredo da beleza, seria talvez a ideia mais antiga em relação à natureza da beleza9.

No plano odontológico os fatores que con-tribuem para a estética facial são o orifício oral, os lábios e os dentes. O contraste da cor entre os lábios e os dentes do paciente também con-tribuem para esta composição. A estética ótima desta vista é determinada por vários fatores, in-cluindo posições musculares estáticas e dinâ-micas, ou seja, a quantidade de dente estática e dinamicamente visualizada10.

Para Mclaren & Rifkin, a quantidade de dente exposto no repouso é predominantemente uma posição determinada pelo músculo. Neste estu-do relatam que 2mm de exposição dos dentes durante o repouso seria o mínimo desejado por pacientes3.

Já Naini & Gil, relataram que a exposição vertical dos incisivos superiores em relação ao lábio superior em repouso deve ser de 2mm a 4mm e, no sorriso, a coroa inteira dos incisivos superiores deve estar exposta, com 1mm a 2mm de gengiva. Entretanto, estes autores enfatizaram que esta relação é dependente do comprimento do lábio superior, da capacidade do músculo em levantar o lábio superior, da posição vertical da maxila e dos incisivos, da posição antero--posterior (A-P) da maxila anterior e dos in-cisivos, da inclinação dos incisivos superiores, do comprimento da coroa dos incisivos11. No que se referem à Função, alguns destes mesmos parâmetros foram elencados e abordados por Attard e Zarb8.

RELATO DE CASO CLÍNICOO paciente, P.C.B.P., 63 anos, gênero masculino,

não fumante, sem problemas sistêmicos, com-pareceu ao consultório com ausência total dos elementos superiores, alguns deles perdidos por trauma, sendo que o mesmo não fazia uso de pró-tese alguma desde as perdas dentárias (10 anos).

Queixa principal: dificuldade para se alimen-tar e se apresentar em público.

Reabilitação Oral e Estética: Protocolo de Brånemark

◗ EDSON PERES SINNESEspecialista e Mestre em Periodontia pela Universidade Paulista (Unip). Professor do curso de Especialização da Apcd de Santo André-SP.E-mail: [email protected]

◗ JOSé AUGUSTO SILvEIRA MIRANDAEspecialista e Mestre em Periodontia pela Universidade Paulista (Unip).

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Caderno Científico | Implantodontia Sinnes EP / Miranda JAS

Figura 1

Figura 4

Figura 7

Figura 10

Figura 2

Figura 5

Figura 8

Figura 11

Figura 3

Figura 6

Figura 9

Figura 12

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30 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Após anamnese, avaliação clínica, análise dos exames complementares e exames radiográficos, foram sugeridas as seguintes opções:

1) Cirurgia para regularização do rebordo alveolar superior e futura colocação de uma Prótese Total.

2) Cirurgia para regularização do rebordo al-veolar superior com colocação de seis implantes para futura prótese fixa de 12 elementos - Pro-tocolo de Brånemark.

O paciente optou pelo “Protocolo de Bråne-mark” e o tratamento foi instituído como des-crito a seguir.

MATERIAIS E MéTODOSFase Cirúrgica (Figuras 1 a 6).1º Tempo cirúrgico: abertura do retalho mu-

cogengival, regularização do rebordo alveolar, instalação de seis implantes da marca comercial INTRAOSS®, modelo: ITRNM 311 - Hexágono Externo, plataforma regular, diâmetro 4,1 mm, corpo com diâmetro 3,75 mm e comprimento de 11,0 mm. A sequência de fresagem seguida foi a mesma, conhecida e utilizada universalmente para os implantes (HE), que é preconizada pela INTRAOSS®, como descrita abaixo:

2º Tempo cirúrgico: (após 6 meses - período

de osseointegração) foi feita a abertura para co-locação de dois cicatrizadores CIS 4152 (Ø4,1 X 2mm altura) e 4 cicatrizadores CIS 4154 (Ø4,1 X 4mm altura). Aguardou-se 15 dias para cica-trização tecidual.

Fase Protética (Figuras 7 a 12).Foram feitas as moldagens e tomadas das

relações maxilo-mandibulares para confecção de uma prótese fixa de 12 elementos sobre os implantes. Foram usados 6 transferentes de moldeira aberta TAS 4100 e análogos ANS 4100. Foram enviados ao laboratório 6 com-ponentes calcináveis rotacionais UCLA 4100 para confecção da barra, colocação dos dentes de estoque e sequencialmente sua acrilização. Após sua instalação, tomadas radiográficas e ajustes oclusais.

Os parafusos quadrados foram torqueados com 32N.cm, sempre seguindo o preconizado pela fabricante INTRAOSS®.

CONCLUSÕESO Protocolo de Brånemark é uma opção de

tratamento bastante seguro e consagrado. Far-tamente embasado cientificamente, é um tra-tamento que traz excelentes resultados clínicos, satisfazendo o binômio função-estética, desde que respeitadas as suas indicações.

Os Implantes utilizados foram do tipo Hexá-gono Externo (HE), bem como todos os mate-riais protéticos, são da marca comercial INTRA-OSS®, que tem sua indicação e semelhança aos utilizados por Per-Igvar Brånemark.

O Sr. P.C.B.P. teve restabelecida a sua função mastigatória e estética compatíveis com as suas necessidades e limitações do caso.

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) Branemark, P.I.; Albrektsson, T.; Zarb, G.A. Protesis tejido - integradas. La osseointegração en Ia odontologia clínica. Alemanha, Berlin: ED. Quintessense Books, 1987.2) Misch, C.E. Implantes Dentais Contemporâneos. Rio de Janeiro: ED.Elsevier, 2008. 3p.3) Mclaren, E.A.; Rifkin, R. Macroesthetics: facial and dentofacial analysis. Esthetics and Prosthodontics, v. 30, n. 11, p. 839-846, 2002.4) Meskin, L.H.; Brown, L.J. Prevalence and patterns of tooth loss in U.S. employed adult and senior populations, 1985- 86. J Dent Educ, v.52, p. 686-691, 1988.5) Adell, R.; Lekholm U.; Rockler, B. A 15 year study of osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Int J Oral Surg, v.10, p. 387-416, 1981.6) Hemmings, K.W.; Schmidt, A.; Zarb, G.A. Complications and maintenance requirememts for fixed prostheses and overdentures in the edentulous mandibule: A 5 – year report. Int J Oral Maxillofac Implants, v.9, p. 191-6, 1994.7) Rangert, B et al. Bending overload and implantfracture: a retrospective clinical analysis. Int J Oral Maxillofac Implants, v.10, p. 326-34, 1995.8) Attard, N.J.; Zarb, G.A. Long-term treatment outcomes in edentulous patients with implant-fixed prostheses: the Toronto study. Int j Prosthodont, v.17, p. 417-424, 2004.9) Naini, F.B. & Gill, D.S. Facial aesthetics: 1. Concepts and canons. Dent update, v.35, p. 102-7, 2008.10) Ahmad, I. Geometric considerations in anterior dental aesthetics: restorative principles. Pract Periodont Aesthet Dent., v.10, n.7, p. 813-22, 1998.11) Naini, F.B. & Gill, D.S. Facial aesthetics: 1. Concepts and canons. Dent update, v.35, p. 159-170, 2008.

Sequência de Fresas

Lança helicoidal2.0

Piloto2/3

helicoidal3.0

helicoidal3.15

helicoidal2.3

Piloto3/3.75

Countersink4.1

helicoidal3.8

helicoidal4.3

Countersink5.0

Ø 3.75

Ø 4.0

Ø 4.5

Ø 5.0

Fresa Opcional

Caderno Científico | Implantodontia Sinnes EP / Miranda JAS

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Caderno Científico | Dentística Restauradora e Estética

RESUMOOs procedimentos restauradores estéticos têm

sido muito solicitados pelos pacientes, que bus-cam uma melhor qualidade de vida e um sorriso mais bonito com dentes claros e bem alinhados. As restaurações diretas em resina composta re-presentam um dos tratamentos restauradores mais executados pelos cirurgiões-dentistas. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clí-nico onde se restabeleceu a forma, contorno e a cor de um incisivo central superior com resina composta pela técnica direta.

INTRODUÇÃOO sorriso é visto como uma das mais impor-

tantes formas de comunicação entre as pessoas e um dos objetivos da estética na Odontologia é a criação de um belo sorriso, com proporções agradáveis e dentes em harmonia com gengiva, lábios e face do paciente1.

O desenvolvimento de novas resinas compos-tas tem proporcionado melhoria nas caracte-rísticas mecânicas, aumentando a resistência à abrasão e à compressão destes materiais, bem como uma baixa contração de polimerização. A estes fatores, somam-se às modificações nas características estéticas, com diferentes graus de opacidade e translucidez, conferindo melhores resultados estéticos às restaurações2-3.

As restaurações diretas em resina composta devem seguir um protocolo de execução clíni-ca criterioso, que se inicia com exame clínico, análise facial, confecção de modelos de estudo e escolha do material restaurador mais adequado à situação clínica específica4-6.

O método de ensaio restaurador mock-up permite a simulação do planejamento a ser exe-cutado e apresenta como vantagens: menor risco biológico, estético e funcional, demonstração de várias opções de tratamento, simulação do resultado estético e a aceitação prévia do trata-mento pelo paciente7.

RELATO DE CASO CLÍNICOPaciente de 28 anos, gênero feminino, solici-

tou melhorar a estética do seu sorriso, pois se mostrava insatisfeita com a forma e a cor do incisivo central superior. Após anamnese e exa-me clínico, foi observada uma restauração em resina composta no dente 11 (Figuras 1, 2 e 3).

Foi proposto à paciente a remoção da resi-na composta antiga e a realização de uma nova restauração. Inicialmente, demarcou-se e mol-daram-se os dentes superiores com silicona de condensação (Optosil, Heraeus, Alemanha) para a confecção de um guia para auxiliar na técnica restauradora (Figuras 4 e 5).

Optou-se pela restauração do incisivo supe-rior (dente 11) com a resina Charisma Diamond (Heraeus, Alemanha). Iniciou-se com a profi-laxia dos dentes, seleção da cor e isolamento absoluto do campo operatório. Logo a seguir provou-se o guia em silicona e verificou-se per-feita adaptação ao dente (Figura 6).

Um bisel vestibular foi realizado e, a seguir, o condicionamento total com ácido fosfórico a 37%, por 30 segundos em esmalte e 15 segun-dos em dentina. Após lavagem com jato de água por 60 segundos e secagem, aplicou-se o sistema adesivo Gluma 2 Bond (Heraeus, Alemanha), em toda a cavidade e fotoativação por 20 segun-dos (Figuras 7, 8 e 9).

A técnica restauradora foi iniciada pelas faces palatina e proximal M e D, com o auxílio do guia em silicona, utilizando a técnica incremental, com incrementos de até 2mm de espessura, fo-toativados por 20 segundos cada. Para esta etapa utilizou-se a resina Charisma Diamond na cor CO (Clear Opal) (Figuras 10, 11 e 12).

A seguir, aplicou-se a resina Charisma Dia-mond na cor OL, para a reconstrução da porção dentinária e finalizou-se com a mesma resina na cor B1 restabelecendo a forma e textura de superfície (Figuras 13 e 14).

Depois de finalizada a restauração, removeu-se o isolamento absoluto do campo operatório e se procedeu ao acabamento da restauração com ponta diamantada 2135 e 3118 FF (KG Sorensen, Brasil) e pontas de borracha abrasiva (Sistema Jiffy Points, Ultradent, USA) (Figura 15).

O polimento da restauração se deu após sete dias, com pasta diamantada aplicada com um disco de feltro (Sistema Diamond, FGM, Bra-sil) devolvendo a estética do sorriso ao paciente (Figuras 16 e 17).

CONCLUSÃOA restauração direta com resina composta

pela técnica direta restabeleceu a cor, a forma e a estética do sorriso à paciente.

Estética com resina composta em Incisivo Central Superior

◗ FREDERICO DOS REIS GOyATÁDoutor e Pós-Doutorando em Prótese pela Universidade de Taubaté – (Unitau - Taubaté-SP). Professor dos cursos de Pós-Graduação em Prótese e Dentística da Eap da ABO/Barra Mansa-RJ.E-mail: [email protected]

◗ ORLANDO IzOLANI NETOEspecialista em Implantodontia e mestrando em Imaginologia. Professor do curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra (USS).

◗ FABIANO vIEIRA DE LANDAEspecialista em Prótese e mestrando em Clínica Odontológica. Professor dos cursos de Pós-Graduação em Prótese e Dentística da Eap da ABO/Barra Mansa-RJ.

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Goyatá FR, Oliveira RS, Zouain-Ferreira TRF, Goyatá LFR, Gilson JGR. Fratura Dental e Fluorose: Reabilitação Funcional e Estética com Resina composta – Relato de Caso Clínico. Clínica - Int J Braz Dent. 2009; 5 (2):172-79.2. Buonocore MG. A simple method of increasing the adhesion of acrylic filling materials to enamel surfaces. J Dent Res. 1955 Dec;34 (6): 849-53.3. Bowen RL, Eichmiller FC, Marjenhoff WA, Rupp NW. Adhesive bonding of composites. J Am Coll Dent. 1989 Summer; 56 (2):10-3.4. Goyatá FR, Pereira PC, Castilho AA, Oliveira RS, Ferreira TRFZ. Resolução estética com resina composta e fraturas de esmalte e dentina. R Dental Press Estet. 2008; 5 (1): 69-78.5. Goyatá FR, Ferraz CA, Gomes MBC, Oliveira RS, Ferreira TRFZ. Restauração de incisivos laterais conóides com resina composta. Rev Dent Press Estet. 2008 Out-Dez; 5 (4): 116-23.6. Gürel G, Bichacho N. Permanent diagnostic provisional restorations for predictable results when redesigning the smile. Pract Proced Aesthet Dent. 2006; 18 (5): 281-6.7. Pimentel PEZ, Goyatá FR, Cunha LG. Influência da Técnica de Polimento na Lisura Superficial de Resinas Compostas. Clínica - Int J Braz Dent. 2012; 8 (2): 226-34.

