Água Concessionária esburaca · ruas e nada de achar a raiz do vazamento.” O também morador do...

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SEXTA-FEIRA, 19 DE SETEMBRO DE 2014 | CIDADES | B5 Folha de Alphaville BAGUNÇA. Sabesp isolou buracos e pediu que os moradores não os tapas- sem até o reparo U m vazamento de origem desconhecida levou a Sabesp, na última semana, a abrir buracos em jardins de ca- sas no Residencial 3, deixando moradores insatisfeitos. De acordo com uma mora- dora que não quis se identifi- car, o problema começou há cerca de dez dias, quando ela notou água saindo pelo jar- dim e nas calçadas de sua rua. A moradora conta que acionou a concessionária por diversas vezes e que a Sabesp chegou a averiguar o local por três vezes, mas não obte- ve sucesso. Foi apenas no último do- mingo (14) que a senhora re- cebeu a visita da Sabesp, mas o problema era mais difícil do que parecia. “Eles chegaram aqui, cavaram dois buracos no meu jardim e não encon- traram nada. Foi aí que a con- fusão começou: eles abriram buracos em pelo menos três ruas e nada de achar a raiz do vazamento.” O também morador do Re- sidencial 3, Alexandre Angelli, Água A procura da origem de um vazamento no Residencial 3 durou dez dias e buracos deverão ser tapados hoje Concessionária esburaca casas para achar vazamento que, em teoria, nada tem a ver com o vazamento, foi um dos afetados pela busca da conces- sionária pelo problema. “Na manhã de domingo um carro da Sabesp estava escutando vazamentos de casa em casa. Foi então quando começaram a fazer buscas. Na minha casa, cavaram um enorme buraco e deixaram lá, sem previsão de voltar. Eles disseram, ainda, que ninguém poderia mexer no buraco, pois não sabiam se teriam que cavar mais para fazer uma nova tubulação. Entrei em contato com a ou- vidoria, mas, até quinta-feira, não tinha previsão de quando eles voltariam para consertar o problema e tapar o buraco.” Questionada pela repor- tagem, a concessionária res- pondeu, por meio de nota, que os buracos foram abertos durante sondagens para iden- tificar um vazamento situado em ponto não visível. “Até sexta-feira (19), a Companhia fará a reposição do solo no en- dereço. O referido vazamen- to foi localizado na Al. Ita- nhaém, 762, cujo conserto foi executado no dia 14/9. Neste local, será necessária a repo- sição de terra e base, além de piso especial, com previsão de conclusão até segunda-fei- ra (22)”, explicou a Sabesp, por meio do porta-voz Milton de Oliveira, superintendente da Unidade de Negócio Oeste. Em cerca de seis casas, em três ruas, foram feitos buracos para encontrar problema PARABÉNS, ALPHAVILLE, PELOS SEUS 41 ANOS. O IGUATEMI tem orgulho de fazer parte dessa história. iguatemialphaville.com.br Em meio à maior crise hídrica da história de São Paulo, a Sabesp se depara diariamente com fraudes de água que geram prejuízos à companhia e trazem trans- tornos à população. De janeiro até agora, a companhia identificou qua- se 10,1 mil casos de fraudes na Região Metropolitana de São Paulo, que totalizaram 1,3 bilhão de litros de água consumidos, porém não registrados nas contas de águas. Por mês, o montante abasteceria 91 mil residên- cias com três moradores. Ou seja, daria para fornecer água para até 270 mil pesso- as, população equivalente a uma cidade do tamanho de Barueri. Na região, a Sabesp já detectou 355 fraudes em Ba- rueri e 208 em Santana de Parnaíba. As irregularidades nas ligações de água permi- tiram a recuperação de 44 milhões de litros em Barueri e de 30 milhões de litros em Santana de Parnaíba. Para os fraudadores identificados, a Sabesp co- bra pelo que foi desviado, re- cuperando a água fornecida e não paga. Para identificar o crime, a Sabesp trabalha com as equipes de caça-fraude, que acompanham o consumo e vistoriam os imóveis. Os pró- prios moradores, que podem relatar casos suspeitos pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratui- ta e não exige identificação. Sabesp registra 563 fraudes hídricas na região Irregular 10 DIAS Foi o tempo que a Sabesp demorou para encontrar a raiz do vazamento observado no condomínio por uma moradora Meu gato caiu no bu- raco e não conseguia sair. Levei horas para encontrá-lo” Moradora do Residencial 3 Ana Carolina Pereira repor [email protected] Sandro Almeida / Folha de Alphaville

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SEXTA-FEIRA, 19 DE SETEMBRO DE 2014 | CIDADES | B5Folha de Alphaville

BAGUNÇA. Sabesp isolou buracos e pediu que os moradores não os tapas-sem até o reparo

Um vazamento de origem desconhecida levou a

Sabesp, na última semana, a abrir buracos em jardins de ca-sas no Residencial 3, deixando moradores insatisfeitos.

