GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESA CONSTRUTORA · 2017-11-07 · Gestão do Conhecimento em Empresa...
Transcript of GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESA CONSTRUTORA · 2017-11-07 · Gestão do Conhecimento em Empresa...
JULIANA PINHEIRO GONÇALVES
GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESA CONSTRUTORA
São Paulo
2017
1
JULIANA PINHEIRO GONÇALVES
GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESA CONSTRUTORA
Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências Orientador: Profª. Dra. Mercia Maria Semensato Bottura de Barros
São Paulo
2017
2
JULIANAPINHEIROGONÇALVES
GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESA CONSTRUTORA
Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências Área de Concentração: Inovação na Construção Civil Orientador: Profª. Dra. Mercia Maria Semensato Bottura de Barros
São Paulo
2017
Este exemplar foi revisado e corrigido em relação à versão original, sob responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.
São Paulo, ______ de ____________________ de __________
Assinatura do autor: ________________________
Assinatura do orientador: ________________________
Catalogação-na-publicação
Gonçalves, Juliana Pinheiro Gestão do Conhecimento em Empresa Construtora / J. P. Gonçalves --versão corr. -- São Paulo, 2017. 222 p.
Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da Universidade de SãoPaulo. Departamento de Engenharia de Construção Civil.
1.Gestão do Conhecimento 2.Construção Civil 3.Empresas I.Universidadede São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de ConstruçãoCivil II.t.
4
ÀCarmenHabibGonçalves
5
AGRADECIMENTOS
ÀminhamãeLuzineteeaosmeustiosArieCaco,peloincentivoairsemprealém.
Àminhaorientadora,Profa.Dra.MerciaMariaSemensatoBotturadeBarros,pelaconfiança
epelosensinamentosdentroeforadaUniversidade.
AoProf.Dr.FranciscoFerreiraCardosoeàconsultoraDra.MariaAngélicaCoveloSilva,pelas
críticasmaisqueconstrutivasnabancadequalificação.ARicardoOviedo,pelasconversas
incentivadorasquetraziammaislevezaparacontinuaracaminhada.
A todososcolegasdoProgramadeMestradoConstruInova,pelas trocaseaprendizado.A
Thomas,pelocompartilhamentodeestudossobreotema.AosamigosMariaLetícia,Lígia,
RafaeleAna,pormeincentivaremapersistir.
AMaurícioeFabio,pelaoportunidadeconcedidadevoltaraomundoacadêmico.ARomeoe
Gustavo,porincentivaremaconclusãodestajornada.
A todos os colegas de trabalho, pelas trocas ao longo de meus 8 anos de experiência
profissional.
AMairaeJoséEduardo,pelotempoeatençãoquedispuseramparaastrocasde
experiências.
ADanieleEduardo,pelasconversasquemuitoagregaramàpesquisa.
ALeandro,porsempreacreditarquemeudesejopudessesetransformaremrealidade,
sempremeincentivandoaseguiremfrente.AIvi,pelocompartilhamentodesuas
experiênciasprofissionaisepelosabraçosamorososeacalentadores.ALuana,pelos
“cafés-desabafo”.
APriscyla,Marília,AndreaeOscar,peloamordeamigostraduzidoemcoloeajuda.
Omeumuitoobrigadapelaconfiança,carinhoeapoiodetodosvocês.
6
RESUMO
AconstruçãodeedifíciosnoBrasilsempreapresentagrandesdesafios.Nãodiferentedisso,
os últimos anos foram marcados por altos índices de desemprego no setor e;
consequentemente,partedoconhecimentoexistente,ouseja,partedoativointangível,foi
embora junto com as pessoas que saíram das empresas. O aproveitamento dos
conhecimentos existentes na organização é fundamental para que os colaboradores
procurem, encontreme possamutilizar emelhorar práticas e processos empregados pela
empresa, ao invés de se tentar recriar o que fora criado em momentos anteriores,
estagnandooumesmodificultandooprocessodemelhoriaeinovaçãonaconstrução.Para
que isso ocorra, a Gestão do Conhecimento (GC) é primordial para auxiliar as empresas
construtorasamantersuacompetitividadeecapacidadedeinovar.Estetrabalhoabordao
conceito de GC para empresas construtoras, propondo soluções para uma empresa
construtora (EC). Para tanto, foi realizada uma pesquisa sobre os principais conceitos do
termo.Depoisanalisaram-sealgunsmodelosdeGCpropostosporteóricoseconsultores.Em
seguida foram avaliadas algumas ferramentas para mensuração do ativo intangível
“conhecimento”. Também foram levantadas as principais barreiras e oportunidades para
implantação na GC em empresas construtoras. Após o levantamento bibliográfico, foram
analisadasduasempresasdedesenvolvimentodeprodutoscomplexosparacompreenderna
práticacomoaGCdefatoacontecenestaindústriaedequemaneiraaspráticaspoderiam
serreplicadasnaconstrução.Porfim,foramidentificadasaçõesparaimplantaçãodaGCem
empresaconstrutora.Comesteestudo,espera-semitigarosriscosenvolvidosnonegócioda
empresaconstrutora,bemcomoestimularumprocessode inovaçãoestruturadocapazde
aumentar a competitividade da empresa e a perenidade de seus negócios. Apesar da
proposiçãosedarespecificamenteparaumaempresa,acredita-sequeamesmapossaser
utilizadaparaoutrasempresascomcaracterísticassimilares.
Palavras-Chave: Gestão do Conhecimento. Construção Civil. Empresas Construtoras.
Edificações.
7
ABSTRACT
TheconstructionofbuildingsinBrazilalwayspresentsgreatchallenges.Notunlikethis,the
lastyearsweremarkedbyhighunemploymentratesinthesectorand,consequently,partof
theexistingknowledge,thatispartoftheintangibleasset,wentawaytogetherwithpeople
who left thecompanies.Theuseofexistingknowledge in theorganization is fundamental
foremployeestoseek,findanduseandimprovepracticesandprocessesemployedbythe
company,ratherthantryingtorecreatewhathadbeencreatedinprevioustimes,stagnating
or even hampering the improvement process and innovation in construction. For this to
occur,KnowledgeManagement(KM)isparamounttohelpconstructioncompaniesmaintain
theircompetitivenessandabilityto innovate.ThisworkapproachestheconceptofKMfor
constructioncompanies,proposingsolutions foraconstructionenterprise (CE).For that,a
research was carried out on the main concepts of the term. Then, some KM models
proposed by theorists and consultants were analyzed. Some tools for measuring the
intangibleasset"knowledge"werethenevaluated.Themainbarriersandopportunitiesfor
implementation in the KM in construction companies were also raised. After the
bibliographicsurvey,twostudieswerecarriedouttounderstandinpracticehowKMactually
happens in the serial industry and in what way the practices could be replicated in the
construction.Finally,actionswereidentifiedfortheimplantationoftheKMinaconstruction
company.With this study, it ishoped tomitigate the risks involved in thebusinessof the
construction company, as well as stimulate a structured innovation process capable of
increasingthecompany'scompetitivenessandtheperennialityofitsbusiness.Althoughthe
proposition is specifically for a company, it is believed that it can be used for other
companieswithsimilarcharacteristics.
Keywords:KnowledgeManagement.Construction.ConstructionCompanies.Buildings.
8
LISTADEFIGURAS
Figura1-Evoluçãodosdadosaoconhecimento....................................................................17
Figura2-Síntesedasatividadesdoconhecimento................................................................18
Figura3-Síntesedosmétodosdapesquisa...........................................................................22
Figura4-ModelodeBoisot....................................................................................................25
Figura5-Modosdeconversãodeconhecimento..................................................................27
Figura6-ModeloSkandia......................................................................................................29
Figura7-ModelodeDemarest..............................................................................................30
Figura8-ModelodeChoo.....................................................................................................31
Figura9-OitocritériosMAKE.................................................................................................32
Figura10-ModelodeTerra...................................................................................................35
Figura11-ModelodeStankoskyeBaldanza.........................................................................37
Figura12-OsquatropilaresdaGestãodoConhecimento....................................................38
Figura13-Dezquestõesestratégicasdeconhecimento........................................................39
Figura14-AsoitoáreaschavesdeGC...................................................................................40
Figura15-OscinconíveisdeMaturidadedaGC...................................................................40
Figura16–ModeloEKMF.......................................................................................................44
Figura17-ModelodeFrid......................................................................................................45
Figura18-ModelodoInstitutoFraunhofer...........................................................................47
Figura19-ModelodoGuiaEuropeudeBoasPráticasemGC...............................................49
Figura20-ModelodeMaier..................................................................................................50
Figura21-ModelodeGCparaconstruçãocivil.....................................................................51
Figura22-ModeloPawlowskieBick......................................................................................54
Figura23-AssociaçãodosindicadoresobtidosaomodelodoInstitutoFraunhofer.............67
Figura24-AssociaçãodosindicadoresobtidosaomodeloSECI............................................68
Figura25-Cadeiadevalordaconstruçãodeedifíciosresidenciais.......................................75
Figura26-Aprendizagemnosempreendimentos..................................................................80
Figura27-Tiposdetransferênciadeconhecimentoentreempreendimentos.....................81
Figura28-GeraçõesdeconhecimentosdaGCnaconstruçãodeedifícios...........................82
Figura29-BarreirasparaimplantaçãodeGC........................................................................86
9
Figura30-FaseseetapasdoprocessodeimplantaçãodeTCR’snoprocessodeproduçãode
edifícios...................................................................................................................................90
Figura31–Principaisáreasdeconhecimentoeserviçosdeapoioaodesenvolvimentode
empreendimentosdeconstruçãodeedifícios.......................................................................92
Figura32-Lacunasnosserviçosaolongodociclodevidadoempreendimento..................93
Figura33-ProcessodeGCnosetordaconstruçãocomenfoquenasatividadesde
assistênciatécnicadeedifícios...............................................................................................96
Figura34-Empreendimentosrealizadosporempresaconstrutoraeinteraçãoentreagentes
................................................................................................................................................97
Figura35-Fluxosdetransferênciadoconhecimento:entreprojetos(empreendimentos),
entrefasesdociclodevidadoprojeto,entreempresaseagentes.......................................98
Figura36-ProcessodeaprendizagemeGCemempresaconstrutoradeedifícios...............99
Figura37-Aspectosfundamentaisparaaeficáciadatransferênciadeconhecimentoem
empresaconstrutora............................................................................................................100
Figura38-Atividadesdeempresasconstrutorasnafasededesenvolvimentodeprojetos101
Figura39–AçõesparaosucessodaGCemempresasdeconstruçãodeedifícios..............102
Figura40–NovepassosparaimplementaçãodeGCemempresasdeengenharia............104
Figura41–DesafiosparaimplantaçãodaGCemempresasconstrutorasdeedifícios........105
Figura42-OportunidadesparaimplantaçãodeGCemempresasdeconstruçãodeedifícios
..............................................................................................................................................106
Figura43-ModelodeGCEmpresaA...................................................................................110
Figura44-PráticasdeGCnaEmpresaA..............................................................................111
Figura45-OrganogramageraldaEC..................................................................................121
Figura46-OrganogramaDiretoriadeMarketingdaEC.......................................................122
Figura47-OrganogramaDiretoriaTécnicadaEC................................................................122
Figura48-OrganogramaDiretoriadeNegóciosdaEC........................................................123
Figura49-OrganogramaDiretoriaFinanceiraedeRelaçõescomInvestidores(RI)daEC..123
Figura50-OrganogramaDiretoriaAdministrativadaEC.....................................................124
Figura51-OrganogramaDiretoriaControladoriadaEC......................................................124
Figura52-OrganogramaDiretoriaComercialdaEC............................................................125
Figura53–OrganogramaDiretoriaJurídicadaEC...............................................................125
Figura54–Fluxopararealizaçãodoempreendimento.......................................................132
10
Figura55–FluxogramadoprocedimentodeavaliaçãodetecnologiasconstrutivasdaEC 134
Figura56–SetediretrizesgeraisparaimplantaçãodeGC,segundoTerra(2000)..............148
Figura57–Ativistasdoconhecimento.................................................................................149
Figura58–SeisdiretrizesparaimplantaçãodeGC,segundoNonakaeIchijo(1997).........150
Figura59–SetepontosdeatençãoparaacorretaimplantaçãodeGC,segundoPawlowskie
Bick(2002)............................................................................................................................151
Figura60-15diretrizesparaimplementaçãodeGCnaEC.................................................152
Figura61-Maturidade/Etapasdeimplementaçãodomodelo.........................................154
Figura62–EstruturadomodelodeGCparaEC...................................................................155
Figura63-Principaiselementosdomodelo........................................................................156
Figura64-ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadeum..........................................158
Figura65–ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadedois........................................161
Figura66–ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadetrês.........................................165
