Guia TCC

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D O A B H R N I A R S A I L M GUIA PARA ELABORAÇÃO DE TCC/MONOGRAFIA -GEM- DPC MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO 2ª REVISÃO Rio de Janeiro 2013 CIAGA COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIAS

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D OA BH RNI AR SA ILM

GUIA PARA ELABORAÇÃO DETCC/MONOGRAFIA

-GEM-

DPC

MARINHA DO BRASILDIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHASUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO

2ª REVISÃO

Rio de Janeiro2013

CIAGA

COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIAS

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA41 Anos Formando, Aperfeiçoando, Atualizando

e Adestrando Aquaviários.

MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO

COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIAS

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE TCC/MONOGRAFIA

-GEM-

2ª REVISÃO

Rio de Janeiro 2013

Ficha técnica: Revisão Pedagógica: Pedagoga Eurídice Ribeiro Freire Revisão Ortográfica: Professor Luiz Fernando da Silva Diagramação: Primeiro-Tenente (RM2-T) Raquel da Costa Apolaro Pedagoga Eurídice Ribeiro Freire Técnico Audiovisual Charmene de Oliveira Ferreira Responsável Gráfico: Divisão de Recursos Gráficos (DRG) Coordenação e revisão geral: Primeiro-Tenente (RM2-T) Raquel da Costa Apolaro

SUMÁRIO

ATO DE APROVAÇÃO

INTRODUÇÃO DA 1ª REVISÃO...........................................................................................5

INTRODUÇÃO DA 2ª REVISÃO...........................................................................................6

1 GUIA PARA ELABORAÇÃO DE TCC/MONOGRAFIA ...............................................7

1.1 Trabalho de conclusão de curso (TCC) ..........................................................................7

1.2 Etapas da redação.............................................................................................................7

1.2.1 seleção do tema..............................................................................................................7

1.2.2 delimitação do campo de abordagem ............................................................................8

1.2.3 elaboração de um esboço preliminar e de um plano de trabalho...................................8

1.2.4 busca das fontes de consulta e coleta de dados .............................................................9

1.2.5 leitura do material coletado e anotações........................................................................9

1.2.6 elaboração de um esboço preliminar do TCC/monografia..........................................10

1.2.7 redação preliminar da monografia.......................................................... .....................10

1.2.8 revisão..................................................................................................... .....................10

1.3 Partes componentes do documento .......................................................... .....................11

2 COMPOSIÇÃO ESCRITA ........................................................................... .....................14

2.1 Considerações gerais ................................................................................. .....................14

2.2 Formas de composição ............................................................................ .......................14

2.2.1 narração ................................................................................................. ......................14

2.2.2 descrição ................................................................................................ ......................16

2.2.3 dissertação ............................................................................................. ......................17

2.3 Um recurso estilístico: o presente histórico.......................................... ........................18

3 ESTRUTURA DA COMPOSIÇÃO ESCRITA .......................................... ......................20

3.1 O parágrafo ............................................................................................... ......................20

3.2 Organização do raciocínio ....................................................................... ......................22

3.3 Mecanismos de coesão do texto .............................................................. ...................... 22

3.3.1 pronomes ................................................................................................ .....................23

3.3.2 artigo definido......................................................................................... .....................24

3.3.3 advérbios................................................................................................. .....................25

3.3.4 léxico ...................................................................................................... .....................25

3.3.5 elipse....................................................................................................... .....................26

4 VIRTUDES E VÍCIOS DA LINGUAGEM ................................................ ......................28

4.1 Introdução ................................................................................................. ......................28

4.2 Correção .................................................................................................... ......................28

4.3 Clareza ....................................................................................................... ......................29

4.4 Concisão..................................................................................................... ......................31

4.5 Harmonia................................................................................................... ......................33

5 NORMALIZAÇÃO GRÁFICA E BIBLIOGRÁFICA PARA O TCC/MONOGRAFIA............................................................................................................35

5.1 Normalização gráfica ................................................................................. ...................35

5.2 Normas de apresentação ............................................................................ ...................35

5.2.1 margens................................................................................................... ...................35

5.2.2 caracteres ................................................................................................ ...................35

5.2.3 posição de títulos e formas de apresentação........................................... ...................36

5.2.4 numeração das partes do texto................................................................ ...................36

5.2.5 espaçamento ........................................................................................... ...................37

5.2.6 recuos...................................................................................................... ...................37

5.2.7 verso e anverso ....................................................................................... ...................38

5.2.8 sumário ................................................................................................... ...................38

5.2.9 numeração das folhas ............................................................................. ...................38

5.2.10 números ................................................................................................ ...................38

5.2.11 alinhamento dos números ..................................................................... ...................39

5.2.12 palavras sublinhadas ............................................................................. ...................39

5.2.13 palavras em idioma estrangeiro ........................................................... .....................40

5.2.14 palavras usadas com sentido figurado e gírias navais ......................... .....................40

5.2.15 sigla...................................................................................................... .....................40

5.3 Normalização bibliográfica...................................................................... ......................40

5.3.1 citação.................................................................................................... .....................40

5.3.2 tipos de citação ...................................................................................... .....................40

5.3.3 notas de referências ............................................................................... .....................42

5.3.4 localização das referências..........................................................................................42

6 AVALIAÇÃO.......................................................................................................................44

6.1 Avaliação do trabalho de conclusão de curso (TCC) .............................. ...................44

6.2 Aprovação........................................................................................................................44

7 DISPOSIÇÕES FINAIS......................................................................................................45

7.1 Utilização das monografias dos alunos ..................................................... ...................45

7.2 Divulgação das monografias ...................................................................... ...................45

ANEXOS ANEXO A - MODELO EXEMPLO DE CAPA DE TCC/MPNPGRAFIA............. A-1ANEXO B - MODELO EXEMPLO DE FOLHA DE ROSTO................................ B-1ANEXO C - MODELO EXEMPLO DE FOLHA DE APROVAÇÃO.................... C-1ANEXO D - MODELO EXEMPLO DE DEDICATÓRIA...................................... D-1ANEXO E - MODELO EXEMPLO DE AGRADECIMENTOS............................ E-1ANEXO F - MODELO EXEMPLO DE EPÍGRAFE.............................................. F-1ANEXO G - MODELO EXEMPLO DE RESUMO................................................. G-1ANEXO H - MODELO EXEMPLO DE ABSTRACT............................................... H-1ANEXO I - MODELO EXEMPLO DE LISTA DE ILUSTRAÇÕES.................... I-1ANEXO J - MODELO EXEMPLO DE LISTA DE TABELAS............................. J-1ANEXO K - MODELO EXEMPLO DE SUMÁRIO............................................... K-1ANEXO L - MODELO EXEMPLO DE INTRODUÇÃO....................................... L-1ANEXO M - MODELO EXEMPLO DE PÁGINA DE TEXTO.............................. M-1ANEXO N - MODELO EXEMPLO DE PÁGINA DE TEXTO.............................. N-1ANEXO O - MODELO EXEMPLO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..... O-1ANEXO P - MODELO EXEMPLO DE BIBLIOGRAFIA..................................... P-1ANEXO Q - MODELO EXEMPLO DE GLOSSÁRIO........................................... Q-1ANEXO R - FOLHA DE AVALIAÇÃO ESCRITA................................................ R-1 

ATO DE APROVAÇÃO

APROVO, para emprego no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha, a 2ª revisão da publicação – GUIA PARA A ELABORAÇÃO DE TCC/MONOGRAFIAS.

Rio de Janeiro, RJ, em 18 de junho de 2013.

VICTOR CARDOSO GOMES Contra-Almirante

Comandante

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INTRODUÇÃO DA 1ª REVISÃO

Este guia para elaboração de TCC/Monografias, de finalidade didática, destina-se aos

alunos do Curso de Formação de Oficiais de Náutica (FONT) e Curso de Formação de

Oficiais de Máquinas (FOMQ) da Marinha Mercante do Centro de Instrução Almirante Graça

Aranha.

A publicação trata da composição escrita e sua estrutura, da observância do padrão

linguístico, da correção gramatical, clareza e concisão que são fundamentos essenciais para a

elaboração de qualquer redação técnico-científica.

Além desses fundamentos, destacam-se valores estéticos, normas de apresentação,

metodologia, considerações sobre planejamento, que, na realidade, constituem subsídios

valiosos para o preparo de TCC/Monografias.

Os diversos modelos-exemplos apresentados em Anexos visam oferecer orientações

para a confecção dos trabalhos.

O TCC/Monografia é trabalho de confecção obrigatória, conforme disposto na sinopse

dos Cursos, e é apresentada, de forma escrita e oral, durante o 6° semestre do curso.

A presente publicação reproduz, em parte, o Manual Básico de Redação – EGN-215 e

observa os critérios estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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INTRODUÇÃO DA 2ª REVISÃO

Esta revisão destina-se a atualizar o guia para elaboração de TCC/Monografias, de

finalidade didática, destinado aos alunos do Curso de Formação de Oficiais de Náutica

(FONT) e Curso de Formação de Oficiais de Máquinas (FOMQ) da Marinha Mercante do

Centro de Instrução Almirante Graça Aranha.

As mudanças curriculares introduzidas pela DPC em decorrência da necessidade de

adequação dos sumários ao preconizado pela IMO (International Maritime Organization),

incluem o Programa de Leitura (PROLER), em que desde o 1º ano até o 3º ano o aluno é

incentivado à leitura com ênfase em assuntos ligados a Marinha Mercante. Portanto, no 2º ano

quando começar a preparar a sua monografia, já terá uma melhor visualização dos temas que

poderá escolher para desenvolver.

Nesse sentido, foram:

- atualizadas as normalizações para trabalhos acadêmicos;

- atualizadas as regras de redação de forma a facilitar a consulta, não impedindo o

interesse pessoal do aluno em buscar outras referências para aprimoramento;

- revistos os critérios de avaliação do orientador de forma a melhor valorizar a

pesquisa e o desenvolvimento dos temas; e

- adequados os modelos para disponibilização na rede juntamente com este guia.

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CAPÍTULO 1

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE TCC/MONOGRAFIA

1.1 Trabalho de conclusão de curso (TCC)

Em cumprimento ao currículo dos cursos FONT/FOMQ, ao término de seu curso, o

aluno da EFOMM deverá apresentar seu TCC/Monografia.

A monografia recebe o nome de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) quando, em

nível de graduação, apresenta resultados de um trabalho de pesquisa ou investigação como

condição para a conclusão do curso (METRING, 2011, p. 33).

Em se tratando de monografia, o tema abordado deve ser de interesse do aluno que

deve contemplar os objetivos do curso e deve ser feita sob a coordenação de um orientador.

