GT novembro 2015 - Igreja Evangélica Lisbonense...

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Serviços 4ª feira—18h00 Culto Partilhado Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24) Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº8/2015 | NOVEMBRO 2015 A SOBERANIA DE DEUS E O SOFRIMENTO DO JUSTO AGLOW PORTUGAL - PREPARAS-ME UM BANQUETE O MUNDO DA BÍBLIA CURSO LIVRE EM NOVEMBRO SERVE THE CITY CONSTRUTORES DE PONTES, PRECISAM-SE Bíblia PAG. 5 Mulheres PAG. 4 Ser Social PAG. 7 Crescer na fé PAGs. 2 e 3 Um dia perfeito de tempestade No último domingo de outubro, a Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) celebrou um Culto Especial de Festa das Colheitas. Por ser uma comunidade citadina e de cultura variada, os seus fre- quentadores foram estimulados a trazer alimentos confeccionados com as colheitas que nos chegam de todos os cantos do mundo. A liturgia preparada pelo Conse- lho Presbiteral e liderada pelas presbíteras regentes Sónia Valente e Alexandra de Matos, acentuou a necessidade que temos como povo de Deus de dar graças por tudo. A mesma linha tomou a pregação do Pastor Luís de Matos com base em I Tessalonicenses 5:16-22, em breve disponível no site da igreja. No momento de gratidão, todos os irmãos foram convidados a deixar no templo os alimentos prepara- dos que depois da oração de grati- dão foram usados para o almoço comunitário que decorreu o final do culto. Quarteto de louvor Mas, em outubro houve outro momento marcante. No primeiro domingo do mês, a liturgia foi liderada pelo recém constituído quarteto de louvor liderado pela nossa irmã Déborah Rocha e que conta com as belas vozes da Sónia Valente, da Amélia Esteves e do Ernesto Etaúngo. Vamos voltar a ouvi-los em dezembro. Damos graças a Deus pela bênção de ver os irmãos comprometidos. No dia 17 de outubro, a comunidade presbiteriana na Rua Febo Moniz, e seus convidados, deixou o templo e foi visitar o Parque Discovery, em Mafra. Um dia de tempestade intensa que assustou muitos, mas que não im- pediu de tornar muito especial este momento de partilha. Entre trovões, vento, chuva e que- bras de luz o David Valente levan- tou a sua voz para o primeiro estu- do bíblico do dia sobre Génesis 1, uma vez que estávamos num local que dá primazia à história da cria- ção. O louvor trazido e liderado pela Alexandra de Matos acalmou os irmãos e irmãs e antes do almoço ainda conseguimos ver o vídeo da história da criação que o parque exibe aos seus visitantes. Depois de um almoço bem preparado pelos nossos irmãos Pedro, Eduardo, Fernando, Waldomiro e Ernesto, e com a ajuda das crianças, dividiu-se o grupo em dois. Enquanto metade do grupo visitou a gruta com perga- minhos do mar morto, o museu da criação (onde é possível escrever com pena, ver uma réplica do tem- plo de Salomão, da arca de Noé, onde até é possível imprimir pági- nas da Bíblia como no tempo de Gutenberg, e muito, muito mais) e o planetário, os restantes ouviram o estudo bíblico sobre Génesis 2 diri- gido pelo Pastor Luís de Matos. Ficou agora a vontade de repetir novo destino no próximo ano por- que estes são momento únicos. Festa das Colheitas em outubro No próximo dia 22 de novembro, um domingo antes do início do tempo de Advento, vamos lançar uma nova série de pregações. «A História do Homem-Deus» é o tema desta nova série que nos levará a seguir os passos de Jesus. Assim sendo, durante um ano, iremos ler e meditar sobre o Evangelho de Jesus Cristo segun- do o relato de Lucas, dividindo a série de pregações em seis partes, a saber: 1) Encarnação; 2) Prepa- ração para o Ministério; 3) O Ministério na Galileia; 4) A Via- gem Final; 5) Perto do Fim; e, 6) Aleluia, Ressuscitou. Acreditamos que este será um percurso grandioso e gostaríamos muito que o pudesses fazer con- nosco, tudo para um crescimento espiritual mutuo. Nova série de pregações ACONTECEU ACONTECEU Série de Pregações «Fé em ação», livro de Tiago Pastor Luís de Matos Versão vídeo em igrejalisbonense.org VAI ACONTECER Grão de Trigo boletim informativo

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Serviços

4ª feira—18h00 Culto Partilhado

Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens

Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus

Escola Dominical crianças

Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24)

Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº8/2015 | NOVEMBRO 2015

A SOBERANIA DE

DEUS E O

SOFRIMENTO DO

JUSTO

AGLOW PORTUGAL

-

PREPARAS-ME UM

BANQUETE

O MUNDO DA

BÍBLIA

CURSO LIVRE EM

NOVEMBRO

SERVE THE CITY

CONSTRUTORES

DE PONTES,

PRECISAM-SE

Bíblia PAG. 5 Mulheres PAG. 4 Ser Social PAG. 7 Crescer na fé PAGs. 2 e 3

Um dia perfeito de tempestade No último domingo de outubro, a Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) celebrou um Culto Especial de Festa das Colheitas.

Por ser uma comunidade citadina e de cultura variada, os seus fre-quentadores foram estimulados a trazer alimentos confeccionados com as colheitas que nos chegam de todos os cantos do mundo.

A liturgia preparada pelo Conse-lho Presbiteral e liderada pelas presbíteras regentes Sónia Valente e Alexandra de Matos, acentuou a necessidade que temos como povo de Deus de dar graças por tudo. A mesma linha tomou a pregação do Pastor Luís de Matos com base em I Tessalonicenses 5:16-22, em breve disponível no site da igreja.

No momento de gratidão, todos os irmãos foram convidados a deixar no templo os alimentos prepara-dos que depois da oração de grati-dão foram usados para o almoço comunitário que decorreu o final do culto.

Quarteto de louvor

Mas, em outubro houve outro momento marcante. No primeiro domingo do mês, a liturgia foi liderada pelo recém constituído quarteto de louvor liderado pela nossa irmã Déborah Rocha e que conta com as belas vozes da Sónia Valente, da Amélia Esteves e do Ernesto Etaúngo. Vamos voltar a ouvi-los em dezembro. Damos graças a Deus pela bênção de ver os irmãos comprometidos.

