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Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 144 - 10 a 17 de março de 2011 Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. O objetivo desse dia é discutir o pa- pel da mulher na sociedade e se mobilizar para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os a- vanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários bai- xos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvanta- gens na carreira profissional. Pela primeira vez, uma mulher ocupa a presidência do Brasil, mas isso não revela nenhuma mudança na vida das mulheres trabalhado- ras. Mais da metade das mulheres do nosso país continuam sofrendo com a combinação de desempre- go, informalidade e precarização. Para se eleger, o PT e Dilma Rous- seff jogaram no lixo reivindica- ções históricas, como a legaliza- ção do aborto. Por isso, a data é pa- ra reforçar a luta por melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. 8 de março: uma data para relembrar a força e organização da mulher operária DE INDEPENDÊNCIA, RESISTÊNCIA E LUTA Mais um acidente na Braskem G EXI IMOS O PAGAMENTO AS D HORAS EXTRAS DOS CURSOS PARA S TRABALHADORES O B DA RASKEM E CINAL! Queremos cobrar o com- promisso assumido pelas li- deranças da Braskem de es- tender o pagamento das ho- ras extras dos cursos e trei- namentos para todos os tra- balhadores. Os prepostos diziam em reunião com os operários de turno que se o Sindipetro AL/SE ganhasse a ação, esse direito seria ga- rantido para os demais tra- balhadores cujos nomes não constam na lista inicial do processo. Agora é hora de exigir esse direito para to- dos! DIREITO DE TODOS Enquanto as famílias Odebre- cht e Gradin brigam pelo controle societário bilionário do grupo Odebrecht, o descaso e os aci- dentes se sucedem de forma alar- mante na Braskem. Recentemente na unidade de Insumos Básicos da Braskem na Bahia, um trabalha- dor da terceirizada RIP morreu quando uma linha de condensado de vapor se rompeu. Aqui na unidade de Cloro/So- da, no último dia 22, a talha (apa- relho que se destina a erguer obje- tos pesados), desabou e por pouco não atingiu um operário. Mas ele levou um banho parcial de licor e amianto respingado do tanque uti- lizado para recuperar e lavar cato- dos. Caso o equipamento tivesse atingido o trabalhador, hoje pode- rámos estar lamentando a gravida- de do ferimento ou até mesmo a morte desse companheiro. Se antes a falta de zelo com a saúde, segurança e meio ambiente já era uma realidade preocupante na Braskem, atualmente a guerra acionária entre a nova geração da família Gradin e Odebrecht tem aumentado a irresponsabilidade com essas questões. Parece que o conflito por um conglomerado que tem operações em mais de 20 países e um faturamento superior aos R$ 40 bilhões tem concentra- do todas as atenções do grupo e ficou acordado que nos eventos importantes de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) o Sindipetro AL/SE seria comuni- cado. Mas além de não cumprir o pacto, pois a empresa não fez ne- nhum comunicado sobre o último acidente, ela ainda se utiliza de meios antiéticos na tentativa de esconder os fatos a todo custo. Diante do descaso patronal, associado ao estado de negligên- cia que vigora na Braskem, não vamos ficar de braços cruzados esperando que o pior aconteça. Cumpriremos o nosso papel de procurar soluções para os proble- mas, ao mesmo tempo em que pretendemos denunciar aos ór- gãos competentes a insegurança dentro da fábrica. negligenciado a segurança. Antes dessa e de outras ocor- rências, o Sindipetro AL/SE e o re- presentante do Sindicato na CIPA já tinham alertado a empresa do risco iminente. No entanto, a falta de manutenção preventiva, a co- brança por cumprimentos de me- tas cada vez mais exagerados e a redução do efetivo contribuíram para mais um acidente. No ano passado depois de um vazamento de cerca de mais de 700 toneladas de dicloretano, nos reunimos com os representantes da Braskem para discutir as irre- gularidades encontradas e melho- rar o canal de comunicação entre empresa e Sindicato. Na época Disputa bilionário causa descuido na segurança Empresa esconde os fatos e não cumpre acordo Desde o último dia 28 teve início a primeira greve nacional dos trabalhadores das sondas próprias da Petrobrás. A paralisa- ção por tempo determinado de cinco dias é uma reação da cate- goria contra a recusa da Petrobrás de melhorar as condições de trabalho dos petroleiros terceiri- zados que operam e dão manu- tenção às sondas. A greve iniciada na Bahia está tendo repercussão em outras uni- dades da companhia como Alagoas e Rio Grande do Norte. Nessas bases também existem um clima crescente de insatisfação e a qualquer momento os trabalha- dores também podem engrossar a mobilização. Em Alagoas, a situação não é diferente. Os trabalhadores são obrigados a cumprir uma escala de trabalho extenuante, não re- cebem os devidos adicionais e os salários são baixos. Como se isso não bastasse, quando essas sondas perdem o contrato, os operários não recebem seus direitos. A Drill- for é um exemplo dessa afirma- ção. Até hoje a empresa não depo- sitou o FGTS dos trabalhadores. Greve nacional dos trabalhadores das sondas terceirizadas da Petrobrás Reunião com a Algás Na reunião ocorrida no último dia 3 com a Algás, o representante da empresa alegou que aquele mo- mento não caracterizava o início das negociações. Ele justificou que o sindicato dos Comerciários era quem celebrava acordo com a em- presa. Portanto teria que comunicar a entidade a escolha que os funcio- nários da Algás fizeram de ter o Sindipetro AL/SE como seu legítimo representante. Superada essa situação, a empresa pretende discutir a pauta de reivindicações da categoria. A próxima reunião já ficou agendada para o dia 24/03/2011, às 10h. ME DIGA: O QUE O SENHOR ESTÁ SENTINDO? DESMOTIVAÇÃO, PÉSSIMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, BAIXA REMUNERAÇÃO... Aviso a e P drão d Segurança no s Local de Trabalho da Bra kem

