GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL · 2018-07-19 · participação de todos os segmentos envolvidos, ......
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE TAGUATINGA
CENTRO EDUCACIONAL 06 DE TAGUATINGA
PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
O nosso projeto é a nossa cara, nos identifica
como instituição, pois é parte de quem somos.
Faz parte de nosso próprio diálogo com
o mundo que queremos construir.
Professores, alunos, funcionários, pais e equipe diretiva da escola
BRASÍLIA – 2018
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SUMÁRIO
. Apresentação do Projeto Pedagógico.................................................. pág.04
. Historicidade ....................................................................................... pág.06
. Diagnóstico da Realidade ................................................................... pág.08
. Princípios Orientadores ...................................................................... pág.12
. Objetivos ............................................................................................. pág.13
. Concepção Teórica ............................................................................ pág.14
. Organização do Trabalho Pedagógico na Escola ............................... pág.16
. Organização e prática pedagógica ...................................................... pág.17
. Organização Curricular ....................................................................... pág.21
. Plano de Ação para Implementação do PPP ...................................... pág.26
. Avaliação Institucional.......................................................................... pág.32
. Anexos – Projetos Específicos ............................................................. pág.35
. Referências Bibliográficas .................................................................... pág.200
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APRESENTAÇÃO
Este Projeto Político Pedagógico é fruto do esforço coletivo dos
integrantes desta comunidade escolar. Temos o objetivo de transpor todo o
movimento educativo que o Centro Educacional 06 de Taguatinga constrói no
seu dia a dia. Este é um desafio, uma vez que as palavras nem sempre
demonstram as emoções, o crescimento e o envolvimento de toda a comunidade
escolar em prol da qualidade social de todo o processo de construção pelo qual
temos passado.
Para a elaboração deste Projeto Político Pedagógico, foi necessária a
participação de todos os segmentos envolvidos, promovendo a participação de
todos em oficinas pedagógicas onde pudessem, assim, emergir princípios
filosóficos, sociológicos e políticos, para uma reflexão sobre a organização do
trabalho escolar, alguns valores referentes à educação e sociedade, educação
e Estado permeando todas as discussões para a construção coletiva Projeto.
A partir destes fundamentos, o debate sobre a educação é indissociável da
criação de um espaço crítico e inovador que busque responder aos questionamentos
que surgem a partir de nossa própria história, cultura e necessidades com o objetivo
de produzir um novo olhar sobre a educação que queremos e fornecendo,
evidentemente, as bases para os processos pedagógicos participativos, criativos e
atuantes.
O século XXI emerge com a necessidade de um conhecimento
construído a partir do novo e das novas tecnologias, os desafios são cada vez
maiores e exige da sociedade uma nova postura profissional e pessoal, em que
o aluno e a comunidade escolar são participativos e desenvolvem suas
competências de acordo com o contexto em que estão inseridos e as condições
para o desenvolvimento destes alunos sejam significativas e compreenda a
sociedade e a formação da população brasileira.
É importante ressaltar que não se trata de um projeto acabado, mas de
uma proposta realista de uma construção coletiva, podendo e devendo ser
alterada ao longo do processo de acordo com a avaliação das ações
implementadas.
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HISTORICIDADE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Da Instituição Educacional
Nome da Instituição
Educacional Centro Educacional 06 de Taguatinga
Endereço Completo QNL 01 Área Especial 01 – Setor L norte
Taguatinga – DF – CEP 72150-508
Telefone/ Fax/ e-mail 3901 6750 / 3901 6751-
E-mail: [email protected]
Localização
Escola situada em área urbana, no setor
QNL de Taguatinga, próximo ao
Atacadão Extra, cruzamento da via
estádio com via de acesso a Samambaia.
Divisão de Ensino Coordenação Regional de Ensino de
Taguatinga
Data de criação da Instituição
Educacional
30/08/74 (DODF nº 148, 26/09/74) como
Centro de Ensino de 1º grau 06 de
Taguatinga - Transformado em Centro
Educacional 06 de Taguatinga em
28/02/85 pela Resolução Nº 1360 C.D.
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HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
A construção do Centro Educacional 06 iniciou-se em 1973,
porém só foi entregue à FEDF (Fundação Educacional do Distrito Federal) no
ano seguinte, em 1974. As atividades escolares se iniciaram em julho do corrente
ano, mas oficialmente sua inauguração data de 30 de agosto de 1974 sob a
direção da professora Maria José Pereira Alves. Tornou-se Centro de Ensino de
1º Grau em CENTRO INTERESCOLAR 03 DE TAGUATINGA, conforme
Resolução no 96- CD de 28/04/77 (DODF Nº 86, de 09/05/77), Reconhecida pela
Portaria no 17 - SEC de 07/07/80 (DODF no 129, de 10/07/80) Transformado de
Centro de Ensino de 1º grau 06 de Taguatinga em CENTRO EDUCACIONAL 06
DE TAGUATINGA, conforme resolução nº 1,360 - CD- DE 28/02/85.
ESTRUTURA FÍSICA
A estrutura física da escola é constituída por: 20 salas de aula,
02 salas de vídeo, laboratório de Ciências, 01 laboratório de informática, 01
biblioteca, sala de Recursos ( destinada aos alunos do atendimento educacional
especial), secretaria, 01 sala de Prevenção DST-AIDS, 01 sala de Orientação
Educacional – SOE, 01 sala de assistência pedagógica, 01 sala de assistência
administrativa, 01 sala de Direção e vice direção, 01 sala de mecanografia, 01
sala dos professores, 01 sala de coordenação pedagógica, auditório (400
lugares), 01 sala com espelho para multifuncional, 02 quadras externas, 01
quadra interna, área de lazer, cantina, refeitório e quatro banheiros e um para
portador de necessidades especiais e espaço cultural.
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DIAGNÓSTICO DO PERFIL SÓCIO ECONÔMICO
DOS ALUNOS DO CED 06 DE TAGUATINGA
DISTRITO FEDERAL — 2013.
PREÂMBULO
Foi realizada pesquisa com o corpo discente do ensino médio do
CEd. 06 de Taguatinga, Distrito Federal, no decorrer do ano de 2013, com o
objetivo de traçar um primeiro perfil sócio econômico dos alunos e das famílias
dos mesmos.
Foi elaborado por um grupo de professores em parceria com a
direção um conjunto de 23 perguntas, que tiveram o objetivo de traçar o perfil
proposto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A primeira questão diz respeito a verificar qual a maior necessidade
enfrentada pela família do aluno. Identificou-se de que pela visão do aluno a
maior necessidade global é o acesso a lazer com 33,08% da demanda, seguida
de trabalho com 24,11%. Ao se fazer o extrato por series tal demanda não se
mostra muito diferente, do apresentado de forma global. Na análise destaca-se
que no conjunto de alunos surdos, 43,33% tem como maior demanda o trabalho.
Variavel 1º anos2º anos3º anossurdosTOTAL1º anos 2º anos 3º anos surdos TOTAL
TRABALHO 22,36% 21,14% 28,57% 43,33% 24,11%
ALIMENTOS 2,03% 1,14% 0,00% 0,00% 1,31%
MEDICAMENTOS 3,66% 4,57% 1,19% 3,33% 3,55%
ASSISTENCIA MÉDICO ODONTOLOGICO 6,10% 10,29% 7,14% 20,00% 8,41%
ESCOLA 0,81% 1,71% 1,19% 3,33% 1,31%
VESTUÁRIO 1,22% 3,43% 0,00% 0,00% 1,68%
CALÇADOS 0,00% 1,71% 1,19% 0,00% 0,75%
MATERIAL ESCOLAR 0,81% 1,14% 0,00% 0,00% 0,75%
PRODUTOS DE HIGINE PESSOAL 0,00% 0,57% 0,00% 0,00% 0,19%
LAZER 37,80% 26,86% 39,29% 13,33% 33,08%
OUTROS 25,20% 27,43% 21,43% 16,67% 24,86%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
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Verificou-se que o tamanho predominante da família do aluno é
composto por ele e mais 4 pessoas, isto é, o núcleo familiar possuindo 5
membros, representando 31,90% do universo amostral.
Deste extrato verificamos que em média 1,08 membros estão
desempregados, ou cerca de 20% dos membros das famílias. Mas ao se fazer
um retrato especifico para os alunos surdos, o índice de desemprego é 23%
maior que na família dos demais alunos.
Temos que cerca de 44, 10% das famílias tem como principal
provedor o pai do aluno, seguido de perto da mãe com 37,83.
Verificou-se também que 67,11% dos alunos tem seu provedor
principal com a formação de até o nível fundamental completo, e 23,11% de nível
superior, com isto temos que a chance de um aluno ter origem de famílias
sustentadas por pessoas com formação de nível fundamental é de 2,48 vezes
que um de nível superior e de 7,19 vezes do que o de nível médio.
QUAL A PROFISSÃO DO
RESPONSVEL PELO SUSTENTO
DA FAMÍLIA?
Variável Total
FUNDAMENTAL 67,11%
MÉDIO 9,33%
SUPERIOR 23,56%
QUANTAS PESSOAS COMPÕEM A
FAMÍLIA - ALÉM DO ALUNO?
Variavel 1º anos2º anos3º anossurdosTOTALTOTAL %
1 0,34%
2 5,17%
3 19,31%
4 31,90%
5 25,69%
ACIMA DE 5 PESSOAS 17,59%
TOTAL 100,00%
TURMAS
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Identificou-se que cerca de 12% dos alunos tem seu principal
provedor vinculado em uma atividade econômica independente, isto é, gerando
emprego e renda, sendo ou comerciante ou empresário.
Verificou-se que 61,19% dos alunos moram em residência própria.
Verificou-se que 55,18% dos alunos estão inseridos em família com
renda familiar superior a 1,5 salários mínimos. E somente 2,32% dos alunos
estão em famílias que dependem de ajuda do Governo Federal.
Foi identificado que cerca de 17% dos alunos possuem algum
doente na família.
Foi identificado também que cerca de 18% dos familiares dos alunos possuem
problemas com drogas ou álcool.
Das famílias que possuem problemas com drogas e álcool, apenas 17% já
procuraram ajuda de profissional habilitado.
Variavel 1º anos 2º anos 3º anos surdos TOTAL
SIM 19,78% 15,53% 12,00% 10,53% 16,82%
NÃO 80,22% 84,47% 88,00% 89,47% 83,18%
Variavel 1º anos 2º anos 3º anos surdos TOTAL
SIM 20,36% 14,91% 19,61% 5,00% 18,12%
NÃO 79,64% 85,09% 80,39% 95,00% 81,88%
Variavel 1º anos 2º anos 3º anos surdos TOTAL
SIM 14,02% 17,78% 36,84% 20,00% 17,80%
NÃO 85,98% 82,22% 63,16% 80,00% 82,20%
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Verificamos que a demanda por orientação é comum entre os
alunos dos diversos anos, sendo concentrado em informação sobre
universidades e faculdades, representando em média 33,74% das demandas.
No extrato dos alunos surdos verifica-se uma divisão mais equânime entre
diversos alunos.
Identificou-se que 94,13% dos alunos são solteiros.
Verificou-se que 71% dos alunos não possuem filhos.
Variavel 1º anos 2º anos 3º anos surdos TOTAL
SAÚDE E BEM ESTAR 8,17% 11,63% 10,22% 12,82% 9,85%
PREVENÇÃO DE DROGAS 4,64% 3,49% 1,08% 7,69% 3,90%
COMO PARAR DE FUMAR 1,99% 2,33% 0,54% 1,28% 1,74%
SEXUALIDADE - DST 8,17% 2,71% 2,69% 10,26% 5,85%
ADMINISTRAÇÃO FAMILIAR 1,55% 3,88% 5,91% 3,85% 3,18%
ORIENTAÇÃO JURÍDICA E CIDADANIA 2,21% 3,49% 8,06% 3,85% 3,79%
CULINÁRIA - ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL 5,96% 5,43% 4,84% 7,69% 5,74%
ALFABETIZAÇÃO 1,10% 0,78% 2,15% 5,13% 1,54%
RELACIONAMENTO CONJUGAL E FAMILIAR 2,65% 3,10% 4,30% 10,26% 3,69%
EDUCAÇÃO DOS FILHOS 1,99% 1,94% 3,23% 10,26% 2,87%
PROFISSIONALIZAÇÃO/TRABALHO 21,41% 25,97% 20,97% 10,26% 21,64%
UNIVERSIDADE E FACULDADES 35,76% 34,50% 34,95% 16,67% 33,74%
OUTROS 4,42% 0,78% 1,08% 0,00% 2,46%
Variavel TOTALtotal %
SOLTEIRO 94,13%
CASADO 1,60%
SEPARADO 0,89%
OUTROS 3,38%
Variavel total
NÃO TENHO FILHOS 71,06%
1 4,85%
2 14,73%
3 2,95%
4 2,25%
MAIS DE 4 FILHOS 4,16%
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PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Princípios Didático-Pedagógicos
Pensar a educação requer uma análise das mudanças na
economia das trocas conforme salienta Bourdieu (1999, 2000). Para Libâneo
(2003) um novo paradigma é construído oriundo da globalização, da revolução
informacional, da despolitização da sociedade, da crise ética e a exclusão social
que são fatores que interferem na consolidação da democracia.
A concepção de escola definida neste projeto se fundamenta na
perspectiva de uma escola cidadã que, conforme Paulo Freire, caracteriza-se
por aquela que viabiliza a cidadania, ou seja, uma escola de comunidade e de
companheirismo. Essa escola é o locus central do processo educativo. É nesse
local que se concentram os esforços de ensino e aprendizagem e de exercício
da cidadania ativa. Segundo Padilha (2003), é necessário compreender as
relações institucionais, interpessoais presentes na escola, avaliando e
ampliando a participação de diferentes atores na gestão escolar, pois se trata de
local propício para o debate e a construção da identidade desta escola cidadã.
Uma concepção de educação transformadora,
emancipadora e democrática constitui fonte de aprendizagem e possibilita uma
educação inclusiva a todas as camadas sociais, proporcionando ao aluno
reconhecer na escola o foro legítimo para sua atuação como sujeito ativo, crítico
e consciente do contexto mundial em que está inserido.
Para tanto se faz necessário o desenvolvimento de ações
pedagógicas que priorizem o princípio da democracia que é utilizado neste
projeto como superação do conceito de participação, mediante o voto ou a busca
do consenso. Tal princípio se concentra na participação ativa, consciente e
criativa do estudante e de toda a comunidade escolar, mediante a construção de
valores que proporcionem exercício democrático (SILVA,2004), ou seja, a partir
de práticas democráticas, da abertura ao diálogo e da vivência de uma
democracia inclusiva, busca-se consolidar os princípios de uma sociedade
democrática.
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OBJETIVOS
1 - Desenvolver projetos que elevem a autoestima, a motivação do aluno e do
professor, com intento de humanizar as relações interpessoais;
2 - Priorizar a aprendizagem significativa no processo de ensino e
aprendizagem, por meio da contextualização e da interdisciplinaridade,
buscando elevar os índices nas avaliações do SIADE, PAS e ENEM;
3 - Promover a formação continuada do professor nas coordenações
pedagógicas;
4 - Realizar a avaliação periódica dos projetos e das ações implementadas;
5 - Disponibilizar mais recursos didáticos;
6 - Garantir a inclusão, a aprendizagem significativa e o acompanhamento do
rendimento de todos os alunos;
7 - Promover uma gestão democrática na perspectiva da organização do
trabalho pedagógico de forma coletiva.
8 - Realizar ações que propiciem a vivência de relacionamentos que construam
a paz e a harmonia entre os membros desta comunidade escolar.
9 - Promover uma Educação Integral que proporcione a formação desportiva,
cultural e cognitiva dos discentes.
10 - Promover o uso das novas tecnologias com o objetivo de motivar novas
ações pedagógicas.
11 - Valorizar a autoestima dos alunos através de ações extraclasses nos
diferentes ambientes.
12 - Estimular o conhecimento científico a partir de experimentos práticos em
laboratório.
13 - Valorizar a prática de esportes em competições interclasses.
14. Organizar saídas de campo com o objetivo de ampliar os horizontes
culturais dos educandos.
15. Buscar parcerias que facilitem a implementação de ações educativas.
16. Promover a interação da comunidade com o objetivo de fortalecer os laços
de pertencimento dos atores envolvidos na formação dos alunos.
17. Criar condições de acessibilidade para alunos com necessidades especiais.
14
18. Criação e implementação de Projeto tecnológico para a acessibilidade
digital em todas as dependências da escola.
Concepção teórica
Esta instituição percebe a aprendizagem como um processo
contínuo de interação do aluno com o mundo que o cerca e com as experiências
vividas tanto no ambiente escolar quanto familiar. Nesse contexto, o trabalho
pedagógico e as ações do coletivo escolar buscam subsidiar e propiciar ao aluno
aquisição de conhecimentos e relações educacionais e sociais. Logo, acreditamos
na concepção de uma educação interacionista que o professor é o mediador da
aprendizagem.
Na perspectiva curricular haverá a intenção de relacionar teoria
e prática, utilizar a interdisciplinaridade em busca da formação de
competências, que se dará em um processo contínuo de aprendizagem, tanto
para o professor quanto para o aluno. Sendo a avaliação significativa de todos
os segmentos envolvidos no trabalho pedagógico, como fonte de realimentação
e reorientação do projeto educativo (FAZENDA, 1994). A prática pedagógica terá
como foco o aluno, que coletivamente e conscientemente buscará interferir e
participar de práticas democráticas em espaços na escola, em prol da qualidade
social. (SILVA, 2004), acrescentamos ainda a necessidade de um currículo em
movimento. Reiterando a condição permanente de transformação e mudanças
que permitam nos entender que a educação não é estática.
O Projeto pedagógico é o instrumento essencial e unificador dos
projetos da comunidade escolar para a organização da prática pedagógica. Para
concluir e sintetizar os princípios da prática pedagógica desta I.E. podem-se
apresentar:
• Elaboração do projeto político pedagógico, elegendo o aluno como centro
das ações;
• a interdisciplinaridade como uma metodologia a ser adotada pelo
professor;
15
• pluralidade de expressão, ideias, concepções e projetos; descentralização
do poder mediante ação dos conselhos;
• transparência nas informações;
• coerência entre discurso e prática;
• cultura do querer fazer;
• clima organizacional prazeroso, motivador e de valorização do
profissional;
• compromisso com a democracia e a cidadania. (Bordignon & Gracindo,
2001).
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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO NA ESCOLA
Modalidades
O Centro Educacional 06 de Taguatinga, escola pública da
Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, está localizada numa área
urbana na cidade de Taguatinga-DF e oferece a Educação Básica na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, 1°, 2°e 3° segmentos
e Ensino Médio na modalidade Regular. No turno matutino, atende
aproximadamente 800 alunos do Ensino Médio, em sua maioria, jovens
adolescentes na faixa etária entre 14 a 18 anos. No turno vespertino é
desenvolvida a modalidade EJA nos três segmentos com aproximadamente 500
alunos. No turno noturno na modalidade EJA no 2° e 3° segmentos com
aproximadamente 750 alunos na faixa etária acima de 15 anos provenientes
das escolas classes, situadas na QNL e proximidades como: Samambaia,
Ceilândia, Recanto das Emas.
Na modalidade EJA 2° segmento concentra-se um vasto
universo de estudantes, que em sua maioria, evadiu do Ensino Fundamental
pelos mais diferentes motivos. Neste turno, concentram um número significativo
de alunos em liberdade assistida e semiliberdade, provenientes de abrigos
diversos. No noturno, são jovens e adultos trabalhadores que buscam recuperar
o tempo.
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ORGANIZAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA
Supervisão Pedagógica do Ensino Regular e EJA
De acordo com o Regimento Escolar das Instituições
Educacionais da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal (DISTRITO
FEDERAL, 2009, p. 22), cabe ao Supervisor acompanhar o processo
pedagógico dos setores de Coordenação Pedagógica, Orientação Educacional,
Atendimento Educacional Especializado/Sala de Recursos, Conselho de Classe
e Educação Integral, desempenhando funções de articulador das ações
promovidas pela escola.
Cabe ao supervisor implementar a Proposta Pedagógica e
acompanhar os professores durante todas as etapas do processo, assim como
divulgar a participação docente. Ele deve dar encaminhamento à execução do
Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito federal por meio
de atividades programadas para esse fim; “(...) elaborar relatórios das atividades
desenvolvidas (...)” (DISTRITO FEDERAL, 2009, p. 17) e acompanhar os alunos
com necessidades especiais em articulação com a Orientação Educacional e
profissionais da Sala de Recursos. (Idem, Ibidem)
Coordenação Pedagógica do Ensino Regular e EJA
Em conformidade com o Regimento Escolar das Instituições da
Rede Pública do Distrito Federal (DISTRITO FEDERAL, 2009, p.23), cabe à
Coordenação Pedagógica “planejar, orientar e acompanhar as atividades
didático-pedagógicas, a fim de dar suporte à Proposta Pedagógica, promovendo
ações que contribuam para a implantação das Orientações Curriculares da
Secretaria de Estado de Educação em vigor.”
A coordenação pedagógica desempenha a função de
organizadora, estimuladora e mediadora durante processo de desenvolvimento
da proposta curricular, envidando ações pedagógicas entre os diferentes
segmentos escolares; orienta e acompanha o trabalho docente; propõe reflexão
18
avaliativa acerca das ações pedagógicas com o objetivo de melhorar o processo
de ensino e aprendizagem. (DISTRITO FEDERAL, 2009, p. 24)
Orientação Educacional
A Orientação Educacional constitui um elemento da organização
pedagógica que está voltada para a identificação, prevenção e superação de
conflitos, por meio do planejamento de “(...) ações integradas às demais instâncias
pedagógicas da instituição educacional (...)” (DISTRITO FEDERAL, 2009, p. 26).
Envolve a promoção de ações com a família que contribuam para a melhoria das
condições de aprendizagem dos alunos, visando o seu sucesso escolar, bem como
seu desenvolvimento integral, ampliando suas possibilidades de interagir no meio
escolar e social como cidadãos autônomos, críticos e participativos.
As atribuições daquele profissional envolve a implementação do
Serviço de Orientação Educacional e integra ações com os demais segmentos da
escola; identifica as necessidades da comunidade escolar; acompanha a execução
da Proposta Pedagógica; dá encaminhamento às atividades pedagógicas na
orientação de alunos quanto aos aspectos acadêmicos, profissionais e pessoais;
reflete juntamente com a comunidade escolar quanto à prática pedagógica; integra
escola e família; envolve-se com os projetos da escola por meio de ações
participativas, assim como elabora-os, com o objetivo da melhoria do ensino e da
aprendizagem. (DISTRITO FEDERAL, 2009, p. 26-27)
Atendimento Educacional Especializado/Sala de Recursos
O atendimento oferecido pela Sala de Recursos é feito em turno
inverso ao da escolarização, sem substituir as classes comuns, por meio do
apoio de dois profissionais especializados – um da área de Linguagens e outro
da área das Ciências Exatas – desde 1994. A função desse serviço é, conforme
o Regimento, “(...) identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos
19
no processo de ensino e aprendizagem, considerando suas necessidades
específicas.” (DISTRITO FEDERAL, 2009, p. 29)
Dentre as atribuições dos professores do Atendimento Educacional
Especializado – AEE, ainda de acordo com aquele Regimento, encontram-se as
seguintes: conduzir o atendimento educacional especializado, atentando para a “(...)
funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala
comum”; fazer a orientação de professores e famílias quanto à “participação dos
alunos nas atividades escolares” e quanto aos recursos pedagógicos e de
acessibilidade utilizados por ele. (DISTRITO FEDERAL, 2009, p. 30)
1º coordenador Kênia
Coordenação das Matrizes Curriculares
Escola Integral Entre Jovens
2º coordenador Alessandra
3º coordenador Elisabeth
4º coordenador Lenka
5º coordenador Saulo
Coordenadores Noturno Aldanir e Reuber
Ciências Humanas
Ciências da Natureza, Matemática
Olimpíada de Matemática
Linguagens, Códigos Olimpíadas de Português
1º Segmento EJA/VESPERTINO
Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, Códigos e
Linguagens
ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA ENSINO REGULAR/EJA
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Sala de Recursos
Orientação Educacional
1ª orientador Antônio Carlos
(matutino e vespertino)
Atendimento a alunos, pais e professores e
Projetos interativos
2ª orientadora Cláudia
(vespertino e noturno)
Atendimento a alunos, pais e professores e
Projetos interativos
Generalista
TGDs, DV, DF, DI
21
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Concepção
Uma organização curricular que respeite os princípios já
definidos neste projeto e atenda aos objetivos desta comunidade será
fundamentada na contextualização dos conhecimentos repassados ao aluno,
utilizando a interdisciplinaridade entre as três áreas do conhecimento de forma
flexível e planejada entre professor, aluno e coordenação.
A interdisciplinaridade, portanto é condição formadora,
indispensável ao desenvolvimento global do educando. Realizar a correlação entre
os conhecimentos já adquiridos e os conhecimentos novos e as situações concretas
propicia ao aluno autonomia intelectual e moral. A proposta da interdisciplinaridade
propõe uma prática pedagógica com sujeitos ativos, em que o papel do professor é
fundamental no despertar das competências e habilidades do educando.
A proposta curricular apresentada neste projeto não se prende a
determinadas teorias ou tendências pedagógicas, apesar de aproximar-se das
teorias crítico- sociais dos conteúdos (Charlot, Snyders, Saviani) e apresentar
um enfoque sociológico progressista (MEKSENAS, 2002):
a) Parte do princípio de que a escola pode ser um local de transformação.
b) A aquisição do conhecimento é uma ferramenta a mais no processo de
transformação.
c) Relação professor-aluno - o mediador entre o conhecimento e a prática
social do aluno.
d) Aluno aprende criticamente conteúdo.
e) O método de ensino: parte da ação à compreensão, da prática à
consciência dessa prática.
f) Relação professor-aluno: conhecer o estilo de vida dos alunos, propor
uma relação de diálogo para que possa fazer as intervenções que
estimulem a progressão.
22
Ensino Médio Regular
Quanto à organização curricular, esta escola, além de trabalhar
com as disciplinas obrigatórias do núcleo comum, também proporciona uma
atenção especial à Parte Diversificada com o projeto: Educando para a Vida.
Esse projeto aborda temas atuais e polêmicos relacionados à diversidade em
vários aspectos, às questões ambientais, sexual, gênero e étnico-raciais. A
prevenção DST/AIDS, ao uso de drogas com o apoio de entidades sensíveis à
causa e à desconstrução de preconceitos e à educação para a paz. Dentre
outros programas e ações, viabiliza insumos para a disponibilização de
preservativos na escola, tanto para adolescentes do Ensino Médio, quanto aos
alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA, estendendo aos pais e demais
interessados. Contamos com a parceria do Ministério da Saúde e Ministério da
Educação, participando do projeto Saúde e Prevenção nas escolas.
Cada área de conhecimento contribuirá com a sua visão em torno
de temas atuais, possibilitando aos alunos várias abordagens: humanística, cultural,
política e social. Espera-se que a concretização desta proposta pedagógica viabilize
a realização da missão desta Unidade escolar, proporcionando ao aluno a definição
de seus caminhos, elaborando e reelaborando os seus próprios projetos de vida.
O conteúdo programático será ministrado de forma que permita
ao aluno organizar e desenvolver a linguagem e o pensamento, evitando
prejuízos ao seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional e social. A
equipe desenvolve um excelente trabalho com diversos projetos e ações que
auxiliam a aprendizagem e a inclusão do aluno com necessidades especiais.
Educação de Jovens e Adultos
A EJA apresenta uma organização curricular própria definida
pelo Sistema de Ensino do Distrito Federal, apresentando um conjunto de ações
articuladas que visam à promoção da qualidade para esta modalidade.
23
ORGANOGRAMA CURRICULAR GERAL
SEE - DF
CED 06 TAGUATINGA
BASE COMUM E DIVERSIFICADA
ENSINO REGULAR EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
EDUCAÇÃO INTEGRAL
OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA
CRET
24
25
26
PLANO DE AÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO
DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Objetivos
1. Projeto de acessibilidade em todas as dependências da escola.
2. Construção de espaço para a realização das oficinas da Educação
Integral.
3. Construção de uma sala de leitura adequada às necessidades dos
alunos.
4. Cobertura das quadras de esportes.
5. Adequação do espaço dos laboratórios.
6. Reforma e adequação tecnológica do auditório e demais dependências
da escola.
7. Adequação da rede elétrica às novas necessidades tecnológicas.
8. Monitoramento das dependências da escola por meio de câmeras
visando o aumento da segurança e redução do vandalismo.
9. Reforma da cantina para adequação das exigências legais e melhor
atendimento aos alunos.
27
CONCEPÇÃO, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS
DE AVALIAÇÃO
Concepção de avaliação
A avaliação está baseada na confiança, na possibilidade dos educandos
construírem suas próprias verdades, além de valorizar suas manifestações e
interesses. Observa-se o contexto sociocultural do aluno e busca a superação
da concepção estática e classificatória, para resgatar uma visão formativa, que
se caracteriza pelo desenvolvimento contínuo por meio da aquisição e da
construção de competências e habilidades que lhe possam ser úteis em
situações novas. Na proposta, a avaliação deve assumir um caráter diagnóstico
e inclusivo, capaz de estimulá-lo a avançar sempre.
Nesse contexto, a ação avaliativa ultrapassa os limites quantitativos e,
portanto, deve observar quatro dimensões: diagnóstica, processual, contínua e
participativa.
O educando constrói sua própria aprendizagem e não apenas reproduz
informações a ele confiadas, mas é capaz de compreendê-las, manipulá-las e
utilizá-las de uma forma flexível, transferível e multilateral. A avaliação formativa
é um instrumento dialógico, de verificação de aprendizagem interdisciplinar.
Nesta escola, a avaliação quantitativa envolve provas e testes que não podem
ultrapassar 50%, no final de cada bimestre, a qual é desenvolvida com questões
objetivas elaboradas de forma interdisciplinar. A avaliação qualitativa consiste
em: auto avaliação, observações, resoluções de problemas, situações de
comunicação, grupo, produção de texto, seminários, pesquisas, portfólios,
mapas conceituais, encenações e exercícios escritos. A recuperação contínua
deve ser utilizada no dia-a-dia, nas atividades de aprendizagem, em benefício
do educando.
28
FORMAS DE AVALIAÇÃO
Avaliação Institucional acontece em datas pré-estabelecidas no
calendário escolar com a participação do corpo docente e discente, servidores,
assistentes e especialistas e responsáveis pelos alunos com o objetivo de
analisar o desenvolvimento da Instituição de ensino, tanto administrativo como
pedagógico. Além dessa avaliação, estão previstas no decorrer do ano as
avaliações instituídas no próprio projeto educacional.
Primeira etapa – É realizada durante a semana pedagógica para avaliar o
Projeto Pedagógico e durante as reuniões de coordenação para avaliá-lo e
adequá-lo. São aplicados questionários e entrevistas para toda a comunidade
escolar.
Segunda etapa – Professores, representantes de turma e conselheiros,
durante o conselho de classe, apresentam sugestões de temas para os projetos
interdisciplinares e analisam o rendimento escolar. Nesta etapa, a equipe
pedagógica realiza uma reflexão e sensibilização com alunos indisciplinados e
com dificuldade de aprendizagem, após o conselho de classe com o objetivo de
buscar soluções para os problemas detectados.
Terceira etapa – Encontro com o conselho escolar, representantes de
turma e conselheiros da escola para elaboração e avaliação contínua da
aplicação da proposta pedagógica.
29
GESTÃO PEDAGÓGICA
A gestão da escola cidadã é uma gestão democrática que, no contexto
das escolas públicas, requer grandes investimentos, portanto, no âmbito escolar,
a gestão compartilhada fundamentar-se-á nos princípios de autonomia,
transparência, pluralismo e participação (SILVA, 2004). A autonomia é
entendida como a possibilidade de aproveitar a liberdade e a inteligência criadora
e a iniciativa do indivíduo na sua vida individual e social, (PADILHA, 2003). Ou
seja, autonomia na gestão escolar da escola cidadã traduz-se na capacidade
dos membros e da comunidade escolar em planejar e executar projetos
pedagógicos, administrativos e financeiros, a partir dos recursos que o Estado
disponibiliza de modo efetivo para a escola.
A transparência é outro princípio que se constitui num aprendizado
constante a todos que integram esta escola, uma vez que ações pedagógicas,
administrativas e financeiras necessitam ser transparentes e de fácil acesso a
qualquer interessado. A participação, enquanto princípio da gestão democrática,
precisa superar o conceito de consulta ou busca do consenso. O Conselho
Escolar, com representação de todos os segmentos desta comunidade,
juntamente com direção, está permanentemente atuante na busca das soluções
de problemas que possam melhorar o ambiente educacional.
O último princípio é o pluralismo, que reconhece a diversidade de
identidades na participação da gestão escolar, portanto aceita e convive com as
várias culturas, estimulando hábitos de diálogo.
Assim, a concepção de gestão e de educação definida acima se justifica
e se contrapõe a uma gestão burocrática (técnico-científica), a qual valoriza o
poder e a autoridade e hipervaloriza a racionalização do trabalho. Uma das
desvantagens deste tipo de gestão é que tende a diminuir ou, ao menos, retirar
das pessoas a faculdade de pensar e de decidir sobre seu trabalho e, desta
forma, diminuir o envolvimento e promover a alienação.
As estruturas pedagógicas determinam as ações administrativas, uma vez
que “organizam as funções educativas para que a escola atinja de forma eficiente
e eficaz as suas finalidades.”(ALVES, 1992)
30
GESTÃO PEDAGÓGICA
COORDENAÇÃO
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
DIREÇÃO E VICE-DIREÇÃO
SECRETARIA
SUPERVISÃO DOS TERCEIRIZADOS
DIREÇÃO E VICE-DIREÇÃO
SUPERVISÃO ADMINISTRATIVA
GESTÃO ADMINISTRATIVA
APM CAIXA ESCOLAR
31
ORGANOGRAMA DA ESCOLA
GESTÃO ADMINISTRATIVA
ALUNOS
GESTÃO PEDAGÓGICA
CONSELHO ESCOLAR
PARCERIAS E COMUNIDADE
EM GERAL
CONSELHO DE CLASSE
32
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
É imprescindível acrescentar que as instituições escolares existentes e
atuantes neste estabelecimento de ensino fazem parte do processo de gestão
escolar e são órgãos consultivos, moderadores e deliberativos (Conselho
Escolar e Conselho de Classe) e consultivos e financiadores (APAM, Caixa
Escolar). Estas instituições desempenham papel relevante no fortalecimento e
na integração escola/comunidade, pois proporcionam a gestão democrático-
participativa (LIBÂNEO, 2003) nos diferentes aspectos: financeiro, administrativo
e pedagógico da escola pública.
CONSELHO ESCOLAR – É um órgão consultivo e deliberativo de apoio
ao gerenciamento da escola. É convocado, mensalmente, para acompanhar,
discutir, analisar os possíveis problemas da escola e a aplicação das verbas
públicas.
CONSELHO DE CLASSE – Constituído pelos professores, direção,
representante de turma e professor conselheiro. Neste momento, são avaliados:
o rendimento das turmas, problemas apontados e possíveis soluções.
O professor conselheiro de cada turma exerce um papel fundamental no
esclarecimento dos questionamentos e na proposição das soluções.
O segundo momento acontece em sala de aula, quando a direção e os
conselheiros da turma se reúnem para avaliar o bimestre ou uma situação
particular. Com a presença de todos é possível propor encaminhamentos para
os problemas levantados pelo coletivo.
O conselho de classe é o momento de reflexão e avaliação do
desempenho bimestral, semestral ou anual, é um momento necessário para
reavaliar o processo educativo.
APAM – A APAM, entidade de personalidade jurídica, com estatuto
próprio, criada em 1986, tem dado suporte fundamental para a suplementação
de recursos financeiros e aquisição de materiais necessários para o pedagógico
e o administrativo.
33
CAIXA ESCOLAR – A Caixa Escolar, também entidade jurídica, foi criada
para gerenciar a aplicação do recurso financeiro recebido do GDF denominado
PDRF (Plano de Descentralização de Recursos Financeiros). Atualmente, esta
verba tem o nome de PDAF (Plano de Descentralização Administrativo e
Financeiro).