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Caderno Científico | Dentística Restauradora e Estética Goyatá FR / Neto OI / Landa FV

Figura 1

Figura 4

Figura 7

Figura 10

Figura 13

Figura 16

Figura 2

Figura 5

Figura 8

Figura 11

Figura 14

Figura 17

Figura 3

Figura 6

Figura 9

Figura 12

Figura 15

Sorriso inicial.

Demarcação da restauração.

Remoção completa da restauração.

Charisma Diamond CO posicionada no índex.

Charisma Diamond OL aplicada.

Sorriso final.

Lábio em posição.

Moldagem em silicona.

Condicionamento ácido total.

Index e resina em posição.

Charisma Diamond B1 aplicada.

Lábio em posição final.

Aspecto clínico inicial.

Index em silicona em posição.

Sistema adesivo fotoativado.

Faces palatina e proximais reconstruídas.

Aspecto clínico final.

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34 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Caderno Científico | Dentística Restauradora e Estética

INTRODUÇÃOA Odontologia Estética, tem dado largos pas-

sos nos últimos anos e a busca por um sorriso mais bonito, tem aumentado consideravelmente a procura por profissionais desta área. Diversos materiais e técnicas têm surgido com o intuito de oferecer ao paciente função e estética adequada, visando, acima de tudo, a saúde oral. Em diversas situações, somente a estética branca (dentes), não é suficiente para alcançar o efeito desejado e temos que trabalhar em associação com a estética rosa (tecidos moles).

RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente jovem, 15 anos, gênero masculino,

apresentou-se no Centro de Odontologia Esté-tica, em São José do Rio Preto-SP, escola de pós--graduação em Odontologia e clínica integrada, inicialmente para tratamento ortodôntico.

Ao exame clínico intraoral, constatou-se que, além de problema ortodôntico, o paciente apresen-tava macrodontia1,2,3 do dente 21 (Figura1). Após concluído o tratamento ortodôntico, o paciente foi encaminhado para o curso de Odontologia Estética para a avaliação da macrodontia, onde nova tomada radiográfica foi realizada (Figura 2). O paciente relatava grande desconforto estético devido a esta anomalia dental.

Depois de minucioso exame clínico, constatou--se que a grande dificuldade estética em dentes com macrodontia encontra-se principalmente na região cervical, devido ao seu diâmetro.

O planejamento foi reduzir cirurgicamente esta região, para ter um diâmetro aproximado ao dente homônimo, além da redução nas proximais.

Depois de o paciente estar devidamente aneste-siado, iniciou-se a cirurgia, seguindo os princípios cirúrgicos periodontais4,5. Com uma incisão in-trassulcular, utilizando-se uma lâmina de bisturi 15C para, posteriormente, realizar a abertura do retalho e inicia-se a redução cervical, com ponta diamantada esférica de haste longa montada em alta velocidade. A redução do tecido dental ocor-reu na região radicular vestibular e nas proximais, o diâmetro das pontas esféricas diamantadas, foi aumentado gradativamente (Figuras 3 e 4), até

atingir o desgaste necessário (Figura 5), ou seja, o diâmetro da cervical do dente 21 próximo ao do dente 11. Realizou-se posteriormente a redução nas proximais (Figura 6), sempre procurando o diâmetro aproximado entre os dentes 21 e 11 (Fi-gura 7). Nova tomada radiográfica foi realizada, onde pode-se visualizar a cirurgia de redução nas proximais (Figura 8).

Concluída a cirurgia e após aguardar o tempo necessário para a maturação tecidual, foi realizada nova ortodontia para melhor distribuição de espa-ços (Figura 9) e clareamento dental com peróxido de carbamida a 10%, na técnica da moldeira com gel whiteness perfect 10% (FGM), nos dentes su-periores.

A confecção de prótese indireta foi o planeja-mento protético de escolha6,7,8,9. A realização de faceta laminada em porcelana no dente 21 e frag-mentos cerâmicos (ou “lentes de contato dental” parcial) nos dentes 11, 12 e 22 (Figura 10). O pre-paro protético foi concluído e realizado a coloca-ção de fio afastador gengival nos locais preparados (Figura 11), para a realização da moldagem total com silicona de adição.

As cerâmicas foram concluídas (Figura 12) e provada nos dentes (Figura 13), quando foi possível observar a boa adaptação das mesmas (Figura 14).

Concluída a adequada adaptação das prótese nos dentes, realizou-se a cimentação com cimento resinoso fotoativado; a remoção dos excessos de cimento; o ajuste oclusal necessário e o polimento final. Nova tomada radiográfica periapical para confirmação (Figura 15).

CONCLUSÃOO resultado final (após 4 anos e 4 meses de trata-

mento) foi bastante agradável, tanto estético como funcionalmente (Figura 16).

Esta técnica cirúrgica também pode ser utilizada na transformação de caninos em laterais, haja vista, que é muito mais comum na clínica o surgimento de pacientes com agenesia e/ou perda do lateral e, após o tratamento ortodôntico, posicionar o cani-no no local do lateral. Nesta situação, o resultado também é bastante satisfatório.

Redução cervical cirúrgicae “lentes de contatodental” parcial

◗ LUIS CARLOS MENEzES PIRESMestre em Dentística Restauradora. Professor do curso de Especialização em Prótese da Ciodonto. Professor do cursode Atualização em Odontologia Estéticapelo Sindicato dos Odontologistas de São José do Rio Preto-SP. Diretor clínico do Centro de Odontologia Estética em São José do Rio Preto-SP. Autor do livro “Clareamento com gel em despolpado”,ed. Santos, 2003.E-mail: [email protected]

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Silva Ursi WJ, de Almeida RR, de Almeida JV. Mesiodente, macrodontia e maloclusão: relato de um caso clínico. Rev Odont Univ São Paulo. 1988 abr-jun, Ed 2, 109-14.2. Namdar F, Atasu M. Macrodontia in association with a contrasting character microdontia. J Clin Pediatr Dent. 1999 Spring, 23(3), 271- 4.3. Thomas MB, Greenhalgh CM, Addy L. “Double-veneers”- a novel approach to treating macrodontia. Dent Update (Dental update). 2008 sep; 35 ed.; 479-80, 483-4.4. Borghetti A, Monnet-Corti V. Cirurgia Plástica Periodontal. Ed. Artmed, São Paulo. 2002.5. Rocccuzzo M, Bunino M, Needleman I, Sanz M. Periodontal plastic surgery for treatment of localized gingival recessions: a systematic review. J Clin Periodontal. 2002; 29 (3 supl): 178-94.6. Baratieri LN et al. Soluções clínicas - Fundamentos e técnicas. Ed. Ponto, Florianópolis. 2008.7. Clavijo VGR, Monsano R, Jr Oliveira OB, Andrade MF. Laminados cerâmicos. In: Clínica Int J Braz Dent, Ed. Ponto, Florianópolis 2008 abr-jun, 4(2) 165-73.8. Magne P, Belzer U. Restaurações adesivas de porcelana na dentição anterior - Uma abordagem biomimética. São Paulo: Ed. Quintessense, 2003.9. Rezende MO, Cardoso PC, Rodrigues MB, Porfírio W. Laminados cerâmicos minimamente invasivos. In: Clínica Int J Braz Dent, Ed. Ponto, Florianópolis 2009 abr-jun, 5(2), 183-92.

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Caderno Científico | Dentística Restauradora e Estética Pires LCM

Figura 1

Figura 4

Figura 7

Figura 2

Figura 5

Figura 8

Figura 3

Figura 6

Figura 9

Figura 14

Figura 15

Figura 16

Figura 13

Figura 12

Figura 11

Figura 10

Macrodontia do dente 21 (julho de 2006).

Rx periapical inicial.

Redução cervical cirúrgica com ponta diamantada esférica.

Vista frontal.Redução cervical cirúrgica com ponta diamantada esférica.

Redução da proximal.

Redução cervical e proximal concluídas.

Rx pós-cirúrgico.Depois de concluída a nova ortodontia.

Esquema dos preparos.

Fio afastador inserido.

Próteses no modelo.

Prova dos fragmentos cerâmicos e laminado.

Prova do laminado no dente 21 e das “lentesde contato” parcial nos dentes 11,12 e 22. Rx periapical. Depois (novembro de 2010).

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Caderno Científico | Dentística Restauradora e Estética

RESUMOA sociedade cada vez mais concientiza-se da im-

portância da saúde e da estética orais. Tal realidade reflete numa procura cada vez maior por proce-dimentos altamente estéticos. Os procedimentos odontológicos têm se guiado de modo a saciar esta demanda não só no quesito estético, fundamental para plena aceitação do tratamento por parte do paciente, quanto no quesito funcional, onde torna--se possível obter função mastigatória e resistên-cia dental adequadas. As cerâmicas apresentam propriedades excepcionais, aliando características ópticas únicas e notável capacidade de conferir resistência estrutural ao remanescente dental. Este relato de caso clínico visa demonstrar o uso de co-roas unitárias e laminado cerâmico de Dissilicato de Lítio (sistema IPS E-Max®-IvoclarVivadent) no tratamento reabilitador da região anterior su-perior.

INTRODUÇÃOO desenvolvimento tecnológico dos compostos

resinosos, cerâmicas odontológicas e sistemas ade-sivos mais confiáveis, juntamente com o aumento da procura por tratamentos altamente estéticos, tornam possível a utilização de procedimentos conservadores, duradouros e previsíveis para a recuperação da harmonia visual e funcional dos dentes1.

Diversos sistemas cerâmicos estão hoje disponí-veis no mercado. O sistema IPS E-Max destaca-se sendo uma alternativa muito interessante, pois é capaz de reproduzir a naturalidade do dente na-tural em conjunto com propriedades físicas ade-quadas. São duas as tecnologias atualmente dis-poníveis: injeção e CAD/CAM. Estas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de quatro tipos diferentes de peças protéticas: peças em dissilicato de lítio injetado (E-Max Press) ou fresado (E-Max CAD) e óxido de zircônia injetado (E-Max Zir-Press) ou fresado (E-Max ZirCAD)2. A cerâmica de recobrimento garante biomimetismo com o remanescente e os outros dentes, pois apresenta--se como uma cerâmica de baixa fusão à base de apatita e nanopartículas3.

É fundamental realizar uma correta cimentação adesiva para este tipo de peça4. Um dos cimentos mais utilizados na atualidade para a cimentação de coroas unitárias é o Reli-X U-100 (3M-ESPE). As vantagens desse tipo de cimento são fácil ma-nipulação, a não necessidade de pré-tratamento do dente (tal pré-tratamento não é, sequer, indi-cado) e altas resistências à compressão e à tração5.

A indicação para a cimentação de laminados ce-râmicos continua sendo o cimento resinoso foto-polimerizável, pois possibilita tempo de trabalho virtualmente indeterminado e não possui grandes variações de cor com o passar dos anos, visto que não possui aminas terciárias em sua composição.

RELATO DE CASO CLÍNICOPaciente do sexo feminino, 32 anos, chegou na

clínica de Especialização em Dentística da Facul-dade de Odontologia de Ribeirão Preto da Univer-sidade de São Paulo (Forp/Usp-SP) queixando-se da aparência de seus dentes.

Na primeira consulta, durante a anamnese, a paciente relatou ter o sonho de realizar facetas para ter um sorriso mais agradável e atraente. Foram realizados exame clínico minucioso, exames radio-gráficos e protocolo fotográfico inicial completo.

Após constatada a qualidade dos tratamentos endodônticos nos elementos 11, 12 e 22, optou-se pela cimentação de 3 pinos pré-fabricados de fibra de vidro. O planejamento reabilitador consistiu na confecção de coroas unitárias cerâmicas para tais elementos e laminado cerâmico para o elemento 21 (vital).

A conduta clínica seguida foi, após isolamento absoluto do campo operatório, desobturação par-cial dos condutos radiculares, preparo do conduto com brocas específicas e prova dos pinos de fibra de vidro (WhitePost DC, FGM). Após lavagem dos condutos radiculares com soro fisiológico e secagem do canal radicular com pontas de papel absorvente, os pinos foram cimentados com ci-mento resinoso dual auto condicionante (Rely-X U100, 3M ESPE). O tratamento superficial dos pinos consistiu em limpeza com álcool 70%, seca-gem, aplicação de agente silano e aplicação de fina camada de bond, porém, sem fotopolimeriza-lo.

Os preparos foram realizados de acordo com o grau de escurecimento dos dentes. Para o lamina-do do 21, que não apresentava escurecimento do substrato dental, o preparo envolveu uma redução incisal de 1,5mm, desgaste de 0,7 a 1,0mm nos terços incisal e médio da face vestibular, e 0,5mm do terço cervical. Foi realizado um término cervical intrassulcular chanfrado.

Já nos dentes 11,12 e 22, que apresentavam-se escurecidos e com extensas restaurações Classe IV, foram realizados preparos para coroas totais com desgastes mínimos de 1,5mm nos terços cervical e médio e 2,0mm no terço incisal. Em seguida, os preparos receberam acabamento com discos de lixa Soflex (3M-ESPE), para que todos os ângulos

Restabelecimento estético-funcional de região anterior: combinação de coroas unitárias e laminado cerâmico

◗ NATALy LETICIA GAzOLI BERGAMASChIGraduada em Odontologia pela Universidade Metropolitana de Santos. Especialista em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).

◗ ALvARO AUGUSTO JUNqUEIRA JúNIOR-Graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG). Especialista e Mestrando em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). Professor assistente do curso de Especialização em Dentística da (Forp/Usp).

◗ DANIEL GALAFASSIGraduado em Odontologia pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Mestre e Doutor em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). Professor assistente do curso de Especialização em Dentística da (Forp/Usp).

◗ FERNANDO MANDARINOMestre e Doutor em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Araraquara (Foar-Unesp). Professor Titular de Dentística e coordenador do curso de Especialização em Dentística da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade deSão Paulo (Forp/Usp).

