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O Natal, promessa da Páscoa Um texto que recorda o sentindo da vinda de Jesus Luís Aguiar Santos Advento e Natal mobilizam comunidade O NATAL - CONTRIBUTO DO P. MARCONE LAU PAG. 3 NATAIS DA MINHA VIDA - O RECORDAR PAGS. 4 e 5 VISITA A COMUNIDADES CRISTÃS PAGs. 6 IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) * EDIÇÃO ESPECIAL Nº 11/2013 * DEZEMBRO www.igrejalisbonense.org www.igrejalisbonense.org www.igrejalisbonense.org www.igrejalisbonense.org Grão de Trigo Estamos em pleno Advento e toda a comunidade se mobiliza para marcar mais uma data importante da vida crista - o Natal. As atividades multiplicam-se com a intensão de que ninguém se esqueça que esta é festa do Menino Jesus e não do Pai Natal. O espaço do Culto vai ser decorado de acordo com o tema e, este ano, grande parte da decoração foi preparada pelas classes das crianças, adolescentes e jovens com o apoio das monitoras Ester Titosse, Noeme Emrick e Alexandra de Matos. Para marcar o início do Advento e para convidar os irmãos e irmãs a parar para refletir sobre o verdadeiro significado do Natal, a nova formação dos Yahweh fará o Café Concerto de Natal, no dia 06 de dezembro, às 21h. Este será o último, uma vez que este é um projeto só para 2013. Em 2014 os Yahweh trarão outras novidades. A partir do dia 08 de dezembro, vai ser montado o Bazar da IEL, em moldes diferentes do que é tradicional. O Grupo de Serviço Comunitário liderado pela irmã Sónia Valente terá vários produtos à venda até ao domingo que antecede o dia de Natal. O que for comprado reverterá para os trabalhos da Igreja. Também será da responsabilidade deste grupo o Almoço de Natal marcado para o dia 14 de dezembro, sábado, às 13h. Este será um momento de partilha da vida entre irmãos na fé, por isso um momento privilegiado para trazer amigos e familiares. As inscrições já estão abertas e podem ser tratadas diretamente com a irmã Sónia Valente ou com a irmã Doris Pereira. No domingo 22 de dezembro, as classes da Escola Dominical juntam-se para dar lugar à Festa de Natal, um momento em que crianças, adolescentes, jovens e adultos preparam a liturgia e todo o conteúdo do Culto com a direção do Superintendente David Valente. Como é tradição, no dia 25, pelas 11 horas, a Igreja voltará a abrir-se para o Culto de Natal. Põe tu a peça que falta Campanha pelas obras do Templo NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5 NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5 NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5 NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5

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O Natal, promessa da Páscoa

Um texto que recorda o sentindo da vinda de Jesus

Luís Aguiar Santos

Advento e Natal mobilizam comunidade

O NATAL -

CONTRIBUTO DO

P. MARCONE LAU

PAG. 3

NATAIS DA

MINHA VIDA -

O RECORDAR

PAGS. 4 e 5

VISITA A

COMUNIDADES

CRISTÃS

PAGs. 6

IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) * EDIÇÃO ESPECIAL Nº 11/2013 * DEZEMBRO

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Grão de Trigo

Estamos em pleno Advento e toda a comunidade se mobiliza para marcar mais uma data importante da vida crista - o Natal. As atividades multiplicam-se com a intensão de que ninguém se esqueça que esta é festa do Menino Jesus e não do Pai Natal.

O espaço do Culto vai ser decorado de acordo com o tema e, este ano, grande parte da decoração foi preparada pelas classes das crianças, adolescentes e jovens com o apoio das monitoras Ester Titosse, Noeme Emrick e Alexandra de Matos.

Para marcar o início do Advento e para convidar os irmãos e irmãs a parar para refletir sobre o verdadeiro significado do Natal, a nova formação dos Yahweh fará o Café Concerto de Natal, no dia 06 de dezembro, às 21h. Este será o último, uma vez que este é um projeto só para 2013. Em 2014 os Yahweh trarão outras novidades.

A partir do dia 08 de dezembro, vai ser montado o Bazar da IEL, em moldes diferentes do que é tradicional. O Grupo de Serviço Comunitário liderado pela irmã Sónia Valente terá vários produtos à venda até ao domingo que antecede o dia de Natal. O que for comprado reverterá para os trabalhos da Igreja. Também será da responsabilidade deste grupo o Almoço de Natal marcado para o dia 14 de dezembro, sábado, às 13h. Este será um momento de partilha da vida entre irmãos na fé, por isso um momento privilegiado para trazer amigos e familiares. As inscrições já estão abertas e podem ser tratadas diretamente com a irmã Sónia Valente ou com a irmã Doris Pereira.