De acordo com uma mora-dora que não quis se identifi -car, o problema começou há cerca de dez dias, quando ela notou água saindo pelo jar-dim e nas calçadas de sua rua.

A moradora conta que acionou a concessionária por diversas vezes e que a Sabesp chegou a averiguar o local por três vezes, mas não obte-ve sucesso.

Foi apenas no último do-mingo (14) que a senhora re-cebeu a visita da Sabesp, mas o problema era mais difícil do que parecia. “Eles chegaram aqui, cavaram dois buracos no meu jardim e não encon-traram nada. Foi aí que a con-fusão começou: eles abriram buracos em pelo menos três ruas e nada de achar a raiz do vazamento.”

O também morador do Re-sidencial 3, Alexandre Angelli,

ÁguaÁgua A procura da origem de um vazamento no Residencial 3 durou dez dias e buracos deverão ser tapados hoje

Concessionária esburaca casas para achar vazamento

que, em teoria, nada tem a ver com o vazamento, foi um dos afetados pela busca da conces-sionária pelo problema. “Na manhã de domingo um carro da Sabesp estava escutando vazamentos de casa em casa. Foi então quando começaram a fazer buscas. Na minha casa, cavaram um enorme buraco e deixaram lá, sem previsão de voltar. Eles disseram, ainda, que ninguém poderia mexer no buraco, pois não sabiam

se teriam que cavar mais para fazer uma nova tubulação. Entrei em contato com a ou-vidoria, mas, até quinta-feira, não tinha previsão de quando eles voltariam para consertar o problema e tapar o buraco.”

Questionada pela repor-tagem, a concessionária res-pondeu, por meio de nota, que os buracos foram abertos durante sondagens para iden-tifi car um vazamento situado em ponto não visível. “Até

sexta-feira (19), a Companhia fará a reposição do solo no en-dereço. O referido vazamen-to foi localizado na Al. Ita-nhaém, 762, cujo conserto foi executado no dia 14/9. Neste local, será necessária a repo-sição de terra e base, além de piso especial, com previsão de conclusão até segunda-fei-ra (22)”, explicou a Sabesp, por meio do porta-voz Milton de Oliveira, superintendente da Unidade de Negócio Oeste.

Em cerca de seis casas, em três ruas, foram feitos buracos para encontrar problema

PARABÉNS, ALPHAVILLE, P E L O S S E U S 4 1 A N O S .

O IGUATEMI tem orgulhode fazer parte dessa história.

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Em meio à maior crise hídrica da história de São Paulo, a Sabesp se depara diariamente com fraudes de água que geram prejuízos à companhia e trazem trans-tornos à população.

De janeiro até agora, a companhia identifi cou qua-se 10,1 mil casos de fraudes na Região Metropolitana de São Paulo, que totalizaram 1,3 bilhão de litros de água consumidos, porém não registrados nas contas de águas. Por mês, o montante abasteceria 91 mil residên-cias com três moradores. Ou seja, daria para fornecer água para até 270 mil pesso-as, população equivalente a uma cidade do tamanho de Barueri.

Na região, a Sabesp já detectou 355 fraudes em Ba-rueri e 208 em Santana de Parnaíba. As irregularidades nas ligações de água permi-tiram a recuperação de 44 milhões de litros em Barueri e de 30 milhões de litros em Santana de Parnaíba.

Para os fraudadores identifi cados, a Sabesp co-bra pelo que foi desviado, re-cuperando a água fornecida e não paga.

Para identifi car o crime, a Sabesp trabalha com as equipes de caça-fraude, que acompanham o consumo e vistoriam os imóveis. Os pró-prios moradores, que podem relatar casos suspeitos pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratui-ta e não exige identifi cação.

Sabesp registra 563 fraudes hídricasna região

Irregular

10DIASFoi o tempo que a Sabesp demorou para encontrar a raiz do vazamento observado no condomínio por uma moradora

Meu gato caiu no bu-raco e não conseguia sair. Levei horas para encontrá-lo”

Moradora do Residencial 3

Ana Carolina [email protected]

Sandro Almeida / Folha de Alphaville