No dia 17 de outubro, a comunidade presbiteriana na Rua Febo Moniz, e seus convidados, deixou o templo e foi visitar o Parque Discovery, em Mafra.

Um dia de tempestade intensa que assustou muitos, mas que não im-pediu de tornar muito especial este momento de partilha.

Entre trovões, vento, chuva e que-bras de luz o David Valente levan-tou a sua voz para o primeiro estu-do bíblico do dia sobre Génesis 1, uma vez que estávamos num local que dá primazia à história da cria-ção.

O louvor trazido e liderado pela Alexandra de Matos acalmou os irmãos e irmãs e antes do almoço ainda conseguimos ver o vídeo da

história da criação que o parque exibe aos seus visitantes. Depois de um almoço bem preparado pelos nossos irmãos Pedro, Eduardo, Fernando, Waldomiro e Ernesto, e com a ajuda das crianças, dividiu-se o grupo em dois. Enquanto metade do grupo visitou a gruta com perga-minhos do mar morto, o museu da criação (onde é possível escrever com pena, ver uma réplica do tem-plo de Salomão, da arca de Noé, onde até é possível imprimir pági-nas da Bíblia como no tempo de Gutenberg, e muito, muito mais) e o planetário, os restantes ouviram o estudo bíblico sobre Génesis 2 diri-gido pelo Pastor Luís de Matos.

Ficou agora a vontade de repetir novo destino no próximo ano por-que estes são momento únicos.

Festa das Colheitas em outubro

No próximo dia 22 de novembro, um domingo antes do início do tempo de Advento, vamos lançar uma nova série de pregações. «A História do Homem-Deus» é o tema desta nova série que nos levará a seguir os passos de Jesus.

Assim sendo, durante um ano, iremos ler e meditar sobre o Evangelho de Jesus Cristo segun-do o relato de Lucas, dividindo a

série de pregações em seis partes, a saber: 1) Encarnação; 2) Prepa-ração para o Ministério; 3) O Ministério na Galileia; 4) A Via-gem Final; 5) Perto do Fim; e, 6) Aleluia, Ressuscitou.

Acreditamos que este será um percurso grandioso e gostaríamos muito que o pudesses fazer con-nosco, tudo para um crescimento espiritual mutuo.

Nova série de pregações

ACONTECEU ACONTECEU

Série de Pregações

«Fé em ação», livro de Tiago

Pastor Luís de Matos Versão vídeo em igrejalisbonense.org

VAI ACONTECER

Grão de Trigo boletim informativo

sujeita essa robustez. Esse é, precisamente, o tema em torno do qual gravita o Livro de Job.

Job viveu depois de 1500 a. C. e era ancião na cidade de Uz (a leste de Judá). Era rico e respei-tado na sociedade. Mas, acima de tudo, Job era um homem profundamente piedoso. Obser-vava os preceitos da Lei e temia a Deus. Como considerava os seus sete filhos e três filhas a sua mai-or riqueza e a maior das graças de Deus, agradecia publicamente a sua fortuna e a sua prole, ofere-cendo holocaustos.

Mas, em Job 1:6-12, Satanás desafia Deus a pôr à prova a piedade de Job. Como se com-portaria Job se, em vez de rico, feliz, saudável e pai orgulhoso, fosse pobre, infeliz, doente e um pai enlutado? Deus considera Job o mais justo dos homens, mas permite que Satanás o afete com grandes males. Sobre Job abatem-se então terríveis infor-

Os crentes sinceros em Deus podem ser abatidos pelo sofri-mento. O Antigo e o Novo Testa-mentos concordam que essa pode ser a prova de fogo para a nossa fé.

Na primeira carta de Pedro há um trecho relativo ao sofrimento do crente (1 Pedro 4:12-19). Um «fogo ardente» pode surgir e pôr-nos à prova, apesar de sermos cristãos. Pedro aconselha que esse sofrimento seja encarado sempre com uma atitude de glo-rificação de Deus. Para o apósto-lo parece claro que podemos sofrer segundo a vontade de Deus (v. 19) – não porque Deus se compraza no nosso sofrimen-to, mas porque esse sofrimento faz parte do Seu plano para nós e é uma prova pela qual temos de passar. A sujeição a essa prova parece ser vista por Pedro como parte do juízo de Deus, um juízo universal que poderia até come-çar pela Sua casa, pelo Seu reba-nho, pela Sua igreja, levando-o a

A soberania de Deus e o sofrimento do justo

situar as tribulações dos cristãos num contexto mais geral e a perguntar: «se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o peca-dor?» (1 Pedro 4:18).

Este tema do sofrimento do justo tem aqui um eco no Novo Testa-mento, mas, na Bíblia, é no Livro de Job que é profundamente tratado. Só com a leitura de Job se pode compreender o alcance daquilo que Pedro aconselha aos crentes na sua epístola. Como veremos, só a atitude perante o sofrimento apontada pelo após-tolo é compatível com o reconhe-cimento verdadeiro e consequen-te da soberania de Deus – e, não menos importante, só com este reconhecimento pleno da Sua soberania estamos realmente conciliados com Ele e sujeitos ao seu Reino. O tema da nossa ati-tude perante o sofrimento está, pois, profundamente ligado à robustez da nossa fé e é talvez o principal teste a que pode ser

A doutrina de Eliú A doutrina de Eliú (Job 32:1-37:24) é a da igreja apostólica (1Pedro 4:12-19)1 . E tem de ser a nossa. O sofrimento não pode tornar-se o centro da vida de quem sofre nem um instrumen-to para reclamarmos a compre-ensão e administração da justi-ça que que só Deus é o Senhor. É nas experiências extremas que somos chamados a confir-mar a nossa fé na soberania de Deus – sem condições. Deus reina e só Ele sabe. Venha a tua justiça, Senhor! Ámen.

