Grounding Familiar e Cultural Em Um Contexto de Diversidade Étnica

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  • 8/19/2019 Grounding Familiar e Cultural Em Um Contexto de Diversidade Étnica

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    GROUNDING FAMILIAR ECULTURAL EM UMCONTEXTO DE DIVERSIDADEÉTNICAMonografia apresentada como requisito parcial à formação de Analista Bioenergético, emcurso ministrado pelo Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo.

    !S"M#$ %ompreender como ocorre a construção da identidade de um indi&'duo nacontemporaneidade, frente a todas as transformaç(es sofridas pela fam'lia, trata)se de uma *usca essencial +o e para n-s analistas *ioenergéticos.

    #*ser&amos que o !stado assume paulatinamente o papel da autoridade dos pais, por meiode instituiç(es educati&as, sociais e médicas.

    %om a emancipação das mul+eres, o fim do patriarcalismo, a prioridade de consumodesenfreado e consecuti&amente o endi&idamento transformam as metas da fam'lia, queagora *uscam se manter estruturadas financeiramente.

    # grounding cultural nestas circunst ncias precisa ser esta*elecido para uma sa/defuncional e digna de cidadão.

    0o entanto, sa*er como se mant1m a transmissão ancestral de padr(es de conduta queestruturam o grounding familiar do indi&'duo diante deste panorama p-s)moderno detransformação da fam'lia, é primordial e importante para n-s analistas *ioenergéticos.

    Pois assim conseguimos compreender o processo +ist-rico e atual da fam'lia, econsecuti&amente n-s mesmos que estamos inseridos nela.

    Inclassificá&eis 2 Arnaldo Antunes

    que preto, que *ranco, que 'ndio o qu13

    que *ranco, que 'ndio, que preto o qu13 que 'ndio, que preto, que *ranco o qu13

    que preto *ranco 'ndio o qu13 *ranco 'ndio preto o qu13 'ndio preto *ranco oqu13

    aqui somos mestiços mulatos cafu4os pardos mamelucos sararás crilourosguaranisseis e udára*es

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    orientupis orientupis ameriqu'talos luso nipo ca*oclos orientupis orientupisi*eri*ár*aros indo ciganag5s

    somos o que somos inclassificá&eis

    não tem um, tem dois, não tem dois, tem tr1s, não tem lei, tem leis, não tem &e4,tem &e4es,

    não tem deus, tem deuses, não +á sol a s-s

    aqui somos mestiços mulatos

    cafu4os pardos tapuias tupinam*oclos americarata's 6oru*ár*aros.

    somos o que somos inclassificá&eis

    que preto, que *ranco, que 'ndio o qu13 que *ranco, que 'ndio, que preto o qu13que 'ndio, que preto, que *ranco o qu13

    não tem um, tem dois, não tem dois, tem tr1s, não tem lei, tem leis, não tem &e4,tem &e4es,

    não tem deus, tem deuses, não tem cor, tem cores,

    não +á sol a s-s

    egipciganos tupinam*oclos 6oru*ár*aros carata's cari*ocari -s orientapuiasmamemulatos tropica*urés c+i*arrosados mesticigenados o7igenados de*ai7o dosol.

    1. Introdução 0a atual con untura do mundo, somos *om*ardeados por informaç(es e nos deparamos com

    um conceito li*ertador ou em certa medida alienante 2 a glo*ali4ação.!ssa pala&ra tão em &oga rompe as *arreiras nacionais, continentais e culturais do mundo, propiciando àqueles que estão inseridos nesse processo a possi*ilidade de pesquisar,que*rar paradigmas e se a*rir para o mundo.

    # rádio, a tele&isão e a imprensa escrita, que +á tempos cumpriam esse papel de difusãotransnacional de informaç(es, t1m +o e como no&o parceiro a internet, cu a interati&idadeestá so* controle e dom'nio dos su eitos que a utili4am.

    Porém, antes de todas estas ferramentas difusoras esta&a à fam'lia, um dos principais canaisde difusão cultural para os su eitos familiares.

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    %om as transformaç(es da modernidade e da p-s)modernidade, principalmente nasmetr-poles, esse papel da fam'lia entrou em decl'nio.

    8atores como a emancipação das mul+eres, o fim do patriarcalismo em sua forma arcaica, a

    entrada das crianças em instituiç(es sociali4adoras não familiares ainda *e*1s, a falta detempo ocasionada pela &elocidade das interaç(es e relaç(es nos conte7tos ur*anos, asm'dias como principais meios de entretenimento e transmissão de informaç(es e sa*erestransformaram o papel da fam'lia.

    "ma &e4 que as fam'lias não são mais as principais difusoras culturais, &emos a import nciade sa*er como a fam'lia está posicionada neste espaço na&egante do mundo glo*ali4ado, ese quest(es e7istenciais, como a ancestralidade, t1m espaço no imaginário dessa sociedade *rasileira contempor nea.

    1.1. Tem ! Ancestralidade, mem-rias familiares, descend1ncias, ra'4es, pala&ras que guardam +ist-riase fatos.

    # meu interesse em pesquisar este assunto &eio à tona quando perce*i o pouco que sa*iaso*re a min+a ancestralidade, somente me lem*rando dos meus a&-s maternos, com osquais ti&e contato, e por informaç(es o*tidas pela min+a mãe. 2 a qual não tin+a, porém,

    informaç(es so*re a descend1ncia e +ist-rias dos meus *isa&5s. # meu pai, falecido quandoeu era *e*1, me impossi*ilitou de sa*er informaç(es so*re os meus a&-s paternos e muitomenos so*re meus *isa&5s. Porém, sei que meu pai era negro, nascido na cidade de io9erde, interior de São Paulo, e era ad&indo de uma fam'lia rural paulista, tendo migrado para a capital ainda pequeno para tentar mel+orar de &ida, unto com toda a sua fam'lia.Min+a mãe me conta algumas curiosidades so*re meu pai, mas disse não se lem*rar dequase nada dos meus a&-s paternos.

    :esta escuridão relati&a ao silenciamento so*re as min+as ra'4es +ereditárias e origens,

    sugiram muitas perguntas de foro pessoal e o interesse em desen&ol&er uma pesquisa. !m;

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    0esta monografia que se trata de uma continuação de min+a iniciação cient'fica, aenriqueço com a &isão da a*ordagem de Análise Bioenergética.

    ". A#ord $em!Para o entendimento da questão do grounding familiar, a qual será a*ordada nos pr-7imoscap'tulos, partiremos do princ'pio da coloni4ação do Brasil col5nia por meio de umaa*ordagem sociocultural, compilada pelo antrop-logo Dil*erto 8re6re. Apesar de suarelati&a e7tensão peço a atenção de &oc1s para esta passagem da +ist-ria da formação dafam'lia *rasileira.