Para cumprimento curricular, a monografia deve conter o mínimo de 20 e o máximo

de 30 páginas, excluindo os elementos pré-textuais assim como os anexos.

1.2 Etapas da redação

As principais etapas da redação são:

- Seleção do tema;

- Delimitação do campo de abordagem;

- Elaboração de um esboço preliminar e de um plano de trabalho;

- Busca das fontes de consulta e coleta de dados;

- Leitura do material coletado e anotações;

- Elaboração de um esboço preliminar da monografia;

- Redação preliminar da monografia; e

- Revisão.

1.2.1 seleção do tema

A partir da relação de temas apresentados, o aluno poderá escolher um assunto de

acordo com sua inclinação e interesse pessoal, levando-se em consideração a facilidade de

acesso de fontes de informação e seu conhecimento prévio sobre o mesmo. Serão aceitos

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temas propostos pelos alunos, desde que haja professor/orientador que acompanhe a

elaboração do trabalho, assim como o assunto seja de interesse do Centro de Instrução.

1.2.2 delimitação do campo de abordagem

Do conjunto e abrangência do assunto escolhido, o aluno escolhe aqueles que deseja

tratar, limitando a amplitude e a profundidade da monografia, desde que o trabalho se torne

realmente significativo.

1.2.3 elaboração de um esboço preliminar e de um plano de trabalho

O aluno deve iniciar as leituras, assinalando as áreas que, por sua importância, devam

merecer maior atenção. Dessa forma, o aluno terá uma ideia geral daquilo que espera

descobrir, assim como indicará a ordem mais conveniente para desenvolver o tema.

Posteriormente, o aluno terá condições de elaborar o esboço preliminar da monografia

que poderá ser gradativamente aperfeiçoado no decorrer da pesquisa.

Exemplo de um esboço preliminar com alguns processos básicos de divisão do tema:

Processo cronológico: o tema é dividido em períodos.

Tema: Evolução do sistema político brasileiro

- O Império

- A República Velha

- A Era Vargas

- A República Populista

- O Sistema Atual

Processo dedutivo: estabelece uma divisão em que se parte do geral para o

particular/específico.

Tema: Aspectos jurídicos da ampliação do mar territorial brasileiro

- A Lei do Mar

- As diversas posições

- A posição brasileira

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Processo indutivo: parte do particular para o geral.

Tema: Os processos de tomada do poder pelo Comunismo

- O modelo russo

- O modelo chinês

- O modelo cubano

Processo usual: é o processo de compartimentação. O tema é subdividido em setores que

abranjam aspectos e problemas de mesma natureza ou intimamente correlacionados que se

prestem ao estudo em conjunto.

Tema: A exploração dos recursos minerais da plataforma submarina brasileira por

companhias de capital estrangeiro

- Aspectos jurídicos

- Conseqüências políticas

- O interesse da segurança nacional

- Aspectos econômicos

1.2.4 busca das fontes de consulta e coleta de dados

Estabelecida a estrutura do trabalho, deve-se iniciar a busca das fontes de consulta nas

quais se imagina poder encontrar informações pertinentes ao tema, organizando-se

concomitantemente uma bibliografia.

Para agilizar o processo o aluno deve aprender a descobrir, apenas pelos índices,

prefácios, parágrafos iniciais, sumários, etc as partes realmente interessantes de cada obra e

restringir sua leitura a essas partes.

1.2.5 leitura do material coletado e anotações

Ao selecionar trabalhos já existentes sobre o assunto escolhido, o aluno deve

constantemente verificar se a fonte não está desatualizada, se não contém ideias

preconcebidas, se é confirmada por outras obras de autores categorizados, ou seja, se é digna

de confiança. Em especial quando pesquisando na internet, dar preferência aos sítios do

Governo e de empresas/autarquias de renome.

As anotações em relação à leitura do material coletado devem ser feitas de acordo com

o método de trabalho do aluno.

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1.2.6 elaboração de um esboço preliminar do TCC/monografia

Deve conter em cada divisão e subdivisão, as ideias mestras e as linhas principais de

raciocínio, indicando o caminho que deverá ser percorrido nos processos de análise e síntese

do trabalho.

1.2.7 redação preliminar da monografia

O aluno deve, inicialmente, redigir uma redação, de acordo com seus próprios

métodos, escrevendo-a livremente do começo ao fim. A seguir, deve-se rever o texto dessa

redação, corrigindo-o, ampliando-o e adicionando notas com as referências que apóiem as

diversas afirmações feitas.

1.2.8 revisão

Após escrever a redação preliminar, o aluno deve examiná-la verificando se:

- a linguagem está adequada ao nível de formação profissional;

- há coerência e lógica na explanação das idéias;

- há concatenação lógica entre as frases e os parágrafos;

- há erros gramaticais;

- a análise foi bem feita;

- as conclusões dela decorrentes são válidas;

As revisões devem ser repetidas até que o orientador julgue que o aluno tenha

realizado o melhor de sua capacidade, que será então o produto final.

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1.3 Partes componentes do documento

De acordo com a NBR 14724:2011, a estrutura de trabalhos acadêmicos deve

compreender a parte externa e a parte interna, de acordo com a tabela a seguir:

Capa (obrigatório) Parte externa Lombada (opcional)

Folha de rosto (obrigatório) Errata (opcional) Folha de aprovação (obrigatório) Dedicatória (opcional) Agradecimentos (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo na língua vernácula (obrigatório) Resumo em língua estrangeira (obrigatório) Lista de ilustrações (opcional) Lista de tabela (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de símbolos (opcional)

Elementos pré-textuais

Sumário (obrigatório)

Introdução

Desenvolvimento

Elementos textuais (a critério do autor)

Considerações finais

Referências (obrigatório)

Glossário (opcional)

Apêndice (opcional)

Anexo (opcional)

Parte interna

Elementos pós-

textuais

Índice (opcional)

Os anexos a este Manual são modelos representativos das partes componentes da monografia.

Elemento Descrição / Informação Página

Capa

- Instituição em que se apresenta o trabalho; - Curso; - Autor; - Título; - Local e ano.

A-1

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Folha de rosto

- Autor; - Título; - Natureza e objetivo (aprovação em curso, grau pretendido e outros); - Nome da instituição a que é submetido; - Área de concentração; - Nome do orientador; - Local e ano.

B-1

Folha de aprovação

- Autor; - Título; - Natureza e objetivo; - Nome da instituição; - Área de concentração; - Data de aprovação; - Titulação e assinatura do orientador, além de conter espaço reservado para registro da nota atribuída.

C-1

Dedicatória Espaço onde o aluno dedica seu trabalho e/ou homenageia pessoas queridas.

D-1

Agradecimentos É dirigido àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração da monografia.

E-1

Epígrafe Elemento opcional, colocado após os agradecimentos. Podem-se também colocar epígrafes no início de cada capítulo.

F-1

Resumo Redigido em uma lauda, com até 500 palavras, seguido das palavras-chave, na língua.

G-1

Resumo em língua estrangeira

Versão do resumo em inglês (Abstract), espanhol (Resumen) ou Francês (Resume), seguido das palavras-chave na língua.

H-1

Lista de

ilustrações/figuras

Quando as ilustrações/figuras contidas no trabalho excederem a cinco, devem ser relacionadas em lista, numa folha separada. Ilustrações, mapas, gráficos, etc.

I-1

Lista de tabelas Quando as tabelas contidas no trabalho excederem a cinco, devem ser relacionadas em lista, numa folha separada.

J-1

Sumário Capítulos, títulos, seções e divisões da monografia. K-1

INTRODUÇÃO: deve apresentar o propósito do trabalho, motivar o leitor para a leitura e descrever, de maneira geral, o processo pelo qual o assunto vai ser abordado

L-1

DESENVOLVIMENTO: é o cerne da monografia. O texto deve ser criteriosamente dividido para melhor condução do raciocínio. Essa divisão deve ser feita em capítulos.

M-1

TEXTO

CONSIDERAÇÕES FINAIS: apresentam-se os resultados obtidos através de texto sucinto, contendo uma síntese interpretativa do conteúdo desenvolvido na monografia sem acrescentar novos elementos argumentativos. Podem ser indicadas questões para novas pesquisas.

N-1

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Referência bibliográfica

Fontes efetivamente citadas no corpo da monografia. Elaborada de acordo com a NBR 6023:2002.

O-1

Bibliografia Todas as fontes consultadas, mesmo as que não foram citadas. Elaborada de acordo com a NBR 6023:2002.

P-1

Glossário

Relação de palavras de uso restrito, acompanhadas das respectivas definições. É apresentado em ordem alfabética e é opcional

Q-1

Apêndice É a matéria suplementar de autoria do próprio aluno com a finalidade de complementar seu trabalho.

Opcional

Anexo

Documentos ou textos não elaborados pelo aluno. Ficam dispostos depois do último capítulo e devem conter cópias de documentos, transcrições extensas e trabalhos suplementares.

Opcional

Índice É a lista detalhada de assuntos em ordem alfabética com a indicação de sua localização na monografia.

Opcional

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CAPÍTULO 2

COMPOSIÇÃO ESCRITA

2.1 Considerações gerais

A comunicação é, essencialmente, a arte de transmitir pensamentos, opiniões,

sentimentos ou informações por meio dos quais os indivíduos afetam, controlam e

influenciam uns aos outros. O comunicador pretende sempre produzir algum efeito no

receptor.

A comunicação escrita é a manifestação inteligente, consciente e racional por meio da

qual se estabelecem relações entre o indivíduo e a coletividade.

A composição é feita por meio de técnicas de redação, as quais buscam assegurar

condições para a plena compreensão pelos receptores (leitores) da mensagem transmitida pelo

emissor, comunicador, redator ou autor.

2.2 Formas de composição

Segundo critérios de temporalidade, espacialidade e racionalidade, as composições

podem ser classificadas, se subordinadas a um único desses critérios, respectivamente, em

narrações, descrições e dissertações.

A fim de exemplificar as diversas formas de composição, optamos por trechos

significativos da obra “História do poderio marítimo”, de W. O. Stevens e A. Westcott.

2.2.1 narração

É caracterizada pela temporalidade. O narrador trabalho com fatos. O texto narrativo

desenvolve-se pelos verbos nacionais (fenômenos, ações, movimentos). Narra-se o

movimento do objeto, a ocorrência na sua dinâmica temporal, os fatos que ocorrem no tempo,

o que tem história, o que é atual, o que se viu acontecer, o que se sabe que aconteceu, ou

aquilo que se cria (ficção narrativa) com dimensão temporal.

A narração consiste na enunciação de acontecimentos ordenados focalizados no

tempo; é uma sequência de fatos.