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Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 144 - 10 a 17 de março de 2011

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. O objetivo desse dia é discutir o pa-pel da mulher na sociedade e se mobilizar para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os a-vanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários bai-xos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvanta-gens na carreira profissional.

Pela primeira vez, uma mulher ocupa a presidência do Brasil, mas isso não revela nenhuma mudança na vida das mulheres trabalhado-ras. Mais da metade das mulheres do nosso país continuam sofrendo com a combinação de desempre-go, informalidade e precarização. Para se eleger, o PT e Dilma Rous-seff jogaram no lixo reivindica-ções históricas, como a legaliza-ção do aborto. Por isso, a data é pa-ra reforçar a luta por melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos.

8 de março: uma data pararelembrar a força e organização

da mulher operária

DE INDEPENDÊNCIA, RESISTÊNCIA E LUTA

Mais um acidente na Braskem

GEXI IMOS O

PAGAMENTO AS D

HORAS EXTRAS DOS CURSOS

PARA S TRABALHADORESO

BDA RASKEM E CINAL!

Queremos cobrar o com-promisso assumido pelas li-deranças da Braskem de es-tender o pagamento das ho-ras extras dos cursos e trei-namentos para todos os tra-balhadores. Os prepostos diziam em reunião com os operários de turno que se o Sindipetro AL/SE ganhasse a ação, esse direito seria ga-rantido para os demais tra-balhadores cujos nomes não constam na lista inicial do processo. Agora é hora de exigir esse direito para to-dos!

DIREITO DE TODOS

Enquanto as famílias Odebre-cht e Gradin brigam pelo controle societário bilionário do grupo Odebrecht, o descaso e os aci-dentes se sucedem de forma alar-mante na Braskem. Recentemente na unidade de Insumos Básicos da Braskem na Bahia, um trabalha-dor da terceirizada RIP morreu quando uma linha de condensado de vapor se rompeu.

Aqui na unidade de Cloro/So-da, no último dia 22, a talha (apa-relho que se destina a erguer obje-tos pesados), desabou e por pouco não atingiu um operário. Mas ele levou um banho parcial de licor e amianto respingado do tanque uti-lizado para recuperar e lavar cato-dos. Caso o equipamento tivesse atingido o trabalhador, hoje pode-rámos estar lamentando a gravida-de do ferimento ou até mesmo a morte desse companheiro.