No domingo 22 de dezembro, as classes da Escola Dominical juntam-se para dar lugar à Festa de Natal, um momento em que crianças, adolescentes, jovens e adultos preparam a liturgia e todo o conteúdo do Culto com a direção do Superintendente David Valente.

Como é tradição, no dia 25, pelas 11 horas, a Igreja voltará a abrir-se para o Culto de Natal.

Põe tu a peça que falta

Campanha pelas obras do Templo

NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5NIB: 0033 0000 5003 0995 7180 5

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DEZEMBRO 2013 /02

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

temos a apresentação da imagem real do Messias, que nos é dito será um Servo sofredor e de uma natureza semelhante à nossa, os «outros filhos dos homens» (Is. 52:14). Será, pois, um «filho do homem», isto é, plenamente humano como nós, e portanto, logo aqui, está anunciado o nas-cimento de um menino. No capítulo 59, podemos compreender a razão deste nas-cimento na nossa necessidade de um mediador para nos salvarmos. Precisamos da salvação porque, como diz o profeta, desconhecemos «o caminho da paz», «não há justiça» nos nossos passos e fazemos para nós próprios «veredas tortuosas» em que nos perdemos e onde tropeçamos continuamente; por isso, esperamos a luz, «mas andamos na escuridão» (Is. 59:8-9), mesmo em pleno dia. Dado que somos incapazes de sair desse estado por nós mesmos, quem poderia interceder por nós ou guiar-nos para a luz ou ser luz para nós? O Menino que há-de nascer tem de resplandecer para ser a luz de que esta-mos precisados, mas nenhum filho de Adão, marcado pelo pecado, pode chegar a essa função. Estamos todos demasiado imersos na escuridão – todos nós. Por isso, o Servo sofredor, apesar de «filho do homem», como ele próprio se designará,

Ao procurar o significado do Natal, esta-mos habituados a reler o Novo Testa-mento. Nos textos dos evangelistas pro-curamos o relato da natividade de Jesus e comparamo-lo com as tradições do Natal que conhecemos e vivemos. Mas o que nos é aí dito do nascimento de Jesus – e de outros acontecimentos a ele asso-ciados – dificilmente pode esclarecer todo o significado do Natal. Quando, por exemplo, lemos que os magos levaram ouro e incenso ao Jesus Menino, convém saber que, no Antigo Testamento, numa passagem profética sobre Jesus e o Na-tal, o profeta Isaías ajuda a esclarecer o significado dessas ofertas (Is. 60:6). O próprio Jesus, quando revelou o significa-do da sua vida e do seu evangelho (Lc. 4:16-21), fazendo-o por meio da leitura do livro de Isaías (Is. 61: 1-3), sinalizava a importância profética da passagem por si escolhida. E no Natal está, em potên-cia, toda a incomensurável dimensão salvífica de Jesus. Podemos compreen-der essa dimensão tendo todo o Evange-lho em consideração, mas dificilmente o relato da natividade de Jesus, em si mes-mo, no-la revela. É como se pudéssemos assistir ao nascimento de Jesus e pouco entender o seu significado. Os magos (embora desconheçamos a natureza da sua fé e das suas expectativas) pareciam saber algo sobre o alcance daquele nas-cimento – percebiam um significado transcendente naquele Menino que pro-curaram e adoraram. Para que possa-mos ter um pouco dessa perceção gran-de, abrangente e transcendente do Na-tal, é preciso ler os profetas que anuncia-ram o Messias, em particular Isaías – de cujo texto Jesus tomou para si próprio vários atributos que, por esse facto, ilu-minam a natureza da sua vinda a nós, à nossa humanidade. Em Is. 52:13-53:12,

DESAFIO PASTORAL…DESAFIO PASTORAL…DESAFIO PASTORAL…DESAFIO PASTORAL…

Jesus, nossa Páscoa, é Deus que, segundo Isaías, se revestiu de armadura e capacete

para a batalha de nos salvar. É uma batalha que está ganha à partida para Ele, mas a

que Ele nos chama para estarmos juntos na vitória. Nós é que podemos sair perdedores.

Quem faz a convocação de cada um de nós para o combate espiritual é o Jesus Menino,

que na sua natividade nos lembra a humanidade de que se revestiu para nos liderar.

Porque a armadura e o capacete são a nossa humanidade – para Ele e para nós. Irmãos,

daquela criança que já foi, ouvimos a convocatória. Quem quer ser soldado de Cristo?

Vamos, irmãos? Sim, aleluia!