GRÊMIO ESTUDANTIL – Atualmente, o grêmio estudantil está sem os
componentes da diretoria. Houve uma tentativa de eleição para este ano, com a
UMESB, mas não teve o processo eleitoral.
A avaliação pode ser condensada em cinco aspectos da gestão escolar:
1) A avaliação da GESTÃO DE RESULTADOS EDUCACIONAIS revelou
o consenso que a escola tem avançado e apresentado resultados significativos
na formação de alunos conscientes do seu momento histórico, ou seja, cidadãos
críticos. Esta aferição pode ser apontada nas reuniões de pais, de
representantes de turma e de professores, além dos questionários que têm
proporcionado o acompanhamento e a avaliação periódica dos procedimentos
de gestão adotados.
2) No contexto da GESTÃO PARTICIPATIVA, o Conselho Escolar, APAM
e Grêmio Estudantil (quando atuante) existem e colaboram nas atividades e
projetos da escola. Estas parcerias viabilizam a transparência e a participação
coletiva. Vale frisar que o trabalho compartilhado requer uma atuação
continuada.
3) A GESTÃO PEDAGÓGICA adota a pedagogia de projetos com um
trabalho interdisciplinar e contextualizado. Estes projetos são avaliados,
bimestralmente e semestralmente. O foco é proporcionar a articulação teoria e
prática, propor ações criativas e significativas para a aprendizagem dos alunos.
Os projetos demonstram que o objetivo é a formação integral, motivação do
aluno e a integração família/escola. Os dados, obtidos nos questionários
aplicados e no rendimento escolar fornecido pela SEEDF, apontam que não há
uma satisfação dos pais e alunos quanto ao rendimento escolar. Por esta razão
34
algumas disciplinas e modalidades necessitam de uma análise mais criteriosa e
projetos interventivos.
4) Com referência à GESTÃO DE PESSOAS, verificou-se que há
compromisso e participação dos servidores com o trabalho pedagógico, eles se
envolvem e são mentores de projetos, juntamente com seus alunos. Estimulam-
se, também, a liderança e o trabalho em equipe coordenada pela direção. As
festas em datas comemorativas são ferramentas utilizadas como
reconhecimento do trabalho do professor. Salienta-se que foi identificada a
necessidade de adoção de práticas mais claras de avaliação do desempenho
dos servidores administrativos.
5) Propõe a avaliação da GESTÃO DE SERVIÇOS DE APOIO. Percebe-
se que há necessidade de descentralizar e avaliar as atividades da secretaria,
segurança e limpeza com o objetivo de discutir os critérios que atendam aos
anseios da comunidade.
35
ANEXOS
36
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
PLANO DE AÇÃO
Contextualização - breve diagnóstico da realidade escolar:
O Centro Educacional 06 de Taguatinga apresenta uma realidade
bastante diversificada em sua estrutura pedagógica e administrativa. Este
Centro Educacional oferece praticamente “todas” as modalidades de ensino
da Educação Básica: Ensino Médio Regular, Ensino de Jovens e Adultos do 1 º
ao 3º segmentos e Ensino Especial com atendimento à alunos com
necessidades especiais diversas: DI, DA e DMU.
O Projeto Político Pedagógico norteia as ações desenvolvidas pela
comunidade escolar sob a perspectiva de uma Educação verdadeiramente
Inclusiva com o propósito de “Educar para a Vida”.
Apesar do espaço físico do CED 06 não comportar todas as demandas de
projetos temos 20 salas de aula, além de sala multimídia, laboratório de
informática, biblioteca e mais 01unidade de atendimento especializado e é com
muito empenho a equipe de profissionais realiza da melhor maneira o
atendimento aos alunos em unidades especiais em turno contrário oferecendo
um maior suporte para os que requerem maiores cuidados. Esta Instituição de
Ensino também desenvolve um Projeto em nível local e Regional que é o
Educando para a Vida onde atua nas questões da prevenção à doenças
sexualmente transmissíveis e educação sexual.
As questões políticas e sociais também estão inseridas dentro da linha
pedagógica do CED 06 tendo em vista os trabalhos desenvolvidos de acordo
com a Lei nº 10.639/05 onde as questões étnico raciais são debatidas de forma
contundente e participativa levando a Escola a repensar a sua postura enquanto
agente de transformação da realidade social vigente. Tendo em vista que a
equipe gestora de 2013 foi eleita pela comunidade escolar para assumir um
mandato até 2016 as ações da Escola neste ano terão como referência o ano
letivo anterior onde foram desenvolvidas as seguintes atividades:
37
- Plano de Ação da Biblioteca;
- Projeto Tocando Arte;
- Projeto Africanidades;
- Projeto Pintando Canções;
- Projeto Leitura e Imagem;
- Projeto Informática Educativa;
- Projeto Jornal na Escola;
- Projeto Educandarte;
- Plano de Ação da Educação Integral;
- Projeto Educando para Vida
- Proposta de Redesenho Curricular - PRC
Objetivo Geral:
Propor um processo educacional organizado e contínuo. Atua no
educando, através de técnicas adequadas às diferentes faixas etárias, com a
finalidade de orientá-lo na sua formação integral, levando-o ao conhecimento de
si mesmo, de suas capacidades e dificuldades, oferecendo-lhe elementos para
um ajustamento harmonioso ao meio escolar e social em que vive. Integrada
com a Direção, Coordenação Pedagógica, Sala de Recursos e Professores, a
Orientação Educacional é um processo cooperativo com o professor, estando
sempre em contato com todos os segmentos, auxiliando-os na tarefa de
compreender a realidade escolar e dos alunos em particular.
Sensibilização da preservação da escola e do valor que tem para todos
os envolvidos no processo educativo; através da promoção de ação – reflexão
– ação, fortalecendo assim os vínculos e laços que unem escola, aluno, família
e comunidade, para a construção de uma educação cidadã e da Gestão
Democrática. Proporcionando uma vivência teórico-prática aos estudantes e
integrando ações da “Orientação Educacional” com outros profissionais da
escola e instituições educacionais.
38
EIXO 1 - AÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Objetivo geral
Organizar e sistematizar o trabalho a ser realizado na Instituição Educacional.
Nº Estratégias de implantação Protocolo - ações Quantas vezes Temporalidade
01 Acomodação no espaço físico.
Aquisição da sala, placa de
identificação para a mesma,
equipamentos e material de
expediente.
01 vez ao ano Quando necessário
02 Mapeamento Institucional
Levantamento do histórico da
instituição, perfil da comunidade, PPP,
projetos e, andamento, regimento
escolar, quadro funcional, quantitativo
de turmas ofertadas, quantidade de
estudantes, quadro de atendimento de
professor por turma e documentos do
SOE (anterior a chegada do O.E
atual)
01 vez ao ano 15 dias
39
03
Apresentação à comunidade
escolar
Reunião com a equipe gestora para
apresentar as atribuições e
perspectivas
Reunião com os servidores da carreira
assistência.
Apresentação ao corpo docente das
atribuições do O.E e/ou trabalho que
já foi desenvolvido na escola
Apresentação aos alunos por turma
informando atribuições e perspectivas
de trabalho do O.E e como podem
recorrer ao SOE.
Apresentação aos pais das atribuições
e perspectivas de trabalho do O.E,
como podem recorrer ao SOE.
01 vez ao ano no
1º bimestre.
01 vez por ano e a cada
novo servidor que
chegar a escola.
01 vez por ano e a cada
novo professor que
chegar a escola.
01 vez por ano no
primeiro mês letivo.
01 vez por ano em
reuniões, atividades
festivas e/ou bilhete.
Anualmente
Anualmente
Anualmente
Anualmente
Anualmente
40
04
Elaboração de formulários,
instrumentos de registros e rotina
de arquivamento.
Providenciar os seguintes
instrumentos:
Livro ata do SOE ou da unidade de
ensino;
Diário de bordo;
Caderno do protocolo;
Registro de atendimento;
Caderno de planejamento;
Ficha de encaminhamento para o
Soe;
Ficha 13
Ficha de solicitação de
comparecimento do Responsável;
Ficha de termo de compromisso;
Ficha registro do conselho de
classe;
Ficha perfil dos alunos
encaminhados.
Ficha perfil de turma.
Estabelecer rotina de
arquivamento no SOE e dos
No início do ano e
sempre que for preciso.
De modo contínuo.
41
relatórios que devam ir para pasta
do estudante na secretaria.
05
Manter comunicação ativa e
atualizada com a comunidade
escolar sobre as ações do SOE
Divulgar as metas e principais ações
do plano de ação
Elaborar murais, cartazes, bilhetes e
informativos com orientações nas
temáticas demandas pela comunidade
ou dos projetos desenvolvidos a partir
da identificação de situações
problemas-desafios.
Apresentar semestralmente os
resultados de todos os atendimentos.
Apresentar metas e resultados do que
foi proposto e executado.
1 vez no ano
01 por bimestre
(no mínimo)
01 por semestre
01 por semestre
Anualmente
De modo contínuo.
Anualmente
Anualmente
42
EIXO 2 – AÇÕES DE ÂMBITO INSTITUCIONAL
Objetivo geral
Conhecer a clientela e identificar a demanda escolar a ser acompanhada pelo(a) Orientador(a).
Nº Estratégias Protocolo – ações Frequência Temporalidade
01
Análise de documentos legais da
educação e diretrizes
pedagógicas (Regimento Escolar,
ECA, LDB, Resoluções da CNE,
Portarias da SEEDF).
Nortear a práxis pedagógica no SOE
com vistas a implementação das
políticas públicas da educação.
Divulgar para a comunidade as
legislações que sejam pertinentes a
garantia e proteção dos seus direitos.
Garantir momentos de estudo na
agenda semanal de trabalho.
Cotidianamente
Cotidianamente
Uma vez por semana.
Cotidianamente
De modo contínuo
Sempre que
necessário
De modo contínuo
43
02
Sistematizar os dados escolares
para organizar o trabalho a ser
realizado na instituição
educacional.
Prestar assessoria a equipe gestora em
encaminhamentos e ações que
envolvam essas diretrizes e legislações.
Colaborar na ação-reflexão-ação das
diretrizes pedagógicas de modo a
estarem articuladas no PPP da escola,
Realizar levantamento das situações
problemas-desafios que necessitam de
intervenção pedagógica (por todos os
profissionais da educação que atuam na
escola). Por meio de grupos focais,
observação – participante, questionários,
analise do livro de ocorrência e atas de
reuniões (conselho de classe, reunião de
pais e avaliação pedagógica com a
comunidade escolar).
Na semana
pedagógica,
coordenações
coletivas, nos
momentos de
discussão e
elaboração do PPP.
Uma vez por ano.
Sempre que
necessário
Sempre que
necessário.
Anualmente.
44
EIXO 3 – AÇÕES JUNTO AO CORPO DOCENTE
Analisar esses dados junto a equipe
gestora e corpo docente, com vista ao
desenvolvimento de articulação de
ações em rede e coletivas;
Articular e participar de ações interventivas
junto à comunidade escolar (estudantes,
professores, servidores da carreira
assistência, pais e gestores), direcionadas
para a superação das situações
problemas-desafios.
Nas Coordenações
Coletivas e em
reuniões para
discussão do PPP
Cotidianamente
Semestralmente
De modo contínuo
03 -Elaborar Plano de Ação Anual do
OE, que contribua para o alcance
das metas definidas no PPP da
escola, assim como atender as
diretrizes pedagógicas e
legislações.
Planejar ações de forma articulada e
coletiva para auxiliar a superação das
situações problemas-desafios
identificadas na análise e interpretação
dos dados da realidade escolar
Referendar o plano de ação junto à
comunidade escolar.
No início do ano letivo
Uma vez por ano
Bimestralmente
Anualmente
Anualmente
De modo contínuo
45
Objetivo geral
Integrar suas ações às do professor, como colaboração no processo de aprendizagem e no desenvolvimento do
educando.
Nº Estratégias Protocolo —Ações Quantas vezes Temporalidade
01
Construir conjuntamente com os
professores e demais segmentos da
IE o Projeto Político Pedagógico -
PPP;
Participar de reuniões coletivas
extraordinárias e da coordenação
coletiva; Propor ação coordenada
entre a equipe pedagógica e SOE no
planejamento e estruturação do
processo de construção do PPP;
semanal
Durante o 1º bimestre e
após avaliação institucional;
O tempo e a duração serão
estipulados de acordo com
dinâmica e organização
pedagógica e calendário
escolar;
02
Estudar o Regimento Interno da IE
e construir coletivamente as normas
disciplinares conforme demanda
apontada pelo corpo docente.
Participar das Coordenações
Coletivas com apontamento das
necessidades disciplinares.
Na semana
pedagógica da
IE;
Nas
Coordenações
Coletivas;
Em meio período de um dos
dias da semana
pedagógica;
Concomitante à coleta de
dados e informações sobre
a demanda dos alunos;
Avaliar os resultados para possíveis
adaptações no plano de ação inicial.
46
03
Incluir e desenvolver nas
coordenações coletivas ações de
desenvolvimento de equipe,
reflexivas, esclarecedoras, de
produção de material, etc. sobre
temáticas demandadas pelo corpo
docente.
Promover palestra, oficinas, vivências
e/ou dinâmica, estudos e leituras de
material impresso, audiovisual ou
informativo, etc., sobre tema definido
pelo grupo;
Ação conjunta nas coordenações
coletivas.com a sala de recursos
(caso a IE tenha) e outras parcerias.
duas vezes ao
ano (1º e 2º
semestre) ou
quando solicitado
e conforme
necessidade.
Ao longo do ano ou durante
as semanas temáticas como
a Semana para a Vida e no
Dia Nacional de Luta da
pessoa com Deficiência, Dia
da Consciência Negra
(previstos no calendário
escolar);
04
Levantamento de demandas gerais
junto ao corpo docente.
Apontar as demandas ou
necessidades indicadas pelo corpo
docente da IE de forma oral e/ou
escrita;
Criar Instrumento(s) de coleta de
demandas junto ao corpo docente;
Entrevistas/grupo focal.
Observação-participante.
Na semana
pedagógica da IE
Durante o 1º bimestre e no
decorrer do ano letivo nas
coordenações coletivas se
necessário;
05 Participar efetivamente da
Coordenação Coletiva Semanal
(C.C.S);
Solicitar junto à supervisão ou
responsável pela C.C.S um tempo
para o SOE na pauta, para troca de
informações, devolutivas e ações de
Semanal
Tempo a ser combinado
com a supervisão ou o
responsável pela C.C.S;
47
formação continuada junto aos
professores.
06
Implementação do Conselho de
Classe Participativo (CCP).
Informar ou desenvolver um projeto
com os professores sobre a Gestão
Democrática e Sensibilizar quanto a
importância e implementação do
CCP.
Semanal nas
Coordenações
Coletivas;
Tempo que for necessário,
verificado conjuntamente
com a supervisão
pedagógica;
07
Encaminhamentos ao OE;
Apresentar e esclarecer ao corpo
docente sobre o procedimento de
encaminhamento de alunos ao OE e
dos instrumentos formulados para
esse fim.
Na semana
pedagógica da IE
e no decorrer do
ano letivo nas
coordenações
coletivas se
necessário;
Durante o tempo dado ao
OE e, se necessário, em
coordenação coletiva
semanal para professores
que são recém contratados
pela SEEDF.
48
EIXO 4 – AÇÕES JUNTO AO CORPO DISCENTE
Objetivo geral
Contribuir para o desenvolvimento integral do educando, ampliando suas possibilidades de interagir no meio escolar e
social, como ser autônomo, crítico e participativo.
Nº Estratégias Protocolo – ações Quantas
vezes
Temporalidade
01
Apresentar aos/ás alunos/as o plano de
ação da Orientação Educacional.
Visitar as salas de aula para
apresentação do trabalho;
Distribuir folders com intuito de reforçar o
papel do O.E.;
Reunião com toda a comunidade Escolar
para apresentação da Equipe e suas
respectivas funções - reunião dirigida pelo
OE;
01 vez ao ano
(início do ano)
Uma semana
49
Propor ações específicas à etapa ou
modalidade de ensino.
02 Subsidiar o/a aluno/a para a organização
eficiente do trabalho escolar, tornando a
aprendizagem mais eficaz.
Construir individual/coletivamente uma
rotina escolar junto aos alunos se for
necessário.
Sensibilizar quanto ao uso da agenda
escolar.
Realizar intervenções em sala,
individualmente e em grupo, utilizando
textos reflexivos, vivências, dinâmicas de
grupo, etc.
Sensibilizar quanto ao uso da agenda
escolar
Um encontro
semanal ou
conforme
necessidade.
Ao longo do ano
letivo
03 Acompanhar, individual ou coletivamente,
os/as alunos/as, dinamizando temas que
atendam a suas necessidades.
Preparar e promover encontros para
reflexão nas turmas demandadas.com
temas focados nas necessidades
indicadas pelo corpo discente.
Atendimento individual/coletivo;
Realizar palestras de acordo com as
necessidades demandadas (Drogas e
“Prevenção” ao seu uso indevido;
Quando
solicitado e
conforme
necessidade
Conforme
planejamento das
ações e projeto.
50
Sexualidade; formação do ser; Métodos
contraceptivos, Bullying, Valores, etc.).
04 Estimular a participação dos/as alunos/as
nas atividades escolares e nos projetos da
instituição educacional.
Oferecer boletim informativo da OE
relacionados aos projetos.
Tornar público nos murais e em outros
meios e espaços informativos da escola
de modo que os alunos tenham acesso.
Quando
houver
necessidade.
Ao longo do ano
letivo.
05 Contribuir no desenvolvimento da
capacidade crítica, reflexiva e do
protagonismo estudantil através de
atividades que favoreçam ao aluno/a ação-
reflexão-ação de questões que envolvam
cooperação, sociabilidade, respeito,
alteridade, responsabilidade, respeito às
diferenças sociais/individuais, entre outros,
com vistas à construção de uma
convivência escolar social e pacífica.
Sensibilização dos estudantes para tais
questões.
Promover palestras/encontros
temáticos/oficinas, etc. (tais como
convivência, direitos humanos,
sexualidade, Bullying, drogas, etc.).
Elaborar murais, informativos, blogs, etc.;
Elaborar, propor e desenvolver projetos
(junto ao coletivo da escola) e de acordo
com o PPP da escola que favoreçam a
aprendizagem e a mediação de conflitos
sobre tais temáticas;
Atendimento individual/coletivo.
Uma vez a
cada
semestre ou
ano letivo ou
conforme
necessidade.
Conforme
planejamento das
ações e do
projeto.
06 Proporcionar ao aluno/a análise, a
discussão, a vivência e o desenvolvimento
de valores, atitudes e comportamentos
fundamentados em princípios universais.
51
07 Realizar ações preventivas contra a
discriminação por motivo de convicções
filosóficas, religiosas, ou qualquer forma de
preconceito de classe econômica, social,
étnico, sexual, etc., enfatizando o respeito à
diversidade cultural.
Solicitar palestras com representantes das
Redes Sociais.
Orientar os alunos de forma coletiva, sobre
as consequências das atitudes
preconceituosas e discriminatórias dentro
e fora do contexto escolar.
Elaborar, propor e desenvolver projetos
(junto ao coletivo da escola) e de acordo
com o PPP da escola que favoreçam a
aprendizagem das temáticas demandadas;
Eventos Culturais;
04 vezes ou
conforme
necessidade.
Uma a cada
bimestre
08 Apoiar e subsidiar os segmentos escolares,
como: Conselho Escolar, Conselho de
segurança Escolar, Grêmio Estudantil e
Associação de Pais e Mestres, entre outros;
09 Utilizar/formular instrumentos específicos
(fichas, questionários, entrevistas,
observação participante, etc.) que permitam
o registro dos atendimentos, dos
acompanhamentos e dos
encaminhamentos.
Reuniões junto a outros OEs para análise,
estudo e reflexão desses instrumentos.
Organizar e elaborar:
* Livros de registros da O.E
* Livros Atas
* Fichas de encaminhamento;
* Diário de bordo da OE;
* roteiros de entrevistas, de história de
vida, anamnese, entre outros;
Registro de observações;
Perfil de turma;
Sempre que
houver
necessidade.
Durante o ano
letivo.
52
entre outros.
10 Promover ações que permitem o
conhecimento do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
* Palestras com profissionais da área;
* Reuniões com professores e família;
Sempre que
houver
necessidade.
Durante o ano
letivo.
11 Proporcionar ao/à aluno/a informações e
reflexões a respeito do mundo do trabalho.
* Auxiliar o trabalho do professor nestes
Projetos;
*Disponibilizar dados, informações e
materiais sobre as profissões através de
várias fontes (impressos, digitalizados,
sites, etc.);
Elaborar, propor e desenvolver projetos
(junto ao coletivo da escola) e de acordo
com o PPP da escola que favoreçam a
aprendizagem de tais temáticas;
Uma vez a
cada
semestre ou
ano letivo ou
conforme
necessidade.
Conforme
planejamento do
projeto. 12 Proporcionar ao/à aluno/a vivenciar
situações de aprendizagem que favoreçam
a escolha da profissão de forma consciente.
13 Levantamento de demandas gerais junto ao
corpo discente.
Apontamento das demandas ou
necessidades indicadas pelo corpo
discente da IE de forma oral e/ou escrita;
Criação de Instrumento (s) de coleta de
demandas junto ao corpo discente;
Uma vez a
cada
semestre ou
ano letivo, ou
conforme
necessidade.
Conforme
planejamento do
projeto.
53
Entrevistas/grupo focal;
Observação-participante.
14 Acompanhar e orientar as ações dos
representantes de turma.
Elaborar, propor e desenvolver projeto
(junto ao coletivo da escola) e de acordo
com o PPP da escola que favoreçam
aprendizagens para formação de
liderança e construção do processo de
escolha, representação e protagonismo
estudantil;
Após a eleição dos representantes de
turma o Orientador Educacional divulgará
para toda a escola os alunos eleitos por
meio de mural, carta, cartazes ou
momento cívico.
Elaborar carta informativa sobre os alunos
eleitos.
Construir mural com fotos ou não,
constando os nomes dos alunos eleitos.
Elaborar cartazes em substituição ou
como complementação ao mural dos
alunos eleitos.
Uma vez a
cada
semestre ou
ano letivo.
No início do ano
letivo.
54
Organizar no momento cívico, para
apresentar a toda comunidade escolar os
alunos representantes.
Promover encontros pontuais para auxiliar
os representantes de turma.
Subsidiar e acompanhar o processo de
implementação e eleição de Grêmio
Estudantil.
15 Elaborar projetos que favoreçam a
socialização, a disseminação de valores
humanos e a aquisição de atitudes e de
hábitos saudáveis.
Por meio de peças teatrais, palestras,
eventos culturais, entre outros.
Sempre que
houver
necessidade.
Durante o ano
letivo.
16 Participar de reuniões do Grêmio
Estudantil, do Conselho Escolar e do
Conselho de Segurança Escolar, sempre
que necessário.
Apoiar e subsidiar o trabalho na
organização e implementação do Grêmio
Estudantil:
Participar no processo de escolha da
Comissão Eleitoral,
Auxiliar na organização das chapas junto à
comissão eleitoral,
01 vez 1º semestre
55
EIXO 5 – AÇÕES JUNTO A FAMÍLIA
Objetivo geral
Participar ativamente do processo de integração família-escola-comunidade, realizando ações que favoreçam o
envolvimento dos pais no processo educativo.
Nº Estratégias Protocolo Ações Quantas
vezes Temporalidade
01
Apresentação do Serviço de Orientação
Educacional às famílias
Apresentação aos pais das atribuições e
perspectivas de trabalho do O.E, como
podem recorrer à OE em reuniões
coletivas e ou individuais.
No início do
ano letivo 1 vez ao ano
02 Identificar e trabalhar, junto à família, as
causas que interferem no avanço do
processo de ensino e de aprendizagem do
aluno.
Levantamento do histórico acadêmico do
aluno
Registro da História de Vida do aluno
Durante o ano
letivo
56
03
Orientação à família sobre o Sistema de
Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente
Palestras informativas em parceria com
Assistentes Sociais, Conselheiros
Tutelares, Promotoria da Infância e
Juventude.
Elaboração de cartilha informativa e
explicativa
Durante o ano
letivo
04
Contribuir com a promoção de relações
saudáveis entre a instituição educacional e
a comunidade
Realização de eventos temáticos, gincana
cultural, ações beneficentes.
Passeio dirigido pela comunidade local
Durante o ano
letivo
05 Orientar os pais e ou responsáveis para a
compreensão da cultura escolar e para a
importância dos hábitos de estudo na
criança e no jovem
Orientações aos pais através de palestras,
textos informativos.
Sensibilizar sobre a participação da família
no acompanhamento acadêmico do aluno
Durante o ano
letivo
06 Promover momentos reflexivos que
contribuam com a educação das crianças,
adolescentes e jovens.
Promover reflexão sobre conflitos
escolares e as possibilidades de
intervenção junto ao aluno através de
A cada
bimestre ou
sempre que
Durante o ano
letivo
57
atendimento individual e ou em grupo de
pais.
Implantação da Escola de Pais
houver
necessidade
07 Informar aos pais e familiares sobre os
serviços de apoio social
Através de fóruns, seminários,
atendimentos e reunião de pais
Sempre que
houver
necessidade.
Durante o ano
letivo
EIXO 6 - AÇÕES NA ÁREA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Objetivo geral
Proporcionar vivência teórico-prática aos estudantes na área de Orientação Educacional.
Nº Estratégias Ações Quantas
vezes
Temporalidade
01 Acolhimento dos Estudantes de Orientação
Educacional
Receber o estudante
Ouvir as suas demandas
Apresentar a OE e o espaço escolar
Uma vez Na chegada do
Estagiário.
58
02 Colaborar com a formação e o preparo do
futuro profissional da área de Orientação
Educacional
Explicitar os instrumentos do SOE;
Contextualizar o momento político
pedagógico;
Indicar bibliografias para embasamento
teórico.
Uma vez
Sempre que
necessário
No início do
Estágio
03 Proporcionar ao estagiário a vivência de
situações reais e o conhecimento das
eventuais dificuldades que permeiam as
atividades da Orientação Educacional
Oportunizar momentos de observação da
ação do orientador na escola;
Permitir que o estudante atue diretamente
com os alunos da escola em situações
orientadas.
Diariamente
04 Levar o estagiário à reflexão de condutas
éticas para atuar conforme as normas do
Código de Ética da Orientação Educacional
Apresentação do Regimento Interno das
Escolas Públicas do DF;
Promover momentos de escuta, reflexão e
discussão sobre a atuação do orientador.
Continuamente
05 Apresentar o trabalho inerente à Orientação
Educacional
Compartilhamento da Orientação
Pedagógica da Orientação Educacional;
Discussão a respeito do Plano Político
Pedagógico da UE.
Ao longo do
estágio
59
EIXO 7 – AÇÕES JUNTO A REDE SOCIAL
Objetivo geral
Integrar ações do Orientador Educacional com outros profissionais da instituição educacional e instituições especializadas.
Nº Estratégias Protocolo – ações Quantas
vezes
Temporalidade
01 Mapeamento Institucional Reunir a comunidade escolar para
levantamento das necessidades da
comunidade escolar
Duas
Uma vez a cada
semestre
02 Mapeamento da demanda a partir de
encontros dentro da instituição
(coordenações coletivas, reuniões de pais)
Identificação das parcerias e apresentação
da instituição educacional
Uma por
semana ou
quatro no ano
Semanalmente e
Bimestralmente
60
03
Pesquisar junto à administração quais
instituições, projetos e ONG’s que
atendem as demandas da comunidade
escolar
Estabelecer contatos para conhecimento
dos possíveis parceiros (rede interna e
externa) com:
-Coordenadores da CRE;
-Sala de Recurso, SEAA, responsável pela
biblioteca e informática, secretários,
equipe de serviços gerais e portaria;
-Unidades de Saúde;
- Conselho Tutelar
- DPCA, DCA, UAMA;
-Serviços de Assistência Social;
- Ministério Público;
-Bombeiro, PROERD (PMDF);
-Escola de Pais do Brasil e outras OnG’s;
-Lideranças comunitárias;
-Universidades.
1 vez
bimestral
Início do ano
letivo
04 Planejamento e avaliação das ações com
os parceiros
Planejar reuniões com os parceiros
internos
Participar das reuniões com parceiros
externos.
Uma por mês Mensal
61
05 Ações pontuais com famílias ou
indivíduos
Encaminhamentos de forma individual ou
familiar
De acordo
com a
demanda
Durante o ano
06 Responder aos anseios da comunidade
escolar
Palestras proferidas nas escolas Uma Semestral
07 Ações coletivas em prol da comunidade
Fóruns, seminários, audiências públicas,
abaixo-assinados, caminhadas,
manifestações, carreatas, formação de
grupos para terapia comunitária e turmas
para escola de pais, almoços comunitários,
eventos comemorativos, etc.
De acordo
com a
demanda
62
Estratégias Avaliativas:
Avaliar está além de medir conhecimentos, de classificar, de punir; é mediar o
conhecimento, respeitar o tempo de cada um, analisar o erro como um degrau para o
acerto. É repensar nossa prática como profissionais de educação; não olhar apenas em
direção ao aluno, mas perceber que a avaliação é o reflexo de nossa prática e juiz de
nossas ações. Avaliar é parte integrante do processo ensino/aprendizagem e ganhou na
atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino. Requer preparo técnico e grande
capacidade de observação dos profissionais envolvidos. Os métodos de avaliação
ocupam, sem dúvida espaço relevante no conjunto das práticas pedagógicas aplicadas ao
processo de ensino e aprendizagem. Avaliar, não se resume à mecânica do conceito formal
e estatístico; não é simplesmente atribuir notas. Todos os profissionais da instituição de
ensino precisam possibilitar a melhoria da qualidade de ensino, informando as ações em
desenvolvimento a todos que fazem parte do processo (aluno, família e comunidade
escolar).
● Dinâmicas de grupo, dados estatísticos e tabulação de resultados, debates,
reuniões, pesquisa de campo, questionários, entrada em sala de aula com o intuito de fazer
um trabalho preventivo e orientar os alunos quanto à importância do hábito de estudo
diário.
Objetivos Específicos:
Construir recursos internos que facilitem uma maior interação entre os segmentos:
escola, aluno, família e comunidade. É preciso construir uma nova consciência desde a
Educação Infantil até o Ensino Médio. Daí a necessidade de uma atuação onde seja
possível, não só desenvolver estes recursos, mas interferir e criar estratégias que deem
conta de situações emergenciais e pontuais de acordo com a necessidade de cada aluno.
É importante também, frisar que esta proposta vai de encontro com os objetivos gerais da
escola conforme a LDB.
63
Parcerias:
● Direção;
● Supervisão Pedagógica;
● Coordenação Pedagógica;
● Coordenação Disciplinar;
● Laboratório de Informática;
● Sala de Recursos;
● Biblioteca.
Observações:
Atualmente a educação tem passado por várias mudanças que se refletem até mesmo
sobre a concepção de avaliação que abandona o aspecto seletivo e assume novas formas
como meio para diagnosticar e verificar em que medida os objetivos propostos no processo
ensino-aprendizagem estão sendo atingidos.
É fundamental uma mudança de paradigmas e fazer do ensino-aprendizagem um
trabalho capaz de legitimar a democratização da educação.
Começamos a vislumbrar a democratização da educação, que começa a despertar e
exigir uma nova postura dos alunos e dos professores, uma nova cultura de estudo e
pesquisa e, consequentemente, um novo olhar na educação.
64
Orientação Educacional CED 06 de Taguatinga
Plano de Ação 2014 - Anexo
Cronograma
Eixo Atividades
Fe
ve
reir
o
Ma
rço
Ab
ril
Ma
io
Ju
nho
Ju
lho
Ag
osto
Se
tem
br
o
Ou
tub
ro
Nove
mb
ro
Deze
mb
ro
01 Ações para
implantação do
Serviço de
Orientação
Educacional
Aquisição da sala, placa de identificação para a mesma,
equipamentos e material de expediente.
Levantamento dos dados da instituição
Reunião com a equipe gestora, servidores e apresentação ao
corpo docente e discente.
Providenciar os instrumentos.
Divulgar as metas e principais ações do plano de ação.
Elaborar murais, cartazes, bilhetes e informativos com
orientações nas temáticas demandas pela comunidade ou
dos projetos desenvolvidos a partir da identificação de
situações problemas-desafios.
Apresentar semestralmente os resultados de todos os
atendimentos.
Apresentar metas e resultados do que foi proposto e
executado.
65
02 Ações no
âmbito
institucional
Nortear a práxis pedagógica na OE.
Divulgar para a comunidade as legislações.
Garantir momentos de estudo na agenda semanal de
trabalho.
Prestar assessoria a equipe gestora.
Colaborar na ação-reflexão-ação das diretrizes pedagógicas.
-Realizar levantamento das situações problemas-desafios que
necessitam de intervenção pedagógica.
Articular e participar de ações interventivas junto à
comunidade escolar.
Planejar ações de forma articulada e coletiva para auxiliar a
superação das situações problemas-desafios.
Referendar o plano de ação junto à comunidade escolar.
Avaliar os resultados para possíveis adaptações no plano de
ação inicial.
03 Ações junto ao
corpo docente
Participar de reuniões coletivas extraordinárias e da
coordenação coletiva;
66
Propor ação coordenada entre a equipe pedagógica e OE no
planejamento e estruturação do processo de construção do
PPP;
Participar das Coordenações Coletivas com apontamento das
necessidades disciplinares.
Promover palestra, oficinas, vivências e/ou dinâmica, estudos
e leituras de material impresso, audiovisual ou informativo,
etc., sobre tema definido pelo grupo;
Ação conjunta nas coordenações coletivas.com a sala de
recursos (caso a IE tenha) e outras parcerias.
Apontar as demandas ou necessidades indicadas pelo corpo
docente da IE de forma oral e/ou escrita;
Criar Instrumento(s) de coleta de demandas junto ao corpo
docente;
Entrevistas/grupo focal.
Observação-participante.
Solicitar junto à supervisão ou responsável pela C.C.S um
67
tempo para o SOE na pauta, para troca de informações,
devolutivas e ações de formação continuada junto aos
professores.
Informar ou desenvolver um projeto com os professores sobre
a Gestão Democrática e Sensibilizar quanto a importância e
implementação do CCP.
Apresentar e esclarecer ao corpo docente sobre o
procedimento de encaminhamento de alunos ao SOE e dos
instrumentos formulados para esse fim.
4 Ações junto ao
corpo discente
Visitar as salas de aula para apresentação do trabalho;
Distribuir folders com intuito de reforçar o papel do O.E.;
Reunião com toda a comunidade Escolar para apresentação da
Equipe e suas respectivas funções - reunião dirigida pela OE;
Propor ações específicas à etapa ou modalidade de ensino.
Construir individual/coletivamente uma rotina escolar junto aos
alunos se for necessário.
Sensibilizar quanto ao uso da agenda escolar.
Realizar intervenções em sala, individualmente e em grupo,
utilizando textos reflexivos, vivências, dinâmicas de grupo, etc.
68
Sensibilizar quanto ao uso da agenda escolar.
Preparar e promover encontros para reflexão nas turmas
demandadas com temas focados nas necessidades indicadas
pelo corpo discente.
Atendimento individual/coletivo;
Realizar palestras de acordo com as necessidades demandadas
(Drogas e “Prevenção” ao seu uso indevido; Sexualidade; formação
do ser; Métodos contraceptivos, Bullying, Valores, etc.).
Sensibilização dos estudantes para tais questões.
Promover palestras/encontros temáticos/oficinas, etc. (tais como
convivência, direitos humanos, sexualidade, Bullying, drogas,
etc.).
Elaborar murais, informativos, blogs, etc.;
Oferecer boletim informativo da OE relacionados aos projetos.
Tornar público nos murais e em outros meios e espaços
informativos da escola de modo que os alunos tenham acesso.
Elaborar, propor e desenvolver projetos (junto ao coletivo da
escola) e de acordo com o PPP da escola que favoreçam a
aprendizagem e a mediação de conflitos sobre tais temáticas;
Solicitar palestras com representantes das Redes Sociais.
Orientar os alunos de forma coletiva, sobre as consequências
69
das atitudes preconceituosas e discriminatórias dentro e fora do
contexto escolar.
Elaborar, propor e desenvolver projetos (junto ao coletivo da
escola) e de acordo com o PPP da escola que favoreçam a
aprendizagem das temáticas demandadas;
Eventos Culturais;
Reuniões junto a outros OEs para análise, estudo e reflexão
desses instrumentos.