Se antes a falta de zelo com a saúde, segurança e meio ambiente já era uma realidade preocupante na Braskem, atualmente a guerra acionária entre a nova geração da família Gradin e Odebrecht tem aumentado a irresponsabilidade com essas questões. Parece que o conflito por um conglomerado que tem operações em mais de 20 países e um faturamento superior aos R$ 40 bilhões tem concentra-do todas as atenções do grupo e

ficou acordado que nos eventos importantes de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) o Sindipetro AL/SE seria comuni-cado. Mas além de não cumprir o pacto, pois a empresa não fez ne-nhum comunicado sobre o último acidente, ela ainda se utiliza de meios antiéticos na tentativa de esconder os fatos a todo custo.

Diante do descaso patronal, associado ao estado de negligên-cia que vigora na Braskem, não vamos ficar de braços cruzados esperando que o pior aconteça. Cumpriremos o nosso papel de procurar soluções para os proble-mas, ao mesmo tempo em que pretendemos denunciar aos ór-gãos competentes a insegurança dentro da fábrica.

negligenciado a segurança.Antes dessa e de outras ocor-

rências, o Sindipetro AL/SE e o re-presentante do Sindicato na CIPA já tinham alertado a empresa do risco iminente. No entanto, a falta de manutenção preventiva, a co-brança por cumprimentos de me-tas cada vez mais exagerados e a redução do efetivo contribuíram para mais um acidente.

No ano passado depois de um vazamento de cerca de mais de 700 toneladas de dicloretano, nos reunimos com os representantes da Braskem para discutir as irre-gularidades encontradas e melho-rar o canal de comunicação entre empresa e Sindicato. Na época

Disputa bilionário causa descuido na segurança

Empresa esconde os fatos e não cumpre acordo

Desde o último dia 28 teve início a primeira greve nacional dos trabalhadores das sondas próprias da Petrobrás. A paralisa-ção por tempo determinado de cinco dias é uma reação da cate-goria contra a recusa da Petrobrás de melhorar as condições de trabalho dos petroleiros terceiri-zados que operam e dão manu-tenção às sondas.

A greve iniciada na Bahia está tendo repercussão em outras uni-dades da companhia como Alagoas e Rio Grande do Norte. Nessas bases também existem um

clima crescente de insatisfação e a qualquer momento os trabalha-dores também podem engrossar a mobilização.

Em Alagoas, a situação não é diferente. Os trabalhadores são obrigados a cumprir uma escala de trabalho extenuante, não re-cebem os devidos adicionais e os salários são baixos. Como se isso não bastasse, quando essas sondas perdem o contrato, os operários não recebem seus direitos. A Drill-for é um exemplo dessa afirma-ção. Até hoje a empresa não depo-sitou o FGTS dos trabalhadores.

Greve nacional dos trabalhadores das sondas terceirizadas da Petrobrás Reunião com a Algás

Na reunião ocorrida no último dia 3 com a Algás, o representante da empresa alegou que aquele mo-mento não caracterizava o início das negociações. Ele justificou que o sindicato dos Comerciários era quem celebrava acordo com a em-presa. Portanto teria que comunicar a entidade a escolha que os funcio-nários da Algás fizeram de ter o Sindipetro AL/SE como seu legítimo representante.

Superada essa situação, a empresa pretende discutir a pauta de reivindicações da categoria. A próxima reunião já ficou agendada para o dia 24/03/2011, às 10h.

ME DIGA: O QUEO SENHOR ESTÁSENTINDO?

DESMOTIVAÇÃO,PÉSSIMAS CONDIÇÕESDE TRABALHO, BAIXAREMUNERAÇÃO...

Aviso a eP drão d Segurança no

sLocal de Trabalho da Bra kem

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período eles já realizavam ativi-dades alheiras a sua função, o que os colocavam em condições inse-guras de trabalho. Essa situação foi diversas vezes denunciadas pelo Sindipetro AL/SE, mas sem-pre foi negligenciada pela empre-sa.