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São elementos estruturais de uma narração: enredo, personagem, tempo, espaço,

ambiente, situação e ponto de vista, causa, efeito, finalidade, modo.

Exemplo de narração:

A 7 de outubro, pelo amanhecer, o vigia da Real1 avistou a vanguarda da frota turca

saindo para o ataque, e esta notícia produziu um efeito salutar. D. João convocou um

conselho de guerra, no qual fez calar aqueles que, a exemplo de Dória, opinavam que se

evitasse a batalha. Percorreu em seguida a frota em um navio ligeiro para exortar os oficiais e

os homens a esforçar-se o mais que lhes fosse possível. Todos receberam a absolvição, os

escravos das galeras foram desacorrentados, e o estandarte da Santa Aliança com a imagem

de Cristo crucificado foi içado no navio capitania de D. João.

Como os cristãos avançassem do largo ao encontro de seus adversários, encontraram-

se em face de um perigo sério. Os turcos em bela ordem navegavam impelidos pelo vento

que lhes era favorável. Este mesmo vento soprava naturalmente contra a proa dos cristãos,

que, para avançarem, deviam fazer grandes esforços com seus remos. Se o vento se

mantivesse nessa direção, havia grandes probabilidades de os turcos caírem sobre seus

adversários antes que D. João pudesse forma sua linha de batalha. Por felicidade, por volta

do meio-dia, o vento mudou e veio ajudar os cristãos e retardar os turcos. Esta mudança

permitiu exatamente que a maior parte das divisões cristãs chegassem a seus postos antes do

contato. Entretanto, as duas galeaças que deviam colocar-se á frente da ala direita não

puderam alcançar seus postos antes do encontro, e a própria ala direita, se bem que tivesse

tido largamente tempo de tomar sua posição, continuou o avanço em direção ao sul, deixando

o resto da frota para trás (op. Cit. P. 94-95)

O texto é narrativo, apresentando uma sequencia de fatos transcorridos durante a

campanha de Lepanto2, em que se pode observar a minúcia de detalhes narrada pelos autores.

Normalmente, em textos narrativos, as formas verbais se apresentam no tempo

pretérito3. “... o vigia da Real avisou a vanguarda da frota turca...” (pretérito perfeito); “... e

esta notícia produziu um efeito salutar...” (pretérito perfeito); “D. João convocou um

conselho de guerra...” (pretérito perfeito); “... a exemplo de Dória, opinavam que se evitasse

1 Galera capitania Real, comandada por D. João. 2 Lepanto é o nome moderno de Naupactos, antiga base naval ateniense do Golfo. 3 São tempos do pretérito: o pretérito perfeito, o pretérito imperfeito,, o pretérito mais-que-perfeito, o futuro do pretérito e o infinitivo perfeito.

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a batalha” (pretérito imperfeito); “Todos receberam a absolvição, os escravos das galeras

foram desacorrentados e o estandarte de Santa Aliança com a imagem de Cristo foi içado no

navio de D. João” (pretérito perfeito) (Ver 1.3 O presente histórico).

2.2.2 descrição

Descrição é uma composição em que se sequenciam características de objetos,

imagens, tipos, paisagens, ambientes. É raro encontrarmos um texto exclusivamente

descritivo.

Na prática literária ou técnico-científica, a descrição é sempre um fragmento. Consiste

na enumeração de características e circunstâncias ordenadas focalizadas no espaço; é uma

sequência de aspectos.

Exemplo de descrição 1:

A trirreme ateniense tinha cerca de 45 metros de comprimento por 6 de largura. Sua

largura era, pois, cerca de 2/15 do comprimento (pela mesma época um navio mercante tinha

cerca de 55 metros de comprimento e uma largura igual ao quarto do comprimento).

A trirreme era provida de um só mastro e de uma vela quadrada, que somente era

utilizada com ventos favoráveis, como auxílio para os remos, especialmente quando se tinha

que abandonar o combate. De fato, a frase “içar as velas” entrava na conversação corrente no

sentido de fugir, como dizemos hoje “virar as costas”.

As trirremes levavam duas velas, ordinariamente feitas de tela: uma grande para as

travessias e uma pequena para o caso de urgência, durante as batalhas. Antes da ação, era

costume deixar a vela grande em terra, e o próprio mastro era arriado para evitar sua queda

pelo efeito do choque de uma abordagem.

A parte dianteira da trirreme era construída para produzir efeito em um choque de

esporão (op. cit. p. 8-9).

No primeiro parágrafo, o autor descreve, por meio de uma sequencia de aspectos, a

trirreme ateniense.

Os pormenores da descrição singularizam a ambiência, onde os autores não só

pormenorizam o quadro, como também expõem muito o espírito de observador. Percebe-se a

priori um quadro estático.

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A partir do último período do 2° parágrafo, o texto torna-se narrativo – com verbos de

ação dinâmica – resgatando, assim a vivacidade do segmento; a descrição inicial geralmente

prepara o palco para o desenvolvimento das ações.

Habitualmente, uma composição comporta combinações, segundo a conveniência, de

descrições e de narrações.

Exemplo de descrição 2:

A galera comum media cerca de 55 metros de comprimento e 5,75 de largura e uma

profundidade de 2,30. Uma coberta única elevava-se de perto da linha de flutuação até uma

superestrutura que se estendia no meio do navio entre a popa e a proa, formando uma

pequena ponte entre o castelo de proa e o castelo de popa com acesso ao porão. O castelo de

proa possuía a principal bateria de canhões e era fechado por baixo para formar o alojamento

dos soldados. A popa possuía uma espécie de casa e uma bateria de canhões menos

importante: era também um lugar fechado onde os oficiais tinham seus alojamentos.

A galera tinha dois ou três mastros de velas latinas, enfeitadas em tempos de paz e de

guerra com uma profusão de pavilhões e de flâmulas. Quantias consideráveis de dinheiro

eram empregadas na ornamentação dessas galeras de guerra, particularmente nas esculturas

muito delicadas da popa e da proa (op. cit. p. 83).

2.2.3 dissertação

Dissertação é uma composição que expõe juízos estruturados racionalmente. É uma

sequência de conhecimentos, articulações de ideias e opiniões, conjunto de comentários a

respeito de determinado assunto ou questão. É uma sequência de conhecimentos com valor

científico e consiste em uma demonstração de tese que pode comportar três propósitos

distintos: convencer por meio de argumentos ou provas; dar a conhecer ou explicar; e discutir

um assunto.

Normalmente a estrutura da dissertação compreende a introdução, o desenvolvimento

e a conclusão.

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Exemplo de dissertação:

No tocante à tática naval, Lepanto, como Salamina, não passou de uma batalha de

infantaria travada sobre plataformas flutuantes. Foi decidida e ganha pelos soldados de escol

da Espanha e da Itália. Os tempos de manobras marítimas ainda não tinham chegado. Não se

pode absolutamente encontrar justificação para o procedimento do almirante mais notável do

lado cristão, João André Dória.

Mesmo que admitamos explicação, os fatos provaram a inutilidade de sua tática. É

estranho que, nesta vitória naval suprema da Cruz sobre o Crescente, um Dória tenha

deslustrado tão vilmente sua glória, precisamente como seu tio avô Andréa Dória havia

empanado a sua Preveza. Pode-se perguntar se nesses dois genoveses o ódio a Veneza não

abolia todo o sentimento de lealdade para a cristandade.

Quais foram as consequencias da batalha de Lepanto e em que sentido podemos

chamar-lhe uma batalha decisiva? À primeira vista, a questão parece perturbadora. Por mais

esmagadora que fosse a a derrota sofrida pelos turcos, Uluch Ali possuía frota pronta na

primavera seguinte e assolava novamente os mares. Por duas vezes as frotas adversárias

tiveram ocasião de se encontrar para uma nova batalha, porém, Uluch Ali se recusou a aceitar

o desafio. Depois de Lepanto, ele parecia pouco inclinado a outra batalha regular, a menos

que possuísse uma grande superioridade numérica (op. Cit. P. 98-99).

Se a dissertação é uma exposição de juízos estruturados conforme o texto

exemplificado, para desenvolver um ponto doutrinário ou externar um tema quer técnico, quer

científico, é imprescindível conhecer seguramente o que vai ser dissertado.

2.3 Um recurso estilístico: o presente histórico

Barroso (Francisco Manuel Barroso da Silva) foi o grande artífice da vitória, tanto

quanto Tamandaré, ele possuía aquela consciência de vocação, aquela força de vontade,

aquela decisão inquebrantável, que o fizeram dos mais completos marinheiros a serviço do

Brasil; e, também a humildade cristã, apanágio dos verdadeiros heróis: finda a peleja, relata-

o Inácio Joaquim da Fonseca, Barroso desceu à sua câmara; encostou a nobre espada e o

revólver no ombro do sofá; levou a mão ao peito, de onde retirou o Santo Crucifixo e

rendeu graças a Deus por ter conseguido com os bravos camaradas, dar mais um dia de

glória ao Brasil (Riachuelo, Leduar de Assis Rocha). O negrito é nosso.

19

O texto apresenta episódios que ocorrem em uma determinada época e em um espaço

definido. Em razão disso, os tempos verbais se apresentam no pretérito.

Normalmente em uma composição, os tempos mais usados são os tempos do passado:

o pretérito perfeito, o pretérito imperfeito, o mais-que-perfeito, o futuro do pretérito, o

infinitivo perfeito.

Vejamos, agora, o mesmo texto em uma segunda versão, utilizando-se como recurso, a

metáfora temporal. Nesse caso, a diferença é puramente estilística, e o tempo do verbo é o

presente.

Barroso (Francisco Manuel Barroso da Silva) é o grande artífice da vitória, tanto

quanto Tamandaré, ele possui aquela consciência de vocação, aquela força de vontade,

aquela decisão inquebrantável, que o fazem dos mais completos marinheiros a serviço do

Brasil; e, também a humildade cristã, apanágio dos verdadeiros heróis: finda a peleja, relata-

o Inácio Joaquim da Fonseca, Barroso desce à sua câmara; encosta a nobre espada e o

revólver no ombro do sofá; leva a mão ao peito, de onde retira o Santo Crucifixo e rende

graças a Deus por conseguir com os bravos camaradas, dar mais um dia de glória ao Brasil

(Riachuelo, Leduar de Assis Rocha). O negrito é nosso.

Esse recurso provoca um efeito importantíssimo. O autor aviva o fato, provocando

uma atitude de engajamento, lança mais visualidade e, até mesmo, sugere familiaridade com o

assunto. O uso do presente chama-se presente histórico e pode ser empregado em qualquer

tipo de composição.