    ;.E A formação da fam'lia *rasileira$ a perspecti&a culturalista da mem-ria familiar eda miscigenação em Dil*erto 8re6re

    0o prefácio dessa citada o*ra, 8re6re pontua a rele& ncia da e7peri1ncia de con+ecimentodas ra'4es familiares para a compreensão não s- do conte7to sociocultural em que se &i&e,mas tam*ém de si pr-prio como su eito$

    !studando a &ida doméstica dos antepassados sentimo)nos aos poucos nos completar$ é umoutro meio de procurar)se o tempo perdido . #utro meio de nos sentirmos nos outros 2 nosque &i&eram antes de n-s@ cu a &ida se antecipou a nossa. N um passado que se estudatocando em ner&os@ um passado que emenda com a &ida de cada um@ uma a&entura de

    sensi*ilidade, não apenas um esforço de pesquisa pelos arqui&os. >8re6re, E==; pref. OE ed. I7&?.

    Ká culturas que primam pelo interesse de manter, ensinar e transferir os con+ecimentos ecostumes de seus ancestrais, o que de certa forma é função dos mais &el+os para com ascrianças no&as.

    "ma destas culturas é a aponesa, na qual os &'nculos dos su eitos com a sua mem-riafamiliar possi*ilitam àqueles que emigram para outros pa'ses uma ligação permanentecom suas origens e costumes. %onforme afirma u*io$ a cultura aponesa tem desafiado a+ist-ria, atra&essando o mil1nio e c+egando a modernidade com uma identidade pr-pria> u*io ;Sartre E=LQ, pg. EG?.

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    Tá no Brasil, segundo 8re6re, a mem-ria cultural e ancestral das fam'lias que aqui seformaram, foi compartil+ada com a igre a cat-lica e com as mucamas, sendo estes osdepositários das +ist-rias e fatos ocorridos na intimidade das &idas das fam'lias, dasmul+eres e dos +omens do Brasil col5nia. 0ão era interesse da fam'lia *rasileiraem

    formação naquele per'odo, transferir e ensinar as crianças so*re as suas mem-riasancestrais@ os segredos familiares relati&os à &ida 'ntima eram filtrados e silenciados emalguns aspectos e os descendentes não detin+am todos os elementos que compun+am a sua+ist-ria. A esse respeito, 8re6re aponta$

    >U? que o confessionário a*sor&eu os segredos pessoais e da fam'lia,estancando nos +omens e principalmente nas mul+eres, essa &ontade de se

    re&elarem aos outros que nos pa'ses protestantes pro&1 o estudioso de +ist-riasintimas de tantos diários, confid1ncias, cartas mem-rias, auto*iografias. %reioque não +á no Brasil um s- diário escrito por mul+er. 0ossas a&-s, tantas delas

    analfa*etas, mesmo quando *aronesas e &iscondessas satisfa4iam)se em contar ossegredos aos padres confessores e as às mucamas de estimação e a sua con&ersa

    com as pretas *oceteiras, nas tardes de c+u&a ou nos meios dias quentes,morosos. >8re6re pref. O E ed. I7&i?.

    %omo e7plicita o autor, o analfa*etismo tam*ém foi crucial no que di4 respeito à falta dedocumentação do passado. Sem ser documentada, a +ist-ria da &ida familiar no Brasil foi

    ficando tornando circunscrita à mem-ria pessoal de alguns indi&'duos, nem sempre das pr-prias fam'lias, sendo relegada ao esquecimento dos mais contempor neos dentro dafam'lia. Somente os imigrantes europeus letrados, no per'odo colonial, poderiam registrar os acontecimentos no Brasil atra&és da escrita, pois os 'ndios e os africanos tra4idos comoescra&os >com e7ceção daqueles alfa*eti4ados no *o o do islamismo que se e7pandira emcertas regi(es do continente africano? se utili4a&am de outras formas para transmitir suacultura e +ist-ria aos no&os descendentes e, assim, perpetuar os seus sa*eres, mem-ria ecostumes que para serem con+ecidos +o e ter'amos que reali4ar um tra*al+oin loco eaperfeiçoá)los de forma documental.

    # Brasil é um pa's relati&amente no&o, com pouco mais de quin+entos anos de +ist-riadesde a c+egada dos portugueses, em EJ

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    A misci*ilidade foi a forma que os portugueses adotaram para conseguir apossar)se dasterras recém conquistadas, de&ido ao pouco &olume +umano portugu1s para a apropriaçãodas &astas áreas.

    %omo o principal interesse dos portugueses era a e7tração e comércio de produtos parao*tenção de rique4as, tentaram manter uma relação amistosa para conseguirem entrar nasmatas e c+egar às rique4as.

    0essa relação ocorreram tam*ém encontros se7uais@ não se &iu not'cias de casamentos de portugueses com as 'ndias ou o registro das crianças nascidas destas relaç(es, mesmo aigre a estando á presente na coloni4ação.

    0estas condiç(es não +a&ia interesse dos estrangeiros em passar informaç(es ancestrais para os fil+os, frutos destas relaç(es com as ind'genas. Tá estes fil+os, mestiços, teriam maisfacilidades de se apossarem das terras por não serem de todo intrusos, ao sa*erem quecorrem neles sangue europeu e ind'gena, sendo esta uma forma efica4 de dominação eocupação portuguesa.

    :e acordo com 8re6re$ Huanto à misci*ilidade, nen+um po&o coloni4ador, dosmodernos, e7cedeu ou sequer igualou nesse ponto aos portugueses. 8oi

    misturando)se gostosamente com mul+eres de cor logo ao primeiro contato emultiplicando)se em fil+os mestiços que uns mil+ares apenas de mac+os

    atre&idos conseguiram)se firmar)se na posse de terras &ast'ssimas e competir com po&os grandes e numerosos na e7tensão de dom'nio colonial e na eficácia de

    ação coloni4adora. >8re6re p.=?.

    !m*ora as conquistas coloniais ten+am nas armas de fogo o seu principal instrumento,8re6re procura c+amar atenção para a import ncia que as formas gostosas , pac'ficas ese7uali4adas de relação entre colonos e coloni4ados ti&eram no Brasil para a conformaçãodas socia*ilidades que constitu'ram a nação e a su* eti&idade coleti&a. 0ão podemosesquecer que a conquista não se deu apenas na cama , pois ela tam*ém foi assegurada por

    *aionetas contra os arcos e flec+as dos 'ndios. Assim, desde os prim-rdios da coloni4ação, amiscigenação cola*orou para o po&oamento do Brasil e posse do e7tenso territ-rio nacional,esta*elecendo laços afeti&os e sangu'neos sem restriç(es étnicas e raciais, sendo este processo fundamental para a ampla ocupação das terras *rasileiras, construção de suaorgani4ação social e familiar e constituição de su* eti&idades.

