Governo PT - Uma análise econômica do período Lula-Dilma
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Governo PT
Uma análise econômica dos
Governos Lula e Dilma
Manoel Júnior S. Romão
Carlos Aguiar dos Santos
Solange Neves Carmo
1º GovernoLula, 2003
Cara
cterí
stic
as
Criação do Conselho
de Desenvolvimento
Econômico e Social, constituído por representantes dos trabalhadores, dos empresários, do governo e outros setores da sociedade.
Cara
cterí
stic
as
Rompimento do alinhamento automático com os
EUA
Cara
cterí
stic
as
Formação da Comunidade Sul-Americana de Nações
(Casa), depois rebatizada como União
das Nações Sul-Americanas (Unasul), a
diplomacia brasileira
articulou a formação do
Grupo dos 20 (G-20)
para atuar no contexto
da Organização Mundial
do Comércio (OMC).
Polít
ica
Eco
nôm
ica Política Monetária
Política Fiscal Política Cambial
SELIC e Câmbio 2004/fev. 2005.
Fonte: Banco Central do Brasil apud SOUZA (2007)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2.933
2.902
2.872 2.762 2.725 2.711 2.563
16
16.2516.75 17.25 17.75 18.25 18.75
Taxa de Câmbio (R$/US$)
Taxa SELIC
Evolução da dívida líquida interna pública (Dez. 2002 à Dez. 2005)
Jan-02 Jan-03 Jan-04 Jan-05820
840
860
880
900
920
940
960
980
1000
1020
881.1
913.15
957
1002
Valor (R$ bilhões)
Valor (R$ bil-hões)
Conquis
tas
liderou o Mercosul contra a tentativa de o
governo dos EUA impor uma agenda unilateral para a formação da Área de
Livre Comércio das Américas (Alca)
Conquis
tas
Implementou o aprofundamento das
relações com os países da África e do
mundo árabe, e com a
China, a Rússia e a Índia, além de outros
países em desenvolvimento.”
Conti
nuid
ade
FHC
Gestão financeira interna do país continuou subordinada
ao FMI, além de dar continuidade às reformas microeconômicas do
governo anterior.
2º GovernoLula, 2007
Expansão do Mercado
InternoExpansão econômica
sustentada pelos investimentos e pelo
consumo das famíliasPolíticas creditícias
expansionistas e de combate a crise internacionalAmpliação dos programas
sociais por meio das
políticas de renda e distributivas
Cara
cterí
stic
as
Priv
ati
zaçõ
es/
C
once
ssões
Concessão de cerca de 2,6
mil quilômetros de rodovias
federais, que foram a leilão
em 9 de Outubro de 2007
Houve também a privatização de 720 quilômetros da Ferrovia
Norte-Sul para a Vale do Rio
Doce pelo valor de R$ 1,4
bilhão.Hidrelétrica Santo Antônio, Usina Hidrelétrica de
Jirau e a linha de transmissão Porto Velho – Araraquara.
Dir
eit
a o
u
Esq
uerd
a? Bolsa Família
Aumento do Salário Mínimo
Expansão do Crédito
Política Macroeconômic
a
Dados
da D
ívid
a
Crédito Externo
Dívida Interna
Divida Total
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
1.17%
43.50%
54.90%
15.18%
48.70%
39.20%
1º Governo2º Governo
Porcentagem baseada no PIB
Curi
osi
dades
Eco
nôm
icas
0
400
800
1200
1600
758.8
1491.4
Montante do Período 2003 à 2010
Valor em R$ Bilhões
Inflaçã
o Apesar de ter ficado
dentro da meta (4,5 com 2 p.p.), o IPCA foi
o maior registrado desde 2004.
Governo Dilma2011-2012
“Não quero ser a presidenta que cuida
apenas do desenvolvimento do
país, mas das pessoas”
(Dilma Rousseff)
Inflaçã
o
O índice de inflação
encerrou 2011 com uma taxa acumulada
de 6,50% e ficou no teto da meta estabelecida pelo
CMN, registrando o maior nível anual desde 2004, quando
apresentou taxa de 7,60%
Taxa
de Juro
s (S
ELI
C)
Em 2011 o Governo Dilma manteve a política
do Governo Lula de aumento da taxa de juros
para controlar a inflação.
Taxa de 12%a.a.Em 2012, com índices
altos de popularidade,
Dilma deu início à fase da
ousadia. Após negociações com o COPOM, em Out. de 2012
a Taxa cai para 7,25% a.a.