20

CAPÍTULO 3

ESTRUTURA DA COMPOSIÇÃO ESCRITA

3.1 O parágrafo

O parágrafo é uma unidade de composição, constituída de um ou mais períodos, cuja

proposição se fixa pelo mesmo centro de interesse, em que se desenvolve determinada idéia

central, acompanhada de idéias secundárias que, por vezes, contribuem para melhor

elucidação da mensagem.

Há diversos tipos de construção de parágrafos; no entanto, o de estrutura mais simples

e mais comum consta normalmente de três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.

A introdução é representada na maioria dos casos por um ou dois períodos iniciais,

em que se expressa de uma maneira geral a idéia-núcleo. O tópico do parágrafo que contem a

idéia-núcleo denomina-se tópico-frasal; o desenvolvimento é a explanação do que foi

enunciado na idéia-núcleo. No desenvolvimento, tanto as frase principais como as secundárias

têm importante missão – a de explorar o que foi apresentado no tópico-frasal, acrescentando,

por vezes, algo novo para melhor elucidá-lo; a conclusão, rara em determinada situação, em

especial nos períodos pouco extensos, reafirma de forma generalizada e de maneira concisa e

clara, as idéias apresentadas na introdução e explanadas no desenvolvimento.

Exemplo:

Os brasões de armas remontam aos princípios da Idade Média, ao tempo das

Cruzadas. Então a Europa estava fracionada em pequenas glebas; em cada gleba, um Castela,

um feudo e um senhor absoluto. Em torno do castelo, e sob a proteção do senhor,

amontoavam-se idéias e povoados.

O destino do senhor era a Guerra Santa contra os Infiéis. Assim ele armava o seu

pequeno exercito e, com um pomposo cortejo de vassalos, se engajava na primeira cruzada.

Para distinguir seus soldados, fazia então pintar, com suas cores, os seus broqueis. Ao voltar

da Palestina, o cavaleiro vitorioso colocava sobre o escudo os troféus que consquistara para

exibi-los aos olhos do soberano e de sua dama. Depois, guardava estes símbolos marciais

como testemunho de suas proezas na Terra Santa.

Esta origem dos brasões, segundo um excelente trabalho de Guilherme de Almeida. E

um detalhe curioso é que os broqueis a que se refere são os escudos pequenos e redondos,

também chamados de torneio – exatamente a peça elegida como elemento principal das

21

nossas Armas Nacionais.

No exemplo apresentado, detectamos três parágrafos:

No primeiro parágrafo, a idéia-núcleo é apresentada de maneira simples e sucinta –

“Os brasões das armas remontam aos princípios da Idade Média, ao tempo das Cruzadas”.

Esse é o tópico-frasal.

O desenvolvimento do parágrafo está nas frases subsequentes que, ao explanar o

tópico-frasal, apresentam um fato novo: “Então a Europa estava fracionada em pequenas

glebas; em cada gleba, um castelo, um feudo e um senhor absoluto” e o ultimo período “Em

torno do castelo e sob proteção do senhor, amontoavam-se aldeias e povoados” tem função

conclusiva, ao encerrar o parágrafo.

O mesmo ocorre com o segundo e terceiro parágrafos.

2º parágrafo

Tópico frasal O destino do senhor era a Guerra Santa contra os Infiéis.

Desenvolvimento

Assim ele armava o seu pequeno exercito e, com um

pomposo cortejo de vassalos, se engajava na primeira cruzada.

Para distinguir seus soldados, fazia então pintar, com suas cores,

os seus broqueis. Ao voltar da Palestina, o cavaleiro vitorioso

colocava sobre o escudo os troféus que consquistara para exibi-

los aos olhos do soberano e de sua dama.

Conclusão Depois, guardava estes símbolos marciais como

testemunho de suas proezas na Terra Santa.

3º parágrafo

Tópico frasal Esta origem dos brasões, segundo um excelente trabalho da

Guilherme de Almeida.

Desenvolvimento E um detalhe curioso é que os broqueis a que se refere são

os escudos pequenos e redondos, também chamados de torneio.

Conclusão Exatamente a peça elegida como elemento principal das

nossas Armas Nacionais.

22

Não resta duvida de que este terceiro parágrafo também tem função conclusiva em

razão da temática exposta no texto.

3.2 Organização do raciocínio

Outro aspecto que deve ser levado em consideração é o método utilizado pelo autor.

Há dois tipos básicos de método de organização do raciocínio que sobremaneira refletem na

organização do parágrafo: o dedutivo e o intuitivo.

O dedutivo e o indutivo são geralmente considerados os métodos fundamentais da

redação científica.

O dedutivo consiste em passar do geral para o particular, ou seja, da generalização às

especificações contidas no desenvolvimento. Nesse caso, há de imediato uma apresentação

sintética do assunto a ser tratado; ocorre, então, o processo do raciocínio dedutivo quando o

tópico-frasal inicia o parágrafo.

O indutivo consiste em passar das especificações para a generalização, isto é, do

particular para o geral. O processo do raciocínio indutivo ocorre quando o tópico-frasal

encerra o parágrafo.

Portanto, quando o tópico-frasal inicia o parágrafo, tem função introdutória; quando

encerra o parágrafo, função conclusiva.

3.3 Mecanismos de coesão do texto

Considerando o parágrafo uma unidade de composição, não basta que as frases, que

compõem o desenvolvimento das idéias, sejam bem ordenadas e inteligíveis.

É preciso que na concatenação das idéias haja um encadeamento gramatical e

semântico entre elas e que da relação de uma frase com a anterior e com a posterior, possa o

leitor facilmente decodificar a mensagem.

Diversos são os mecanismos que mantem a relação natural e lógica entre as frases e os

períodos.

São mecanismos de coesão do texto: os pronomes, o artigo definido, os advérbios, o

léxico, a elipse, dentre outros.

23

3.3.1 pronomes

Os pronomes, por natureza, representam termos que fazem referencia a palavras

empregadas anteriormente.

Nesses casos, são comuns atuarem como liame: os pronomes pessoais (ele, ela, nós, o,

a, lhe); os demonstrativos (este, esse, aquele e variações); os possessivos (meu, teu, seu e

variações).

Exemplo 1:

Preparei o ensaio, entreguei-o no prazo marcado.

Trata-se de um período constituído de duas orações.

O pronome o, na 2ª oração, recupera semanticamente o termo presente na 1ª oração

que é ensaio.

Obs.: Na redação técnico-cientifica, deve-se evitar termos próprios da linguagem

oral, tais como: o mesmo, o referido.

Exemplo 2:

As ponderações do Almirante José Joaquim Inácio deram margem a desentendimento

entre os Generais Mitre e o Marques de Caxias, pois este admitia uma certa dose de razão

nas objeções do Almirante.

O pronome este retoma o termo Marques de Caxias e é o mecanismo de coesão que

mantém a unidade do parágrafo.

Exemplo 3:

Precisamos, por exemplo, de uma nova perspectiva da lei do mar no tocante à

extração do fundo dos recursos minerais, à aquacultura e a todos os usos do mar, para

promover o bem-estar e o fortalecimento econômico nacionais. Isto constitui, talvez, um dos

mais importantes e difíceis problemas a serem equacionados.

24

O pronome isto exerce, no texto, uma função recapitulativa e é o liame que mantem a

unidade seqüencial do 1º para o 2º período.

Exemplo 4:

A arte da Guerra regeu a condução dos conflitos em todos os tempos, e a Estratégia e

a Tática foram as mesmas tanto sob Cesar quando sob Napoleão. A logística, também. Mas

esta só recentemente vem sendo dogmatizada em trabalhos escritos, analise e estudos da

historia e doutrinas militares.

Esta retoma semanticamente o termo presente no período anterior, e com isso mantem

a relação lógica e seqüencial entre os períodos.

Exemplo 5:

O aspecto fundamental que caracteriza o Poder Naval está representado pela sua

capacidade de projeção. O seu valor real corresponde, sem duvida, à capacidade de ser

projetado sobre qualquer área e nela exercer o poder, seja através do controle de área, seja

dissuadindo, permitindo ou coagindo o oponente.

O autor não repetiu o termo Poder Naval no 2° período, mas manteve a coesão do

texto, retomando-o semanticamente em o seu valor real, onde o pronome possessivo seu faz

referencia ao Poder Naval. A expressão o seu valor real equivale ao valor real do Poder

Naval.

3.3.2 artigo definido

O artigo definido também pode ser um elemento coesivo quando se repete um

substantivo contido na oração anterior.

Exemplo 6:

Preparei um ensaio sobre as Operações Ribeirinhas e o Projeto Calha Norte. O ensaio

foi muito bem-aceito pelo grupo.

Pode-se repetir um substantivo mencionado na oração anterior, mas deve-se marcá-lo

pelo artigo definido.

25

3.3.3 advérbios

Os advérbios – termos, locuções e orações – são também elementos de coesão textual.

Por sua natureza, tais mecanismos exprimem relações de causa, condição,

conformidade, consequência, modo, fim, lugar, situação, tempo.

Exemplo 7:

Antes de pôr em terra as tropas do 2º corpo, Tamandaré tratou de executar as

operações necessárias para obstar a intervenção do inimigo. Às quatro horas da madrugada

desse mesmo dia 1º de setembro, mandou reconhecer e sondar o rio até Caruzu.

Antes de pôr em terra as tropas do 2º corpo – relação que, por meio de uma oração,

introduz não apenas a noção de tempo, mas, ainda, de continuidade e movimentação. Tal

mecanismo dá o prosseguimento lógico ao período. E, na passagem do 1º para o 2º período,

fixa, com precisão, o tempo reflete o dinamismo da ação em mandou reconhecer e sondar o

rio até Curuzu.

Exemplo 8:

Mas não basta admirar: é preciso aprender. O mar é o grande avisador. Pô-lo Deus a

bramir junto ao nosso sono, para nos pregar que não durmamos. Por ora a sua proteção nos

sorri, antes de se trocar em severidade (Rui Barbosa e a Marinha, Murilo Ribeiro Lopes).

Lo (variação do pronome átono o) é o mecanismo de coesão que mantém a unidade do

texto. O pronome retoma semanticamente o mar, anunciado no período anterior. Por ora –

relação que exprime circunstância de tempo, de situação – é o mecanismo de coesão da

textualidade com o período anterior.

3.3.4 léxico

A coesão lexical se faz ou por substituição do termo ou por uma forma sinonímica.

a) por substituição

A substituição consiste no emprego de um termo por outro, evitando assim, a

repetição.