1 Queridos amigos, não fiquem perturbados com as duras pro-vações que surgem no vosso meio, como se isso fosse uma coisa estranha. Pelo contrário, alegrem-se por tomarem parte nos sofrimentos de Cristo. Desse modo, poderão sentir alegria e felicidade quando ele manifes-tar a sua glória. E serão felizes se forem maltratados por segui-rem a Cristo, porque o Espírito glorioso de Deus repousa em vós. Que ninguém tenha de ser castigado por matar, por ser ladrão, por difamar, ou por se meter na vida alheia. Mas se alguém sofre por ser cristão, não se envergonhe por isso. Pelo contrário, dê glória a Deus por ter o nome de cristão. Che-gou o tempo de começar o jul-gamento pela casa de Deus. E se começa por nós, qual será o fim dos que não aceitam o evange-lho de Deus? Como diz a Escri-tura: «Se os bons dificilmente se salvam, que será dos maus e dos pecadores?». Por isso, aqueles que sofrem conforme a vontade de Deus pratiquem o bem e coloquem-se nas mãos de Criador que é sempre fiel.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 02

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Gravura de William Blake (1757-1827), mostrando Job a ser acusado por Elifaz, Bildade e

Zofar.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 03

Não fixamos a nossa atenção nas coisas ques estão à vista, mas naquelas que ainda não se vêem. (2 Cor. 4:17-18)

novo que os três anciãos. É uma figura misteriosa, cujo apareci-mento repentino na narrativa não é explicado. Claramente, não era um dos amigos de Job. Eliú repreende Job por se julgar mais justo do que Deus (Job 33:1-33). Afirma que Deus não pratica a perversidade nem comete injus-tiças (Job 34:1-37). Esclarece que Deus só atende quem espera Nele, não bastando clamar con-tra as (aparentes) injustiças – «Só gritos vazios Deus não ouvi-rá, nem atentará para eles o To-do-Poderoso.» (Job 35:13) Por fim, aconselha Job a esperar em Deus (Job 35:14). Para Eliú, deixar a nossa ignorância sobre a justiça de Deus significa deixar de pensar que basta estar em sofrimento para chegar a Deus. Na verdade, há que submeter-se primeiro à sua soberania, confi-ando incondicionalmente na sua justiça – isto é, na Providência Divina –, como até estava implí-cito em palavras pronunciadas inicialmente pelo próprio Job (1:21).

Deus só responde a Job depois de Eliú se calar. E Deus repreen-de Job e os três anciãos seus amigos, mas não se refere a Eliú – que não volta a aparecer. Pode pensar-se no discurso de Eliú como uma interpolação no texto do livro de Job, mas não parece ser esse o caso. Não há contradi-

túnios:

Job perde os seus filhos (Job 1:13-22), mas continua a louvar a Deus. Perante esta perda irrepa-rável e devastadora, é-lhe atribu-ída uma das frases lapidares da piedade bíblica: «Nu saí do ven-tre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o to-mou; bendito seja o nome do Senhor!» (Job 1:21).

Job é afetado por tumores malig-nos «desde a planta do pé até ao alto da cabeça» (Job 2:7-8). Mas, quando a sua mulher, revoltada, lhe dá um conselho duplamente diabólico («Amaldiçoa Deus e morre»), Job repreende-a ainda.

Job perde o seu prestígio social, pois na sociedade é agora visto como um homem decaído, doen-te e de aspeto repulsivo.

Perante tudo isto, como ficou a piedade daquele que Deus consi-derava antes o mais justo dos homens? Na reação imediata aos infortúnios, animam Job os ve-lhos reflexos de alguém habitua-do a depositar em Deus a sua confiança. Mas no seu coração forma-se uma teia de ressenti-mento. Esse ressentimento ficou oculto enquanto Job viveu para si mesmo o que lhe estava a acontecer, sem ser interpelado por ninguém. Mas eis que vieram ao seu encontro três amigos seus: os anciãos Elifaz, Bildade e Zofar (Job 2:11). Choraram com ele e passaram sete dias e sete noites junto dele, para lhe mos-trarem a sua compaixão.

Perante esta manifestação de amizade e solicitude, a reação muito humana de Job foi abrir o seu coração, revelando o quão a teia de ressentimento tinha já tomado conta dele. Job então amaldiçoa o seu nascimento e diz querer morrer (Job 3:1-26). Mostra depois estar convencido que Deus decidiu torturá-lo (Job 7:19-20). Por fim, julga-se a si próprio e a Deus, dizendo ser um homem íntegro que Deus decidiu condenar à partida, sem atender às suas qualidades, às suas obras. Centrado no seu ressenti-mento, na comparação entre o juízo elevado que faz de si pró-prio e os infortúnios que lhe devastaram a vida e que só pode-riam ter ocorrido pela vontade ou com a permissão de Deus, Job

chega à conclusão iníqua, diri-gindo-se ao seu Senhor: «Sabes que não sou culpado; todavia, ninguém há que me livre da tua mão.» (Job 10:7) No entendi-mento desviado de Job, só have-ria justiça se Deus não fosse soberano. Mais: Job coloca-se a si próprio ao nível de Deus, cla-mando por outra soberania que retire a Deus o seu atributo de Senhor da Justiça e o julgue em igualdade consigo. Por isso, la-menta: «Não há entre nós árbi-tro…» (Job 9:33).

Os desabafos ressentidos de Job escandalizam os seus amigos. Zofar acusa-o de iniquidade (Job 11:1-20). Elifaz acusa-o de gran-des pecados (Job 22:1-30). Bil-dade diz que, algures, terá falta-do retidão a Job e aos seus filhos (Job 8:1-22). Todos assumem que a justiça de Deus é percetível às mentes humanas, como se fosse um esquema preestabeleci-do, conhecido e com soluções fáceis, ao alcance de qualquer um: o pecado levaria ao sofri-mento e a piedade à salvação. Daí os julgamentos que se arro-gam fazer em relação a Job: este poderia acreditar ser piedoso, mas, à vista dos infortúnios so-fridos, teria certamente cometi-do faltas que fossem a sua causa. Como Job, também eles se per-mitem julgar: a Job, diretamen-te; a Deus, indiretamente. Na sua conceção, Deus apenas é o executor máximo de uma justiça humana e essa conceção errada da justiça divina pode facilmente evoluir para o tipo de juízos des-viados que Job exibiu e que tanto os escandalizou.