PIB
PIB cresce 2,7% em 2011 e
alcança R$ 4,1 trilhões
O resultado é menos da metade
do crescimento do PIB em 2010
(7,5%) e bem abaixo das
projeções feitas no começo do
anoApesar de ter desacelerado em
2011, o crescimento econômico
do Brasil foi suficiente para
ultrapassar o PIB do Reino
Unido e colocar o país no sexto
lugar entre as maiores
economias do mundo, segundo
ranking do banco alemão
WestLB.
Cre
scim
ento
2012
Observa-se um tipo de
crescimento com elevação do consumo
das famílias, mas com
baixo dinamismo da indústria, caracterizado
externamente por uma aceleração das cadeias produtivas Asiáticas, que vem reprimindo as exportações e regredindo nossa estrutura produtiva.
Ince
nti
vos
à
Indúst
ria
PLANO BRASIL MAIORREDUÇÃO DO IPIAUMENTO DA TAXAÇÃO
DE PRODUTOS IMPORTADOSIMPOSIÇÃO DE
BARREIRAS COMERCIAIS
E TARIFÁRIAS
Poupança
O governo atrelou a remuneração
da poupança à taxa básica de juros,
a Selic, substituindo o critério
antigo de remuneração, que é de
6,17% ao ano mais variação da
Taxa Referencial (TR). Agora, o
rendimento será a partir da
variação da TR mais 70% da Taxa
Selic, quando a taxa básica de juros
chegar a 8,5%, ao ano ou menos.
Atualmente, a Selic está fixada em
7,25% ao ano. A medida permitiu
que o governo continuasse a baixar
os juros sem que os grandes
investidores se sentissem
estimulados a migrar para a
poupança e deixassem de comprar
títulos públicos.
Merc
ado
Finance
iro
As mudanças entre o
sistema financeiro e o
Estado brasileiro (política monetária menos ortodoxa com
redução mais rápida da
SELIC, redução dos juros
dos bancos públicos,
etc.) expressam a ruptura da hegemonia
do segmento bancário-
financeiro no bloco no
poder.“É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo. Esses valores não podem continuar tão altos” (Dilma Rousseff)
Em condições de poder, a mulher deixa
de ser vista como objeto frágil e isso é
imperdoável. Aí começa a história da
mulher dura. É verdade: eu sou uma
mulher dura cercada
de homens meigos.Dilma Rousseff
Conclu
são
O período iniciado em 2003 e que dura até hoje , está
marcado por três mandatos e dois estilos de governar.
Portanto, pensamos que é inadequado se referir a esse
momento como “Governo Lula-Dilma”, como muitos
autores tratam.
Dentre as principais características evolutivas do período
estão a liquidação da dívida externa do país, a redução
da taxa básica de juros da economia e a diminuição da
desigualdade social. Todas essas características
contribuíram para alavancar a economia e impediram
grandes danos durante a crise internacional.
Tem-se então uma série de avanços, que como pode-se
perceber, são a combinação de diversos fatores, onde a
mínima ligação ou menos decisiva, seria partidária. Nas
palavras de Cardoso (2010) “Cada governo novo, têm
que fazer mais que o anterior, senão ficou para trás”
Seriam essas mudanças decorrência do estilo
mais contundente da presidenta Dilma em
comparação com o mais conciliador do ex-
presidente Lula?
Refe
rênci
as
BARBOSA, N. & SOUZA, J.A.P. A inflexão do governo
Lula: política econômica, crescimento e
distribuição. In: SADER, A & GARCIA, M. Brasil, entre
passado e o futuro. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo/Boitempo, 2010.
CARDOSO, F.H. As idéias e seu lugar: ensaios sobre as
teorias do desenvolvimento. São Paulo: Vozes, 1980
GRAMSCI, A. Maquiavel, a política e o Estado moderno.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1978.
MARQUES-PEREIRA, J. & BRUNO, M. Institucionalidade e
política econômica no Brasil: uma
análise das contradições do atual regime de
crescimento pós-liberalização. In: VIANNA, S &
BRUNO, M. & MODENESE, A. (orgs.) Macro para o
desenvolvimento. Brasília: Ipea, 2010.
WILSON, Woodrow. O estudo da administração.
Cadernos de Administração Pública, Rio de Janeiro, n.
16, p. 1-35, 1955.