Figura67–ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadequatro....................................168
11
LISTADEQUADROS
Quadro1–Atribuiçãodenotasparacadasubcritério...........................................................32
Quadro2–ModelosavaliadosapartirdosseiscritériosdeKuriakoseetal.(2010).............56
Quadro3-OrigemdomodelodeGCdeacordocomregiãoetipodeinstituição.................57
Quadro4–ModelosdeGCavaliadosporatividadesdeconhecimentoefatorescríticos....58
Quadro5-ModelosdeGCavaliadosportipos,trocasematuridadedeconhecimento......59
Quadro6-ExemplosdeindicadoresquantitativosequalitativosemGC..............................62
Quadro7–Indicadoresrelacionadosàsatividadesdeconhecimento..................................62
Quadro8-ExemplosdeindicadoresdeesforçoederesultadosemGC...............................63
Quadro9-ExemplosdeindicadoresbásicosdosprocessosdeGestãodoConhecimento,
seguindoadefiniçãodeNonakaeTakeuchi(2008)...............................................................63
Quadro10-IndicadoresparaasdimensõesdaGC,sugeridosapartirdasdefiniçõesdeTerra
(1999)......................................................................................................................................64
Quadro11-Exemplosdeindicadoresparaoscapitaisdoconhecimento.............................65
Quadro12-ExemplosdeindicadoresdosprocessosdeGC,seguindoavisãodeDavenporte
Prusak(1998)..........................................................................................................................65
Quadro13-AtivosmedidospeloSkandiaNavigator.............................................................69
Quadro14-ResumodasferramentasdemediçãodeGC......................................................72
Quadro15–ConhecimentonecessárioparaGestãodaQualidade(GQ)segundoatividades
deGestãodoConhecimento(GC)........................................................................................103
Quadro16–PráticaseferramentasdeGCjáutilizadaspelaECesituaçãoatualdouso....127
Quadro17–NotasatribuídasàECnosoitocritériosMAKE................................................137
Quadro18–Critério1–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................137
Quadro19–Critério2–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................138
Quadro20–Critério3–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................138
Quadro21–Critério4–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................139
Quadro22–Critério5–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................140
Quadro23–Critério6–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................141
Quadro24–Critério7–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................142
Quadro25–Critério8–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual.................................142
12
Quadro26–CritériosMAKErelacionadosaosprojetoslistadospelasliderançasnaEC.....143
Quadro27-SíntesedaGCnasempresasA,BeCapartirdasquestõescentrais................146
Quadro28–SugestãodeacréscimonadescriçãodacompetênciaConhecimentotécnicoe
funcionalapartirdoscargosdaEC.......................................................................................157
Quadro29–PráticasdeGCnonívelumdematuridadedomodelo...................................159
Quadro30–PráticasdeGCacrescentadasnoníveldoisdematuridadedomodelo..........162
Quadro31–PráticasdeGCacrescentadasnoníveltrêsdematuridadedomodelo...........164
Quadro32–PráticasdeGCacrescentadasnonívelquatrodematuridadedomodelo......169
Quadro33–ComposiçãodoModelodeGCpropostoparaaEC.........................................170
Quadro34–PráticasdeGCpropostasparaECemtodososníveisdematuridade.............172
Quadro35–SubcritériosprêmioMAKEcomboaevidêncianaEC......................................212
13
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................151.1. JUSTIFICATIVA...........................................................................................................151.2. OBJETIVO..................................................................................................................211.3. MÉTODOSDEPESQUISA...........................................................................................211.4. ESTRUTURADOTRABALHO......................................................................................23
2. MODELOSDEGESTÃODOCONHECIMENTO...............................................................242.1. MODELODEBOISOT.................................................................................................242.2. MODELODENONAKAETAKEUCHI...........................................................................262.3. MODELOSKANDIA....................................................................................................282.4. MODELODEDEMAREST...........................................................................................292.5. MODELODECHOO...................................................................................................302.6. MODELOMAKE.........................................................................................................312.7. MODELODETERRA...................................................................................................342.8. MODELODESTANKOSKYEBALDANZA.....................................................................372.9. MODELODESVEIBY;LINARDEDVORSKY.................................................................382.10. MODELOKMMM....................................................................................................392.11. MODELODOEKMF.................................................................................................432.12. MODELODEFRID....................................................................................................442.13. MODELODOINSTITUTOFRAUNHOFER..................................................................462.14. MODELODOGUIAEUROPEUDEBOASPRÁTICASEMGC......................................472.15. MODELODEMAIER.................................................................................................492.16. MODELODETUPENAITE,KANAPECKIENEENAIMAVICIENE..................................502.17. MODELODEPAWLOWSKIEBICK............................................................................522.18. ANÁLISEDOSMODELOSDEGC...............................................................................54
3. INDICADORESEFERRAMENTASPARAMÉTRICASDEGESTÃODOCONHECIMENTO....613.1. INDICADORESDEGC.................................................................................................613.2. MODELOSDEMÉTRICASPARADESEMPENHODENEGÓCIOS..................................683.3. FERRAMENTASPARAMEDIÇÃODEATIVOSINTANGÍVEISVOLTADOSPARAGC......693.4. ANÁLISEDOSINDICADORESEFERRAMENTASDEMEDIÇÃODEGC.........................72
14
4. GESTÃODOCONHECIMENTONACONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOS...................................744.1. ASPECTOSGERAISDAGCNACONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOS.......................................744.2. AGCNOCENÁRIOATUALDACONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOSNOBRASIL....................874.3. CONSIDERAÇÕESPARAIMPLEMENTAÇÃODAGCEMEMPRESACONSTRUTORA..104
5. GESTÃODOCONHECIMENTOEMEMPRESASDEDESENVOLVIMENTODEPRODUTOS
COMPLEXOS...................................................................................................................1075.1. GCNAEMPRESAA..................................................................................................1085.2. GCNAEMPRESAB..................................................................................................1165.3. GCNAEMPRESAC..................................................................................................1195.3.1. AnálisedaGCnaECapartirdosmodelosapresentados.....................................1365.4. COMPARAÇÃOENTREASEMPRESASDEDESENVOLVIMENTODEPRODUTOS
COMPLEXOS......................................................................................................................144
6. PROPOSIÇÃODEDIRETRIZESDEGCPARAEMPRESACONSTRUTORA.......................1486.1. DIRETRIZESGERAISDEGCPARAEMPRESACONSTRUTORA...................................1526.2. MODELODEGCPARAEMPRESACONSTRUTORA...................................................1536.2.1. NíveldematuridadeumdomodelodeGCparaEC............................................1566.2.2. NíveldematuridadedoisdomodelodeGCparaEC...........................................1606.2.3. NíveldematuridadetrêsdomodelodeGCparaEC...........................................1636.2.4. NíveldematuridadequatrodomodelodeGCparaEC.......................................1666.3. CONSIDERAÇÕESPARAIMPLANTAÇÃO..................................................................176
7. CONSIDERAÇÕESFINAIS..........................................................................................1777.1. ANÁLISEDAPESQUISA............................................................................................1777.2. CONTRIBUIÇÕESETRABALHOSFUTUROS..............................................................178
REFERÊNCIAS..................................................................................................................180
APÊNDICEA–PRÁTICASEFERRAMENTASDEGCCONSULTADAS...................................188
APÊNDICEB–COMPETÊNCIASEXIGIDASNAEC..............................................................202
APÊNDICEC–AVALIAÇÃOPRÊMIOMAKEPARAECEM2011..........................................209
APÊNDICED–PROPOSTADEPROCEDIMENTODEGCPARAEC.......................................214
ANEXOA–CRITÉRIOSDOPRÊMIONACIONALDEQUALIDADE.......................................222
15
1. INTRODUÇÃO
1.1. JUSTIFICATIVA
AconstruçãodeedifíciosnoBrasilapresentagrandesdesafiosparaospróximosanos.Desde
2014, o país enfrenta uma crise econômica, que provocou diminuição nos investimentos,
recessãoedesemprego.OProdutoInternoBruto(PIB)dacadeiadaconstruçãoencerrouo
anode2016comquedaacumuladadequase16%nosdoisúltimosanosefechamentode
maisde1milhãodepostosdetrabalhocomcarteiraassinada(FIESP,2016).
Apesar dos últimos anos apresentarem queda dos investimentos no setor de construção
civil,representandoumadiminuiçãonaparticipaçãodoPIBdopaís,aprojeçãoaté2022éde
que a média desta participação aumente, chegando em 9,7%. E a participação das
construtorasnestepercentualéde51,1%(FIESP,2015).
Assoluçõespropostasno11oCongressodaConstruçãoCivil-ConstruBusiness(FIESP,2015)
ressaltam a importância de programas amplos de qualificação profissional. Dentre eles, a
criaçãode linhasde fomentoparaaçõesdecapacitação; incentivo fiscalàsempresaspara
capacitar e certificar seu quadro de funcionários; estímulo ao planejamento de recursos
humanos, antecipando as ações de capacitação do capital humano; estímulo a parcerias,
estágios e pesquisas compartilhadas entre o meio empresarial e a academia. Entende-se
então que também será dever das empresas construtoras auxiliar na capacitação de seus
funcionários,criandoparceriascomoutrosagentesdacadeiaafimdeelevarospatamares
dequalidadedosetorepromoverpossíveisinovaçõesqueagreguemvaloraomercado.
Sveiby (1996) já afirmava que a capacitação tem como foco a disseminação, troca e
assimilaçãodoconhecimento,ativo intangível fundamentalparaasempresas.Essemesmo
autor,aocompararaabordagemdasempresasnaeraindustrialenaeradoconhecimento,
destaca que o aprendizado das pessoas em uma organização assume outra dimensão ao
evoluir da perspectiva operacional para uma perspectiva estratégica de criação de novos
ativos.Paraele,ovalordeumaempresaédeterminadoemgrandemedidapelosseusativos
intangíveis,dentreeles,ocapitalintelectual.AsideiasdeSveiby(1996)remontama20anos;
16
entretanto, continuamatuais, emespecial para a indústria da construçãode edifícios que
aindaapresentaconhecimentobastanteheterogêneo.
BarroseCardoso(2011)provocamumareflexãoparaomercadodaconstruçãocivilsobreos
avançosdoconhecimentorumoàinovação.Seráqueseviveemum“carrosselouespiraldo
conhecimento”? Os autores lembram que esquecer dos ensinamentos do passado e
reproduzir asmesmas ações é estar no carrossel. Para que o conhecimento caminhe por
meiodeumaespiralcrescentee;consequentemente,asinovaçõessejambemsucedidas,é
necessário um desenvolvimento tecnológico em que sucessos e insucessos sejam
registrados,disseminadose,defato,inseridosnosistemaprodutivodasempresas.
Oaproveitamentodosconhecimentosexistentesnaorganizaçãoéfundamentalparaqueos
colaboradoresprocurem,encontremeutilizemosprocessosempregadospelaempresa,ao
invésdesetentarrecriaroqueforacriadoemmomentosanteriores,estagnandooumesmo
dificultando o processo de melhoria e inovação na construção. Para que isso ocorra, a
GestãodoConhecimento(GC)éprimordialparaauxiliarasempresasconstrutorasamanter
suacompetitividadeecapacidadedeinovar.
OtermoGCsurgiunasempresasdeconsultorianadécadade1990edelasseusprincípios
espalharam-sepelasorganizações.Consultoresperceberamrapidamenteopotencialdesta
disciplina em organizações baseadas no conhecimento e geograficamente dispersas. Uma
vez tendo experiência para conectar as organizações e para compartilhar e gerenciar
informaçãoeconhecimento,asempresasdeconsultoriacomeçaramareplicarsuaspráticas
paraasempresasaquemprestavamserviços(KOENIG,2012).
ParaDavenportePrusak(1998),aúnicavantagemcompetitivaqueumaempresapossuié
aquiloqueelacoletivamentetemdomínio,aeficiênciacomqueelausaoqueconheceea
prontidãocomqueelaadquireeusanovosconhecimentos.
Ichijo e Nonaka (2007) levantam alguns motivos para a dificuldade em desenvolver
programasdeGCnasempresas.Paraosautores,asdisciplinasdegestãoquelidamcomas
noçõesdeestratégia,recursoshumanos,finançasemarketingdeveriamserrepensadascom
o objetivo de aumentar a vantagem competitiva através de criatividade e inovação. AGC
envolveprocessoshumanos,quesãodifíceisdemensuraregerenciaratravésdasdisciplinas
17
existentes.Sendoassim,oimpactonosnegóciospermanecevagoeentãoosprogramasde
GCperdemsuaforçaeapoio.
Éimportantediferenciarnestetrabalhoostermosinformaçãoeconhecimento,quemuitas
vezes são tratados como se fossem sinônimos. Além destes termos é preciso entender o
conceito de dados. ParaDavenport (1998), dados são elementos facilmente estruturados,
frequentementequantificadose facilmente armazenadose transferidos. Informaçãoéum
dadotrabalhado;ouseja,requeranálise,consensoemrelaçãoaoseusignificadoemediação
humana.Conhecimentoéumacapacidadehumanaqueincluireflexão,síntese,contextoeé
dedifícilestruturação,capturaetransferência.Tarapanoff(2006)propõeumesquemaque
indicaarelaçãoentreostermoseémostradonaFigura1.