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Caderno Científico | Dentística Restauradora e Estética

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) Magne P, Magne M. Treatmentofextended anterior crownfracturesusingType III A bonded porcelainrestorations. J Calif Dent Assoc 2005;33:387-96.2) GUESS, P. C.; STAPPERT, C. F.; STRUB, J. R. Preliminary clinical resultsof a prospective study of IPS e.Max Press and CerecProCADpartial coverage crowns. SchweizMonatsschrZahnmed, Bern,v. 116, no. 5, p. 493-500, 2006.3) STAPPERT, C. F.; ATT, W.; GERDS, T.; STRUB, J. R. Fracture resistanceof different partial coverage ceramic molar restorations: an invitro investigation. J Am Dent Assoc, Chicago, v. 137, no. 4, p. 514-522, Apr. 2006.4) BLATZ, M.; SADAN, A.; KERN, M. Resin ceramic bonding: a reviewof the literature. J Prosthet Dent, St. Louis, v. 89, no. 3, p. 268-274,2003.5) KNOBLOCH, LA, Kerby RE, Seghi R, Berlin JS,Lee JS. Fracture toughness of resin-based lutingcements. J Prosthet Dent. 2000;83:204-9.

Bergamaschi NLG / Junqueira Jr. AA / Galafassi D / Mandarino F

Figura 1 Figura 2 Figura 3

Figura 4

ficassem arredondados. Para a moldagem foi utilizado silicone de adição

(Express XT, 3M-ESPE), pois possui estabilidade dimensional maior em relação aos outros mate-riais de moldagem e permite vazagem de mais de um modelo por até 14 dias, sendo um modelo troquelizado e outro modelo para checagem dos contatos proximais, minimizando a necessidade de ajustes intraorais.

Foi realizada moldagem pela técnica de duplo fio. O primeiro fio, de menor calibre (#000 Ul-trapack – Ultradent), foi inserido totalmente no sulco gengival, promovendo afastamento vertical e protegendo o material de moldagem dos fluidos gengivais e sangramento. O segundo fio, de maior calibre (#00 Ultrapack – Ultradent), promoveu afastamento horizontal do sulco gengival para que o material de moldagem leve penetrasse no sulco, copiando fielmente o término cervical do preparo.

Foi realizada moldagem na técnica de passo único, onde o material pesado foi manipulado ao mesmo tempo que o material leve. O material leve foi inserido no preparo com o auxílio de seringa auto misturadora, tomando cuidado para que a ponta descartável ficasse imersa no silicone leve durante toda a aplicação. Aplicou-se mais silicone de adição leve sobre o material pesado da moldeira e o conjunto foi inserido na boca.

Coroas provisórias laboratoriais foram cimen-tadas em seguida. A opção pelo uso de provisórias laboratoriais se deve ao fato de serem restaurações mais naturais e próximas esteticamente do trabalho final, aumentando a previsibilidade do tratamento.

Na sessão seguinte, antes da cimentação das peças, foi realizada profilaxia com pedra pomes e água para remoção de cimento provisório. As provas foram realizadas com as pastas try-in do sistema de cimento resinoso Variolink Esthetic II transparente para as coroas totais e Variolink

Veneer Medium Value MV 0 (IvoclarVivadent). Após definida a sequência de cimentação, as

peças foram tratadas com ácido hidrofluoridrico a 10% por 20 segundos, já que foram confeccio-nadas com cerâmica reforçada por Dissilicato de Lítio (IPS E-max Press/Ceram – IvoclarVivadent) e lavadas com água por 1 minuto. Ácido fosfórico a 37% foi aplicado para remoção dos precipitados cristalinos (produtos da reação do sódio, potássio e alumínio) por 1 minuto. Após lavagem e secagem, aplicou-se o agente silano Monobond S (Ivoclar-Vivadent) por 1 minuto, seguido de leves jatos de ar para evaporação e aplicação do adesivo Excite DSC (IvoclarVivadent). Os dentes adjacentes fo-ram isolados com fita teflon para proteção contra a ação do acido fosfórico e para auxiliar na remoção dos excessos de cimento resinoso.

A cimentação das peças prosseguiu-se da se-guinte forma: isolamento relativo do campo ope-ratório, inserção do fio retrator #000 (Ultrapack--Ultradent), condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos em dentina e 30 segundos em esmalte, lavagem abundante com água por 60 segundos e secagem com leves jatos de ar para manter a dentina levemente umedecida. Aplica-ção de fina camada de sistema adesivo Excite DSC (IvoclarVivadent), volatilização do solvente com leves jatos de ar por 20 segundos, fotoativação por 20 segundos. O Cimento resinoso foi inserido no interior das peças para minimizar a incorporação de bolhas de ar, sendo as peças inseridas no prepa-ro com leve pressão para acomodação das peças. Após remoção de excessos com microbrush, foi feita a fotoativação por 5 segundos para remoção do fio retrator e dos excessos proximais com fio dental na fase pré-gel. Foi realizada fotopolimeri-zação por 20 segundos em cada facecompleta poli-merização do cimento resinoso, sendo os excessos finais removidos com lâminas de bisturi nº 12.

Imagem intraoral inicial. Peças em dissilicato de lítio. Peças imediatamente após cimentação.

Função e estética reestabelecidas.

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38 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Caderno Científico | Cirurgia e Implantodontia (Analgesia)

INTRODUÇÃOO tratamento efetivo da dor pós-operatória tem

sido a maior prioridade da pesquisa clínica na prática cirúrgica1. A analgesia promove a melhor qualidade de vida no pós-operatório, reduzindo a morbidade, proporcionando maior conforto e permitindo uma rápida recuperação do paciente e retorno precoce às suas atividades diárias2.

Na clínica cirúrgica diária o profissional lida com várias situações: o resultado cirúrgico per se, os fenômenos pós-operatórios comuns e as complicações. Estas últimas podem acontecer sem interferir necessariamente no resultado final.

O resultado cirúrgico é de sucesso quando o objetivo é alcançado (implante em função e estética), não havendo, ao mesmo tempo, so-frimento do paciente nos procedimentos. Não basta fazer um trabalho tecnicamente satisfató-rio ou de excelência, pois, mesmo assim, podem acontecer fenômenos como dor, edema e trismo que afetam a qualidade de vida e geram percep-ção negativa final sobre o tratamento.

O profissional não pode se contentar e acei-tar que a dor e o sofrimento das cirurgias se-jam “normais”. Uma quantidade significativa de pacientes evita ou adia a cirurgia, causando prejuízo para a saúde e qualidade de vida com medo do procedimento. Que fique claro que não existe procedimento doloroso e, sim, dor mal tratada. Portanto, ao planejar a terapia cirúrgica e implantodôntica, é preciso esclarecer para o paciente que a dor será prevenida (profilaxia) e o edema e desconforto minimizados, para que ele passe o mínimo tempo possível com limitações mastigatórias, estéticas e físicas.

Este artigo tem o objetivo abordar a analgesia polimodal profilática visando otimizar o máxi-mo possível o pós-operatório. Não serão discu-tidos aspectos de antibioticoterapia.

DISCUSSÃOAnalgesia Polimodal significa utilizar medi-

camentos com diferentes mecanismos de ação (farmacodinâmicas diferentes) visando aumen-tar sua eficácia clínica e redução de efeitos ad-versos. Analgesia Profilática é evitar a sensibili-zação central, iniciando a terapêutica antes do trauma cirúrgico e atuando mais intensamente nas primeiras horas após a cirurgia, para evitar a experimentação da dor. A combinação destas técnicas promove uma sinergia nos resultados e reduz imensamente o desconforto pós-cirúrgico.

A terapêutica começa com as orientações e esclarecimentos sobre o procedimento e todos os fenômenos e riscos que o acompanham. Ao ganhar a confiança do paciente, você já está fa-zendo analgesia, pois ele irá tolerar melhor os fenômenos e eventuais complicações que pos-sam ocorrer.

Juntamente com as orientações, a prescrição medicamentosa pré-operatória deverá conter o corticoide que age inibindo a fosfolipase A2. Seu uso é bem estabelecido para o edema e é consi-derado como sendo analgésico fraco. Portanto, ao usar o corticoide deve-se prescrever outros medicamentos para ação analgésica. Os corti-coides mais indicados para cirurgia são a dexa-metasona ou betametasona (os mais potentes), pela via oral, sendo recomendadas doses a partir de 10mg. Como os comprimidos são disponíveis em 4mg, indica-se a ingestão de 3 comprimidos de 2 a 4 horas antes da cirurgia. Esta antecedên-cia é necessária, pois este medicamento modula a expressão gênica e a síntese da proteína, de-mandando maior tempo para início de sua ação. O corticoide inicia no pré-operatório e deverá ser mantido até o pico do edema que é em torno de 48 horas, assim, prescreve-se 3 comprimidos de uma vez ao dia, por mais 2 dias3.

A sedação pela via oral com benzodiazepí-nicos, visa reduzir a percepção e alterar o es-tado de vigília por meio da potencialização da sinapse inibitórias gaba, na amígdala cerebral, centro responsável pelo controle das emoções4. Ao reduzir o stress e a ansiedade, teremos um paciente mais colaborador e potencializamos o efeito dos anestésicos locais, pois o paciente fica hemodinamicamente mais estável e a ab-sorção do anestésico fica mais lenta. A sedação não promove analgesia per se, mas auxilia na redução da percepção dos estímulos externos e, de certa forma, ajuda o paciente a tolerar mais o procedimento e eventual estímulo doloroso. Recomendamos o uso do Midazolam na dose de 15mg, via oral, 30 minutos antes do procedi-mento. Este é o benzodiazepínico mais potente e de ação mais rápida (máximo de 2 horas) e possui efeito de amnésia.

A anestesia local, realizada por meio de blo-queio de nervo e infiltrações, impedirá a con-dução do impulso nociceptivo por meio do bloqueio reversível dos canais de Na+ na fibra nervosa sensitiva5. Do ponto de vista neurofisio-lógico, este mecanismo de ação é único e trata-se

Analgesia Polimodal Profilática: segredo do sucesso pós-operatório em Cirurgia e Implantodontia

◗ JORGE LIPORACI JúNIORCoordenador dos cursos de Especialização em Implantodontia e Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Apcd de Ribeirão Preto-SP. Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Fmrp/Usp). Graduado, especialista e mestre em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).E-mail: [email protected]

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Caderno Científico | Cirurgia e Implantodontia (Analgesia) Liporaci Jr. J

do melhor esquema de analgesia que existe, pois quanto menos impulsos nociceptivos chegam ao sistema nervoso central, menor a sensibili-zação central, processamento e interpretação do estímulo em dor. Além de eliminar a dor do trans-operatório ela reduz a intensidade da dor nas primeiras 48 horas após o procedimen-to. Como o pico da dor é em torno de 3 horas após o fim da cirurgia, o ideal é que o paciente passe por esse período estando anestesiado. As-sim, o profissional precisa valorizar mais o ato anestésico, pensando tanto no trans quanto no pós-operatório. Recomendamos anestésico de média duração: mepivacaína 2% com adrena-lina ou noradrenalina 1:100.000 ou a articaína 4% com adrenalina 1:100.000.

No que se refere à técnica cirúrgica, quanto menor o trauma e tempo de cirurgia, menor a nocicepção e, teoricamente, menor o processo inflamatório e a possibilidade de dor6.

Terminada a cirurgia, a prescrição pós-ope-ratória deverá manter o corticoide até 48 horas, conforme mencionado anteriormente. Nesta fase inicia-se o antiinflamatório não esteroidal (AINE), que inibe a COX-1 e COX-2 indistin-tamente, preferencialmente ou seletivamente. Independente do tipo de AINE, o importante é manter um esquema de combinação de me-dicamentos (analgesia polimodal), pois é isso que fará mais diferença do que o tipo de AINE. Pode-se trabalhar com Cetoprofeno 100 mg a cada 8 horas por 5 dias, Nimesulide 100 mg a cada 12 horas por 5 dias ou Celecoxib 200 mg a cada 12 horas por 5 dias. Recomendamos man-ter até o quinto dia, pois é a partir deste período que aumenta a incidência de efeitos adversos gastrintestinais. Parar o AINE somente no ter-ceiro dia pode trazer desconforto para o pacien-te, dependendo do tipo de cirurgia (ex.: enxerto ósseo autógeno ou extração de terceiro molar incluso). Vale ressaltar que não há diferença em administrar o AINE antes da cirurgia2, portanto seu uso inicia-se ao final da cirurgia.

Juntamente com o AINE, recomendamos para início imediato o uso da Dipirona Sódi-ca na dose de 1g. Ela inibe a COX-3 (chamada COX neuronal), promove a dessensibilização de nociceptores periféricos7 e potencializa a ação de opióides endógenos. A dipirona é o melhor

analgésico disponível no mercado. Diversos tra-balhos mostram a sua superioridade em relação ao seu principal concorrente, o paracetamol (este é um analgésico mais fraco). A principal contra-indicação da dipirona é a alergia e/ou pacientes sensíveis à queda de pressão arterial (devido ao mecanismo de anti-pirexia da dipi-rona). Ressaltamos a dose necessária para dor aguda como sendo a de 1g e não de 500mg em-pregado comumente. Caso seja gotas, adminis-trar 40 gotas (pois 1ml equivale a 20 gotas que equivale a 500mg).

CONCLUSÃOConclui-se que devemos combater a dor com

a mesma agressividade do ato cirúrgico e que é inadmissível a complacência perante o sofri-mento do nosso paciente. A analgesia polimodal profilática pode reduzir muito esse sofrimento levando-o para o mínimo desconforto possível. Abaixo segue uma sugestão de protocolo tera-pêutico medicamentoso para aplicação imediata em consultório.

Protocolo Liporaci de analgesia polimodal profilática em Cirurgia e Implantodontia:

Pré-operatório:- Dexametasona 12mg (3 comprimidos de 4

mg) 2 horas antes da cirurgia.- Midazolam 15mg (01 comprimido) 30 mi-

nutos antes da cirurgia.- Anestesia por bloqueio e infiltração com

articaína 4% com adrenalina 1:100.000.- Mínimo trauma cirúrgico e rápido tempo

de cirurgia.Pós-operatório:- Cetoprofeno 100mg (1 comprimido) ime-

diatemente no término da cirurgia e continuar a cada 8 horas por 5 dias (pode ser substituído por Nimesulide 100mg ou Cetorolaco 10mg a cada 08 horas por 5 dias).