Mas eis que Job, depois de ouvir estes falsos arautos da justiça divina, é levado a vislumbrar a esperança numa justiça divina e redentora. Perante os juízos dos seus amigos, confronta-se com a fraqueza da justiça humana. E pronuncia então outra das frases lapidares do seu livro: «Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a ter-ra.» (Job 19:25) No meio do seu sofrimento e desvario, clama por Alguém que é divino, mas tam-bém humano – «Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros.» (Job 19:27)

No capítulo 32 surge a figura de Eliú. É filho de Baraque, o buzi-ta, da família de Rão, e é mais

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ção entre o discurso de Eliú e as palavras de Deus. Por essa razão, é difícil não ver nesta persona-gem misteriosa a figura do Re-dentor que Job vislumbrou e esperou ver e ouvir. É ele, na verdade, que traz a Job as pala-vras de redenção. Já Deus, quan-do se lhe dirige, emite o que parece mais um juízo soberano. Eliú pode ser claramente uma prefiguração de Jesus Cristo.

Job responde então a Deus e arrepende-se, considerando-se indigno Dele (Job 40:3-5) e con-fessando a sua ignorância (Job 42:1-6). Depois disso, Deus res-taura a Job (42:10-17) porque Job restaurou a sua confiança na justiça e na soberania divinas. Job proclamou novamente a sua fé no Deus soberano e inescrutá-vel e fez-se assim ouvir junto Dele. Entendeu que se afastava de Deus se se fechasse no seu sofrimento, vitimizando-se e, paradoxalmente, exaltando-se a si próprio num ressentimento que excluía a confiança nos ca-minhos da Providência Divina.

Luís Aguiar Santos

Presbítero regente

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Mulheres / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 04

Se tiverem fé, hão-de receber tudo o que pedirem em oração. (Mateus 21:22)

Talvez tu (tal como eu) desejes aprofundar o teu conhecimento da Palavra de Deus, meditar nas Escrituras e orar poderosas orações. Porém, (novamente, tal como eu) tu simplesmente não tem a certeza de como fazer com que isso acontecça.

Eu tenho aprendido que com poucas e simples ferramentas nas minhas mãos, eu posso tornar o meu tempo devocional em um momento cheio de significado, conexão e renovação. Estas ferramentas são transformadoras! Não são perfeitas e talvez não funcionem com todas as pessoas, mas elas têm me ajudado tremendamente.

Aqui estão cinco maneiras de aproveitar ao máximo o teu tempo com o Senhor!

1– Deves abrir a tua Bíblia.

É difícil ter um tempo de devoção profundo e significativo se tu não incluires a Palavra de Deus no processo.

Hebreus 4:12 descreve a Palavra de Deus desta forma: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”

Uau! A Bíblia é um livro poderoso. Se tu desejas ouvir Deus, corre para a Sua Palavra! Blogs sobre a Palavra de Deus não são uma boa substituição (Nem mesmo este!). Também não é suficiente dar uma olhadinha rápida em alguma passagem bonita no Pinterest. Agarra a tua Bíblia! Abre-a e mergulha nela.

2- Prepara o teu coração.

Eu notei que os meus devocionais começam, frequentemente, com agitação. Eu acordo, abro a minha Bíblia, tento manter a minha mente focada, leio um capítulo ou dois, fecho a Bíblia e esqueço tudo que acabei de ler. Soa-te familiar?

Eu notei uma grande diferença na minha habilidade de estar focada quando comecei a preparar o meu coração e a acalmarme no início dos devocionais. Eu gosto de preparar o meu coração ouvindo um hino ou cantando um louvor. Eu descobri que fazer isso me

Estas palavras, tiradas do famoso salmo de David, têm sido a ex-pressão do nosso coração neste ano de 2015.

Todos os anos, Deus dá-nos uma palavra que demonstra o que Ele tem feito ou quer fazer neste mi-nistério e nas nossas vidas pesso-ais. Esta foi a Sua mensagem para este ano.

E porquê um banquete? Porque ao longo destes últimos anos, temos sentido como Deus nos tem trazido a um lugar especial na Sua presença, onde o Seu favor, a Sua bondade, a Sua revelação, são tão abundantes que só podem ser descritas como “banquete”.

Também porque neste tempo de crise, queremos contrariar a ten-dência do pensamento generaliza-do da falta, da escassez. Deus é o nosso Pastor e Nele não há faltas! E há dias onde Ele não nos dá apenas o pão quotidiano, mas onde prepara um banquete de abundância e do suprimento com-pleto de todas as nossas necessi-dades.

E ainda porque este é o ano em que celebramos 20 anos da Aglow em Portugal! Como o tempo passa rápido! Ainda parece que foi on-tem, nascemos nesta terra, desco-nhecidas, pequeninas, sem muita força e sem capacidades para comunicar e dizer o que sentimos.

Preparas-me um banquete - 20 anos AGLOW

ajuda a ter foco em Deus e a aquietar o meu coração agitado.

3- Escolhe um livro da Bíblia e termina-o.

Eu descobri que abrir a Bíblia em certa passagem e começar a ler o que os meus olhos viram aleatoriamente não é uma boa forma para atingir o sucesso de crescer em conhecimento e sabedoria . Eu altamente recomendo a escolha de um livro e s p e c í f i c o d a B í b l i a e empenhares o teu tempo na leitura desse livro.

Tiago, João, Efésios, 1 e 2 Pedro são ótimos pontos de partida. Geralmente eu coloco um marcador no livro que estou a ler e vou movendo-o conforme eu leio os capítulos. É uma ferramenta simples, mas que me previne da leitura aleatória.

4- Tem um guia de estudos.

Guias de estudo bíblico podem ser muito, muito úteis para provocar meditação e te forçar a aprofundar ainda mais. Tenho sido imensamente abençoada por guias de estudo bíblico que e l e v a m o m e u e s c a s s o conhecimento das Escrituras a um nível mais profundo.

Certamente recomendo os livros de guia de estudo bíblico de John MacArthur. Os guias levam-te para dentro de livros inteiros da Bíblia , incluindo o seu comentário e as suas questões que te ajudam a entender as passagens da Bíblia de forma mais penetrante.