Organizar e elaborar:
Livros de registros do S.O.E
Livros Atas
Fichas de encaminhamento;
Diário de bordo do SOE;
roteiros de entrevistas, de história de vida, anamnese, entre
outros;
Registro de observações;
Perfil de turma;
entre outros.
70
Palestras com profissionais da área;
Reuniões com professores e família;
Auxiliar o trabalho do professor nestes Projetos;
Disponibilizar dados, informações e materiais sobre as
profissões através de várias fontes (impressos, digitalizados,
sites, etc.);
Elaborar, propor e desenvolver projetos (junto ao coletivo da
escola) e de acordo com o PPP da escola que favoreçam a
aprendizagem de tais temáticas;
Apontamento das demandas ou necessidades indicadas pelo
corpo discente da IE de forma oral e/ou escrita;
Criação de Instrumento (s) de coleta de demandas junto ao
corpo discente;
Entrevistas/grupo focal;
Observação-participante.
Elaborar, propor e desenvolver projeto (junto ao coletivo da
71
escola) e de acordo com o PPP da escola que favoreçam
aprendizagens para formação de liderança e construção do
processo de escolha, representação e protagonismo estudantil;
Após a eleição dos representantes de turma o Orientador
Educacional divulgará para toda a escola os alunos eleitos por
meio de mural, carta, cartazes ou momento cívico.
Elaborar carta informativa sobre os alunos eleitos.
Construir mural com fotos ou não, constando os nomes dos
alunos eleitos.
Elaborar cartazes em substituição ou como complementação ao
mural dos alunos eleitos.
Organizar no momento cívico, para apresentar a toda
comunidade escolar os alunos representantes.
Promover encontros pontuais para auxiliar os representantes de
turma.
Subsidiar e acompanhar o processo de implementação e
eleição de Grêmio Estudantil.
Por meio de peças teatrais, palestras, eventos culturais, entre
outros.
Apoiar e subsidiar o trabalho na organização e implementação
do Grêmio Estudantil:
Participar no processo de escolha da Comissão Eleitoral,
72
Auxiliar na organização das chapas junto à comissão eleitoral,
Apresentar as chapas junto à comissão eleitoral;
Planejar os dias da votação junto à comissão eleitoral.
05 Ações junto à
família
Apresentação aos pais das atribuições e perspectivas de
trabalho do O.E, como podem recorrer à OE em reuniões
coletivas e ou individuais.
Levantamento do histórico acadêmico do aluno
Registro da História de Vida do aluno
Palestras informativas em parceria com Assistentes Sociais,
Conselheiros Tutelares, Promotoria da Infância e Juventude.
Elaboração de cartilha informativa e explicativa
Realização de eventos temáticos, gincana cultural, ações
beneficentes.
Passeio dirigido pela comunidade local
Orientações aos pais através de palestras, textos
informativos.
Sensibilizar sobre a participação da família no
acompanhamento acadêmico do aluno
73
Promover reflexão sobre conflitos escolares e as
possibilidades de intervenção junto ao aluno através de
atendimento individual e ou em grupo de pais.
Implantação da Escola de Pais
Através de fóruns, seminários, atendimentos e reunião de
pais.
06 Ações na área
de estágio
supervisionado
Receber o estudante
Ouvir as suas demandas
Apresentar o SOE e o espaço escolar
Explicitar os instrumentos do SOE;
Contextualizar o momento político pedagógico;
Indicar bibliografias para embasamento teórico.
Apresentação do Regimento Interno das Escolas Públicas do
DF;
Discussão a respeito do Plano Político Pedagógico da UE.
Oportunizar momentos de observação da ação do orientador
na escola;
Permitir que o estudante atue diretamente com os alunos da
74
escola em situações orientadas.
Promover momentos de escuta, reflexão e discussão sobre a
atuação do orientador.
Compartilhamento da Orientação Pedagógica da Orientação
Educacional;
07 Ações junto à rede
social
Reunir a comunidade escolar para levantamento das
necessidades da comunidade escolar
Identificação das parcerias e apresentação da instituição
educacional
Estabelecer contatos para conhecimento dos possíveis parceiros
(rede interna e externa) com:
-Coordenadores da CRE;
-Sala de Recurso, SEAA, responsável pela biblioteca e
informática, secretários, equipe de serviços gerais e portaria;
-Unidades de Saúde;
- Conselho Tutelar
- DPCA, DCA, UAMA;
-Serviços de Assistência Social;
- Ministério Público;
75
-Bombeiro, PROERD (PMDF);
-Escola de Pais do Brasil e outras ONG’s;
-Lideranças comunitárias;
-Universidades.
Planejar reuniões com os parceiros internos
Participar das reuniões com parceiros externos.
Encaminhamentos de forma individual ou familiar
Palestras proferidas nas escolas
Fóruns, seminários, audiências públicas, abaixo-assinados,
caminhadas, manifestações, carreatas, formação de grupos para
terapia comunitária e turmas para escola de pais, almoços
comunitários, eventos comemorativos, etc.
76
PLANO DE AÇÃO
DA BIBLIOTECA
77
Introdução
Segundo o Houaiss, a palavra biblioteca, “edifício ou recinto onde ficam
depositadas, ordenadas e catalogadas diversas coleções de livros, periódicos e outros
documentos, que o público, sob certas condições, pode consultar no local ou levar de
empréstimo”. Visto assim, soa um tanto frio. No Ced 06, a Biblioteca Érico
Veríssimo é, na verdade, uma sala de leitura, um espaço físico onde os livros
ficam à disposição de seus leitores para serem manuseados, vistos,
emprestados e lidos.
Buscando estar em conformidade com as cinco leis básicas da
biblioteconomia, criadas por Ranganathan, foi percebido um aumento
considerável de visitantes e frequentadores assíduos, que aguardam
ansiosamente pelo intervalo para irem para lá. As cinco leis mencionadas são as
seguintes:
1- Livros são para uso;
2- Para cada leitor, seu livro;
3- Para cada livro, seu leitor;
4- Poupe o tempo do leitor;
5- A biblioteca é uma organização em crescimento
Os colaboradores da sala de leitura também procuram estar na mesma
sintonia dos alunos, sempre pesquisando o que eles querem ler e, muitas vezes,
também lendo o mesmo que eles leem, para assim, discutirem sobre os livros e
estabelecer uma relação de troca e afetividade.
Em 2013, foram colados vários trechos de livros presentes na sala de
leitura em cima das mesas. Muitos alunos procuravam pelos livros depois por
causa disso. Para 2014 outros trechos e citações serão afixados na parede com
o mesmo intuito. Também será realizado um concurso que visa à junção das
redes sociais e novas tecnologias com a do livro impresso (vide em anexo).
O acervo da biblioteca aumentou consideravelmente com os livros
adquiridos na feira do livro, na bienal, pelo FNDE e por doações de alunos, pais,
professores e amigos. Os livros dos grandes nomes das artes, por exemplo,
ficam à vista e a cada semana, um novo artista fica exposto.
78
Objetivos
Os objetivos das ações citadas na introdução visam fazer com que o
aluno:
- Sinta-se, antes de tudo, acolhido na sala de leitura;
- Veja que tudo foi pensado para ele, desde o ambiente acolhedor até os gêneros
de livros que ele mais gosta de ler;
- Leia por prazer e sinta-se orgulhoso por andar com um livro nas mãos, por
cuidar do mesmo e discuti-lo durante e após a leitura;
-Veja a leitura como uma forma de entretenimento criativo;
- Forme uma consciência crítica por meio de suas reflexões individuais ou
decorrentes de diálogos acerca do tema da leitura;
- Domine a leitura e adquira conhecimentos;
-Desenvolva seu raciocínio e amplie sua visão de mundo e de si próprio;
- Seja um leitor permanente e que contribua para a formação de outros leitores;
- Seja protagonista do seu próprio aprendizado;
- Amplie seu vocabulário e aprimore as linguagens escrita e oral;
-Desenvolva a criatividade, senso crítico e adquira mais cultura.
Metas
Com a aquisição de novos livros na Feira do Livro, onde foram
comprados exemplares de interesse dos alunos, uma vez que eles próprios os
escolheram, o número de leitores dobrou nos três turnos. Com a compra de mais
livros, por meio da verba destinada à II Bienal do Livro e da Leitura, sem dúvida,
esse número aumentará ainda mais. A meta é que o quantitativo de leitores
dobre novamente, visto que até os alunos da alfabetização foram contemplados
com vários livros destinados à sua maturidade de leitura e por causa do
Concurso Leitura e Imagem no Ced 06 (em anexo).
79
Ações
As ações a serem realizadas ao longo do ano, em princípio, são:
- Fazer propaganda do acervo novo;
- Afixar trechos e citações pela biblioteca e pela escola toda;
- Proporcionar a leitura de todos os gêneros e que abranja todos os gostos
literários;
- Concurso Leitura e Imagem no Ced 06;
Acompanhamento e avaliação do PPP
Os leitores possuem a ficha do leitor e, por meio dessa, há como saber
quantos livros o aluno leu. É colocada uma observação ao lado do livro lido para
saber se o mesmo foi interessante para o aluno ou se ele o leu todo. A partir da
propaganda que eles mesmos fazem de um livro específico, é feita uma lista de
espera e busca-se adquirir mais exemplares do mesmo título.
Alunos frequentando a sala de leitura.
80
Conclusão
Em dois anos (2012-2014) a quantidade de leitores só cresceu.
Inicialmente era de forma bem gradual, mas de 2013 até abril de 2014, houve
um crescimento vertiginoso. Houve um contato maior com os alunos, criou-se
uma relação de afetividade entre alunos-livros-colaboradores. Seguindo as 5 leis
básicas da biblioteconomia, ficou mais fácil entender o mundo dos leitores de
hoje. Os alunos não leem somente os livros que são cobrados pelos professores,
ao contrário, eles buscam seus livros e ainda os indicam a outros alunos. Muitos
leitores preferem os livros denominados de saga, com continuação de até onze
livros, sem se preocuparem com a espessura dos mesmos, se possuem
gravuras ou não, e foi nitidamente notada uma procura pelos clássicos.
Outro fato importante é o de que os alunos gostam de estar na
biblioteca. Na hora do intervalo é sempre muito cheio e há um grande número
de empréstimo de livros. O mais interessante é que, muito raramente, uma
devolução de um livro não seja seguida de um novo empréstimo ou, sequer, uma
reserva. A leitura virou um hábito.
Impossível é que a escola perca esses leitores. Eles estão muito
orgulhosos por serem considerados leitores. Eles trazem mais alunos à sala de
leitura. Isto tudo é maravilhoso, é gratificante para qualquer educador. Todo
aluno que entram na escola, sem qualquer série, é convidados a ir à sala de
leitura. Este espaço é deles.
O Ced 06 forma leitores? Sim!
81
PROJETO
TOCANDO ARTE
82
Apresentação
— Com o projeto esperamos aproveitar os alunos que estão numa fase da vida,
onde eles apreciem a música, tanto no canto, como tocando algum instrumento.
Fazer com que essa habilidade seja melhor desenvolvida seja aplicada no
aprendizado da sala de aula. Agregando a isso, o trabalho ser levado à
comunidade, até mesmo obtendo parceiros diversos.
— Desenvolver através da música as habilidades artísticas dos alunos;
envolvendo canto, instrumento, coreografia, plástica, etc...
Ações do projeto
— Adaptar o currículo de Arte (específico de música) com plástica, cênica; onde
os alunos terão aulas práticas e teóricas voltados para os conteúdos pedidos,
que já estão inseridos no PAS e vestibulares. Interações dos alunos em projetos
da comunidade escolar, com apresentações dentro e fora da escola.
Justificativa
— Falta de professores especializados pra atender as necessidades dos alunos
em relação aos conteúdos cobrados no PAS, vestibulares, etc.
— Interesse dos alunos por música.
— Utilização da música para melhorar a concentração e aprendizagem do aluno.
— Despertar a criatividade do aluno.
Objetivos gerais
— Inserir o conteúdo de música na escola de forma a contemplar alunos no
desempenho e no conhecimento de tal disciplina para futuras promoções
profissionais e/ou sociais.
83
Objetivos específicos
— Atender o conteúdo de arte.
— Socialização dos alunos através da música.
Metodologia
— Ensino dos conteúdos teóricos e práticos de coral e instrumentos (violão,
flauta, teclado).
— Visualização mais prática do conteúdo de artes através da musicologia.
Público alvo
— Alunos do ensino médio.
Metodologia
— Ensino dos conteúdos teóricos e prática de coral e instrumentos (violão, flauta,
teclado).
— Visualização mais prática do conteúdo de artes através da musicologia.
Recursos necessários
— Sala, quadro com pauta, estantes musicais, instrumentos, professores.
84
Duração
— Anual ou semestral (atendendo a semestralidade).
Disciplinas contempladas
— Arte e as demais que se propuserem a trabalhar em conjunto, pois o projeto
vai trabalhar com a utilização da leitura, escrita, do inglês, matemática, etc.
Parceiros
— Professora de Arte e Inglês (habilitada em música)
— E outros que queiram agregar esforços no projeto.
Avaliação
— Através da avaliação escrita e prática.
85
PROJETO
AFRICANIDADES
86
Apresentação:
— O projeto Africanidades é voltado para o corpo discente, docente e todos que
fazem parte do CED 06 de Taguatinga. O projeto visa a valorização da história
da África e o reconhecimento da identidade afro-brasileira no nosso contento
escolar e social.
Ações do projeto:
— Aulas sobre a História da África e sobre temas relacionados à africanidades
(cultura africana, religião...)
— Palestras com personalidades especialistas no tema africanidades.
— Veiculação de filmes e/ou documentários sobre o tema.
— Desenvolvimento, nas turmas, de trabalhos confeccionados pelos alunos
sobre as biografias de celebridades negras, em nível nacional ou internacional.
— Apresentações artísticas dos alunos, por turma, relacionadas ao tema:
celebridades negras (poesia, teatro, dança...)
Justificativa:
— Cumprimento da lei federal 10.639/03;
— Necessidade de se conhecer e valorizar a identidade negra e
afrodescendente, sua cultura, sua história e sua importância para o Brasil e seu
povo.
87
Objetivos gerais:
— Assegurar a educação do direito da pessoa à dignidade humana aos alunos
do CED 6 de Taguatinga.
— Ensinar sobre a história da África, sua cultura e sua importância para o Brasil
e seu povo e para o mundo.
— Ensinar sobre a trajetória dos afrodescendentes e sobre o seu contexto social
no Brasil e no mundo.
— Incentivar a prática do respeito no ambiente escolar e social.
Objetivos específicos:
— Reconhecer em cada pessoa um ser detentor dos direitos de cidadão,
principalmente, da dignidade humana.
— Apreender sobre a história da África, da sua cultura, de seu povo e dos
afrodescendentes.
— Receber a importância da África na história do Brasil e de seu povo.
— Conviver em regime de respeito e de igualdade com todos os que participam
do CED 06 e na nossa sociedade.
Metodologia:
— Palestras: No auditório em dias selecionados pelos professores nas
coordenações pedagógicas.
— Aulas: Em sala de aula.
— Filmes, documentários e/ou outros: Poderão ser exibidos em sala de aula ou
no auditório (decisão nas coordenações pedagógicas)
— Trabalhos sobre a biografia de celebridades negras:
. Nas Coordenações Pedagógicas o grupo de professores levará sugestões
(suas e de seus alunos) de nomes de celebridades negras nacionais ou
internacionais.
88
. Os professores e seus alunos escolherão uma celebridade negra por turma.
. Cada turma fará uma pesquisa da bibliografia da celebridade negra,
enfatizando a sua colaboração para a sociedade. Cada turma produzirá um
trabalho escrito e um Power point (em pen-drive) e os entregará ao(s)
professor(es) responsável(is) por aquela turma.
. Cada turma deverá apresentar no mínimo um(a) aluno(a) caracterizado com
a celebridade negra selecionada no auditório (em data agendada).
. Na data agendada todas as turmas e seus respectivos professores, irão para
o auditório apresentar os seus trabalhos para todo os alunos do turno
correspondente.
. Cada apresentação poderá ter duração máxima de cinco (05) minutos.
. Os pen-drives deverão ser entregues pelos professores responsáveis com
48 horas de antecedência do evento agendado.
— As turmas poderão apresentar danças, teatro, poesias e outras criações
artísticas relacionadas à celebridade negra juntamente com a biografia.
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Público alvo:
— Corpo discente do CED 06 de Taguatinga.
Metodologia:
— Aulas impositivas;
— Palestras;
— Veiculação de filmes, documentários.
Recursos necessários:
— Salas de aula;
— Material didático;
— Auditório;
— Datashow;
— Equipamento de som e microfones;
— Recurso humano (professor coordenador) para os três turnos.
Duração:
— Anual (culminância dia 20 de novembro ou outro dia útil agendado em
coordenações pedagógicas).
Disciplinas contempladas:
— Todas (multidisciplinar)
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Parceiros:
— Corpo docente, Direção, Funcionários, Palestrantes, etc.
Avaliação:
— Será realizada pelos professores.
— Pontuação.
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PROJETO
PINTANDO CANÇÕES
Professora responsável: Lucy Freitas Guimarães
Disciplina: Arte, Português e Geografia
Trabalho Interdisciplinar com os 2ª anos
92
TEMA: OBRAS DO PAS 2ª ETAPA
Objetivo geral:
Oferecer a oportunidade de o aluno experimentar a técnica de pintura em
tela produzindo uma releitura a partir das obras do PAS (obra musical +
obra artística).
Estimular e interpretar as obras do PAS de forma mais concreta (PAS:
vestibular seriado da UnB, que se configura a partir da articulação de
habilidades e competências relacionadas aos conhecimentos escolares).
Perceber que dentro dos temas escolhidos pelo PAS, cada obra permite
explorar os vários conteúdos presentes em cada etapa, referentes ao
conteúdo de cada série do ensino médio. Descobrir que cada obra
permite desenvolver temas como: meio ambiente, a busca pelo
conhecimento, crítica ao consumismo, amor idealizado, amor não
correspondido, reflexão acerca do conhecimento de si mesmo e do outro,
cultura e mudança social, pensamentos conflituosos sobre o sagrado e
profano.
Oferecer a oportunidade ao aluno de interpretar as obras em momentos
de discussões ao elaborar a releitura.
Perceber os vários elementos presentes nas obras visuais e musicais:
elementos estéticos e formais.
Aprender como colocar a situação geográfica (ponto turístico ou uma
referência geográfica de relevância da cidade, estado ou país) na
releitura referente ao autor da obra visual escolhida pelo grupo.
Objetivos específicos:
- Possibilitar que os jovens descubram suas habilidades artísticas.
- Valorizar os talentos dos jovens.
- Descobrir como o jovem lida com o trabalho em grupo.
- Conhecer melhor as obras artísticas e musicais do PAS.
- Interpretar as obras musicais e as obras artísticas do PAS escolhidas para a
releitura.
93
- Aprender o que é uma releitura.
- Conhecer a técnicas e estilos de artistas famosos.
- Analisar e interpretar os versos das canções.
- Perceber quais conteúdos podem ser explorados em cada obra artística.
- Fruir esteticamente as obras artísticas e as obras musicais, considerando os
estilos de época e os gêneros.
Desenvolvimento:
Como etapas do trabalho, as turmas serão divididas em grupos de cinco
pessoas, eles serão agrupados de acordo com a escolha de cada aluno. Cada
grupo escolherá uma obra visual e uma obra musical e nesta aula será
apresentado aos alunos como deverá ser o projeto. Depois, eles serão
orientados para realizar uma pesquisa sobre as obras escolhidas para posterior
apresentação oral em sala de aula. A obra musical será apresentada e
interpretada nas aulas de Português e as obras visuais nas aulas de Arte. Na
terceira aula será explicado o que é uma releitura e como o PAS explora as obras
e começarão o desenho da releitura das duas obras artísticas. Geralmente levam
duas semanas para fazerem os desenhos.
Na semana seguinte começarão a passar os desenhos para as telas e
próxima etapa é a pintura das mesmas que acontecerá no jardim da escola ao
ar livre, esse processo leva 4 semanas e por último a avaliação de cada grupo.
No final do ano acontece uma exposição das obras produzidas pelos alunos, na
qual toda a comunidade escolar poderá apreciar.
A cada etapa acontece uma explicação e orientação de forma gradual e
ordenada para que todos entendam o processo. Como o projeto se desenvolve
em grupo, inicialmente alguns sentem dificuldades de se relacionarem e de
dividirem as tarefas, por esta razão acaba acontecendo troca de pessoas de um
grupo para outro e grupos que se desfazem. Os grupos que têm mais afinidades
são os mais produtivos. A estratégia para que todos participem é a nota.
OBS: Todo o processo da releitura e pintura em tela, deve ser realizado
pelo grupo em sala de aula com a professora Lucy. As interpretações das
94
músicas serão realizadas nas aulas de Português. A orientação para a situação
geografia, será realizada nas aulas de geografia.
Avaliação
Será observada a presença do aluno, participação na pintura da tela,
interesse e se foram seguidas todas as etapas nos dias solicitados.
Durante o projeto realizo com cada grupo uma ficha avaliativa, onde faço
o registro da produção do grupo de cada aula. Ao final do projeto iremos avaliar
essa ficha para fechar a pontuação de cada grupo e a nota individual, nesse dia
também ocorre uma alta avaliação de cada aluno e do grupo.
Após as avaliações dos grupos todas as telas são expostas na sala de
arte para ser votada pela comunidade escolar, cada pessoa que entra na sala
pode escolher as três melhores telas que merecem ganhar um a caixa de
bombom.
É interessante perceber que alguns grupos conseguem desenvolver
ótimas discussões sobre as obras e como interpretá-las. Durante a execução do
projeto temos a oportunidade de interagir melhor com os alunos e de conhecê-
los um pouco mais. Quando todos os grupos terminam de pintar as telas, as
mesmas são expostas na sala de arte e convido a comunidade escolar a votar
nas três melhores telas e as três mais votadas os grupos ganham uma caixa de
bombom. Em anexo: foto da exposição. Coube ao professor de Geografia
produzir um vídeo com os mesmos grupos e obras artísticas.
Materiais necessários:
Tela para pintura na dimensão de 100 x 90cm
Tinta acrílica para tela (várias cores)
Pincéis chatos nos tamanhos: 20 ou 18, 14, 12, 08, 04 e 00
Pratos de isopor, pano para limpeza e um copo.
Cavaletes
95
Roteiro para a interpretação da canção com a professora de português:
1- Breve biografia sobre a vida do compositor.
2- Conceito sobre o estilo-gênero da canção.
3- Contexto histórico da produção.
4- Explorar os significados: título, versos, metáforas, figuras de linguagem,
tema etc.
Roteiro para a interpretação da obra visual na aula de arte:
1- Autor
2- Título
3- Técnica
4- Data
5- Dimensões
6- Estilo
7- Características do estilo
8- Onde se encontra a obra
9- Assunto da obra
10- Cores da obra
11- Composição
12- Biografia do autor
13- Curiosidades
14- Equilíbrio
15- Imagem da obra
Obras musicais:
3a Pessoa do Plural (Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger)
Tribunal do Feicebuque (Tom Zé - Marcelo Segreto / Gustavo Galo / Tatá
Aeroplano / Emicida)
Santuário (Jenipapo)
Sobradinho (interpretada por Sá, Rodrix e Guarabira).
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Em plena lua de mel (Pedra Letícia – Clayton/Cleide)
Nega Maluca (Fernando Lobo/ Evaldo Ruy)
Eleanor Rigby (Beatles)
Quereres (Caetano Veloso)
Fado Tropical (Chico Buarque)
Feira de Mangai (Sivuca)
Obras artísticas:
1- São Miguel Arcanjo (Veiga Valle)
2- Bartira (Victor Brecheret)
3- O Pensador (Auguste Rodin)
4- Apolo e Dafine (Gian Lorenzo Bernini)
5- Sessão do Conselho de Estado que decidiu a Independência, 1922 óleo
sobre tela, c.i.e 210x265 cm Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro, RJ)
Reprodução Fotográfica Autoria Desconhecida (Georgina de Albuquerque).
6- Mata reduzida a carvão (Felix Taunay)
7- De onde viemos? O que somos? Para onde Vamos? 1887 (Paul Gauguin)
8- Eros e Psique (Antônio Canova)
9- Via Láctea - Constelação da Serpente - 2005 (Gilvan Samico)
10- Louis XIV (Hycenthe Rigaud)
11- Serigrafias sobre fotografia, com Pelé e Michael Jackson (Andy Warhol).
12- Sufocamentos (Pedro David)
13- A Redenção de Cam 1895 (Modesto Broccos y Gomes)
14- Museu da Boa Morte (Museu de Arte Sacra de Goiás Velho)
15- Autorretrato probabilístico (Valdemar Cordeiro)
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PROJETO
LEITURA E IMAGEM:
“LENDO E FOTOGRAFANDO NA ESCOLA”
103
Justificativa
A tecnologia vem conquistando muita influência na sociedade através dos
seus vários instrumentos de mídias, ela é responsável pelo grande volume de
informações que são lançadas pelo mundo a todo instante. Sob esse olhar,
viemos propor o encontro do passado com o futuro!
A todo instante nos deparamos com a linguagem escrita: em jornais,
revistas, panfletos, cartazes, outdoors, placas de trânsito, e-mails, blogs, sites e
outros; um mundo escrito que se põe diante de nossos olhos, nos caracterizando
como verdadeiros leitores ambulantes e, agora, navegantes.
A escola é um ambiente privilegiado por garantir muito contato com os
livros. Entretanto, habilitar-se como leitor depende não apenas das
oportunidades de acesso que se venha a ter aos livros em sua diversidade e
riqueza de quantidade, nem da exercitação e riqueza de quantidade, nem da
exercitação de uma capacidade supostamente especial da interpretação de
textos. Isso vai além. Passar a gostar ou a detestar a leitura, tem a ver com a
qualidade das interações com aquele que intermédia os encontros com os textos
e, também, com as situações em que as leituras ocorrem.
Com o propósito de formar alunos capazes de usar adequadamente a
leitura do moderno(meios eletrônicos digitais), tomar gosto pela leitura antiga
(livros) e aprimorar a modalidades escrita e oral, refletir criticamente sobre o que
leem e escrevem; o Centro Educacional nº de Taguatinga - DF, desenvolve o
Projeto de Leitura E IMAGEM DO CED 06, trabalhando não apenas “leitura”, mas
todas as leituras que apresentam no dia-a-dia a fim de que os alunos possam
ver a leitura não como uma tarefa escolar, mas como um hábito cotidiano e
prazeroso, por meio das novas tecnologias.
104
Objetivo
Estimular nos alunos um processo de leitura permanente para estarem
continuamente atualizados frente aos desafios e perspectivas do mundo
moderno/contemporâneo, ajudando-os a se tornarem leitores e escritores;
Objetivos Específicos
• Promover um concurso envolvendo a leitura e as novas tecnologias;
• Incentivar a prática da leitura e promover o uso correto das nova tecnologias;
Conteúdos
• Leitura
• Uso das novas tecnologias
Produto final
Realizar uma amostra de todo o projeto.
Recursos
Livros literários, computador, cartaz, Internet, mural.
Avaliação
Considerar a participação e o interesse de cada aluno nas tarefas de leitura tanto
individuais, quanto coletivas, na clareza e organização dos textos escritos, na
sua capacidade de utilizar a fotografia e as novas tecnologias, e o modo de
exposição nas mídias digitais, dos resultados nas apresentações das atividades
propostas com base nas noções e conceitos construídos ao longo do concurso.
105
Concurso Leitura e imagem do CED 06
Com o objetivo de incentivar a leitura, a fotografia e revelar novos olhares, o
Centro Educacional nº 06 de Taguatinga – DF, realiza o 1º Concurso Leitura E
Imagem Poderão participar somente alunos do ensino Médio e EJA de 2014,
que estejam cadastrados na biblioteca da escola. Para participar, basta ter lido
uma obra listada em nossa biblioteca e registrada no seu cadastro de leitor e
postar uma imagem (foto) com uma frase ou pequeno trecho da obra lida, que
mais gostou, com HASHTAG do autor, livro e
#concursoleituraeimagemdoced06, além de um breve comentário pessoal, na
página facebook do CED 06 -
https://www.facebook.com/Ced06DeTaguatinga?fref=ts
Exemplo:
O concurso terá validade até dia 11 de agosto de 2014.
106
Regulamento
1. Utilizar o página do CED 06 no facebook:
https://www.facebook.com/Ced06DeTaguatinga?fref=ts, com HASHTAG
do livro, autor e do concurso.
2. Ser criativo nas postagens com trechos ou frase da obra lida, usar as
novas tecnologias (fotografia, celular, facebook, instagram, etc...);
3. Escrever com suas palavras a indicação da obra (por que indica o livro);
4. Não usar termos pejorativos ou de baixo calão;
5. A obra, livro escolhido para postagem no concurso deverá constar na
ficha do leitor deste ano (2014) na biblioteca do CED 06.
6. Estar em dia com a biblioteca.
Critérios para a seleção
1. Maior número de curtidas e compartilhamentos na página do CED 06 no
facebook;
2. Criatividade, uso dos recursos tecnológicos, comentários pertinentes ao
trecho ou frase da obra;
3. Seguir o regulamento.
Hashtags são compostos pela palavra-chave do assunto antecedida pelo
símbolo cerquilha (#), devem ser usados como indexadores, facilitando buscas
futuras por outros usuários.
Premiação
As 3 postagem selecionadas pela comissão do concurso, seguindo o
regulamento, terão as seguintes premiações:
1º colocado: 1 livro, uma sessão fotográfica com DVD fotos e pôster;
2º Colocado: 1 livro e uma sessão fotográfica com DVD fotos;
3º Colocado: 1 livro.
107
PROJETO
INFORMÁTICA EDUCATIVA
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PLANO DE CURSO
Justificativa:
Considerando os interesses e as exigências da sociedade atual e a
necessidade de adequar o ensino ás mudanças sociais, é preciso integrar a
informática ao currículo escolar, pois os computadores fazem parte no nosso dia-
a-dia, e a escola deve preparar o aluno para o futuro.
A informática contribui com a formação de alunos capazes de lidar com
as novas tecnologia, então, empregar as utilidades e benefícios do uso do
computador como recurso pedagógico contribui com a educação do aluno. O
computador desperta a curiosidade e o interesse do aluno, por isso é preciso
aproveitar esse recurso para despertar a sua vontade de aprender.
A informática educativa torna o processo de ensino-aprendizagem mais
dinâmico, com interesse de não apenas ensinar informática para os alunos, mas
também ensinar conteúdos interdisciplinares com a interatividade proporcionada
pelo computador. Com objetivo principal de mostrar para o aluno que o
computador se bem aproveitado pode contribuir com seu estudo e
aprendizagem.
Um computador com acesso a internet é uma janela para conhecer o
mundo sem sair da escola, essa janela permite que o aluno vá em busca do
conhecimento e descubra novas fontes de aprendizagem.
A informática é um importante recurso pedagógico, por isso, a escola
precisa utilizar o computador e suas ferramentas como meio facilitador do
processo de ensino-aprendizagem.
Segundo o MEC, Informática Educativa significa:
“a inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem dos
conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades da educação. Os
assuntos de uma determinada disciplina da grade curricular são
desenvolvidos por intermédio do computador.”
109
O uso da informática educativa proporciona resultados positivos como:
Acessibilidade a informação, permite o acesso a fontes de pesquisa na
internet. Autonomia nos trabalhos, facilita o desenvolvimento autônomo das
atividades, contribuindo com o aprendizado individualizado.
Interesse em aprender, o ambiente informatizado proporciona atividades
mais dinâmicas e ativas que despertam o interesse do aluno. Criatividade,
as diversas ferramentas disponíveis facilitam o desenvolvimento da
criatividade dos alunos.
Curiosidade, a internet abre novos caminhos, a pesquisa permite que o aluno
vá em busca de respostas e descubra novas fontes de aprendizagem.
Proporciona ao aluno acesso a informática, contribuindo com a inclusão
digital.
Contribui com sua formação social.
Incentiva os estudos e a aprendizagem com abordagens interdisciplinares.
Estimula o aluno na utilização dos recursos da informática como ferramenta
de apoio as suas atividades escolares.
Propicia o desenvolvimento da capacidade de criação, observação,
interação e pesquisa.
Estimula o raciocínio lógico.
Desperta o prazer pela leitura e escrita.
Proporciona momentos de lazer, diversão entretenimento.
Incentiva o uso educativo da internet como meio que contribui para a
construção do conhecimento.
Objetivos Gerais:
Promover o uso pedagógico da informática na educação básica, integrando a
informática educativa com a proposta de ensino pedagógica da escola, a fim de
desenvolver diversas habilidades com o uso do computador e contribuir com a
educação do aluno, estimulando o aprendizado, contemplando as diversas áreas
do conhecimento de forma interdisciplinar.
110
Objetivos Específicos:
Conhecer as partes do computador.
Definir software e hardware.
Aprender sobre a Sistema Operacional Linux.
Realizar as atividades do pacote Série Educacional.
Utilizar o editor de texto para desenvolver a escrita e fazer a correção.
Desenhar e pintar no programa de pintura.
Desenvolver apresentações eletrônicas de atividades interdisciplinares.
Exercitar o uso da planilha eletrônica.
Resolver exercícios educativos usando o computador.
Realizar estudos e pesquisa na internet em páginas educacionais.
Utilizar a internet como fonte de conhecimentos e complemento dos
estudos.
Pesquisar na internet e desenvolver atividades sobre temas transversais.
Conteúdo Programático:
·
Software e Hardware;
Partes do computador;
Sistema Linux;
Área de trabalho, ícones, Menu Iniciar e Janelas.
Série Educacional;
Editor de texto;
Programa de Pintura;
Calculadora;
Planilha eletrônica;
Apresentação eletrônica;
Internet;
Projetos Multidisciplinares.
111
Metodologia:
- Aula Teórica e Prática.
- Exercícios e atividades no computador.
- Exposição e Manuseio de Peças do computador.
- Pesquisa na internet.
- Desenvolvimento de projetos concomitantes com outras disciplinas.
Recursos:
Computadores com o Linux Educacional.
Ferramentas operacionais:
Editor de Texto.
Programa de pintura.
Planilha Eletrônica.
Apresentação Eletrônica.
Internet.
Impressora.
Público-alvo:
O projeto irá envolver todos os alunos da escola, do Ensino Médio e o EJA.
112
PROJETO
JORNAL NA ESCOLA
"A informática contribuindo com o
enriquecimento do processo educacional"
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INFORMÁTICA EDUCATIVA
Justificativa
A tecnologia vem conquistando muita influência na sociedade através dos
seus vários instrumentos de mídias, ela é responsável pelo grande volume de
informações que são lançadas pelo mundo a todo instante. Hoje existem muitas
formas de comunicação, de expor ideias e experiências, as mais antigas como
o jornal, trabalham junto com as novidades tecnológicas, como os blogs.
Na nova escola, agora informatizada, é preciso diversificar a forma de
ensinar, utilizando as novas mídias como ferramentas que auxiliam na
aprendizagem do aluno e contribuem com a inclusão digital. A acessibilidade
proporcionada pela internet permite que os alunos busquem novas informações,
pesquisem e publiquem suas descobertas, expondo novas ideias e expressando
sua opinião, assim usando o computador como recurso pedagógico que auxilia
na produção do conhecimento.
Expor os trabalhos dos alunos é uma forma de motivá-lo a produzir,
porque ele sente que sua produção será valorizada. O projeto do Jornal na
Escola visa envolver os alunos em pesquisas e entrevistas para coleta de
informações, pretende criar um ambiente na sala informatizada em que eles se
sintam produtores do jornal, editores, redatores, ou seja, verdadeiros jornalistas.
A participação do aluno na produção do jornal além de desenvolver a
habilidade no uso da informática, também pretende motivar o aluno a: pesquisar,
ler, interpretar, sugerir, criticar, escrever, produzir e corrigir. E assim almejar bons
resultados no processo de ensino aprendizagem dos aluno.
O projeto Jornal na Escola é um trabalho interdisciplinar, que visa abordar
temas transversais e divulgar as atividades pedagógicas realizadas na escola,
envolvendo os alunos na produção do jornal, a fim de desenvolver suas
habilidades com as ferramentas da informática e em diferentes áreas do
conhecimento, assim contribuindo para o enriquecimento do processo
educacional, tendo como resultado a produção do jornal impresso e a publicação
virtual no blog da escola.