O Natal, promessa da Páscoa

mora

dadedeus.w

ord

pre

ss.c

om

será também luz e glória que vêm do Alto, que sobre nós descem (Is. 60:1-2). Este salvador nascido de mulher será um filho da luz como nenhum outro humano pode ser. Isaías não elabora toda a natu-reza do Messias – porque muito teria de ser revelado apenas na consumação da Nova Aliança –, mas adianta (ou Deus por ele) as imagens que permitem identi-ficar a Nova Páscoa e a função vicarial de Jesus. Aquele que, neste livro, pela boca de Isaías, fala na primeira pessoa, dirigindo-se a Jerusalém (prefiguração da Igreja) é um Senhor em que não é claro quem fala: o Pai ou o Filho, o que envia ou o que é enviado? Nesta escrita, em que aquela indistinção do discurso per-mite, mesmo assim, entender que há duas pessoas divinas implicadas, prefi-gura-se a íntima ligação do Messias Me-nino ao Pai, como na formulação do Cre-do – «consubstancial». Diverso, mas in-distinto. No início do capítulo 63 (vv. 1-6), aquele que fala «em justiça, poderoso para salvar» (v. 2), tem «vermelho o traje» como as do «que pisa uvas no lagar»; ele pisou as uvas sozinho e nenhum outro homem se achava com ele a fazer esse trabalho com eficácia salvífica (v. 3). «Olhei, e não havia quem me ajudasse, e admirei-me de não haver quem me susti-vesse; pelo que o meu próprio braço me trouxe a salvação, e o meu furor me sus-teve» (v. 4), diz por Isaías o Salvador que já estava com o Pai e que havia de vir como Menino para consumar o que em si próprio ao «filho do homem» parece admirar. Ele anuncia aqui a sua e nossa Páscoa, o ponto culminante da história da Salvação. E anuncia a suficiência do seu ato na cruz, feito de uma vez por todas. Em tudo isto, com Isaías, pode-mos ver que o brilho do Natal é a pro-messa da luz que desponta na Páscoa – e aponta para a Páscoa.

Luís Aguiar SantosLuís Aguiar SantosLuís Aguiar SantosLuís Aguiar Santos

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DEZEMBRO 2013 /03

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

O Natal - Contributo do Pastor Marcone Lau

Saiba mais em http://igrejalisbonense.org

Um abundante número de cristãos ge-nuínos, estão constantemente a dizer que o natal é como uma data vulgar, assim como todas as outras, acreditan-do que não se trata de uma data rele-vante.

É certo que não podemos perder a rica oportunidade de anunciar o verdadeiro sentido do natal. Contudo, devemos procurar saber o que envolve o autênti-co natal bíblico.

Primeiro propósito é anunciar o nasci-mento de Jesus Cristo. A data não tem importância alguma. O fato é que Jesus nasceu, é o próprio filho de Deus, que está a tomar forma humana: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Ema-nuel (Deus conosco)”. Mateus 1.23

Segundo propósito é anunciar a oportu-nidade maravilhosa de salvação ao Mundo. Jesus Nasceu para Salvar o mundo, para dar a Vida Eterna, Ele veio

Comumente o natal é atrativo pelas decorações, pelas emoções mais aflo-radas. Bem, lembramos da quadra natalícia trazendo os seus doces e bolos típicos, que são muito saboro-sos. Ouvimos todos os anos sempre as mesmas coisas a respeito do natal, de como deve ser visto e sobre como o mundo comemora o natal.

Muitos falam que o natal hoje é um meio das empresas ganharem dinhei-ro, trata-se apenas do comércio logísti-co visando seus benefícios.

Alguns falam de um “bom velhote ori-undo do polo norte” o famoso pai na-tal, que substitui a imagem do verda-deiro personagem do natal, porque as crianças aguardam sua chegada para receber suas prendas. A implicação é que Jesus passa a ser alguém que apoia ou contribui para a realização de uma meta comum do natal, isto é, quando é relembrado!

para cumprir este desígnio: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Mateus 1.21.

Terceiro propósito é anunciar o favor de Jesus Cristo a todas as pessoas. O Senhor Jesus é o Salvador do mundo. Ele também é o Bom pastor que cuida, alimenta, ampara e ama suas ovelhas em todas as circunstâncias, ele não é mercenário (João 10.9-15). “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre seus ombros; e o seu nome será Maravilho-so, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, príncipe da Paz”. Isaías 9.6. – Ele cuida de suas ovelhas, aco-lhendo-as em seu aprisco. Este meni-no (Jesus), quando já homem, veio a reafirmar, no seu convite com promes-sa: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos alivia-rei”. Mateus 11:28

Somente saber que Jesus nasceu e que o natal é uma data produzida pa-ra comemorar seu nascimento, não é bastante! Devemos crer e anunciar o propósito do nascimento do Senhor Jesus!

Anuncie e viva o verdadeiro propósito do NATAL, para glória e honra do Se-nhor. Um bom e santo natal a todos os amigos e irmãos, na graça e paz do Senhor.