26

Exemplo 9:

O mais tradicional emprego das forças navais em situação de normalidade está

inserido na clássica atividade de Mostrar a Bandeira, também denominada por muitos

estudiosos de atividade diplomática. Consiste essa tarefa na realização de visitas a portos

estrangeiros. Pretende-se com ela ativar ou estimular o relacionamento entre as nações em

causa, angariar prestígio, promover alguma forma de intercambio e mostrar o nível de

desenvolvimento tecnológico do poder militar nacional.

Na passagem do 1º período para o 2º, o autor usa essa tarefa, para reaver o termo

Mostrar a Bandeira. Neste mesmo texto, o encadeamento semântico que mantém a

textualidade se fixa, ainda, no pronome ela em referencia ao termo em questão.

Trata-se de um parágrafo bem estruturado, e os mecanismos estabelecem uma união

íntima das partes de um todo.

b) por sinonímia

A sinonímia consiste no emprego de palavras que se associam pela identidade de

sentido.

Exemplo 10:

Um dos projetos do governo é a aquisição pelo povo da casa própria; no entanto,

essas moradias só ficarão prontas no prazo de dezoito meses.

Exemplo 11:

A grandeza do Brasil colônia era o açúcar, um produto que alcançava excelente

cotação no mercado europeu.

3.3.5 elipse

A elipse é a omissão de um termo facilmente subentendido.

Exemplo 12:

Francisco Solano Lopes herda, em 1862, o poder do seu pai. Militariza seu povo,

fortifica Humaitá e adestra trinta mil soldados escolhidos no acompanhamento de Cerco-

Corá.

27

Francisco Solano Lopes está retomado nas orações do período seguinte por ausência.

Não há necessidade de elemento referencial, pois o sujeito dos verbos militariza, fortifica,

adestra é facilmente identificável.

Quem militariza? Quem fortifica? Quem adestra?

A esse processo denomina-se coesão por elipse.

Exemplo 13:

Não se admite surpresas para o nauta: há de adivinhar a atmosfera como o barômetro

e prosseguir a tormenta, quando ela pinta apenas como uma mosca pequenina e longínqua na

transparência da imensidade.

Quem há de adivinhar a atmosfera como barômetro e prosseguir a tormenta?

Nesse caso, não há necessidade de explicar o sujeito da oração. Ele está elíptico,

facilmente subentendido. O pronome sujeito está retomado, no período, por ausência.

Nesse mesmo parágrafo, o termo tormenta é retomado pelo pronome ela, mantendo,

assim, a coesão do texto.

O assunto não se esgota aqui.

Trata-se de uma amostragem que muito contribuirá para que se perceba que, em uma

unidade de composição, o encadeamento gramatical e semântico se faz, também por meio de

mecanismos responsáveis pela coesão da textualidade.

A coesão da textualidade é qualidade fundamental da redação para concatenação das

idéias e adequada codificação da mensagem, para melhor entendimento do que se pretende

transmitir com o texto escrito.

28

CAPÍTULO 4

VIRTUDES E VÍCIOS DE LINGUAGEM

4.1 Introdução

Escrever bem é ser simples, claro, conciso. É ser original na maneira de dizer as

coisas, de externar as idéias. É simples uma linguagem que se coadune com as normas

lingüísticas.

O rebuscamento frasal, o emprego abusivo do adjetivo, o excesso de orações

coordenadas, os períodos extremamente longos – entrecortados com orações de valor

explicativo e construções parentéticas – na ânsia de fazer-se completo, leva a um texto

cansativo, desinteressante, monótono.

Escrever é, portanto, a arte de traduzir, em palavras, idéias, sentimentos... É dar a cada

frase, a cada período, a cada parágrafo, o exato sentido que a razão e o sentimento

determinam.

Correção gramatical, clareza, concisão, harmonia, simplicidade, originalidade são

virtudes essenciais do estilo; no entanto, a não observância do saber idiomático, que ocorre na

fala escrita e na oral, induz a incorreções, gerando, por vezes, vícios de linguagem. Esses

vícios decorrem de erros na pronúncia dos fonemas; da troca de posição da acentuação tônica

de um vocábulo; do desconhecimento e da não aplicação dos princípios básicos que regem a

sintaxe de concordância, de regência e de colocação dos termos da oração.

A seguir são apresentadas algumas das virtudes essenciais do estilo e os vícios de

linguagem que as prejudicam.

4.2 Correção

Consiste na observância das normas gramáticas, do padrão lingüístico. É o saber

idiomático que oferece o correto e o incorreto.

Para se obter correção, é preciso evitar:

a) erro de sintaxe

É importante conhecer os princípios que regem a sintaxe de concordância, de regência

e de colocação dos termos da oração para evitar vícios como:

29

Fazem cinco anos que não nos víamos. Terminado a tarefa, todos se retiraram. Eu

lhe vi ontem. Quando chegamos na estação, o trem já havia partido. Entra, você não precisa

pedir licença. Entre eu e tu não devem haver mal entendidos. Quando chamaram-me era

tarde. Preciso falar contigo.

Vejamos os mesmos exemplos corrigidos:

Faz cinco anos que não nos víamos. Terminada a tarefa, todos se retiraram. Eu a (o)

vi ontem. Quando chegamos à estação, o trem já havia partido. Entre, você não precisa pedir

licença. Entre mim e ti não deve haver mal entendidos. Quando me chamaram era tarde.

Preciso falar contigo (ou com você).

b) estrangeirismo

O estrangeirismo é o emprego abusivo de palavras: apartheid, Best-seller, input,

output, lobby, know-how, joint venture, open-market, overnight, royalties, drive, marketing,

self service, feedback, shopping, chips, sex-appeal, software, dentre outras.

Convém lembrar que há um sem-número de palavras que, com o tempo, conquistaram

espaço no nosso meio de comunicação e, por motivo de uso, muitas já estão gramaticalizadas,

fazendo parte do nosso léxico. O estrangeirismo provém do desejo de novas criações. Surge

por necessidade, comodidade ou gosto artístico e, muitas vezes, por não termos, em nosso

idioma, um termo que tão bem represente o que se necessita comunicar. Será aceitável quando

não houver palavra em português que corresponda ao seu sentido, ou, pelo menos, quando a

comunidade linguística escolher o estrangeirismo como seu termo preferido.

4.3 Clareza

Consiste na expressão exata, precisa do pensamento, tornando a transmissão fácil e

Compreensível. Para obter clareza, cabe evitar: a ambiguidade; o anacoluto; o acumulamento;

e o erro de pontuação.

a) ambiguidade – consiste em o enunciado apresentar méis de um sentido para a mesma

frase, provocando duplicidade de interpretação.

Observando-se: “Destruíram os aviões antiaéreos”, nota-se que a atenção da frase está

centrada na ação expressa pelo verbo “destruir”. Com isso, tanto o sujeito como o objeto da

30

ação aparecem em segundo plano, provocando duplicidade de interpretação. Com a

antecipação do sujeito fica eliminada qualquer duplicidade: Os aviões destruíram os canhões

antiaéreos, ou os canhões antiaéreos destruíram os aviões.

Outro recurso oferecido pela língua é a preposição diante do objeto para evidenciar o

contraste entre o sujeito (o agente) e o complemento (o paciente):

“Destruíram os aviões aos canhões antiaéreos, ou Destruíram os canhões antiaéreos

aos aviões”.

b) anacoluto – ocorre quando há interrupção do plano sintático com que se inicia uma frase,

alterando, na estrutura frasal, o seu processamento lógico.

O anacoluto é muito freqüente na linguagem corrente.

Exemplo:

A Marinha recordo-me dela quando ainda era soldado.

O termo “A Marinha” foi projetado e abandonado na estrutura oracional, isto é, está

sem função sintática na frase.

c) acumulamento – consiste no excesso de intercalação de fatos, opiniões e explicações

desnecessários, no mesmo período.

O assassínio do Presidente Kennedy, naquela triste tarde de novembro, quando

percorria a cidade de Dallas, aclamado por numerosa multidão, cercado pela simpatia do

povo do grande estado do Texas, terra natal, aliás, do seu sucessor, o Presidente Johnson,

chocou a humanidade inteira não só pelo impacto emocional provocado pelo sacrifício do

jovem estadista americano, tão cedo roubado à vida, mas também por espécie de sentimento

de culpa coletiva, que nos fazia, por assim dizer, como que responsáveis por esse crime

estúpido, que a História, sem dúvida, gravará como o mais abominável do século. (Redação

do aluno) apud Othon M. Garcia. Comunicação em prosa moderna, p. 255).

Vejamos o mesmo texto eliminando os excessos:

O assassínio do Presidente Keenedy chocou a humanidade inteira, não só pelo

impacto emocional, mas também por uma espécie de sentimento de culpa coletiva por esse

crime que a História gravará como o mais abominável do século (Othon M. Garcia.

Comunicação em prosa moderna, p. 256).

31

d) erro de pontuação

Pontuação é o emprego de sinais convencionais para representar na escrita as

diferentes pausas ou inflexão de voz, que devem ser observadas por quem fala, escreve ou lê.

Sendo a vírgula uma das grandes notações de grande importância, porque está

intimamente relacionada com a sintaxe, é notório que a presença ou a sua ausência pode

alterar o sentido de um enunciado, prejudicando a mensagem e, até mesmo,. Alterando

profundamente o que se pretende dizer.

O erro de pontuação é, portanto, o sinal representativo mal colocado que compromete

o enunciado da comunicação.

Exemplo:

Não, fique na fazenda.

Não fique na fazenda.

4.4 Concisão

Consiste na capacidade de síntese. É o expressar fatos, opiniões e ideias com o menos

número de palavras possível. De fato, ela é o meio termo entre dois vícios: o laconismo e a

prolixidade.

Para obter concisão cabe evitar à adjetivação abundante, a redundância, a perífrase, o

excesso de orações subordinadas, o supérfluo.

a) adjetivação abundante- é a edjetivação excessiva, tornando a linguagem prolixa.

Exemplo de um trecho de uma escritora moderna, citado por M. Rodrigues Lapa, no

seu livro – Estilística da Língua Portuguesa, 4. ed. p. 101, Ed. Martins fontes.

Alumiado pela estrela rutilante da bondade excelsa, o reformador desceu aos astros

tenebrosos e infectos onde a humanidade se enchera em crimes hediondos. Desse ambiente

impiedoso de miséria repelente arrancou as almazinhas inocentes das crianças pobres,

convertendo-as em elementos fecundos e úteis à sociedade.

O mesmo trecho, liberto do excesso de adjetivação, de clichês e elementos supérfluos:

Alumiado por excelsa bondade, o reformador desceu aos astros onde a humanidade se

encharca no crime. Desse ambiente de miséria arrancou as pobres crianças, convertendo-as

em elementos úteis à sociedade.