114
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Produzir o jornal na escola, aplicando os conhecimentos de informática de forma
interdisciplinar, abordando temas transversais e publicando as atividades
pedagógicas desenvolvidas pela escola, a fim de desenvolver as habilidades do
aluno e contribuindo para o enriquecimento do processo educacional.
Objetivos Específicos:
Utilizar a informática na educação de forma interdisciplinar.
Desenvolver a habilidade com as ferramentas de produtividade do
computador.
Utilizar o editor de texto para a escrever, editar e fazer a correção.
Aprender a explorar a internet para a pesquisa e a publicação.
Utilizar diferentes tecnologias e mídias para registrar imagens e vídeos.
Estimular a produção textual e a prática de leitura.
Adquirir maior facilidade para escrever e expressar-se.
Desenvolver a capacidade argumentativa e crítica do aluno.
Despertar a criatividade, a produção artística e cultural.
Publicar os trabalhos pedagógicos realizados na escola.
Abordando temas transversais.
Viabilizar o jornal como recurso didático para todas as disciplinas
curriculares.
115
Metodologia
Será apresentado para os alunos vários tipos de jornais para que eles
explorem a estrutura das matérias e apresentação das páginas. Os alunos
realizarão estudo de campo, irão visitar a produção de um jornal da região e
conhecer o trabalho dos profissionais.
A primeira etapa da produção do jornal na escola é definir os temas
transversais que serão abordados e distribuir um tema para cada turma. Em
seguida os alunos irão pesquisar os temas em livros, jornais e na internet.
O próximo passo são as entrevistas para coleta de dados e o registro de
imagens e vídeos. Logo após no laboratório de informática começa a digitação,
correção e formatação dos textos. Por fim as matérias serão publicados no blog
e irão para a impressão do jornal. Os jornais impressos serão lidos e trabalhados
em sala de aula.
Ações
Apresentar diferentes tipos de jornais.
Estudo de campo, conhecer a produção de um jornal local.
Reunião com os alunos para definir o conteúdo do jornal.
Definição das colunas e matérias que serão publicadas.
Dividir um tema para cada turma.
Coleta de dados para a produção das matérias.
Adquirir informações através de visitas, pesquisa e entrevista.
Registrar imagens e vídeos.
Pesquisar na internet.
Escrever as reportagens, digitação e formatação do texto.
Revisão e edição das matérias.
Publicação da edição impressa.
Publicação da matéria no blog.
Distribuição das edições.
116
Resultados esperados
Produção e publicação de uma edição de jornal na escola, contendo matérias
sobre as atividades pedagógicas realizadas na escola, abordando temas
transversais.
Público alvo
O projeto irá envolver todos os alunos da escola, do Ensino Médio.
117
PROJETO
EDUCANDARTE
SALA DE RECURSOS
118
Plano de ação
Apresentação
Esta unidade oferece diferentes modalidades de ensino aos discentes,
desde o EJA primeira fase até o ensino médio regular, com três turnos de
funcionamento, o que propicia fácil adaptação aos alunos de acordo com suas
necessidades pedagógicas e pessoais. Assim, partindo desta realidade,
podemos observar a pluralidade dos grupos atendidos por esta instituição, que
requer um vasto planejamento pedagógico para atingir este público e suas
ansiedades, com mais de 40 anos de funcionamento, contamos com vários
projetos e ações globais os quais muitos já premiados em âmbito nacional e com
grande reconhecimento regional, trabalho este concretizados pelos docentes e
demais colaboradores de diferentes setores desta unidade, com sua culminância
através das ações práticas desenvolvidas pelos alunos que constituem o núcleo
de todo esse trabalho coletivo. A Sala de Recursos Multifuncionais do Centro
Educacional 06 de Taguatinga, tem como meta a inserção dos alunos ANEE’S
na comunidade escolar desta instituição, bem como viabilizar as devidas
adaptações curriculares e estruturais juntos aos aluno, professores e demais
setores, para melhor atender e dar suporte aos alunos que necessitem deste
serviço.
Objetivos
Reestruturar o currículo escolar para atender às necessidades dos ANEE´S
Validar as adaptações necessárias de acordo com a especificidade de cada
aluno.
Orientar aos professores, como proceder junto aos alunos especiais,
pedagógico, social e legalmente;
Otimizar a inserção destes alunos junto às turmas nas quais estão
inseridos, com trabalhos de conscientização e sensibilização;
119
Informar a todos os segmentos da instituição sobre os direitos e deveres
dos ANEE’S;
Facilitar junto aos alunos e demais funcionários as políticas sociais de
Inclusão Social;
Metas
TRABALHO FOCADO NA META DE Nº 2 DO PDE
Criar um grupo coral.
Promover curso de pintura em tecido;
Criar grupos de estudos junto aos professores no horário da coordenação
para otimizar o atendimento aos alunos especiais;
Otimizar o suporte pedagógico para os ANEE’S.
Ações
REALIZAR ESTUDOS DE CASO DOS ALUNOS NEE´S,
ATENDIEMTO ÁS FAMÍLIAS BUSCANDO SUA EFETIVA PARTICIPAÇÃO
JUNTO ÁS ATIVIDADES PROPOSTAS PELA ESCOLA
ORIENTAR PROFESSORES A RESPEITO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE
NO ENSINO ESPECIAL.
BUSCAR JUNTO ÀS REUNIÕES PEDAGÓGICAS MEIOS PARA
GARANTIR A INCLUSÃO DOS ANEE´S NO ÂMBITO SOCIAL E
PEDAGÓGICO.
Divulgar as atividades junto aos alunos para que possam participar
ativamente;
Estimular a participação dos alunos nas oficinas pedagógicas através de
convites e banners de propaganda;
Organizar exposições para expor os trabalhos confeccionados pelos alunos
para divulgar e estimular a participação de novos alunos;
120
Avaliação
Estipular datas junto ao grupo gestor, para que haja a avaliação do
processo sistemático e reavaliação, para dar continuidade nos trabalhos
junto aos professores e demais profissionais que participam do processo.
Avaliação sistemática e contínua, sendo discutida e flexibilizada nos
momentos de coordenação coletiva dos professores.
121
PLANO DE AÇÃO
DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 2014
Tema: Educação a mais bela vestimenta.
122
Tema: Educação a mais bela vestimenta.
Objetivos
Estabelecer os principais pilares da Escola Integral para o corpo docente,
discente e comunidade escolar; a fim de desconstruir a ideia de que a
Educação Integral é composta apenas por oficinas totalmente
desassociadas ao crescimento intelectual do aluno;
Estender o tempo de permanência dos alunos atendidos, para evitar a
ociosidade;
Retirar os adolescentes das ruas, oferecendo a oportunidade de ampliar
seus conhecimentos;
Proporcionar uma alimentação nutritiva e saudável na escola;
Ampliar as oficinas, cursos e projetos já desenvolvidos pela Escola
Integral e implementar outros, incentivando o gosto pela arte, cultura,
esporte dentre outros;
Orientar aptidões artísticas e desportivas, como possibilidades
profissionais;
Avaliar mensalmente ou bimestralmente as atividades desenvolvidas na
Educação Integral com os professores regentes envolvidos, direção e
comunidade escolar;
Desenvolver o vínculo familiar com a escola;
Melhorar a qualidade de ensino;
Fortalecer os conhecimentos aplicados no turno regular, afim de que se
reflita na sala de aula;
Reduzir os índices de evasão e reprovação com a adoção de práticas
avaliativas formativas, que se vinculem ao ensino regular. (Sabendo que
isso não é previsto da Lei de Diretrizes e Bases);
Orientar escolhas profissionais;
Proporcionar fontes alternativas de renda familiar;
Reduzir o índice de evasão e reprovação na EJA – Educação de Jovens
e Adultos, sanando déficits de aprendizagens;
Formar protagonistas no projeto “Educando para a Vida” e informática;
123
Produzir um jornal que tenha reconhecimento na comunidade de
Taguatinga nos 40 anos de Centro Educacional;
Formar o coral no CED 06;
Realizar o 1º Festival de música na escola;
Oferecer oficinas artesanais temáticas;
Criar a horta solidária;
Reflorestar a escola;
Viabilizar certificações para os alunos;
Trabalhar no sentido de melhorar na convivência social, como disciplina,
respeito, ao próximo, capacidade de resolução dos problemas, moral,
virtude, ética etc... contribuindo para uma sociedade melhor.
Metas
Envolvimento 70% do corpo docente e discente mais atividades
oferecidas e também envolver a comunidade escolar de 2014 até 2016;
Em 2014 pretendemos envolver 50% dos alunos nas atividades
oferecidas na Escola Integral;
Ofertaremos em 2014 5% das vagas nas atividades para a comunidade
escolar, pais e irmãos que frequente a rede de Escolas Públicas,
ampliando essas vagas a 20% no final de 2016. Trazendo a comunidade
para participar mais da vida escolar e a rotina dos seus filhos.
Reduzir o índice de evasão escolar e reprovação em 10% no EJA;
Criação da Horta solidária em 2014 à 2016 e reflorestamento da escola;
Proporcionar uma alimentação saudável para os alunos, pois o mesmo
estará envolvido no projeto “Horta solidária”, afim de implementar sua
própria alimentação com produtos naturais por ele produzido;
A partir do 2º semestre os alunos protagonistas estarão aptos a orientar e
instruir a comunidade nos cursos de informática;
Lançamento do jornal do CED 06, informando sobre nossas principais
atividades, saúde, educação, e muito mais! Além de prestar homenagens
aos 40 anos da Escola;
124
Preparação dos alunos para as datas festivas com apresentação musical
(coral e instrumentos);
No 2º semestre, também será ofertada turmas de Tênis de mesa
semi-profissional;
Ações
Ampliação do projeto “Educando para vida” associado ao curso de
informática. Desde 2000 o CED 06 desenvolve o projeto, reconhecido pela
UNESCO e sendo ponto de referência em Educação sexual para jovens a
nível nacional. Temas abordados pelo projeto:
Educação sexual
Saúde;
Mercado de trabalho
Prática esportiva;
Temas da autoridade.
Associado ao projeto “Educando para Vida” temos A informática
educativa proporciona resultados positivos como:
Acessibilidade a informação, permite o acesso a fontes de pesquisa na
internet.
Autonomia nos trabalhos, facilita o desenvolvimento autônomo das
atividades, contribuindo com o aprendizado individualizado.
Interesse em aprender, o ambiente informatizado proporciona atividades
mais dinâmicas e ativas que despertam o interesse do aluno.
Criatividade, as diversas ferramentas disponíveis facilitam
o desenvolvimento da criatividade dos alunos.
Curiosidade, a internet abre novos caminhos, a pesquisa permite que o
aluno vá em busca de respostas e descubra novas fontes de
aprendizagem.
125
Proporciona ao aluno acesso a informática, contribuindo com a inclusão
digital.
Contribui com sua formação social.
Incentiva os estudos e a aprendizagem com abordagens
interdisciplinares.
Estimula o aluno na utilização dos recursos da informática como
ferramenta de apoio as suas atividades escolares.
Propicia o desenvolvimento da capacidade de criação, observação,
interação e pesquisa.
Estimula o raciocínio lógico.
Desperta o prazer pela leitura e escrita.
Proporciona momentos de lazer, diversão entretenimento.
Incentiva o uso educativo da internet como meio que contribui para a
construção do conhecimento.
Sob a orientação das professoras, Sandra Bacharel e licenciada em Biologia,
pós-graduada em Sexologia e Eliete Baia, com formação profissional em
Ciências das Computação, pós-graduada em Redes de Telecomunicação e
pós-graduada em fotojornalismo, o que torna os projetos Educando para vida
e jornal do CED 06 ainda mais rico e qualitativo.
Estes mesmos alunos após preparação serão formadores nos cursos de
informática, no 2º semestre para a comunidade escolar. Serão também os
elaboradores e organizadores na implementação do Jornal CED 06.
126
Ampliação na área de esportes
Dança do Ventre
“A dança do ventre é uma expressão poética do corpo cheia de gestos
e significados. É uma celebração a feminilidade, desenvolvida por
mulheres e para mulheres.” (Rhamza Alli)
Foram abertas três turmas de dança do ventre, que além das técnicas da
dança, as alunas também têm a oportunidade de conhecer dicas quanto a
saúde física e metal.
Capoeira
A capoeira talvez seja a expressão do que há de mais brasileiro em termos
de atividade física, já que se trata de uma luta criada no Brasil por escravos
de origem africana. Isso é tão significativo que no exterior a capoeira é
conhecida como “brazilian martial art”, ou arte marcial brasileira.
Nossa escola oferece turmas para o Ensino médio e EJA, nas culturas
Macule lê, Samba de roda, puxada de rede.
Vôlei
Iniciação a prática desportiva voleibol, com professor qualificado Agnaldo
Basquetebol
Iniciação a prática desportiva basquetebol.
Curso de Xadrez
Com o objetivo de desenvolver:
Desenvolvimento do raciocínio matemático;
Maior desenvoltura ao tomar decisões;
Aumento da criatividade;
127
Aumento da concentração;
Treinamento do pensamento crítico;
Aumento a memória;
Maior maturidade intelectual;
Aumento da auto-confiança;
Análise de conseqüências;
Tomada de decisões complexas;
O reconhecimento de padrões torna-se mais fácil;
Ajuda a lidar com situações não esperadas;
Aumento da disciplina;
Responsabilidade das ações;
Habilidade de antecipação;
Aumento da velocidade de pensamento.
Tênis de Mesa
O tênis de mesa, também conhecido como pingue-pongue, é o jogo em que
duas pessoas ou duplas usam raquetes de madeira para passar uma bolinha
de um lado a outro de uma rede instalada em uma mesa. O nome pingue-
pongue deve-se ao barulho que a bola faz ao bater na raquete e na mesa.
A direção da nossa escola, tem um convênio com o campeão nacional
professor José Maria Bezerra Silva de Souza “Zezinho” da Escola Classe
11, quem criou o centro olímpico de Tênis de Mesa, onde ofereceu o curso
e treinamento para nossos alunos protagonistas do projeto Educando para
vida, no 1º semestre de 2014 e no 2º semestre será aberta turma para
treinamento do Tênis de mesa profissional para participação de
campeonatos.
128
Ampliação nas áreas intelectuais
Reforço escolar
Tendo em vista o alto índice de reprovação em Física e Português, o CED
06 vem oferecer o reforço escolar nessas disciplinas para as turmas do 1º e 2º
anos do Ensino Médio. E devido a dificuldade no letramento dos alunos do EJA,
também foram abertas turma de reforço em alfabetização, para esse segmento.
Ampliação nas áreas artísticas
O CED 06 já é contemplado com a arte musical, agora pretendemos
ampliar com o coral, banda musical, com objetivos da criação do 1º Festival
Musical do CED 06.
São oferecidas aulas de violão, flauta, teclado, flauta transversal e
percussão com a professora de música Silsa.
Educandarte Voltados para inclusão dos alunos com necessidades
especiais em aulas de música e dança.
Oferecemos o curso de grafitagem em que alunos protagonistas jovens
ensina outros a arte de grafitar.
Oficinas artesanais temáticas que variam de acordo com a data
comemorativa do mês.
Visando o profissionalismo do corpo discente, ofertamos curso de D’J e
sonoplastia.
Realizar o 1º Festival de música na escola;
Oferecer oficinas artesanais temáticas;
Criar a horta solidária;
Reflorestar a escola;
Viabilizar certificações para os alunos;
Trabalhar no sentido de melhorar na convivência social, como disciplina,
respeito, ao próximo, capacidade de resolução dos problemas, moral, virtude,
ética etc... contribuindo para uma sociedade melhor.
129
130
131
PROJETO
“Educando para Vida”
Coordenadora e responsável pelo Projeto: Profa. Sandra Carvalho Cavalcante Freitas Co-responsável: Profa. Kênia Maria Neiva ( Escola Integral)
132
DEDICATÓRIA
A todos os alunos adolescentes,
agentes norteadores da
idealização deste trabalho!
APRESENTAÇÃO
Este Projeto está sendo desenvolvido para adolescentes,
educadores e a comunidade. Visa proporcionar as ferramentas básicas para o
conhecimento das necessidades básicas do sujeito, no tocante a sua
sexualidade, as escolhas e o possível uso de drogas pelo jovem. Procura-se por
meio do Projeto criar estratégias para que o educando venha vivenciar de
maneira mais saudável, humana e prazerosa a sua existência. Almeja, também,
estimular o conhecimento psicossocial, o incentivo a autoestima e o resgate de
valores morais. Pautar a reformulação de conceitos sobre o exercício da
sexualidade, drogas, adolescência, prazeres e riscos. Busca-se, ainda, produzir
ferramentas morais que possa impingir no discente atitude crítica, consciente,
preventiva e responsável perante a própria sexualidade. Assim sendo,
desenvolver o senso – crítico do adolescente frente aos enfrentamentos morais.
Pretende-se, dessa forma, inserir no educando e na comunidade o
registro da necessidade efetiva destes agentes nesse processo educativo.
Assim, como, imbricá-los, na conjuntura estrutural do Projeto, ou seja, na
discussão, implementação e ação que possa ter como consequência o
empoderamento1 destes sujeitos, conforme Gonçalves (2005) propõe.
Como educadores, pensa-se em desenvolver de maneira relacional as
discussões, no tocante, as práticas sexuais, pautando sempre um sentido, ético,
moral, responsabilista na problemática em foco. O objetivo primordial desta
inquietação advém da necessidade em que os jovens aprendam a se proteger
1 Define-se empoderamento como: “a capacidade do indivíduo fazer opções livres de amarras políticas, econômicas, sociais, ou seja, o sujeito fazer uso de sua liberdade, sem os mecanismos de coerção, para que isso ocorra com precisão ele deve ser ‘educado’ para tal objetivo. Trabalhar as instituições (Igreja, família, escola, Estado) e não a pessoa individualmente. Capacitar o sujeito a reconhecer a sua vulnerabilidade, reforçando a autoconsciência, o autoconhecimento e auto estímulo, no sentido de buscar melhores condições para expansão de suas necessidades reais que inclui: educação, habitação, poder decisório, acesso a saúde, a serviços sociais, liberdade de expansão (Gonçalves, 2005 p. 20).
133
das doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS); dos conflitos e incertezas
sobre a sua própria sexualidade; do possível uso indevido de drogas; do
exercício sexual inseguro; do acontecimento de uma gravidez não planejada; do
reconhecimento da responsabilidade frente à maternidade e paternidade. Em
outras palavras, implementar em sua existência o espaço para escolhas
conscientes, como também, a construção de seus próprios valores e projetos.
Seguramente, a escola é um espaço legítimo para educar. A omissão
institucional diante destas questões implica em tornar incompleto o processo de
educação global. O Centro Educacional 06 de Taguatinga acredita que
debatendo os papéis sociais destes jovens e da comunidade, no contexto da
temática, possa se produzir jovens mais centrados, harmônicos e responsáveis
frente aos dilemas morais apresentados. Tem-se a convicção que o
enfrentamento moral efetivado pelo próprio jovem poderá fortificá-lo. Este
processo poderá contribuir no sentido, de evitar a própria culpabilização e, ainda,
auxiliá-lo em sua possível escolha elencando os pontos positivos e negativos do
processo decisório do aluno.
Este trabalho tem como intuito pautar uma visão positiva da sexualidade.
Serão usadas técnicas de dinâmicas interativas de autoconhecimento e de
reflexões em torno de si, do coletivo e da vida para que se possa atingir a imersão
na temática. Para o desenvolvimento do Projeto, será trabalhada, a imperativa
necessidade de uma comunicação clara nas relações interpessoais, no sentido
de que se possa (re)elaborar os valores introjetados durante a sua trajetória de
vida. Pensa-se, que a partir dessa reflexão o jovem possa compreender o seu
próprio comportamento e o do outro. Partindo deste contexto, espera-se que o
educando possa tomar decisões imponderadas, conforme assinalado
anteriormente.
Insere-se, também, no tecido metodológico do Projeto a previsão de
encontros direcionados aos pais. O intuito destas reuniões seria de encontrar a
melhor forma de sensibilizar responsáveis e adolescentes no sentido de valorizar
o vínculo afetivo e o diálogo familiar. Tais momentos, certamente, contribuirão
para a reverberação de posturas dos agentes envolvidos.
134
Para os professores e funcionários da escola são dedicados momentos
de envolvimento com o Projeto. Os professores se encontram, durante as
reuniões e as coordenações coletivas. Os agentes educadores são provocados,
por meio de vídeos, palestras, textos, no sentido de produzir descobertas e
questionamentos de como lidar com a sua própria sexualidade e a do aluno.
Aproveitam-se, ainda, os encontros para propor atividades interdisciplinares,
para melhor costurar as inquietações permeadas no grupo. No tocante aos
funcionários são oferecidos encontros para debater a problemática, oficinas,
palestras, entre outros.
Resumindo, o Projeto2 “Educando Para Vida” tem como intento
(des)construir preconceitos, construir novas leituras, ser dinâmico e fortalecer o
coletivo juvenil e parental. Traduzindo, produzir uma escola sempre em
movimento inquieta com enfrentamentos morais do ser humano.
DO HISTÓRICO DO PROJETO
1999 – Tomou-se conhecimento que no Distrito Federal, no ano de 2000, seria
incluída na grande horária do aluno a disciplina denominada (PD - Parte
Diversificada), que contemplaria projetos de interesse da comunidade escolar.
Sabedores deste espaço realizaram-se sondagens junto aos alunos sobre
temáticas que os educandos gostariam que fossem contempladas em 2000.
Foram elencados os seguintes temas: 1°- sexualidade, 2°- drogas, 3°- educação
ambiental, 4°- mercado de trabalho.
2000 – Na grande horária da escola abre-se um espaço para um projeto de
educação sexual e drogas. No entanto, não existia o projeto, nem a ferramenta
humana para escrevê-lo. A educadora de Biologia, Profa. Sandra Freitas,
trabalhava tais temas de maneira informal. Foi, então, observada pela professora
2 Salienta-se, que tanto o Projeto quanto às ações são alicerçados cientificamente.
135
a necessidade de aprofundar a temática. Deu-se início as primeiras
elucubrações sobre o Projeto.
2001 – A Professora Sandra Freitas assumiu uma hora aula em cada turma de
1° anos (PD). Buscou capacitação na área de sexualidade (Pós-Graduação/ lato-
sensu). Em seguida, o curso e a experiência de campo com os alunos, pais,
professores e comunidade geral foram utilizados como base e fundamentação
inicial do Projeto. A culminância do Projeto deu-se com o “I Simpósio Educando
Para Vida” enlaçada com a atividade de protagonismo dos alunos3.
2002 – Após avaliação e o reconhecimento do trabalho executado, a carga
horária de uma hora, foi ampliada, para duas horas por semana. Tal tomada de
decisão possibilitou a criação de um vínculo mais estreito com o aluno, no
sentido de possibilitar intervenções mais continuadas. Foi ampliado também,
espaço para os “programas alicerce”. Investiu-se nos pais e professores no
intuito de integrá-los. Iniciou-se a busca por parceiros. Surgem os programas
assessores (20 alunos – corpo administrativo do Projeto) e multiplicadores (20
alunos – corpo pedagógico do Projeto). Nesse mesmo ano, o Projeto participou
do prêmio escola UNESCO, sendo agraciado com o primeiro lugar de
experiência em nível nacional de projetos: nas áreas de DSTs/Aids e drogas nas
escolas. Ponto alto do Projeto: “II Simpósio Educando Para Vida 2002”.
2003 – Na semana pedagógica, a nova gestão presidida pelo Prof. José Edilson
Rodrigues da Fonseca, juntamente com os Professores do Centro Educacional
06 de Taguatinga e com as Coordenadoras do Projeto – Profa. Sandra Freitas e
Profª. Gleides Simone de Figueiredo Formiga4, levando em consideração o
clamor dos alunos, ampliaram o Projeto para o 2º. e 3º. anos – foco protagonismo
juvenil. A justificativa epistêmica para o acolhimento da fala dos discentes vem
ao encontro das abordagens de Gonçalves (2002) sobre a aquisição de uma
“nova gramática moral”. Acredita-se que o processo educacional aconteça de
3 Importante ressaltar, que o trabalho para o Simpósio dá-se por meio de preenchimento de relatórios, pesquisa, ensaio, patrocínio, etc. 4 A efetivação da Professora Gleides no Projeto deu-se no ano de 2004.
136
maneira lenta, progressiva e continuada. Seguramente, só assim, pode-se tornar
possível uma nova “articulação verbal” madura e “emponderada” por parte
daqueles que antes pertenciam ao espaço da vulnerabilidade, no caso
especifico, os alunos (Gonçalves, 2002). Vale ressaltar, que nesse ano,
aumentaram os números de parcerias com o Projeto. Criaram-se programas
interativos de oficinas (teatro, dança e esporte) oferecidas em horário contrário
para alunos, pais e professores. O projeto passou a ser referência no DF, nas
áreas de sexualidade e drogas. Efetivou-se o “III Simpósio Educando Para Vida
2003”. Como atividade de enceramento do Simpósio deu-se “I Micarê temática
de 2003”.
2004 – Inclusão do “Projeto Educando Para A Vida” no “Projeto Saúde e
Prevenção Nas Escolas GDF”. Disponibilização de insumos de prevenção
(preservativos) para toda comunidade escolar. Aperfeiçoamento do programa
para pais, incluindo além de encontros bimestrais, cursos semanais de temas de
interesse das famílias. Ampliação do programa dos professores, oferecendo
encontros, reuniões e curso de capacitação sobre as temáticas do Projeto. Os
cursos tinham o intuito de estreitar ainda mais, o trabalho interdisciplinar
(parceria-EAPE). Ampliação do Projeto para o turno noturno programa EJA
Conscientizar (coordenado por ex-alunos – oficinas e disponibilização de
preservativos). Fundação da ONG Educando Para Vida (por ex-alunos
multiplicadores do Projeto). Apresentação do Projeto no 8º EDUCAIDS-SP.
Reconhecimento do Projeto em nível nacional e mundial – visita da comitiva de
Moçambique. Têm-se o “IV Simpósio Educando Para Vida 2004” e a “II Micarê
Temática”.
2005 – ampliação do programa: “Oficinas Para Comunidade Local”. Criação de
novos programas como: Aconselhamento (alunos); Monitoria – “Estudando pra
valer”. Sistematização do programa destinado aos funcionários da escola com a
realização de oficinas de interesse. Discussão sobre o trabalho interdisciplinar,
tendo como intento, a emersão de temas geradores mensais. Entrega de
mensagens semanais para toda escola sobre o tema gerador do mês. A ONG
137
Educando Para Vida passa coordenar o “Programa Multiplicador”. Inclusão
oficial do “Educando Para Vida” no Projeto Político Pedagógico do Centro
Educacional 06 de Taguatinga. “V Simpósio Educando Para Vida” e “III Micarê
Temática 2005”.
2006 – participação do “Projeto Educando Para Vida - Uma Escola Sempre em
Movimento” no “Projeto Estamos Juntos” – cooperação Brasil/ Moçambique. O
Projeto representou a experiência bem sucedida no DF. Visou-se o intercâmbio
de experiências com destaque nas áreas: de saúde sexual reprodutiva,
prevenção as DSTs/Aids e discussão sobre o construto social da sexualidade e
das práticas sexuais, nos dois paises envolvidos. Implantação do “Programa
Integração” (alunos com deficiência auditiva), ampliação de oficinas e cursos aos
funcionários, educadores e alunos. Reformulação do canto de aconselhamento
e equipe de assessoramento/multiplicadores para equipe de protagonista do
Projeto. Elaboração e implantação do PARES-DF (Projeto de Assessoramento
Regionalizado as Escolas da Saúde e Prevenção) e previsão para o “VI Simpósio
Educando Para a Vida” e a “IV Micarê Tematica 2006”.
Salienta-se, também, a formação do Grupo Gestor do “Projeto Educando
Para Vida - Uma Escola Sempre em Movimento”. Este núcleo de trabalho tem
por finalidade fazer a avaliação e promover a abordagem de novas
implementações dentro da conjuntura do Projeto. Para melhor efetivar as ações
expostas aplica-se reuniões semanais. O grupo gestor tem por objetivo fomentar
um diálogo entre os diferentes segmentos da comunidade que participam do
Projeto. A sua composição apresenta-se da seguinte forma:
Educadoras: Profa. Sandra Carvalho Cavalcante Freitas
Profa. Gleides Simone de Figueiredo Formiga
EJA – Noturno – Profa. Lucilane Cardoso de Almeida
Gestor escolar: Prof. José Edilson Rodrigues da Fonseca
Pais/responsáveis: Ismarlene Bezerra de Jesus
Cleide de Jesus Barros
Sandra Dias Santana de Lima
Maria Goretti da Costa Santos
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Aluno: Jean Sabóia
Funcionários: Emília Alves Neves
Gilda Maria Martins
ONG - Educando Para Vida: Fernando de Assis Alves
Coordenação integrada (deficiente auditivo): Profa. Mônica Maria Pereira
Resende Consultora Científica: Profa. Dra. Erli Helena Gonçalves
Em agosto de 2006 será a homologação do Projeto político pedagógico
“Educando para Vida”, sedimentando, assim, o esforço educacional de se
criar uma sociedade mais ajustada.
DO REFERENCIAL TEÓRICO
O Projeto Educando Para Vida trata de um desafio intermitente, constante
e vigilante tal como Foucault (2002) aponta em suas obras. Educar para a vida
requer atitude de descoberta interior, valorização de si e do outro, seria na
concepção de Rosset (1989; 1998) analisar o real e seu reflexo. Tais conceitos
são alimentados por sentimentos e posturas que permeiam o sentir e o ser.
Trabalhar tais percepções tem como consequência, a produção de um indivíduo
consciente, saudável e maduro frente aos dilemas morais apresentados.
“Educando Para a Vida” permeia questões sobre a sexualidade humana,
conforme o exposto por Ávila (1999); o uso indevido de drogas; educação para
paz; qualidade de vida imbricada de escolhas. Certamente, a preocupação com
tais temáticas pode atrair soluções ou mais problemas. Dessa forma, seria
importante, em alguns momentos, redefinir a vida ou as atitudes frente aos
enfrentamentos morais expostos. Logo, precisa-se perceber que “educar para a
vida” é um limiar, complexo, contínuo, lento, progressivo e marcante. Este
trabalho poderia ser definido por Foucault (2002 p. 16) como a “domesticação do
corpo”. Segundo o autor o corpo é moldado, esculturado, dia após dia,
efetivando-se neste momento o processo de socialização.
Educar não se resume apenas em informar ou orientar em torno da
sexualidade, drogas ou qualquer outro tema, crê-se em uma complexidade maior
inserida na problemática. De acordo com Priego (1998), compreender a
139
sexualidade e educar seria motivar, tendo como meta, a integração e o
desenvolvimento do dinamismo sexual e global do indivíduo. Para Mielnik
(1980), educação sexual no lar e na escola se processa incessantemente, desde
o nascimento da criança até o seu estado adulto e continua depois definindo
comportamentos. Brasileiro (2001), indica que a educação sexual na escola e no
ambiente familiar possibilita a criança e ao adolescente a estruturação de
conhecimentos e aquisição de valores acerca da vida sexual e afetiva.
Logo, pode-se entender, então, que educar seria tocar, modelar, alterar
comportamento. Tal afirmativa baseia-se na abordagem de Gonçalves &
Varandas (2005), que nenhum ator social sai sem “cicatriz” de um processo,
devido à interferência sofrida. No pensamento das autoras esta marca impingida
no corpo seria executada pelo cerceamento social e moral aplicado no mesmo
diariamente. Percebe-se, que a educação não é um momento pontual e, sim,
contínuo e infinito. Dentro das elucubrações de Gonçalves (2005), promover um
programa pedagógico com foco na educação sexual, na aceitação do diferente,
seria em alguma medida, educar integralmente o indivíduo. Bandeira (1999)
alerta, que não se nasce um ser mulher ou um ser homem, tais categorizações
são construtos sociais. Portanto, precisa-se esquadrinhar constantemente tais
mecanismos para estar atento aos processos discriminatórios subjacentes a
eles.
O jovem adolescente é o maior motivador e norteador do Projeto em
questão. Sujeito que, devido a sua idade, vivência um momento conflituoso a
procura de uma identidade social. Na concepção de Goffman (1998, p. 22)
“faltando o feedback saudável do intercâmbio social quotidiano com os outros, a
pessoa que se auto isola possivelmente torna-se desconfiada, deprimida, hostil,
ansiosa e confusa”. Ampara-se, assim, em Goffman (1988), a importância em
oferecer ao aluno ferramentas morais capazes fomentar a busca e o
reconhecimento de sua inscrição social no mundo.
O sujeito na adolescência encontra muitos mitos, tabus e preconceitos
que necessitam serem questionados. Para Ferreira (2000) a adolescência seria
“o período de vida humana que sucede à infância, começa com a puberdade, e
se caracteriza por uma série de mudanças corporais e psicológicas (12 aos 20
140
anos)”. Sabe-se, que nesta fase da vida acentua-se uma procura assertiva do
jovem na estruturação da personalidade. É também nesta fase que ocorre a
alteração e a consolidação das formas anatômicas e fisiológicas, assim como,
as manifestações acentuadas da libido e da energia sexual reprodutora. Na
abordagem de Brasileiro (2001 p. 22), “Há então, necessidade de harmonização
do corpo e da mente como preparação para as fases subsequentes da vida.
Sendo que a prática de reflexão faculta ao adolescente a segurança íntima de
que precisa para adaptar-se à vida social, profissional, afetiva e familiar, sem os
conflitos psíquicos, afetivos, sexuais e emocionais, que podem ser amenizados”.
A adolescência pode ser interpretada como uma etapa de crescimento,
desenvolvimento e transformação. Não se pode reduzi-la a um momento
problemático, generalizando todos os jovens adolescentes como pessoas
imaturas, conflituosas e sem ideais. Seguramente, uma educação bem
consolidada e conduzida, na família e na escola ajuda o jovem a vencer mais
facilmente as angústias, as inseguranças diante dos fatos e atos da vida e, os
possíveis medos que porventura permeiem sua trajetória. Identifica-se ainda,
que a sexualidade do adolescente é muito aflorada e acordada, quando estes
ainda não possuem um referencial, acabam por transformar relações e vivências
que deveriam ser saudáveis e gratificantes, em prazeres momentâneos com
drogas e/ou relações sexuais precoces e insatisfatórias.
Segundo Louro (2000 p. 15) “... as sociedades realizam [...] processos [...]
e, então, constroem os contornos demarcadores das fronteiras entre aqueles
que representam a norma [que estão em consonância com seus padrões
culturais] e aqueles que ficam fora dela, às suas margens”. Perante tal realidade,
o jovem adolescente precisa de um direcionamento para encontrar o prazer de
viver sua sexualidade sem temer ser expurgado pelo meio social no qual está
inserido. Berer e Ray (1998), apontam que o exercício da sexualidade transita
pelo o juízo moral do indivíduo e do outro e, isso, poderia inibir alguma ação ou
tomada de decisão por parte do sujeito. O jovem, que por ventura for moralmente
excluído pela sociedade, pode introjetar o processo de exclusão como um
pertencimento defeituoso do seu caráter e ainda “... inscrever tal representação
141
em seu corpo e passa[r] a agir conforme o dominante ordena” provocando
infinitos sofrimentos durante sua existência (Gonçalves, 2005 p. 74).
Priego (1998), salienta que a sexualidade humana vai sendo
metamorfoseada no decorrer da existência do indivíduo. Para o estudioso
sexualidade é a maneira de se viver como um ser sexuado, ou seja, que possui
um sexo e se manifesta sexualmente. Para o autor a temática é tão ampla que
se espalha por todos os componentes ou aspectos da pessoa sexuada.
Gonçalves (2002) pondera que dentro do imaginário social, o exercício da
sexualidade é reduzido a copula sexual. Nas considerações da pensadora
efetiva-se, neste instante, o juízo de valor de como se dá a prática sexual. Após
está tabulação moral categoriza-se o sujeito como heterossexual, homossexual
ou bissexual, para então, autorizar o pertencimento do indivíduo dentro de um
grupo social.