5- Tem um diário e uma caneta

Ter um diário ao meu lado durante os meus devocionais tem sido uma grande mudança para mim. Eu amo pausar a leitura bíblica e escrever versículos que se destacam, registrar orações que vêm à minha mente, anotar louvores e simplesmente colocar ali o meu coração e os meus pensamentos conforme eles se relacionem com o que eu estou a ler.

Tradução de um artigo de

Bethany Braid publicado

originalmente no Blog “Girl

Defined”

5 dicas para fortaleceres o teu estudo bíblico

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Hoje, somos uma “jovem” cheia de vida, com uma identidade for-mada, sabendo quem somos e para onde vamos. O Senhor nos tem feito crescer, ainda que, com algumas dificuldades superadas ao longo do caminho.

O banquete que Deus põe diante de nós é também na presença dos nossos inimigos: doença, quebra de relacionamentos, falta de re-cursos, de direcção, de esperança. Estes inimigos e outros, irão defi-nhar e ficar sem vigor cada vez que enchermos a nossa alma de tudo o que o Bom Pastor tem para dar-nos: alegria, paz, graça, recur-sos, cura, direcção, sentido de vida.

Nesta nossa conferência de 2015, que teve lugar no dia 17 de Outu-bro, celebramos com mais de 500 mulheres e homens tudo o que Deus tem trazido de bom, grande e valioso ao nosso ministério. Foi um dia inesquecível, cheio de testemunhos da graça de Deus, com uma pregação ungida, com louvor, gratidão e adoração. E no final, comemos bolo de aniversá-rio. Porque não? A alegria e a celebração têm que ser demons-tradas com tudo a que temos di-reito. Porque Ele nos ama! Porque somos Seus filhos!

Sarah Catarino

Presidente Nacional

A nossa sociedade encontra-se profundamente marcada pela cultura clássica e pela Bíblia. Po-rém, estamos distantes dos luga-res e dos tempos nos quais as narrativas bíblicas ocorreram. O curso livre “A Bíblia e o seu Con-texto – geográfico, histórico, ar-queológico e cultural” deseja res-ponder à procura da compreensão do mundo da Bíblia. Esta forma-ção tem por objetivo ensinar o estudo dos textos da Bíblia e con-textualizá-los no espaço e no tem-po, bem como indicar de que mo-do os contextos podem ajudar a esclarecer os textos. Serão aborda-das, panoramicamente, a história e cultura dos povos dos quais os textos bíblicos dão testemunho e os respetivos lugares geográficos. Os estudos bíblicos entrarão em diálogo com a história, geografia, arqueologia e estudos culturais. Serão dados a conhecer literatura e filmes contemporâneos sobre o mundo bíblico e iniciativas de animação bíblica, em Portugal e no resto do mundo. Será igual-mente analisada a representação do mundo bíblico na sociedade atual. Com o objetivo de conhecer o papel da arqueologia, fazem ainda parte deste curso duas visi-tas de estudo a locais arqueológi-cos, existindo igualmente a possi-bilidade de uma viagem de estudo a Israel de baixo custo, para aque-les que tenham interesse e meios para o fazer.

O curso está agendado para ter início no dia 2 de novembro e será ministrado nas instalações da Sociedade Bíblica, na Rua José Estêvão, 4-B, em Lisboa. O forma-dor é o Dr. João Vogel, mestre em História Antiga pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Terá periodicidade semanal, reali-zando-se à segunda-feira das 19h às 21h. Destina-se a qualquer

O mundo da Bíblia - curso livre

pessoa que tenha interesse em estudar de forma mais profunda esta temática, tendo sido especial-mente preparada para pessoas ligadas ao ensino bíblico – profes-sores de educação moral e religio-sa ou de escola dominical, cate-quistas, etc. Esta iniciativa insere-se no programa de Animação Bíblica e Cultural da Sociedade Bíblica.

A Sociedade Bíblica precisa de si!

A Sociedade Bíblica trabalha des-de 1809 em Portugal na tradução e divulgação das Sagradas Escritu-ras procurando alcançar cada geração. É uma associação sem fins lucrativos reconhecida pelo

Bíblia / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 05

A palavra de Deus é viva e mais poderosa e cortante do que qualquer espada de dois gumes. (Hebreus 4:12)

Palavras de vida eterna

Muitos dos seus discípulos, ao ouvirem semelhantes palavras, exclamaram: «Aquilo que ele diz é difícil de aceitar! Quem pode ouvir semelhante coisa?» Jesus notou que os seus discípulos murmuravam por causa daquelas pala-vras e falou-lhes: «Isto escandaliza-vos? Que hão de dizer, então, se virem o Filho do Homem voltar ao lugar de onde veio? Só o Espírito é que dá vida; sem ele, o homem nada consegue. As palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas alguns no vosso meio ainda não acreditam.» De facto, Jesus sabia desde o princípio quais eram os que não acreditavam nas suas palavras, e sabia também quem era aquele que o havia de atraiçoar. E acrescentou: «Por isso é que eu vos dizia que ninguém pode vir a mim se o Pai o não trouxer.» Desde aí muitos dos seus discípu-los abandonaram-no e deixaram de andar com ele. Então Jesus perguntou aos Doze: «Também me querem dei-xar?» Simão Pedro exclamou: «Senhor, a quem havemos de seguir? Só as tuas palavras dão vida eterna, e nós já cremos e sabemos que és o Santo de Deus.» (João 6,60-69)

Este importante ensinamento surge no contexto de Jesus como o “pão da vida”. Muitos dos seus seguidores tinham chegado agora a um ponto critico. Achavam as suas ideias impossíveis de aceitar e foram-se embora. Jesus não fica surpreendido por esta debandada em massa. Ele continua em perfeito controlo; sabia desde o princípio quem o ia deixar. Repete então as palavras de João 6,44 de que o Pai tem de estar envolvido na nossa relação com Jesus. E ele desafiou os doze discípulos a escolher ficarem consigo e a acreditarem ou a irem embora. Eles ficaram. Vale a pena repetir muitas vezes a resposta de Pedro a Jesus. As suas duas breves frases resumem a fé. Mas não mostram como Pedro lidou com as suas próprias questões interiores para se comprometer com Jesus. Pedro deve ter-se decidido a ser discípulo de Jesus aconteça o que acontecer. Nada o fará agora mudar de direção. Jesus revela que não podemos segui-lo contando só com as nossas forças — o Espírito Santo é essencial (v. 63). Ser ou tornar-se discípulo de Jesus é mais do que uma decisão humana. Toda a Trindade está envolvida nisso. O Pai “atrai-nos” e “possibilita-nos” se-guir Jesus. O Espírito Santo revela Jesus, ajuda-nos a entender a palavra de Deus e dá-nos o poder de viver a vida cristã. Pela fé no Filho, Jesus, recebemos o perdão e a vida eterna. Se omitirmos algum destes elementos, nunca poderemos resistir até ao fim — o Pai, o Filho e o Espírito Santo são essenciais.