    Ainda segundo 8re6re$ A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu adist ncia social que de outro modo se teria conser&ado enorme entre a casa grande e a matatropical@ entre a casa grande e a sen4ala. >pref. à E ed. P.F?.

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    # Brasil se formou como col5nia portuguesa atra&és de uma coloni4ação patriarcal,escra&ocrata e se7ualmente prom'scua, cu a &ida doméstica nos grandes latif/ndios demonocultura açucareira, capitaneados pelos sen+ores de engen+o e suas fam'lias, foidi&idida em casa grande, mata tropical e sen4ala. :esta promiscuidade ou misturadesordenada, nasceram os &ários mestiços que po&oaram o Brasil, que &i&eram soltos esem paternidade oficialmente recon+ecida. %omo aponta 8re6re$ 0este amor foi s- of'sico@ com gosto de carne, dele resultando fil+os que os pais cristãos pouco se importaramde educar ou criar à moda europeia ou à som*ra da igre a. >8re6re p.= ?.

    Ainda segundo 8re6re, na coloni4ação das Américas somente os portugueses e ingleses po&oaram e se instalaram nos territ-rios ocupados, esta*elecendo)se em fam'lias rurais esemi rurais, ao contrário dos espan+-is que não &ieram morar nas terras por elesconquistadas. 0o entanto os ingleses e espan+-is não aderiram à miscigenaçãomaciçamente como os portugueses, pois repudia&am os nati&os. %onforme 8re6re$

    #s espan+-is apressam entre os Incas, Astecas, e Maias a dissolução dos &aloresnati&os na f/ria de destru'rem uma cultura á na fase de semi ci&ili4ação@ nasegunda muda@ e que por isso mesmo l+e pareceu perigosa ao %ristianismo edesfa&orá&el à fácil e7ploração das grandes rique4as minerais. Apressam)na entregentes atrasadas, os puritanos ingleses querendo conser&ar)se imaculados docontato se7ual e social de po&os que l+es repugna&am pela diferença de cor e de

    costumes e que e&oca&am à sua consci1ncia de raça e de cristãos o espantal+o damiscigenação e do paganismo dissoluto. >8re6re p.Q=?.

    # autor prossegue sua argumentação em relação à particularidade do processo colonial *rasileiro pontuando que os portugueses até mesmo &endiam suas terras em Portugal paraemigrarem para o Brasil, com o intuito de se esta*elecerem e constru'rem suas &idas nacol5nia.

    %om a escasse4 de mul+eres europeias, as 'ndias e negras eram as suas co*iças e interesses,o que promo&eu a miscigenação em escala muito di&ersa daquela o*ser&ada nas col5niasespan+olas e inglesas nas Américas. A imigração compuls-ria de africanos para seremescra&i4ados nos Brasil te&e in'cio em EJ

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    Ainda segundo 8re6re, o po&o lusitano, antes de c+egar às Américas, á era con+ecido por suas conquistas mar'timas, se en&eredando mais para o comércio mar'timo do que para a&ida agr'cola em Portugal. 0o entanto, com

    as guerras, secas, pestes, doenças contra'das pela situação, e7posição e acesso de todaespécie de disgenéticos; pelos seus portos, o resultado foi a morte de dois terços da população do reino portugu1s, acarretando nua e cruelmente em escasse4 de capital +umanotão necessário para o tra*al+o agr'cola.

    8re6re aponta para duas grandes pestes que assolaram os lusitanos no reinado de Sanc+o I$ a primeira foi uma pandemia de origem oriental, em E GQ, e a outra em E JL, foi a fomeocasionada por pertur*aç(es climáticas e do meio f'sico, pois com os males do regimelatifundiário e da de&astação das matas, acarretou com isto crises sociais por precariedade

    de &'&eres.#utro fato apontado por 8re6re, para e7plicar as ra'4es do sistema colonial institu'do noBrasil, é uma alegada indol1ncia dos portugueses que resulta&a na *usca pelo emprego detra*al+o escra&o.

    0as cartas do +umanista 0icolau %lenardo, ele relatou que nunca con+eceu po&o dado à preguiça como o portugu1s, que preferia suportar tudo a aprender profissão qualquer.%lenardo esta*elecia a relação entre indol1ncia e escra&idão ao afirmar que sua grandeindol1ncia é à custa da escra&idão.

    Vodo o ser&iço é feito por negros e mouros cati&os. Portugal está a a*arrotar aesta raça de gente. !stou quase a crer, que s- em Fis*oa, +á mais escra&os eescra&as que portugueses li&res de condição >%lenardo Apud 8re6re, p. ; Q?.

    %om a *ai7a populacional, acarretada por muitas catástrofes que assolaram Portugal, amiscigenação fortuitamente sucedeu, e essa nação, segundo 8re6re, se destaca por umadi&ersidade de fen-tipos.

    %onforme 8re6re$ A esses elementos untem)se os semito)fen'cios, de que oantrop-logo portugu1s foi ac+ar representantes mais puros na população piscat-rias do litoral inteiramente@ entre os in&asores recentes, os udeus, *er*eres, mouros, alemães, negros, flamengos, ingleses >8re6re p.;< ?.

    8re6re &1 as ra'4es do sistema colonial empregado pelos portugueses no Brasil em uma+ist-ria anterior de e7pansão mar'tima, 1nfase no comércio e in&as(es >principalmente a dosmouros? que Portugal e7perimentara.

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    Para ele, a misci*ilidade e o emprego do tra*al+o escra&o tornaram)se caracter'sticas deste po&o, uma &e4 que a cultura dos in&asores de seu pa's, mencionado acima, aca*ou por semisturar e fundir)se a cultura lusitana.