Figura1-Evoluçãodosdadosaoconhecimento
Fonte:Tarapanoff(2006)
ParaDrucker(1999),aessênciadaGCétransformaroconhecimentodisponíveledisperso
pela empresa em algo produtivo. E pode-se dizer que este é um grande desafio para as
organizações.
Terra (2001)afirmaqueaGCestádiretamenterelacionadaàcapacidadedasempresasde
utilizarecombinarosdiversostiposdeconhecimentoafimdedesenvolveremcompetências
específicase inovadoras,quesãoresponsáveispelodesenvolvimentodenovosprodutose
processoscapazesdesubsidiaraliderançademercadodaempresa.
ASociedadeBrasileiraparaGestãodoConhecimento-SBGC(2007)defineotermoGCcomo
“oconjuntodeprocessosemeiosparacriar,utilizaredisseminaroconhecimentodentroda
organizaçãocomafinalidadedeatingirmetaseobjetivostraçadospelamesma”.
TransformaçãoInformação ConhecimentoDados
Realidad
e
Observado
r
Transformação
18
Souza(2016)apontadiversasatividadesdoconhecimento,quesãomostradasnaFigura2.
Segundo a autora, estas atividades podem ser resumidas em criação; organização;
distribuiçãoeaplicaçãodeconhecimento.
Figura2-Síntesedasatividadesdoconhecimento
Fonte:Souza(2016)
Segundo Zhang (2007), o desafio da GC é gerar e aproveitar o conhecimento coletivo da
empresademaneiraacriarvalorevantagemcompetitivaparaamesma.
NonakaeTakeuchi(2008)afirmamqueparaumaempresaconseguirvantagemcompetitiva,
énecessáriaacriaçãodeconhecimentovisandoàgeraçãodeinovaçãocontínua.
Essesmesmosautoresafirmamquequandoasorganizaçõesinovam,elasnãosóprocessam
informaçõesdeforaparadentro,comointuitoderesolverosproblemasexistentesedese
adaptar ao ambiente em transformação, como também criam novos conhecimentos e
informaçõesdedentroparafora,afimderedefinirtantoosproblemasquantoassoluções.
Para os autores, GC não se limita a simples transferência de informação. Para eles, a
comunicaçãoefetivadoconhecimentoadquiridonaorganizaçãoé,defato,umaferramenta
HolznereMarx(1979)
Pentland(1995)
NonakaeTakeuchi(1995)
Demarest(1997)
Dall,HasseWeggman(1998)
Davenport,LongeBeers(1998)
Leibowitz(1999)
Consenso Extensão Transformação Implementação
Construção Organização Estoque Distribuição
Criação Acesso Disseminação Aplicação
Construção Consolicação Disseminação Uso
Construção Estruturação Disseminação Avaliar
Criação Tranferência Acesso
Capturar Estocar ComparTlhar
Aplicação
Aplicar
IdenTficar DivulgarAplicar
Criação Organização Distribuição Aplicação
VisãoEstratégica
19
chaveparaoaprimoramentodasoperaçõesdeumaempresa.Osmesmosautoresvêema
criaçãodeconhecimentocomoumprocessoquepermeiaoracionaleoemocional,amente
e o corpo, a análise e a experiência e o implícito e o explícito. Destacam; portanto, a
importância do conhecimento tácito, que envolve duas dimensões: técnica e cognitiva. A
últimaécompostapormodelosmentais,crenças,vivênciasepercepções.Dessamaneira,a
noção de conhecimento está também relacionada a intuições, ideais, valores, emoções,
imagensesímbolos,ouseja,fatoressubjetivos.
Definirquaisconhecimentossãoessenciaisparaumaorganizaçãonãoétarefafácil,porém
imprescindível para que a GC ocorra de maneira efetiva. A importância deste tema é
destacadanarevisãodanormadeSistemasdeGestãodaQualidade-ABNTNBRISO9001-
publicada em setembro de 2015, que traz um novo item, 7.1.6 Conhecimento
organizacional,assimdescrito:
A organização deve determinar o conhecimento necessário para a operação deseus processos e para alcançar a conformidade de produtos e serviços. Esseconhecimento deve ser mantido e estar disponível na extensão necessária. Aoabordar necessidades e tendências demudanças, a organização deve considerarseu conhecimentonomomentoedeterminar comoadquirirouacessarqualquerconhecimento adicional necessário e atualizações requeridas (ABNT NBR ISO9001:2015).
Emsuasnotascompletaque:
Oconhecimentoorganizacionaléconhecimentoespecíficoparaaorganização;eéobtido por experiência. Ele é informação que é usada e compartilhada paraalcançarosobjetivosdaorganização.Podeserbaseadoem:a)fontesinternas(porexemplo, propriedade intelectual; conhecimento obtido de experiência; liçõesaprendidasdefalhasedeprojetosbem-sucedidos;capturaecompartilhamentodeconhecimento e experiência não documentados; os resultados de melhorias emprocessos, produtos e serviços); b) fontes externas (por exemplo, normas;academia; conferências; compilação de conhecimento de clientes ou provedoresexternos(ABNTNBRISO9001:2015).
Outro documento importante sobre gestão, o PMBOK (guia de gestão de projetos), foi
analisadoporGasik (2015) sobaóticadaGC.A5aediçãodoguianãoabordao temade
maneiraclara,masressaltaaimportânciadoconhecimentoparaagestãodeprojetos.Para
oautor,énecessáriofazerumcapítuloexclusivoparaGCnapróximaediçãodoPMBOKcom
umadefiniçãoprecisadoconceito,tamanhaaimportânciadotemanaatualidade.
20
Para Zhang; Mao e Abourizk (2009), a GC seria particularmente importante para a
construçãocivil,porqueéumsetorcaracterizadoporgrandecompetiçãoentreasempresas,
comprocessosdeproduçãocomplexos,projetosespecíficosenãopadronizados.
Outros autores reforçama importânciadaGCnosnegócios imobiliários.MiozzoeDewick
(2002), por exemplo, ao discutirem o processo de desenvolvimento tecnológico na
construção civil européia, ressaltaram a estrutura disponibilizada pelas empresas para
disseminarconhecimento.NaSuíça,porexemplo,destacaramaefetividadedosmecanismos
internosdeempresasparacoordenar,avaliar,financiaredisseminaratividadesdeinovação.
Situação parecida de estruturação do processo de desenvolvimento tecnológico foi
encontrada no Reino Unido, com empresas promovendo fóruns de discussão sobre o
assunto,bibliotecastécnicasebancosdedadosreferentesaotema.
Para Zegarra et al. (1999), um dos principais problemas que a indústria da construção
enfrentae,emparticularosetordeedificações,éseualtograudefragmentação.Emuma
empresa construtora, por exemplo, existe grande desarticulação interna. Seus diferentes
departamentos ou áreas normalmente atuam de forma independente. Nessas empresas,
apesar demuitas vezes existirem conhecimentos úteis para diferentes departamentos, os
fluxos acontecem de maneira pouco eficiente e a transferência e o intercâmbio de
conhecimentosãomuitoincipientes,devidoàfaltadeintegraçãoentredepartamentos.Essa
situaçãotemcomoconsequênciaaduplicidadedeações,ruídoseperdade informaçõese
conhecimentos e; principalmente, não se consolida um processo eficiente que sirva para
tomadasdedecisõesrápidaseeficazes.
ParaCintraeDuarte (2008),aGCvoltadaàconstruçãocivilnãoéumassuntotrivial.Para
Yamauchi (2004), as empresas estão convencidas de que a qualidade em serviços ou
produtosnãodependeapenasdastécnicas,mastambémdaformacomoostrabalhossão
coordenadospelaequipeenvolvida.Apesardestaafirmaçãonãopodersergeneralizadapor
todooBrasil,queapresentacaracterísticasbastanteheterogêneasparaosetor,entende-se
queoquedefatointeressanãoémaisogerenciamentodaspessoasesimogerenciamento
do conhecimento dessas pessoas. Alémdisso, a forma como a troca e a interaçãodesses
conhecimentos podem trazer sucesso para a empresa pode contribuir decisivamente no
desenvolvimentodosetordaconstruçãocivil.
21
Aempresaconstrutoraondeaautoratrabalhoupormaisde8anos,queseráchamadanesta
dissertaçãodeECeapresentadanocapítulo5,apresentadesde2007algumaspráticasde
GC,acreditandoqueotemacolaboraparaaperenidadedeseusnegócios.Contudo,muitas
destaspráticas foramdescontinuadaseoutrasnãosãomais incentivadas,sendoutilizadas
porpoucoscolaboradoresatualmente.
Afaltadediretrizesqueauxiliemaempresaaorganizarosconhecimentosnecessárioséum
grandegargaloparaqueaGCdefatoocorranaEC.Édeinteressedacompanhiaretomara
GCafimdemelhorarosprocessosdaáreadeengenharia,bemcomodosistemadegestão
daqualidade,sendoestadissertaçãofundamentalparaqueissodefatoocorra.
1.2. OBJETIVO
Esta dissertação objetiva propor diretrizes de GC para a EC a partir de um modelo
desenhadoparaamesma.
1.3. MÉTODOSDEPESQUISA
Comrelaçãoaosmétodos,aFigura3 indica,demaneira resumida,as seisetapasa serem
seguidasparaoalcancedoobjetivoproposto.
22
Figura3-Síntesedosmétodosdapesquisa
Fonte:elaboradopelaautora
A etapa 1 refere-se ao estudo de referências sobre os conceitos gerais deGC a partir de
referênciasbibliográficas.Aetapa2analisamodelosdeGCexistentesbemcomoformasde
mediraGCafimdemostrarseuvaloreseusresultadosparaonegóciodascompanhias.A
etapa 3 trata do estudo de referências da GC na construção de edifícios, avaliando
oportunidadesparaaimplementaçãodamesmanaEC.
A etapa 4 refere-se aos estudos da GC nas empresas A, B e C, classificadas aqui como
empresas de desenvolvimento de produtos complexos (EDPC). As empresas A e B foram
escolhidas pelo acesso à informação e às pessoas, que semostraram disponíveis para as
conversas.Aprimeira possuiumaáreadedicadaexclusivamenteàGCeem2011 foiuma
das finalistas do Prêmio MAKE - Most Admired Knowledge Enterprise, realizado pela
organização mundial TKN - The Knowledge Network (YAMADA, 2011). A segunda é
reconhecidamundialmentepelosseusativosintangíveisecriouseuprópriomodelodeGC,o
KMMM (Knowledge Management Maturity Model). A empresa C trata-se da empresa
construtoraondeaautoratrabalhoueapresentapráticasdeGCqueserãoanalisadasafim
desepropordiretrizesqueasestruturem.
5.AnálisedeinformaçõesqueresultaránomodelodeGCparaEC
6.ProposiçãodasdiretrizesdeGCparaEC
1.Estudodereferênciassobre
osconceitosgeraisdeGC
3.EstudodereferênciassobreGCnaconstrução
deediDcios
4.EstudosdeGCemempresasdedesenvolvimento
deprodutoscomplexos
2.Análisedemodelose
métricasdeGC
23
Esta etapa baseia-se em algumas diretrizes propostas por Yin (2015) e também na
experiência da autora, que trabalhou como temaGCna EC. O entendimento daGCnas
empresasAeBfoiestruturadoapartirdabibliografiaexistenteedeconversasorientadasa
partirdequestõescentraiscomosresponsáveispelaGCemcadaumadasempresas,bem
comocomcolaboradoresdasempresas.JáoentendimentodaGCnaECfoiavaliadoapartir
de conversas com colaboradores da empresa, bem como coma experiência da autora ao
longodosmaisde8anos.
Na etapa 5 realiza-se uma análise das informações colhidas nas etapas anteriores e que
servirãodebaseparaaproposiçãodeummodelodeGCparaaEC.Porfim,naetapa6,são
propostasdiretrizesdeGCapartirdomodelodeGCdesenhadoparaaEC.
1.4. ESTRUTURADOTRABALHO
Otrabalhoestádivididoemsetecapítulos,sendoesteoprimeiro,decaráter introdutório.
No segundo abordam-semodelos teóricos existentes de GC. No terceiro, indicadores e
ferramentasparamediçãodeGC.
OquartocapítuloabordaaGCnaconstruçãodeedifícios.Noquintocapítuloregistram-se
os resultados dos estudos em três empresas de desenvolvimento de produtos complexos
(EDPC).
NosextocapítuloépropostoummodelodeGCediretrizesdeGCparaaEC,comalgumas
considerações para que a implementação seja bem sucedida. O sétimo capítulo avalia
criticamenteascontribuiçõesqueestapesquisatemparaosetoresugestõesparatrabalhos
futuros. Por fim, são indicadas as referências pesquisadas para este trabalho, além de
apêndiceseumanexoquecomplementamoconteúdodapesquisa.
