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Os Donos do Poder Capítulo XII: O Renascimento Liberal e a República Raymundo Faoro  Beatriz Araujo Diego da Silva Heitor de Jesus Ingra Reis Marília Saraiva Rodrigo Nogueira Valéria Almeida Yohana Marques

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Educao como Fonte de Dignidade Humana.

Os Donos do Poder Captulo XII: O Renascimento Liberal e a RepblicaRaymundo FaoroBeatriz AraujoDiego da SilvaHeitor de JesusIngra ReisMarlia SaraivaRodrigo NogueiraValria AlmeidaYohana Marques

Neste capitulo Faoro mostra como o novo liberalismo se enraizou no descontentamento de grupos inteiros, ativos e poderosos, que no tinham lugar nem desempenhavam qualquer misso no ordenamento imperial. Eram filhos da fidalguia nordestina em crise e com as antenas ligadas na economia e na poltica inglesa ou yanke. Eram profissionais liberais de classe mdia que precisavam competir com os apaniguados da oligarquia. Eram abolicionistas radicais que j no mais toleravam os golpes proletrios da Cmara e do Senado. Eram, enfim, militares de formao poltica e ideal republicano, que se propunham arrancar o pas da fase teocrtico-monarquistas na qual, segundo mestre Comte, ainda estariam encalhadas as caducas dinastias. E todos navegavam nas guas da mar democrtica que definia o esprito do novo liberalismo.Alfredo Bosi1. Do liberalismo propaganda republicana Conciliao de 1853 e os moldes progressistas europeus sufocam o liberalismoO Ministrio da Conciliao foi formado durante o reinado de Dom Pedro II equilibrando disputas polticas e reunindo membros conservadores e liberais.

Primeiro levante dos liberais aps as eleies de 1860.

A monarquia usa seu remdio favorito contra a corrente liberal: cooptao.

Criao da Liga Progressista em 1862, gerada no governo de Gabinete Caxias(1862 a 1862), sob o fundamento de que os partidos estavam extintos.

Formao de trs faces: A conservadora puritana, a liberal histrica e a progressista.

A Liga assume em 1862 a administrao e luta pelo dogma do rei que reina e no governa, adota a bandeira das franquias provinciais locais, quer a clareza do sistema representativo e eleitoral. Da gesto de seis anos temos:- Lei Hipotecria (1864)- Abre-se o Amazonas para o mundoCresce o debate da liberdade econmica e agita-se o problema abolicionista.

Conservadores voltam nas eleies de 1868 o levando ao inicio do movimento que resulta na runa do imprio.

Liberais Exaltados X Liberais Moderados

Divergncia entre os Liberais Progressistas e os Liberais Histricos

Ideias dos Progessistas e Histricos:Reduo das prerrogativas do Poder Moderados. Eleio direta. Extino da Guarda Nacional. Descentralizao; Liberdade de comrcio e indstria

1869 Nascimento do Partido Liberal slido.

Liberais- transformaes profundas.

Nova gerao- jornal A Opinio Liberal.

Ala esquerda- liberalismo + democracia.

Objetivos: Descentralizao, ensino livre, polcia eletiva, abolio da Guarda Nacional, Senado temporrio e eletivo, sufrgio direto e universal, presidentes de provncias eletivas, extino do Poder Moderador e do Conselho de Estado.

O Correio Nacional - forma democrtica federal.O Correio Nacional quer que o governo faa seu papel de governo, mas no substitua a sociedade.

Participantes: Ex-ministro Liberato Barroso, Senador Silveira da Mota, Silveira Martins (vertente democrtica) e Tavares Bastos (liberdade+federalismo+emancipao).

03 de dezembro de 1970- Manifesto Republicano pelo Partido Liberal no jornal A Repblica / 58 assinaturas.

Quintino Bocaiva foi um dos nomes que contriburam para inquietar a paz monrquica.

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No contexto monrquico, as liberdades no passam de concesses provisrias e enganadoras.

Recusa de conciliao entre o princpio da soberania popular e o princpio monrquico.

Somos da Amrica e queremos ser americanos, proclamam republicanos.

Os primeiros anos de propaganda monrquica foram apagados.

Em menos de 20 anos o Exrcito abraaria o novo credo.

O republicanismo alastrou-se pelas cidades e fazendas de So Paulo e a riqueza crescia na mesma direo.

De SP, os ideais republicanos abrangem MG e RS, mantendo a corte isoladamente.