32

b) redundância – é a repetição, às vezes, com as mesmas palavras, de fatos, opiniões,

episódios, etc.

Exemplo:

Hoje é um dia muito importante na minha vida porque consegui um emprego. O

emprego não é lá essas coisas. Digo que é muito importante ter conseguido um emprego

porque estava desempregado há muito tempo. É muito desagradável ficar desempregado,

por isso é importante o emprego que hoje consegui (Redação de aluno).

 

c) perífrase- é o emprego de muitas palavras quando se poderia dizer a mesma coisa com

poucas.

Derramar lágrimas em vez de chorar

O astro do dia em vez de o Sol

A abóbada celeste em vez de céu

O poeta dos escravos em vez de Casto Alves

O vencedor de Austerlitz em vez de Napoleão

 

d) excesso de oração Subordinadas desenvolvidas - o excesso é evitado, usando-se oração

reduzida, ou estruturando o período com termos equivalentes.

Exemplo 1:

Quando o diretor chegou, os funcionários, que estavam interessados na consulta

que haviam feito, vibraram quando tomaram ciência da resposta (o negrito assinala as

orações desenvolvidas).

O mesmo período pode ser reproduzido, eliminando as subordinadas desenvolvidas.

Exemplo 2:

Com a chegada do diretor, os funcionários, interessados na consulta feita, vibraram ao

tomarem ciência da resposta.

 

Exemplo 3:

Assim que a vi, pedi-lhe que me devolvesse os livros que eu lhe tinha emprestado por

ocasião dos exames vestibulares que foram realizados no fim do ano que passou.

33

O excesso de orações subordinadas e, consequentemente, a redundância da palavra

que podem ser evitados, substituindo-se as orações desenvolvidas por formas reduzidas ou

por termos equivalentes.

Exemplo 4:

Ao vê-la, pedi-lhe a devolução dos livros emprestados por ocasião dos exames

vestibulares realizados no fim do ano passado.

 

e) supérfluo- é o excesso de fatos, episódios, opiniões, dispensáveis ao teor da mensagem.

A estrada que atravessa essas regiões incultas desenrola-se à maneira de alvejante

faixa, aberta que é a área, elemento dominante na composição de todo aquele solo fertilizado,

aliás, por um sem- número de límpidos e borbulhantes regatos, cujos continentes são outros

tantos tributários do Rio Paraná e do seu contravertente o Paraguai. Essa areia solta e um

tanto grossa tem cor uniforme que reverbera com intensidade os raios do sol quando nela

batem de chapa (Visconde de Taunay, Inocência, apud José de Oiticica, Manual de Estilo, p.

42).

Eliminando-se o supérfluo:

A estrada corta essas regiões incultas e arenosas, fertilizadas por inúmeros afluentes

do rio Paraguai e do Paraná. A areia, um tanto grossa e uniformemente alva, reverbera com

intensidade os raios do sol (Idem, p. 44).

4.5 Harmonia

Consiste no ajuntamento eufônico das palavras na frase e das frases no período.

Tem-se harmonia, evitando-se o cacófato, o eco, a colisão.

a) cacófato - é o som desagradável, ridículo ou até mesmo inconveniente, produzido pelo

encontro de duas ou mais palavras.

Exemplos:

- na vez passada; América ganhou; a boca dela; ela tinha dois irmãos; a fé de mais

prejudica; o pássaro pipila, trina, gorjeia; não fale nunca nisso; não resolve nunca

nada.

 

34

b) eco - é a identificação de sons idênticos no final de cada vocábulo.

Exemplo:

- Em atenção à solicitação dessa organização, vimos...

c) colisão - é a concorrência desagradável de sons, produzidos por fonemas consonantais

iniciais idênticos.

Exemplos:

- Se se soubesse disso antes, não haveria razão para tanta espera.

- “Até Dona Firma dava conta, se se botasse a isso...”

 

35

CAPÍTULO 5

NORMALIZAÇÃO GRÁFICA E BIBLIOGRÁFICA PARA

TCC/MONOGRAFIA

5.1 Normalização gráfica

A Monografia deve ser apresentada em dois suportes: em papel tamanho A4 (21 cm x

29,7 cm) e em CD no formato PDF. O trabalho deve ser digitado empregando um editor de

texto.

5.2 Norma de apresentação

5.2.1 margens

- Esquerda: 3 cm - Superior: 3 cm - Direita: 2 cm - Inferior: 2 cm

5.2.2 caracteres

O uso de microcomputadores para a edição de texto tornou disponível grande

variedade de recursos gráficos que podem, se bem utilizados, enriquecer a apresentação dos

trabalhos. Essa facilidade, contudo, deve ser empregada criteriosamente, apenas em benefício

de um melhor entendimento do assunto.

Os caracteres empregados no texto devem ter:

- fonte: “Times New Roman”;

- estilo: para texto “Normal” e tamanho “12”;

- parágrafo: 1,25cm da margem esquerda;

- para citação: devem ter o tamanho da fonte “10”;

- para títulos: fonte tamanho 16 (caixa alta e negrito); e

- para tópicos ou subtítulos: fonte tamanho 14 (caixa baixa e negrito).

36

5.2.3 posição de títulos e formas de apresentação

Títulos sem indicativo numérico: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, listas de

abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências bibliográficas,

glossário, apêndice(s), anexo (s) e índice (s), devem ser CENTRALIZADOS.

Indicativo numérico: o indicativo numérico de uma seção precede seu título e deve ser em

algarismo arábico. ALINHADO A ESQUERDA, separado por um espaço de caractere.

Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser alinhados abaixo da primeira letra da

primeira palavra do título.

Exemplo: 1 A importância da Marinha

Mercante

Títulos das seções primárias: devem começar no anverso da página, na parte superior e

separados do texto que os sucede por um ESPAÇO ENTRE LINHAS DE 1,5.

Títulos das subseções: devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um

ESPAÇO ENTRE LINHAS DE 1,5.

5.2.4 numeração das partes do texto

Os capítulos devem ser centrados na parte superior da página, em letras de caixa alta

(maiúscula tipográfica) em negrito e numerados com algarismos arábicos (1, 2, 3...)

Consecutivamente (Anexo M).

Cada capítulo deve iniciar, OBRIGATORIAMENTE, uma nova página, mesmo que

haja espaço útil na folha anterior.

37

O texto de uma alínea deve iniciar com letra minúscula (exceto para nomes próprios) e

terminar com ponto-e-vírgula. Na penúltima alínea, usas-se a conjunção e, às vezes, ou

depois de ponto-e-vírgula e após a última alínea, um ponto.

Se houver necessidade de subdividir as alíneas em subalíneas, deve-se adotar o mesmo

procedimento das alíneas, apenas substituindo as letras pelo hífen.

Exemplo:

1 ............... 1.1 ............ 1.2 ............ a) ........ ; b) ........ ; c) ........ . 2 ............... 2.1 ............

5.2.5 espaçamento

Todo texto deve ser digitado em espaçamento 1,5 entrelinhas.

EXCETO:

a) Citações com mais de 3 linhas: 1,0 (espaço simples).

b) Notas de rodapé: 1,0 (espaço simples).

c) Referências: 1,0 (espaço simples) e separadas entre si por ESPAÇO SIMPLES.

Devem ser ordenadas alfabeticamente e alinhadas à esquerda.

d) Legendas de ilustrações e de tabelas: 1,0 (espaço simples).

e) Informações tais como tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição, área de

concentração: 1,0 (espaço simples).

Notas de rodapé

Devem ser digitadas dentro das margens e separadas do texto por um espaço simples.

5.2.6 recuos

Citações diretas (longas com mais de três linhas): parágrafo independente, recuado a 4 cm

da margem esquerda, com tamanho de letra menor do que o utilizado.

38

5.2.7 verso e anverso

Somente os anversos devem ser utilizados nas monografias.

5.2.8 sumário

Títulos dos capítulos: devem ser grafados em letras maiúsculas.

Subdivisões: devem ser grafados com letras minúsculas.

ANEXOS e a palavra REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: devem ser grafados em

letras maiúsculas.

5.2.9 numeração das folhas

Paginação: deve ser apresentadas em algarismos arábicos, colocados no canto superior

direito da folha, a partir da primeira parte textual da monografia.

Capa: não é contada na numeração de folhas.

Da folha de rosto até o sumário: as folhas são contadas, mas não recebem números. A

numeração é colocada a partir da introdução.

Apêndices e anexos: devem ser numerados de maneira contínua, seguindo o texto principal.

5.2.10 números

Em geral, os números são escritos por extenso. Quando, em benefício da clareza, não

for conveniente, essa norma não será seguida. Os números no início das sentenças são,

obrigatoriamente, escritos por extenso.

Vinte mil homens.

Meia polegada.

39

No Caso de datas, os seguintes exemplos servem de guia:

7 de setembro de 1822.

O século XXI.

Nas décadas de 80 e 90.

Expoentes e os índices:

H².

H2O.

5.2.11 alinhamento dos números

É feito da esquerda para a direita.

Exemplos: Arábicos 1 12 123

Romanos I II VII

5.2.12 palavras sublinhadas

São aplicáveis às letras, palavras ou frases para as quais se deseja chamar atenção, e

aos livros, revistas ou jornais.

40

5.2.13 palavras em idioma estrangeiro

Deve-se evitar o uso excessivo, porém quando se tratar de termos técnicos sem

tradução, ou por outro motivo imperioso, devem ser colocadas entre aspas.

5.2.14 palavras usadas com sentido figurado e gírias navais

Sempre que empregadas, devem ser colocadas entre aspas.

5.2.15 sigla

Ao serem mencionadas pela primeira vez, devem figurar entre parênteses, após o seu

significado por extenso.

5.3 Normalização bibliográfica

5.3.1 citação

É o reconhecimento, por parte do autor, de que usou informações contidas em outras

fontes. Devem ser usadas para dar ênfase a uma passagem, quando o trecho citado for muito

interessante; ambíguo ou questionável; e expressar tão bem uma idéia que justifique

reproduzi-la com redação original.

As citações devem ser exatas, textuais e até mesmo a grafia do original deve ser

respeitada.

5.3.2 tipos de citação

a) citação apelativa ou epígrafe: pode aparecer logo abaixo do título, em forma de uma

citação curta e significativa de uma frase ou pensamento do próprio autor, de um autor

clássico ou consagrado, de dogma, principio ou ditado, correlacionado com o tema central.

Tal artifício enriquece o trabalho, chama para a relevância do tema.

b) citação direta: é a transmissão textual que o autor ou narrador, ao transcrevê-la ou citá-la,

a faz exatamente em conformidade com a pesquisa bibliográfica.