    !m suas pala&ras$ A escra&idão a que foram su*metidos os mouros e até osmoçára*es, ap-s a &it-ria cristã, foi o meio pelo qual se e7erceu so*re os portugueses decisi&a influ1ncia não s- particular do mouro, do maometano, doafricano, mas geral, do escra&o. Influ1ncia que o predisp(e como nen+uma outra para a coloni4ação agrária, escra&ocrata, e polig mica 2 patriarcal, enfim 2 daAmérica tropical >8re6re p.;

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    equili*rado e rico que o dos outros, po&os ainda n5mades, sem agricultura regular nemcriação de gado. :e&endo acrescentar que &ários dos mais caracter'sticos &alores nutriti&osdos negros 2 pelo menos os &egetais 2 acompan+aram)nos à América, concorrendo parao processo como que de africani4ação aqui sofridos por *rancos e ind'genas@ e amaciando para os africanos

    • Piratas dos mares da América nos séc. W9II e W9III, con+ecidos como ladr(es e osefeitos pertur*adores da transplantação. "ma &e4 no Brasil, os negros tornaram)se,em certo sentido, &erdadeiros donos da terra$ dominaram a co4in+a. %onser&aramem grande parte a sua dieta. >8re6re p.;=

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    Porém, refutando as pesquisas de 8re6re, outro autor alegou que não foi por causa donomadismo amer'ndio e das perspicácias ind'genas o moti&o que os negros

    su*stitu'ram os 'ndios no tra*al+o escra&o. Isso porque os 'ndios eram dependentes dosmissionários esu'tas, os quais co*ra&am o uso da mão de o*ra pelos colonos e em umamano*ra mais econ5mica, os portugueses compraram os africanos fa4endo o pagamentouma &e4 para se tornarem proprietários definiti&os da mão de o*ra escra&a >cf. %arneiro da%un+a E==;?.

    Sendo assim de acordo com estas pesquisas os negros c+egaram e tornaram)se a maioria damão de o*ra escra&a. A pro7imidade com os colonos e as estruturas de poder na qualesta&am inseridos é que permitiram a miscigenação entre *rancos e negros >entre a %asagrande e Sen4ala? que se so*rep5s e se articulou com a anterior miscigenação entre *rancose 'ndios.

    # Brasil foi um dos /ltimos pa'ses do mundo a a*olir o regime escra&ocrata em EQQQ, pressionado pela era industrial e pelos ingleses. # antrop-logo u*ens Deorge #li&en>#li&en, ;

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    Assim, tanto a tradição de origem quanto o que é constru'do pela fam'lia atual seentrelaçam para formar o grounding familiar onde o *e*1 se enrai4ará. A couraçase instala a partir dos relacionamentos &i&idos, mas e7iste uma inscriçãocaracterol-gica que pro&ém do elemento conser&ador da fam'lia e da cultura aoqual não pode ser equiparado ao superego. >Yeigand, ;mais forte em imigrantes e que pode perdurar por &árias geraç(es?.

    !stas informaç(es muitas &e4es antecedem a formação da identidade do *e*1. Muito do queesta mãe tra4 inclusi&e como padr(es de cuidados e acol+idas deste *e*1 está relacionadocom padr(es de cuidados internali4ados por ela, os quais deri&am da maneira como ela foicuidada e acol+ida. !ste processo &em numa lin+a ancestral“O enraizamento do novo ser na fam lia transfere !ara ele mitos" crenças" valores" segredos" muito antes #ue ele !ossa se

    dar conta e fazer suas escol$as” % eigand" '(()" !. *+,.

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    :o ponto de &ista da psicanálise, *ase epistemol-gica da Análise Bioenergética, a análise da+ist-ria familiar trata de &eredas cruciais para um *om tra*al+o terap1utico.

    A respeito da +ist-ria infantil, que é concomitante com o +ist-rico familiar do su eito, na

    maioria das &e4es emerge como causa de determinadas disfunç(es e traumascontempor neos do indi&'duo.

    8atos que ocorreram na inf ncia, cu a aus1ncia de amadurecimento naquele momentoacarretou traumas, quando retomadas numa idade posterior, poderão ser mais facilmentedigeridos. Me4an aponta$

    Sa*e)se que a psicanálise atri*ui 2 e continua atri*uindo 2 grande import nciaao infantil, que so*re&i&e no inconsciente do adulto e contri*ui decisi&amente para organi4ar a &ida ps'quica deste /ltimo$ reencontrar a criança no adulto éuma das tarefas da terapia anal'tica. >M![A0, ;

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    papel da autoridade dos pais e as instituiç(es educati&as, sociais, médicas eculturais procuram organi4ar a &ida pri&ada de cada um para que a fam'liacontinue sendo o n/cleo normati&o de uma indi&idualidade cidadã edemocrática > #":I0!S%#, ;;E=Q=?@ trata)se de um mo&imento constante de oposiçãoentre &alores e regras da cultura familiar, e &alores e regras da contemporaneidade.

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    # conceito de fam'lia tam*ém constitui um pro*lema na nossa sociedade. Atémeados de E=L< a fam'lia tradicional, tida como está&el, fornecia o c-digo moralem posiç(es e papéis segregados e complementares de pai, mãe e fil+os, *emcomo o permitido e o proi*ido para os ocupantes da cada posição. Vais regrasorgani4a&am as e7peri1ncias de sociali4ação do su eito, que internali4a&a emc-digo r'gido e *em demarcado. Porém, a fam'lia su*itamente transformou)se,acompan+ando a moderni4ação da sociedade. !ssa transformação rápida dei7ou afam'lia incerta quanto às regras a seguir. >9el+o apud Benincá Domes,E=Q= p. ?

    0estas mudanças do conte7to familiar o capital torna)se a meta, a necessidade de consumose fa4 presente quase sempre como condição cultural, condicionando o su eito a suportar para isto situaç(es anti)+umanas.

    # refle7o disso nos estudos so*re fam'lia no Brasil desem*oca na necessidade de seincorporar &ariá&eis que deem conta de e7plicar o fen5meno em transformação.

    %onforme indica %iomara Benincá, a respeito dos estudos so*re fam'lia na psicologia e nasci1ncias sociais$

    #s estudos so*re a fam'lia *rasileira destacam quatro fatores de mudançageracional$ E? as e7ig1ncias econ5micas decorrentes da intensificação industrial eur*ana@ ;? a inserção profissional da mul+er@ ? a distri*uição social docon+ecimento pela transformação s/*ita nos meios de comunicação de massa@ eG? a que*ra do poder integrador das relaç(es de parentesco com oenfraquecimento da fam'lia nuclear. >U? 0o Brasil as pesquisas concentram)senas quest(es da descontinuidade entre geraç(es no conte7to de um processo demudança social acelerada, principalmente nas camadas médias. >U? A classemédia é o estrato social mais e7posto ao processo de ino&ação s-cio tecnol-gicaque produ4 no&as necessidades, +a*ilidades e e7emplos de organi4ação social.>B!0I0%R E==G p. )G?.

    A sociedade *rasileira &i&e um momento +ist-rico p-s moderno de transformaç(es, e imp(edesafios para a compreensão destas transformaç(es familiares e dos processos detransmissão cultural e sociali4ação dos su eitos.

    Para tanto, é crucial entendermos como acontecem às negociaç(es identitárias e o papel daancestralidade nesse processo de constituição dos su eitos, o grounding familiar@ numconte7to de m/ltiplos referenciais e negociaç(es como é o espaço ur*ano p-s)moderno deuma metr-pole *rasileira como São Paulo.