Apesar do arsenal poderoso usado pela Odebrecht para per-manecer explorando a categoria e enfraquecer as condições mate-riais do Sindicato de enfrentar esses desmandos, queremos dizer que continuaremos firmes na de-fesa dos trabalhadores sem dife-renças de cor, raça, credo e da cor do crachá que cada um usa.

TST reconhece direito a pensãomensal de vítima de tendinite

Trabalhadores da Bahiagás protestam para exigir avanços na PLR

Braskem explora jovens operários trainees

Governo Dilma prepara ataquecontra aposentadoria

A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito ao recebimento de pensão mensal reivindicado por um empregado da Solventex Indústria Química Ltda. que, em decorrência de tendinite, teve sua capacidade de trabalho reduzida.

Durante a campanha presiden-cial, a então candidata Dilma Rousseff (PT) negou que fosse fazer mudanças na Previdência e aposentadoria. Todavia, a im-prensa noticia que os ministérios da Fazenda e Previdência anali-sam uma proposta para criar o chamado Fator 95/85. Pela pro-posta, a idade e os anos de contri-buição somados devem chegar a 85 para as mulheres e 95 para os homens. A idade mínima de apo-sentadoria seria de 60 anos para elas e 65 anos para eles.

O governo negocia com as centrais aliadas, CUT e Força Sin-dical, para que esse mecanismo substitua o Fator Previdêncio para os trabalhadores ativos. Já a idade mínima seria instituída para os que vão entrar no mercado de trabalho. Na verdade, isso seria o mesmo que trocar seis por meia dúzia. Esse ataque seria tão nefas-to quanto ao atual sistema de apo-sentadoria

EXPEDIENTE: SINDIPETRO AL/SE - Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e SergipeMaceió/AL - Rua do Imperador, 389 - CEP 57020-670 - Tel/fax.: (0xx82) 3221-0735/0249 e-mail: [email protected]

Aracaju/SE - Rua Siriri, 629, Centro - CEP 49010-450 - Tel/fax (0xx79) 4009-1866/1871 e-mail: [email protected]; [email protected] - Carmopólis/SE: Rua Aristides Fereira Leite, 40 - Tel.: (0xx79) 3277-1068 e-mail: [email protected]

Visite o nossa página: www.sindipetroalse.org.br - Jornalista responsável: Pedro Roberto - MTb 486/AL (editoração, revisão e diagramação)

Exploração estilo Odebrecht

Alagoas(82) 9653-2112 - Secretaria Geral(82) 9653-2111 - Manuel de Assis(82) 9653-2020 - Eduardo Amaro(82) 9653-2021 - Paulo Bob/Cristiano(82) 9653-2100 - Victor BelloSergipe(79) 8102-7095 - Secretaria Geral(79) 8103-7786 - Stoessel(79) 8103-7786 - Gildo(79) 8172-8605 - Pedrão(79) 8172-8285 - Alealdo(79) 8839-4304 - Clarckson

Sócios aptos a votar: os filiados até 15/02, conforme art. 49, §1º, do Estatuto.* 29, 30 e 31 de Março -Assem-bleias pela manhã e noite, em Car-mópolis, Maceió e Aracaju; Em Carmópolis está condicionada a conclusão do Auditório.Pauta: 1) Instauração do Processo Eleitoral, art. 50 – defnição do perío-do e horário de votação, locais, nú-mero de urnas, orçamento e escolha da Comissão Eleitoral, art. 53 e 54;2) AMS – Plano de Saúde; 3) Ações de RMNR e Cancelamento da Repactuação e Anistia;4) Terceirizados;* 04 a 26/04 – prazo para inscrição das chapas da diretoria e dos candidatos ao conselho fiscal;* 04/04 – publicação do edital no Ou-ro Negro e na imprensa de AL e SE;* 02/05 – prazo para entregar a lista dos votantes às chapas e colocar para consulta dos eleitores;* 17, 18 e 19 de maio - votação no 1º turno. Apuração após o fechamento e chegada das urnas em Aracaju.* Caso haja segundo turno, a data será nos dia 31/maio e 01 e 02 de junho. Apuração após o fechamento e che-gada das urnas em Aracaju/SE.