Em SP, os liberais radicais paulistas acodem ao apelo do Manifesto Republicano atravs de Amrico Brasiliense.6

Cmara dos Deputados- 5 representantes do novo partido (Prudente de Morais e Campos Sales).

So Paulo- 1\4 do eleitorado.

Minas Gerais- Igualdade de votos com os partidos Liberal e Conservador.

Rio Grande do Sul- superam a fora do velho partido.

Aos poucos, alguma coisa acontecia minando as bases da monarquia.

2. A fazenda sem escravos e a Repblica.

A Republica surgiu a partir de ideias de Liberais, Estudantes, sobretudo da Faculdade de Direito de So Paulo.

Escorre tambm por duas vertentes, de um lado, a corrente urbana, composta dos polticos, dos idealistas e de todas as utopias desprezadas pela ordem imperial; de outro, tenaz, ascendente, progressiva, a hoste dos fazendeiros. Essa correntes estavam implcitas no Manifesto de 1970, documento que considerava o regime monrquico como uma instituio decadente e propunha o estabelecimento de uma federao baseada na independncia recproca da Provncia, elevando-a categoria dos Estados prprios unicamente ligados pelo vnculo da nacionalidade e da solidariedade dos grandes interesses da representao e defesa exterior.... O Manifesto ainda falava em direitos da nao, opinio nacional, soberania do povo, causa do progresso, liberdade individual, liberdade econmica, voto do povo, entre outras expresses. A Repblica apoiada pelos precursores dos Jacobinos, embrio do populismo brasileiro, que sonhavam com um regime igualitrio, que aniquilaria os preconceitos da raa, superioridade social e de fortuna. E ainda defendiam a campanha abolicionista. Surge no quadro estamental e hierrquico, a sociedade de classes. Havia a certeza de que se conquistando os fazendeiros de caf, junto viria a progresso republicana, pois estes eram o grande sustentculo do trono. E o partido Conservador, que acreditava em um governo central e forte, seria a grande barreira da defesa da fazenda escravocrata. A economia da escravido, necessitava de um centro de defesa, e este seria o Partido Conservador, pelo qual a Monarquia, mostrou veementes afinidades. Essa aliana firmou- se com o caf do Vale do Paraba. O trabalhador servil tem seu preo elevado acima da alta geral de preos, atingindo, no valor do investimento, de oitenta a noventa por cento da fazenda. Para condenar o sistema, ocorre a exausto das terras no Vale do Paraba. O envelhecimento do escravo, a impossibilidade de transferir a fazenda para melhores solos, no permitiram a migrao servil, em larga escala, para o oeste paulista.

A mudana da estrutura interna da fazenda, com a introduo do trabalhador livre, mais empresa do que baronia reivindica autonomia regional. Por essa via, as ideias republicanas entram nas fazendas, nessas no essencialmente escravistas. Tentou-se explicar a conexo entre fazenda e Repblica com o despeito, o ressentimento, o desejo de revide da lavoura contra o Imprio, responsvel pela Lei do Ventre Livre (1871) e pela abolio da escravatura. O setor decrpito( caduco velho) segue o trono, o setor em ascenso busca a Repblica. Conciliavam-se os fazendeiros aos abolicionistas, entregue aos primeiros a direo do partido. O abolicionismo seria exigncia imediata dos crculos democrticos, igualitrios, e no dos liberais e federalistas, realidades que no se confundem. Tambm no extremo sul, como em So Paulo, o convvio da mo- de obra servil com o trabalho livre mostra, capital fixo e imobilizado perturbando a racionalidade da empresa. De outro lado, a provncia do Rio de Janeiro, a de maior densidade escravista, portanto a mais prejudicada com as reformas abolicionistas, no aderiu expanso republicana. Deveria ser aquela provncia a mais antimonrquica.

Nos ltimos 5 anos do imprio, os fazendeiros sentem que o pacto entre o regime monrquico e as classes que antigamente o defendiam e sustentavam estava destrudo, com a repentina descoberta do monstruoso poder centralizador. Para Joaquim Nabuco o que constitui o governo colonial a administrao em esprito contrrio ao do desenvolvimento local. Para o seu programa reformador, onde a monarquia deveria fazer a abolio e a federao, onde s assim ela iria sobreviver diante dos avanos do pas, os recursos deveriam ficar onde so produzidos, sem separar o trabalho de seus frutos. A lei eleitoral de 1881, a lei Saraiva, traz grande insatisfao nos municpios e nas provncias. Estas queriam liberdades polticas e econmicas, e esse seu movimento conduziria diretamente poltica dos governadores e a maior participao tributria. O poder central tanto quanto os partidos imperiais, tentaram neutralizar o federalismo propondo certa descentralizao administrativa, mas recusando quebra a unidade poltica do Imprio. Para os republicanos somente a federao faria a consolidao da unidade do pas. E seria possvel reorganizar a monarquia, para, por meio de concesses e reformas, readaptar-se ao jogo das foras sociais e econmicas?