Outras Leituras: Josué 24,1-2.15-18; Salmos 34,2-3.16-23; Efésios 5,21-32

in Leituras Dominicais do Evangelho segundo Marcos, ed. Sociedade Bíblica

Governo como de “utilidade públi-ca”. A nível internacional está filiada nas Sociedades Bíblicas Unidas que desenvolvem a sua ações em cerca de 200 países e territórios. A Sociedade Bíblica de Portugal é autónoma e responsá-vel pela missão que desenvolve. Convidamos cada um individual-mente e as igrejas de todo o país a investirem na difusão da Bíblia em Portugal e no mundo contri-buindo para a obra da Sociedade Bíblica.

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Sociedade Bíblica

R. José Estêvão, 4-B 1150-202 Lisboa - 213 545 534

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DIA DA BÍBLIA celebrar a Palavra de Deus

O Dia da Bíblia teve origem na Inglaterra, no século XVI, quando o rei Eduardo VI incluiu no calendário da Igreja de Inglaterra um domingo especial para que o povo intercedesse a favor da leitura das Escrituras. Desde aí, esta iniciativa tem proliferado para muitas outras nações do mundo, chegando mesmo a ser um dia especial ou feriado nacional em muitos deles, nomeadamente no Brasil onde é celebrado no 2.º domingo de dezembro. No nosso país, o Dia da Bíblia começou a ser celebrado em 1904 nas poucas igrejas evangélicas existentes no país, desde sempre promovido e incentivado pela Sociedade Bíblica. É assim a mais antiga i n i c i a t i v a p r o m o v i d a consistentemente pela Sociedade Bíblica em Portugal. Desde há alguns anos que o Dia da Bíblia é anunciado em novembro, mas pode ser celebrado por cada comunidade local nesse mês ou em qualquer outra data ao longo do ano. O importante é celebrar! Este deve ser um tempo especial para cada comunidade:

- Celebrar..."a maior dádiva, o mais precioso tesouro", a Palavra de Deus

- Cultivar... a nossa gratidão a Deus e aos muitos que deram a sua vida para que tivéssemos acesso à Palavra

- Renovar... o nosso compromisso com a Palavra, afirmando a sua centralidade nas nossas vidas e na nossa comunidade de crentes.

Cultura cristã / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 06

Ele não te deixará cair; aquele que te protege está sempre alerta! (Salmo 121:3)

No próximo dia 21 de novembro, pelas 21 horas, o Fórum de Lisboa recebe o concerto de lançamento do Álbum “Salmos”, de Rute e Ruben Alves.

O casal de músicos evangélicos Rute e Ruben Alves continuam a sua digressão ao vivo para lançar o mais recente trabalho “Salmos”.

Depois de várias comunidades cristãs, das FNAC de Cascais, Oeiras e Colombo, no próximo dia 8 de novembro vão estar na FNAC de Almada, às 17 horas.

De qualquer forma o grande con-certo de lançamento será no dia

Rute e Ruben Alves 21 de novembro, às 21 horas, no Fórum Lisboa.

Esta obra musical resulta de uma compilação de 15 salmos bíblicos que serviram de inspiração para 14 músicas. A sonoridade que apresentam é uma composição musical e instrumental variada cantada em português.

Os músicos decidiram usar o seu dom para transmitir ensinamen-tos bíblicos. E, respeitado a essên-cia de cada salmo e sendo fiéis ao texto bíblico, compuseram músi-cas com os aspetos que a cada um deles mais lhes tocaram.

“Salmos”, é um álbum que contém um livro e um CD, perfeito para escu-tar em casa e para oferecer aos que mais amamos.

Com o apoio da Sociedade Bíblica e da editora Escutar, este é, sem dúvida, uma boa sugestão cultural para o mês de novembro.

Depois do álbum “ R e f l e t i d o - Tributo a Chris Bowater”, Rute e Ruben Alves, vol-tam com mais um sucesso musical de louvor a Deus.

Livro do mês Ter fé na Cidade

O diálogo entre uma pequena igreja de bairro e a cultura

Talvez seja de vivermos o Século XXI ainda com demasiado Século XIX na cabeça. Em Portugal continuamos a pensar nas coisas da religião como se fôssemos personagens do Eça de Queirós. A igreja é uma palavra que nos transmite sensações ambíguas: por nos lembrar a fé dos nossos avós parece que não se relaciona com os nossos filhos. Reconhecemos um passado nosso na religião com a mes-ma facilidade que não descobrimos nela qualquer futuro.

O que este pequeno livro, da autoria do conhecido pastor e músico Tiago Cavaco, tenta é o contrário disto. Ao partilhar o diálogo que uma pequena igreja de bairro tem mantido com a cultura à sua volta, sugere uma alter-nativa: o cristianismo não só não é inadequado para a nossa vida moderna nos grandes centros urbanos, como é urgente para essa vida. Quando te-mos fé em Cristo em contextos que podem ser desfavoráveis, podemos ter a verdadeira fé na cidade.

Com textos de Anabela Mota Ribeiro, Henrique Raposo, Nuno Markl e Samuel Úria

http://www.1000folhas.pt/loja/4__letras-d-ouro

CARTOON

A palavra hebraica para arrependimento é nacham, que significa «virar ao contrá-rio», ou «mudar de opinião». Na estrada do pecado há apenas um destino. É o arre-pendimento que nos coloca no sentido oposto, isto é, na estrada que leva à vida.