Calendário

Eleições do Sindipetro AL/SEOs operadores

trainees que iniciam a carreira na Braskem já recebem um “saco de maldades de boas vindas. A exploração contra os trabalhado-res vai desde o paga-mento de um piso salarial de fome até a sobreposição de tare-fas que são de com-petência dos operadores plenos.

Além do sacrifício físico im-posto aos operários, a Braskem também pratica o terror psicológi-co para submetê-los ao modelo perverso de gestão da empresa. Frases do tipo: “vista a camisa da empresa” e “se afaste do sindica-to” fazem parte do conteúdo ideo-lógico para tentar cooptar os jo-vens funcionários à política ga-nanciosa da companhia pelo lucro a qualquer custo.

Desde o estágio dos operado-res treinees, a Braskem não per-deu tempo para se aproveitar de forma indecente da mão-de-obra desses companhairos (as). Nesse

Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 141 - 06 a 13 de dezembro de 2010

Os trabalhadores da Braskem na cidade de Kenova, no estado da Virgínia Ocidental, EUA, ligados a Central United Steelworkers, estão, desde o dia 15 de agosto de 2010, em greve contra a Bras-kem, que adquiriu a planta em 2010. Apesar de contínuas tentativas de se chegar a um acordo justo e equitativo, a empre-sa continua a insistir em retirar direitos e implementar o retroces-so. Entre os ataques promovidos pela Braskem estão: » que as folgas, em número já muito limitado, sejam usadas para trei-namentos; » que os funcionários assumam uma proporção bem maior dos custos do plano de saú-de; »que seja eliminado o plano de pensão com benefícios definidos para novos contratados; » que haja uma reclassificação de funções de modo a, na prática, reduzir o qua-

dro geral de funcionários; »preca-rização das condições de traba-lho.

Apesar de todos estes itens, a empresa insiste em alegar que “oferece benefícios e salários competitivos”. Mas o sindicato entende que em comparação com as demais empresas da região, estão sendo muito prejudicados pela Braskem.

O movimento grevista tem recebido o apoio, inclusive financeiro, de outros sindicatos, l i d e r a n ç a s c o m u n i t á r i a s , moradores e ativistas em todo o país e continuará negociando, através de uma Comissão, até garantir um contrato coletivo justo.

Aqui no Brasil, como nos

EUA, desde que a Braskem foi criada, os trabalhadores também vem lutando contra as tentativas da empresa de retirar direitos consolidados. Isso mostra que, mais do que uma iniciativa indivi-dual de algum diretor, as práticas que causam inúmeros prejuízos à categoria petroquímica fazem parte da essência da gestão. O mesmo executivo que dirigia a empresa nos EUA, atuava na Braskem durante o processo de consolidação no Brasil, e agora volta ao país para ocupar o mais alto posto da divisão petroquímica da Odebrecht.

A tentativa de crescimento mundial da empresa, tirando direitos e precarizando a vida dos trabalhadores é uma forma de gestão que não pode ser aceita em lugar algum do mundo.

Perversidade globalizadaBraskem

Fonte: Boletim Em Dia nº 1480 do Sindipolo/RS

Trabalhadores da Braskem nos EUA em greve contra as tentativas da empresa de retirar direitos. Lá como aqui, ela mostra sua gestão desrespeitosa

Ataques a direitos estána essência da Braskem

Os funcionários da Bahiagás fizeram uma paralisação de adver-tência no último dia 25 e ameaçam entrar em greve após o carnaval. Os trabalhadores exigem avanços no pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e não concordam com os critérios ado-tados de distribuição pela empre-sa. Os parâmetros definidos pela privilegiam os cargos de chefia que vão receber 32% do total des-tinado para a PLR. A categoria e o sindicato buscam uma distribui-ção mais justa e linear.