24
2. MODELOSDEGESTÃODOCONHECIMENTO
EstecapítulotrazalgunsmodelosdeGCqueserãoanalisadosafimdeseestabelecerpontos
emcomumeespecificidadesdosmesmosqueservirãoparaaproposiçãodeummodeloe
dediretrizesdeGC.
Desde a criação do termoGC,muitosmodelos já foram apresentados por pesquisadores,
consultores e organizações. Modelos ajudam na síntese de algo complexo. Auxiliam na
simplificaçãoeexplicaçãodeumateoria.Nestesentido,modelosauxiliamnavisualizaçãoe
no entendimento de alguns fenômenos que seriam difíceis de compreender devido à
magnitudeeàcomplexidade(MALAVSKI;LIMA;COSTA,2010).
Para Heisig (2009), o objetivo principal da GC é auxiliar uma organização a melhorar os
processos relativos ao conhecimento existente e potencial. Para tanto, o tratamento
sistemático do conhecimento no nível operacional de uma organização é um elemento
centraldaGCequeésintetizadoemalgunsmodelosapresentados.
ParaquesepossacompreenderosprincipaiselementosqueconstituemosmodelosdeGC
propostos,aseguirosmesmossãoapresentados.
2.1. MODELODEBOISOT
Acredita-sequeBoisotsejaumdosprimeirosautoresafazerumapropostademodelopara
GC (BOISOT, 1987 apudMCADAM;MCCREEDY, 1999)1. Seu trabalho proposto em 1987 é
analisadoporMcAdameMcCreedy(1999),apartirdosquadrantesdaFigura4.
O termo“codificado” refere-seaoconhecimentoqueestápreparadopara ser transmitido
(porexemplo,dados financeiros).O termo“nãocodificado” relaciona-seaoconhecimento
que não está preparado para transmissão (por exemplo, experiência). O termo “difuso”
refere-seaoconhecimentoqueéfacilmentepartilhado,enquantoo“nãodifuso”refere-se
aoconhecimentoquenãoéprontamentepartilhado;istoé,oconhecimentoestápreparado
1Boisot,M.InformationandOrganisations.TheManagerasAnthropologist,Fontana/Collins,Londres,1987
25
paratransmissão,masérestritoaumapequenapopulaçãoquedeveteracessoaele(por
exemplo,lucrosevalordeação).
O quadrante inferior esquerdo abrange o conhecimento “não codificado” e “não difuso”,
chamado também de conhecimento pessoal (por exemplo, percepções e experiências). O
quadrante superior direito abrange o conhecimento que é tanto “codificado”, quanto
“difuso”; ou seja, conhecimento público (por exemplo, jornais, livros, bibliotecas). O
quadrante superior esquerdo refere-se ao conhecimento “codificado”,porémnão-difuso”,
também conhecido como conhecimento de propriedade (por exemplo, planejamento
estratégico). Finalmente,oquadrante inferiordireito refere-seao conhecimentodo senso
comumque é “difuso”,mas “não codificado”. SegundoMcAdam eMcCreedy (1999), tal
conhecimento é considerado como sendo construído lentamente por um processo de
socialização,abrigandocostumeseintuição.
Figura4-ModelodeBoisot
Fonte:McAdameMcCreedy(1999)
Virkus (2014) tambémanalisaestemodeloeafirmaqueomesmoébaseadonoconceito-
chavedeuma"boainformação"quediferedeumativofísico.Ouseja,omodelodistingue
os termos informaçõesedados,enfatizandoquea informaçãoéoqueumobservador irá
extrairapartirdedados,emfunçãodesuasexpectativasouconhecimentoprévio.
Outro ponto importante do modelo é que ele considera organizações como organismos
vivos.Ou seja, o processodedesenvolvimentodo conhecimentodentrodas organizações
Conhecimentodepropriedade Conhecimentopúblico
Conhecimentopessoal Sensocomum
Codificado
Não-codificadoNão-difuso Difuso
26
estásempremudando.IstosignificaqueasempresasprecisamadotarumaestratégiadeGC
queacomodeadinamicidadedociclodeaprendizagemorganizacional.Virkus(2014)chama
issodemodeloadaptativo.
2.2. MODELODENONAKAETAKEUCHI
Omodelosugeridoem1995consideraqueoconhecimentoéumprocessodecriaçãoeestá
divididoentreconhecimentostácitoeexplícito2.Oconhecimentotrazidopelosindivíduose
que faz parte da organização deve ser disseminado coletivamente. Tomando como
referência os conhecimentos tácito e explícito, Nonaka e Takeuchi (2008) retomam os
conceitos que propuseram em 1995 3 sobre os quatro modos de conversão de
conhecimento:socialização(S),externalização(E),combinação(C)einternalização(I)–SECI
-(Figura5),osquaisforamadotadosporempresasjaponesasparacriaçãoemanutençãode
suasculturasorganizacionaisvisandoàGC.
Socialização é criar e compartilhar conhecimento tácito, a partir de experiência direta de
indivíduopara indivíduo.Naprática, ocorreriapormeiode atividades comodinâmicasno
localdetrabalho,sessõesinformaisebrainstorms4,interaçõescomosclientesetc.
Externalização é articular conhecimento tácito por meio do diálogo e da reflexão, de
indivíduo para grupo. Este seria o modo de conversão mais importante, por permitir a
criaçãodenovosconceitos.
2ParaNonakaeTakeuchi(2008),conhecimentotácitoéaqueledifícildesercodificado,ouseja,expressoporpalavras, fruto das experiências pessoais. Já o conhecimento explícito é objetivo e mais simples de sercodificado, ou seja, formalizado compalavras, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e emgrande escala. Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muitoformalmente.
3NONAKA,I;TAKEUCHI,H.TheKnowledge-CreatingCompany:HowJapaneseCompaniesCreatetheDynamicsofInnovation.OxfordUniversityPress.NovaIorque,1995.
4 Brainstormings são encontros que estimulam a geração de ideias. Tudo pode, menos dizer não. Éespecialmenteusadonoiníciodeumareuniãoouoficinaparaobterumavisãogeraldaexperiênciadisponívelouideiasaseremconstruídas(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012).
27
Combinaçãoésistematizareaplicaroconhecimentoexplícitoeainformação,degrupopara
organização. É neste ponto do processo de criação de conhecimento que surgiriam os
primeirosprotótiposemodelosreais.
Internalização é aprender e adquirir novo conhecimento tácito, de organização para
indivíduo. Aqui as organizações passariam a vivenciar o resultado prático do novo
conhecimento;ouseja,desenvolveriamumconhecimentooperacional.
Figura5-Modosdeconversãodeconhecimento
Fonte:NonakaeTakeuchi(2008)
CONHECIMENTOTÁCITO
CONHECIMENTOEXPLÍCITO
CONHECIM
ENTO
EXPLÍCITO
CONHE
CIMEN
TOTÁC
ITO
i:indivíduog:grupoo:organização
i i i
i
i
i
g
i
og
g
g
gg o
SOCIALIZAÇÃO EXTERNALIZAÇÃO
COMBINAÇÃOINTERNALIZAÇÃO
28
Osmesmosautoresafirmamqueoconhecimentoécriadoapenaspor indivíduos;ouseja,
umaorganizaçãonãopodecriarconhecimentoporsi.Comisso,é importantequeapóiee
estimuleatividadesoucontextosgeradoresdeconhecimento.
A criação de conhecimento organizacional deve ser entendida como um processo que
aculture conhecimento dos indivíduos no nível do grupo pormeio do diálogo, discussão,
compartilhamentodeexperiências,comunidadesdeprática(CoP’s)5ougruposdeinovação.
2.3. MODELOSKANDIA
NaclassificaçãodeMcAdameMcCreedy(1999),esteéummodelodecapitalintelectual;ou
seja, assumem que o conhecimento pode ser tratado como um ativo similar a outros. O
modelo Skandia, apresentado em 1997 e representado na Figura 6, dá grande ênfase à
mediçãoassociadaacadaativo.
EstemodelofoidesenvolvidopelaempresafinanceiraSkandiaAFSeserveparamensuraro
valordaempresaatravésdoscapitaisfinanceiroeintelectual.Esteúltimoécompostopelos
capitaishumanoeestrutural.
O capital humano está relacionado às competências e habilidades dos colaboradores. O
capital estrutural engloba os sistemas, bancos de dados, processos, marcas, manuais e
outrosrecursos(GONÇALO;JUNGES;BORGES,2010).
5Oconceitodecomunidadedeprática(CoP)foicriadoporEtienneWengerepodeserentendidocomoumgrupodeindivíduosquesereúnemperiodicamenteporpossuíremuminteressecomumnoaprendizadoenaaplicaçãodealgoasermelhoradoouinventado(TAKIMOTO,2012).
29
Figura6-ModeloSkandia
Fonte:McAdameMcCreedy(1999)
2.4. MODELODEDEMAREST
OmodelodeGCdeDemarestdesenhadoem1997éumaadaptaçãodomodelodeClarke
Staunton(MCADAM;MCCREEDY,1999).Emprimeirolugar,omodeloenfatizaaconstrução
do conhecimento dentro da organização. Esta construção não é limitada a entradas
científicas, mas é visto como incluindo a construção social do conhecimento. O modelo
assumequeoconhecimentoconstruídoéentãoenraizadonaorganizaçãonãoapenaspor
programasexplícitos,maspormeiodeumprocessodeintercâmbiosocial.
AssetasescurasnaFigura7mostramadireçãodofluxoprincipal,enquantoassetasclaras
mostramosfluxossecundários.
SegundoMcAdameMcCreedy(1999),omodeloéatraentevistoquenãoassumequalquer
Valordemercado
Capitalintelectual
Capitalfinanceiro
CapitalestruturalCapitalhumano
CapitalorganizacionalCapitaldecliente
Relaçõesdocliente
Basedocliente
Potencialdocliente
Capitaldeprocesso
Capitaldeinovação
30
definição de conhecimento, mas sim apresenta uma abordagem mais holística para a
construção do conhecimento. Para os mesmos autores, setas de fluxo principal são uma
limitação na medida em que implica que os fluxos secundários são menos importantes.
Também implica uma abordagem processual simplista; enquanto que, na realidade, os
fluxos de transferência de conhecimento podem ser extremamente rápidos (MCADAM;
MCCREEDY,1999).
SegundoHaslindaeSarinah(2009),omodelodeGCdeDemarestenfatizaaconstruçãodo
conhecimento dentro de uma organização. Esta construção não é limitada apenas às
entradascientíficas,mastambémàssociais.
Figura7-ModelodeDemarest
Fonte:McAdameMcCreedy(1999)
2.5. MODELODECHOO
ParaVirkus(2014),estemodelocriadoem1998,apresentadonaFigura8,salientaacriação
designificado,acriaçãodeconhecimentoeatomadadedecisão.
Oseuobjetivoalongoprazoéagarantiadequeasorganizaçõesvãoseadaptarecontinuar
aprosperaremumambientedinâmicoecomplexopormeiodeatividadesdeprospecçãoe
Construçãodoconhecimento
Disseminaçãodoconhecimento
Uso
Incorporaçãodoconhecimento
31
interpretação de informação relevantes que lhes permitam compreender as mudanças,
tendências e cenários sobre clientes, fornecedores, concorrentes e outros agentes do
ambienteexterno.
Figura8-ModelodeChoo
Fonte:Choo(2016)
2.6. MODELOMAKE
O prêmioMAKE –Most Admired Knowledge Enterprise – foi criado pela Teleos, empresa
britânicadepesquisaindependenteemáreasdegerenciamentodeconhecimentoecapital
intelectual, em 1998 (TKN, 2015). Ele busca reconhecer organizações que gerem valor ao
acionista, transformemo conhecimento tácito emexplícito eutilizemo capital intelectual
para desenvolvimento de produtos, serviços e melhores soluções. O prêmio utiliza-se de
umametodologiaqueavaliacomnotasde1a10amaturidadedaorganizaçãoapartirde
oitocritérios,compostosporsubcritérios.OsoitocritériossãoapresentadosnaFigura9.
Preferências
Ro.nasRegras
CRIAÇÃODOSIGNIFICADO
Crenças
RepresentaçõesInterpretações
ConhecimentoCultural
Conhecimentotácito
ConhecimentoExplícito
CONSTRUÇÃODOCONHECIMENTO TOMADADEDECISÕES
ConhecimentoExterno
Significadosepropósitoscomuns
Significadosepropósitoscomuns
Sinaisdoambiente
Novascapacidadeseinovações
32
Figura9-OitocritériosMAKE
Fonte:adaptadodeTNKBrasil(2011)
Oauditorescredenciadospeloprêmioatribuemnotasapartirdaclassificaçãoapresentada
noQuadro1.