DESAFIO

A Associação SUPER BABYSITTERS, é uma Associação sem fins lucrativos que trabalha ao serviço de famílias que não têm possibi-lidade de aceder aos serviços tradicionais de babysitting. O nosso trabalho, enquanto gestores, passa por identificar famílias que necessitem da nossa ajuda.

Super Babysitters é um serviço de babysitting solidário, prestado por voluntárias de confiança e com experiência em cuidar de cri-anças, que visa apoiar famílias que não conseguem pagar pelos serviços tradicionais de babysitting. Todas as Super Babysitters passam por um cuidadoso processo de selecção que inclui: Sessão de formação, entrega do registo criminal, entrega de uma carta de recomendação.

Critério de seleção das famílias: Agregados familiares com rendi-mentos anuais brutos inferiores a 10.000 € (833€/mês); residen-tes na cidade de Lisboa dentro da Coroa L, sem processo na Co-missão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) ou no Tribunal de Família e Menores.

O serviço funciona de Segunda a Sexta entre as 18H00 e as 23H00; Sábado e Domingo entre as 10H00 e as 23H00. Pedidos fora destes horários serão analisados caso a caso. O primeiro ba-bysitting é gratuito e os seguintes têm um custo fixo de 2€/hora.

Os interessados podem contatar a associação através do Telefone: 932 399 686, o Email: [email protected] ou através do site www.superbabysitters.org

Ser Social / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 07

Queridos amigos, amemo-nos uns aos outros porque o amor vem de Deus. (I João 4:7)

A todos meus amigos e conhecidos!

Como muitos de vocês sabem eu estou envolvida num projeto numa IPSS em Marvila (Antiga zona J de Chelas) no meu tempo "livre", em regime de voluntariado, dirigindo o Centro de Apoio Social da ACRAS (Associação Cristã de Reinserção e Apoio Social), onde servimos acima de 150 refeições diárias no refeitório social, para além de desenvolvemos várias outras respostas sociais.

Recentemente, fui convidada a visitar uns campos de refugiados em Tindouf, Argélia, onde o povo Saharauis "habita" há mais de 40 anos. São 5 campos com mais de 50,000 pessoas em cada um. Confesso que desconhecia perfeitamente a condição deste povo que reclama a devolução da sua terra natal, o Sahara Ocidental. Farei a viajem de 4 a 11 de novembro próximo, com uma equipa multidisciplinar.

O propósito inicial era participar nos Diálogos da Paz e estabelecer parcerias para poder ajudar este povo, incluindo a possibilidade de acolher menores durante as férias de verão cá em Portugal. Agora, acrescem as necessidades!

Por incrível que pareça, esta zona do deserto do Sahara está a ser assolada por chuvas torrenciais que estão a arrasar as construções feitas em tijolo-barro. Há pessoas a "dormir" à chuva, com muitos casos de pneumonia já diagnosticados e o sério risco dum surto de cólera nos cinco campos com mais de 50,000 habitantes cada!

Deixo aqui um link duma das últimas noticias da região:

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/republica-arabe-saharaui-democratica/ha-40-anos-refugiados-nem-a-natureza-da-treguas-ao-drama-dos-saharauis

Assim, e tendo a consciência do esforço que todos já fazemos em ser solidários, sinto a necessidade de apelar a que possam angariar medicamentos para podermos levar, nomeadamente:

1. Antibióticos de largo espectro

2. Antiinflamatórios

3. Sais de Rehidratação

4. Ibuprofeno em suspensão

Eu própria me responsabilizarei pela adequada entrega dos medicamentos aos profissionais locais.

Grata, em nome daqueles que não têm o privilégio de chamar a Portugal a sua casa!

Beijinhos e obrigada!

Ana Correia

Diretora da Acras (associação cristã de reinserção e apoio social)

Rua Botelho de Vasconcelos, lote 560, 1º e 2º- 1950-045 Lisboa

Tel. 21 859 41 41 - Facebook.com/acraspt - www.acras.pt

Medicamentos para campo de refugiados

ACRAS

Uma ponte serve para ligar dois pontos ou duas margens. Usamo-las tan-tas vezes que acabamos por não lhes dar a devida importância. Sem pontes os percursos seriam mais difíceis, demorados, perigosos. Sem pontes há ligações que não se fazem, pessoas que não se encontram, perdas que se registam.

Na Cidade há necessidade de se construírem pontes permanentemente, ligando realidades, ligando pessoas, ligando instituições, ligando territó-rios. Quando isso não acontece há falta de conexão, impossibilidade de comunhão, há afastamento. Muitas vezes há desafios dos dois lados que precisam ser trabalhados em conjunto. Muitas vezes mais há um dos lados que se sente marginalizado, de fora, excluído, que vê passar o mundo e as possibilidades e a vida do outro lado, sem poder aceder-lhe.

Na nossa Cidade, onde tu e eu vivemos, há muitas situações de marginali-zação, de exclusão, de não pertença. Essa é, para nós, a maior tragédia: "Criados para pertencer, na Cidade ajudamos a construir pontes para que ninguém se sinta excluído". Isso dizemos no Serve the City e procuramos sempre agir para criar espaços e oportunidades de encontro em que quem está de fora, sentindo-se sem valor, incapaz de contribuir, possa ser acolhi-do e acolher outros que lhe pareciam tão distantes.

O que é realmente mágico e animador é que não são precisas técnicas, formação ou grandes investimentos: quando alguém dedica algum tempo a alguém, as coisas acontecem. Está em nós, em todos nós, esta necessidade de dar e de receber. Pessoas que todas as origens, condições e convicções têm demonstrado de formas ricas e muito diversas que o encontro gera mudança. De forma discreta, despretensiosa e muito "eficaz", pouco a pouco, lado-a-lado, vemos inúmeras e belas pontes a serem construídas na nossa Cidade, pontes entre realidades, entre pessoas, entre instituições, entre territórios. E a Cidade fica um pouco mais justa, mais fraterna, mais solidária.