41

Exemplos:

De acordo com o pensamento de Mahan, “Poder Marítimo não é sinônimo de Poder

Naval, (...) mas também o comércio e a navegação pacífica que (...) deram nascimento à

esquadra, e graças a ela, repousam em segurança”.4

O mesmo recurso deve ser utilizado, quando a mensagem de interesse estiver inserida

em uma parte do texto; deve-se, nesse caso, usar o sinal de reticências antes e após o trecho

citado.

Exemplo:

“... os líderes das potências democráticas viram-se diante da necessidade de compor uma

ordem mundial para que assegurasse a paz duradoura para todo o planeta ...”5.

a) citação curta (até três linhas): são inseridas no texto entre aspas.

b) citação longa (mais de três linhas): parágrafo independente, recuado a 4 cm da margem

esquerda, tamanho de letra menor do que o utilizado no texto, sem aspas e espaço simples.

Exemplo:

A terceira guerra púnica nenhum interesse apresenta sob o ponto de vista naval. Roma, que não se satisfizera com as derrotas infligidas ao inimigo nas duas guerras precedentes, aproveitou um pretexto para invadir o território de Catargo e fazer desaparecer quaisquer vestígios desta cidade. Com a sua destruição, desapareceu seu grande império marítimo, e Roma se tornou a soberana suprema do Mediterrâneo.6

c) paráfrase

Consiste em reproduzir um texto, uma ideia ou um pensamento de outrem sem omitir

ou acrescentar dados que possam prejudicar a fidelidade da mensagem. Não se trata de

simples resumo, mas da capacidade de transladar a mensagem com recursos próprios sem

desvirtuar a essência original.

4 SILVA, Octavio Tosta da. Teorias Geopolíticas. Revista da Escola Superior de Guerra. Rio de Janeiro, v. 8, n. 21, p. 143-176. maio. 1992. 5 MATOS, Carlos de Meira. A nova ordem mundial. Revista da Escola Superior de Guerra. Rio de Janeiro, v. 8, n. 21, p. 49-52. maio. 1992. 6 STEVENS, W. O. e WESTCOTTA A. História do poderio marítimo. 2. Ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1958. p. 47.

42

5.3.3 notas de referências

a) nota explicativa: seu propósito e dar ou ampliar conceitos, definições, explicações e

comentários, evitando a sua inserção no texto a fim de não interromper a exposição de idéias.

Podem ser colocadas ao final da obra ou sob a forma de notas de rodapé.

Exemplo de nota explicativa sob a forma de nota de rodapé:

Para aqueles que pretendem navegar pelo mundo a fora se habilitarem como PY (rádio-

amador) e terem um transceptor “ham”7 poderá ser de grande utilidade.

b) referência cruzada: quando se deseja fazer referência a informação contida em outra parte

da monografia.

Exemplo:

A composição entre a velocidade indicada e a velocidade calculada determinará o

erro, e a maioria dos odometros tem condições de permitir um ajuste que eliminará, ou pelo

menos diminuirá o erro nas leituras (ver odometro – 3.3).

c) referência a entrevista: podem constar sob a forma de nota de rodapé ou em anexo a

parte. No caso de o aluno preferir relacionar as entrevistas em documento anexo à

monografia, tal anexo deve receber o título RELAÇÃO DE ENTREVISTAS REALIZADAS.

5.3.4 localização das referências

a) no texto: quando a citação for mencionada no decurso da monografia, deve-se indicar o

nome do autor e entre parênteses o ano e a página onde se encontra a mensagem citada.

Exemplo:

A respeito da ocorrência de duas ou mais ondas eletromagnéticas, Barros afirma que quando

“chegam simultaneamente ao mesmo ponto do espaço poderá ocorrer o que chamamos de

interferência” (1995, p. 17).

7 As transmissões de rádio-amadores são internacionalmente conhecidas pelo apelido “ham transmissions”.

43

b) no rodapé: uma citação feita no texto pode ter sua bibliografia indicada na forma de notas

de rodapé.

Exemplo: Veja o texto abaixo.

Diante de um antigo problema em relação ao conhecimento da profundidade abaixo da

quilha, surgiu o ecobatímetro que “proporciona a informação de profundidade abaixo da

quilha de forma praticamente instantânea permitindo, inclusive, uma valiosa verificação da

posição por outros sistemas de navegação”. 8

Neste caso, a referência de número 5 constará do rodapé, como exemplificado abaixo.

8 BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegando com a eletrônica. Rio de Janeiro: Catau, 1995.

44

CAPÍTULO 6

AVALIAÇÃO

6.1 Avaliação do trabalho de conclusão de curso (TCC)

1) o TCC deverá ser entregue em uma versão escrita e outra em meio magnético (CD) ao

orientador, no 6º semestre até o final do mês de agosto;

2) o orientador deverá entregar as versões definitivas do TCC e a respectiva nota à

Coordenação de TCC/Monografia;

3) o TCC que obtiver nota entre 3 e 5,9 será restituído ao aluno para correção ou elaboração

de um novo trabalho sobre o mesmo tema, a critério da Coordenação de TCC/Monografia ou

do professor/orientador, num prazo máximo de 30 dias para análise e atribuição de uma nova

nota;

4) o TCC será avaliado segundo os critérios anunciados na Folha de Avaliação Escrita (FAE),

anexo R.

6.2 Aprovação

1) para aprovação o aluno deverá obter nota igual ou superior a 6 (seis);

2) no caso de TCC com avaliação inferior a três o aluno poderá ter sua matrícula cancelada.

Caberá então ao Conselho de Ensino a decisão final quanto à reprovação;

3) poderão ser apresentados pelos alunos, no máximo, os dez trabalhos mais bem avaliados;

4) os TCCs que obtiverem nota a partir de 8.0 (oito) serão selecionados para comporem o

acervo da Biblioteca deste Centro de Instrução;

5) a aprovação no TCC é condição essencial para a expedição do histórico escolar do aluno

(a) ao término do ano letivo.

45

CAPÍTULO 7

DISPOSIÇÕES FINAIS

7.1 Utilização das monografias dos alunos

O CIAGA se reserva o direito de utilizar os trabalhos apresentados pelos alunos para

referências disponíveis em biblioteca física ou virtual para outros alunos, para aprimoramento

do material didático utilizado em seus cursos ou melhor aproveitamento.

7.2 Divulgação das monografias

Os autores das monografias têm liberdade de divulgá-las fora do âmbito do CIAGA,

independentemente de autorização deste Centro de Instrução, desde que seja comunicado

antecipadamente à Coordenação de TCC.

46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - referência – elaboração. NBR 6023/2002. Rio de Janeiro, 2002. _______. Informação e documentação – numeração progressiva das seções de um documento escrito. NBR 6024/2012. Rio de Janeiro, 2012. _______. Informação e documentação – sumário. NBR 6027/2012. Rio de Janeiro, 2012. _______. Informação e documentação – índice. NBR 6034/2004. Rio de Janeiro, 2004. _______. Informação e documentação – resumo. NBR 6024/2003. Rio de Janeiro, 2003. _______. Informação e documentação – citações em documento. NBR 6024/2002. Rio de Janeiro, 2002. _______. Informação e documentação – referências. NBR 6023/2012. Rio de Janeiro, 2002. _______. Informação e documentação – trabalhos acadêmicos. NBR 14724/2011. Rio de Janeiro, 2011. _______. Norma para datar. NBR 6024/1989. Rio de Janeiro, 1989. CASTAGNARO, Fabiana Correa. Material de apoio para trabalho de conclusão de curso – TCC. Rio de Janeiro, 2013. ISKANDAR, Jamil Ibrahim. Normas da ABNT: comentadas para trabalhos científicos. METRING, Roberte Araújo. Pesquisas científicas: planejamento para iniciantes. 1ª Ed. Curitiba: 2011.

ANEXOS

MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA MARINHA MERCANTE

NOME DO ALUNO

TEMA

RIO DE JANEIRO 2013

A-1

ANEXO A

ANEXO B

B-1

NOME DO ALUNO

TÍTULO DA MONOGRAFIA: subtítulo se houver

Monografia apresentada como exigência para obtenção do título de Bacharel em Ciências Náuticas do Curso de Formação de Oficiais de Náutica/Máquinas da Marinha Mercante, ministrado pelo Centro de Instrução Almirante Graça Aranha.

Orientador (a): ________________________

Rio de Janeiro

2013 

ANEXO C

C-1

NOME DO ALUNO

TÍTULO DA MONOGRAFIA: subtítulo se houver

Monografia apresentada como exigência para obtenção do título de Bacharel em Ciências Náuticas Náutica/Máquinas da Marinha Mercante, ministrado pelo Centro de Instrução Almirante Graça Aranha.

Data da Aprovação: ____/____/____

Orientador (a):_______________________________________________________________

Titulação (Mercante/Especialista/Mestre/Doutor, etc)

_________________________

Assinatura do Orientador

NOTA FINAL:____________ 

ANEXO D

D-1

Aos Xx, Xx tudo em minha vida.

 

 

ANEXO E

AGRADECIMENTOS

Antes de tudo, agradeço ao Prof. Dr. Fulano pela paciente orientação desta

monografia. Seu direcionamento de pesquisa, suas sugestões e apontamentos para o

bom desenvolvimento do trabalho...

 

E-1

ANEXO F

F-1

Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo a certeza do seu destino. (LEONARDO DA VINCI)

 

ANEXO G

G-1

RESUMO

Ao se estudar a Marinha Mercante, é necessário fazer uma retrospectiva histórica da formação

de seus oficiais e da evolução da Marinha Mercante no Brasil, apontando os momentos

principais no contexto nacional; como por exemplo o desenvolvimento de seus navios e seus

respectivos sistemas de propulsão, assim como a divisão social do trabalho marítimo e sua

evolução para o parcelamento do trabalho. Analisa-se ao longo do tempo como se inicia e se

desenvolve a formação do oficial de máquinas, desde a sua implementação de ensino de nível

médio até nível superior, com titulação de Bacharel em Ciências Náuticas, ministrada nos

Centros de Instrução da Marinha Mercante (CIABA e CIAGA). Com base nas normas que

regulamentaram esse tipo de ensino; nos programas para exames, na criação das escolas e

suas principais características, assim como, nas grades curriculares dos principais cursos.

Palavras-chave: Marinha Mercante no Brasil. Oficial de Marinha Mercante. Navios

Mercantes. Sistema de Propulsão.