No entender de Durkheim (Apud Bourdieu 2001, p. xv) “a classificação
das coisas reproduz a classificação dos homens”. Portanto, discutir a
sexualidade, e as questões de gênero dentro da escola seria a tentativa de
minimizar os estereótipos que são inseridos nas pessoas. Para o cientista esta
delimitação seria “uma reprodução bastante fiel com léxicos próprios mas tendo
um mesmo referente – as relações de exclusão/inclusão, distância/proximidade,
associação/dissociação que informam a hierarquia entre as diversas classes...”.
Sob a ótica de Goffman (1988 p. 76) “o indivíduo estigmatizado tende a ter as
mesmas crenças sobre identidade que nós temos [a sociedade inclusa]; isso é
um fato central” reproduzindo, assim, sem se aperceber o seu próprio
distanciamento social.
Ancorado nas abordagens expostas pode-se afirmar que o adolescente
ao expressar sua sexualidade será remetido a conceitos formulados pela
sociedade dominante. Dessa forma, o jovem será dado como enquadrado nos
padrões morais impostos ou será tido como desviante. Por isso, não se pode
resumir o significado da sexualidade apenas a termos biológicos conforme
apregoado por Bandeira (1999). Vale salientar que grandes cientistas tais como:
Ávila (1999), Foucault (2001, 2001a, 2002), Bourdieu (1999, 2001, 2003), entre
outros, se debruçaram no estudo da sexualidade no intuito de entender e
142
melhorar a dinâmica humana. Importante frisar que reside neste espaço
epistêmico a justificativa e a relevância do Projeto “Educar para vida”.
Pontua-se a necessidade de se debater a sexualidade do adolescente
sempre fundamentada em leituras cientificas. Sabe-se que o jovem apresenta
carência de diálogo dentro da família e da escola sobre esta problemática. Dessa
forma, o educando vem clamando (na escola e no lar) mesmo que seja de uma
forma velada, por um diálogo franco e sem juízo de valor sobre sua sexualidade
no contexto afetivo parental. Pontua-se que não se trata de negligência dos pais,
mas pela própria insegurança e despreparo dos responsáveis que também, não
receberam uma educação sexual de qualidade para oferecerem aos filhos.
Bourdieu (2001), coloca que dentro do contexto do senso comum, o sexo
é tido como impuro. Seguramente, pode-se afirmar que se os pais não tiveram a
oportunidade de discutir tal questão, consequentemente, terão dificuldade de
explicitá-la a seus filhos. Neste caso, os responsáveis pela educação do jovem,
têm por obrigação moral pautar tais enfrentamentos, ou se não estariam fadados
a “... cumpri[r] portanto, sua função político-ideológica de legitimar uma ordem
arbitrária” o que é inadmissível para agente da educação (Bourdieu 2001, p. xv).
Por outro lado, o que mais se busca na atualidade entre os jovens, é o
prazer sem limites, no sentido de desconhecer os riscos. O adolescente com tal
postura evita identificar os próprios caminhos e nega o reconhecimento de
referenciais. Assim, diante do exposto, o jovem passa a ser um instrumento
vulnerável dentro do contexto da sexualidade, seja pela falta de diálogo com a
família, com a escola ou por falta de valores morais não sedimentados. Nesse
sentido pretende-se trabalhar com as ferramentas morais da Bioética de
Intervenção para atingir o propósito pedagógico.
143
DA BIOÉTICA DE INTERVENÇÃO5
A teoria da Bioética principialista, sempre foi objeto de crítica por
vários estudiosos, pelo fato de existir uma certa incapacidade no sentido de sua
aplicação em países com diferentes realidades sociais e econômicas. Defendia-
se a necessidade de contextualizar as demandas de cada comunidade. Essas
vozes dissonantes surgiram nos Estados Unidos (Clouser & Gert, 1990; Gert,
Sherwin, 1992; Coulver & Clouser, 1997); na Europa (Holm, 1995) e na América
Latina (Lepargneur, 1996; Garrafa, Diniz E Matos, 1999, Garrafa, 2000; Kottow,
2003; Schramm, 2004). Os princípios bioéticos empregados nas sociedades
desfavorecidas não contemplavam os fatores culturais constitutivos, assim como
os dilemas morais vividos por aquelas comunidades (Sherwin, 1992). A
aplicação dessa teoria, sem permear as diferenças de cada comunidade, não
contemplava as necessidades desses povos. A partir da constatação de que a
teoria restringia a visão dos conflitos – já que a realidade dos países centrais
(países desenvolvidos) e países periféricos (países em desenvolvimento) são
diferentes - surgiu a necessidade de se reavaliar sua forma de aplicar-se nos
países periféricos e, também, a sua distância com as Ciências Sociais (Garrafa,
2000; Garrafa & Porto, 2002; Hedgecoe, 2004). Garrafa (2000a, p. 2) define
países centrais e países periféricos como:
“... países do mundo onde os problemas básicos com saúde, educação,
alimentação, moradia e transporte já estão resolvidos e/ou bem
encaminhados quanto à sua solução. Os periféricos [...] são aqueles
onde a maioria da população continua lutando pela obtenção de
condições mínimas de sobrevivência e dignidade e, principalmente, em
que o poder e a renda concentram-se nas mãos de um número
reduzido de pessoas”
Assemelhando-se ao pensamento desenvolvido por Garrafa (2000)
em torno das questões sociais que os países periféricos vivenciam, Hedgecoe
5 O arcabouço teórico da Bioética foi extraído da tese de doutorado: Desconstruindo o preconceito em torno do Hiv/Aids na perspectiva da Bioética de Intervenção (2005) e adaptado ao Projeto.
144
(2004) apontou as lacunas apresentadas entre a Bioética tradicional e as
Ciências Sociais (Sociologia e Antropologia). Segundo o autor, “este buraco,
isola a bioética prática, diminui a validade dos clamores e reduz a sua
contribuição para policiar debates em torno dos tópicos bioéticos” (Hedgecoe,
2004 p. 120). O autor propõe uma estreita ligação entre os estudos sociológicos
e antropológicos e a ciência social crítica. No seu entender, a ciência social
reclama que a bioética filosófica tradicional utiliza-se de uma regra dominante
para idealizar o pensamento racional e tende a excluir fatores sociais e culturais
como se fossem irrelevantes, obscurecendo a realidade social. Dessa forma,
Hedgecoe (2004) acredita que a Bioética poderá desenvolver um papel prático
de mudança se a disciplina puder interagir melhor com estes segmentos, o que
vem ao encontro com a crítica da falta de contextualização e da necessidade de
uma intervenção Bioética (Garrafa, 2000a; 2005). Essa realidade social
diferenciada das comunidades pronunciada por Hedgecoe (2004) é também
objeto de preocupação, como dito anteriormente, de Garrafa (2000), Garrafa &
Porto (2002); Kottow (2003; 2004); Schramm (2004). Por exemplo, “as agudas
discrepâncias sociais e econômicas existentes entre ricos e pobres” impele os
pensadores da Bioética dos países do Hemisfério Sul apresentar um novo
arcabouço teórico que contemple tais demandas (Garrafa, 2000 p. 3). Vale
salientar que a crítica mais contundente que se faz ao principialismo pontua-se
em torno da supervalorização da autonomia, onde o “eu” anula o “nós”. Dessa
forma, clama-se por uma leitura, sobre as questões sociais, que tenha como
ponto de partida a visão macro dos problemas que os circundam. Segundo
Garrafa (2004, p. 32) a:
“Corrente de origem anglo-saxônica que acabou se tornando
hegemônica sobre as demais, ela superdimensiona o individual em
detrimento do coletivo e é insuficiente para a análise, por exemplo de
macro questões sociais. Acaba deixando de lado outros valores
culturais, como os nossos, latinos, baseados nas virtudes, na proteção
aos vulneráveis, na solidariedade. [...] incorporamos novos valores à
pauta internacional e que o Brasil não aceita importar pacotes
acriticamente.”
145
Nos pronunciamentos dos bioeticistas latinos acima citados, existe um
ponto em comum, onde todos procuram um trânsito diferenciado para a Bioética
nos países periféricos. Usando a expressão de Gonçalves (2002), procuram
“articular uma nova gramática” para a Bioética dos países periféricos. Para esses
estudiosos, a bioética principialista não atende plenamente as contendas
apresentadas. Em meio às discussões e análises suscitadas surge uma corrente
teórica: “Bioética de Intervenção”, que procura dar o direito de fala aos povos até
então emudecidos, e, ainda:
“... defende como moralmente justificável, entre outros aspectos no
campo público e coletivo: a priorização de políticas e tomadas de
decisão que privilegiem o maior número possível de pessoas e pelo
maior espaço de tempo possível, mesmo que em prejuízo de certas
situações individuais, com exceções pontuais a serem discutidas; no
campo privado e individual: a busca de soluções viáveis e práticas para
os conflitos identificados como próprio contexto de estudo” (Garrafa &
Porto, 2002, p. 7).
Garrafa (2005), ancorado na mesma linha de raciocínio de Santos
(1989 p. 42), aponta que todos os paradigmas devem ser questionados ou pelo
menos acrescidos e/ou alterados, o que pode levar à ruptura do modelo
hegemônico bioético, no qual o “objeto cria[r] uma forma de conhecimento, ou
melhor, uma configuração de conhecimentos que, sendo prática, não deixe de
ser esclarecida...”. Parafraseando Foucault (2001), Garrafa propõe o
desnivelamento do discurso da bioética tradicional, no intuito de que possa tornar
ferramentas, no sentido de minimizar a desigualdade social, o preconceito, a
discriminação, a vulnerabilidade6 que circundam os povos de nações periféricas.
Uma outra crítica que o estudioso tece, refere-se à apropriação do discurso
bioético sem de fato conhecê-lo, ou seja, aplicabilidade da bioética por pessoas
desprovidas de fundamentação epistemológica que a disciplina exige, fato
6 Garrafa e Prado (2001 p. 490; ) conceituam vulnerabilidade como: ‘fragilidade’, ‘desproteção’, ‘desfavor’ (populações desfavorecidas) e, até mesmo, ‘desamparo’ ou ‘abandono’.
146
também constatado em outras circunstâncias por Piaget (Apud Santos, 1989)
quando lamentou sobre a condução do saber na sociologia e na psicologia7.
Assim, toma-se também como parâmetro analítico, o construto teórico
da Bioética de Intervenção para o desenvolvimento desta pesquisa. Embora
desde sua origem a Bioética tenha se preocupado com o reconhecimento e o
respeito à diversidade e com a proteção dos vulneráveis, o discurso bioético
tradicional, proveniente dos países desenvolvidos, foi quase sempre neutral,
remetendo as questões mais importantes às análises acadêmicas pouco
compromissadas em resolver problemas imediatos das populações vulneráveis
residentes nas nações periféricas (Garrafa & Porto, 2002). Na busca de soluções
para os dilemas morais persistentes que permanecem ainda sem solução - tais
como a pobreza, a exclusão social, o acesso à saúde, a discriminação etc... –
Garrafa (2000), portanto, tem se dedicado a propor a construção de uma nova
corrente teórica bioética, denominada de “Bioética de Intervenção”.
Em seu propósito 'ousado' e inovador, o autor considera ser
eticamente legítimo intervir e não só ocupar-se em examinar os conflitos morais
emergentes das carências verificadas no cotidiano das nações e pessoas
menos favorecidas. Essa proposta vem conseguindo da comunidade
epistemológica, a colaboração de outros cientistas de diferentes áreas que
compartilham da mesma visão (Porto, 2004; Fagundes et al., 2003). Na sua
abordagem, o autor defende uma bioética que possa conhecer o outro e
identificar suas necessidades peculiares. Esta proposta se aproxima do
pensamento articulado por Oliveira (1988 Apud Fernandes, 1993, p. 55) no que
se refere ao saber na Antropologia: “Talvez esteja aqui, neste modo político de
conhecermos o outro e de nos conhecermos a nós próprios, o estilo da
antropologia que fazemos no Brasil”, levando, assim, os que trabalham a teoria
bioética a partir das contradições e problemas de carências dos países pobres
a se aliarem à construção da Bioética de Intervenção e defenderem o
comprometimento político de cada um e, ainda, o reconhecimento da
responsabilidade social do Estado, necessário para tentar mudar a dura
7 PIAGET (Apud SANTOS, 1989 p. 31). Aqueles que julgam ser conhecedores de um conhecimento, mas não dominam o saber científico da área: “triste privilégio de tratar de matérias de que todos se julgam competentes”.
147
realidade das nações periféricas. Neste sentido é que o trabalho desenvolvido
no Centro Educacional 06 de Taguatinga, não se omite em expor, discutir e
propor soluções para minimizar os problemas que circundam os alunos, sua
família e a sociedade.
A Bioética de Intervenção trata-se de uma construção rigorosa, ou
seja, de uma ação “[...] comprometida e identificada com a realidade dos
chamados países ‘em desenvolvimento’, no que tange aos problemas concretos
“[...] que deságuam em paradoxos éticos insustentáveis” verificados a partir da
visão das populações vulneráveis, no caso específico os alunos deste
estabelecimento (Garrafa & Porto, 2003 p. 7). Garrafa (2004) acredita que é
preciso não só explorar o campo semântico da bioética mas também aplicar a
bioética como uma ferramenta capaz de nortear a solução ética aplicada
principalmente para os macro problemas coletivos das maiorias populacionais.
O respeito às diferenças e à delimitação do que vem a ser equidade e
igualdade são abordagens contempladas por Garrafa, Oselka e Diniz (1997, p.
29):
"A igualdade é a consequência desejada da equidade, sendo esta
apenas o ponto de partida para aquela, ou seja, é somente por meio do
reconhecimento das diferenças e das necessidades diversas dos
sujeitos sociais que se pode alcançar a igualdade".
Está inserido nos discursos de Garrafa (2004), Kottow (2003; 2004),
Schramm (2004), a imperativa necessidade de se criar mecanismos de proteção
para os indivíduos vulneráveis, contribuindo, assim, com a linha argumentativa do
reconhecimento das diferenças, promovendo a esses sujeitos, o acesso ao direito
de fala, abrandando a opressão que recai sobre eles. Esse registro, na visão de
Gonçalves (2002, p. 31), é colocado da seguinte maneira: "seria necessário
que as pessoas oprimidas elaborassem um vocabulário alternativo capaz de
contrapor-se ao vocabulário autoritário aceito, que as coagem, (...) a articular
uma gramática diferente que lhes permitisse[m] tornar visíveis as suas experiências
e o seu lugar no mundo." Para melhor sustentação de tal proposta pode-se
também utilizar o argumento de Macedo (2001, p. 71): "a reelaboração de suas
148
referências de mundo favorece a construção de novas falas e, num certo sentido,
pode-se dizer que permite o surgimento de um novo sujeito". Garrafa (2004)
defende que “precisamos sempre buscar respostas socialmente úteis e
moralmente aceitáveis” para a realidade de cada povo.
Segundo Garrafa (2005), a ‘Bioética de Intervenção’ deve criar
dispositivos para que uma moralidade diferente não se torne um fator
discriminatório, as assimetrias de gênero não sejam tomadas como naturais, e
as diversidades não sejam alijadas. Os mecanismos de permeio empreendidos
pela ‘Bioética de Intervenção’ incorporam formas conscientes de atuação
individual ou pública no sentido de antecipação ou prevenção de situações
preconceituosas (como acontece com os portadores de doenças - Aids, doenças
mentais, deficiência física, orientação sexual diferenciada – homossexualidade,
bissexualidade e possíveis usuários de drogas) e, ainda, provocar o diálogo entre
a Bioética de Intervenção e as questões sociais, de gênero, raça/etnia e outras...
no sentido de promover políticas facilitadoras, no que tange a diminuição de
assimetrias.
Garrafa & Porto (2002), como outros pensadores, preocupam-se com
as construções simbólicas, tomando como referência a corporeidade, o prazer
e a dor. “A escolha da corporeidade como marco das intervenções se deve ao
fato do corpo físico ser – inequivocamente - a estrutura que sustém a vida social,
em toda e qualquer sociedade” (Porto, 2004 p. 2). Isso vem ao encontro do
posicionamento de Douglas (1999, p. 145) “Se é verdade que tudo simboliza o
corpo, também é verdade (se não mais verdade e pela mesma razão) que o
corpo simboliza tudo”. Dessa forma, Garrafa & Porto (2002) colocam em
discussão se o sentimento da dor é algo permitido pelo indivíduo ou se é o sistema
dominante que impõe essa sofreguidão em consequência da vulnerabilidade do
outro. Segundo os autores, a humanidade está dividida em dois grupos de
"proporções desiguais" que seriam os grupos dos privilegiados e o dos
desfavorecidos (Garrafa & Porto, 2002 p. 7). Assim, os pesquisadores sinalizam
para a necessidade de se estudar as razões que causam a dor primeiramente, e
não o da dor já instalada.
149
No discurso da Bioética de Intervenção, tem-se demonstrado
apreensão particular quanto às moralidades que permeiam a sexualidade e o uso
de drogas. No entendimento dessa corrente teórica, tal temática deve perder a
mística para que se possa debatê-la em um contexto que envolva a redescrição
das instituições, para minimizar ou alijar o juízo moral excludente. A
homossexualidade e bissexualidade, ou ainda, o usuário de drogas derivam do
olhar do dominante: “quanto mais são marginais as características das pessoas,
maior é a probabilidade de retornar à categoria das pessoas que são definidas
como anormais” (Berlinguer, 1988 p. 66). Douglas (1991, p. 54) salienta que
“As categorias culturais são assuntos públicos” e ultrapassam o espaço do
privado; no seu entender, o sistema classificatório tende a minimizar ou até
eliminar a “ambiguidade”. Assim, dependendo da doença, a pessoa será
enquadrada em uma das seguintes categorias: “tuberculose (como romântica);
[...] câncer (pessoas sem emoção, inibida, reprimida); [...] doenças sexualmente
transmissíveis (coroadas de culpa sobre a poluição sexual)” (Sontag 1984, p. 50-
51). A anomalia seria sempre tomada como perigosa, segundo Douglas
(1991).
O indivíduo dado como ‘diferente’, devido as suas práticas sexuais e
comportamentais carregaria consigo o estigma caracterizado por Goffmam (1988,
p. 12): “deixamos de considerá-lo criatura comum e total, reduzindo-o a uma
pessoa estragada e diminuída (...) o que nos leva a reclassificar um indivíduo
antes situado numa categoria socialmente prevista, colocando-o numa categoria
diferente mas igualmente prevista ... ”. O autor reitera que o fato de se considerar
alguém com estigma de ser uma pessoa que não possui traços humanos faz com
que a sociedade dominante passe a atribuir discriminações ao indivíduo.
Conferindo suas palavras:
“... fazemos vários tipos de discriminações, através das quais
efetivamente, e muitas vezes sem pensar reduzimos suas chances de
vida. Construímos uma teoria do estigma, uma ideologia para explicar a
sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa,
racionalizando algumas vezes uma animosidade baseada em outras
150
diferenças, [...] Tendemos a inferir uma série de imperfeições a partir da
imperfeição original.” (Goffman, 1988 p. 15).
Kottow (2003) e Schramm (2004), juntamente com Garrafa (2005), têm
articulado um pensamento próprio e compromissado com as urgências das
nações periféricas, interpretando a necessidade de se discutir os casos de
“vulnerabilidade circunstancial”8. Para Kottow, a referida fragilidade é uma questão
peculiar à natureza humana, que denomina de “vulnerabilidade intrínseca”, pela
qual, na sua opinião, os seres humanos seriam de modo geral,
antropologicamente vulneráveis (Kottow, 2003 p. 72). Esse bioeticista adverte, no
entanto, que muito embora isto ocorra, a sociedade, de certa maneira, os
protegeria com a criação de mecanismos de compensação, mas ressalta que há
situações nas quais tais iniciativas são inócuas, “... em decorrência da pobreza,
da falta de acesso à educação, das doenças e da discriminação” (Kottow, 2003 p.
72). Essas vulnerabilidades, em especial as “vulnerabilidades circunstanciais”, são
perversamente danosas para os seres humanos, já que limitariam, por assim
dizer, as possibilidades das pessoas de escolher viver a vida da forma que acham
melhor e de realizar os seus sonhos, colocando-as numa situação de propensão
a maiores sofrimentos (Kottow, 2003 p. 72).
Anteriormente, Gonçalves (2002) já apontava para que houvesse a
interferência eficaz do Estado, em particular da escola, em dissociar a sexualidade
dos seus estereótipos. O Centro Educacional 06 de Taguatinga acredita que só
seria aplicável se fosse trabalhado junto aos gestores em políticas de saúde as
questões de gênero, raciais, étnicas e morais, ou seja, as reais necessidades dos
alunos, pais, professores e comunidade, para, a partir dessa perspectiva isenta de
preconceitos, atender e promover medidas protetoras, o que está de acordo com
o proposto por Kottow (2003) e Garrafa (2005).
Kottow (2003) atenta que esses dois tipos de vulnerabilidade intrínseca
e circunstancial há muito tempo já foram reconhecidas como fato concreto e
estariam referenciadas nas teorias de ações protetoras idealizadas por filósofos
8 A vulnerabilidade primária ou existencial secundária ou circunstancial, debatida por Kottow (2003 p. 72) aponta que, sobre a primeira, todos os seres humanos nascem com ela, faz parte da existência humana, a segunda “é marcada pela destituição”; para esse autor “ser vulnerável é na verdade um estado de predisposição a sofrer mais danos”.
151
políticos como Hobbes e Mill, que embasam os princípios de resguardo à
integridade física e de respeito aos direitos individuais. A problematização deste
tema, no presente estudo, revela-se particularmente instigante já que o processo
de discussão sobre o exercício sexual e a inserção de drogas no meio escolar
está imbricado com a questão da vulnerabilidade. Assim como, a categorização
em que o sujeito está inscrito, possibilitando, assim, avaliar a forma pela qual o
sujeito ‘diferente’ do dominante produz o seu autorretrato e de como ele apreende
a sua imagem por intermédio da lente do outro, como dito anteriormente
(Gonçalves, 2002; Gonçalves & Varandas, 2005). No entanto, Kottow (2003) alerta
que o grande perigo de ser “circunstancialmente vulnerável” pode fazer com que
o sujeito não perceba o que está acontecendo com ele mesmo, em razão das
condicionantes psicológicas, socioeconômicas e educacionais que vivencia,
tornando-se um ser inconsciente.
Para Kottow (2003) é importante não confundir “vulnerabilidade
intrínseca” com “vulnerabilidade circunstancial”, já que a primeira tem bem
encaminhada sua solução pelos mecanismos de proteção articulados
espontaneamente pelo grupo social no qual está inserido. No entanto, a segunda,
somente os destituídos padecem das suas consequências, razão pela qual estão
muito mais susceptíveis de serem explorados e sofrerem constrangimentos
morais, o que no seu entendimento, colocaria os sujeitos “circunstancialmente
vulneráveis”, menos aptos a realizarem seus desejos e sonhos, remetendo-os à
perigosa condição de destituição.
Na abordagem de Sontag (1984, p. 10), a sexualidade fora do padrão
imposto pelo dominante e o uso de drogas não legalizadas são tidas como doenças
‘ditas incuráveis’ seriam, no imaginário social, tomadas como moralmente
contagiosas. O contato com essas pessoas teria, no entendimento de Douglas
(1991), a propriedade de poluir a alma e, posteriormente, o corpo das outras
pessoas ainda não acometidas; isso se deve ao fato de que a violação de tabus e
interditos tenha ocorrido e, que estariam pagando o preço de tal transgressão.
Para Berlinguer (1988), a sociedade transforma os fenômenos de cunho social,
cultural e comportamental em avaliações, direcionando esses juízos em motivo de
exclusão social ou reprovação moral. Gonçalves (2005 p. 21) define:
152
“moralidade como sendo comportamentos ou costumes que cerceiam
e que determinam como as pessoas devem agir. A moralidade, então,
seria a forma de como o sujeito encara (avalia) o mundo e de como ele é
visibilizado pelos outros atores sociais, uma vez que cada comunidade é
regida por uma certa ‘conduta’, que é alterada ou não no decorrer do
tempo9. A moralidade é reafirmada através do estabelecimento de
normas sociais, cujas ações individuais devem encaixar-se. Esclarece-
se que essa moralidade aqui é tomada em relação a prática da
sexualidade” e uso de drogas.
Dessa forma é que os mecanismos de proteção e justiça proferidos pela
Bioética de Intervenção, e nas análises de Kottow (2003), Schramm (2004) e
Garrafa (2005), poderiam tornar uma ferramenta eficaz no sentido de alterar o
processo vigente de exclusão dos envolvidos na problemática, devido aos
construtos sociais que circundam a sexualidade e as drogas. Nessa linha de
raciocínio Gonçalves (2005) oferece as seguintes ferramentas morais:
1) Alteridade10; só é possível trabalhar com a diferença se houver o
reconhecimento do outro em toda a sua pluralidade, ou seja, reconhecer o outro
(individual e coletivamente) em toda a sua diversidade. Acredita-se, que o
reconhecimento do portador do HIV/Aids como um ser humano que contraiu uma
doença e que todo ser vivo é passível de se contaminar e adoecer, afinal, o
adoecimento faz parte da própria existência humana. O respeito pela conduta de
vida do outro está embutido na aceitação do indivíduo enfermo.
2) Responsabilidade11; a condição imperativa que o indivíduo
deveria ter para consigo, para com o outro e com os bens que os cercam, tais
como o bem público, o planeta, os alimentos (distribuição e produção) e a
9 Para maior aprofundamento ver a discussão de Arendt (2003 p. 256) sobre moralidade onde a autora coloca que só é possível à alteração da moralidade se houver a “disposição de perdoar e ser perdoado”. Segundo a filósofa “a moralidade é mais que a soma total de mores, costumes e padrões de comportamento consolidados pela tradição e validados à base de acordos – e tanto a tradição como os acordos mudam com o tempo...” 10 Campbell (2003 p. 88) aborda que o reconhecimento das diferenças seria o caminho para um mundo mais justo. Conferindo suas palavras: ‘..a busca de um mundo mais justo nunca poderá ter êxito se negarmos as diferenças entre nós...” o que Garrafa e Porto (2003), bem como Garrafa (2005), têm esquadrinhado em seus escritos. 11 Em todos os pressupostos o Estado está inserido como agente.
153
população acometida de doenças (epidemias). Seria a práxis social. Também o
Estado deve fazer-se provedor de condições dignas para a população, por
intermédio de políticas inclusivas (destinar maiores recursos para educação,
saúde, habitação, lazer e segurança). E, ainda, promover a implementação e
divulgação dos trabalhos científicos sociais, utilizando-se do pensamento
intelectual produzido a partir da realidade do país para a solução dos problemas
que afloram da ordem social.
3) Solidariedade12; trata-se de um valor moral transformador, com a
qual estariam imbricadas ações políticas e socioeconômicas, no sentido de criar
uma nova lente para as demandas humanas. Introduzir, na cultura individual
(inclui aqui as tomadas de decisões dos gestores públicos), a consciência de que
somente por meio de uma atuação contínua do indivíduo - da imperativa
necessidade de se abandonar a indiferença moral que reside em cada pessoa -
é que será possível praticar a transformação. Na percepção de Selli (2002 p. 27),
a solidariedade deve ser “... comprometida, interventiva – que visa à
transformação social na busca de políticas democráticas equitativas - e produz
mudanças a nível individual e coletivo”. Produzir mecanismos que possibilitem a
visibilização do sujeito adoentado pelo vírus HIV/Aids como um indivíduo
acometido por uma doença e não um registro moral censurável. Seguramente,
isto só é possível se forem exaustivamente debatidas as moralidades que
envolvem a doença e o doente.
4) Proteção; estaria estreitamente ligada à ação do Estado em
promover políticas de resguardo aos vulneráveis no sentido de oferecer-lhes
condições de vida moralmente aceitáveis e, ainda, ser capaz de reconhecer a
sua própria fragilidade. Essas tomadas de decisões deveriam servir de base a
12 Parker (2000 p. 109-110) define a solidariedade como “nossa capacidade de interpretar e compreender a dor e o sofrimento alheios como se fossem nossa própria dor, nosso próprio sofrimento”. O autor chega a propor uma “política de solidariedade”. Na visão de CAPONI (2000 p. 95), “A solidariedade precisa, para poder existir, do respeito, da admiração, do reconhecimento do outro como alguém capaz de reclamar, aceitar ou negar assistência.[...] ela exige poder inserir-se em uma rede de vínculos em que seja reconhecida como um igual em orgulho e dignidade”. Para Garrafa (2005), a solidariedade não pode ser confundida com compaixão ou piedade. No entendimento do autor a compaixão não consegue fazer o transito coletivo, fica estreitamente no plano individual, não podendo haver uma atuação no campo político. A piedade, em sua abordagem, é um sentimento egoísta que só é possível habitar nas pessoas se existir o sujeito do qual vai se sentir pena, portanto, é imprescindível o sofredor para que haja a piedade. Sugere-se para maior aprofundamento nesta questão ler ARENDT, Hannah. Da Revolução. São Paulo: Ática, 1990.
154
uma resposta universal para aqueles que se encontram na condição de
excluídos13. Como dito anteriormente, a pauperização da epidemia é um dado
comprovado, portanto, essas pessoas necessitam de uma atenção direcionada
e pautada em estudos não somente no campo da epidemiologia, mas da
bioética, sociologia, antropologia, todos de maneira integrada enfocando
aspectos econômicos, de gênero, da sexualidade e suas práticas politizando as
questões. Trabalhar para que a exclusão não faça parte da identidade do
portador.
5) Precaução; a utilidade de se antever teria como função primordial
desempenhar cotidianamente o papel de sentinela no sentido de apreender as
crises, os preconceitos, as discriminações que circundam situações e trabalhá-
las, no intento de alijar tal processo mesmo antes da sua instalação. Pensa-se
que quanto mais for capaz de se apreender as situações que envolvem
constrangimentos para aqueles acometidos pela Aids, mais fácil será a
dissolução do preconceito14.
6) Prudência; mecanismo fundamental canalizado na direção de
reenfocar a redescrição das ideias morais do indivíduo socializado com o
conceito de moral universal. A atenção pedagógica seria ‘educar’ as instituições
sociais (família, Estado, pessoas que representam poder) para o enfrentamento
dos dilemas morais e a inserção do respeito à diferença. Apropriando-se desse
13 Toma-se para este estudo a categoria de excluído, como aquele sujeito que é destituído de assistência material, sanitária, habitacional, escolar, laboral.... Seria um indivíduo marginalizado e distante dos direitos básicos de cidadão. O que Sen (2000 p. 33-35-82) chamaria de o indivíduo que sofre de “privação das capacidades básicas” ou suprimiram dele a “liberdade substantiva”. Na abordagem desse autor, “Os destituídos tendem a conformar-se com sua privação pela pura necessidade de sobrevivência e podem, em consequência, não ter coragem de exigir alguma mudança radical, chegando mesmo a ajustar seus desejos e expectativas àquilo que sem nenhuma ambição consideram exequível.” Preocupação dividida com Kottow (2003 p. 73; 2004), a questão da proteção vai além da proteção básica que o cidadão recebe, pois “os indivíduos vulneráveis [...] precisam de programas terapêuticos que os ajudem a resolver seus problemas de destituição social, econômica, biológica ou educacional” Schramm (2004). 14 A discussão da sexualidade nas escolas de crianças que ainda estão iniciando a vida curricular seria um grande avanço para alcançar o respeito pela condução sexual do indivíduo. Discutir as moralidades que impedem a felicidade ou realização plena nesse campo seria, dentro da visão bioética, uma forma de construir pessoas mais respeitosas e capazes de fazerem opções conscientes e seguras. Defende-se, também, o uso da televisão, uma vez que no Brasil muitas famílias não tem acesso a livros e uma boa escolarização, fazendo a televisão o papel ‘educador’ para disseminar tal debate. Pautar a doença não somente epidemiologicamente mas inserir quais são as implicações sociais que envolvem o portador e qual a responsabilidade daquele que não é contaminado.
155
instrumento crê-se que a sociedade possa evitar juízos morais excludentes e
seja capaz de promover o respeito ao outro e às suas escolhas;
7) Tolerância15; não seria o estado de docilidade, ao contrário, seria
a ferramenta de indignação permeada de uma ‘iluminação moral’, no sentido de
promover a construção de mecanismo moral capaz de respeitar as diferenças e
se indispor com as injustiças promovendo, dessa forma, a maternagem para com
o outro (Garrafa, 2001; Lipovetsky, 1994). Seria o combate incessante da
intolerância. Tolerar o diferente é antes de tudo aceitá-lo como realmente é;
8) Compromentimento16; ato ou efeito de criar vínculo, de
disponibilizar-se, mobilizar-se pelo outro, promover a cooperação individual e
coletiva. Seria a cumplicidade política e social de lutar por políticas públicas mais
ajustadas às necessidades dos diferentes segmentos (mulheres, minorias
étnicas, negros; doentes acometidos por epidemias). Compartilhar estaria
estreitamente ligado à cumplicidade para com aquele que está vulnerável. Os
portadores participantes deste estudo indicaram, por meio de suas lentes, o
15 Na abordagem de Giannini (1993 p. 18-27), “a tolerância enquanto qualidade de um sistema é sua disposição acolhedora, hospitaleira, que recebe e às vezes assimila o corpo estranho que o solicita. A assimilação é ativa num duplo sentido: em primeiro lugar, porque o sistema é tolerante, a fim de acolher e aceitar em sua economia o que lhe é estranho, deve, de certo modo, re-organizar-se interiormente. [...] a tolerância é capacidade de escutar”. Para o autor, escutar e dialogar são ferramentas imprescindíveis para o exercício da tolerância. “Escutar significa também compreensão em relação a uma conduta, a uma vida: pôr-se no lugar de outrem, expor-se à eficácia, à força de outras razões, de outras motivações que não “as nossas” [aspas do autor]. Dessa forma, Giannini trava uma discussão no sentido de como preservar “o ser que se era” sem ser assimilado, aniquilado, absorvido pelo outro que foi acolhido. Seria esse temor da desmaterialização do eu que desencadearia a intolerância. Nesse momento o autor lança dúvida sobre a existência da tolerância uma vez que os acordos firmados podem ser mais “convenientes do que convincentes” ou, ainda, reduzir o outro ao silêncio. O que concede legitimação ao mecanismo da tolerância, no entender desse autor, seria a “eficácia da retórica” e “... do argumento que abre a uma experiência abandonada a possibilidade de se rearticular no mundo do discurso partilhado”. A tolerância não poderia ser exercida na sustentação da lógica coercitiva ou da ética (aquilo que deve ser), mas “... graças à virtude ‘transativa’ de um fato ou de uma proposição que chegam de fora do sistema e que forçam esse sistema a se transformar interiormente, a modificar realmente sua maneira de ser. Somente assim um sistema social é permeável e aberto”. Paradoxalmente, o autor conclui que “não podemos ser tolerantes com o intolerável”. A posição de Fetscher (1996 p. 151) acorda com Giannini (1993) ao colocar que “La tolerancia exige el dejar hacer al outro en su ‘alteridad’. Exige el retiro o, por lo menos, la limitación de las propias exigências y de los propios intereses. [...] La tolerancia exige un acercamiento al outro, su reconocimiento y el respeto de su dignidad”. Fetscher vai ao encontro da idéia do autor citado quando coloca que, para ocorrer o exercício da tolerância, não é necessário suportar situações indignas sobre o ser humano e que é imprescindível respeitar as diferenças. 16 Para Lipovestsky (1994 p. 139), quanto ao comprometimento, “no ya una moral de la obligación, sino una moral sentimental – mediática, por todas partes la emoción prevalece sobre la ley, el corazón sobre el deber, se trata principalmente de despertar la simpatía emocional del público hacia los desheredados” [grifos do autor].
156
quanto a sociedade incluída está descomprometida com a dor daqueles que
portam o vírus.
9) Justiça17; está intrinsecamente ligada à qualidade de vida das
pessoas no sentido de reduzir as desigualdades sociais. Promover o aumento
das capacidades humanas, até mesmo no sentido do seu reconhecimento como
uma forma de juízo ético da sociedade para com seus pares. Instigar o
empoderamento do indivíduo.