Quadro1–Atribuiçãodenotasparacadasubcritério
Conceito Significado Escala
Excelente|Completo Atendeamaisde80%dositensdadimensão 9a10
Bom|Evidência Atendeamaisde60%dositensdadimensão 7a8
Regular|MédiaEvidência Atendeapelomenos50%dositensdadimensão 5a6
Fraco|Poucaevidência Atendeamenosde40%dositensdadimensão 3a4
Inexistente|Rarasevidências Atendeamenosque20%dositensdadimensão 1a2
Fonte:TNKBrasil(2011)
O critério um - Cultura Organizacional - é definido pela capacidade da organização em
estabelecer uma cultura corporativa baseada no conhecimento. A cultura organizacional
representa as normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos
membrosdeumaorganizaçãonoseudia-a-diaequedirecionasuasaçõesparaoalcancede
Culturabaseadano
conhecimento
Liderançaesuporte
Produtoseserviços(inovação)
Capitalintelectual
Compar:lhamentodeconhecimento
Aprendizadoorganizacional
Criaçãodevalorparaclientes
Criaçãodevalorparaacionistas
33
seus objetivos. Em outras palavras, a cultura organizacional é um conjunto de hábitos e
crenças,estabelecidospormeiodenormas,valores,atitudeseexpectativascompartilhadas
portodososmembrosdaorganização(TKNBrasil,2011).
Ocritériodois -Liderança–déacapacidadedaorganizaçãoemorientarsuas liderançasa
fimdequeasmesmas forneçam suportepara a estratégiadeGC. Procura-sedescrevero
novolídercomoummentor,desenvolvedor,facilitadoradequadoaodesenhodeumnovo
modelo de organização e que influencie positivamente as iniciativas de GC (TKN Brasil,
2011).
O critério três - Inovação - é descrito como a capacidade da organização emmensurar o
valor agregado pela inovação e criação do conhecimento organizacional. O processo de
gestão da inovação, por ser dinâmico, requer acompanhamento, avaliação, atualização e
redirecionamento constantes, aprendendo com o sucesso e com o fracasso, sendo
necessário estabelecer e monitorar um sistema de indicadores que considere, além da
relação custo/benefício (tangíveis e intangíveis), os 4 pilares do processo: pessoas
(adequação e capacitação de equipes), estratégia (clareza de foco e desdobramentos),
processos (efetividade e eficácia) e recursos - disponibilidades e adequação aos objetivos
empresariais(TKNBrasil,2011).
Ocritérioquatro-CapitalIntelectual-éacapacidadedaorganizaçãoempromoveraçõesde
identificação, reconhecimento, estímulo e desenvolvimento do capital intelectual da
organização. Para a metodologia, o capital intelectual é formado por: capital humano,
capital estrutural e capital do cliente. Capital humano são as qualificações, habilidades,
conhecimento e a criatividade das pessoas. É; portanto, composto pelo conhecimento,
poderde inovaçãoehabilidadedosempregados,alémdosvalores,culturaea filosofiada
empresa.Capitalestruturaléapartequepertenceàempresacomoosbancosdedadoseos
manuaisdeprocedimentos.Incluiequipamentosdeinformática,bancodedados,patentes,
marcasregistradasetudoqueapoiaaprodutividadedoscolaboradores.Capitaldosclientes
éovalordorelacionamentocomosclientes,alealdadedelesàmarcadaempresa,oquanto
elaconheceasnecessidadesdeseusclienteseantecipadamenteresolveseusproblemas.De
formaresumida;paraoprêmio,capital intelectualévalordemercado(VM)menosovalor
patrimonial(VP);ouseja,CI=VM–VP(TKNBrasil,2011).
34
O critério cinco – Compartilhamento - é definido como a capacidade da organização em
sensibilizarseuscolaboradoresnocompartilhamentodoseuconhecimentoestratégico.Um
aspectodosignificadodocompartilharéodeparticipar,utilizar,experimentaroudesfrutar
comosoutrossemnenhumaimplicaçãoparticulardepropriedade(TKNBrasil,2011).
Ocritérioseis–Aprendizado-éacapacidadedaorganizaçãodefacilitarodesenvolvimento
de estratégias de aquisição,manutenção e transferência de aprendizagementre todos os
níveis, auxiliando ou potencializando o desenvolvimento das competências individuais e
organizacionais. A aprendizagem é uma ação educativa, tem como finalidade ajudar a
desenvolver nos indivíduos as capacidades que os tornem capazes de estabelecer uma
relaçãopessoal comomeio emque vivem,utilizando-sedas suas capacidades cognitivas,
afetivas e linguísticas. Em outras palavras, é o modo como as pessoas adquirem novos
conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o seu comportamento (TKN Brasil,
2011).
Ocritériosete-RelacionamentocomoCliente-refere-seàcapacidadedaorganizaçãodese
valerdoconhecimentodeseusclientes(oudetodaasuacadeiadevalor)paraagregarvalor
aosseusprodutos,serviçoseprocessos.Orelacionamentocomoclientevisabasicamente
mapear os clientes mais rentáveis (em nível financeiro e de valor agregado) e gerir o
relacionamentocomelesvisandoanteciparsuasnecessidades(atuaisepotenciais)juntoao
serviço,produtoouprocessodaorganização(TKNBrasil,2011).
Porfim,ocritériooito-GeraçãodeValorparaosAcionistas-éacapacidadedaorganização
em utilizar o conhecimento para gerar valor à cadeia de valor. Isso significa observar a
estratégia organizacional a partir do conhecimento existente. Avalia principalmente a
condiçãodaorganizaçãoemsevalerdoconhecimentoquepossuie implementarprojetos
quetragamretornoclaroparaacadeia(TKNBrasil,2011).
2.7. MODELODETERRA
Omodelo dematuridade proposto por Terra (2000) divide as empresas em três grupos:
empresasqueaprendem,empresas tradicionaiseempresasatrasadas.Estesgrupos foram
criados a partir de uma pesquisa com 587 gerentes e diretores de empresas levando em
35
consideração sete dimensões: alta administração, cultura organizacional, estrutura
organizacional, recursos humanos, sistemas de informação, práticas de mensuração e
divulgaçãode resultados eosprocessosde aprendizadopormeiode alianças comoutras
empresas. Estasdimensões, segundooautor, relacionam-se comonívelestratégico,nível
organizacionaleinfraestrutura,comoilustraaFigura10.
Figura10-ModelodeTerra
Fonte:Terra(2000)
A dimensão alta administração (1) define os campos de conhecimento que deverão ser
prioridade no aprendizado dos funcionários, a partir da estratégia organizacional e das
metascorporativas.Jáaculturaorganizacional(2)avaliaseaempresaévoltadaàinovaçãoe
àaprendizagemcontínua.Aestruturaorganizacional(3)avaliadequeformaaspessoasse
organizamparagerarnovosconhecimentosequalograudeautonomiadentrodaempresa.
As políticas de recursos humanos (4) estão associadas à análise de aquisição do
conhecimentotantointernoquantoexternoàempresaetambémcomoesteconhecimento
é gerado, difundido e armazenado. A dimensão que avalia os sistemas de informação (5)
foca no uso de tecnologias da informação que auxiliam na captação, difusão e
armazenamento do conhecimento. A mensuração de resultados (6) avalia os ganhos
empresariaisapartirdaGC.E,porfim,oaprendizadocomoambiente(7)analisaainteração
Clientes
VisãoeEstratégia–Altaadministração
Polí8caderecursoshumanos
Culturaorganizacional
Estruturaorganizacional
SistemasdeInformação
Mensuraçãoderesultados
Concorrência
Governo
Fornecedores
Parceiros
Universidades
Ambienteexterno
Empresa
Nívelestratégico
Infraestrutura
Nívelorganizacional
7
1
2 34
5 6
36
comoutrasempresaseoaprendizadocomosclientes.
Empresas que aprendem são as que utilizam práticas de GC na rotina do trabalho e
apresentamdesempenhoempresarial superior,queéavaliadoatravésdesuaparticipação
no mercado. Em pesquisa realizada por Terra (1999), constatou-se que este grupo é
composto em sua maioria por empresas estrangeiras, de grande porte, com atividade
exportadoraequeatuamemsetoresdeponta.
Osegundogrupo,compostopelasempresastradicionais,apresentampráticasdeGC,porém
estasnãofazempartedarotinaempresarial,sendoapenaspráticaspontuais.Asempresas
deste grupo apresentam um desempenho empresarial menos favorável que o primeiro
grupo,poucaatividadedeexportaçãoecapitalpredominantementenacional(TERRA,1999).
O último grupo, classificado como pequenas atrasadas, é formado pelas empresas que
possuem poucas práticas de GC e possuem capital predominantemente nacional, com
pequenaparticipaçãonomercadoesematividadeexportadora(TERRA,1999).
O autor afirma como uma das conclusões da tese que as práticas gerenciais que foram
relacionadas à GC estão associadas aos melhores desempenhos empresariais. São elas:
liderançaeculturavoltadaparaaexperimentação(épermitidoerrar),paraainovação
e para a busca de grandes desafios; trabalho com equipes multidisciplinares e
interdepartamentais; criação de diferentes oportunidades para o estabelecimento de
contatospessoais como forma de desenvolver, difundir e assimilar o conhecimento
tácitodosfuncionários;acessoàinformaçãoeaoconhecimentoorganizacional;incentivo
à diversidade e ao desenvolvimento pessoal e profissional; inserção individual e
organizacionalnoambienteexternoàorganização(TERRA,1999).
Utilizandoametodologiaproposta, Crema (2003) realizou testes estatísticos comobjetivo
de classificar empresas construtoras em um dos três grupos. Verificou-se que as
construtorasavaliadasenquadravam-senasempresastradicionais.
37
2.8. MODELODESTANKOSKYEBALDANZA
Este modelo surgiu em 2001 e aborda fatores favoráveis como a aprendizagem, cultura,
liderança,organizaçãoetecnologia.AFigura11abrangeumaamplagamadedisciplinasde
suportequeincluemciênciacognitiva,comunicaçãoindividualecomportamento,psicologia,
finanças,economia,recursoshumanoseorganizacionais,gestão,planejamentoestratégico,
sistema, reengenharia deprocessos, engenharia de sistemas, tecnologias de informaçãoe
biblioteconomia(HASLINDA;SARINAH,2009).
Figura11-ModelodeStankoskyeBaldanza
Fonte:HaslindaeSarinah(2009)
Neste modelo é sugerido que os quatro principais pilares (fatores a favor) de uma
organização são liderança, estrutura organizacional, infraestrutura de tecnologia e
aprendizagem,conformemostraaFigura12.
Fatoresafavor:§ Aprendizagem§ Liderança§ Organização,
estruturaecultura§ Tecnologia
Gestãodoconhecimento
Disciplinas:§ CiênciacogniBva§ Comunicação§ Comportamentoindivduale
organizacional§ Psicologia§ Finanças§ Economia§ Recursoshumanos§ Gestão§ Planejamentoestratégico§ Pensamentosistêmico§ Processodereengenharia§ Sistemasdeengenharia§ TecnologiadaInformação§ SoJwareebiblioteconomia
38
Figura12-OsquatropilaresdaGestãodoConhecimento
Fonte:StankoskyeBaldanza(2001)
2.9. MODELODESVEIBY;LINARDEDVORSKY
Facilitar e incentivar a transferência de conhecimento é etapa fundamental para que a
inovaçãoaconteça. Sveiby; LinardeDvorsky (2002)destacama importânciadas trocasde
conhecimentoparaqueaGCtragaosretornosesperadospelasempresas.
Essesautoresdestacamaquiloquechamamdedezquestõesestratégicasdeconhecimento
quepermeiamdesdeoindivíduoatéagentesexternosdaorganização(Figura13).
A competência individual está relacionada com o indivíduo e sua experiência, habilidade,
conhecimentoeatitude. Jáaestrutura internacomaorganização;ou seja,apessoasque
fazem parte de cada área. Por fim, a estrutura externa relaciona clientes, fornecedores,
concorrentesetc.
INFLUÊNCIASDOAMBIENTE
Governamental
Econômica
Polí@ca
Social
Liderança Organização Tecnologia Aprendizagem
GESTÃODOCONHECIMENTOAArquiteturadaEngenharia
Empresarial
Liderança Organização Tecnologia Aprendizagem
DISCIPLINASMÚLTIPLASEngenhariade
SistemasDesenvolvimento
OperacionalGestãodeSistemas Comportamento
39
Figura13-Dezquestõesestratégicasdeconhecimento
Fonte:adaptadodeSveiby;LinardeDvorsky(2002)
2.10. MODELOKMMM
Omodelo apresentadopela empresa Siemens, segundo Ehmse Langen (2002), apresenta
dados de saída tanto qualitativos quanto quantitativos sobre o estado da GC em uma
organização.OKMMM(KnowledgeManagementMaturityModel)consisteemummodelo
de análise do estágio de maturidade da GC dentro de uma organização. O diagnóstico
resultante deste modelo revela quais as principais áreas e temas que devem ser
desenvolvidos para que avancem de nível dematuridade e com isso atinjam um grau de
excelênciamaiornofuturo,conformeapresentadonaFigura14.