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    # momento +ist-rico atual e colonial do Brasil, portanto cola*ora e muito para ocon+ecimento aprofundado dos indi&'duos, o que condu4 a n-s analistas *ioenergéticos, para a necessidade da ampliação do ol+ar, que não pode ser mais permeado somente para oregresso a +ist-ria familiar da primeira e segunda geração, mas tam*ém para o processocultural, origem e ancestralidade.

    9e o a necessidade de transmitir de forma *re&e o resultado da min+a pesquisa da Iniciação%ient'fica, cu o t'tulo foi$ Ancestralidade e Mem-ria 8amiliar$ %ompreensão so*re a suaImport ncia para a %onstituição dos su eitos em conte7tos de ur*anidade p-s)moderna .

    %ompreendo que esta pesquisa ten+a traçado um pequeno panorama, porem comple7o,so*re a questão da ancestralidade e da fam'lia neste atual momento de nossa +ist-ria.

    0. A t8+n(+ de entre&('t +omo(n'trumento de re/,e5ão 'o#re o $round(n$/ m(,( r e +u,tur ,.#s trec+os da entre&ista que citarei ilustram a dificuldade e a surpresa de cada participantecom relação ao resgate de sua +ist-ria familiar e ancestral.

    As entre&istas não tin+am de modo algum uma função terap1utica, em princ'pio, mas osresultados apontam na direção de uma ampliação da consci1ncia ancestral, familiar ecorporal.

    A seleção dos participantes seguiu o critério de &'nculos pré&ios, a partir da min+a pr-priarede social.

    Para tal, le&ei em consideração que a relação de confiança é fundamental para a construçãoda empatia na o*tenção de informaç(es para a pesquisa em questão.

    Fido com indi&'duos que narram suas e7peri1ncias, contam suas +ist-rias de&ida para um pesquisador pr-7imo, às &e4es con+ecidos. As preocupaç(es, ostemas cruciais são, em geral, comuns a entre&istados e entre&istador. A con&ersanão é so*re crenças e costumes e7-ticos à sociali4ação do pesquisador. Pelocontrário *oa parte dela fa4 refer1ncia a e7peri1ncias +ist-ricas, no sentidoamplo, e cotidiano tam*ém do meu mundo, e as min+as afliç(es e perple7idades.!u, o pesquisador, ao reali4ar entre&istas e recol+er +ist-rias de &ida estouaumentando diretamente meu con+ecimento so*re a min+a sociedade e o meiosocial em que estou diretamente inserido, ou se a, claramente en&ol&ido em um, processo de autocon+ecimento. >9!FK# apud !IS, !.A, ;

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    0a seleção le&ei em consideração os marcadores de classe social, escolaridade, g1nero eetnia eCou raçaCcor que articulam identidades sociais e su* eti&idades.

    # o* eti&o dessa seleção atra&és destes marcadores sociais de diferença foi o de tentar

    englo*ar a pluralidade da sociedade *rasileira que se relacionam com fatoressocioecon5micos e de ancestralidade.

    Vodos os participantes estão dentro da fai7a etária entre os ;< e J anos e são moradores dacidade de São Paulo.

    8oram sete participantes selecionadas para a pesquisa, conforme discriminado em ta*elaa*ai7o$

    Iniciais Idade D1nero Média

    salarial

    Profissão !scolaridade !tnia

    Ta G Masc.

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    :esta forma teremos um *re&e contato com a compreensão que cada participante tem so*rea sua +ist-ria ancestral e entender a sua import ncia para cada um.

    #utro ponto importante que quero a*ordar na transcrição foi a aus1ncia de cortes nas

    respostas dos participantes.%ompreendo que a supressão de trec+os pode suscitar nos leitores uma &isão empo*recida efraca quanto às respostas dos participantes, á que estas foram na sua 'ntegra importantes para a referida pesquisa e é tam*ém para esta monografia.

    0o entanto, grifei de negrito trec+os c+a&es de cada resposta.

    A questão escol+ida foi$Você considera importante conhecer a sua ancestralidade e comoela influência sua vida?

    Seguem as respostas$

    esposta de Te$ Não 'e(9quando eu penso a questão da origem eu sinto uma coisa muitomisteriosa, porque eu não ti&e muito contato com as pessoas, com os meus ancestrais,&amos di4er assim$ não sei se é esta pala&ra .

    !u não ti&e muito contato e eu ac+o que ficou um &a4io de certa forma nesta pergunta, porque o que eu ten+o como referencial é o meu pai e a min+a mãe e o que eles significam pra mim. Huando penso na min+a origem o que eu penso.

    !u sempre penso que ten+o duas origens uma que &em do meu pai e outra que &em damin+a mãe, toda &e4 que penso so*re a min+a origem.

    ! eu ac+o que meu pai é descendente de italianos e portugu1s, e a min+a mãe é descendentede portugueses e *rasileiros, &amos di4er assim.

    N^ eu ac+o que ten+o uma mistura dos dois, assim do meu pai e da min+a mãe,m ' eu me(dent(/(+o m (' +om / m),( e,o , do do meu (.

    # Brasil é uma colagem de &árias nacionalidades, de &ários po&os, tanto que aqui os po&os

    con&i&em em +armonia, se &1 udeu, ára*e, russo, apon1s, tudo muito misturado e as pessoas inclusi&e não s- misturando no con&'&io como tam*ém casando e se relacionando.

    Se for falar de raça eu sou *ranca que tem a &er com cor, porém dentro da cor tem umagraduação muito grande, porque eu sou morena, eu ten+o ca*elo preto, eu sou uma pessoa *ranca de ca*elo preto.

    ! a origem tem uma determinada, do tipo, eu ten+otod m(n: / m),( 8 d It2,( ; não<eu ten:o m('tur de ortu$ue'e' , tem mistura, por e7emplo$ meu ca*elo, ele é muito

    escuro.

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    Meu pai ac+a que era do meu a&5 que era italiano, mas era misturado com ára*e, entendeu3até é interessante de se &er, porque até seu falasse que eu sou pura italiana, eu sou puraitaliana ou eu sou pura portuguesa mesmo assim lá na Itália e em Portugal tem muitasmisturas de ára*es, de negros, de tudo@então eu +:o =ue não e5('te um r ç ur eume +:o me't(ç e +on'(dero todo mundo me't(ço, porque não e7iste uma raça pura.