Pastor Marcone LauPastor Marcone LauPastor Marcone LauPastor Marcone Lau

Igreja Evangélica Batista de Odivelas

www.iebodivelas.com

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DEZEMBRO 2013 /04

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

E assim fui crescendo até me tornar uma

jovem de 21 anos que foi para o

Seminário Presbiteriano de Carcavelos

tirar o Curso de Directora de Educação

Cristã. Fiquei a trabalhar para a Igreja,

dando Cursos de preparação para

monitores da Escola Dominical.

Uma das primeiras Igrejas onde estive a

trabalhar durante 3 meses foi na Igreja

do Bebedouro. Fui para lá trabalhar em

Outubro e começámos a preparar o

Natal. Resolvemos fazer uma festa na

véspera de Natal. Foi uma descoberta

para os jovens e crianças. Era a primeira

vez que se fazia uma Festa de Natal na

igreja. Foi um trabalho de estudo da

Bíblia, de hábitos, trajes, adereços,

confecção de algumas roupas e toda a

comunidade participou de alguma

maneira nesta Festa. Eu não estive

presente, visto que fui passar o Natal

com a minha família, que de uma

maneira quase impensável, tinha

começado a festejar também o Natal

(nessa altura já a loja estava sujeita a

um horário o que permitia estarmos

juntos a horas convenientes e tendo pelo

menos um serão em família). Alguns dias

mais tarde, da igreja do Bebedouro,

disseram-me que a Festa de Natal fora

um êxito, que tinham estado presentes

cerca de 250 pessoas e que tinham

gostado tanto que pediram para repetir a

Festa. O grupo acedeu fazendo a

repetição na noite de passagem do Ano,

quase duplicando a assistência. Este foi

o começo dos Natais inesquecíveis da

minha vida.

Na minha já longa vida vivi diversos e

emocionantes Natais. É deles que vos

vou falar:

Enquanto criança e adolescente quase

odiava o Natal que era antecedido,

quer na Escola Primária quer no Liceu,

das férias de Natal. Passo a explicar: Os

meus avós tinham uma loja no Montijo

que vendia desde agulhas, fitas,

fitinhas, botões, molas, camisas de

riscado e popelina, “fatos de macaco”

de trabalho em ganga, ceroulas de

flanela, blusas, vestidos, até cuecas…,

enfim quase uma loja de pronto a vestir

numa época em que isso ainda não

existia (chegou a ter 30 costureiras a

trabalhar para a loja). Claro que isso

atraia muitos clientes, principalmente

do campo, e na semana de Natal a

casa estava sempre cheia. Como eu

estava de férias, tinha que ajudar na

loja. O que eu detestava! Não havia

horário de trabalho e na véspera de

Natal chegávamos a ter a porta aberta

até à Meia-Noite. Só então é que

comíamos o bacalhau cozido com

batatas e couves, que já estava frio, e

eu detestava! Desde os meus 4 ou 5

anos eu era uma frequentadora

assídua do cinema (nessa época ainda

não se tinha descoberto que as

crianças não podiam assistir a

espetáculos à noite), e via como se

celebrava o Natal noutros países. Assim

foi crescendo em mim a ideia de que o

meu Natal teria que ser diferente

daquele que eu vivia: não havia lojas

iluminadas, não havia árvore de Natal,

e doces… só raramente umas tristes

filhoses. Quando chegava o Dia de

Natal, eu em plena adolescência,

estava tão cansada do trabalho na loja

que dormia quase todo o dia. Apenas

p o r q u e f r e q u e n t a v a a I g r e j a

Presbiteriana do Montijo sentia ali um

pouco do espírito do Natal: cantava,

recitava poemas, entrava em peças

teatrais, escutava histórias de Natal,

ouvia e sentia a profunda alegria dos

pastores a procurarem o lugar do

Nascimento do Menino Jesus. E eu

ansiava por ter um Natal diferente da

minha realidade.

Alguns meses mais tarde desloquei-me

à Madeira na minha função de

Directora de Educação Cristã. Aí sim! Aí

senti pela 1ª vez o verdadeiro espírito

do Natal. As famílias começavam a

preparar o Natal com 2 meses de

antecedência: preparavam as searas,

isto é, semeavam trigo em vasinhos

para enfeitar os pequenos presépios;

de todas as frutas ou ervas possíveis

faziam licores: de hortelã-pimenta, de

tangerina, de vinho… que começavam a

ser apreciados desde o Natal até ao Dia

de Reis. Igualmente se temperava a

carne de “vinha-d’alhos” com 8 dias de

antecedência e se preparavam as

cebolinhas de “escabeche” (postas em

frascos hermeticamente fechados, com

uma mistura de vinagre, sal ,

malagueta, louro e cravinho da India)

que iriam fazer parte do menu do Dia

de Natal. Os bolos de mel já haviam

sido feitos com muita antecedência,

mas ainda era necessário fazer as

broinhas de mel. As casas eram limpas

de cima até abaixo – tudo tinha de

estar impecável no Natal, a Grande

Festa das famílias e dos amigos que

durante 15 dias se visitavam, para

provar os licores, os bolos e outras

iguarias feitos para a ocasião. O Rev.