Sen (2000 p. 18) salienta que “o desenvolvimento [de um país] tem de
estar relacionado sobretudo com a melhora da vida que levamos e das
liberdades que desfrutamos”; por esse conceito, indivíduos empoderados
significaria progresso social, político e econômico de uma nação, reforçando,
assim, a proposta de Garrafa (2004a) sobre a responsabilidade do Estado em
promover políticas públicas que favoreçam o empoderamento das pessoas e as
protejam. Também, ajuda a alicerçar a ideia de empoderamento apresentada
nesta tese, segundo o referencial teórico trabalhado por Freire (1996), onde esse
autor defende que a educação não pode ser tomada como uma mera depositária
de conhecimento; tem que ter o mérito de transformar. No entender desse
pesquisador, a educação deve ter um papel libertário ou dialógico. Daí poder-se
afirmar que uma pessoa com suas necessidades básicas atendidas acaba tendo
uma construção como um ser de forma integral, ficando capaz de fazer escolhas.
17 Rawls (Apud Caponi, S. 2000 p. 70) defende que só é possível garantir o exercício da justiça se: “1)Toda pessoa tem igual direito a um regime plenamente suficiente de liberdades básicas iguais, que seja compatível com um regime similar de liberdades para todos. 2) As desigualdades sociais e econômicas têm que satisfazer duas propriedades. Primeiro, devem estar associadas a cargas e posições abertas a todos, em condições equitativas de igualdade de oportunidades, e o segundo, devem procurar o máximo benefício dos membros menos privilegiados da sociedade”. Caponi (2000 p. 71), em analogia a Rawls (1984), coloca que “... a justiça de uma prática se transforma em uma questão de equilibrar entre vantagens e desvantagens, de calcular a respeito de qual seria o melhor modo de compatibilizar a satisfação dos interesses envolvidos, sem considerar se eles implicam ou não a aceitação de princípios que poderiam ser reciprocamente reconhecidos por todos. Sen (2000 p. 78), coloca que uma “sociedade injusta [...] é aquela na qual as pessoas são significativamente menos felizes, consideradas conjuntamente, do que precisam ser.” Segundo esse autor a sociedade pode ser tão injusta que ‘cega’ ao destituído o reconhecimento de sua condição, o que casa com o pensamento de Rawls (1984) Caponi (2000) e Garrafa (2005).
157
DA BIOÉTICA CRÍTICA DE INSPIRAÇÃO FEMINISTA
Na bioética existe uma corrente que se dedica ao estudo de gênero:
a bioética crítica de inspiração feminista, oriunda dos países desenvolvidos,
produz um discurso voltado para a capacitação do indivíduo vulnerável. Segundo
Sherwin (1992), os pressupostos do principialismo deveriam não só contemplar
efetivamente o respeito às diferenças mas, também, repelir fervorosamente a
crença de que a cultura se auto justifica. A autora aborda que a opressão sexista
é errada mesmo quando é tida pela comunidade como ‘natural’ e salienta que
seria essencial encontrar uma base teórico-cultural para crítica moral dessas
várias aceitações. Wolf (1996; 1999), questiona os pressupostos da teoria
principialista principalmente o preceito da autonomia. Ainda, aponta que a
estrutura da bioética tradicional privilegia os grupos dominantes. Em sua
concepção, deveria haver uma reconstrução da bioética. Tong (2001) defende
uma bioética global que leve em conta a diversidade cultural planetária.
Resumindo, todas essas estudiosas lutam pela contextualização dos casos, o
respeito à diferença e o fim da opressão.
Para Diniz e Velez (2000 p. 262), “o que define a Bioética feminista é
a busca por mudanças nas relações sociais que se caracterizam pela dominação
humana e pela subordinação e que impedem o exercício da liberdade”. Oliveira
(2003) assinala que no Brasil existe um movimento significativo de bioeticistas
que trabalham nesse nicho buscando a justiça social de gênero. Segundo Diniz
e Guilhem ( 2000 p. 239) “confundir Bioética feminista com um certo discurso
sexista é antes de tudo uma estratégia eficaz de justificar e silenciar os padrões
de desigualdade e opressão que imperam nas sociedades...”
Para o desenvolvimento dessa trabalho serão utilizadas as diferentes
abordagens de gênero tanto no campo disciplinar da Sociologia, da Antropologia,
da Bioética Feminista a partir da politização da Bioética de Intervenção e
discutidas as interseções dessa inquietação no intuito de produzir uma fala
filtrada. Este movimento permite promover uma reflexão contextualizada, capaz
de lutar por uma construção de direitos mais sólidos voltados para o
entendimento das dinâmicas das relações sociais e de poder.
158
Para Bandeira (1999 p. 181-182), a questão de gênero pode ser
analisada da seguinte forma:
“... as relações e as fronteiras entre sexo (biologia) e gênero (cultura),
uma vez que, do ponto de vista inconsciente (do desejo), a idéia de
gênero não é fixa ou atrelada necessariamente à de sexo. Pode-se
dizer, de imediato, que é muito difícil estabelecer uma única
diferenciação sexual ou de gênero, dada a complexidade e a
heterogeneidade dos indicadores biológicos e histórico-culturais
existentes que os caracterizam. (...) O sexo é tradicionalmente
considerado um dado da natureza biológica, que dicotomiza, que parte
o gênero humano em duas categorias distintas – a de macho e de
fêmea, e que se circunscreve aos órgãos de reprodução sexuada”.
Nesse sentido, inserem-se no referencial presidido pela concepção de
sexo biológico (mulher e homem) disciplinas diversificadas que se apoiariam em
um determinismo natural18. Em outras palavras, às mulheres e aos homens
impõem-se regras e de ambos cobram-se atitudes diferenciadas (Gonçalves,
2002). Na abordagem da bioeticista Oliveira (2003, p. 349) “Gênero informa que
as relações entre os sexos não são ditadas pelas diferenças biológicas em si,
mas pela construção do ser mulher e do ser homem.” A autora esclarece que
quando se fala em “opressão de gênero, a referência é à opressão do sexo
feminino e ao questionamento dos privilégios masculinos advindos das relações
assimétricas entre os gêneros e das relações de poder delas decorrentes.”
(Oliveira, 2003 p. 350).
Ávila (2002, p.126) aponta que a desigualdade de gênero estaria
também pautada nas “estruturas sociais e, portanto, na organização.” A autora
enfatiza, assim como Bandeira (1999), Diniz (2000) e Oliveira (2003), a
importância de a pessoa ter consciência de que é um “ser sujeito como a de ser
cidadã” sendo uma alimentada pela outra (Ávila, 2002 p. 129). Todas as autoras
compactuam do mérito de debater as questões de gênero dentro da academia
no sentido de desconstruir as estruturas opressoras. “Sem que haja uma
18 Conforme Bourdieu (1999 p. 46) “Os dominados aplicam categorias construídas do ponto de vista dos dominantes às relações de dominação, fazendo-as assim ser vistas como naturais.”
159
transformação das relações desiguais de poder de gênero que existem em toda
sociedade [...] sempre persistirá a injustiça” (Parker, 2000 p. 107), fato que
acadêmicos tem se conscientizado cotidianamente.
A “Bioética de Intervenção”, através de sua retórica, procura
comunicar-se com as questões de gênero, uma vez que no seu discurso está
inserida a urgência de se trabalhar com as categorias do empoderamento das
pessoas fragilizadas, com a proteção, com a justiça, com a tolerância, com a
alteridade, a responsabilidade individual e coletiva e, ainda, a participação
efetiva do Estado para minimizar a exclusão social e desencadear o bem estar
social dos indivíduos, no caso especifico, dos alunos do Centro Educacional 06
de Taguatinga.
O arcabouço teórico apresentado no Projeto tem o propósito de ser um
instrumento aplicado na construção da diminuição do preconceito em torno das
diferenças. “Uma proposta que traga a igualdade para o cotidiano de seres
humanos concretos dando à ideia de humanidade sua dimensão plena”
(Garrafa & Porto 2002 p. 15). Evidentemente, reconhece-se os limites da
sugestão proposta e, não se considera como cânone, apenas com ela, e mediante
ela, busca-se caminhos menos árduos para aqueles que não comungam a
moralidade vigente, e aplicar a discussão.
Os argumentos acima e o da Bioética de Intervenção sustentam a tese de
que a Escola deve fazer o papel de agente esclarecedor/mediador. Apontar
dispositivos que propiciem o debate exaustivo em torno do construto social das
identidades de gênero, da sexualidade, do sexo inseguro e da possível
contaminação pelas DSTs/Aids e o suposto envolvimento do jovem com drogas.
Ainda, indicar mecanismos de inclusão total do discente promovendo o
empoderamento desse sujeito.
DA BUSCA DO PRAZER AS DROGAS
Alguns adolescentes, carentes de afetividade, insatisfeitos com suas
atitudes, sua sexualidade e sua realidade, acabam procurando um prazer
efêmero o se torna perigoso para sua trajetória de vida. A tentativa, nesse caso
160
é de provocar boas sensações ou alívio que preencha o vazio e que lhe
proporcione hilaridade e esquecimento dos problemas. Neste momento, alguns
podem escolher o caminho das drogas, predispondo-se a um risco, como
ingrediente para um ‘prazer’ passageiro. Tal atitude cobra um preço alto tanto do
jovem, quanto da sua família.
Segundo Douglas (1994) a noção de risco é relativa, depende da forma
em que uma comunidade a percebe. Desta forma, “entender a noção de risco
como uma construção sócio histórica implica buscar a maneira como as
situações consideradas de risco são concebidas pelos próprios atores sociais
que as vivenciam” (Paulilo & Jeolás, 2005 p. 178). Como tal, oferecer ao aluno
ferramentas morais que possam balizar os conceitos de prazer x riscos19.
Insere-se neste ponto a questão das drogas como problemática real a
serem discutidas dentro do Projeto. Seu conceito dentro do imaginário social
dada como uma substância química ilícita, marginalizada e que desenha a morte
aos olhos de quem a procura. Bucher (1988), pontua que as drogas são todas
as substâncias que alteram o funcionamento do corpo. Segundo o autor existem,
ainda, aquelas que são psicotrópicas, ou seja, que modificam principalmente o
funcionamento do SNC (Sistema Nervoso Central).
Porém, dentre todas as drogas existentes, algumas são benéficas e até
necessárias à humanidade, como os medicamentos ingeridos sobre orientação
médica, alguns alimentos que ampliam em sua constituição química substância
que se enquadraria como drogas, tendo como exemplos: a cafeína e a xantina.
Sabe-se que, até em relação às drogas ilícitas que existem substâncias, como
as derivadas do ópio (morfina, codeína) que servem à medicina como
anestésicos. Então, não se pode generalizar as drogas achando que todas elas
agem e servem para o mesmo fim, pois algumas são benéficas, quando
utilizadas corretamente.
No tocante as drogas, o Projeto tem o intuito de oferecer a compreensão
sociocultural do risco da utilização da droga em dois sentidos. O primeiro de
elucidar as consequências da droga no campo fisiológico, ou seja, quando o
19 Acredita-se que o educando ao fazer reconhecimento da vulnerabilidade dos conceitos ambíguos: de prazer e risco, estará mais protegido de um possível envolvimento com drogas. Neste sentido, este sujeito poderá ser categorizado como um sujeito empoderado frente ao dilema apresentado.
161
indivíduo se torna um usuário de drogas. O segundo seria de passar para o
jovem, o entendimento da representação social de um portador de dependência
química dentro de uma sociedade que recrimina tal comportamento.
Neste sentido, a lente desta sociedade apontará para o usuário de drogas
uma identidade social imbricada de juízo de valoração moral, tendo como
consequência, a exclusão social do sujeito. A autorização efetivada pela a
sociedade dita inclusa, ao dependente químico, será a categorização de
destituído. É nesse sentido que Kottow (2004; 2003 p. 73) coloca que as pessoas
destituídas necessitam de “programas terapêuticos” “para que possam ser
inseridas no tecido social com capacidade de movimentação econômica, social
e educacional para aquisição de bens fundamentais (Gonçalves, 2005)”. Entre
os bens salientados pela a autora poderia se nomear a tentativa de eliminar o
preconceito entranhado no dependente químico.
O preconceito exercido sobre os usuários de drogas não pode ser tomado
como legítimo segundo os preceitos da bioética de intervenção (Garrafa, 2001).
A luta deve ser contra a drogadição e não contra o dependente. O processo de
alijamento impregnado no corpo do usuário de drogas reforça o evitamento social
do indivíduo, conduzindo-o ao suicido moral ou físico (Gonçalves, 2002; 2005).
Vale lembrar, que o suicídio não é um é um ato individual mas, coletivo
(Durkheim, 2001). O esforço do cientista em sua tese sobre O suicídio constitui,
justamente, em apontar que não é o suicida que está doente, mas sim, a
sociedade que está patologicamente comprometida, nem que seja, pela inércia
diante do fato. Assim, a coletividade não possuindo fontes saudáveis de
prazeres, acaba buscando o caminho perigoso das drogas, sem conhecer
verdadeiramente os riscos da decepção e do desencontro moral e fisiológico
(Bucher, 1988).
As drogas influenciam a sexualidade do ser humano, podendo estar
presente em qualquer etapa de sua vida. “Cabe lembrar que a droga, assim
como o sexo, oferece o que o mundo tem de mais escasso, a sensação de
felicidade e prazer...”, porém, submerso a este estímulo inscreve-se a
ambivalência (Paulilo & Jeolás, 2005 p. 183). Na adolescência, seja pela
vulnerabilidade, instabilidade ou ambiguidade, acabam se deixando levar pelo
162
fato de promessas irreais na conjuntura das drogas. As substâncias agem,
dentro do imaginário social, como se pudessem salvar e resolver todas as suas
angústias e, através dela se encontrasse coragem para ser mais autêntico.
Como a droga altera e modifica o comportamento humano, a questão sexual não
fica fora de tal contexto.
Dentro desta conjuntura, as substâncias alucinógenas facilitam a quebra
de vínculos afetivos e da autoimagem positiva, podendo dar lugar à baixa da
autoestima e a ausência de objetivos significativos de vida. Assim, o usuário de
drogas perde o referencial de tudo aquilo que é moral, imoral ou amoral na
sociedade. Usando os estudos de Diniz (1999) como referência, o sujeito usuário
de drogas ilícitas pode ser categorizado como indivíduo amoral. Dentro da
concepção do usuário de drogas, ele não necessita atender a normatização
moral da sociedade dominante. Dessa forma, o sujeito sob o efeito da droga
pode vir a praticar qualquer transgressão.
Por sua vez, as drogas lícitas (cigarro, bebida) exercem um fascínio e, até
mesmo, promessa de felicidade dentro do imaginário social do adolescente. A
adição das drogas lícitas a sua vida “seria uma forma controlada de perder o
controle dos sentidos” (Paulilo & Jeolás, 2005 p. 180). O dominante (aquele que
produz, vende ou comercializa), usa uma linguagem sedutora direcionando o
jovem a pensar que o resultado do desempenho sexual esteja intrinsecamente
ligado às bebidas alcoólicas e aos cigarros. Segundo Bourdieu (2003), a
dominação é uma ferramenta tão sutil, em que o dominado elege a fala do
dominante para justificar a sua própria opressão.
Dessa forma, o jovem é levado a crer que com o uso das drogas poderá
alcançar um orgasmo sexual mais intenso, uma conquista mais ardorosa. Assim,
o adolescente passa a responder positivamente ao apelo da mesma, que se
apresenta por meio de propaganda de cigarro, de bebida. Nesse sentido, o
adolescente é envolvido pela sedução dos ‘benefícios’ da substância, devido a
sua fragilidade existencial.
Conclui-se, que o jovem adolescente necessita de espaços interativos e
críticos para debater a complexidade da questão. O intuito do projeto é de
permitir ao adolescente, desnudar-se, desmistificar o uso da substancia como
163
fuga. Realizar momentos de interiorização, partilhar informações, experiências
e interrogações de vida, com pessoas que estão imbricadas com o saber
científico e técnico. Esta fase do processo obedece ao ciclo econômico das
trocas, conforme salienta Bourdieu (2001).
DA JUSTIFICATIVA
O objetivo do Centro Educacional 06 de Taguatinga com aplicação do
Projeto seria de promover no jovem, o seu auto reconhecimento como ser
sexualizado e construído socialmente (Mireya, 1997). E, ainda, auxiliar o
educando a revestir-se de ferramentas morais frente às questões polêmicas
ligadas a sexualidade e as drogas (Gonçalves, 2002; 2005). A Instituição propõe
também, permear a complexidade da existência humana, levando o jovem a
aprender com seus erros e acertos. Ou seja, pautar “a complexidade interna dos
sujeitos humanos...” (Paulilo & Jeolás, 2005 p. 183). Assim, o jovem terá
condições de descobrir o seu “eu” e através desse significado construir com mais
clareza e segurança o seu projeto de vida. O corpo educacional da instituição
acredita que o empoderamento do jovem trará escolhas conscientes para si e
para o seu meio. Permitirá que o adolescente respeite o diferente, valorize a
(des)construção de preconceitos (Gonçalves 2005).
O Projeto “Educando para a Vida”, engloba o dia-a-dia do adolescente
diante de todas as suas descobertas, suas dificuldades e suas conquistas. Tenta
responder e sedimentar a fala dos orientadores cientificamente, pautando sobre
a construção dos corpos, as questões de gênero, a sexualidade, o seu possível
envolvimento com drogas. Para tanto propõe: atividades lúdicas e construtivas,
acordando os dons artísticos que cada um carrega dentro de si despertando
talentos.
Pretende-se, ainda, atingir momentos de reverberação e crescimento a
curto, médio e em longo prazo. Realizando assim, uma educação global para o
jovem adolescente e a todos aqueles que de uma maneira ou de outra são
partícipes e estão envoltos de significados em sua vida. Busca-se encontrar um
espaço que promova a discussão sobre o exercício da sexualidade, gravidez
164
indesejada, a utilização de drogas, a prevenção das DSTs - HIV/Aids e o
acolhimento do indivíduo contaminado.
O Projeto torna-se audacioso, uma vez, que sua temática pode abarcar
inquietações do próprio corpo funcional da escola. Gonçalves (2002, 2005),
apontou em suas pesquisas, que portadores de sorologia positiva vivem em
silêncio, temendo o evitamento e que dentro do cerco escolar pessoas sofrem
veladamente. O Projeto tem a finalidade, também, de promover a sustentação
moral do indivíduo, no sentido de minimizar a dor do sujeito
infectado/dependente quimicamente. Sendo assim, para que isso possa ocorrer
conta-se com participação de todos os protagonistas, pais, alunos, educadores
e funcionários em geral.
DAS SONDAGENS
A leitura empírica da comunidade escolar apontou a carência de
informação, a dificuldade de explicitar a afetividade e os prazeres. Outro ponto
relevante foi o impeditivo do próprio corpo docente em lidar com o tema. Foi
percebido por meio de conversas informais com os estudantes que o uso de
droga era aceito para preencher o vazio existencial do jovem. Outro fato,
salientado foi à procura de vivências sexuais sem vínculo, sem afetividade e com
práticas sexuais inseguras. Resumindo, foi identificado um sentimento de
ansiedade por parte do aluno frente a sua sexualidade; do cuidador (pai e/ou
mãe) por não saber lidar com os filhos e com os seus próprios conflitos; do
professor por não se sentir autorizado a discorrer sobre a problemática; por fim,
todos os segmentos apontaram dificuldades em permear a (des)construção de
preconceitos já existentes em cada categoria.
Sendo assim, após constatação identificada pelos próprios alunos (em
sondagem- 1999)20 sobre a importância de se trabalhar tais temáticas, surgiu a
necessidade de uma ação mais efetiva e humanizada que pudesse resgatar o
20 Importante frisar que tal abordagem não se ancorou em um método científico, tendo um caráter diagnóstico, sem responsabilidade científica.
165
equilíbrio nas vivências da comunidade. Em 2001, iniciou-se a implementação
do Projeto em questão.
Foi buscado um o espaço restrito para o adolescente expor, conhecer e
entender a sua própria sexualidade; o risco ao uso indevido de drogas; a
construção de uma educação para a paz; a (des)construção de preconceitos e a
busca por melhor qualidade de vida. O Projeto “Educando para Vida”, tem como
meta criar condições para que a escola proporcione e desenvolva instruções
essenciais aos alunos tornando-os sujeitos imponderados (Gonçalves, 2005).
Clamou-se pela atuação dos cidadãos (alunos, pais, educadores e servidores)
na luta para a transformação e melhoria de vida da comunidade em geral. Vale
ressaltar, que a comunidade ao fazer este transito, passa a participar e ajudar
no contexto como protagonistas.
São discutidos no Projeto “Educando para Vida”:
sexualidade e suas implicações para busca de melhor qualidade de vida;
autoestima (gostar e valorizar o corpo, a mente e o intelecto) e o resgate de
valores (amor, respeito, responsabilidade, autonomia, integração);
gravidez precoce (vida sexual na adolescência, aborto, dificuldades diversas
de tais situações, responsabilidade frente à paternidade e maternidade);
vitimização de crianças e adolescentes (o abuso sexual em crianças e
adolescentes);
matizes sexuais (orientações do desejo sexual: heterossexualidade,
homossexualidade, bissexualidade e transexualidade);
a influência das drogas na sexualidade humana (os aspectos biológico e
psicossocial);
sexo seguro (prevenção DST/ AIDS ), contraceptivos e maturidade sexual);
drogas na atualidade (tipos mais comuns de drogas no Brasil e no mundo:
Histórico sobre *drogadição);
drogas: seus efeitos e implicações (prazer x risco);
prevenção às drogas (conhecimento da legislação e a política de redução de
danos).
desconstrução de preconceitos;
alimentação equilibrada e saudável;
166
educação para a paz;
mercado de trabalho;
construção de um projeto de vida.
DOS OBJETIVOS GERAIS
responder de forma relacional aos questionamentos inquietantes dos
alunos, professores, servidores e pais sobre sexualidade,
pautar o uso de drogas e a construção de um projeto de vida,
motivar e integrar o desenvolvimento da pessoa como um todo e como
partícipe da sociedade;
apreender as nuances entre prazer x riscos e suas variantes;
estimular o protagonismo na comunidade escolar que visem melhorar
a qualidade de vida,
procurar desconstrução de preconceitos e favorecer o exercício da
cidadania.
DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
resgatar a autoestima e os valores necessários para se viver em harmonia
consigo e com os outros;
descobrir a sexualidade como uma capacidade e dinamismo da pessoa,
desmistificando o conceito unilateral de que sexualidade se resume
apenas às vivências genitalizadas;
abordar os temas sobre sexualidade partindo de múltiplas perspectivas:
bioética, biológica, psicológica, afetiva, social, cultural, ética, religiosa,
higiênica e sanitária;
ajudar a integrar pais e filhos na realidade sexual de cada indivíduo a qual
não podemos fugir;
promover o debate de temas polêmicos sobre sexualidade para a
formação de atitudes;
167
relacionar a sexualidade às outras áreas de conhecimento;
avaliar a importância da dimensão sexual para o crescimento sadio das
pessoas;
conhecer as características e transformações de seu próprio corpo e do
outro sexo;
respeitar as diferenças na relação com as pessoas de ambos os sexos;
discutir as questões de gênero;
debater o construto social do corpo;
relacionar as diferentes formas de inserção social de homens e mulheres
nas sociedades e grupos sociais estudados nas diferentes épocas e
situações históricas;
identificar o aumento da sexualidade coisificada, objeto de
comercialização;
induzir o senso- crítico no aluno frente as leituras subjacentes imbricadas
na imprensa erótica e pornográfica;
evitar contrair ou transmitir doenças sexualmente transmissíveis, o
HIV/Aids e a gravidez precoce com a disponibilização do preservativo
como insumo básico;
identificar as drogas como um prazer que pode ser substituído por
prazeres legítimos através dos espaços de convivência;
estimular o senso- crítico para que os alunos consigam escolher e
vivenciar experiências gratificantes sem as drogas;
entender as drogas na atualidade, seus efeitos, riscos, proteção e
prevenção;
proporcionar o hábito de leitura crítica de livros, revistas, jornais e
periódicos sobre os temas polêmicos discutidos;
estabelecer junto à escola, programas que envolvam a comunidade local,
professores, servidores e sobretudo os pais, nas ações de educação
sexual, prevenção às DSTs – HIV/Aids e ao uso indevido de drogas;
promover o evento ( Simpósio Educando Para a Vida , EJA Conscientizar
e Micarê Temática) em conjunto com os alunos, professores, servidores
e comunidade em geral para discutirem e polemizarem assuntos
168
inerentes a sexualidade humana, qualidade de vida, educação para a paz
e ao uso indevido de drogas, identificando o prazer e o risco de algumas
atitudes.
favorecer o protagonismo juvenil nas ações da educação preventiva;
descobrir e divulgar os talentos da comunidade escolar nas artes, música,
escrita , esporte e expressão corporal;
possibilitar um ambiente mais humano, criativo e agradável para os
educandos e educadores no âmbito escolar;
intensificar a busca por parcerias que acreditem no trabalho em rede
como motivador para consistentes mudanças no campo do educar.
incentivar a (des)construção de preconceitos e a vivência pacífica e
tolerante à diversidade cultural, sexual, étnico-racial, religiosa, etc;
facilitar por meio de parcerias a inclusão do jovem no mercado de
trabalho, oferecendo capacitações, treinamentos e a inserção no 1º
emprego;
contribuir para a diminuição da evasão escolar, valorizando o jovem e o
ambiente escolar;
possibilitar espaços de reflexão e motivação para o jovem.
DO PÚBLICO – ALVO
Clientela:
- alunos do ensino médio (diurno) e Eja (noturno) do Centro Educacional
06 de Taguatinga – DF;
- pais e / ou responsáveis dos alunos;
- professores e servidores da escola;
- comunidade local;
169
DA METODOLOGIA
As atividades desenvolvidas, na escola, pelo Projeto, incluem toda a
comunidade escolar. Ressalta-se que em alguns programas, há o atendimento
a comunidade local.
Os programas básicos abarcam:
os alunos;
os pais/ responsáveis;
os professores/ funcionários.
1º- PROGRAMA PARA ALUNOS:
A duração cíclica do programa é anual para cada série, existindo espaço
na grade horária (PD= Parte Diversificada) e para o trabalho interdisciplinar.
1.1- Trabalho interdisciplinar
- 1º ANO: 2 horas/ aulas, com o objetivo de sensibilizar, diminuir ansiedades e
criar espaços de reflexão sobre as temáticas da vida abordadas no Projeto. As
didáticas utilizadas nesses horários são lúdicas, dinâmicas, interativas e de troca
de idéias e experiência. As ferramentas são oferecidas por meio de: oficinas,
filmes, debates, atividades em grupo, dinâmicas, leitura, produções, bate-papo
e consultorias com o professor especialista regente.
As competências e as habilidades desenvolvidas no decorrer do ano
apesar de sistematizadas são flexíveis e adequadas à realidade, à maturidade e
ao interesse de cada turma.
O trabalho interdisciplinar atualmente é organizado por temas geradores
mensais com divulgação das produções dos alunos em cada área no mural
interdisciplinar.
170
A avaliação do aluno é feita com base no desempenho, na realização, na
construção de projetos de vida conscientes. Os valores são somados à avaliação
das atividades interdisciplinares e relevantes dos alunos.
Normalmente, a partir do 2º bimestre os alunos iniciam a organização,
escolha e pesquisa para a produção do trabalho de culminância do Projeto que
é o “Simpósio Educando” para a Vida e a “Micarê Temática” ( 4º bimestre).
2º/3º ANOS: Com carga horária de 1hora/aula por semana em cada turma, o
objetivo maior de tal etapa do Projeto é o de estimular o jovem a ser um
protagonista e ativista juvenil. A partir da sedimentação da temática o aluno
passa a construir o seu próprio caminhar e finalizar escolhas. Sua atuação
poderá se dar por intermédio da arte, como por exemplo: o teatro, produções de
vídeo, oficinas, plástica, música e dança que constroem ações no intuito de
sensibilizarem outros jovens ou clientela no que diz respeito à prevenção,
autoestima, (des)construção de preconceitos, sexualidade saudável e
construção de um projeto de vida que norteie qualidade de vida.
Vale ressaltar, que os alunos também podem participar dos programas
interativos oferecidos normalmente em horário contrário, como participantes,
assessores e coordenadores de programas, dando ênfase ao trabalho de
protagonismo juvenil. Devido à valorização da Educação de PARES, criou-se
uma equipe de Protagonistas Juvenis, no sentido de montar uma estrutura
pedagógica imbricada no Projeto. Sua composição se faz por alunos que são
divididos por núcleos e atuações diferenciadas de acordo com a necessidade.
A dinâmica de funcionamento se dá da seguinte forma: os alunos
coordenam o projeto atuando em núcleos específicos (administrativos,
aconselhamento, promoção e eventos, EJA Conscientizar, monitoramento e
avaliação, elaboração de matérias didáticos, pedagogia de projetos - núcleos de
estudos e pesquisa com temáticas especificas). O protagonismo juvenil tem
como intento promover:
inovações. Valorizar os talentos dos alunos participantes do Projeto,
com a criação de grupos de oficinas (Programas Oficinas). A atuação
juvenil se efetiva em horários contrários ao regular;
171
envolvimento. Muitos alunos continuam desenvolvendo atividades de
protagonismo mesmo saindo da escola, vinculando-se a ONG
Educando para a Vida, fundada por ex-alunos;
implementação. À medida que o projeto evolui, outros programas são
criados e oferecidos para os alunos, comunidade escolar e local;
inclusão. Alunos do EJA estão inseridos no Programa EJA
Conscientizar. Propõe a realização do Simpósio no turno noturno,
atendendo os anseios e interesse dos mesmos.
DO PLANEJAMENTO ANUAL/ PROGRAMA DO ALUNO
1º BIMESTRE:
Promover a valorização: estima pessoal; respeito ao outro; afetividade e
sexualidade; responsabilidade nas relações afetivas; sexualidade como
capacidade e dinamismo da pessoa.
Promover o conhecimento sobre: aspectos anatômicos e fisiológicos do
corpo humano; higiene pessoal; dinâmica hormonal, mudanças
fisiológicas na adolescência e as distintas formas de se viver e expressar
a sexualidade (conceitos básicos da Sexologia).
Propiciar a compreensão: crítica frente aos estímulos eróticos e
pornográficos; bem como, a comercialização do erotismo na mídia e a
medicalização dos corpos.
2º BIMESTRE:
Promover a valorização: estima pessoal; resgate de valores; crítica frente
o uso da erotização, dimensão sexual para o crescimento sadio das
pessoas; as diferentes formas de inserção social; entendimento do
construto social do corpo; das questões de gênero.
172
Promover o conhecimento sobre: laços afetivos;
gravidez/responsabilidade - paterna e materna/alteração corporal e social;
métodos contraceptivos e planejamento familiar; esterilidade (reprodução
assistida) aspectos legais, sociais e psicológicos, relacionados com
sexualidade humana; prostituição; homossexualidade; bissexualidade;
heterossexualidade, transexualidade; abuso sexual; e o divórcio.
Propiciar a compreensão: sobre o processo decisório – responsabilidade
e autonomia em relação às vivências sexuais.
3º BIMESTRE:
Promover a valorização: do senso crítico em relação ao uso indevido de
drogas. Debater a imaturidade sexual valorizando todas as áreas de
conhecimento.
Promover o conhecimento sobre: DSTs/Aids. Pautar diversos temas
sexuais partindo da perspectiva: biológica, afetiva, social, cultural, étnica,
religiosa, higiênico-sanitária. Reverberar sobre a utilização das drogas na
atualidade (conceito, efeitos, riscos, proteção e prevenção).
Propiciar a compreensão: entre o prazer e o risco no exercício sexual
conjugado com as drogas e sexo inseguro.
4º BIMESTRE:
Promover a valorização: da vida e do diálogo em família. Trabalho coletivo
em busca da conquista como pessoa integral.
Promover o conhecimento sobre: influência das drogas sobre a
sexualidade humana (estudo de casos) relação das DST/Aids com as
drogas.
Propiciar a compreensão: da vida como alicerce e vitória para ser.
Conforme exposto anteriormente, o planejamento anual deverá ser
alterado de acordo com a realidade da clientela. Deverá contextualizar os
173
anseios de cada série, que serão identificadas por meio de questionários
sondagens no início de cada ano.
2º - PROGRAMA PARA PAIS
Acredita-se que um trabalho coletivo e inclusivo possibilita uma maior
relevância no que concerne a resultados, quando a família faz parte do processo.
Logo, dentro desse contexto insere-se a sistematização do programa para pais:
“Família, Educando Para a Vida”.
JUSTIFICATIVA:
Identificar no âmbito escolar, a lacuna entre educação tradicional (escola)
e a família. Assim, pensou-se em um dispositivo pedagógico (curso) no intuito
de minimizar tal barreira impeditiva.
Ofereceu-se a oportunidade a pais de alunos envolvidos no Projeto a
possibilidade de participar e coordenar atividades ligadas ao Projeto. Vale
pontuar, que foi pensando na omissão ou ausência da família nas atividades de
integração, os conflitos familiares e a necessidade de continuidade no processo
educacional integral do jovem-aluno que se desenvolveu o programa
pedagógico21.
OBJETIVOS:
GERAL: Integrar a família no resgate ou manutenção de relações
saudáveis. Responder aos questionamentos instigantes dos mesmos, no que
concerne às temáticas/polêmicas relevantes, como: sexualidade, drogas e
qualidade de vida.
ESPECÍFICOS:
viabilizar a presença da família na escola;
21 Ressalta-se, que atualmente o programa é coordenado por pais de alunos envolvidos no Projeto.
174
fortalecer o relacionamento familiar (pais/filhos);
possibilitar um espaço de integração, convivência, troca de experiência e
aprendizado para a família;
atender as solicitações da família em torno de temas que possam facilitar o
processo educacional dos filhos;
resgatar a competência dos pais.
DA OPERACIONALIZAÇÃO:
As metodologias utilizadas na efetivação do Projeto são definidas como
estratégias diferenciadas para cada momento:
1º- encontros bimestrais com temáticas centrais sugeridos nos momentos de
avaliação do Projeto,
2º- participação dos pais nas atividade de integração, como: Simpósio, Micarê,
oficinas, etc.
3º- cursos semanais para a família;
O Programa Para Pais representa um papel relevante e significativo nos
resultados positivos do Projeto. A cada bimestre realiza-se um encontro com os
responsáveis. Utiliza-se como pano de fundo para as reuniões, a mesma
temática trabalhada com os alunos. Apoia-se na ideia de que quanto maior for a
introspecção, mais intensa será a troca, assim como, o benefício para os jovens
adolescentes e para os próprios pais. Seguramente, tal transito permitirá
oportunidades de burilamento frente as próprias atitudes e perante a vida e dos
filhos. Certamente, minimizarão os conflitos familiares, assim como, a
vulnerabilidade dos discentes perante as drogas, a violência, as patologias, ao
sexo inseguro e, consequentemente, a gravidez não planejada.
Os encontros são compostos de palestras, oficinas, reuniões, debates,
talk show e apresentações dos alunos.
Tem-se como temas22 já trabalhados em Encontros ( 2001 – 2005 ):
22 Temas e encontros são incluídos de acordo com a necessidade e sugestões dos pais e/ou responsáveis.
175
1º encontro- informações básicas sobre o Projeto;
2º encontro- debate: A educação sexual na família e na escola.
3º encontro- Como educar os filhos para uma sexualidade saudável?
4º encontro- Pais e filhos no palco da vida (talk show).
5º encontro- Oficinas Interativas “Cuidar é amar” - ministrada por
multiplicadores (alunos).
6º Encontro - Assembleias para votações de ações conjuntas com a
família (ex: votação sobre a proposta da disponibilização do preservativo na
escola).
7º Encontro- Palestra: As drogas na automedicação
8º Encontro- A influência das drogas na sexualidade humana.
9º Encontro: Prazer sem drogas
10º Encontro: Família: educando para a vida
11º Encontro: Planejamento familiar x Sexualidade saudável.