- Dipirona Sódica 1 g imediatamente no fim da cirurgia e continuar a cada 6 horas no pri-meiro dia, após tomar somente em caso de dor ou desconforto.

- Dexametasona 12mg (3 comprimidos de 4 mg) a cada 24 horas por mais 2 dias.

- Monitorar o paciente para detecção preco-ce de possíveis eventos adversos e alteração do esquema terapêutico se necessário.

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) THOMSON, PJ.; ROOD, JP. Mental nerve dysfunction: a symptom of diverse mandibular disease. Dental update, London, v. 22, n. 7, p. 271-274, 1995.2) LIPORACI Jr, JLJ. Avaliação da eficácia da analgesia preemtivanacirurgia de extração de terceirosmolaresinclusos. Tese de Doutorado. Programa de Pós-GraduaçãoemCiências, Área de Concentração: Ações dos Métodos e Técnicas de Analgesia e Anestesia. Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto da Universidade de São Paulo, 2011.3) ALEXANDER RE, THRONDSON RR.A review of perioperative corticosteroid use in dentoalveolar surgery.Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral RadiolEndod.2000 Oct;90(4):406-15. Review.4) BORCHARDT, M.Review of the clinical pharmacology and use of the benzodiazepines. J. PerianesthNurs. 1999 Apr;14(2):65-72. Review.5) LUND, J. et al. DorOrofacial. Da ciênciabásica à condutaclínica. A transferência do conhecimentocientíficoemdorpara o ensino. Quintessence EditoraLtda, 1 ed, São Paulo, 2002.6) TEIXEIRA, MJDor: ContextoInterdisciplinar. EditoraMaio. Curitiba. 2003.7) LORENZETTI BB, FERREIRA SH. Mode of analgesic action of dipyrone: direct antagonism of inflammatory hyperalgesia.Eur J Pharmacol. 1985 Aug 27;114(3):375-81.

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40 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Caderno Científico | Odontologia Legal

INTRODUÇÃOO mercado de trabalho para o cirurgião-dentista

vem, ao longo dos anos, sofrendo muitas alterações e a competição entre os profissionais se torna cada vez maior e mais acirrada. Em levantamento reali-zado no ano de 2007, verificou-se, à época, que as faculdades de Odontologia do Brasil lançavam no mercado cerca de 15.000 novos cirurgiões-dentis-tas e o número de cursos já chegava a quase 2001. Um estudo mais recente, em 2009, observou que a região sudeste do Brasil é onde se encontra a maior desproporção entre número de habitantes e cirurgiões-dentistas, sendo a região que concentra mais da metade de especialistas de todo o país, nas mais diferentes áreas2.

Hoje em dia, esta realidade e a relação de pro-porção profissional/paciente não modificaram, continua em déficit, transformando o mercado de trabalho para o cirurgião-dentista. E esta mudança vem acompanhada do crescimento das empresas de Odontologia privada (Operadoras) e adesão aos planos odontológicos por parte da população. Em onze anos, a assistência odontológica privada no Brasil mais do que triplicou. De acordo com os dados da Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre março de 2011 e março de 2012, os planos exclusivamente odontológicos tiveram mais de 1,8 milhões de novos beneficiários3.

A busca por novos horizontes e diversificação da atuação como cirurgião-dentista é uma realidade que chega a todos os consultórios e nos cursos de Odonto-logia, em todos os níveis (graduação e pós-graduação).

Uma vertente de trabalho cada vez mais conso-lidada para o cirurgião-dentista é a atuação como Auditor Odontológico, atuação prevista e devida-mente elencada na Lei 5.081/66, que regulamenta a atuação da Odontologia no Brasil.

Nesse sentido, com o crescimento no número de operadoras de planos odontológicos, implantação da regulação do mercado de saúde suplementar pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e aumento no número de beneficiários, foi necessário aos convênios e operadoras ampliar o quadro de profissionais para atuação nos seto-res de Auditoria, a fim de atender as demandas do mercado. Tudo isso fez aparecer aos olhos dos cirurgiões-dentistas esta possibilidade de atuação.

Mas o cirurgião-dentista está capacitado para esta atuação?

DISCUSSÃOA formação acadêmica em Odontologia, nos

dias de hoje, é mais focada a formar profissionais clínicos gerais e estimula o desenvolvimento de pesquisas na área de saúde a fim de aprimorar as técnicas e materiais, buscando sempre melhoria

contínua dos resultados em saúde bucal. Quantos cirurgiões-dentistas formam-se anual-

mente em Odontologia com perfil e visão adminis-trativa ou empresarial? Devemos considerar que o cirurgião-dentista é um profissional liberal e que seu consultório é comparável a uma microempresa e uma formação administrativa adicional na gra-duação se faz necessária para qualquer campo de atuação que se deseja. Em geral, dificilmente um aluno terá esta formação administrativa dentro de um curso regular em Odontologia.

O cirurgião-dentista, inserido em uma opera-dora de planos odontológicos, pode atuar como auditor odontológico, podendo chegar aos cargos mais altos, conforme sua capacidade administrati-va e empreendedora. Para que o cirurgião-dentista apresente um bom desempenho operacional, um conhecimento básico administrativo e gerencial se faz necessário, como também habilidades para trabalhar em equipe e até mesmo gerenciar pesso-as. Estar inteirado da legislação e regulamentação vigentes para as operadoras também é de suma importância para que o resultado da atuação do Auditor possa contribuir para o crescimento e con-solidação da operadora no mercado competitivo e estas informações só se conseguem com uma formação acadêmica adicional4.

A atuação do auditor odontológico deve, de for-ma imprescindível, ser realizada por cirurgião-den-tista devidamente habilitado, porém, a atuação e o ambiente de trabalho não são necessariamente um consultório e, sim, um escritório; o instrumento de trabalho não será um jogo clínico e, sim, papel, caneta, computador e softwares específicos para gestão em saúde. O auditor odontológico não deve ser visto como uma ferramenta para apenas confe-rir documentos e radiografias, sseu trabalho pode ser mais elaborado e oferecer melhores recursos de gestão para a empresa contratante.

Uma diversidade de cursos é oferecida para ca-pacitar o profissional a trabalhar em empresas e uma avaliação sobre o direcionamento do conte-údo didático é muito importante para que o pro-fissional consiga uma boa formação para atuar em Auditoria Odontológica.

CONCLUSÃOO mercado de trabalho para o cirurgião-dentista

está aberto para novas possibilidades de atuação, sendo uma delas a atuação como Auditor Odonto-lógico em operadoras de planos odontológicos. Os cursos regulares de Odontologia fornecem parte da formação para atuação como Auditor Odonto-lógico, sendo necessária uma formação adicional para que o cirurgião-dentista apresente um bom desempenho para a empresa.

Auditoria odontológica:campo de trabalho para cirurgiões-dentistas

◗ NOEMIA LUISA PITTELLI LEITECirurgiã-Dentista, especializanda em Odontologia Legal pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).E-mail: [email protected]

◗ PROF. DR. RICARDO hENRIqUE ALvES DA SILvACirurgião-Dentista, Professor Doutor na Área de Odontologia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).E-mail: [email protected]

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) KASSIS, E. Porque alguns fazem sucesso em odontologia . São Paulo, Livraria e Editora Tota Com. Imp. Ltda, 2007.2) PARANHOS, et al. Analise do Mercado de Trabalho na Região Sudoeste do Brasil. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent.,63(1):57-63,2009. 3) BRASIL. Agencia Nacional de Saude Suplementar. Foco em Saude Suplementar. Rio de Janeiro, Ministério da Saúde, Junho 2012. Disponível em: http://www.ans.gov.br/index.php/materiais-para-pesquisas/materiais-por-tipo-de-publicacao/periodicos. Acesso em: 10/09/2012.4) NORONHA, F. et al. A ferramenta auditoria aplicada a Odontologia. 2004. Disponível em: http://www.convibra.com.br/2004/pdf/130.pdf . Acesso em: 10/09/2012.

Leite NLP / da Silva RHA

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Caderno Científico | Reabilitação Oral

INTRODUÇÃOO planejamento reabilitador é sempre um

desafio na prática odontológica, pois envolve a aplicação do conhecimento científico à realidade clinica, devendo ser realizado de forma sistemá-tica para que o trabalho seja otimizado e com resultados previsíveis1,2. A proposta estética atual requer trabalhos restauradores com aspecto na-tural de dentes, gengiva em harmonia com a face, estimulando novas alternativas de tratamento, como o uso rotineiro de implantes associados ou não a técnicas de reconstrução tecidual estética e desenvolvimento de materiais restauradores livres de metal.

O emprego dos laminados cerâmicos está re-lacionado à evolução dos materiais adesivos, ci-mentos resinosos e às cerâmicas mais resistentes, com modificações na composição química e mi-croestrutura, sendo o material que melhor repro-duz as propriedades ópticas do esmalte e dentina. Entretanto, um dos problemas das cerâmicas é o fato de apresentarem falhas internas e defeitos superficiais pós-sinterização, enfraquecendo a restauração, afetando sua durabilidade clínica.

Sistemas cerâmicos CAD-CAM, apresentam menor quantidade de defeitos internos, maior re-sistência e menor risco à fratura. O mecanismo de adesão restauração/remanescente dental também pode contribuir no deslocamento das peças, cárie recorrente, alteração de cor da gengiva marginal e fratura da restauração4.

Atualmente, os implantes permitem recompor pequenas ausências dentais, com o prognóstico favorável ou não, relacionado ao seu posiciona-mento tridimensional no espaço edêntulo1,2,3.

A proposta deste trabalho é relatar um caso clínico, com o controle de três anos, abordando reabilitação estética e funcional, remodelando o sorriso, cujo planejamento englobou Prótese sobre Implante, coroa metalocerâmica, de Zr LAVA™ 3M ESPE, laminado cerâmico e coroa E-Max Press.

RELATO DE CASO CLÍNICOPaciente do gênero feminino, 57 anos, buscou

atendimento na Escola de Aperfeiçoamento Pro-fissional da Aorp (Eap/Aorp), no Curso de Espe-cialização em Prótese Dentária há três anos, rela-tando como queixa principal a insatisfação com seu sorriso, focando a forma, a cor dos dentes e o contorno da gengiva. As figuras 1 e 2 ilustram a apresentação inicial do sorriso. Após a execução dos exames clínico, radiográfico e mecânico, foi elaborado o planejamento: laminados cerâmicos E-Max Press nos dentes 12 e 11, coroa LAVA™ 3M ESPE no dente 21, pilar metálico personalizado para o implante Conexão HE 3,3 e coroa LAVA™ 3M ESPE para o dente 22 e coroa LAVA™ 3M ESPE no dente 23. As figuras de 3 a 17 apresen-

Reabilitando e remodelando o sorriso: três anos de controle

◗ REGINA MAURA FERNANDESProfessora Dra. do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). Especialista em Prótese Dentária. Professora do curso de Especialização em Prótese Dentária da Fundação Odontológica de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Funorp/Usp). Professora do curso de Especialização em Prótese Dentária da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (Aorp).

◗ ELIANA MITSUE NAkAOEspecialista em Prótese Dentária. Professora do curso de Especialização em Prótese Dentária da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (Aorp).

◗ LILIA M. S. SAITOEspecialista em Prótese Dentária. Professora do curso de Especialização em Prótese Dentária da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (Aorp).

◗ DANIELA ALIPRANDINI P. MOROTécnica em Prótese Dentária.

◗ WILSON MATSUMOTOProfessor Dr. do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). Especialista em Prótese Dentária. Professor do curso de Especialização em Prótese Dentária da Fundação Odontológica de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Funorp/Usp). Coordenador do curso de Especialização em Prótese Dentária da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (Aorp).

tam as etapas clínicas referentes aos protocolos de fixação, com os devidos critérios, considerando o remanescente dentinário e pilar protético. Já as figuras de 18 a 21 apresentam o resultado do trabalho após três anos de controle.

DISCUSSÃOHá evidências do sucesso clínico das restaura-

ções cerâmicas adesivas, com valores de 99% de sobrevida após cinco anos, para coroas anteriores e posteriores4, e 93,5% após 10 anos para lami-nados cerâmicos5,7.

O sistema E.Max Press tem se consolidado nas reabilitações estéticas, devido às propriedades fí-sicas, ópticas e otimização na produção das peças protéticas4.

Deve-se analisar os recursos protéticos do siste-ma de implantes, sua versatilidade no momento da sua confecção e o mecanismo de conexão entre pilares protéticos e implante6.

CONCLUSÃOA forma, contorno, adaptação marginal, tex-

tura e polimento das peças protéticas, associados ao biotipo gingival, localização das margens dos preparos, critérios na fixação das restaurações e à motivação do paciente pelo resultado estético obtido, contribuíram para o sucesso da remode-lação do sorriso, após três anos de execução.

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Caderno Científico | Reabilitação Oral Fernandes RM / Nakao EM / Saito LMS / Matsumoto W / Moro DAP

Figura 1

Figura 4

Figura 7

Figura 10

Figura 2

Figura 5

Figura 8

Figura 11

Figura 3

Figura 6

Figura 9

Fase inicial. Dente 12, resina composta extensa, faceta direta no dente 11, provisória no dente 21, provisória

sobre implante Conexão HE 3,3 no dente 22.

Sorriso evidenciando as desproporções emaltura e largura do dente 12 ao 23.

Preparos para as peças cerâmicasadesivas nos dentes 12 e 11.

Prova das estruturas de Zr Lava 3M ESPE,conectadas para o molde de transferência.

Peças protéticas: coroa e laminado cerâmico E.Max Press e coroas de Zr Lava 3M ESPE.

Aspecto clínico favorável para a fixaçãodas peças protéticas.

Aspecto clínico favorável para a fixaçãodas peças protéticas.

Preparo da superfície das peças com E.MaxPress, ácido fluorídrico por 20s.

Aplicação do silano, ceramic primer 3M. Tratamento do remanescente, aplicaçãodo adesivo DSC (Ivoclar Vivadent) após

ataque com ácido fosfórico.