Herbert Meza, Pastor americano que

fora colocado na Ilha a dirigir o trabalho

Presbiteriano, pela 1ª vez resolveu

fazer o Culto do Dia de Natal. Porem na

Madeira os transportes públicos não

funcionavam no Dia de Natal e

pouquíssimos eram os taxistas que

ousavam esquecer que era Dia de

Natais da minha vida - o recordar de Aurélia de Jesus Rodrigues

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DEZEMBRO 2013 /05

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

presente de Natal. Quanto aos outros

Natais, tal como na Madeira, os

preparativos começavam muito antes do

Natal com a “matança do porco”. Era

quase obrigatório visitar todas as

famílias do Natal até aos Reis. E durante

15 dias eu quase não fazia comida em

casa, visto que tínhamos de provar os

acepipes de carne de porco, de galinha,

“massa sovada”, bolos e outros doces…

devíamos apreciar igualmente os

presépios que se faziam nas casas.

Muitos destes presépios chegavam a

ocupar uma sala inteira e demoravam

um mês ou mais a construir. Não me

recordo se foi no último ou penúltimo

Natal que tivemos uma experiência

espiritual, para mim inesquecível. Sete

ou oito jovens do coro da igreja de Ponta

Delgada, eu e o meu marido resolvemos

na véspera de Natal ir cantar à porta dos

membros da nossa igreja o hino “Noite

de Paz”. Estava uma noite belíssima, o

céu estava pontilhado de estrelas e a lua

brilhava em todo o seu esplendor. Entre

as casas à porta das quais cantámos,

cantámos na de uma Senhora, D.

Serafina, viúva que vivia sozinha (ela

praticamente não saía de casa, visto que

eram os homens quem fazia as compras

e as mulheres não saiam de casa

sozinhas! Lembro-me que a primeira vez

que ela foi ao mercado ficou pasmada

perante a abundância de frutas,

hortaliças e variedades de peixe e só

dizia: “Meu Deus! Que riqueza que Tu

nos dás! Que riqueza! Eu não sabia

quanta variedade de coisas há neste

lugar!). A D. Serafina já estava a dormir

quando começámos a cantar.

Esperámos que ela aparecesse à janela

para lhe desejar “um bom Natal”. Só

quando terminámos ela abriu a janela e

disse “que tinha acordado com uma

mensagem do céu, pois os anjos

cantavam uma melodia de Natal”. Foi a

nossa melhor recompensa. Em Ponta

Delgada o Natal era vivido com

intensidade e a família toda se juntava

para O celebrar.

Depois de 5 anos de convívio com os

açorianos que se tornaram praticamente

membros da nossa família viemos para o

Rossio ao Sul do Tejo. Que diferença e

decepção! Enquanto na Madeira e em S.

Miguel as ruas eram engalanadas no

Natal. Eu morava nos Barreiros, uma

encosta acima do Funchal, e muito

aperaltada com uns sapatos de

altíssimos saltos em agulha desci até à

Igreja Central, a pé. O que me custou

aquela descida!!! As ruas e estradas,

que conduziam ao centro da cidade,

eram todas calcetadas com os calhaus

arredondados das ribeiras e os saltos

enfiavam-se entre eles tornando quase

impossível caminhar rapidamente (nem

um bocadinho de asfalto havia). Mas foi

ali que senti verdadeiramente o espírito

de Natal. O Dia de Natal era um dia

para a família esquecendo tudo o que

ficava lá fora.

Estes foram dois Natais que marcaram

a minha juventude e sempre pensei

que um dia faria um Natal diferente

daquele que vivia na minha família, e

que sem dúvida, iria começar por ter

uma árvore de Natal na minha casa.

Casei-me com o estudante de teologia

Rui Rodrigues e tive a minha primeira

árvore de Natal. Depois de ordenado o

meu marido foi colocado na Ilha de S.

Miguel – Açores – para onde partimos

de barco em Julho de 1961 (estava

grávida do meu filho Rui Manuel). Ali

permanecemos 5 anos e vivemos 5

Natais diferentes, começando porque

nos Açores não há pinheiros e para as

árvores de Natal utilizavam as

criptomérias que também são bem

bonitas. O primeiro ano passou quase

despercebido, pois desconhecíamos os

hábitos dos açorianos, além de que o

meu filho, devido a problemas de

saúde, foi um bébé difícil e eu uma mãe

inexperiente. Muito aprendi com as

senhoras da igreja que me ajudaram

imenso no desenvolvimento do Rui

Manuel (nos Açores as crianças eram

acolhidas com muito amor, carinho e

cuidado). Nesse primeiro Natal

aconteceu algo talvez um pouco

caricato: Na véspera de Natal uma

menina dos seus 10 ou 12 anos bateu

à porta e perguntou-me: “O Menino

mija?” Indignada e perplexa, porque

não compreendi do que se tratava,

retorqui: “Claro que mija, ele é um bébé

e precisa de fazer isso com frequência”!