Jesus Cristo declarou no "sermão do monte", património incontornável da humanidade: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus" (Mateus 5,9). Esperava ele que os que o seguissem buscas-sem essa bênção que é construir pontes, entre nós, com o Criador, com o resto da criação. O seu desejo é o "shalom", a paz profunda e que faz bem a todos. Tantas vezes encontramos muros que impedem essa paz entre nós. Alguns deles somos nós mesmos que os temos construído, consciente ou inconscientemente. Está na hora de não só nos chamarmos "filhos de Deus" mas de demonstrarmos a razão dessa designação: derrubemos mu-ros, ultrapassemos os obstáculos, construamos e prossigamos em construir pontes na Cidade, começando com os nossos "vizinhos".

Alfredo Abreu

Diretor Serve The City Criados para pertencer,

na cidade procuramos lançar pontes para que ninguém se sinta excluído.

www.servethecity.pt

“Construtores de pontes, precisam-se”

Serve The City

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CalendárioCalendárioCalendárioCalendário

01/1101/1101/1101/11 – Culto com Ceia do Senhor (11h)

- Especial 498 anos da Reforma

04/11 04/11 04/11 04/11 ---- Momento de oração (17h30)

Culto Partilhado (18h)

06/11 06/11 06/11 06/11 ---- Reuião do Conselho Presbiteral

(17h)

08/1108/1108/1108/11 – Culto de Louvor a Deus (11h)

Reunião Conselho da Comunidade

(14h30)

11/11 11/11 11/11 11/11 ---- Momento de oração (17h30)

Culto Partilhado (18h)

15/1115/1115/1115/11 – Culto de Louvor a Deus (11h)

18/11 18/11 18/11 18/11 ---- Momento de oração (17h30)

Culto Partilhado (18h)

22/1122/1122/1122/11 – Culto de Louvor a Deus (11h)

25/11 25/11 25/11 25/11 ---- Momento de oração (17h30)

Culto Partilhado (18h)

27/11 27/11 27/11 27/11 ---- Reunião Conselho Presbiteral

(17h)

28/11 28/11 28/11 28/11 ---- Ensaio Grupo de Louvor

Yahweh (14h-16h)

29/1129/1129/1129/11 – Culto de Louvor a Deus (11h)

Reunião Conselho Diaconal (14h30)

Apoio pastoral

Última / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº8/2015 NOVEMBRO 2015 / 08

Confia no Senhor! Sê forte e corajoso e confia no Senhor! (Salmo 27:14)

FICHA TÉCNICA: Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Rua Febo Moniz, 17-19, Anjos, 1150-152 Lisboa; Tel. 21 314 99 75; [email protected]; www.igrejalisbonense.org; www.facebook.com/igrejaevangelicaisbonense Como chegar: Metro Linha Verde (Anjos) * Carris 208, 708, 712, 726, 730 EQUIPA: Coordenação: Conselho Presbiteral; Editores: Pastor Luís de Matos, Luís Aguiar Santos, Alexandra de Matos. COLABORADORES: Pastor Pedro Brito; David Valente; Serve the City (Alfredo Abreu); Sociedade Bíblica Portuguesa (Timóteo Cavaco); Editora Letras d’Ouro (Pedro Miguel Martins); Aglow Aglow Portugal (Sarah Catarino); Projeto ANA-Mulheres de Esperança (Sónia Simões); Pobreza Zero (João Pedro Martins); Pastor João Pedro Robalo (CCVA Alvalade). GRAFISMO: Alexandra de Matos

conseguirás entender! Lá virá o tempo em que os teus inimigos farão uma muralha em volta de ti e te cercarão por todos os lados. Hão-de deitar-te por terra e ma-tar os teus habitantes e não dei-xarão em ti uma pedra sobre outra, porque não reconheceste o tempo em que Deus te veio visi-tar." (Lucas 19:41-44 - Bíblia para Todos)

Jesus chorou ao compreender que perante todas as possibilidades que foram dadas a Jerusalém em assumir um compromisso sério com Deus, elas foram rejeitadas pela cidade (entenda-se, o povo de Deus que nela habitava). Diante da possibilidade de cada um de nós consagrar a sua vida a Deus, Jesus continua a chorar porque continuamos a rejeitar a sua ofer-ta graciosa de salvação. Continua-mos a seguir pelo «nosso» cami-nho e pelo «nosso» tempo. La-mentavelmente as consequências são trágicas! Ao não reconhecer-mos a urgência do tempo de Deus

Deus continua, hoje, a chamar homens e mulheres, provavel-mente a ti, para que a história deste país seja diferente. Deus continua a chamar-te para que a tua história seja diferente. Já tentaste à tua maneira. E, sejamos

O tempo de Deus sinceros, quando tentamos à nos-sa maneira, a nossa vida em nada é diferente da daqueles que estão ao nosso lado, que não são cris-tãos, e a frustação está sempre ao virar da esquina.

Hoje peço-te, como pastor, deixa que a tua vida passe a ser contro-lada pelo tempo de Deus.

Este é um daqueles momentos que pode marcar a história. Não me importa quem ganhará o cam-peonato de futebol, isso não vai marcar definitivamente a tua vida; como também não vai marcar verdadeiramente a tua vida quem será o próximo primeiro-ministro. O que te estou a dizer é que há algo muito maior do que as cir-cunstâncias da vida – Jesus Cris-to.

Quando chegou perto de Jerusa-lém, ao ver a cidade, Jesus cho-rou por ela e exclamou: "Se tu também compreendesses, ao menos hoje, aquilo que te pode dar a paz! Mas por agora não

temos visto vidas a desmorona-rem-se. Deus saberá se esse não é o teu caso, uma vida onde não fica pedra sobre pedra!

Muitas vezes perguntamos porque estamos a viver momentos de tanta tribulação... a resposta dada por Jesus é que continuamos sem reconhecer o tempo em que Deus nos veio visitar. Será isso que poderá marcar a tua vida, não só hoje e amanhã, mas para toda a eternidade.

Para compreenderes como podes ser um instrumento nas mãos de Deus podes ler no Evangelho segundo Mateus (primeiro livro do Novo Testamento), os capítu-los 5 a 7. Se não tens uma Bíblia ou não sabes como a usar procura-nos!

Deus te guarde!

Pastor Luís de Matos

Escritório Pastoral

3ª a 6ª feira (marcação prévia)

[email protected]

Tel.: 96 521 74 25

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