O modelo de desenvolvimento apresenta cinco níveis de maturidade de GC, conforme a
Figura15.Estaideiabaseia-senosníveisdoCMM(CapabilityMaturityModel)doSoftware
Engineering InstitutedaUniversidadeCarnegieMellon.Noentanto,a transferênciaparao
domínio da GC representa um desenvolvimento completamente novo (EHMS; LANGEN,
2002).
2trocasdeindivíduosparaestruturaexterna
1trocasentreindivíduos
3trocasdeestruturaexternaparaindivíduos
4trocasdeindivíduosparaestruturainterna
5trocasdeestruturainternaparaindivíduos
6trocasdentrodaestruturaexterna
7trocasdeestruturaexternaparainterna
8trocasdeestruturainternaparaexterna
9trocasdentrodeestruturainterna
10maximizaracriaçãodevalor– vertodooprocesso
EstruturaInterna
CompetênciaIndividual
EstruturaExterna $
$
B A
CC
BA
40
Figura14-AsoitoáreaschavesdeGC
Fonte:EhmseLangen(2002)
Figura15-OscinconíveisdeMaturidadedaGC
Fonte:EhmseLangen(2002)
Estratégia,Metasdo
Conhecimento
Ambiente,Parcerias
Pessoas,Competências
Colaboração,Cultura
Liderança,Suporte
EstruturaeFormasde
Conhecimento
Tecnologia,Infraestrutura
Processos,Escopos
Organizacionais
ProcessosdoConhecimento
SistemasHolísGcosdeGCProjetosdeGC
O"mizado
Gerenciado
Definido
Replicável
Inicial
41
• Nível de Maturidade Inicial: em todas as organizações o conhecimento existente
estápresente,masnemsempredemaneiraorganizada.Asorganizaçõesqueestão
neste nível possuem processos de trocas, criação e uso não consciente; ou seja,
atividades de sucesso relacionadas ao conhecimento são vistas comoumgolpe de
sorteenãocomoresultadodemetaseplanejamento.Nãohánenhumalinguagem
para descrever fenômenos ou problemas a partir de uma perspectiva do
conhecimento,tudoqueacontececomrelaçãoaissoéaleatórioeconsequênciada
sorte.
• Nível de Maturidade Replicável: no nível 2 organizações já reconhecem a
importância das atividades de GC para os seus negócios. Os processos
organizacionais são parcialmente descritos como tarefas de GC e, em virtude das
ideias de iniciativas pioneiras individuais em GC, projetos-piloto sobre GC
normalmente existem. O sucesso ou fracasso desses projetos é um tópico de
discussão dentro da organização. Se as condições são favoráveis, essas atividades
individuaispodemservirdeexemplospositivosparaoutrasatividadesdeGC.
• NíveldeMaturidadeDefinido:nonível3háatividadesestáveisequesãopraticadas
dentrodaorganização;ouseja,háatividadesqueefetivamentesuportamaGCdos
indivíduos.Estasatividadessãointegradasnosprocessosdetrabalhododia-a-diae
nossistemasdeTI.OsescoposindividuaisdeGCjáestãobemdefinidos.
• NíveldeMaturidadeGerenciado:quandoasatividadesdonível3passamporuma
padronizaçãoemaioruso,englobandotodasasáreasdaorganização,passa-separa
onível4dematuridadedeGC.Issoquerdizerqueassoluçõesencontradasnonível3
fluíram bem e foram explicitadas em normas e procedimentos para toda a
organização. Indicadores relativos à eficácia destas atividades de GC são
regularmente medidos. As atividades são garantidas a longo prazo por toda a
organizaçãoeossistemasdeapoiodeGCtambémjáestãomaisrobustos.
• Nível de Maturidade Otimizado: no nível 5 a organização já desenvolveu a
capacidadedeseadaptarcomflexibilidadeafimdeatenderaosnovosrequisitosde
GC,semdeixarcairumníveldematuridade.Estesdesafiossãosuperados,mesmono
caso de alterações externas ou internas maiores. Os instrumentos de medição já
introduzidosnonível4sãousadosemcombinaçãocomoutrosinstrumentosparao
controle estratégico. Não há desafios que não podem ser resolvidos com as
42
ferramentasdeGCestabelecidas.
O modelo KMMM não permite que uma organização pule um nível, uma vez que é
altamente improvável que o nível alcançado serámantido pormuito tempo desta forma.
Sendo assim, omodelo propõe oito áreas-chave de GC que auxiliarão na consistência da
maturidadedasorganizações.
Os níveis de maturidade foram definidos independentemente de atividades e condições
específicas da GC. As áreas-chave são baseadas nos facilitadores da EFQM (Fundação
EuropeiaparaaGestãodaQualidade),queforamestendidosparaaGC.Arepresentaçãodas
áreas-chave em um octógono expressa relações conceituais através de um arranjo que
indicaasrelaçõesentrecadafacilitador.Ossetoresadjacentesestãopróximosemtermosde
conteúdo,enquantoossetoresopostosapresentamconteúdosdistintos.Sãoeles:
• EstratégiaeMetasdoconhecimento:sãoavaliadosaspectosdavisãocorporativae
definição de metas no que diz respeito à GC. O comportamento da alta
administraçãoeoapoiofinanceirosãoanalisados.
• Ambiente e Parcerias: avaliam-seosagentesde foradaorganizaçãoquepossuem
relaçãocomamesma,comoclientes,parceiroseconcorrentes,porexemplo.Apartir
daísãoavaliadososproblemasdecorrentesdautilizaçãodeconhecimentoexterno.
• Pessoas e Competências: Estão incluídos tópicos como seleção de pessoal,
desenvolvimento e suporte, bem como temas relacionados com a gestão de
responsabilidadeeauto-gestão.
• Colaboração e Cultura: este tópico inclue a cultura corporativa, comunicação da
equipeouredederelacionamento.
• Liderança e Apoio: esta área-chave abrange questões de liderança, tais como
modelosdegestãoe acordo sobremetas.Analisaospapéisdesempenhadospelos
gestores, mas também outros participantes, em relação ao pessoal de apoio nas
atividadesdeGC.
• EstruturasdeconhecimentoeFormasdeconhecimento:ostemasdestaárea-chave
descrevemaspectos da estruturaçãodabasedo conhecimentoorganizacional. São
avaliadososdocumentosdisponíveisparaclassificaçãodoconhecimentodisponível.
• Tecnologia e Infraestrutura:este tópico lida comosaspectosdeTIe suagestãoa
43
partirdosuportedesistemas.
• Processos, Funções e Organização: esta área-chave descreve as questões
relacionadascomaestruturaorganizacionaleaatribuiçãodepapéisdaGC.Aênfase
é dada aos aspectos de organização do processo no contexto de umaorganização
baseadaemprocessos.OobjetivoédescobrircomoasatividadesdeGCpodemser
adicionadasaestesprocessosdenegóciosespecíficos.
Paracadaumdestestemas,requisitosespeciaisforamformulados.Destaformaépossível
avaliar como foram cumpridos. Seria ingênuo acreditar que o desenvolvimento
organizacionalemdireçãodaGCpodeserconduzidocomsucessocomapenasumchecklist
sobre o assunto. Omais importante é que omodelo seja utilizado a partir de uma visão
holística.
2.11. MODELODOEKMF
OmodelodoEKMF(EuropeanKnowledgeManagementForum)apresentadoem2002no
FórumEuropeudeGC(2002)divideaGCem8módulosparaimplementação:
1. EstratégiasdeGC:nestemóduloosobjetivosdevemserestabelecidos,adireçãoea
maneiraparaalcançarestesobjetivostambém.
2. HumanoeSocial:definiçãodospapéisparacadaenvolvidonoprocesso.
3. AspectosorganizacionaisdeGC:estruturaorganizacionalalinhadacomaGC.
4. ProcessosdeGC:definiçãodosprocessosaseremadotadosparaGCnaempresa.
5. TecnologiasdeGC:indicaçãodetecnologiaparacadaproposição.
6. Liderança:introduçãodeumlíderdeGCdentrodaorganizaçãoedefiniçãodoseu
escopo.
7. PerformanceemétricasdeGC:indicadoresematuridadedaGC.
8. CasosdeGC:aspectospráticosparaimplementaçãonasorganizações.
44
Apartirdestesoitomódulos,entende-sequeépossívelgerenciaroconhecimentode
maneiraareutilizá-loeainovar.AFigura16ilustraomodeloproposto.
Figura16–ModeloEKMF
Fonte:AdaptadodePawlowskieBick(2012)
2.12. MODELODEFRID
Estemodelode2003apresentacinconíveisdeavaliaçãodematuridadeeimplementaçãode
GC, conformemostra a Figura 17. Os níveis são de conhecimento caótico, conhecimento
consciente, conhecimento focado, conhecimento gerenciado e conhecimento no centro
(HASLINDA;SARINAH,2009)
Oprimeironível, conhecimentocaótico, sugerequeasorganizaçõesqueestãonestenível
estãoemprocessodecompreensãoeimplementaçãodaGC.Ouseja,possuemumavisãode
GC,comalgunsobjetivos.
Osegundonível,conhecimentoconsciente,sugerequeasorganizaçõesestãoemumdegrau
acima daquelas com conhecimentos caótico. A organização neste momento deve
concentrar-se no desenvolvimento de um mapa de conhecimentos e trabalhar
colaborativamente.
GC-Estratégias
GC– FatoresHimanos+Sociais
GC– Performancee
Medição
GC– EstudosdeCasos
Inovação
Reu>lizaçãodoConhecimento
GC-Organização
GC-Processos
GC-Tecnologias
Liderança
45
Noterceironível,oconhecimentofocado,indicaqueasorganizaçõesjápassaramdafasede
implantação.OrganizaçõesnestemomentodevemincorporaraGCemprocessos;fornecer
infraestrutura deGC, serviços e treinamentos; apoio aos recém contratados e incentivo à
comunidadedeconhecimento.Devemtambémmonitorare informarsobre indicadoresde
GCeincluirGCemorçamentos.
Oquartoníveldenominadocomooconhecimentogerencialconseguiuadotarasatividades
fundamentaissugeridasnonívelum,doisetrêsedevemtentarincorporarGCemavaliações
dedesempenhoetambémemplanosdenegócios.
Finalmente, o conhecimento no centro, é o maior de todos os níveis de maturidade. As
organizaçõesdevem focarem institucionalizar iniciativasde sucesso, valorizandoosativos
intelectuais. Estas atividades diferenciam os tipos de conhecimento. Além disso, todas as
atividadesdeGCdevemteramesmaênfasenestenível.
Figura17-ModelodeFrid
Fonte:HaslindaeSarinah(2009)
Conhecimentonocentro
Conhecimentogerido
Conhecimentofocado
Conhecimentoconsciente
Conhecimentocaó2co
Nível1
Nível2
Nível3
Nível4
Nível5
Compreendereimplementarobje0vos,visãoeoutrosindicadoresdeGC
AdotaredefendernasáreasavisãoemetasdaGC
Começarafocarema0vidadesnovasdeGC
Ins0tucionalizarinicia0vasdeGCeavaliara0vosintelectuais
IncorporarGCnaperformanceenoplanodenegócios
46
2.13. MODELODOINSTITUTOFRAUNHOFER
A pesquisa bibliográfica conduziu a um modelo de referência de GC desenvolvido pelos
pesquisadores do Instituto Fraunhofer em 2003, cuja aplicação envolveu um estudo de
campocom160empresas,dasquaismaisdedoisterçosenquadram-secomoempresasde
alta intensidadetecnológica,deumuniversototalde1200empresaseuropéias (MERTINS;
HEISIG;VORBECK,2003).
A Figura 18 apresenta omodelo.Uma das contribuições destemodelo refere-se aos três
níveis propostos de ação (camadas), que foram especificados a partir da ampla pesquisa
realizadaentre2002e2003pelopesquisadorPeterHeisig(HEISIG,2009).Astrêscamadas
são:focononegócio,foconoconhecimentoefoconosfatorescríticos.
• Focononegócio:aplicaçãoegeraçãodeconhecimentodedomínioespecíficoesuas
tarefas são o objeto central nesta dimensão. A GC tem que demonstrar seus
benefíciosparaosprocessos-chavedeumaorganização,nãosósobaperspectivada
gestão,mastambémsobaperspectivadostrabalhadoresdoconhecimento.