Monarquistas Federalistas grandes mudanas Monarquistas descentralizao Republicanos fim do Imprio

A cena final se consuma no debate de duas frmulas, oscilando dentro dos muros da coroa: federalismo puro e descentralizao.

O povo queria o fim do imprio.

A centralizao j no era mais possvel e o Imprio subsistia apoiado nos interesses do Vale do Parnaba.

Rebelio das provncias e abolio da escravatura.

Primeiro decreto de Deodoro da Fonseca declarou os Estados no exerccio de sua legtima soberania.

Poltica dos governadores fortificava o poder poltico dos Estados e o vnculo deles com a Unio, mas assegurava a existncia de um poder central.

Desarmonia entre os Estados para com o objetivo comum e disputa pelo poder.

Emenda Jlio de Castilho quase que submetia a Unio aos Estados (rio-grandenses).

Prevaleceu o projeto governamental apoiado pelos paulistas garantia de um governo central.

40 anos de disputas entre paulistas e rio-grandenses.

Constituio de 1891 teve carter apenas nominal.

3. O Exrcito na Monarquia e sua converso RepublicanaUma mudana fundamental

Recrutados a fora ou voluntrios,depois de algum tempo nas fileiras,podiam matricular-se na escola militar chegando a oficiais

Um poderoso fator de diferenciao para a sociedade daquele tempo ... A populao livre desprovida de recursos estava emparedada,por um lado,pela classe dos senhores rurais,de outro pelos escravos quem em sua maioria meios portanto de ascenso social.Agora,enquanto os moos das famlias abastadas em regra davam preferncia as profisses liberais,indo de formar bacharis na universidade de Coimbra ou em outras capitais do velho mundo e retornando de esprito mais arejado para a compreenso dos problemas polticos e sociais,os moos pobres,os mulatos procuravam as lixeiras do exercito,para se fazerem oficiais.Estamos diante de certa democratizao do acesso ao oficialato,que busca alm de uma reforma na escola militar,mas anseia igualitarismo social,autonomia social, propsitos polticos particulares.Uma mudana fundamentalQueda no efetivos,reduo no pagamento;Nada capaz de abalar a presena militar na poltica no ser mais um fato natural como seria o do bacharel ou magistrado, burocrataAberta a questo militar ,ser persistente, repelida, no mais pela f monrquica,j em declnio,mas pela preocupao da unidade nacional,com qual se encarna o esprito militar

Reivindicaes do exercito Brasileiro

Lutas por mais reconhecimento e por mais participao no governo

Efeitos da candidatura de Deodoro Mudanas no cenrio politico e econmico

Frase de Cotegipe a extino da escravido no mais do que o reconhecimento de um fato j existente. A abolio fazia-se de cima para baixo, no pelo oficio dos senadores, conselheiros e viscondes, mas sim pela espada

Causa Republicana O Cidado de farda- isto o reconhecimento obstinadamente negado pela monarquia, da presena do oficial na poltica, deixa o oficial somente com suas funes tpicas.

Queda do 2 reinado O vazio imperial deixa lugar para a repblica.

Questionamento relativo a concesso de ttulos nobilirios.

Ouro Preto, em apenas cinco meses de governo, prodigalizou 93 ttulos 83 de Baro, 9 de Visconde e 1 de Conde.Os objetivos destas concesses eram simplesmente enfeudar o trono as lealdades vacilantes ou rebeldes.O prprio imperador ria-se das `teteias, dos `embelecos prprios apenas para dourar a casaca

D. Pedro I Condecorou em especial os polticos e militares. (Fora ideolgica) No entanto, D. Pedro II condecorou principalmente os Banqueiros e fazendeiros. (Fora econmica)

O fato que, rompido o vnculo entre o ttulo e o servio publico vinculo s existente na guarda nacional -, as baronias reduzem-se a enfeites e ornatos, colados a vaidade.Sempre que os partidos se enumeram seus recursos pem de parte a fora naval, e de fato por sua natureza a esquadra um elemento neutro.Na madrugada de 15 de novembro s percutem incidentes militares sem expresso: uma longa marcha agora armada de um esprito e no de episdios.