    Agora pensando mel+or. :a min+a mãe não, eu não ti&e contato nen+um, o pai dela que foiem*ora, a mãe dela que ela3en$r ç do =ue 8 um re et(ção de drão9 e, não / , +om

    mãe de, 9 não tem +ont to +om mãe de, e eu não ten:o +ont to +om e, .N umarepetição de padrão .

    esposta de Pa$ %onsidero importante sim, porque é uma forma da gente sa*er tam*ém um pouco do que a gente é no mundo, né3A+:o =ue tem mu(t ' (n/orm ç3e' d &(d 9 'e( ,29

    =ue /(+ um ou+o trun+ d ' =u ndo &o+> não tem (n/orm ç3e' d ' e''o ' =ue /or mnte' de &o+>9 =ue te der m or($em e te der m &(d de ,$um /orm .

    0a min+a fam'lia tem pessoas, tem portugu1s, tem 'ndia, a min+a *isa&-, a min+a &- contaque ela era 'ndia, por parte de mãe.

    A min+a a&- por parte de mãe era *ranca e o pai dela era portugu1s casou com a min+a *isaque era 'ndia.

    A min+a &- conta que a min+a *isa&-, ela mora&a no mato.

    Por parte de pai a min+a a&- é negra, meus tios são negros e ela di4 que os pais dela eramnegros tam*ém.

    Agora o pai do meu pai, eu acredito que ele era *ranco, ela não fala, mas meu pai é moreno,está no meio termo.

    Moreno, ele não é negão.

    O meu ( d(''e =ue ne$ro não tem 2r&ore $ene ,6$(+, ele fala que ele te&e *astantecon&i&1ncia com a a&- dele, que no caso é a min+a *isa&-, mas dela pra trás ele não sa*e.

    A min+a a&- mora&a no interior, no tra*al+o *raçal, ela tra*al+a&a na roça, tra*al+ou comcana de aç/car tam*ém, então assim por mais que, a+^ naquela época lá, na década de G< aescra&idão á tin+a sido a*olida no Brasil, o tra*al+o não +a&ia *oas condiç(es.

    Agora por parte de mãe a min+a &-, ela é *ranca, ela &eio da Ba+ia pra São Paulo nofinal4in+o da década de J

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    # meu a&5 paterno eu não con+eço, nunca sou*e dele, min+a &- era mãe solteira e da partede mãe, o meu a&5, eu con&i&i pouco com ele, porque ele faleceu quando eu era criança,mas ele tra*al+a&a com construção ci&il.

    esposta da :a$ F ,t não9 m ' (m ort nte 8 r ' #er de onde &o+> &e(o. %or=ue#ene/(+( r #em não9 m ' '6 r ' #er de onde &o+> &e(o de onde e,e' er m +omo e,e'&(&( m9 (ntere'' nte '6 r &o+> ' #er9 +on:e+(mento 'eu9mas beneficiar acho que emnada não .

    0ão ten+o costume nen+um que eu ten+a conser&ado. Porque o costume deles mesmo é acomida, né3 ! a comida eu não gosto. Huando eu &ou pra lá eu compro tudo, a min+a mãecompra tudo, a min+a mãe é quem fa4 a min+a comida. Huando a gente &ai lá, a gente nãocome. Porque eu ac+o forte demais e é umas comidas muito diferenciadas, eu não como

    *uc+ada, não eu prefiro, eu sou *em paulista neste neg-cio, eu prefiro salada, arro4 e fei ãocom *atata fritas.

    esposta do To$ !u falo com pra4er, ainda mais nesta sociedade preconceituosa que ainda&1 lamenta&elmente o nordestino como.

    # pessoal se ac+a politicamente correto dando a impressão que todo mundo é igual, masnão é igual coisa nen+uma, ainda e7iste muito preconceito@eu faço questão de provocar,aparecer um nordestino que deu certo, de que nordestino não é sinônimo de burrice, de

    gente atrasada 9 n d d(''o9 tem mu(to' ) =ue e'tão / *endo mu(to 'u+e''o9 (n+,u'(&e eu9o,: ).

    Mas ac+o que se eu for traçar a min+a origem &ou c+egar nos ind'genas, uma mistura de'ndios com os negros da Rfrica, escra&os.

    ! de repente portugu1s, a min+a a&- era uma mistura.

    M ' &o+> ' #e9 eu nun+ me (ntere''e( or ('to9 or8m rt(r de't entre&('t eu &ou#u'+ r m(n: or($em.

    esposta de Vo$ Sim. A gente mantem +á*itos sim, não totalmente, porque ten+o muitos+á*itos *rasileiros tam*ém,m ' o' :2#(to' 4 one'e' d no'' or($em eu ro+urom nter ,$um ' +o(' ' n8; t( o9 or r ro meu' nte '' do'9 n83 Alimentação tam*ém,a gente tem este costume de comer, não todo o dia, mas de &e4 em quando &oc1 quer comer,né3 uma comida aponesa, né3 ! tem alguns costumes tam*ém, né3 dentro de casa que &oc1mantem, né3 alguns costumes apon1s que &oc1 mantém em casa, por e7emplo$ &amos di4er assim,no ? ão $ente tem +o'tume de entr r em + ' de'+ ,ço9 n8; &o+> nun+ entr+om o ' to9 n8; or=ue n6' rendemo' 8 ''(m9 n8;tudo que &em da rua, a casa

    nossa onde a gente mora é um lugar puro, né meu3 então não de&emos tra4er coisas ruins pra dentro de casa, né3 e o lugar mais su o é o nosso sapato, né3 !ntão, dei7a o sapato num

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    lugar4in+o fora e pega um c+inelo, a' entra. ! é um costume apon1s isto, né3 e este eu façoem casa, né3 ! muitos *rasileiros estão fa4endo isto, né3 e a e7plicação é esta, né3 nãotra4er coisas impuras pra casa, né3

    !ste é o costume apon1s, né3:o meu ponto de &ista, eu ac+o que me facilitou *astante, muito^ atrapal+ar ac+o que nãoatrapal+ou em nada.

    0a escola não interferiu em nada, normal, não te&e muita interfer1ncia,n rtero/(''(on ,9 eu 'ent( no -r '(,9ainda existe uma discriminação muito grande e isto me

    ajudou bastante, por ser oriental 9 tod ' ' em re' ' =ue eu tr # ,: & t(n: m#r '(,e(ro' de or($em ortu$u>'9 e' n:o,9 #r '(,e(ro' me'mo ou t8 de ne$ro'9 n8; eo' or(ent (' t(n: m um & nt $em n e'+o,: 9 não 8 #em +, ro9 m ' de todo' o',u$ re' =ue eu tr # ,: & 9 o' or(ent (' t(n: m um +ert & nt $em. Eu +red(to =ue'e4 (m $em9 o' 4 one'e' / *em +o(' +ert 9 tudo +ert(n:o9 e't / m me 4udou# 't nte n 2re ro/(''(on ,9 em tod ' ' em re' '.