• Foconoconhecimento:otratamentosistemáticodoconhecimentopodeserdescrito
apartirdepelomenosquatroatividadesprincipais:criar,armazenar,compartilhare
aplicar.EssasatividadesdeGCdevemsermescladascomasatividadesexistentese
integradas ao processo de negócios e ao produto gerado. Este produto pode ser
reutilizado pelo mesmo ou por outro processo dentro ou fora da organização. O
conhecimento em si poderia aparecer em diferentes formas. A organização deve
determinar quais formas contribuem mais para seus objetivos estratégicos e de
negócios.
• Foconosfatorescríticos:umaGCbemsucedidaesustentávelnecessitadoapoiodos
seguintes fatores: cultura; organização; estratégia e liderança; habilidades e
motivação; controles e medição; TI. Experiências práticas mostraram que uma
avaliaçãoadequadadeGCrelacionadaaessesfatoresdeveserrealizadanoiníciode
qualquer iniciativadeGC.A implementaçãodesucessogeralmenterequermedidas
adequadasrelacionadasaestesfatores.
Emoutraspalavras,aprimeiracamadaestabelecequeaGCsejafocadapermanentemente
em valor adicionado aos processos de negócio, isto porque esses definem o campo ou
47
domínios do conhecimento. A segunda camada refere-se aos processos essenciais de GC
divididos em quatro atividades: criação de novos conhecimentos; armazenamento dos
conhecimentos;distribuição(transferência)eaplicaçãodoconhecimento.Porfim,aterceira
camada,chamadatambémde“ÁreasDefinidasparaaGestãodoConhecimento”oucampos
definidos para a GC, engloba: cultura organizacional; liderança; recursos humanos; TI;
organizaçãoenormas;sistemasdecontrole.
Os cinco itens são derivados dos fatores críticos de sucesso, identificados na pesquisa
conduzidaporHeisig(2009).Osexto item–sistemasdecontrole–éconsideradoumpré-
requisitoparamensurarosresultadosobtidoscomasatividadesdeGC.
Figura18-ModelodoInstitutoFraunhofer
Fonte:Mertins;HeisigeVorbeck(2003)
2.14. MODELODOGUIAEUROPEUDEBOASPRÁTICASEMGC
OmodelodeGCpropostonoGuiaEuropeudeBoasPráticasemGCfoiproduzidoporuma
equipedeprojetosquetrabalhaemestreitacolaboraçãocomosmembrosdoCEN(Comité
Européen deNormalisation) na área deGC de setembro de 2002 a setembro de 2003.O
trabalho incluiunoveencontrosemBruxelas,AmsterdãeBerlim,bemcomocontribuições
OrganizaçãoeNormas
CulturaOrganizacional
Liderança
Controles
TecnologiadaInformação
RecursosHumanos
ConhecimentoAplicado
ConhecimentoGerado
ConhecimentoArmazenado
ConhecimentoDistribuído
ValorAdicionado
ProcessosdoNegócio
48
por e-mail da rede de pesquisadores em GC, conectados através do endereço eletrônico
www.knowledgeboard.com(CEN,2004).
Foramanalisadosmaisde140modelosdetodoomundo,tantopensadosporpesquisadores
de GC, quanto por profissionais de GC, consultores e associações de GC. Tais modelos,
seguindo uma metodologia similar a utilizada por Heisig (2009), foram coletados,
categorizados e analisados para identificar os elementos e aspectos que são amplamente
utilizados.Tambémfoirealizadaumarevisãoporváriosespecialistasdaáreaepraticantes
deGCaolongodoprocesso.
O modelo de GC apresentado na Figura 19 considera, como no modelo do Instituto
Fraunhofer,trêscamadascomoasmaisimportantesparaaGC:
• Negócio:deveestarnocentrodequalqueriniciativadeGCerepresentaosprocessos
de agregação de valor de uma organização, que tipicamente podem incluir
desenvolvimento estratégico, inovação e desenvolvimento de produtos e/ou
serviços. Esses processos representam o contexto organizacional no qual o
conhecimentocrítico, comooconhecimentosobreprodutose serviços, clientesou
tecnologiaécriadoeaplicado.Alémdisso,essesprocessostornam-secadavezmais
interorganizacionais, à medida que as organizações operam em rede com
fornecedores,parceiroseclientes.
• Atividades do conhecimento: cinco atividades básicas de conhecimento foram
identificadascomoasmaisutilizadaspelasorganizaçõesnaEuropa:identificar,criar,
armazenar, compartilhar e usar. Vale destacar que tais atividades foram as
identificadas por Heisig (2009) entre 2002 e 2003. Elas representam a segunda
camadadaestruturaformandoumprocessointegradoesãorealizadascomoapoio
aos processos de negóciosmais amplos. A integração e o desempenho dentro de
uma organização devem ser suportados pelos métodos e ferramentas de GC
corretos.
• Facilitadores:estesrepresentamaterceiracamadaecompreendemduascategorias
principais,chamadasdeconhecimentopessoaleconhecimentoorganizacional,que
se complementam. O conhecimento pessoal inclui recursos tais como ambição;
habilidades;comportamento;métodos,ferramentasetécnicas;gestãodotempo.As
49
capacidades de conhecimento organizacional são aquelas que os líderes devem
estabelecer para facilitar o manejo efetivo do conhecimento, tais como: missão,
visão e estratégia; cultura; processo e organização; medição; tecnologia e
infraestrutura.
Figura19-ModelodoGuiaEuropeudeBoasPráticasemGC
Fonte:adaptadodeCEN(2004)
2.15. MODELODEMAIER
O modelo de GC apresentado por Maier (2007) é organizado em diferentes níveis
(estratégico, design de processos, operacional) e por tipos de conhecimento que estão
conectadospelasatividadesgenéricasdeconhecimento.Omodeloidentificaaspectos-chave
de GC, bem como possíveis ferramentas e métodos. Baseia-se em classificações e
categorizaçõesclaraseidentificafatoresdeinfluênciaesoluçõesparadiferentesfins.
Iden%ficar
Criar
ArmazenarCompar%lhar
Usar Clientes
Parceiros
Clientes
Fornecedores
ProcessosdoNegócio
Negócios
Redes
focononegócio
foconosfacilitadores
foconasa%vidades
50
Fica claro neste modelo que as trocas de conhecimento ocorrem no nível operacional.
Contudo, as camadas anteriores (estratégia e design) são fundamentais para que os
processosocorramnaterceiracamada.AFigura20apresentaomodelo.
Figura20-ModelodeMaier
Fonte:adaptadodePawlowskieBick(2012)
2.16. MODELODETUPENAITE,KANAPECKIENEENAIMAVICIENE
OmodeloapresentadonaFigura21propostoporTupenaite;KanapeckieneeNaimaviciene
(2008) é especifíco para a construção civil, porém pouco divulgado no setor, já que a
pesquisaaquirealizadanãoidentificouousoefetivodestemodelo.
O modelo é fruto dos principais problemas encontrados nas fases de construção: a
experiência de profissionais que é perdida quando os mesmos saem das empresas e os
muitos conhecimentos que não são devidamente registrados e também se perdem
(TUPENAITE;KANAPECKIENE;NAIMAVICIENE,2008).
Iden%ficaçãodelacunasdoconhecimento;desenvolvimentodeobje%voseestratégiasparaoconhecimento;monitoramento
NívelEstratégico
NíveldeDesigndeProcessos
NíveldeGestãoOperacional
ConhecimentoIndividual
ConhecimentoSubje%vo
ConhecimentoemUso
ConhecimentoIns%tucionalizado
ProdutoseServiçoscombaseemconhecimento
FontesdeConhecimento
Reprodução
AprendizagemIndividual
DesenvolvimentoPesquisa
Ins%tucionalização
Compar%lhamento
Feedback
Aplicação
AprendizagemOrganizacional
ComunicaçãoInterna(conhecimentoempurrado)
1
2 Iden%ficação 34
5
6
7
9
8
10
CulturaeAmbienteOrganizacional
ProcessoseTarefasdeconhecimento;PapéiseResponsabilidades;
RedeseComunidades
TiposdeConhecimento;Estruturasdeconhecimento;
Taxonomia;Ontologia
FerramentaseSistemasRecrutamentode
especialistas;InteligênciadeMercado
GestãodaQualidadeedoConhecimento GestãodeTecnologias OutrasGestõesGestãodePessoase
Processos
ComunicaçãoVendasDisseminação
NíveldeGestãoOperacional
51
Paraos autoresdomodelo, estesproblemaspodem ser resolvidos atravésde tecnologias
diversas.Quandooconhecimentoécoletado,opróximopassoéacriaçãodabasededados
de melhores práticas 6 . Esta base deve ser periodicamente atualizada para novas
informaçõeseaquisiçãodeconhecimento.Quandoabasededadosdemelhorespráticasé
criada, a segunda etapa é a aplicação do conhecimento e a reutilização do mesmo para
tomadadedecisõesbaseadasnoquejáexiste.
Figura21-ModelodeGCparaconstruçãocivil
Fonte:Tupenaite;KanapeckieneeNaimaviciene(2008)
6Melhorprática:práticadeGCrelacionadaaumamelhoriaemumprocesso,abordagem,técnicaouassuntoespecífico.Onovoebemsucedidoconhecimentoésuficientementebomparasubstituirumprocessoexistenteeparaserdivulgadoamplamenteemtodaaorganização.Uma"boapráticadetrabalho"ouumaabordageminovadoraqueécapturadaecompartilhadaparapromovermelhoriacontínuaeinovação(DUMITRIU,2016).
-Planoconceitual-Projeto-Legislação-Construção-Operação-Manutenção
ProjetodeInformaçãoeConhecimento
AquisiçãodeConhecimento
ConhecimentoExplícito ConhecimentoTácito
-Especificação-Desenhos-Documentosgerais-Relatos
MelhoresPráGcasBasedeConhecimento
-Processosgravados-Problemasenfrentados-Soluçãodosproblemas-Sugestãodepessoasexperientes-Inovação-Conhecimentotécnico
Basedeconhecimentoparasuporte
52
2.17. MODELODEPAWLOWSKIEBICK
OartigodePawlowskieBick(2012)apresentaoqueosautoreschamamdeModeloGlobal
deGestãodoConhecimento(Figura22),quedescrevecomponentesefatoresdeinfluência
para implementação de GC, identificando os aspectos-chave relacionados a processos e
sistemasdegerenciamentodeconhecimento.
Porumlado,orientaosprocessosdedesenvolvimento,fornecendoumespaçodesoluçãoe
fatoresdesucessoparaostomadoresdedecisãoeimplementadores.Poroutrolado,éuma
referência para os pesquisadores, namedida em que compara pesquisas, fornecendo um
conjuntodedescriçõesbemcomoaspectosqueinfluenciamosucessodassoluçõesdeGC.
O modelo global de GC também pode ser usado para orientar os processos de
desenvolvimentodeGC.Essesprocessosprecisamdeumplanejamentoclarodasatividades,
pois são cruciais para o sucesso nos processos interorganizacionais e geograficamente
distribuídos.Assim,asseguintesetapaspodemserderivadasdomodelo:
• Identificarocontextoeasbarreirasdaspartesinteressadas:emumafaseinicial,as
partesinteressadasemdiferentesunidadesorganizacionaiseorganizaçõesparceiras
sãoavaliadassobreoseucontextodeGCeasbarreirasparaousoeofornecimento
derecursosdeGC.Essaavaliaçãoéutilizadaparaidentificarpotenciaisbarreiraspara
ocompartilhamentodeconhecimento.
• Desenhar processos de compartilhamento de conhecimento: um conjunto de
processos e atividades para o compartilhamento de conhecimento, bem como os
aspectos culturais, são planejados e implementados, levando em consideração
orientações sobre incorporação de processos (em particular para funcionários)
Assim, os processos de conhecimento servem como orientação para levar em
consideraçãodiferentesfaseseparaconectá-losaprocessosbásicosdetrabalho.
• Proporcionarumainfraestruturadesuporte:combasenasbarreiras,sãoplanejadas
intervençõeseferramentasdesuporte.
• Analisarosucessodoprojeto:avaliarosucessodosprojetoséessencial.Osprojetos
de GC precisam mostrar evidências claras de que as melhorias contínuas são
alcançadas.Paraisso,indicadoresdeGCsãoessenciais.
53
Omodeloécompostopor5camadas.Sãoelas:
• Processos: o núcleo do modelo engloba os processos de negócios e denotam os
principais processos de uma organização, como o ensino em organizações
educacionais ou o desenvolvimento e implantação de software para empresas de
software. Os principais processos de negócios são suportados por processos de
conhecimento que permitem o gerenciamento do conhecimento dentro e fora da
organização.Nocontextoglobal,essesprocessosestãoaltamente relacionadosaos
processos externos com as partes interessadas que estão distribuídas em todo o
mundo.
• Stakeholders e contexto: descreve as características das partes interessadas
(stakeholders) que podem ser indivíduos, organizações ou sociedade. Descreve o
contexto ou ambiente em que a GC ocorre. Namaioria dos casos, relaciona-se às
organizações (cultura organizacional, estratégia) ou sociedade (cultura étnica,
infraestruturastecnológicas,políticas).Ofoconestacategoriaéaanálisedeaspectos
culturais que influenciam a comunicação, a colaboração e a coordenação dos
processosdeconhecimento.