Iniciando a fixação pelos dentes 11 e 21.

Figura 12

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Aspecto após a aplicação do adesivo DSC(Ivoclar Vivadent), posterior ao ácido fosfórico.

Após a pré-polimerização da coroa de ZrLava 3M ESPE, com cimento U100 3M ESPE.

Logo após a fixação e remoçãodos excessos de cimento.

Logo após a fixação e remoçãodos excessos de cimento.

Sorriso final, após a fixação das peçasprotéticas do dente 12 ao 23.

Controle após três anos de instalação., comexcelente qualidade das margens gengivais e papilas.

Controle após três anos de fixação. Controle após três anos de fixação.

Sorriso remodelado após três anos de controle. Tratamento executadono Curso de Especialização em Prótese Dentária da Aorp.

Figura 13

Figura 16

Figura 19

Figura 14

Figura 17

Figura 20

Figura 15

Figura 18

Figura 21

Caderno Científico | Reabilitação Oral Fernandes RM / Nakao EM / Saito LMS / Matsumoto W / Moro DAP

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) Fradeani M, Barducci G. Uma abordagem sistemática à integração estética, biológica e funcional. Tradução Rosseti PHO. São Paulo: Quintessence, 2009, p26-120.2) Myashita E, Marchezi M, Salfatis M, Mesquita AMM, Souza RO. Plano de tratamento integrado em reabilitação oral. In: Reabilitação oral previsibilidade e longevidade. Napoleão Editora, 2011,p25-83.3) Grunder U, Gracis S, Capelli M. Influence of the 3-D bone-to-import relationship on esthetics. Int J Periodontics Restorative Dent, 2005 apr,,25(2):113-9.4) Della Bona A. Adesão às cerâmicas: evidências científicas para o uso clínico. Ed Artes Médicas, 2009, p43-90.5) BEIER US, KAPFERER I, BURTSCHER D, DUMFAHRT H. Clinical Performance of Porcelain Veneers for up to 20 year. Int J. Prosthod 2012 fev;25(1):79-85.6) Tortamano Neto P, Kanashiro LH, Camargo LOA. Estudo e seleção dos componentes protéticos. Quintessence Editora, 2001,p129-149.7) GUESS PC, SCHUTHEIS S, BONFANTE EA, COELHO PG, FERENCZ JL, SILVA NR. All ceamic systems: laboratory and clinical performance. Dent Clin North Am 2011 Abr;55(2):333-52.

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Caderno Científico | Reabilitação Oral

INTRODUÇÃOA expectativa de vida da população tem au-

mentado significantemente1, provavelmente, devido às alterações nas condições de vida pro-porcionadas por acesso facilitado às informações sobre saúde, alimentação e cuidados básicos, ob-tidas pelo próprio indivíduo ou oferecidas pelos programas governamentais2.

Com esse aumento na expectativa de vida, no-vas necessidades surgem e, consequentemente, novas abordagens são utilizadas para contem-plá-las e, dessa maneira, melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

Considerando o aspecto odontológico, vários estudos têm verificado correlações entre condi-ção da dentição, eficiência mastigatória e estado nutricional de pacientes idosos3,4,5. Como uma grande parcela dos indivíduos idosos apresen-ta edentulismo total com potencial para serem usuários de próteses totais6, cuidados devem ser tomados para que as próteses totais sejam aceitá-veis do ponto de vista estético e principalmente, funcional. Porém, em algumas situações clínicas, o desconforto do paciente se mantém, seja ele estético, funcional, emocional ou social, carac-terizando a necessidade de um planejamento que contemple a minimização ou eliminação do problema, como a utilização de implantes.

Uma prótese sobre implante, do tipo over-denture, possibilita ao indivíduo benefícios na qualidade de vida e na saúde oral, principalmen-te, pela facilitação na elaboração da reabilitação oral de mandíbula atrófica7 além de proporcio-nar aumento de retenção, estabilidade e conforto em relação às próteses totais convencionais8.

A idade do paciente não é fator que contrain-dique o implante, tendo em vista que os proble-mas cirúrgicos e protéticos ou as complicações podem ocorrer em pacientes geriátricos ou não9, devendo ser consideradas as normas médicas de saúde geral.

O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de prótese total superior conven-cional e overdenture inferior em paciente idoso.

RELATO DE CASO CLÍNICOPaciente idosa, 75 anos, compareceu ao Cur-

so de Prótese sobre Implantes, na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Univer-sidade de São Paulo (Forp/Usp-SP), com indi-cação para colocação de uma sobredentadura (overdenture) inferior sobre os dois implantes osseointegrados, com retentores do tipo bola (Figura 1). Na arcada superior, utilizava uma prótese total convencional.

Durante a anamnese, relatou ter optado por procurar solução protética, diferente da prótese total inferior convencional, pela dificuldade em realizar as funções básicas como mastigação e

fala. Essas inabilidades estavam ocasionando danos físicos, emocionais e no convívio fami-liar e social da paciente. O filho, acompanhante, pontuou ter observado uma redução drástica nos tipos e na quantidade dos alimentos con-sumidos, além da irritabilidade, das constantes queixas e a preocupação com o emagrecimento da mãe. Situação que se manteve mesmo após a confecção de uma overdenture inferior com os ajustes e reavaliações (Figuras 2 e 3).

Observou-se nesta overdenture inicial que a dimensão vertical de oclusão estava diminuí-da e os limites de extensão da prótese aquém do desejado (Figura 4). Uma nova prótese foi confeccionada seguindo-se os procedimentos de moldagem, obtenção do modelo de gesso (Figu-ra 5), base de prova, registros de posicionamen-to mandibular, dimensão vertical de oclusão, seleção, montagem/prova de dentes (Figura 6), acrilização, espaço para captura (Figura 7) da cápsula (Figura 8), captura da cápsula (Figuras 9,10,11,12), ajuste oclusal (Figura 13) e término da prótese (Figuras 14 e 15).

DISCUSSÃOPara a população idosa, os aspectos relacio-

nados à dieta e nutrição são importantes6 tendo em vista a dificuldade na mastigação de deter-minados alimentos e na absorção de nutrientes pelo organismo, inerentes à idade. Quando as dificuldades relativas à idade são acompanhadas de condições orais desfavoráveis, a funcionali-dade do sistema estomatognático torna-se bem prejudicada podendo afetar a qualidade de vida do indivíduo, como no presente caso.

A prótese total inferior da paciente, diferente-mente da superior, apresentava-se sem retenção e estabilidade, provavelmente, em decorrência da susceptibilidade do trabeculado ósseo da mandíbula à reabsorção em altura10 ou mesmo, por procedimentos equivocados, nas diferentes fases da confecção da prótese, como por exem-plo, moldagem e determinação das relações maxilomandibulares. Nessa circunstância, a indicação de sobredentadura ou overdenture pode ser vantajosa em comparação com prótese total convencional pela manutenção do tecido ósseo alveolar, estabilidade e retenção da prótese.

As mudanças na dieta, nem sempre favorá-veis ao consumo nutricional adequado, podem estar relacionadas à escolha de alimentos que sejam mecanicamente mais fáceis de serem tri-turados e também, pelo comprometimento da função oral11 seja ela pelo estado da dentição natural ou pela reabilitação bucal. No presente caso, segundo relato da paciente, a ausência de retenção e estabilidade da prótese total inferior convencional a impediam de se alimentar, cau-sando emagrecimento, alteração no seu humor

Overdenture mandibularem paciente idoso

◗ kARINA ALBINO LENCIONIMestre e Doutoranda em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).Email: [email protected]

◗ TAkAMI hIRONO hOTTAMestre e Doutora em Reabilitação Oral, Professora Associada do Departamento de Materiais Dentários e Prótese Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).Email: [email protected]

◗ ROSSANA PEREIRA DE ALMEIDA ANTUNESMestre e Doutora em Reabilitação Oral, Professora Associada do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).Email: [email protected]

◗ WILSON MATSUMOTOMestre e Doutor em Reabilitação Oral, Professor Doutor do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).Email: [email protected]

Lencioni KA / Hotta TH / Antunes RPA / Matsumoto W

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46 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Figura 1

Figura 4

Figura 7

Figura 10

Figura 2

Figura 5

Figura 8

Figura 11

Figura 3

Figura 6

Figura 9

Figura 12

Pilares tipo bola.

Overdenture inferior inicial.

Criação dos espaços para as cápsulas.

Colocação de resina rosa autopolimerizável nos espaços.

Evidenciação da área interferente e ajuste.

Modelo de gesso inferior.

Cápsulas adaptadas sobre os retentores tipo bola.

Colocação de resina rosa autopolimerizável sobre as cápsulas.

Ajustes no flanco vestibular da prótese.

Montagem e prova dos dentes.

Colocação de pedaço de dique de borracha para isolar a região.

Prótese em posição para captura das cápsulas.

Caderno Científico | Reabilitação Oral

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Lencioni KA / Hotta TH / Antunes RPA / Matsumoto W

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1) Brunetti RF, Montenegro FLB. Odontogeriatria : noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Médicas. 2002. 481p.2) Rivaldo EG; Padilha DMP; Frasca LCF; Rybu BR Envelhecimento e saúde bucal. Stomatos. 2008;14(26):39-45.3) Baxter JC. The nutritional intake of geriatric patients with varied dentitions. J Prosthet Dent 1984;51:164–8.4) Gunne HS. The effect of removable partial dentures on mastication and dietary intake. ActaOdontolScand 1985;43:269–78.5) Wostmann B, Michel K, Brinkert B, Melchheier-Weskott A, Rehmann P, Balkenhol M. Influence of denture improvement on the nutritional status and quality of life of geriatric patients. J Dent 36: 816-821, 2008.6) Weyant RJ, Pandav RS, Plowman JL, Ganguli M. Medical and cognitive correlates of denture wearing in older community-dwelling adults. J Am GeriatrSoc 52:596–600, 2004.7) Santagata M, Guariniello L, D’Andrea A, Tartaro G. A modified crestal ridge expansion technique for immediate placement of implants: a report of three cases. J Oral Implantol 2008;34(6): 319-24.8) Bakke M; Holm, B; Gotfredsen, K. Masticatory function and patient satisfaction with implant supported mandibular overdentures: a prospective 5-year study. Int J Prosthodont2002; 15(6):575-81.9) Al Jabbari Y, Nagy WW, Iacopino AM. Implant dentistry for geriatric patients: a review of literature. Quintessence Int. 2003; 34(4): 281-5.10) Zarb GA. Boucher’s prosthodontic treatment for edentulous patients. 11. ed. St. Louis: Mosby; 199711) Liedberg B, Stoltze K, Norlen P, BengtOwall B. Inadequate’ dietary habits and mastication in elderly men Gerodontol 2007; 24; 41–612) Allen PF Association between diet, social resources and oral health related quality of life in edentulous patients. J Oral Rehabil 2005 32; 623–813) Mericske-Stern R, Steinlin-Schaffner T, Marti P, Geering AH. Peri-implant mucosal aspects of ITI implants supporting overdentures. A five-year longitudinal study. Clin Oral Implant Res 1994;5: 9–18.14) Thomason JM. The McGill consensus statement on overdentures.Mandibular 2-implant overdentures as first choice standard of care for edentulous patients. Europ J ProsthodRestDent2002;10: 95-6.15) Heckmann SM, Heussinger S, Linke JJ et al. Improvement and long-term stability of neuromuscular adaptation in implant-supported overdentures. Clin Oral Implants Res 2009; 20: 1200–516) vanKampen FMC, van der Bildt A, Cune MS, Bosman F. The influence of various attachment types in mandibular implant-retained overdentures on maximum bite force and EMG. J Dent Res 2002; 81: 170-3.17) Van der Bildt A, van Kampen FM, Cune MS. Masticatory function with mandibular implantsupportedoverdentures fitted with different attachment types. Eur J Oral Sci 2006; 114: 191–6.18) Engfors I, Ortop A, Jemt T. Fixed implant-supported prostheses in elderly patients: a 5-year retrospective study of 133 edentulous patients older than 79 years. Clin Implant Dent Relat Res. 2004; 6(4): 190-8.19) Kuoppala R, Napankangas R, Raustia A. Outcome of implant-supported overdenture treatment – a survey of 58 patients. Gerodontol. 2012;29(2):577-84.

e preocupação aos seus familiares.Verificou-se que a alteração na dieta não es-

tava vinculada a fatores sócio-econômicos, ao nível de educação e nem à condição de depen-dência ou institucionalização da paciente12, pois, o padrão de vida era bom e o custo dos alimen-tos não representava um problema, mostrava plena consciência da necessidade de diversifi-cação de alimentos na composição da dieta e, era totalmente independente e responsável pelos afazeres domésticos.

A overdenture mandibular, retida por dois implantes8,13,14, desde que corretamente confec-cionada, é uma boa alternativa para os proble-mas com retenção das próteses convencionais12, o que ficou comprovado no presente caso, com benefícios não só na mastigação15,16,17, mas tam-bém, na fala, na autoestima da paciente e, no convívio familiar que estava prejudicado fren-te às constantes queixas. Porém, esse resultado foi obtido somente após o restabelecimento da dimensão vertical de oclusão, vários retornos para ajustes e orientações, em concordância com

outros autores18 que relataram que os pacientes idosos tiveram mais problemas de adaptação à nova prótese suportada pelos implantes, prova-velmente, devido ao processo de aprendizado muscular, que no caso do idoso, é mais pro-longado.

Outro aspecto que deve ser considerado é que este tipo de reabilitação permite que a escova-ção seja feita fora da boca do paciente, o que torna a overdenture apropriada para pessoas idosas que, geralmente, apresentamdificuldade motora na realização da higiene oral19, como no presente caso.

CONCLUSÃODiante dos resultados obtidos e do acima ex-

posto, os autores concluíram ser a overdenture uma opção de reabilitação oral viável para pa-cientes idosos que apresentem condições de saú-de geral que permitam a utilização da mesma, salientando que para o sucesso do tratamento, os conhecimentos básicos de prótese total con-vencional devem ser aplicados.

Cápsulas capturadas.

Ajuste oclusal. Aspecto final da oclusão da paciente.