CURSO 1: “FAMÍLIA, EDUCANDO PARA A VIDA”
PERÍODO: 27/09/2004 a 06/12/2004
COORDENADORA/ DOCENTE: Profª Selma Soares Falcão (O.E )
ENCONTROS DATA TEMAS
1º 27/09/2004 Apresentação e autoestima
2º 04/10/2004 Drogas na adolescência
3º 18/10/2004 Conflitos familiares
4º 25/10/2004 Tipos de família
5º 22/11/2004 a
06/12/2004
Sexualidade do adolescente
176
CURSO 2: “COMO AJUDAR O SEU FILHO NA ESCOLA”
PERÍODO: 23/05/2005 a 04/ 07/2005
DIA DA SEMANA: 2ª feira
LOCAL: C. Ed. 06
HORÁRIO: 8h30- 10h30
COORDENADORA/ DOCENTE : Profª Selma Soares Falcão
ENCONTROS DATA TEMAS
1º 23/05/2005 Autoestima
2º 30/05/2005 Motivação
3º 06/06/2005 Tempo
4º 13/06/2005 Comunicação
5º 20/06/2005 Afetividade
6º 27/06/2005 Base Familiar/ Limites
7º 04/07/2005 Como ajudar nas tarefas
e trabalhos escolares
CURSO 3: “SEXUALIDADE UM BATE-PAPO EM FAMÍLIA”
PERÍODO: 08/08/2005 a 19/09/2005
DIA DA SEMANA: 2ª FEIRA
LOCAL: C. Ed. 06
HORÁRIO: 8h – 10h
COORDENADORA: Profª Selma Soares Falcão (O.E)
DOCENTE: Profª Sandra Freitas
ENCONTROS DATAS TEMAS
1º 08/08/2005 Por que educação sexual na família?
2º 15/08/2005 III Encontro de pais- afeto e prevenção
3º 29/08/2005 Como conversar com os filhos sobre sexo?
4º 05/09/2005 Entendendo o adolescente/ grandes mudanças
5º 12/09/2005 Tirando a limpo: mitos, tabus e crendices sexuais
6º 19/09/2005 Encontro especial
177
4º CURSO: Prazer sem drogas/violência (outubro-novembro/2005).
2006 – Previsão de dois cursos com temas diversos 1º e 2º semestres23.
3º- PROGRAMA PARA PROFESSORES/ FUNCIONÁRIOS:
A proposta consta de um encontro mensal, durante as coordenações. As
temáticas, em alguns momentos, são previamente definidas. Outros temas são
propostos pelos próprios professores no início ou no decorrer do ano letivo. Os
encontros se dão por meio de reuniões, palestras, oficinas e debates sobre
assuntos diversos.
Em 2004, foi oferecido no próprio estabelecimento de ensino um curso de
102h/a na área de sexualidade e drogas. O intuito era de capacitar e estimular
os demais professores a participarem como protagonistas mais diretos nas
atividades interdisciplinares do Projeto.
O ano de 2005 teve como meta, ampliar as ações pertinentes a estes atores
da comunidade escolar. Além de reuniões, encontros e cursos para os
professores, alguns assumiram a posição de coordenadores de programas e
oficinas dentro do Projeto. Outros participaram de atividades oferecidas pelo
Projeto junto aos alunos. Exemplificando: “Programa oficinas”, “Educando pra
valer”, “Integração”.
Sendo assim, os demais funcionários estão aos poucos se inserindo em
atividades dos programas, como a presença em oficinas e bate-papos
destinados a tal clientela.
23 A família pode participar do programa oficina, em horário contrário.
178
DOS PROGRAMAS INTERATIVOS
PROGRAMA OFICINAS:
OBJETIVO:
Criar espaços de prazer, convivência saudável e divulgação de talentos da
comunidade escolar e local, visando à diminuição da vulnerabilidade dos
mesmos frente às drogas e a violência.
METODOLOGIA:
Os monitores das oficinas são voluntários. O corpo participante consiste em
pais, alunos talentosos, professores com carga horária residual e amigos da
escola. O horário de labor acontece em turno contrário. As inscrições são
gratuitas e abertas a toda comunidade escolar e local. Os resultados das oficinas
são divulgados em eventos dentro e fora da escola.
OS PROGRAMAS INTERATIVOS CONSISTEM EM:
1º- Programa Oficinas
2º- Programa Assessores
3º- Programa Multiplicadores
4º- Programa Consultoria
5º- Programa EJA Conscientizar
6º- Programa Monitoria
1º -OFICINAS: dança de rua, teatro, dança do ventre, capoeira, arte com
preservativos, voleibol, futsal, colcha de retalhos e outros definidos ou
propostos a cada ano, pelos alunos. Programa também oferecido para a
comunidade local.
2º- ASSESSORES (Administrativo do Projeto) em média 20 alunos ajudam
na coordenação do projeto e na disponibilização dos insumos de prevenção.
O objetivo central deste programa é de direcionar o aluno para o
“Protagonismo Juvenil”.
179
3º- MULTIPLICADORES: (Pedagógico do Projeto) alunos, professores e
pais realizam o papel de protagonistas nas ações preventivas na escola e
fora dela. Pré-requisito para exercer a atividade: ter participado de cursos de
capacitação oferecido pela coordenação do Projeto ou a ONG Educando
Para Vida. A meta deste programa é de capacitar o discente a produzir ações
que possam torná-lo um “Protagonista Juvenil”.
4º- ACONSELHAMENTO: Coordenação-Núcleo Aconselhamento-
Protagonistas Juvenis sob a orientação das Professoras Sandra Freitas
(especialista em Educação Sexual e Sexóloga) e Gleides Simone Formiga
(estudiosa das Questões de Gênero). O trabalho desenvolvido tem por
objetivo atender individualmente ou em grupo a comunidade escolar. O intuito
do programa insere-se no sentido de tirar dúvidas pertinentes à questão.
Assim como, encaminhar para acompanhamento em rede, determinados
casos que precisam de uma avaliação mais aprofundada.24
5º- PROGRAMA EJA CONSCIENTIZAR: espaço oferecido aos alunos da
educação de jovens e adultos/ noturno: para oficinas, trabalhos
interdisciplinares, consultoria, disponibilização dos preservativos, elaboração
e participação no Simpósio e integração com os alunos do diurno – ensino
médio.
6º- PROGRAMA ESTUDANDO PRA VALER/ MONITORIA: Estimular e criar
hábito de estudo nos jovens, valorizando o talento de alunos (monitores)
como protagonistas de tal programa. Em 2005 funcionou o sistema de
monitoria nos 2º/3º anos - Matemática e 2º/3º anos - História. Coordenado
pelos professores Aládio – História e Lucineide – Matemática.
Durante todo o ano foi realizado, além de todas as atividades descritas,
eventos de integração e comemoração a datas relevante para o Projeto: Dia
Internacional da Luta Contra a AIDS, Semana Nacional Antidrogas, Dia da
Consciência Negra, Dia dos Namorados e outras datas relevantes referente ao
ano de vigência do Projeto.
24 Vale ressaltar, que a técnica metodológica utilizada é a da escuta, da narrativa (interação e inferência).
180
DAS ATIVIDADES EXECUTADAS:
Ano de 2005
Oficina de Capoeira:
Monitor-mestre Rockeiro (Associação de Capoeira Tucum dos Palmares).
Oficina de Teatro:
Diretor: Plíno Mosca (Embaixada da França)
Oficina de Dança de rua:
Monitor: Júnior/Seta (The Brooklincrew)
Oficina de Dança do ventre:
Monitoras: Profª. Sandra Freitas, Gilda Maria Martins e a voluntária Roseane
Alves
Oficina de Esporte:
Monitor (voleibol): Profº. Ailton de Souza Lemos
Monitor (Futsal): Profº. Laércio Vieira da Silva
Oficina de Dança contemporânea:
Monitor: Profº. José Edílson Rodrigues da Fonseca
Oficina de Arte com Preservativos:
Monitor: Profª. Maria Eugênia da Silva Fernandes
Ano de 2006
Oficina de Dança de rua:
Monitor: Júnior/Seta (The Brooklincrew) – Gilberto Bittencourd
Oficina de Dança do ventre:
Monitoras: Profª. Sandra Freitas, Gilda Maria Martins e a voluntária Roseane
Alves
Oficina de Dança Afro/comtemporânea:
Monitor: Profº. José Edílson Rodrigues da Fonseca
Oficina de Esporte:
Monitor (Voleibol/ Futsal): Profº. Ailton de Souza Lemos
Oficina de bijouterias/artesanato:
181
Monitora: Ismarlene Bezerra de Jesus (mãe de aluno)
Oficina de xadrez:
Monitor: Profº. Aládio Maria Torres Filho
Oficina Colcha de retalhos:
Monitora: Profa. Dra. Erli Helena Gonçalves
DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO ENVOLVIDAS
Em 2004 foram contempladas, em cada bimestre, pelo menos duas
disciplinas da área do núcleo comum. As áreas disciplinares da Matemática,
Sociologia Biologia, Filosofia, Artes, Português Língua Estrangeira, Geografia,
História, Educação Física, Química e Física foram envolvidas. As disciplinas
contaram com até 3,0 pontos referentes às avaliações do Projeto,
correspondendo a 30 da nota bimestral e anual. No entanto, a efetivação do
trabalho interdisciplinar se resumia apenas a 2 ou 3 áreas restritas a cada
bimestre e as temáticas mais trabalhadas eram as seguintes:
PORTUGUÊS:
trabalhar textos com temáticas relacionadas às drogas e sexualidade
(interpretação e gramática );
identificar de maneira crítica o estrangeirismo de alguns termos técnicos
utilizados em no Brasil ( exemplo: SIDA = AIDS ), desenvolver atividades
através da leitura de livros paradidáticos que abordem os temas em
questão;
realizar abordagens e enfoques sexológicos de obras literárias indicadas
pelo professor de português.
MATEMÁTICA:
direcionar os alunos a pesquisarem e tabularem dados matemáticos,
estatísticos e gráficos sobre temas pertinentes à sexualidade ou em
relação às drogas, como: gravidez na adolescência, prostituição,
violência sexual, sexo seguro, drogas na atualidade, etc.
182
BIOLOGIA:
trabalhar a sexualidade e as drogas partindo da visão biológica da
reprodução;
dialogar com o conceito doença e saúde - DST/AIDS;
Induzir a compreensão anatômica e fisiológica dos aparelhos
reprodutores;
Conceituar dependência e drogas causa e consequências.
SOCIOLOGIA:
pautar o envolvimento do ator social e o seu pertencimento dentro da
temática da sexualidade;
elencar as categorizações sociais e as moralidades envolvidas no
sujeito usuário de drogas e o não usuário conforme Bourdieu (1999,
2001) salientou em seus estudos;
FILOSOFIA:
retomar reflexões sobre os maiores conceitos dentro da Sexologia que
carregam como alicerce o conhecimento filosófico (momentos de
discussões, trabalhos coletivos e debates ).
ARTES:
o projeto estimula a criação artística em dramatizações, murais,
danças, músicas, desenhos e outras, sendo que inúmeros momentos
do projeto serão lúdicos.
LÍNGUA ESTRANGEIRA:
traduções de músicas e textos de língua estrangeira e posterior debate
pelo professor/ especialista do projeto.
GEOGRAFIA:
trabalhar o espaço geográfico e climático de vários países e regiões,
buscando entender a relação com as vivências sexuais distintas em
tais regiões e as dificuldades ou facilidades no cultivo e tráfico de
drogas e entorpecentes/
taxas de natalidade e mortalidade - relação com a gravidez e
DST/AIDS na adolescência por região/país. Relação
183
pobreza/desigualdade social X gravidez, riqueza/equilíbrio social X
gravidez.
HISTÓRIA:
trabalhar a história cultural, social e política de um povo, influindo nas
decisões e comportamentos, diante das drogas e da sexualidade;
a questão de gênero nos registros históricos.
EDUCAÇÃO FÍSICA:
trabalhar a expressão corporal, relaxamento e valorização do corpo.
QUÍMICA:
abordar os aspectos químicos e as reações de substâncias químicas
no corpo e na vida das pessoas (drogas e sexualidade).
FÍSICA:
enfocar acontecimentos físicos como a dissipação de calor, a
erotização nos climas quentes e frios (Termologia ), o estudo do
movimento ( Cinética e Dinâmica ) nos processos de expressões da
sexualidade e outros.
2005: Iniciou-se uma nova etapa para a proposta interdisciplinar do
Projeto. Incluiu-se à proposta ações com temas geradores mais amplos e pré-
determinados a cada mês com a Coordenação do Projeto e Professores. Por
exemplo, no mês de maio fez apologia à “Educação para a paz”, mês de junho
elegeu-se o “Prazer sem drogas”, mês de agosto prevaleceu à questão da
“Autoestima”.
Além das atividades desenvolvidas em sala de aula, em várias áreas de
conhecimento, em torno do tema gerador, é distribuída uma mensagem por
semana para toda a escola sobre o tema do mês. Executa-se, também, a
confecção de um mural em torno dos temas geradores. O trabalho é executado
pelos professores e/ou alunos.
2006: O Projeto torna-se objeto político-educativo da escola – Centro
Educacional 06 de Taguatinga. Alcança todas as áreas educativas por meio do
trabalho interdisciplinar, com o tema anual: “Construindo Valores”. É
184
contemplado na parte de PD2 (avaliação em 10,0 pontos por bimestre). Como
tal cumpre a meta da Instituição de produzir: “Uma Escola sempre em
movimento”.
DO SIMPÓSIO EDUCANDO PARA VIDA
(CULMINÂNCIA DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR)
OBJETIVOS:
estimular e criar espaços de integração e convivência com a comunidade
escolar e parcerias, por meio de trabalhos elaborados pelos alunos.
Metodologia: Oficinas, Painéis, Mostra de Vídeos, Espetáculos de
Dança, Teatro, CineDebate, Mesas-Redondas, em torno de temáticas
que norteiem qualidade de vida e cidadania, sexualidade e o possível
envolvimento com drogas.
possibilitar atividades de protagonismo juvenil e interdisciplinaridade na
educação preventiva.
refletir e modificar comportamentos, sensibilizando ou descortinando
talentos, diminuindo assim, a vulnerabilidade dos envolvidos no projeto
na busca por prazeres ilegítimos como soluções para os enfrentamentos
morais individuais ou coletivos.
proporcionar instante de confraternização na comunidade escolar,
estimulando outras instituições a trabalharem em rede em favor de uma
vida melhor.
MICARÊ TEMÁTICA
OBJETIVOS:
levar para a comunidade escolar e local, por meio de manifesto/festa, a
temática do Projeto trabalhado durante todo ano;
propor para o jovem uma nova maneira de se divertir, dançar e organizar
atividades prazerosas diminuindo a vulnerabilidade a riscos.
185
DOS RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E FINANCEIROS
RECURSOS HUMANOS:
Alunos do Ensino Médio e EJA (em 2005: MÉDIO – 831 e EJA – 1500), (01)
Professor@ e Especialista em Educação Sexual/ Sexólog@- Coordenador@ do
Projeto (01), Professor@ Dr@ consultor@ científic@; (01) Professor@ Curso
Técnico em Sexualidade/ Drogas assessor@ e regência (01) Orientador@
Educacional (01); Direção Atuante; Professores, Servidores, Pais e/ou
Responsáveis. Parcerias ou instituições: S.E.D.F (Secretaria de Educação do
Distrito Federal), DRET (Diretoria Regional de Ensino de Taguatinga) S.E.S
(Secretaria de Estado de Saúde), Gerência DST/AIDS, PRAIA (Programa de
Atendimento ao Adolescente, CTS-03 (Centro de Saúde n º 03 de Taguatinga),
SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas), CONEN (Conselho de Entorpecentes
do DF), Associação de Capoeira Tucum dos Palmares, Grupo de Dança The
Brooklincrew, ONGS: Educando para a Vida, Atitude de Mobilizadores Sociais,
Estruturação, ICP, Rede Brasil Jovem e Conselho do Negro-DF, Projeto
Afroatitude-UnB.
RECURSOS MATERIAIS:
Auditório, sala de vídeo, sala de convivência, computadores, livros diversos,
materiais lúdicos, insumos básicos (preservativos masculinos e femininos),
próteses, materiais de expediente, videoteca, vídeo e DVD, retro-projetor, sala
com espelho, data show.
RECURSOS FINANCEIROS:
APAM do Centro Educacional 06 de Taguatinga e parcerias com a comunidade
e instituições afins.
Exemplificando: aplicação de recursos. Gastos/investimentos no Projeto:
- recursos para confecção do folder e convites do Evento (Simpósio
Educando para a Vida)
186
- recursos para confecção das camisetas do Projeto, Simpósio e
Micarê Temática
- recursos para atualização de materiais para as aulas: fitas, livros,
cartazes;
- recursos para a premiação aos melhores trabalhos ( Simpósio);
- recursos para ornamentação da escola - evento;
- recurso para confecção de insumos básicos para serem utilizados
nos cenários, figurinos e materiais para as oficinas;
- recursos para financiamentos de programas inovadores que forem
surgindo no decorrer dos anos.
DOS INDICADORES DE MONITORAMENTO
- número de pessoas beneficiadas pelo Projeto durante o ano;
- número de jovens atuando na equipe de Protagonistas Juvenis;
- número de sondagens respondidas semestralmente pela
comunidade escolar;
- número de voluntários, oficinas, frequência dos participantes durante
o ano;
- número de participações da escola em eventos e para a divulgação
e fortalecimento do projeto;
- número de diagnósticos de gravidez, uso de drogas, violência dentro
da escola;
- número de alunos encaminhados para atendimento na rede;
- número de alunos desistentes ou transferidos e procura pela escola.
- leitura dos resultados de pesquisas e sondagens aplicadas;
187
DA AVALIAÇÃO
Os resultados percebidos diante dos indicadores avaliativos apontam que
a comunidade escolar hoje opta por escolhas. Fica apreendido, também, que os
jovens são direcionados a resgatar sua autoestima. Trabalha-se exaustivamente
para se adquirir uma qualidade de vida, a resgatar valores. O Projeto remete o
educando a optar por uma vivência positiva e humanizadora em grupos.
A Instituição promove, junto ao aluno, um programa de auxílio e
encaminhamento a outros órgãos, no que diz respeito à consciência da
prevenção a situações de riscos como DST/AIDS, gravidez indesejada e uso de
drogas. Têm-se depoimentos espontâneos de pais e alunos, no sentido, de que
foi possível perceber dentro dos lares, menos conflitos entre pais e filhos. E
ainda, maior conscientização da comunidade afetada pelo Projeto sobre a
importância da ferramenta moral do compartilhamento das ações. A ciência de
que mudanças de comportamentos não são ações imediatistas, mas um
processo gradual e continuo e que tem por inscrição o instrumento da parceria.
Após a implementação do Projeto, ofereceu-se uma escola mais
prazerosa e criativa, assim como, a diminuição de atitudes preconceituosas
frente ao diferente. Observou-se, também, menor ansiedade em relação à
própria sexualidade. Foi registrado a atitude responsabilista de ex-alunos com a
criação em 2004 da ONG Educando para a Vida. Promoção e inclusão da
comunidade local em programas do Projeto (oficinas). Houve uma diminuição na
evasão escolar. Foram criados na Instituição espaços ampliados de diálogo e
convivência.
O reconhecimento do Projeto como ação premiada no âmbito nacional
pela UNESCO – Prêmio de Incentivo a Prevenção de DST/AIDS e Drogas nas
Escolas em 2002- proporcionou uma maior efetivação de parcerias. O Projeto foi
ampliado para além da prática pedagógica do Centro Educacional 06 de
Taguatinga atingindo a comunidade local e algumas áreas do Distrito Federal.
188
DAS FERRAMENTAS METODOLOGICAS UTILIZADAS PARA AVALIAÇÃO DO
PROJETO
A aferição do Projeto está centrada mais dimensão qualitativa, por meio
de técnicas de observação e coleta de narrativas e/ou depoimentos conforme
estudos desenvolvidos por Minayo, (1999); Ferreira et al., (1994). As
metodologias de pesquisas qualitativas são “... aquelas capazes de incorporar a
questão do SIGNIFICADO e da INTENCIONALIDADE como inerentes aos atos,
às relações, e às estruturas sociais, sendo essas últimas tomadas tanto no seu
advento quanto na sua transformação, como construções humanas
significativas” (MINAYO, 1999 p. 10) [com grifos no original]. Ou seja, a
observação do comportamento dos sujeitos envolvidos nas temáticas
apresentadas está permeada de um cuidado especial no sentido de preservar o
“aspecto da cumplicidade” conforme Gonçalves (2005 p. 26) aponta. No tocante
a esta questão, Bourdieu (2003, p. 695) salienta, que os pesquisadores tem por
obrigação “cuidar primeiramente de proteger aqueles que em nós confiaram”.
Diante do exposto, a Instituição procura criar laços afetivos, morais e de
comprometimento com alunos, pais e funcionários para dar prosseguimento ao
Projeto.
A aferição afinal de cada ano se dá por meio de:
questionários sondagens;
pesquisas direcionadas;
atuações no Simpósio Educando Para a Vida;
relatos e discussões avaliativas no decorrer do ano letivo e a longo
prazo, depoimentos espontâneos e direcionados;
pontuação de benfeitorias para a comunidade em geral;
repercussão do Projeto na mídia;
procura de instituições para divulgação do projeto e/ou efetivação de
contratos de parcerias.
189
ANEXO DE INSTRUMENTOS OPERACIONAIS
Em anexo alguns dos materiais significativos para melhor ilustração da dinâmica
do Projeto:
Projeto Político Pedagógico da Escola;
depoimentos (alunos, pais e professores);
fotos;
reportagens, declarações e cartas de reconhecimento do projeto;
modelos de sondagens e pesquisas realizadas;
folderes de divulgação do simpósio;
publicação do Projeto – ANAIS de Eventos e textos- Coordenadora do
Projeto.
convites e atas - Encontros de pais e professores;
documentos e textos- Projeto.
EDUCANDO PARA A VIDA - VERSÃO 2017
O projeto educando para a vida atualmente elenca as temáticas de
promoção à saúde e sexualidade na metodologia de educação de pares. Em
parceria com a escola integral oferece curso de formação de jovens
protagonistas para atuarem como educadores sexuais no âmbito escolar ou
representando a escola em eventos externos a ela.
A metodologia de educação de pares possibilita a conversa horizontal
entre pares dos jovens e tem demonstrado interessantes resultados na tomada
de ações conscientes frente às suas escolhas.
Além do curso a sala de prevenção e acolhimento disponibiliza os insumos
de prevenção e acolhe e aconselha jovens nas áreas especificas de saúde e
sexualidade contando com o apoio de redes parceiras.
A reflexão das temáticas também acontecem em sala de aula como nas
aulas de biologia, em rodas de conversa, debates, vídeos e atividades diversas.
Existe ainda a realização da semana de educação para a vida onde o
projeto articula várias ações como oficinas e ações artísticos culturais. E ainda
190
aborda o evento de culminância que atualmente é conhecido por fórum atitude
jovem onde os próprios jovens coordenam e organizam tal ação.
Segundo semestre está programado o retorno da escola de pais para
atender a demanda dos mesmo em relação ao trabalho dos temas do projeto
com a família, logo o trabalho educacional se torna mais amplo e continuado,
possibilitando assim, melhores resultados.
191
PROJETO OLIMPÍADAS
ESPORTIVA E CULTURAL
192
1. Apresentação
O projeto Olimpíadas Esportiva e Cultural do Ced 06 está na sua 15ª edição.
Inserido no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, se desenvolve a cada
ano sofrendo modificações e intervenções, se transformando e se redefinindo.
Os professores da disciplina de Educação Física do Centro Educacional
06 de Taguatinga, juntamente com a direção desta escola e demais professores,
cientes do comprometimento para a formação e desenvolvimento dos nossos
alunos, sobretudo no que tange à Educação, à Cultura, e principalmente ao
Desporto, buscam com o referido projeto despertar em nossa comunidade o
interesse pelo esporte e entretenimento, proporcionando as Olimpíadas
Esportiva e Cultural do CED 06 Taguatinga.
Tal escolha para implementação do projeto despertou em seus
idealizadores o desejo de realizar o evento, visto que a prática de esportes é
uma das atividades mais indicadas para os jovens, pois pode oferecer inúmeros
benefícios indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento destes e também
é importante para a manutenção da saúde.
Assim, a realização deste projeto será de suma importância para os
professores e também para os alunos, pois incentivará a prática esportiva em
nossa escola e também em nossa cidade, além de promover um maior
intercâmbio entre os alunos.
2. Objetivos
2.1- Geral
Promover o intercâmbio sócio desportivo dos alunos do Ced 06 –
Taguatinga
Proporcionar aos alunos uma vivência em competições esportivas,
incentivando ainda a prática de atividades físicas.
Enriquecer os conhecimentos culturais dentro de uma atividade salutar
e recreativa;
193
Integrar as diversas séries e turmas desta Unidade Escolar,
estabelecendo relações de amizade e companheirismo através de
atividades culturais, sociais e desportivas;
Proporcionar a Integração de toda a comunidade escolar, através de
uma competição esportiva ampla, que irá elevar a autoestima e
contribuir com todo o Pedagógico Escolar.
Exaltar a prática desportiva como instrumento na formação da
personalidade e na superação do individualismo de forma a perceber
no esporte, fonte de prazer legítimo, diminuindo assim, a
vulnerabilidade a riscos: DROGAS e VIOLÊNCIA, etc.
Proporcionar aos alunos uma vivência em competições “da escola”
esportiva e cultural, incentivando a prática de atividades dentro e fora
da escola.
Desenvolver o espírito esportivo, o respeito às regras, o respeito e
lealdade entre os participantes.
Proporcionar uma maior integração entre as turmas com uma maior
aproximação entre professor X alunos e alunos X alunos.
Oportunizar um maior número possível de alunos a participar de forma
efetiva e prazerosa.
Desenvolver nos alunos o gosto pelas atividades esportivas e
culturais.
Desenvolver a experiência de vivenciar e conhecer as regras e
arbitragem das modalidades esportivas.
2.2- Específicos
Participar ativamente da estimulação da prática das atividades, como
forma de lazer e integração social;
Proporcionar aos participantes além de prazer e entretenimento, o espírito de
equipe, o companheirismo, a autoestima, o respeito às regras e a disciplina;
Proporcionar momentos de alegria e descontração;
Desenvolver o gosto pelas atividades esportivas;
194
Proporcionar aos alunos conhecimento de regras e arbitragens;
Oportunizar aos alunos do Ced 06 de Taguatinga em demonstrar seu
conhecimento técnico/tático das regras desportivas em defesa de sua
turma, de acordo com as normas propostas;
Desenvolver experiência, vivenciar o espírito de esportividade entre os
alunos e professores;
Desenvolver o respeito e lealdade entre os participantes,
proporcionando uma melhor integração entre as turmas;
Oportunizar um maior número possível de alunos a participar de forma
efetiva do evento esportivo;
Divulgar a disciplina de Educação Física do Ced 06 de Taguatinga.
Desenvolver e proporcionar a interdisciplinaridade.
Desenvolver o grau de companheirismo, amizade e integração entre
as turmas.
O Centro Educacional 06 de Taguatinga está localizado em uma área
urbana periférica na QNL 01 Área Especial 01 – Setor L norte. Foi inaugurado
em 30 de agosto de 1974, inicialmente como Centro de Ensino de 1º Grau,
transformando-se depois em Centro Interescolar e Centro de Ensino de 1º Grau
até 1980.
A estrutura física da escola é constituída por: 20 salas de aula, 02 salas
de vídeo, 01 laboratório de Ciências, 01 laboratório de informática, 01 biblioteca,
01 sala de Recursos (destinada aos alunos do atendimento educacional
especial), 01 secretaria, 01 sala de Prevenção DST-AIDS, 01 sala de Orientação
Educacional – SOE, 01 sala de assistência pedagógica, 01 sala de assistência
administrativa, 01 sala de Direção e vice-direção, 01 sala de mecanografia, 01
sala dos professores, 01 sala de coordenação pedagógica, auditório (400
lugares), 01 sala com espelho para multifuncional, 03 quadras poliesportivas,
área de lazer, espaço cultural, cantina, refeitório, 04 banheiros e 01 para
portadores de necessidades especiais.
Uma pesquisa foi realizada para traçar preliminarmente um perfil
socioeconômico da comunidade escolar. Foi identificado à falta de acesso ao
lazer seguido da necessidade de trabalho. Verificou-se também que pouco mais
195
de 60% dos alunos moram em residência própria e que cerca de 12% dos alunos
são dependentes de provedores informais.
De acordo com a descrição acima, a escola possui uma boa infraestrutura,
espaço físico e excelente quantidade, qualidade e variedade de materiais
esportivos, o que nos possibilita ótimas condições de trabalho, exceto a
cobertura das quadras, o que dificulta o desenvolvimento das atividades práticas
não sendo um ambiente favorável e desejável por todos nós.
Atualmente o Centro Educacional 06 desenvolve a modalidade de Ensino
Médio (EM) no turno matutino e Educação de Jovens e Adultos (EJA) no turno
vespertino atendendo em torno de 650 alunos no total. Todavia o projeto engloba
toda a escola, pois está inserido no PPP.
O início de todo o processo do projeto acontece desde o diagnóstico
preliminar no inicio do ano até a premiação final (após o dia do estudante) que
acontece no início do segundo semestre, tendo sua culminância de 7 dias que
antecede o recesso escolar, ou seja, totalizando aproximadamente 6 meses.
Inicialmente são realizadas algumas reuniões com os alunos
representantes de turmas para esclarecimentos, participação e co-participação
dos mesmos na construção coletiva de todo o processo. Nesses encontros
definimos: as modalidades pretendidas, inscrição (taxa, ficha, data de entrega),
sorteio das cores das camisetas, congresso técnico (data, sorteio, tabelas),
premiação, esclarecimento de dúvidas, pendências e sugestões para finalização
do regulamento geral. Os pontos a serem definidos ou redefinidos que causam
divergências entre os alunos são resolvidos mediante votação. Os
representantes ficam responsáveis em informar, tirar dúvidas, discutir, mediar e
definir junto às suas turmas e professores conselheiros as questões levantadas
e discutidas nas reuniões prévias.
No primeiro dia acontece a abertura dos jogos. Cada turma juntamente
com seu conselheiro, participa do desfile e se apresenta no centro da quadra
com alguma apresentação artística e/ou grito de guerra. A programação da
abertura segue com a execução do Hino Nacional, desfile com a tocha,
acendimento da pira, juramento dos atletas, juramento dos árbitros e a palavra
do diretor dando início aos jogos Olímpicos Esportivo e Cultural do Ced 06.
196
Os jogos propriamente ditos apresentam-se como coletivos e individuais,
são eles: futsal (masculino/feminino), handebol (masculino/feminino), basquete
(masculino/feminino), 3 X 3 (masculino), voleibol (misto), cabo de guerra (misto),
queimada (feminino), atletismo (masculino/feminino), embaixadinhas
(masculino/feminino), lance livre (masculino/feminino), cestinha
(masculino/feminino), tênis de mesa (masculino/feminino), dominó (dupla mista),
xadrez.
O projeto apresenta-se também com um viés cultural denominado Show
de Talentos. Em um dia da culminância do projeto as turmas se apresentam no
auditório de forma artística/cultural.
3. Regulamento
3.1 - DATA/HORA DE REALIZAÇÃO
Os jogos serão realizados em julho, no período de seis a sete dias que
antecederem o recesso escolar, no horário de 7h15 às 12h no turno matutino.
3.2 - INSCRIÇÃO
a ) As inscrições serão realizadas até 15 dias antes do início dos jogos com os
professores de Ed. Física, em formulário próprio;
b ) Será cobrada uma taxa por aluno, para custear: medalhas, apitos, bolas,
arbitragem, alimentação da arbitragem, DJ, socorrista, segurança, transporte
para o passeio, materiais de primeiros socorros e outros materiais
necessários ao bom andamento da competição;
c ) Cada turma poderá inscrever-se em apenas uma equipe por modalidade
coletiva (Futsal, Basquetebol, 3X3, Handebol, Queimada, Voleibol). Nas
modalidades individuais é livre (Xadrez, Dominó, Tênis de meia, Atletismo)
d ) Não será permitida em hipótese alguma a participação de atleta que não
conste na relação nominal.
197
Punição: desclassificação da equipe e perda de 05(cinco) pontos no placar
geral da turma, caso esta norma seja descumprida;
3.3 – FORMA DE DISPUTA
a ) Eliminatória simples para todas as modalidades e fases.
3.4 – UNIFORME
a ) Cada equipe deverá providenciar o seu uniforme devidamente numerado.
b ) Não será permitida a participação de atleta descalço;
c ) Não será permitida a participação de equipe sem uniforme;
d ) Não será permitida a participação de atleta usando calça ou bermuda jeans.
e ) Não será permitida a participação de atleta, nas modalidades coletivas, que
não esteja com as unhas devidamente cortadas.
f ) Não será permitida a participação de atleta que esteja usando piercing,
brincos, pulseiras, colares, anéis, etc.
3.5 – PROFESSORES CONSELHEIROS
Os professores irão atuar como orientadores de turma, a ser escolhido
conforme critérios da escola. Este professor terá a função de supervisionar a
entrada e saída de sua turma através de um controle de chamada diária,
acompanhar a tabela de jogos juntamente com os alunos, organizar, incentivar,
zelar pela disciplina da turma que está responsável e acompanhar a turma em
quadra nas modalidades coletivas para assinar a súmula assumindo o papel de
técnico da equipe.
O representante de cada turma atuará como Coordenador Desportivo, sendo
responsável pela divulgação, organização, arrecadação e inscrição dos alunos
em cada modalidade escolhida. Ele também será o elo mediador da
Coordenação Geral dos Jogos com os demais alunos, repassando todos os
informes e deliberações tomadas nas reuniões que antecedem os jogos.
198
3.6 – ABERTURA
A abertura dos jogos será realizada no primeiro dia dos jogos na quadra 1 do
Ced 06 Taguatinga. Inicia-se com a apresentação das turmas, coreografia, grito
de guerra, Hino Nacional, desfile da tocha, acendimento da Pira Olímpica,
juramento dos atletas, juramento dos árbitros e palavra de abertura dos jogos
(Diretor).
Durante a abertura haverá uma comissão de júris que avaliarão cada turma
nos quesitos de organização, animação, criatividade, grito de guerra, uniformes,
elementos decorativos, entre outros.
3.7 – PONTUAÇÃO
• 1º lugar – 10 pontos
• 2º lugar – 06 pontos
• 3º lugar – 04 pontos
• 4º lugar – 03 pontos
• 5º lugar – 02 pontos
• 6º lugar – 01 ponto
Obs: no caso de empate dos pontos, o desempate será feito computando o maior
nº de primeiros lugares conquistados e assim sucessivamente até os últimos
lugares.
3.8 – REGRAS DE DESEMPATE
a ) Número de vitórias
b ) Número de derrotas
c ) Gols a favor
d ) Gols contra
e ) Cartão vermelho
f ) Cartão amarelo
g ) Sorteio
199
4 – SHOW DE TALENTOS
O show de Talentos será realizado no auditório. As turmas terão no máximo
5 minutos para se apresentarem. Ficará a critério de cada turma o número de
participantes.
Durante a apresentação do Show de Talentos haverá uma comissão de júris
que avaliarão cada turma nos quesitos de criatividade, exploração do espaço
físico, coreografia, sincronia, postura de apresentação, entre outros.
5 – DAS MODALIDADES - TEMPO DE JOGO: SEM INTERVALO
a ) Futsal: 2 tempos de 7min e 30 seg.
- Masculino/feminino
b ) Basquetebol : 2 tempos de 7min e 30 seg.
- Masculino/feminino
c ) 3 X 3: 1 tempo de 10 min
- Masculino
d ) Handebol: 2 tempos de 7min e 30 seg.
- Masculino/feminino
e ) Queimada: 1 tempo de 15 minutos.
- Feminino
f ) Voleibol: Equipe mista (3 Masculino/3 Feminino) – disputado em 1 set de 25
pontos , com troca no 12º ponto e com dois pontos de diferença.
g ) Xadrez: individual livre.
- Masculino/feminino
h ) Dominó: dupla livre .
- Masculino/feminino
i ) Tênis de mesa: individual livre.
- Masculino/feminino
j ) Atletismo: individual livre - 100 metros.
- Masculino/feminino
k ) Cabo de guerra: equipe mista (3 Masculino/3 Feminino)
200
l ) Embaixadinhas: apenas um atleta por turma. O espaço será delimitado.
Será permitido somente o contato com os pés.
m ) Show de Talentos: livre
6 – PREMIAÇÃO
a ) Serão premiadas com medalhas as equipes coletiva/individual que se
classificarem em 1º lugar em cada modalidade esportiva.
b ) A turma que se classificar em 1º lugar em cada série terá direito a um passeio
(local, data e horário a definir);
7 – ARBITRAGEM
a ) Será feita por árbitros externos.