E fechei-lhe a porta na cara. Só mais

tarde é que percebi que era a forma

tradicional das crianças pedirem um

começo de Dezembro e todas as casas

tinham símbolos de Natal (talvez por

influência estrangeira). Aqui não se via

nada, de nada, até raramente se via

uma árvore de Natal mesmo nas

montras das lojas. Abrantes era uma

cidade escura, fechada e sem alegria. A

minha sogra, madeirense, que veio

viver connosco continuou com a

tradição da Madeira de fazer licores,

bolos de mel, “cebolinhas de

escabeche” e carne de “vinha-d’alhos”.

Ela procurava encontrar aqui a

variedade de frutas e legumes que

havia na Madeira e se comia no Natal.

Ela estava sempre a dizer: “Aqui, é um

Natal sem alegria, nem sequer há outra

variedade de frutas senão laranjas”…

Não havia o hábito das visitas pastorais

ou de amigos e quase não se desejava

“Boas Festas”. Aos poucos fomos

introduzindo um pouco do espírito de

Natal através dos nossos cânticos e

das festas de Natal que organizámos

nas igrejas. Criámos a tradição dos

jovens das 3 igrejas participarem nas

diversas festas das igrejas da área de

Abrantes e levarem também à igreja de

Ligares (a 257 Km.) a alegria e

mensagem do Natal. Anos houve em

que a convite do Lar de 3ª Idade do

Rossio ao Sul do Tejo (católico) fomos

lá realizar festas de Natal. Assim, aos

poucos, com os nossos cânticos, com

as nossas festas temos vindo a

despertar nas pessoas o espírito de

Natal. Hoje a alegria durante o Natal

deixou de ser exclusivo da Igreja e

invade as ruas e as casas. E sobretudo

os hipers e o restante comércio

tornaram-se mais atraentes que as

igrejas. O Pai Natal anda por todo o

lado distribuindo presentes que

banalizam a fraternidade do espírito de

Natal. Devido à ausência de crianças e

jovens nas igrejas as Festas de Natal

foram substituídas pelos convívios onde

procuramos manter o espírito de Natal.

O que já não é a mesma coisa!!!

Mas apesar de tudo, em mim continua

bem viva a magia, a alegria, a paz e o

amor do Natal.

Aurélia Jesus Valle RodriguesAurélia Jesus Valle RodriguesAurélia Jesus Valle RodriguesAurélia Jesus Valle Rodrigues

(Igreja Evangélica Presbiteriana do

Rossio ao Sul do Tejo – Abrantes)

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DEZEMBRO 2013 /06

Conto de Natal - O Aldeão Um aldeão russo, muito devoto, constantemente pedia em suas orações que Jesus viesse visitá-lo em sua humilde choupana.

Na véspera do Natal sonhou que o Senhor iria aparecer-lhe. Teve tanta certeza da visita que, mal acordou, levantou-se imediatamente e começou a pôr a casa em ordem para rece-ber o hóspede tão esperado.

Uma violenta tempestade de gra-nizo e neve acontecia lá fora. E o aldeão continuava com os afaze-res domésticos, cuidando tam-bém da sopa de repolho, que era o seu prato predileto.

De vez em quando ele observava a estrada, sempre à espera...

Decorrido algum tempo, o aldeão viu que alguém se aproximava caminhando com dificuldade em meio a borrasca de neve. Era um pobre vendedor ambulante, que conduzia às costas um fardo bas-tante pesado.

Compadecido, saiu de casa e foi ao encontro do vendedor. Levou-o para a choupana, pôs sua roupa a secar ao calor da lareira e repartiu com ele a sopa de repolho. Só o deixou ir embora depois de ver que ele já tinha forças para continuar a jornada.

Olhando de novo através da vidraça, avistou uma mulher na estrada coberta de neve. Foi buscá-la, e abrigou-a na chou-pana. Fez com que sentasse próximo à lareira, deu-lhe de comer, embrulhou-a na sua própria capa...

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

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RIR

A noite começava a cair... Não a deixou partir enquanto não readquiriu forças suficientes para a caminhada. E nada de Jesus!

Já quase sem esperanças, o aldeão novamente foi até a janela e examinou a estrada coberta de neve. Distinguiu uma criança e percebeu que ela se encontrava perdida e quase congelada pelo frio...