Figura 13

Figura 14

Figura 15

Caderno Científico | Reabilitação Oral

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48 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 53

Caderno Científico | Ortodontia

INTRODUÇÃOEm função da baixa fricção, algumas vanta-

gens são atribuídas às mecânicas com sistemas de bráquetes autoligados (SBA). Elas residem principalmente na redução do tempo total de tratamento, aumento do conforto e higiene para os pacientes e praticidade e diminuição do tempo de cadeira para os ortodontistas1. Além disso, a diminuição da frequência das extrações e expan-sões cirurgicamente assistidas são também citadas na literatura1,2. Mecânicas de deslizamento tam-bém estariam facilitadas, diminuindo-se as ne-cessidades de ancoragem. Dessa forma, em 2008, 42% dos ortodontistas americanos1 admitiram a utilização de pelo menos um desses sistemas, em comparação com apenas 8,7% em 2002. No Brasil, o uso desses aparelhos cresce exponen-cialmente, com quase todas as marcas comerciais presentes no país, disponibilizando pelo menos uma versão desses sistemas.

De fato, são inegáveis as vantagens que o conceito apresenta, levando-se a ganhos quan-tificados tanto para pacientes, quanto para os profissionais. Entretanto, os SBA requerem uma nova curva de aprendizado, pois sua utilização difere dos sistemas convencionais em aspectos importantes. Além disso, o marketing dos fa-bricantes tende a relacionar a “baixa fricção”, que é a maior vantagem mecânica atribuída aos sistemas, apenas com o método de ligação dos bráquetes, relegando a um segundo plano fatores fundamentais, como os efeitos de “bin-ding” e “notching” (Figura 01). A distância inter--bráquetes, as forças da mastigação e presença de saliva também são fatores muito relevantes, assim como o tipo e qualidade dos fios e brá-quetes empregados, grau de má-oclusão inicial e, principalmente, a resposta individual do com-plexo neuromuscular e das estruturas de suporte dento-alveolares de cada indivíduo.

Finalmente, em uma abordagem contemporânea, a Ortodontia não pode prescindir de uma prática clínica baseada em evidências científicas e a literatu-ra ainda carece de pesquisas realizadas “in vivo”, pois a maioria dos estudos que demonstram a redução da fricção nos SBA foram realizados “in vitro”.

DISCUSSÃOOtimizando o uso dos SBAA força de fricção pode ser definida como a

resistência que ocorre entre duas superfícies que se opõem ao movimento na mesma direção, mas em sentidos opostos2-4. Ao contrário dos brá-quetes tradicionais, os SBA não necessitam de ligaduras, sejam elas elásticas ou metálicas. Os sistemas podem ser ativos, quando o próprio

Autoligados emOrtodontia - Momentode entusiasmo e cautela

◗ MAURICIO ACCORSIEspecialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Preceptor em Dor Orofacial e Disfunção pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fo/Usp-SP). Autor do livro “DIAGNÓSTICO 3D EM ORTODONTIA - A Tomografia Cone-beam Aplicada” (Editora Napoleão). Professor convidado dos cursos de Especialização em Ortodontia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Positivo (UP), em Curitiba-PR e da Universidad Autónoma de Baja Califórnia (UABC) em Mexicali, México. Fone: (41) 3253-6816Site: www.aortodontia.com.br

Figura 1

Figura 2

“Biding ou travamento” refere-se ao efeito de fricção gerado pelo contato do arco com as bordas das aletas dos braquetes, quando o movimento dentário começa

a acontecer. “Notching”, ou “deformação permanente” ocorre quando a interface aletas-arco fica travada por

uma deformação irreversível do arco.

Braquete autoligado passivo Portia®,da companhia Abzil 3M.

bráquete (clip ativo) pressiona o fio dentro da canaleta; passivos, quando o sistema permite liberdade do fio dentro canaleta; ou interativos, quando os bráquetes autoligados exercem pressão em fios mais espessos, mas permitem liberdade de fios menos calibrosos. Quando um sistema de bráquetes ativo é utilizado, a fricção é bem maior do que quando se utiliza um sistema de bráquetes passivos. Um exemplo de bráquete to-talmente passivo é o Portia® (Figura 02) lançado recentemente no Brasil pela companhia Abzil 3M. Como vimos anteriormente, alguns cuidados são necessários para se obter todos os benefícios da utilização dos SBA. Primeiro, quando de faz op-ção por uma mecânica de baixa fricção, parece--nos mais coerente utilizar um SBA passivo.

Não se pode utilizar nos SBA uma sequência convencional de fios, pois os ganhos de espaço no perímetro do arco, a rapidez e eficiência nas fases de alinhamento e nivelamento, e os benefí-

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Caderno Científico | Ortodontia Accorsi M

Figura 3

Stops - pequenas extensões de tubos telescópicos,de material deformável

(crimpable) com 2 a 3 mm, posicionados em algum lugar do arco para evitar que o fio deslize inadvertidamente. Na maioria dos casos, esses stops são, geralmente, posicionados na linha média, pois nessa região não prejudicam o alinhamento e

nivelamento dentário.

Bite turbos (stops anteriores)confeccionados em resina composta,

com contatos equalizados.

Figura 6Figura 5

Figura 7

Figura 4

Levantes de mordida posteriores,também chamados de build ups.

Deslizamento indevido do arco retangular, causando injúria

à mucosa do paciente.

Incisivo lateral superior esquerdo e canino superior esquerdo em mordida totalmente cruzada, como se pode notar no corteparassagital obtido por meio de TCFC, utilizando-se o software InVivoDental 5.1 (Anatomage Inc, San Jose, USA).

Figura 8

Caso da figura 07 após 6 meses de tratamento, onde foram utilizados levantes de mordida em conjunto com o aparelho Portia®.Notar o remodelamento dento-alveolar e o melhor posicionamento radicular do incisivo lateral e das tábuas ósseas.

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Caderno Científico | Ortodontia Accorsi M

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Fleming PS, Johal A. Self-ligating brackets in Orthodontics. Angle Orthod. 2010;80:575-584.2) Satler R. et al. Demystifying self-ligating brackets. Dental Press Journal of Orthodontics. 2011;16(2):50.e1-8.3) Burrow JS. Friction and resistance to sliding in orthodontics: A critical review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(4):442-7.4) Rinchuse DJ, Miles PG. Self-ligating brackets: Present and future. Am J Orthod DentofacialOrthop 2007;132:216-222.5) Accorsi MAO. Velasco LG. Diagnóstico 3D em Ortodontia - A Tomografi a Cone-beam aplicada. Editora Napoleão, Nova Odessa, 2001, 364p.6) Maltagliati LA. Demystifying the use of stops in the self-ligating system, Rev Clín Ortod Dental Press. 2012;11(1).

cios das mecânicas de deslizamento (uso de elás-ticos intermaxilares em fechamento de espaços) estão diretamente relacionadas com a aplicação e manutenção de forças leves em todas as fases do tratamento. Dessa forma, o emprego de arcos “high tech”, de boa qualidade (superelásticos e Copper-Niti), estão indicados nas fases iniciais do tratamento, com um intervalo aumentado entre as consultas, fi cando em torno de 06 a 08 semanas até a obtenção de um alinhamento e nivelamento ideais, para a inserção de arcos de aço inoxidável com ganchos para as fases sub-sequentes do tratamento.

A montagem inicial do aparelho deve ser fei-ta de forma muito criteriosa, se possível, por meio de algum método preciso de colagem in-direta. O uso de “stops” nos arcos (Figura 03) é fundamental para que não ocorra um desliza-mento indesejável do arco, o que pode causar injúrias graves aos pacientes (Figura 04). Os stops também podem ter vantagens adicionais como auxiliares na correção da linha mediana e na consolidação de espaços. Outro recurso de extrema utilidade são os levantes de mordida, que possibilitam a montagem da arcada infe-rior no início do tratamento, mesmo em casos de mordida profunda. Os levantes posteriores (build ups) estão indicados em casos onde se quer obter um controle vertical, (Figura 05) ou quando não é possível a colocação dos levantes anteriores (bite turbos). Os turbos como o pró-prio nome sugere, possibilitam um “destrava-mento” da oclusão, facilitando a movimentação dentária nas fases iniciais do tratamento além de otimizar a intrusão dos incisivos inferiores auxiliando no nivelamento da curva de Spee.

Fases do tratamento demonstrando o remodelamento dento-alveolar acontecendo na região dos incisivos superiores em caso de mordida profunda, onde foram utilizados os braquetes Clarity SL® - 3M Unitek. Notar os cortes parassagitais e as

reconstruções em 3D por meia da TCFC, utilizando o software InVivoDental 5.1 (Anatomage Inc, San Jose, USA).

Eles podem ser metálicos, ou confeccionados em resina composta (Figura 06), por meio de mini moldes de silicone que são preenchidos com Transbond® (3M Unitek, Monrovia, USA) adap-tados nas faces palatinas dos incisivos centrais superiores. Assim, eles podem ser ajustados para que se equalizem os contatos de forma bilateral, aumentando-se a dimensão vertical o mínimo possível. Após a fase inicial de alinhamento e nivelamento, antes de prosseguir para os arcos de aço inoxidável, deve-se solicitar fotografi as intrabucais, radiografi as panorâmicas e modelos de gesso, para uma reavaliação e remontagem do aparelho se necessário.

Durante a fase de mecânica principal, deve-se observar a forma de arco individualizando-os para cada paciente. Nessa fase, o uso de elásticos inter-maxilares fi ca otimizado pela baixa fric-ção, levando-se a resultados mais difíceis de se obter com as mecânicas convencionais. Aliados ao uso de dispositivos de ancoragem temporá-ria, (mini-implantes) os SBA podem benefi ciar os pacientes e profi ssionais em vários aspectos, inclusive nas questões administrativas e comer-ciais, além da logística aprimorada de funcio-namento dos consultórios, com um ganho de tempo e qualidade de vida para os profi ssionais em seu ambiente de trabalho.

Avaliando resultados com a Tomografi a Cone-beamAo se trabalhar com remodelação dento-

-alveolar, deve-se levar em consideração os as-pectos do delicado ligamento periodontal e das estruturas de suporte dentário. Dessa forma, quando queremos avaliar grandes mudanças no posicionamento radicular, não podemos prescindir de novos métodos de avaliação, dis-poníveis hoje em dia. As raízes dentárias e as estruturas de suporte apresentam um formato tridimensional, que não pode ser avaliando por meio das técnicas radiológicas convencionais, como as radiografi as periapicais e panorâmicas, que demonstram a presença de osso apenas nas faces proximais dos dentes, deixando de lado as faces vestibulares e linguais que fi cam sobrepostas nessas técnicas 2D de obtenção de imagens. Dessa forma, a Tomografi a Computadorizada de Feixe Cônico5 (TCFC) afi gura-se como o método de escolha quando se quer monitorar grandes altera-ções dento-alveolares, pois, além da possibilidade de visualização 3D dessas estruturas, é possível quantifi car as mudanças na posição radicular e do osso de suporte em cortes específi cos, que mos-tram claramente a morfologia das tábuas ósseas vestibulares e linguais (Figuras 07 a 10).

CONCLUSÃOPor questões de espaço, não se discutiu nesse

artigo as questões relacionadas ao processo de diagnóstico e de tomada de decisão terapêutica, dentro de um novo contexto com os SBA, mas certamente esses sistemas vieram para fi car e realmente apresentam algumas vantagens em relação às mecânicas convencionais. Porém, sua utilização demanda algum cuidado e um novo processo de aprendizado. É interessante buscar na literatura e em cursos de certifi cação, as in-formações básicas, ampliando-se os benefícios da aplicação dessas novas técnicas, diminuindo--se os riscos de um emprego inadequado dos sistemas.

Figura 9

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InformativoCADERNO

ENTREvISTAS | vITRINE ODONTOLÓGICA | SOCIAL

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Jurisprudência na Odontologia

Em razão do grande número de profissionais existentes no mer-cado de trabalho, a profissão do cirurgião-dentista tornou-se, exa-geradamente, competitiva face ao limitado número de possíveis

clientes, situação que levou a uma concorrência desenfreada, passando os profissionais a lan-çar mão de novos métodos de abordagem, em consonância com este novo mundo globaliza-do e mercantilista, onde a comunicação tem se mostrado cada vez mais decisiva, em especial via internet, em detrimento da tradicional pro-paganda “boca a boca”1.

Neste contexto, baseado em acontecimentos recentes, de anúncios e propagandas apontadas como abusivas, alvo de denúncia nos respectivos Conselhos Regionais de Odontologia (CROs), por estarem em total desobediência à ética pro-fissional, e que contribuíram para a elaboração, aprovação e entrada em vigor de um novo Có-digo de Ética Odontológica (Resolução CFO-118/2012), com inclusão de norma específica sobre anúncio, propaganda e publicidade via internet (artigo 44, inciso XIV), questiona-se sobre as possibilidades de utilização de qualquer tipo de publicidade pelos profissionais odontó-logos, em especial na internet, por ser o veículo tido como de grande efetividade, pela rapidez em atingir maior número de pessoas2.

Assim, restam algumas dúvidas entre os profissionais, se referidas normas apontam como infração ética toda e qualquer publici-dade. Questiona-se sobre a possibilidade de o cirurgião-dentista administrar um blog, site ou página no facebook, enviar e-mails para pessoas que não são seus pacientes, utilizar a ferramenta conhecida como mailings, ou ter um e-commerce com finalidade mercantilista.

De forma objetiva, se poderia dizer que, diante da preocupação dos CROs em relação a uma possível banalização da profissão e do profissio-nal da Odontologia, é necessário ressaltar que não cabem e, até mesmo, não serão aceitos pelos respectivos CROs, excessos de propaganda, os quais serão passíveis de fiscalização, instaura-ção de processo ético e aplicação de penalidade cabível.

É necessário ter atenção e cuidado. A internet é, portanto, excelente veículo de publicidade, mas pela preocupação dos CROs sobre os ex-cessos praticados por muitos profissionais, no momento de lançar mão de quaisquer dos meios de anúncios, é necessário ter atenção sobre os preceitos éticos descritos no novo Código de Ética Odontológica.