    !u ac+o que não é s- a raça aponesa, tem outras raças que são pri&ilegiados. #s negrossofrem um pouco com isso.

    esposta de Ta$@Meu ( e,e 8 +e ren'e9levei algum tempo para aceitar isto e +o e soumuito feli4 porque é uma região do pa's que é muito discriminada, pelo meu ponto de &ista,

    mas são pessoas e7tremamente inteligentes, criati&as e sempre estão de alto astral.Tá do lado da min+a mãe, meus a&-s &ieram da ep/*lica Vc+eca na época da guerra e são pessoas muito tra*al+adoras, pessoas que *atal+am muito e, mas por um lado, são maisfec+ados, mais t'midos, né3 e &i muito esta mistura na min+a fam'lia assim, desde pequeno,a fam'lia do meu pai é mais e7tro&ertida e na parte da mãe mais t'mida.

    # que eu +a&ia dito, o meu pai é da fam'lia Fe $or eu e'=u('e( e 8 um / m),( de%ortu$ , e ('to dentro d / m),( /o( t8 um +:o=ue or=ue n(n$u8m ' #( 9e eu fui afundo na pesquisa e encontrei, então assim, por ser os portugueses quem coloni4aram aqui.

    !u me espel+o muito nesta +ist-ria, que &ieram os portugueses pra cá e que é um po&omuito *atal+ador que se adaptou *em no norte e nordeste, á foi criando fam'lia e á foienrai4ando por lá mesmo.

    ! por parte da min+a mãe, tem tam*ém os europeus que &iram que a terra era muito *oa e&ieram pra cá pra plantar e aca*aram ficando e a udando a construir o nosso pa's.

    De /orm =ue =u(9 8 mu(to (m ort nte re'' ,t r9 =ue não tem um r ç de/(n(d 9 n8;'omo' uma mistura de raças@ no meu caso, a min+a mãe é da ep/*lica Vc+eca, meus a&-s

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    e esta é a descend1ncia da min+a mãe, a fam'lia do meu pai é de Portugal e eu sou um *rasileiro, né3

    esposta de %a$ #s meus a&-s paternos são italianos leg'timos, eles fala&am em italiano

    até morrerem, e eram super tradicionais, super passionais, aqueles italianos que c+oram,gritam e depois dão um *ei o tudo ao mesmo tempo. ! do lado materno, eles eram muitosérios, muito fec+ados, italianos tam*ém, mas aqueles mais sisudos que fala&am *ai7o,demonstra&am pouco as suas emoç(es, mas à sua maneira, eram carin+osos tam*ém. !leseram os opostos, né3

    s meus avôs de certa forma eram os meus her!is 9 um de,e' er en$en:e(ro e e,e er+(ent('t t m#8m9 e ('to me (n/,uen+(ou em 'er um + d>m(+o. E o outro & 9 e,etr # ,: & em +om8r+(o e ('to t m#8m ode ter me (n/,uen+( do em 'er em re'2r(o

    t m#8m. Então9 o m (' '8r(o me deu # $ $em + d>m(+ e o m (' de' o4 do meudeu o +on&)&(o 'o+( , m (' ,(&re.! com relação às a&-s, as duas eram *astante sérias, *astante sisudas e eu diria que eu +erdei delas a seriedade, a questão da responsa*ilidade, omodo de lidar com as finanças.Então e, ' der m e't + r$ m (' re' on'2&e,. Eu t(&eum #(' &6 &(& =ue eu +on:e+( e e, #r(n+ & +om($o9 e,o meno' t8 o' meu' de*

    no' de (d de.:e qualquer forma, todos os meus parentes &i&eram até os oitenta, no&entae até os cem anos de idade, então n-s ti&emos &árias geraç(es &i&endo untos ao mesmotempo, transmitindo as tradiç(es, as informaç(es. Alguns deles tin+am a mente a*erta,

    outros nem tanto e era *em di&ertido ou&ir as +ist-rias deles.T nto 8 =ue em "BB / ,e+eu m(n: &6 or rte de (. A m (or tr('te* do / ,e+(mento de, não /o( nem e, termorr(do9 or=ue ('to er n tur ,9 m ' de tod ' ' :('t6r( ' d 8 o+ de, teremmorr(do 4unto.!ntão é como se uma fase inteira da +ist-ria simplesmente desaparecesse. !isto dei7ou a fam'lia muito c+ateada. %omo que se ti&esse ocorrido um silenciamento detoda uma geração, porque ela era um personagem que tin+a +ist-rias de séculos unto comela.E =u ndo e, / ,e+eu9 'er( +omo um 2$(n d :('t6r( t(&e''e '(do '(m ,e'mente=ue(m d 9 então /o( um (m +to mu(to m (' /orte. A $ente não rendeu re+e(t ''e+ret ' de / m),( ou :('t6r( 'de parentes distantes, nomes que s- ela con+ecia, e tudoisto foi em*ora. !ntão é uma coisa *em doida.

    A análise das respostas dos participantes na pesquisa de Iniciação %ient'fica foi e7tensa pois+ou&eram outras quest(es a*ordadas. Porém, na análise a*ai7o destaco apenas a conclusãogeral que refere)se ao o* eti&o da monografia.

    0.1 Con+,u'ão Ger , re/erente n2,('e d ' n rr t(& ' do'

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    rt(+( nte' entre&('t do' r e'=u('de (n(+( ção +(ent)/(+ .%om as entre&istas, os resultados alcançados foram positi&os, pois os participantes semostraram interessados em cola*orar e pessoalmente, durante as quest(es, eles pareceremfeli4es de poder falar so*re a sua ancestralidade@ quase todos participantes me disseram queiriam se dedicar no aprofundamento so*re o assunto, pois o tema da pesquisa l+esdesa*roc+ou a curiosidade. Particularmente senti que a entre&ista mo*ili4ou os participantes>perce*ido pela 1nfase nas respostas deles?, pois demonstra&am pra4er em falar so*re a suaancestralidade. :urante suas narrati&as fa4iam pausas para pensarem na resposta, o quedenotou uma necessidade de *usca introspecti&a@ positi&a para mim como pesquisadora e psic-loga, pois senti que cola*orei de alguma forma com o processo de interiori4ação econscienti4ação de cada um deles com relação a si e a +ist-ria de suas origens.

    :e acordo com a análise, foi poss'&el constatar nas narrati&as dos participantesa aus1ncia de con+ecimento aprofundado so*re suaancestralidade, pois con+eciam +ist-rias, referentes apenas até a terceira geração, sendo queinformaç(es so*re a quarta geração são precárias e fragmentadas. !estas informaç(es foram o*tidas somente conformecon&i&1ncia familiar, e não *uscadas no sentido de resguardar estas mem-rias.