Saiu mais uma vez, pegou a criança e levou-a para a caba-na. Deu-lhe de comer, e não de-morou muito para que a visse adormecida ao calor da lareira.

Cansado e desolado, o aldeão sentou-se e acabou por adorme-cer junto ao fogo. Mas, de repen-te, uma luz radiosa, que não pro-vinha da lareira, iluminou tudo!

Diante do pobre aldeão, surgiu risonho o Senhor, envolto em uma túnica branca! - Ah! Senhor! Esperei-O o dia todo e não apare-cestes, lamentou-se o aldeão...

E Jesus respondeu: "Já por três vezes, hoje, visitei a tua choupa-na: O vendedor ambulante que socorrestes, aquecestes e deste

de comer... era Eu! A pobre mulher, a quem deste a capa... era Eu! E essa criança que salvaste da tempestade, também era Eu..."

"O Bem que a cada um deles fizeste, a mim mesmo o fizes-te!"

Baseado em uma história natalina, atribuída a León TolstoiBaseado em uma história natalina, atribuída a León TolstoiBaseado em uma história natalina, atribuída a León TolstoiBaseado em uma história natalina, atribuída a León Tolstoi

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DEZEMBRO 2013 /07

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA: : : : EQUIPA: EQUIPA: EQUIPA: EQUIPA: Pastor Luís de Matos, Luís Aguiar Santos, Alexandra de Matos. COLABORADORES: COLABORADORES: COLABORADORES: COLABORADORES: Pastor Marcone Lau, Igreja Evangélica Batista de Odivelas; Aurélia Jesus Valle Rodrigues, Igreja Evangélica Presbiteriana do Rossio ao Sul do Tejo. DESIGN: DESIGN: DESIGN: DESIGN: Grupo de Evangelização

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

Escala de Serviço do mês de dezembro Voltamos a publicar a escala de serviço. Todos os destacados devem juntar-se na sala de apoio ao Templo 10 minutos antes do culto começar, bem como os professores de escola dominical, para orar com o pastor.

DIADIADIADIA Líder/PregadorLíder/PregadorLíder/PregadorLíder/Pregador PortaPortaPortaPorta OfertasOfertasOfertasOfertas Santa CeiaSanta CeiaSanta CeiaSanta Ceia OrganistaOrganistaOrganistaOrganista

01/12 (DOMINGO) P. Luís de Matos João Constantino David Valente / José Semedo Carlos Pereira /David Valente / José

Semedo

Hermínia G.

04/12 (4ª FEIRA) Presb. Carlos Pereira Eugénia Saragoça

04/12 (4ª FEIRA) Alexandra de Matos

08/12 (DOMINGO) P. Luís de Matos Presb. Carlos P. Valenti Calandula / Jani Pego Augusto G.

11/12 (4ªFEIRA) Hermínia Gonçalves

11/12 (4ªFEIRA) Luís Aguiar Santos

15/12 (DOMINGO) P. Luís de Matos Manuel Vasco Doris Pereira / Noeme Viana Hermínia G.

18/12 (4ªFEIRA) Manuel Vasco Presb. Carlos Pereira

18/12 (4ªFEIRA) Alexandra de Matos

22/12 (DOMINGO) P. Luís de Matos Daniel Guerra David Valente /Luís A. Santos Augusto G.

25/12 (4ª FEIRA) P. Luís de Matos João Constantino Alexandra M. / Sónia Valente Carlos P. / Alexandra M. / Sónia V.

Hermínia G.

28/12 (SÁBADO) Presb. Carlos Pereira

29/12 (DOMINGO) P. Luís de Matos P. Carlos Pereira David. Valente / Jani Pego Augusto G.

01/01 (4ª FEIRA) P. Luís de Matos Manuel Vasco Doris Pereira / Alexandra M. Herminia G.

05/01 (DOMINGO) P. Luís de Matos P. Carlos Pereira David Valente /Luís A. Santos P. Carlos / David Valente /Luís A.

Santos

Augusto G.

Visita a Comunidades Cristãs Pela graça de Deus, a IEL retomou as relações fraternas com os irmãos da Igreja Evangélica Congregacional de Lisboa (IECL),

que se reúne em Chelas, comunidade que foi missão desta Igreja, e nos últimos meses temos partilhado atividades e

celebrações que nos enriquecem e fortalecem. No último domingo de novembro, o Pastor Luís de Matos foi o pregador

convidado do 16º Domingo de Jovens da IECL e o nosso Grupo de Louvor liderado pela irmã Alexandra de Matos também

participou nesta celebração que teve como tema “Vencer”. A nossa comunidade fez-se ainda representar pelo Presbítero

Carlos Pereira. Outro dos convidados dos jovens locais foi o músico Mc Ary que trouxe a Palavra cantada em RAP.