A questão foi amplamente discutida pelos CROs, com participação de profissionais e en-

tidades que atuam na divulgação de assuntos odontológicos, sendo que a conclusão foi de que, devem ser respeitados os preceitos éticos, em especial a nova normatização, que é clara em apontar como infração ética a publicidade, o anúncio em qualquer meio de comunicação de massa, que deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade.

Para se concluir pelas alterações introduzidas, foram realizadas reuniões nos 27 CROs da Fe-deração. Ao final, em encontro realizado com a participação dos CROs, sindicatos, associações e cirurgiões-dentistas, o tema foi amplamen-te debatido, momento em que se chegou a um denominador comum.

De acordo com o presidente do CRO do Rio Grande do Sul, Flávio Borella “O Código mu-dou pelo dinamismo da profissão. Precisamos acompanhar a evolução da ciência e dos tem-pos”. A conclusão da categoria é a de que existe uma má utilização da publicidade por parte de alguns profissionais, podendo ocasionar gra-ves problemas aos pacientes. “Muitas vezes, o que é divulgado não corresponde à realidade. A população deve ser orientada quando estiver no consultório, não por panfletos”, resume o presidente3.

Pela conclusão supramencionada, entende-se ser possível realizar publicidade em qualquer veículo de comunicação, desde que sejam obe-decidos os preceitos éticos4. A maior preocu-pação diz respeito à publicidade exagerada e, repita-se, mercantilista, capaz de desvalorizar a profissão através de comercias que buscam puramente o aliciamento de clientela. Os veí-culos de comunicação passaram a ser utilizados para oferecer tratamentos, com conteúdos que levavam à conclusão de não estarmos diante de uma profissão preocupada com a saúde, mas sim de uma atividade puramente mercantil, deixando a saúde em segundo plano. Passou a existir uma ânsia de sucesso financeiro e busca frenética por clientes ao invés de pacientes, uma competição acirrada semelhante a uma batalha de vendedores para negociar um item qualquer em um mundo capitalista, quando a principal ideia é que a Odontologia volte a ser uma ati-vidade humana e direcionada ao bem comum, sem abrir mão da dignidade profissional.

Em uma análise jurídica sobre o tema, é ne-cessário mencionar que referidas “proibições” terão reflexo maior na esfera administrativa, em possíveis sanções aplicáveis resultante de even-tual instauração de Processo Ético Profissional. Já no campo judicial, contencioso, não se pode dizer que eventuais infrações praticadas em des-respeito às determinações para que os anúncios, as propagandas e a publicidade tenham somente

Publicidade na internete ética na profissão

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Jurisprudência na Odontologia

caráter didático e educativo, jamais mercantil ou de aliciamento de pacientes.

Ainda, se verifi ca a existência de Ações Civis Públicas ajuizadas por CROs, como por exem-plo a Ação Civil Pública ajuizada pelo CRO de Santa Catarina (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 5002178-30.2011.404.7200/SC), que foi julgada procedente para proibir a veiculação em sites de compras coletivas, anúncios de procedimentos e tratamentos odontológicos, ou qualquer pu-blicidade da área odontológica que contenham preço, modalidades de pagamento ou serviços gratuitos, porque em desacordo com a Lei nº 5.081/66, com o Código de Ética Profi ssional e com o Código de Defesa do Consumidor.

Diz-se em desacordo com o CDC pela pos-sibilidade de referidos anúncios serem irreais e não ser disponibilizado ao paciente um tra-tamento odontológico de qualidade. Ou seja, não será feito um tratamento adequado a uma situação bucal específi ca, por meio de procedi-mento padrão, com custo padrão e resultados aleatórios. Signifi ca que o preço anunciado pode não ser cumprido toda vez que a variedade hu-mana se mostrar presente.

Neste caso, considerando que existe tanto a norma ética regulamentadora, como também decisão judicial, acerca da limitação de alguns tipos de anúncios, mais especifi camente, com fundamentação esclarecedora sobre os motivos porque referidos tipos de publicidade devem ser reprimidas e desvinculadas da atuação do pro-fi ssional da área odontológica, principalmente

com olhos à aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, é preciso ter atenção, pois o seu descumprimento pode levar a resultados negativos na esfera da responsabilidade civil.

O que se deve ter em mente, portanto, é que a Odontologia é uma profi ssão relacionada à saúde pública, sendo que qualquer tipo de publicidade deve respeitar o Código de Ética Odontológica, de forma a não se desvirtuar a fi nalidade da profi ssão. Existe garantia ao di-reito de publicidade, desde que seja discreta e comedida, a fi m de se respeitar os direitos dos cidadãos, em especial aqueles descritos no Có-digo de Defesa do Consumidor, a proteção dos valores éticos e desde que não se promova o aviltamento da categoria profi ssional.

Toda e qualquer publicidade não pode dar ao tratamento odontológico signifi cado de mer-cadoria, ou produto, ou serviço padronizado, sendo que cada tratamento possui indicações e limitações clínicas, onde cada caso apresentado para o profi ssional possui uma peculiaridade, não podendo ser vendido ou adquirido de for-ma conjunta e exposto em sites de venda como parte de promoções de serviços, situação vedada pela própria lei que regulamenta a profi ssão do cirurgião-dentista, proibindo referida modali-dade de publicidade (art. 7º da Lei 5.081/66)5,6.

Assim, a internet se constitui numa excelente ferramenta de marketing. No entanto, conforme amplamente exposto, quaisquer anúncios devem restringir-se ao envio de textos sobre saúde bucal em forma de motivação a novas consultas, permi-

tindo que referido anúncio seja sufi cientemente dirigido para cada situação e tipo de clientes.

Portanto, nada impede que um profi ssional odontólogo administre um site, blog ou página do facebook, assim como não existe impedimen-to ao envio de e-mails para quaisquer pessoas, ou à utilização dos chamados mailings, desde que não tenham fi nalidade mercantil ou de ali-ciamento de pacientes, mas unicamente com fi nalidade didática e educativa, excluindo-se, naturalmente, a utilização do chamado e-com-merce, exatamente por ter a referida fi nalidade de comercialização e que, possivelmente, dará ensejo à instauração de processo ético profi ssio-nal, face à transgressão de normas do Código de Ética Odontológica, podendo, ainda, para o caso de se verifi car ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, dar ensejo à propositura, pelo cidadão, de eventual demanda indenizatória.

MATEUS CARRER LORENÇATOAdvogado de Brasil Salomão

e Matthes Advocacia.

Referências Bibliográfi cas1) http://www.odontex.com.br/dentalview/texto_atlas.htm.2) Novo Crosp Edição 135 Dez/2011 Ano XXX - 17.3) http://www.infl uence.com.br/releases_detalhe.asp?id=2373&clienteid=112.4) http://folhadomate.com/noticias/saude/7892-regras-do-novo-codigo-de-etica-odontologica-em-vigor.5) http://www.proconjoinville.com.br/documentos/acao-civil-publica-impetrada-pelo-conselho-regional-de-odontologia-de-santa-catarina-crosc-50.6) http://www.cro-df.org.br/crodf/?ac=evento&id=361.

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Biossegurança

A monitorização é um conjunto de processos que avalia a eficácia da esterilização.

É indispensável de ser feito in-dependente do seu método de escolha. As falhas na esterilização

podem ocorrer devido a erros do operador, do equipamento, da instalação ou falhas combinadas. Este controle visa diminuir estas falhas e, princi-palmente, detectá-las.

A exigência da monitorização da esterilização pela Vigilância Sanitária passou a ser mais frequen-te nos últimos anos. A verdade é que a norma téc-nica de 1994 (Manual de Processamento de Artigos e Superfícies) já preconiza o seu uso, além de várias legislações (SS15- SP Portaria 500-RS) e publica-ções que a sucederam (ANVISA 2006). Além de ter ficado cada vez mais clara a necessidade do contro-le de qualidade dos processos, houve também um conjunto de fatores que permitiram que a monito-rização da esterilização fosse realizada com maior facilidade dentro dos serviços odontológicos, em especial pela redução de custos e em função de alguns fatores, como a popularização da autoclave; maior oferta de papel grau-cirúrgico; variedade de opções de indicadores químicos; novos fabricantes de indicadores biológicos e incubadoras de peque-no porte, entre outros.

Veja como realizar a monitorização da esterili-zação em sua autoclave:

Monitorização Física: realizada por meio da verificação dos parâmetros físicos (temperatura pré-estabelecida e durante o tempo determinado). Esses parâmetros devem estar de acordo com o previsto no manual de instruções de cada equi-pamento. O operador deverá fazer esta verificação durante a situação real do uso, a cada ciclo.

Monitorização Química: os indicadores quími-cos são divididos em classes e possuem finalidades distintas. Os indicadores Classe 1 são destinados a visualização dos pacotes processos. A mudan-ça de cor de uma fita de autoclave ou da área no envelope de papel grau cirúrgico indica que em algum momento do ciclo a temperatura esperada foi atingida. Logo, não significa que a esteriliza-ção ocorreu. Por outro lado, quando a mudança destes indicadores é sutil, indica uma falha grave de esterilização. Devem ser utilizados em todos os pacotes.

Os indicadores Classe 4 utilizam pelo menos dois parâmetros necessários para a esterilização, usualmente, tempo e temperatura. São, normal-mente, utilizados dentro dos pacotes.

Os indicadores químicos integradores são mais precisos, havendo os de Classe 5 e 6.

Monitorização da esterilização em autoclaves: por que se tornou obrigatório?

Um procedimento complexo, mas, quando incorporado à rotina, torna-se simples. Garante a eficácia do processo e proporciona tranquilidadepara profissionaise clientes.

Os indicadores Classe 5 são calibrados para in-tegrar os parâmetros necessários para haver es-terilização (tempo, temperatura em presença de vapor) de acordo com os indicadores biológicos.

Os emuladores Classe 6 são verificadores de ciclo e capazes de monitorar o período de segurança do ciclo que vai além do tempo necessário para eli-minar as bactérias. Os emuladores Classe 6 devem ser escolhidos de acordo com o ciclo da autoclave. Podem ser armazenados em sistema de registro. A sugestão é que sejam incluídos, pelo menos, na primeira carga de cada dia de uso da autoclave.

Monitorização Biológica: os indicadores bio-lógicos são testes comerciais, especialmente fabri-cados para este fim. Os mais utilizados são os de segunda geração. As ampolas plásticas contêm um conjunto com fita de papel impregnada de espo-ros, separada do meio nutriente, por um frasco de vidro. Os esporos bacterianos utilizados são altamente resistentes ao calor úmido: Geobacillus stearothermophilus constituem um desafio, pois uma vez eliminados, todos os outros esporos e formas vegetativas também serão.

Para realizar o teste são utilizadas duas ampolas de indicador biológico: ampola teste, que passará pelo ciclo normal de esterilização, e a controle, que não passará pelo processo de esterilização. Termi-nado o ciclo, as ampolas são ativadas e levadas para incubar em incubadora própria. A ampola teste deverá permanecer de cor roxa, evidenciando o não crescimento bacteriano. Presume-se, então, que foram destruídos pela autoclavação. O con-trole deverá mudar para amarelo, evidenciando o crescimento dos micro-organismos. Esta ampola é fundamental para afirmarmos que houve esteri-lização. A única diferença entre as duas ampolas é o processo de esterilização. Para tanto, as ampolas devem pertencer ao mesmo fabricante e mesmo lote, assim, o controle demonstra a viabilidade dos esporos, e incubadas ao mesmo tempo, demons-trando o bom funcionamento da incubadora.

Toda a monitorização deve ser realizada na ins-talação, semanalmente, após cada manutenção e sempre registrada. Parece um procedimento com-plexo, mas, quando incorporado à rotina, torna-se simples. Garante a eficácia do processo e propor-ciona tranquilidade para profissionais e clientes.

LILIANA JUNqUEIRA DE P. DONATELLIBióloga pela Usp. Aperfeiçoamento em Saúde, pela

Fundação Oswaldo Cruz. Mestre em Saúde Coletiva, pela Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp.

Consultora de Biossegurança da Cristófoli.E-mail: [email protected] /

[email protected]

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Vitrine Odontológica

> Gutierre Odonto entrega kits odontológicosao Hospital de Câncer de Barretos

Em uma ação de solidariedade, a Dental Gutierre Odonto, de Araraquara-SP, entregou 200 kits, com creme dental, escova de dente e fio dental, ao Departamento de Prevenção do Hospital de Câncer de Barretos.

Segundo a cirurgiã-dentista coordenadora do departamento, Dra. Ana Rosa Domingos Machado, os kits ajudarão a atrair os pacientes para dentro da clínica odontológica, onde farão o exame de prevenção contra o câncer de boca. “O grupo de risco do câncer bucal é composto principalmente por indivíduos acima de 40 anos que fazem uso do tabaco e de bebidas alcoólicas. A maioria desses indivíduos são pessoas simples que, por falta de informação, por medo ou mesmo por não acreditarem que o cigarro e a bebida podem causar o câncer de boca, não têm a preocupação de se prevenir contra esse tipo de tumor, procurando o cirurgião-dentista somente quando a doença já se encontra em estágio avançado. Os kits da Gutierre vão auxiliar nosso trabalho no sentido de atrair os pacientes para dentro da clínica, lembrando que, quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de boca tem 100% de chances de ser curado”, acrescenta a Dra. Ana Rosa.

Os 200 kits foram entregues ao diretor do Departamento de Captação de Recursos do Hospital de Câncer de Barretos, Luiz Antônio Zardini, pela jornalista e editora da revista Gutierre OdontoLife, Ana Lúcia Pereira de Jesus, na presença da Dra. Ana Rosa e de outros profissionais do hospital. “É um privi-légio podermos colaborar com o Hospital de Câncer de Barretos, que desenvolve um trabalho belíssimo, com seriedade e transparência. Esperamos que os resultados sejam alcançados e, principalmente, que esta simples ação possa servir de exemplo e incentivo à prática da solidariedade”, ressalta Ana Lúcia.