    !nfim os costumes, +á*itos, crenças, e &alores de pelo menos uma das origens dos participantes >materna ou paterna?, ou se a, a *agagem cultural familiar foi recon+ecidacomo inerente em suas &idas, com e7ceção da :a@ aspectos que corro*oram para aconser&ação e manutenção parcial dos

    &alores familiares, porém em constante reatuali4ação e negociação com seus interesses nacontemporaneidade. 0o entanto, na análise identificamos que refle7(es so*re a pr-priaár&ore geneal-gica nunca foi e7perienciada pelos participantes, o que l+es causaramespanto quando &iram o pouco que sa*iam so*re suas ancestralidades e como algumas de

    suas origens eram silenciadas.

    . Con+,u'ão

    A partir dos resultados de min+a pesquisa de Iniciação %ient'fica, as falas dos participantesapontam para um paulatino desenrai4amento, pois para a maioria dos participantes, não+ou&e interesse em resguardar as suas mem-rias@ o con+ecimento de sua ancestralidade se

    limitou a con&i&1ncia que ti&eram com os a&-s e *isa&-s. ! claramente &emos em algumas

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    respostas negação, e silenciamento de interfaces de suas origens, de&ida a negociação que precisam fa4er diante da sociedade.

    :iante deste pequeno recorte so*re a formação e atual con untura da fam'lia *rasileira,

    precisamos ficar atentos so*re o quanto grounding familiar é preser&ado e presente e oquanto a cultura ocupa este lugar.

    Fo en fa4 uma cr'tica social associando a crescente doença narc'sica da cultura ocidentala um desenrai4amento, cu a origem está na falta de contato com o self corporal, que para elerepresenta a ess1ncia da sa/de ps'quica. # corpo +umano possui organi4aç(es temporais eespaciais que t1m sido &ioladas pela aceleração da &ida moderna com sua so*recarga deinformação, a opressão da tecnologia e um &ertiginoso *om*ardeio de est'mulos &isuais.

    >Yeigand, ;

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    com a realidade udia. !sta situação dolorosa e ine7trincá&el pode condu4ir um pequeno n/mero desses ao masoquismo. >Sartre p.L;?

    !nfim, não *usco nesta monografia separar o grounding familiar do grounding cultural á

    que sa*emos que eles se fundem, porém ao sa*er o quanto da cultura familiar é mantida podemos destacar e discriminar o quanto de aut1ntico este indi&iduo é nesta sociedade tãomassificante e a)+ist-rica.

    9islum*rar os aspectos culturais que mant1m o indi&'duo em grounding na cultura, deacordo com o momento +ist-rico &i&ido@ entender qual é o con+ecimento tido referente à pr-pria cultura familiar e ancestral, aprofundar o assunto so*re as suas origens, identificá)lano pr-prio corpo, perce*er a aceitação com relação a isto e respeitá)la é um camin+o deenrai4amento pr-prio do self em *usca de uma autenticidade.

    !sta monografia &isa a*rir o leque de perspecti&as que n-s, analistas *ioenergéticos, precisamos con+ecer para facilitar o cliente na sua su* eti&ação, autenticidade eenrai4amento funcional nesta sociedade em constante transformação.

    Dostaria de finali4ar com uma citação de !ster 8ran\el que sinteti4a *ril+antemente a proposta de min+a pesquisa$

    0o outro dia eu esta&a lendo um artigo interessante so*re a necessidade da+istoricidade para a su* eti&ação 2 porque a +ist-ria pessoal é

    e7tremamente necessária para o desen&ol&imento do mundo su* eti&o. !sta+ist-ria possi*ilita à pessoa sa*er um pouco so*re o que a afeta, por e7emplo$ às&e4es, mesmo sem ter con+ecido seu a&5, a maneira de &oc1 segurar uma col+er,apan+ar caneta 2 +á*itos determinados 2 é igual à dele, mesmo que &oc1 nãosai*a, é muito interessante. ! acredito que pri&ar o su eito desse con+ecimento éaltamente empo*recedor. # espectro das possi*ilidades de&eria estar maisintegrado, por e7emplo, se &oc1 sa*e que &em de diferentes etnias isto poderáa udá)lo a compreender traços de seu pr-prio comportamento, que tal&e4 se a,

    digamos, moderno em alguns aspectos e e7tremamente conser&ador em outros.Supon+amos que &oc1 te&e uma *isa&- 'ndia e um *isa&5 portugu1s. 8a4 parte dasua +ist-ria con+ecer esta mistura e esta origem, até mesmo para poder +onrarseus antepassados. ! o que é +onrar3 Konrar é con+ecer, recon+ecer asdiferenças, sa*er que &oc1 as possui, sa*er que &oc1 fa4 parte desta tapeçaria. Nimportante para mim poder ter acesso a li&ros e filmes que falem das min+asorigens, o que fa4 aumentar a autoestima. ! acredito mesmo que, muitas &e4es, aautoestima possa ser diretamente proporcional ao quanto &oc1 con+ece de sua pr-pria +ist-ria, o quanto &oc1 respeita as origens. espeitar é ol+ar parasuas ra'4es e ser capa4 de &alori4á) las. >8ran\el, ;

  • 8/19/2019 Grounding Familiar e Cultural Em Um Contexto de Diversidade Étnica

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    Portanto, pretendo com esta monografia fomentar em n-s analistas *ioenergéticos, a percepção da import ncia quanto ao resgate das +ist-rias familiares, culturais e ancestraisdos nossos clientes, não s- como meio de podermos facilitar a eles a elucidação da origemde suas neuroses, o*sess(es, etc., mas tam*ém para com eles percorrer &eredas su* eti&as eleg'timas importantes para seu autocon+ecimento.

    0um mundo cada &e4 mais *oderline *uscar a nossa autenticidade, nossas ra'4es é umaforma de recon+ecer nossos limites, nossas moti&aç(es e nossa di&ersidade.

    Perce*er como re&er*era em nossas &idas todo o processo familiar e ancestral nos engendra para uma lin+a +ist-rica pessoal.

    !sta que pode nos condu4ir para um aumento de nossa autoestima, ou não, poréminfali&elmente nos condu4 para a consci1ncia de n-s mesmo e de nossa +istoricidade.

    econ+ecer em n-s comportamentos de negação, negociação ou silenciamento por falta deinteresse so*re nossa +ist-ria, nos condu4 para a possi*ilidade de promoção de um no&oarran o mais grounding para cada um@ pois trata)se de um processo +ist-rico que não pertence apenas a n-s e sim a uma ár&ore geneal-gica familiar que se configura em fatos nanossa +ist-ria.

    A"V# $ Fet'cia Andrade :o csar

    # I!0VA:# A$ Féia %ardenuto

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