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IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA)

Rua Febo Moniz, nº 17-19 - 1150 - 152 Lisboa * Telef. 21 314 99 75

[email protected] * [email protected] * * www.igrejalisbonense.org * www.igreja-presbiteriana.org

Grão de Trigo - ESPECIAL NATAL

Próximas Actividades

06/1206/1206/1206/12 –––– Café-Concerto de Natal (21h)

08 a 22/12 08 a 22/12 08 a 22/12 08 a 22/12 ---- Venda de Natal (artigos de artesanto originais)

14/12 14/12 14/12 14/12 ---- Almoço de Natal (13h)

(inscrições abertas)

22/12 22/12 22/12 22/12 ---- Festa de Natal da Escola Dominical (11h)

25/1225/1225/1225/12 –––– Culto de Natal (11h)

01/01 01/01 01/01 01/01 ---- Culto de Ano Novo (11h)

CultoCultoCultoCulto: : : :

Domingo (11h)

Escola DominicalEscola DominicalEscola DominicalEscola Dominical:

Adultos, Jovens (10h)

Crianças, Adoles. (11h)

Reunião de OraçãoReunião de OraçãoReunião de OraçãoReunião de Oração: : : :

4ª feiras (15h30)

Culto Partilhado:Culto Partilhado:Culto Partilhado:Culto Partilhado:

4ª feiras (19h)

Grupo de Intercepção:Grupo de Intercepção:Grupo de Intercepção:Grupo de Intercepção:

Último sábado (15h)

Escritório Pastoral: Escritório Pastoral: Escritório Pastoral: Escritório Pastoral:

3ª a 6ª feira, 9h30 - 14h

(marcação prévia)

Canto da Leitura

Perceber o valor do CânonePerceber o valor do CânonePerceber o valor do CânonePerceber o valor do Cânone

O pastor António Costa Barata escreveu em 1974 e publicou pela primeira vez em 1981 o seu pequeno tratado sobre o livro dito deuterocanónico de Tobias.

Este livro, um dos do Antigo Testamento que as edições protestantes da Bíblia excluem do cânone (mas que as edições católicas incluem), é analisado na sua relação com a natureza da fé e da salvação segundo os livros canónicos. O livro teve em 2006 uma 2.ª edição (Letras d’Ouro) e tornou-se já um clássico da literatura evangélica.

No seu texto (capítulo 3), o pastor Barata detém-se no valor atribuído à esmola em Tobias, segundo o qual aquela limpa os

pecados e livra da morte os que a praticarem.

Como bem explica o autor, esta ideia participa da conceção errada de que as obras têm eficácia na salvação, que assim receberia “cooperação” humana (especificamente explorado no capítulo 4, no qual relembra a correção que sobre este assunto introduziu a Reforma, desde Lutero). No capítulo 5, o pastor Barata reflete sobre o problema do sofrimento entendido como castigo de Deus, tema também encontrado em Tobias, considerando, no entanto, que «o sofrimento justo é castigo, o injusto castigo é sofrimento» (p. 94). C

omo dizia Agostinho, o sofrimento dos pecadores é castigo e o dos justos é provação que robustece a fé. Mas Deus, diz o autor, «nunca tenta ou prova alguém impondo-lhe o mal» (p. 95, no espírito de Hebreus 2:18). No capítulo 6, a figura do anjo Rafael é analisada como mais uma das razões que levou à exclusão deste livro do cânone.

O desespero de quem pede a própria morte, falta grave sancionada em Tobias, merece atenção no capítulo 7.

Com esta obra, o pastor Costa Barata demonstra solidamente a razão de não se poder considerar inspirado o livro de Tobias.

Tobias, de António Costa Barata. Edição Letras d’Ouro. ISBN Tobias, de António Costa Barata. Edição Letras d’Ouro. ISBN Tobias, de António Costa Barata. Edição Letras d’Ouro. ISBN Tobias, de António Costa Barata. Edição Letras d’Ouro. ISBN ---- 978978978978----989989989989----8215821582158215

----15151515----4. “Incansavelmente, o autor esclarece que a salvação somente se 4. “Incansavelmente, o autor esclarece que a salvação somente se 4. “Incansavelmente, o autor esclarece que a salvação somente se 4. “Incansavelmente, o autor esclarece que a salvação somente se

obtém pela fé na obra redentora de Cristo”.obtém pela fé na obra redentora de Cristo”.obtém pela fé na obra redentora de Cristo”.obtém pela fé na obra redentora de Cristo”.

Exulta, Exulta, Ó Israel: já vem a Ti o Emanuel

«a jovem mulher está grávida e vai dar à luz um

filho e pôr-lhe-á o nome de Emanuel» (Isaias 7)