8 – APRESENTAÇÃO DOS ATLETAS PARA O JOGO
Em caso de suspeita, por parte dos mesários e equipes participantes, será
verificada a documentação junto à secretaria da escola e, se confirmada tal
suspeita, o aluno e a equipe infratora serão punidos.
Punição: Exclusão do jogador e perda de 5 (cinco) pontos no placar geral
das turmas envolvidas.
O professor conselheiro deverá estar presente em quadra nas modalidades
coletivas para assinar a súmula. Caso haja choque de modalidades, os
professores de Ed. Física deverão ser comunicados para registrar em súmula.
9 – UNIFORME
Será feito um sorteio das cores das camisas entre as turmas. Cada turma
providenciará seu uniforme que deverá ser numerado e conter o logotipo da
201
escola. Em ano de Copa do Mundo, o sorteio será realizado de acordo com os
países que participarão do mundial.
10 – REGRAS DAS MODALIDADES
a ) Todos os jogos serão disputados de acordo com as regras oficiais, exceto as
alterações previstas neste regulamento ou em comum acordo entre as
equipes envolvidas no jogo e arbitragem.
11 – CARTÃO
Amarelo: 2 cartões, o atleta será excluído do jogo, ficando suspenso do
próximo;
Vermelho: o atleta será expulso do jogo, ficará suspenso do próximo e, em
caso de reincidência, a comissão julgadora decidirá quanto a sua
permanência ou não na competição.
12 – EQUIPE ORGANIZADORA DOS JOGOS
Todos os professores e alunos representantes de turma.
13 – PROTESTOS
Os protestos e recursos sobre irregularidades constatadas durante a
realização dos jogos, somente serão recebidos pela coordenação dos jogos
(professores de Ed. Física) no mesmo dia ao término do jogo que gerou a
irregularidade, tendo o denunciante que apresentar o registro, se necessário.
As partes envolvidas se reunirão juntamente com os professores de Ed. Física,
professores conselheiros e arbitragem.
a ) Somente caberá o direito de protesto ou recurso, às partes envolvidas na
competição que gerou o protesto ou o recurso.
202
Obs: Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela comissão
organizadora composta de Direção, Professores e Alunos representantes
desportivos.
14 – PARTICIPAÇÃO
Todo aluno que participar de 3 ou mais modalidades apresentando
frequência integral, terá 2 pontos em todas as disciplinas no referido
bimestre.
O aluno que não se apresentar ou se ausentar para o início do jogo, não terá
direito a pontuação de participação, exceto mediante apresentação de
atestado médico.
Não será permitida a substituição de atleta, exceto mediante apresentação
de atestado médico.
Não será aceita a participação de alunos de outras turmas ou séries para
compor equipe de salas diferentes.
15 – DA DISCIPLINA
a) O aluno que causar, provocar ou se envolver em brigas antes, durante ou
após os jogos será punido com a suspensão automática dos jogos perdendo
toda a pontuação;
b) Na reincidência, o(s) aluno(s) que se envolver(em) em brigas durante alguma
modalidade coletiva, a sua equipe estará automaticamente desclassificada
da modalidade. A próxima reincidência será a suspensão de toda a turma
dos jogos, perdendo assim, toda a pontuação.
c) O aluno que for flagrado fazendo o uso de BEBIDAS ALCOÓLICAS,
CIGARROS OU DROGAS nas dependências da Escola, será suspensão
automaticamente dos jogos e perderá toda a pontuação. Cabe ressaltar que
a Direção da escola tomará as devidas providências junto ao Batalhão
Escolar.
203
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR - PRC
204
Campos de Integração Curricular
AÇÃO
Elevar o índice do IDEB e incentivar os discentes a participarem dos processos
seletivos do PAS e ENEM, através de aulões ministrados pelos docentes em
turno contrário. Projeto reforço escolar.
Detalhamento da Ação
Propiciar aulões e simulados preparatórios para os processos seletivos do
ENEM e PAS. Trabalhar as áreas de conhecimento de forma integrada aonde
os professores possam tirar dúvidas dos conteúdos ministrados e fazer relação
entre as disciplinas facilitando o entendimento por parte dos alunos e os mesmos
adquirirem um conhecimento mais detalhado, tendo compreensão e atenção
acerca dos conteúdos e com isso, identificar o aspecto interdisciplinar entre as
disciplinas. Os professores irão elaborar conteúdos com base nas provas
anteriores dos processos seletivos mencionados. O processo será realizado nas
salas de aula com a participação de todas áreas de conhecimento, a qual se
tornará necessário a otimização do piso das mesmas que está muito deteriorado,
assim como a sua parte elétrica que está quase sem condições para o trabalho
pedagógico. O presente projeto será avaliado pela equipe diretiva e corpo
docente ao final de cada bimestre letivo.
Avaliação: o projeto será avaliado ao final de cada bimestre letivo.
Resultados pretendidos: a melhora das notas dos discentes nos componentes
curriculares envolvidos.
205
Área de Conhecimento / Componente curricular:
Ciências Humanas
- História
- Sociologia
- Filosofia
- Geografia
Ciências da Natureza
- Química
- Física
- Biologia
- Matemática
- Matemática
Linguagens
- Língua Estrangeira, Arte, Educação Física
- Língua Portuguesa
Itens:
- Cerâmica, Suporte(s) para bandeira, Serviços de eletricista, Lâmpada(s),
Serviços de pedreiro(s).
Ação
Despertar interesse da pesquisa e conhecimento nos alunos na pratica cientifica
fazendo uso do laboratório de ciências da escola. Projeto iniciação científica.
206
Detalhamento da Ação
Investir e usar o laboratório de ciências para despertar o ideal científico
com isso, o laboratório de ciências, se mostra como uma fonte de
aprofundamento para os conteúdos ministrados teoricamente em sala de aula.
Levar o discente a ter contato prático com a ciência, tirando-o da mera
condição de observador e tornando-o sujeito da prática educacional. Os
professores da área de exatas irão proporcionar o momento de pesquisa e
análise da dimensão discursiva dos processos de ensino e aprendizagem de
ciências em situações reais de sala de aula.
Dessa forma, o laboratório de ciências com seus recursos é
imprescindível para realização desse projeto.
Objetivos: desenvolver a observação direta ou indireta; identificar componentes
comuns e diferentes em ambientes, animais e vegetais diversos; aplicar a
descrição, a comparação e o registro de observações; buscar informações
através de experimentos e observações realizadas em pequenos grupos;
elaborar suposições; identificar transformações; propor soluções; compreender
a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e
agente de transformação do mundo em que vive; discutir questões ligadas as
ações de sustentabilidade para o planeta.
Justificativa: Em Ciências Naturais são procedimentos fundamentais aqueles
que permitem a investigação, a comunicação e o debate de fatos e ideias. A
observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações
em fatos ou fenômenos e ideias, a leitura e escrita de textos informativos, a
organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas
e textos, a proposição de suposições, o confronto entre suposições e entre elas
e os dados obtidos por investigação, a proposição e a solução de problemas,
são diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Volume 4 – Ciências Naturais (Pg. 29).
207
Ações: Atividades de observação, comparação, experimentação, pesquisa,
debate e registro realizados pelos professores, prioritariamente os de Ciências
Física, química e Biológica.
Locais: Laboratório da escola; Área livre; Horta; Minizoo da escola Excursões a
locais próprios, quando o ambiente escolar não abranger os elementos
necessários para contemplar determinado conteúdo em estudo.
Periodicidade: Semanalmente e quando o conteúdo estudado exigir ou permitir
experimentos, observações ou pesquisas.
Duração: Todo o ano letivo
Avaliação: Será realizada pelo professor de cada componente curricular da área
de ciências da natureza.
Área de Conhecimento / Componente curricular
Ciências da Natureza
- Química
- Física
- Biologia
- Matemática
Itens
Aparelho(s) de ar condicionado, Geladeira(s), Microscópio(s), Papel A4.
Ação
Propiciar aos discentes um desenvolvimento vocacional e contato com as
profissões. Projeto motivação profissional.
Detalhamento da Ação
Levar os alunos a informação acerca das diversidades profissionais, tendo como
parâmetro o processo de valores, a qual elevasse a condição do sujeito e suas
responsabilidades dentro de sua formação exigindo uma ação pontual,
acolhedora e eficaz para criar espaços de aprendizagens produtivas e
respeitosas. Criar momentos de debates, palestras e contatos através de feiras
208
das profissões e workshop para melhor orientar nossos discentes. O mundo do
trabalho é o ambiente onde se desenvolvem as forças produtivas, no qual o
jovem pode se descobrir profissionalmente e atuar na dimensão mais adequada
às suas qualidades e aptidões. Dessa forma, as ações propostas em vista o
caráter crítico, reflexivo e social do trabalho.
Justificativa: O momento da definição profissional é gerador de muitas
angústias e incertezas uma vez que, provavelmente, passaremos boa parte de
nossas vidas desempenhando atividades profissionais que dependerão das
escolhas que fizermos. Sendo assim, com o propósito de auxiliar os estudantes
do Ensino Médio a definirem e escolherem com mais segurança a futura
profissão e o curso de graduação mais condizente com suas habilidades e
preferências, propomos um curso de Orientação Profissional no decorrer no
Ensino Médio.
Temas:
1. Representações de si: descobrindo quem eu sou e do que gosto
2. Vestibulares e outras formas de acesso ao Ensino Superior
3. Profissões
4. Mercado de trabalho e campos de atuação
5. Trabalho, carreira e profissão
6. Cursos universitários e sua estrutura
7. Carreira universitária no exterior
Estratégias:
- Aulas expositivas dialogadas
- Uso de jogos
- Acesso ao site do Guia do Estudante e outros
- Leitura de textos diversos
- Atividades individuais e em pequenos grupos
- Seminários
- Apresentação e discussão de vídeos
209
Avaliação:
Ao final do semestre o aluno realizará um trabalho avaliativo (individual ou em
pequenos grupos) e uma auto avaliação.
Área de Conhecimento / Componente curricular
Ciências Humanas
- História
- Sociologia
- Filosofia
- Geografia
Ciências da Natureza
- Química
- Física
- Biologia
- Matemática
Linguagens
- Língua Materna para populações indígenas
- Língua Estrangeira, Arte, Educação Física
- Língua Portuguesa
Itens
Transporte de docentes e/ou estudantes para realização de pesquisa de campo
ou atividade educativa externa, Estante(s) de aço, Toner para impressora,
Caneta(s) esferográfica(s), Pendrive(s).
Ação
Levar os discentes ao conhecimento sobre cidadania, cuidados com o patrimônio
público e respeito mútuo.
210
NOME DO PROJETO: EDUCANDO PARA VIDA
Detalhamento da Ação
Realizar ações que serão desenvolvidas na prática com a supervisão do corpo
docente. Trabalhar a questão da ética e da moral propondo aos alunos a
trabalharem com situações voltadas para as relações contra o preconceito e a
discriminação. Levar os discentes desenvolverem ações dentro dos projetos
propostos pela escola como: o projeto Africanidades que tem a perspectiva de
envolver os alunos a conhecerem um pouco da cultura africana, a qual, os
mesmos vem a desenvolver e confeccionar trabalhos e apresentações artísticas
sobre o tema.
O projeto Educando para a vida que leva os discentes ao protagonismo
jovem envolvendo-se em questões relacionadas a prevenção e orientação aos
cuidados que o indivíduo deve ter com sua saúde.
Incentivar os discentes a terem uma experiência político estudantil com a
construção do grêmio estudantil para fundamentar a representatividade
dos mesmos.
DA JUSTIFICATIVA
O objetivo do Centro Educacional 06 de Taguatinga com aplicação do Projeto
seria de promover no jovem, o seu auto reconhecimento como ser sexualizado
e construído socialmente (Mireya, 1997). E, ainda, auxiliar o educando a revestir-
se de ferramentas morais frente às questões polêmicas ligadas a sexualidade e
as drogas (Gonçalves, 2002; 2005). A Instituição propõe também, permear a
complexidade da existência humana, levando o jovem a aprender com seus
erros e acertos. Ou seja, pautar a complexidade interna dos sujeitos humanos...
(Paulilo & Jeolás, 2005 p. 183). Assim, o jovem terá condições de descobrir o
seu eu e através desse significado construir com mais clareza e segurança o seu
projeto de vida. O corpo educacional da instituição acredita que o
empoderamento do jovem trará escolhas conscientes para si e para o seu meio.
Permitirá que o adolescente respeite o diferente, valorize a (des)construção de
Preconceitos (Gonçalves 2005).
211
O Projeto Educando para a Vida, engloba o dia-a-dia do adolescente
diante de todas as suas descobertas, suas dificuldades e suas conquistas. Tenta
responder e sedimentar a fala dos orientadores cientificamente, pautando sobre
a construção dos corpos, as questões de gênero, a sexualidade, o seu possível
envolvimento com drogas. Para tanto propõe: atividades lúdicas e construtivas,
acordando os dons artísticos que cada um carrega dentro de si despertando
talentos. Pretende-se, ainda, atingir momentos de reverberação e crescimento a
curto, médio e em longo prazo. Realizando assim, uma educação global para o
jovem adolescente e a todos aqueles que de uma maneira ou de outra são
partícipes e estão envoltos de significados em sua vida. Busca-se encontrar um
espaço que promova a discussão sobre o exercício da sexualidade, gravidez
indesejada, a utilização de drogas, a prevenção das DSTs - HIV/Aids e o
acolhimento do indivíduo contaminado. O Projeto torna-se audacioso, uma vez,
que sua temática pode abarcar inquietações do próprio corpo funcional da
escola. Gonçalves (2002,
2005), apontou em suas pesquisas, que portadores de sorologia positiva vivem
em silêncio, temendo o evitamento e que dentro do cerco escolar pessoas
sofrem veladamente.
O Projeto tem a finalidade, também, de promover a sustentação moral do
indivíduo, no sentido de minimizar a dor do sujeito infectado/dependente
quimicamente. Sendo assim, para que isso possa ocorrer conta-se com
participação de todos os protagonistas, pais, alunos, educadores e funcionários
em geral.
DA AVALIAÇÃO
Os resultados percebidos diante dos indicadores avaliativos apontam que a
comunidade escolar hoje opta por escolhas. Fica apreendido, também, que os
jovens são direcionados a resgatar sua autoestima. Trabalha-se exaustivamente
para se adquirir uma qualidade de vida, a resgatar valores. O
Projeto remete o educando a optar por uma vivência positiva e humanizadora
em grupos. A Instituição promove, junto ao aluno, um programa de auxílio e
212
encaminhamento a outros órgãos, no que diz respeito à consciência da
prevenção a situações de riscos como DST/AIDS.
Área de Conhecimento / Componente curricular
Ciências Humanas
- História
- Sociologia
- Filosofia
- Geografia
Ciências da Natureza
- Química
- Física
- Biologia
- Matemática
Linguagens
- Língua Materna para populações indígenas
- Língua Estrangeira,
- Arte, Educação Física
- Língua Portuguesa
Itens
Caneta(s) para quadro branco,
Extrator(es) de grampos,
Armário(s) de aço,
Envelope(s).
Ação
Promover as formas de arte como processo imprescindível para o conhecimento
cultural. Projeto Educandarte.
213
Detalhamento da Ação
Incentivar o aluno buscar o contato com as formas culturais educando na
forma de atividades físicas, enaltecendo a cultura corporal global que está
presente nas mais diferentes culturas.
As experiências corporais são fundamentais para uma plena e funcional,
pois é através da prática constante que conseguimos manter-nos aptos
preparados para quaisquer experiências da vida. A prática esportiva é
fundamental e de acordo, com a proposta dos professores a ideia trabalhar de
forma simplificada, a qual o aluno venha a entender que o processo cultural
delimita, em grande parte, como as pessoas escolherão suas formas de
manifestarem-se nas mais diversas situações, inclusive, em relação as questões
ligadas ao seu corpo. Compreender que os aspectos culturais estabelecem algo
em comum e diferentes por vários fatores determinantes, entre eles, os
condicionantes socioculturais.
NOME DO PROJETO: HIP HOP
Objetivo: A ideia do projeto foi procurar utilizar a cultura HIP HOP como meio
educacional, e através dos conceitos da cultura corporal, procurar despertar nos
educandos, o interesse pela dança e sua diversidade cultural, no sentido de
ampliar o conhecimento dos mesmos em relação a riqueza cultural corporal
brasileira e também a de outros países, e como tais culturas interagem,
favorecendo assim o surgimento de culturas hibridas, como é o caso da cultura
HIP HOP, favorecendo assim, e acima de tudo, atitudes que prestigiem o
convívio comum e adversidade cultural, através de uma manifestação próxima
da realidade cultural de nossos alunos.
METODOLOGIA:
Para realizar o projeto foram realizadas pesquisas de campo e conversas para
diagnosticar o conhecimento prévio do aluno e quais as suas referências a
respeito da dança, realizou-se, a leitura de alguns autores referências na área
214
da cultura corporal, além da utilização de materiais áudio visuais, ligados a
cultura Hip Hop.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
A dança é dos conteúdos da Educação Física escolar e por isso faz parte
das propostas dos P.C.N.s, o objetivo do trabalho, foi atender algumas
demandas emergentes diagnosticadas no cotidiano escolar, como valorização
da cultura e da identidade local pela escola, e reconhecimento pela comunidade
da escola como local de mediação de conhecimento, produtor e receptor de
culturas, e de diálogo franco e aberto, sendo assim trabalhar o Projeto Hip Hop
como forma de expressão na escola, ajudou a melhorar a relação entre
comunidade e escola, que passaram a lançar um novo olhar as produções
culturais locais, assim ficando acordado que faríamos outros eventos de Hip Hop
na escola para apresentação da produção cultural dos alunos.
Área de Conhecimento / Componente curricular
Ciências Humanas
- História
- Sociologia
- Filosofia
- Geografia
Linguagens
- Língua Materna para populações indígenas
- Língua Estrangeira,
- Arte, Educação Física
- Língua Portuguesa
Itens
- Freezer(s) horizontal(is), impressão de documentos, jornais, boletins, encartes,
serviços de bombeiro hidráulico.
215
Ação
Trabalhar em relação ao conhecimento e produção artística dos discentes.
NOME DO PROJETO: PINTANDO CANÇÕES
Detalhamento da Ação
Apoiar a criatividade dos alunos na disposição do entendimento, análise
e construção do ideal artístico e adaptar o currículo de Arte (específico de
música) com plástica, cênica; onde os alunos terão aulas práticas e teóricas
voltados para os conteúdos pedidos, que já estão inseridos no PAS, ENEM e
vestibulares. Interações dos alunos em projetos da comunidade escolar, com
apresentações dentro e fora da escola.
Levar os discentes a apreciarem as artes como ensinamento de vida e
fazer com que as habilidades adquiridas sejam melhores desenvolvidas e
aplicadas nos aprendizados da sala de aula. Na perspectiva de enaltecer o
talento dos nossos discentes, fundamentamos o projeto Africanidades que
proporcionam aos mesmos uma experiência na arte de encenar. Produção e
Fruição das Artes
NOME DO PROJETO: PROJETO PINTANDO CANÇÕES
OBJETIVO GERAL
Oferecer a oportunidade de o aluno experimentar a técnica de pintura em tela
produzindo uma releitura a partir das obras do PAS (obra musical + artística).
RESULTADO PRETENDIDO E OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Possibilitar que os jovens descubram suas habilidades artísticas;
- Valorizar os talentos dos jovens;
- Descobrir como o jovem lida com o trabalho em grupo;
- Conhecer melhor as obras artísticas e musicais do PAS;
- Interpretar as obras musicais e as obras artísticas do PAS escolhidas para a releitura;
216
- Aprender o que é uma releitura;
- Conhecer a técnica de aquarela;
- Aprender a execução de um vídeo;
- Analisar sintaticamente os versos das canções;
- Fruir esteticamente as obras artísticas e as obras musicais, considerando os
estilos de época e os gêneros.
DESENVOLVIMENTO (COMO O PROJETO SERÁ REALIZADO E COMO OS
ESTUDANTES PARTICIPARÃO):
1º - A turma será dívida em grupos, cada grupo deverá fazer uma releitura a
partir de uma obra artística e uma obra musical do PAS, tendo como técnica a
aquarela;
2º - A releitura (desenho) deverá ser ampliado para a tela;
3º - Ao final da pintura, será entregue além do desenho e da tela, uma RESENHA
CRITICA sobre a releitura, assim como todas as informações sobre a obra
original, a música e a nova obra;
4º - Todo o processo da releitura (pintura em tela) deve ser realizado pelo grupo
em sala de aula com a professora Lucy. A interpretação das músicas serão
realizadas nas aulas de Português. A orientação para execução do vídeo será
realizada nas aulas de Geografia.
DURAÇÃO DO PROJETO: O projeto será desenvolvido durante o 4º bimestre.
PROFESSORES RESPONSÁVEIS:
- Lucy;
- Maria Antônia;
- Cloves Santana.
COMPONENTES CURRICULARES ENVOLVIDOS:
- Arte;
- Português;
- Geografia.
Obs.: O projeto é Interdisciplinar
217
AVALIAÇÃO
Será observada a presença do aluno, participação na pintura da tela,
interesse e se foram seguidas todas as etapas nos dias solicitados.
OBS: As telas irão para uma exposição, após esse evento e os estudantes
poderão levar a mesma para casa.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Tela para pintura na dimensão de 100 x 90 cm Tinta acrílica para
tela (várias cores)
- Pincéis chatos nos tamanhos: 20 ou 18, 14, 12, 08, 04 e 00
- Pratos de isopor, pano para limpeza e um copo.
2ª semana de Outubro: Trazer a obra e a música para ser feita a RELEITURA
em sala de aula (Arte).
3ª semana de Outubro: Trazer a TELA, lápis macio de desenho e a
RELEITURA.
4ª semana de Outubro: Trazer A OBRA ORIGINAL A RELEITURA, as tintas e
o restante do material necessário (pintura em tela).
1ª e 2ª semana de Novembro: Idem, Pintura em tela.
3ª semana de Novembro: Entrega da tela para ser avaliada.
Área de Conhecimento / Componente curricular
Ciências Humanas
- História
- Sociologia
- Filosofia
- Geografia
Linguagens
- Língua Materna para populações indígenas
- Língua Estrangeira, Arte, Educação Física
- Língua Portuguesa
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Itens
- Datashow(s), grampeador(es), tinta(s), serviços de pintura, lápis de cor,
percevejo, tela(s) para pintura, tinta(s).
Ação
Incentivar os discentes na perspectiva do trabalho na era digital e seus recursos.
Projeto Jornal da Escola.
Detalhamento da Ação
Buscar elementos que possibilitem a realização de um projeto voltado
para cultura e linguagem contemporânea, ou seja, o projeto é trabalhar a mídia-
educação como um campo interdisciplinar em construção envolvendo a
educação, a comunicação, a cultura e a arte fazendo reflexões de forma crítica
e criativa das mídias e da construção de cidadania, estabelecer um acesso à
informação na escola apresentando relações interpessoais. Promover debates
sobre o tema veículos de comunicação e suas funções, identificar tudo o que
funciona como mídia, criar um jornal na escola para buscar referência e
discussões no âmbito da educomunicação.
Incentivar a inclusão digital para agregar conhecimento e fazer acontecer
os veículos midiáticos, na escola e na comunidade.
NOME DO PROJETO: INFORMÁTICA EDUCATIVA
JUSTIFICATIVA
A tecnologia vem conquistando muita influência na sociedade através dos seus
vários instrumentos de mídias, ela é responsável pelo grande volume de
informações que são lançadas pelo mundo a todo instante. Hoje existem muitas
formas de comunicação, de expor ideias e experiências, as mais antigas como
o jornal, trabalham junto com as novidades tecnológicas, como os blogs. Na nova
escola, agora informatizada, é preciso diversificar a forma de ensinar, utilizando
219
as novas mídias como ferramentas que auxiliam na aprendizagem do aluno e
contribuem com a inclusão digital. A acessibilidade proporcionada pela internet
permite que os alunos busquem novas informações, pesquisem e publiquem
suas descobertas, expondo novas ideias e expressando sua opinião, assim
usando o computador como recurso pedagógico que auxilia na produção do
conhecimento.
Expor os trabalhos dos alunos é uma forma de motivá-lo a produzir,
porque ele sente que sua produção será valorizada. O projeto do Jornal na
Escola visa envolver os alunos em pesquisas e entrevistas para coleta de
informações, pretende criar um ambiente na sala informatizada em que eles se
sintam produtores do jornal, editores, redatores, ou seja, verdadeiros jornalistas.
A participação do aluno na produção do jornal além de desenvolver habilidade
no uso da informática, também pretende motivar o aluno a: pesquisar, ler,
interpretar, sugerir, criticar, escrever, produzir e corrigir. E assim almejar bons
resultados no processo de ensino aprendizagem dos aluno. O projeto Jornal na
Escola é um trabalho interdisciplinar, que visa abordar temas transversais e
divulgar as atividades pedagógicas realizadas na escola, envolvendo os alunos
na produção do jornal, a fim de desenvolver suas habilidades com as
ferramentas da informática e em diferentes áreas do conhecimento, assim
contribuindo para o enriquecimento do processo educacional, tendo como
resultado a produção do jornal impresso e a publicação virtual no blog da escola.
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Produzir o jornal na escola, aplicando os conhecimentos de
informática de forma interdisciplinar, abordando temas transversais e publicando
as atividades pedagógicas desenvolvidas pela escola, a fim de desenvolver as
habilidades do aluno e contribuindo para o enriquecimento do processo
educacional.
Avaliação: ao final de cada edição do jornal.
Cronograma das ações: exposição da publicação no blog da escola, impressão
e distribuição para os discentes.
220
Componentes curriculares envolvidos: todas as disciplinas, pois o jornal do
CED 06 tem um caráter multidisciplinar.
Professora responsável: Eliete Bahia.
Área de Conhecimento / Componente curricular
Ciências Humanas
- História
- Sociologia
- Filosofia
- Geografia
Ciências da Natureza
- Química
- Física
- Biologia
- Matemática
Linguagens
- Língua Materna para populações indígenas
- Arte, Educação Física
- Língua Estrangeira
Itens
- Piano(s) elétrico(s), violão(ões), ventilador(es).
221
PROJETO @MANDALITERATURA: REDES SOCIAIS INTEGRADAS À LITERATURA
222
223
JUSTIFICATIVA A tecnologia tem influência maciça na sociedade atual. Por meio dos seus vários instrumentos de mídias, ela é responsável por um vasto volume de informações que são lançadas pelo mundo a todo instante. O Ced.6 é um espaço privilegiado por proporcionar um contato interessante com livros, principalmente, por meio da biblioteca. A oportunidade de acesso à leitura e uma atmosfera acolhedora, têm trazido muitos alunos para o universo literário: seja para ler, para escrever, para estudar ou somente para estar neste ambiente com qualidade de interação. Com o intuito de aproximar os alunos à biblioteca, aos seus colaboradores e aos livros, foi criado o projeto @mandaliteratura: redes sociais integradas à literatura.
224
OBJETIVO Proporcionar uma participação ativa dos alunos no ambiente da biblioteca, bem como um prazer relacionado à literatura. Fazer com que leiam com mais atenção e sentimento, para selecionarem bons trechos dos livros lidos, para serem postados na rede social Instagram posteriormente. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Alimentar o feed da página no Instagram, @mandaliteratura, de segunda à sexta, com trechos de livros lidos pelos alunos. Em alguns casos, pelos professores e demais integrantes do ambiente escolar.
225
RECURSOS . Literatura . Livros do acervo da biblioteca . Rede social Instagram . Smatphone . Tablet . Computador . Internet CONTEÚDOS . Livros . Novas tecnologias AVALIAÇÃO O projeto não está vinculado à nota. Não é realizado de nenhuma forma que possa ser considerado como obrigatório ou mecânico. É feito de maneira orgânica e visceral. A participação é movida pela vontade dos alunos de participarem da página. De tão fluido, não só trechos literários de outros autores conhecidos têm sido postados, mas os escritos autorais deles mesmos. O mais puro sentimento colocado no papel, depois na internet, via Instagram, voluntariamente. PROJETO @MANDALITERATURA: REDES SOCIAIS INTEGRADAS À LITERATURA O projeto consiste em ter um perfil na rede social Instagram, uma das mais utilizadas em todo o mundo. Nem todas as frases ou trechos de livros na internet são atribuídos aos autores corretos. Por exemplo, Clarice Lispector tem várias frases dela atribuídas a várias outras pessoas e vice-versa. O objetivo é proporcionar uma participação ativa dos alunos no ambiente da biblioteca, bem como um prazer pela leitura. Será realizado da seguinte forma: O aluno vai ler um livro e tomará nota de frases que eles achem interessantes. Anotará nome do livro, página e autor e dirá o porquê de ter escolhido essa frase. Será passado para os encarregados da biblioteca que verificarão as informações. Após feita uma curadoria, a frase será inserida no perfil com um layout apropriado à rede social Instagram. Sendo assim, além de proporcionar uma interação maior com o ambiente de leitura, os alunos poderão discorrer sobre sentimentos ligados ao que leem. Sem contar que o perfil destinado à literatura será uma fonte fidedigna de
226
conteúdo para todas as pessoas interessadas pelo assunto no mundo inteiro. Seria uma oportunidade de uma escola pública do Distrito Federal entrar no mapa mundial literário. Já dizia o poeta Mário Quintana, “o pior analfabeto é o que sabe ler e não lê”. Não será assim com os alunos do Ced.6. Todos vão ler e falar sobre os sentimentos que surgiram por meio do papel. Obs: Por vontade própria, alguns alunos começaram a escrever seus próprios textos, poemas e coisas do tipo. Alguns fizeram releituras de poemas conhecidos e outros escreveram seus próprios. Foi percebido que utilizaram a escrita para desabafo. Sendo assim, o espaço da página @mandaliteratura tornou-se não só para postar escritos de livros já publicados, como para escritos autorais dos alunos.
227
PROJETO DE
LEITURA E ESCRITA
TEMA: LER E RELER, IMAGINAR E ESCREVER.
Público alvo: estudantes do Segundo Segmento e Terceiro Segmento da EJA
Elaboradores: Gestão e Coordenação do CED 06
228
JUSTIFICATIVA
O Centro Educacional 06 de Taguatinga atende às modalidades da
Educação Básica com o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. Tem
atualmente 1.745 estudantes matriculados, sendo que 1.080 estão inseridos na
modalidade EJA, nos turnos, vespertino e noturno.
Em coordenações pedagógicas e conselhos de classes dos professores
da Educação de Jovens e Adultos há apontamentos de que a maioria dos
estudantes da modalidade estão com defasagem em relação à leitura e à escrita,
bem como a competência referente à compreensão e a interpretação do que se
lê e escreve. Conforme dados do INEP, que demonstram a quantidade de
estudantes retidos em Língua Portuguesa.
Os professores pontuam ainda que em função de tais dificuldades
apresentadas pelos estudantes há influência no desenvolvimento de todas as
disciplinas, considerando que a apropriação do sistema da língua materna é
ponto de partida para a compreensão de todos os letramentos necessários para
o crescimento intelectual do estudante.
Considera-se que a leitura e escrita fazem parte da cultura social e para
o escritor Antônio Joaquim Severino;
“Aprender a ler é antes de tudo aprender a ler o mundo,
compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica
de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula
linguagem e realidade. Ademais, a aprendizagem da leitura é
um ato de educação e educação é um ato profundamente
político.”
Segundo a afirmação do autor, fica claro que não é possível pensar a
educação desvinculada da leitura e da escrita, pois são ferramentas
indispensáveis, porque que através delas os estudantes terão várias
possibilidades de adquirir conhecimento, informação, lazer, cultura e integração
social, possibilitando transformações tanto individuais como coletivas.
229
Por isso, o desafio de fazer homens leitores e escritores é papel da escola
e de forma específica na educação de jovens e adultos, pois a leitura e a escrita
são valores relevantes para que o homem possa se tornar cidadão consciente
do poder que tem. Sem esses valores indispensáveis nos tornamos pessoas
incapazes de exercer plenamente nossa cidadania.
Para a efetivação do projeto é necessário a disponibilidade de um
professor no turno que for desenvolver o projeto. 1 (um) para o turno vespertino
para atender o 2º e 3º Segmento (um professor readaptado) e 1 (um) para o
noturno para atender o 2º e 3º Segmento. (Professora Aldanir Gradaschi Garcez)
O professor regente tem a função acompanhar o desenvolvimento do
projeto, realizar diagnóstico de cada estudante que irá participar do projeto,
participar da elaboração de algumas ações que for pertinente à sua pessoa e
efetivar avaliações sobre o projeto.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver habilidades e competências relacionadas à leitura,
interpretação e produção de texto, bem como o gosto pela leitura e escrita,
ampliando o conhecimento linguístico e cultural dos estudantes no sentido, de
inserção dos mesmos nas diversas práticas de letramentos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Despertar o interesse e o gosto pela leitura e escrita.
Interagir com diversos gêneros textuais.
Identificar e relacionar os diversos gêneros literários e não literários.
Relacionar os textos lidos com a vida diária.
Socializar as leituras lidas com o intuito de expressarem seus sentimentos,
vivências, ideias e necessidades individuais.
Participar e realizar de leituras literárias e oficinas de produção textual para
o desenvolvimento da oralidade e da escrita.
Desenvolver o senso crítico a partir dos livros lidos e relidos.
Interagir com os gêneros midiáticos e online e leitura dos mesmos.
230
DESENVOLVIMENTO
Desenvolver atividades interdisciplinares, envolvendo as diversas áreas
do conhecimento, levando à percepção de que o desenvolvimento de
habilidades de leitura e escrita é uma atribuição de todos.
PLANO DE AÇÃO
OBJETIVOS AÇÕES PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Despertar o interesse e o
gosto pela leitura e escrita.
Fazer abertura do projeto
para os estudantes da EJA,
com slide e leituras de
trechos de gêneros textuais,
como música, poema,
trava língua, piadas, etc.
27 de março
de 2018.
Interagir com diversos
gêneros textuais.
Fazer apresentação de
diversos gêneros para as
turmas e dizer que a leitura
deve ser feita conforme o
gosto do estudante.
09 à 13 de
abril de 2018.
Relacionar os textos lidos
com a vida diária e socializar
as leituras realizadas, com
intuito de expressarem seus
sentimentos, vivências, ideias
e necessidades individuais.
Através de oficinas e
dramatizações sobre as
leituras lidas, montar sarau.
14 à 18 de
maio de 2018.
Participar e realizar de
leituras literárias e oficinas de
produção textual para o
desenvolvimento da
oralidade e da escrita.
Produções textuais: cada
turma produz um gênero.
04 à 08 de
junho de 2018.
Interagir com os gêneros
midiáticos e online e leitura
dos mesmos.
Exposição dos textos
produzidos e dos tipos de
gêneros midiáticos.
02 à 06 de
julho de 2018.
231
CRONOGRAMA – Ano letivo da Educação de Jovens e Adultos
INICÍO DO ANO LETIVO DA EJA: 1º semestre: 15 de fevereiro a 09 de julho –
100 dias.
2º semestre: 27 de julho a 21/12 de dezembro – 100 dias.
Horários de atendimento no turno vespertino:
Série /turma Dia da semana Horário
2º SEGMENTO
5ª A TERÇA-FEIRA 1º
5ª B SEXTA-FEIRA 3º
6ª A SEXTA-FEIRA 3º
6ª B SEGUNDA-FEIRA 3º
3º SEGMENTO
1º A SEXTA-FEIRA 5º
1º B TERÇA-FEIRA 4º
2º A TERÇA-FEIRA 2º
Horários de atendimento no turno noturno:
Série /turma Dia da semana Horário
2º SEGMENTO
5ª C TERÇA-FEIRA 3º
6ª C SEXTA-FEIRA 3º
8ª C SEGUNDA-FEIRA 1º
3º SEGMENTO
1º F SEXTA-FEIRA 5º
3º B SEGUNDA-FEIRA 1º
3º C SEGUNDA-FEIRA 3º
232
EQUIPES DE SUPORTE PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
- Equipe gestora – elaboração do projeto e implementação e acompanhamento
do mesmo.
- Biblioteca – efetivar cadastro de livros, seleção de livros necessários para os
estudantes, catalogar livros, atendimento ao estudante e professor quando
solicitados e conforme demanda do projeto.
- Laboratório de informática – orientar em pesquisas online, antecipar pesquisas
quando solicitadas e conforme demanda do projeto, orientar sobre o uso dos
computadores.
233
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