> Odontologia ganha maisum importante livrosobre Ortodontia

Os cirurgiões-dentistas Viviane e Weber Tamburus, de Ribeirão Preto-SP, se destacam em todo país e também no exterior pela competência e seriedade no trabalho que desenvolvem. Recentemente, em parceria com a equipe de professores da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Odonto-lógica de Ribeirão Preto (Eap/Aorp), lançaram o livro “Ortodontia - Terapia Bioprogressiva”.

Além de autores, Dra. Viviane e Dr. Weber foram os coordenadores desta obra literária, lançada durante o Congresso Brasileiro de Ortodontia, o mais impor-tante dessa área na América Latina, promovido pela Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO).

O livro é uma obra completa sobre a Terapia Bio-progressiva, que traz a experiência de mais de vinte anos dos autores sobre o assunto e expõe, de forma clara e didática, toda a metodologia de diagnóstico, planejamento e execução dessa filosofia de tratamento ortodôntico. São demonstrados aproximada-mente trinta casos clínicos, compreendendo pacientes jovens e adultos, todos com acompanhamento em longo prazo, pós-tratamento.

Editado pela Editora Tota, com 512 páginas, centenas de fotos e ilustrações, o livro já pode ser en-contrado nas bibliotecas das melhores Universidades do país, entre elas, a Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp), Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (Fob/Usp) e Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Unicamp.

> Entidades odontológicas encaminhamreivindicações à ANS

Preocupado com a relação entre os prestadores de serviços e as operadoras de planos odontológi-cos, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), em conjunto com as entidades que compõem a Co-missão Nacional de Convênios e Credenciamentos (CNCC), encaminhou ao setor de contratualização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) uma série de contribuições para nortear os con-tratos firmados entre cirurgiões-dentistas e ope-radoras.

As contribuições foram enviadas à Agência no último dia 3 de janeiro de 2013, por meio de ofício, contendo 10 reivindicações da Odontologia com relação à contratualização na saúde suplementar. A ação tem o objetivo de sensibilizar a ANS quanto aos principais pleitos dos cirurgiões-dentistas no conflituoso relacionamento com as operadoras.

A CNCC é composta por representantes do Conselho Federal de Odontologia, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), da Federação In-terestadual dos Odontologistas (FIO), da Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas (ABCD) e da Federação Nacional dos Odontologistas (FNO).

Rreivindicações:1 - Regularização da emissão da nota fiscal ou com-

provante de recebimento, anterior ao pagamento re-cebido.

2 - A decisão de constituir uma empresa ou não, será exclusiva do cirurgião-dentista prestador.

3 - A glosa técnica deve integralmente conter a identificação do auditor e/ou perito, através do seu nome e número de registro no CRO da unidade da federação onde foi realizado o procedimento.

4 - Que as partes cumpram integralmente as ins-truções e resoluções normativas constantes da ANS, bem como do órgão regulamentador da profissão, o CFO.

5 - Ao atraso no pagamento dos honorários dos procedimentos autorizados e realizados, de respon-sabilidade da operadora, ficará obrigatória aplicação de multa e correção monetária, observados os crité-rios definidos pela ANS ou pela autoridade monetária competente.

6 - No contrato conste o número de registro no CRO da unidade da federação do prestador onde será rea-lizado o serviço odontológico, bem como o número de registro da operadora no CRO da unidade da federa-ção onde ela tenha rede referenciada ou credenciada.

7 - A proibição expressa em cláusula contratual, da utilização de termos ou regras em desacordo com a constituição e legislação em vigor, como, por exemplo, “glosa irrecursável”.

8 - Padronizar o prazo máximo em um ano, do reajuste dos contratos com os prestadores: utilizar o IPCA como referência ou, no mínimo, o índice correlato autorizado pela ANS, para ser aplicado na correção dos planos dos beneficiários.

9 - Que seja autorizada em contrato, a negocia-ção coletiva dos termos, devido a assimetria de forças na relação operadora/prestador, bem como a hipossuficência dos profissionais prestadores.

10 - Que conste como cláusula contratual de for-ma clara, a obrigatoriedade inegociável de total cumprimento da Consu 08 e/ou legislações correla-tas, bem como as Resoluções publicadas pelo CFO.

Fonte: www.cfo.org.br

Luiz Antônio Zardini, Dra. Ana Rosa, Thaís (pedagoga), Ana Lúcia Pereira (revista Gutierre OdontoLife).

Dra. Viviane e Dr. Weber Tamburus

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> Especialistas falamsobre gestão estratégica em Odontologia

Como gerenciar o fluxo de caixa de uma clínica dentária? Como promover os seus serviços e empregar o marketing a seu fa-vor? Que aspectos de design, recursos hu-manos ou mesmo legais devem ser constan-temente monitorados em sua clínica?

Estas e muitas outras questões ligadas à gestão estratégica de consultórios odonto-lógicos, estarão presentes no Odonto Mana-gement Brazil 2013 que acontecerá entre os dias 15 e 16 de abril de 2013, no São Paulo Center, na capital paulista.

Em formato conferência, o evento tratará de temas mais do que relevantes para os profissionais do segmento econtará com apresentações de importantes nomes do se-tor sobre as estratégias e mecanismos para melhor gerir as suas clínicas odontológicas.

A edição de 2013 é organizada e promovida pela Blue Ocean Business Events e conta com o Patrocínio da D9 In Company e apoio de mídia da Odontosites.

Informações: www.odontomanagement-brazil.com.br ou (11) 3266-3591.

Fonte: www.odontosites.com.br

> Gutierre Odonto recebe prêmio de 1º lugar em vendas da KaVo em 2012

> Curso de Acupuntura na China

A Dra. Odinê Bechara, cirurgiã-dentista associada da Associação Odontológica de Ribeirão Preto - Aorp, esteve recentemente na China, na Xiamen University, onde realizou o curso de aperfeiçoamento em Acu-puntura Sistêmica - Chinese Advance Acupuncture Training.

Formada pelo Instituto Brasileiro de Acupuntura em Ribeirão Preto, destacou a importância em tro-car experiências com os precursores da Acupuntura: “Conhecer o berço da Acupuntura e aprimorar meus conhecimentos na China era um sonho antigo. A acupuntura tem se tornado uma grande aliada no tratamento das dores que afetam todo o sistema estomatognático e, por ser uma técnica bastante conservadora, permite ao profissional uma visão mais ampla do paciente e muitas vezes um trata-mento mais efetivo”.

A utilização da acupuntura é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia desde 2008. Atu-almente, pelo menos 340 cirurgiões-dentistas já estão habilitados e exercendo a terapia em todo o país. Com isso, a terapia faz parte de uma abordagem atual para o profissional que prima por resultados de tratamentos mais rápidos e promovendo o bem-estar para seus pacientes.

A técnica atua na complementação de tratamen-tos odontológicos e também pode ser utilizada de forma sistêmica, na ação de prevenção de cáries, inflamações e dores.

Daniel Spoto, gerente de compras da Dentel Gutierre Odonto, recebe prêmio do gerente nacionalde vendas da KaVo, Mauro Foltran e do promotor reginal de vendas da KaVo, Eberson Belotti.

A KaVo do Brasil realizou entre os dias 20 e 22 de novembro sua Convenção Anual no Paradise Hotel Re-sort, em Mogi das Cruzes. O evento contou com a participação de colaboradores e das principais revendas da KaVo no Brasil.

Durante o evento, houve apresentações de diversas áreas da empresa, como Comercial, Setor de Qualidade, Marketing Estratégico, Marketing de Varejo, Investimentos na Fábrica, etc.

Foi realizada também uma homenagem para as três empresas que mais se destacaram pelo ótimo desem-penho em 2012 e a Dental Gutierre Odonto ganhou o primeiro lugar. “Agradecemos e parabenizamos a Gutierre pelo excelente trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2012, levando nossos produtos para clientes em todo o Brasil, com qualidade e eficiência”, ressalta o promotor de vendas da KaVo, Eberson Belotti

Vitrine Odontológica

Calendário de Eventos

ABRIL

ODONTO MANAGEMENT BRAzILData: 15 e 16 de abril de 2013.Informações: www.odontomanagementbrazil.com.br

MAIO

JORNADA ODONTOLóGICA ABO/CUIABá-MTData: 16 e 17 de maio de 2013.Informações: www.abomt.org.br ou (65) 3623-9897.

JUNHO

I CONGRESSO MULTIDISCIPLINAR EMONCOLOGIA DO INSTITUTO DO CâNCERDO HOSPITAL MãE DE DEUSData: 21 a 22 de junho de 2013.Local: Hotel Deville - Porto Alegre-RS.Informações: www.icmd2013.com.br

JULHO

XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTOMATOLOGIA E PATOLOGIA ORAL Data: 17 a 20 de julho de 2013.Local: Bahia Othon Palace – Salvador-BA.Informações: www.estomatologiabahia.com.br

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Social

Ana Cláudia Miele Issy, periodontista e clínica geral, no primeiro dia do ano, em Miami-US.

O cirurgião-dentista Maurício Camargo, com asamigas Maria Rita, Heloísa Taparelli e Laura Aguiar.

A especialista em Dentística Restauradora e Estética, Rosane Lisarelli,curtindo as merecidas férias em Natal-RN (Ponte Newton Navarro).

O casal de cirurgiões-dentistas, Patrícia Jardim e Luis Fernando Jardim,abraça os filhos Daphne e Luis Fernando T. Jardim, na formatura do filho.

Marcela Olenscki recebe brinde das mãosde João Francisco Franco Filho, na festados 22 anos da Uniodonto de Araraquara-SP.

Carlos Augusto Satuafackar, Wilson Chediek, José Alves Souza Neto, Theophilo Perche (Presidente da Uniodonto),João Francisco Franco Filho (Diretor da Uniodonto), Antônio Carlos Durante, José Aluízio Paschoal e Leopoldo C. Oliveira, na festa de aniversário de 22 anos da Uniodonto de Araraquara, realizada na área de lazer da Apcd de Araraquara-SP.

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PÓS GRADUAÇÃO EM-

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES [16] 3945.8843

curso de aperfeiçoamentoIMPLANTES DENTARIOS OSSEOINTEGRÁVEIS 4ª TURMA PROGRAMA TEÓRICO-CLÍNICO

Tema em destaque: Implantes Cone Morse e Manipulação de Tecidos Moles• Introdução à Implantodontia: Histórico e evolução• Sistema Neodent de Implantes osseointegraveis• Diagnostico por imagem em implantodontia, da periapical à TCFC “CONE BEAM” de alta resolução, com ênfase a tradicional radiografia panorâmica digital com tamanho real 1:1• Técnicas cirúrgicas para implantação• Processo de cicatrização de alvéolos frescos• Abordagem de alvéolos contaminados• Noções de planejamento protético em implantodontia• Aspectos básicos da prótese implanto suportada• Planejamento virtual• Princípios e técnicas de cirurgia plástica peri-implantar• Enxertia de tecido conjuntivo• Implante imediato com enxertos e biomateriais• Carga imediata: da extração atraumática ao provisório com função imediata, quando indicar e como fazer?

curso de aperfeiçoamentoPRÓTESE SOBRE IMPLANTES 3ª TURMA PROGRAMA TEÓRICO-CLÍNICO

SISTEMA UTILIZADO_NEODENT

OS PACIENTES PARA O CURSO JÁ ESTÃO TRIADOS DO CURSO DEAPERFEIÇOAMENTO EM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS DA CEEC

Tema em destaque:Plataforma Protética Cone Morse• Planejamento em prótese sobre implantes

• Guias cirúrgicos, radiográficos e tomográficos• Tecidos peri implantar e periodontal• Sistemas de implantes e tipos de plataformas protéticas• Componentes protéticos• Biomecânica e oclusão• Moldagem em prótese sobre implantes• Implantes unitários• Prótese fixa sobre implantes: parafusada ou cimentada• Overdentures• Estética em implantodontia• Cirurgia guiada• Carga imediata: quando usar?

PÓS GRADUAÇÃO EMPÓS GRADUAÇÃO EMPÓS GRADUAÇÃO EM-PÓS GRADUAÇÃO EM

GANHE

01 KIT

CIRÚRGICO

NEODENT

NOVO*

GANHE

01 KIT

PROTÉTICO

NOVO*

PÓS GRADUAÇÃO EMPÓS GRADUAÇÃO EMPÓS GRADUAÇÃO EMPÓS GRADUAÇÃO EM

INÍCIO: 22 de MARÇO de 2013DURAÇÃO: 20 MÓDULOS EM 10 MESESFREQUÊNCIA: ÀS SEXTAS-FEIRAS, QUINZENAISINVESTIMENTO: 12 PARCELAS DE R$ 560,00NATUREZA DO CURSO: TEÓRICO, CLÍNICO COM ATENDIMENTO DE PACIENTES

• Prof. Ms. Danilo Maeda Reino

Especialista, Mestre e Doutorando em Periodontia FORP - USP ( Coordenador )

• Prof. Ms. Antonio Luis Cussioli

Especialista em Endodontia e Implantodontia FOAr - Unesp-Araraquara, Especialista em Radiologia

FOB - USP e Mestre em Endodontia FORP - USP

• Prof. Glauber Macedo Rama

Especialista em Periodontia e Mestrando em Reabilitação Oral FORP - USP

• Prof. DR. Wilson Matsumoto

Professor Doutor do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da

FORP - USP

A CEEC FONECERÁ OS MOTORES CIRÚRGICOSEM PARCERIA COM A NEODENT E A DENTSCLER

• Prof. DR. Wilson Matsumoto

Professor Doutor do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da FORP - USP

• Prof. Glauber Macedo Rama

Especialista em Periodontia e Mestrando em Reabilitação Oral FORP - USP• Prof. Paula Pastana Beraldo

Especialista em Prótese - AORP

INÍCIO: 15 de MARÇO de 2013DURAÇÃO: 12 MÓDULOS EM 12 MESESFREQUÊNCIA: 01 VEZ AO MÊS, ÀS SEXTAS [MANHÃ / TARDE]INVESTIMENTO: 12 PARCELAS DE R$ 510,00NATUREZA DO CURSO: TEÓRICO, LABORATORIAL E CLÍNICO

[email protected] ANTONIO PASCHOAL, 1635 - SERTÃOZINHO SP

* O kit será fornecido pela instituição.

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