 

ANEXO H

H-1

ABSTRACT

 

This study makes a historical retrospective on the formation of the Brazilian Merchant Marine

Officer, pointing at the most relevant moments of the national reality. It explains the

development of merchant ships and their propulsion systems, as well as the social division of

maritime work and its evolution in the parceling of work; finally, an analysis of the evolution

of the formation of the engine officer is made, from the origin to the today´s college level,

granting Bachelor in Nautical Sciences degrees, as applied by the Merchant Marine

Instruction Centers (CIAGA an CIABA). The related legislation is also referred. The

examination programs, the instruction centers creation an their main peculiarities as well as

the curricula of the main courses are also exploited.

Key-words: formation of the Brazilian Merchant Marine Officer and evolution of the

Brazilian Merchant Marine.

 

ANEXO I

I-1

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da Tabela)

Tabela 2 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da Tabela)

Tabela 3 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da Tabela)

Tabela 4 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da Tabela)

Tabela 5 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da Tabela)

Tabela 6 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da Tabela)

 

ANEXO J

J-1

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da figura)

Figura 2 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da figura)

Figura 3 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da figura)

Figura 4 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da figura)

Figura 5 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da figura)

Figura 6 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (nome da figura)

 

ANEXO K

K-1

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11

1 POLUIÇÃO MARINHA................................................................................ .....................12

1.1 Poluição por água de lastro.......................................................................... .....................13

1.1.1 Água de lastro....................................................................................... .......................13

1.1.2 Bioinvasão e água de lastro ................................................................ .........................14

1.2 Poluição por lixo marinho ......................................................................... .......................15

1.2.1 Poluição por plástico ............................................................................. ......................16

1.2.2 Ilhas de lixo ............................................................................................ .....................17

1.2.3 Bioinvasão e lixo .........................................................................................................18

1.3 Petróleo e derivados.................................................................................. ........................18

1.3.1 Comportamento no ambiente............................................................... ........................19

1.3.2 Poluição por óleo .................................................................................... .....................20

2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ..................................................................... ......................22

2.1 Acidentes com derramamento de óleo........................................................ ......................22

2.1.1 Torrey Canyon....................................................................................... ......................22

2.1.2 Exxon Valdez ......................................................................................... .....................23

2.1.3 Érika .................................................................................................... ........................23

2.1.4 Prestige .................................................................................................. ......................23

2.1.5 Deepwater Harizon......................................................................................................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ .....................41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... ......................42

 

ANEXO L

L-1

INTRODUÇÃO

Desde a Antiguidade os oceanos foram fonte do desenvolvimento humano: primeiro

como fonte de alimento através da pesca e mais tarde como meio de novas descobertas. O

homem sempre se fascinou pelo mar, e desse fascínio veio a curiosidade para saber o que

existia além do que se podia ver e assim, surgiram as primeiras expedições marítimas.

As expedições que deram origem a uma nova Era tinham como objetivo principal o

descobrimento de novas rotas comerciais e é a partir desta época se consolidou o comércio

marítimo que é o molde do que temos hoje como Marinha Mercante. Mesmo sendo uma

atividade muito antiga, a preocupação do impacto dessa atividade no ambiente marinho é

muito recente.

Esse trabalho mostra que o conceito de preservar o ambiente marinho ainda não é bem

entendido por todos os setores: preserva-se por que é lei, e essas leis e convenções são criadas

a partir de grandes desastres, como pode ser visto num capítulo específico sobre a legislação

aplicada ao assunto.

A poluição marítima é proveniente de diferentes fontes, no entanto este trabalho tem

por objetivo abordar apenas o papel da Marinha Mercante nesse contexto.

O objetivo do trabalho é mostrar o impacto da atividade mercante no ambiente, para

que como profissionais possamos aplicar o conceito de desenvolvimento sustentável que visa

preservar os recursos naturais para as gerações atual e futura.

 

ANEXO M

M-1

CAPÍTULO 1

POLUIÇÃO MARINHA

Segundo a Convenção de Montego Bay Artigo 1º, poluição do meio marinho significa

a introdução pelo homem, direta ou indiretamente, de substâncias ou de energia no meio

marinho, incluindo os estuários, sempre que a mesma provoque ou possa vir a provocar os

efeitos nocivos, tais como danos aos recursos vivos e à vida marinha, riscos à saúde do

homem, entrave às atividades marítimas, incluindo a pesca, e às outras utilizações legítimas

do mar, alteração da qualidade do mar, n que se refere a sua utilização, e deterioração dos

locais de recreio.

Internacionalmente são consideradas as seguintes formas de poluição marinha:

a) Poluição de origem terrestre: proveniente de fontes terrestres, inclusive rios, lençóis

freáticos, estuários, dutos e instalações de descarga;

b) Poluição proveniente de atividades relativas aos fundos oceânicos e ilhas artificiais e

instalações sob jurisdição nacional, com especial atenção às atividades de extração de

petróleo e gás natural;

c) Poluição proveniente de atividades no leito do mar, nos fundos marinhos e em seu

subsolo além dos limites da jurisdição nacional;

d) Poluição por alojamento: lançamento deliberado no mar de dejetos e outras matérias a

partir de embarcações, aeronaves, plataformas ou outras construções, inclusive

afundamento deliberado destes no mar;

e) Poluição proveniente de embarcações: derramamento involuntário de substâncias

tóxicas, nocivas, bio-acumulativas ou persistentes no meio ambiente, entre as quais se

incluem os óleos e hidrocarbonetos derivados de petróleo, inclusive poluição

radioativa proveniente de embarcações propulsionadas por este tipo de energia;

f) Poluição proveniente da atmosfera ou através dela: aeronaves e utilização do espaço

aéreo, bem como transportadas na atmosfera e depositadas no mar, provenientes de

descargas poluentes;

g) Poluição originária das atividades de dumping;

h) Poluição proveniente de atividades e testes nucleares

 

ANEXO N

N-1

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalhou demonstrou que apesar de a poluição marinha ser um problema

antigo e de grande impacto para o ecossistema e, consequentemente, para a vida humana,

apenas a pouco tempo se tornou uma preocupação efetiva a nível internacional.

Torna-se evidente que a poluição não fica estática, que uma área afetada, afeta outras

através das correntes marinhas, por isso é importante que novas convenções e regulamentos

sejam produzidos e que os países cheguem a acordos a respeito da troca de informações

concernente ao assunto.

Evidenciou-se nesse trabalho, o papel fundamental da Marinha Mercante nesse

processo, e espera-se que nos trabalhos que se seguem a esse o panorama ambiental seja

melhor do que o atual.

Foram mostrados alguns projetos e instituições que tentam combater o assunto, mas é

fundamental que exista uma consciência global a respeito do tema, pois sem essa consciência,

muitos dos projetos existentes como o mapeamento de lixo em diferentes regiões ou a coleta

manual, tornam-se altruístas.

Fica a esperança de que em breve, tenhamos a consciência efetiva sobre o impacto das nossas atividades na natureza e de que respostas mais eficientes sejam aplicadas aos possíveis incidentes futuros. 

ANEXO O

O-1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Sérgio dos Anjos. Manual do curso especial de segurança pessoal e responsabilidades sociais. 1 ed. Rio de Janeiro: DPC, 2007. 75p. BRAIN, Marshall. Como funciona o sistema de tratamento de esgoto. Disponível em: < ambiente.hsw.uol.com.br/tratamento-de-esgoto.htm > Acesso em: 29 jun. 2011. COTRIM, Flávio Pinheiro. Mudança global do clima: ciências e políticas públicas. Disponível em: <www.cecm.usp.br/revista/Artigos/Mudanca_Global_do_Clima> Acesso em: 1 jul. 2011.  

ANEXO P

P-1

BIBLIOGRAFIA

ACCIOLY, Jair Amaral. Apostila de legislação. Rio de Janeiro: EFOMM. 2009. FIORILLO, Celso Antônio Pacheco; RODRIGUES, Marcelo Abellha. Manual de direito ambiental e legislação aplicável. São Paulo: Max Limond. 1999.  

ANEXO Q

Q-1

GLOSSÁRIO

Baud – A unidade para medida da velocidade de transmissão de dados, usualmente usada para descrever a velocidade com que um modem transfere dados, como 2400 bauds. Uma medida mais precisa para a velocidade de transmissão é bps (bits por segundo).

Cache – É a parte da memória que faz o seu computador rodar mais rápido, ao armazenar os dados mais recentemente acessados. Da próxima vez que precisar dos dados, ele os consegue da memória cache em vez do disco, que seria mais lento. Também chamada de RAM Cache.

Download – Para copiar arquivos de outro computador para o seu, geralmente através de um modem. (Veja também descarregar ou baixar.)

Drive lógico – A seção do disco rígido ou da memória que é tratada como se fosse um disco separado, e é ligada por uma letra própria. Por exemplo, você pode dividir o seu disco rígido nos drives lógicos C, D e E. Ele continua um único disco, mas está dividido em outros drives lógicos. Drives lógicos são mais freqüentes em redes. 

ANEXO R

FOLHA DE AVALIAÇÃO ESCRITA (FAE)

Nome:

Turma:

Data: _____ / _____ / ____

Tema:

Nota final:

Orientador (a):

Rubrica do Orientador (a):

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO NOTA

Elementos pré e pós-textuais

Capa até o sumário; referências; apêndice; anexo e índice. 1,0

Clareza Texto fácil de entender, ordenação das ideias, adequação da linguagem, coesão, coerência. Evitar: períodos longos ou muito curtos, linguagem rebuscada, conectores mal empregados, palavras que geram a ambigüidade.

1,0

Concisão Precisão/exatidão. Evitar: frases feitas e chavões, usar palavras a mais do que o necessário, adjetivação abundante, redundância, pleonasmo, excesso de orações subordinadas desenvolvidas.

1,0

Originalidade O texto tem origem no indivíduo, criatividade, capacidade crítica. Evitar: plágio. 1,0

Correção Norma culta: concordância, regência, colocação pronominal, seleção vocabular, ortografia, pontuação, acentuação, emprego de maiúsculas e minúsculas, crase. Evitar: estrangeirismo, barbarismo, cacografia, cruzamento léxico.

1,0

Harmonia/Elegância Boa disposição das palavras, apresentação do texto, agradável leitura. Evitar: gírias, frases prontas, cacofonia, eco, colisão aliteração e abreviação.

1,0

Introdução: apresentação do trabalho. 0,5 Desenvolvimento: argumentos fortes, nenhuma informação poderá ser subentendida. Tipo de texto: Dissertativo-argumentativo.

2,0

Partes do Texto

Considerações Finais: confirmação da tese apresentada, apontando eventuais perspectivas. 0,5

Pesquisa Aprofundamento (obras de autores renomados), material empregado, método, aplicabilidade de dados, fatos e cumprimento do prazo determinado.

1,0

Total 10,0

R-1