• Conhecimento: descreve e caracteriza os aspectos e elementos do conhecimento
que são compartilhados ou necessários na organização. Destaca os problemas a
seremresolvidosparaaGC,bemcomoosrecursosnecessáriosparatal.
• Instrumentos e intervenções: métodos e atividades para realizar os processos de
conhecimento. As principais categorias são instrumentos orientados para o ser
humanoeinstrumentostecnológicos.
• Resultados: descrevem os principais resultados dos processos de conhecimento
usandoalgumaformadeavaliaçãoemétricas.Dopontodevistadoconhecimento,é
importanteavaliaro conhecimento recém-geradoouutilizado,bemcomomedidas
do conhecimento e seu impacto. A medição do sucesso da GC pode ser feita
principalmente em um nível geral ou para componentes específicos, como
capacidadesorganizacionaisoudesenvolvimentodeconhecimentooucompetência.
54
Figura22-ModeloPawlowskieBick
Fonte:PawlowskieBick(2012)
2.18. ANÁLISEDOSMODELOSDEGC
ParaKuriakoseetal.(2010),modelosdeGCpodemsercomparadossegundoseiscritérios:
contexto;aplicabilidade;estágios;avaliação;validaçãoeáreas-chaves.
• Contexto:refere-seaocontextoemquecadamodelofoidesenvolvido.Porexemplo,
o modelo pode ter sido desenvolvido para um determinado setor, ou para uma
determinadaempresa,ousergenérico.
• Aplicabilidade: refere-se a que entidade cada modelo pode ser aplicado. Por
exemplo:omodelopodeseraplicadoparaqualquerempresa,ousomenteparaum
determinadosetor,ouparaumadeterminadaempresa.
• Estágios: refere-se à quantidade de estágios/etapas/camadas/critérios de cada
modelo.
Validação,Feedback,Melhorias
Cultura
Estratégias
Infraestruturas
Sociedade Organização Indivíduo
Stakeholders
Performance Conhecimento Indicadores
Resultados
IntervençãoA IntervençãoCIntervençãoB
Instrumentos
Conh
ecim
ento
ProcessosdeConhecimento
Processos
Contexto
Prob
lemas
Recursos
TecnologiaseFerram
entasHum
anos
cria
embarca
influencia
influencia
corre
uso
muda
performa
suporta
guia
influencia mede
melhorar Medidopor
Medidopor
habilita
habilita
55
• Avaliação: refere-se à indicação de uma metodologia específica para aplicação
prática do modelo. Pode ser classificada como objetiva, quando a ferramenta é
descritanomodelo;subjetiva,quandodescrevecomoomodelofoiaplicadoeseus
resultados,masnãoapresentaaferramenta;ou,ainda,nãoindicanada.
• Validação:indicaametodologiadevalidaçãodomodelo,ouseja,indicacomoelefoi
aplicado.Podeserumestudodecaso,porexemplo.
• Áreas-chaves:indicaasáreas-chavesutilizadasporcadamodelo.
O Quadro 2 sintetiza os modelos apresentados a partir dos seis critérios propostos por
Kuriakoseetal.(2010).
56
Quadro2–ModelosavaliadosapartirdosseiscritériosdeKuriakoseetal.(2010)
Fonte:elaboradopelaautora
Mod
elo
Ano
Contexto
Aplicab
ilida
de
Estágios
Avaliação
Valid
ação
Áreas-chave
1 Boisot 1987 geral qualquer 4 N/C N/C
conhecimentocodificado;conhecimentonão-
codificado;conhecimentodifuso;
conhecimentonão-difuso;conhecimentode
propriedade;conhecimentopúblico;senso
comum;conhecimentopessoal
2 NonakaeTakeuchi 1995 geral qualquer 4 N/C N/C
socialização;externalização;combinação;
internalização;conhecimentotácito;
conhecimentoexplícito;indivíduo;grupo,
organização
3 Skandia 1997 instituição qualquer N/C N/C sim
capitalfinanceiro;capitalintelectual;capital
humano;capitalestrutural;capitaldecliente;
capitalorganizacional;capitaldeinovação;
capitaldeprocesso
4 Demarest 1997 geral qualquer 4 N/C N/C
construçãodoconhecimento;disseminação
doconhecimento;uso;incorporaçãodo
conhecimento
5 Choo 1998 geral qualquer 3 N/C N/Ccriaçãodosignificado;tomadasdedecisões;
construçãodoconhecimento
6 MAKE 1998 geral qualquer 8 objetiva N/C
cultura;liderança;inovação;capital
intelectual;compartilhamento;aprendizado
organizacional;criaçãodevalorparaclientes;
criaçãodevalorparaacionistas
7 Terra 2000 geral qualquer 7 objetiva sim
visãoeestratégia;cultura;estrutura
organizacional;recursoshumanos;sistemas
deinformação;resultados;empresa
8 StankoskyeBaldanza 2001 geral qualquer 4 N/C N/Caprendizagem;liderança;organização;
tecnologia
9 Sveib;,LinardeDvorsky 2002 geral qualquer 10 N/C N/Cestruturaexterna;estruturainterna;
competênciaindividual
10 KMMM 2002 instituição qualquer 8 objetiva sim
estratégiaemetasdoconhecimento;
ambienteeparcerias;pessoase
competências;colaboraçãoecultura;
liderençaesuporte;estruturaeformasde
conhecimento;tecnologiaeinfraestrutura;
processoseescoposorganizacionais
11 EKMF 2002 geral qualquer 8 N/C N/C
estratégias;humanoesocial;
aspectosorganizacionais;
processos;tecnologias;liderança;
performanceemétrica;casosdeGC
12 Frid 2003 geral qualquer 5 N/C N/C
conhecimentocaótico;conhecimento
consciente;conhecimentofocado;
conhecimentogerido;conhecimentono
centro
13 Fraunhofer 2003 instituição qualquer 3 objetiva sim
Conhecimentodonegócio;conheicmento
aplicado;conhecimentogerado;
conhecimentoarmazenado;conhecimento
distribuído;organizaçãoenormas;tecnologia
dainformação;liderança;cultura;recursos
humanos;controles
14 GuiadeGCEuropeu 2004 geral qualquer 3 objetiva N/C
processosdonegócio;identificar;criar;
armazenar;compartilhar;usar;conhecimento
pessoal;conhecimentodaorganização
15 Maier 2007 geral qualquer 3 objetiva simnívelestratégico;níveldeprojeto;nívelde
gestãooperacional
16 AEC 2008 setor construção N/C N/C N/C
projetodeinformaçãoeconhecimento;
aquisiçãodeconhecimento;conhecimento
explícito;conhecimentotácito
17 PawlowskieBick 2012 geral qualquer 5 objetiva N/C
processos;stakeholdersecontexto;conhecimento;instrumentoseintervenções;
resultados
57
Heisig (2009)analisou160modelosdeGCentre2002e2003,quandopesquisoumodelos
existentes em publicações relevantes entre 1998 e 2003 com o termo "KM" (Knowledge
Management)tantonomeiocientífico,quantoemorganizaçõeseemconsultoriasdaárea
deGC(Quadro3).Alémdisso,umquestionário foienviadopore-mailaosprofissionaisde
GCdarededoportalwww.knowledgeboard.com.
Quadro3-OrigemdomodelodeGCdeacordocomregiãoetipodeinstituição
Instituição Europa EUA ÁsiaeAustrália Outros Soma
Ciência 56 13 1 1 71Consultaaprofissionais 34 11 2 1 48Companhias 26 4 0 0 30Associações 8 1 1 1 11Soma 124 29 4 3 160Fonte:Heisig,2009
A partir dos dados levantados, realizaram-se análises quantitativas e qualitativas. O
resultadomostraque,apesardaamplagamadetermosutilizadosnosmodelosdeGC,um
consensofoidetectadoemrelaçãoàscategoriasbásicasusadasparadescreverasatividades
eosfatorescríticosdesucessorelativosàGC.
AanálisedeHeisig(2009)sugerequeummodelodeGCdeveconterasseguintesatividades
voltadas para o conhecimento: identificar, criar, armazenar, compartilhar e aplicar
conhecimento. Como fatores críticos de sucesso: fatores humanos (cultura, pessoas e
liderança); aspectos organizacionais (estrutura e processos); tecnologia da informação e
gerenciamentodeprocessos(estratégiaecontrole).
• Fatores humanos (cultura, pessoas e liderança): o trabalhohumano,bemcomoa
colaboraçãoeocomportamentobaseiam-senacultura(tantoorganizacionalquanto
étnica,comoaculturaregional/nacional).Assim,asatividadestípicasdeGC ,comoo
compartilhamentodeconhecimento,sãofortementeinfluenciadas.
• Aspectos organizacionais (estrutura e processos): os processos organizacionais
também diferem dependendo da cultura organizacional e geográfica. É necessário
coordenarprocessosdeGCemorganizaçõesdistribuídaseentreorganizaçõescom
diferentesculturasorganizacionaiseétnicas.
58
• Tecnologia da Informação: as infraestruturas tecnológicas também diferem em
diferentespaíses.Aaceitaçãodeaplicativos tambémdependedepreferências (por
exemplo,comoastecnologiassãoaceitas,quaisredessociaissãopreferidasemum
país)
• Gerenciamentodeprocessos (estratégiaecontrole):aspráticasdegestãodiferem
tambémdependendodaculturaétnicaeorganizacional.Assim,énecessárioalinhar
estratégias de GC, bem como processos de gerenciamento correspondentes. É
importantetambémcontrolarosresultadosobtidosapartirdaGC.
O Quadro 4 avalia osmodelos a partir das atividades de conhecimento e fatores críticos
especificadosporHeisig(2009).
Quadro4–ModelosdeGCavaliadosporatividadesdeconhecimentoefatorescríticos
Fonte:elaboradopelaautora
Fatores
Human
os
Aspe
ctos
organizacion
ais
Tecnologiada
Inform
ação
Gerenciamen
to
deProcessos
1 Boisot 19872 NonakaeTakeuchi 19953 Skandia 19974 Demarest 19975 Choo 19986 MAKE 19987 Terra 20008 StankoskyeBaldanza 20019 Sveiby;LinardeDvorsky 200210 KMMM 200211 EKMF 200212 Frid 200313 Fraunhofer 200314 GuiadeGCEuropeu 200415 Maier 200716 AEC 200817 PawlowskieBick 2012
FatoresCríticos
Modelo Ano
Atividad
esdo
Conh
ecim
ento
59
Além disso, há um consenso na literatura consultada por Heisig (2009) que uma
implementação unilateral, considerando apenas um desses fatores, não corresponde ao
sucessodaimplementaçãodaGC.Atarefaéorganizaressesfatoresdetalmaneiraqueas
atividadesdeGCpossamseralcançadasdeformaholísticanaorganização.Paraqueestas
atividades aconteçam, é necessário estimular práticas de GC dentro da organização. Um
levantamento das principais práticas foi realizado e é apresentado no APÊNDICE A deste
trabalho.
Nosmodelosanalisadosnestadissertaçãoépossível encontrar tambémoutroselementos
queserepetemmuitasvezes,taiscomoostiposdeconhecimento,astrocasdosmesmose
oníveldematuridadedaGC(Quadro5).
Quadro5-ModelosdeGCavaliadosportipos,trocasematuridadedeconhecimento
Fonte:elaboradopelaautora
Modelo Ano
Tipo
sde
Conh
ecim
ento
Trocasde
Conh
ecim
ento
Maturidad
e
1 Boisot 19872 NonakaeTakeuchi 19953 Skandia 19974 Demarest 19975 Choo 19986 MAKE 19987 Terra 20008 StankoskyeBaldanza 20019 Sveib;,LinardeDvorsky 200210 KMMM 200211 EKMF 200212 Frid 200313 Fraunhofer 200314 GuiadeGCEuropeu 200415 Maier 200716 AEC 200817 PawlowskieBick 2012
60
Os 17modelos descritos apontam para elementos importantes que orientam diretrizes e
práticas voltadas para GC das empresas. A análise mostra que as diretrizes a serem
propostas devem relacionar-se aos fatores críticos, atividades do conhecimento, tipos e
trocasconhecimento.
Alémdisso,éimportanteparaamelhoriadaGCumaavaliaçãodamaturidadedamesmana
empresa,poisdestaformaépossívelsaberemquenívelaempresaseencontraeemqual
nívelpretendechegare;comisso,propordiretrizesemetascapazesdeatingiramaturidade
desejada.
UmoutropontoasedestacaréaabordagemsocialdaGC.HaslindaeSarinah(2009),por
exemplo, afirmam que no modelo de GC de Demarest, há uma ênfase não só no
conhecimentotécnico,mastambémnasatitudesdetrocasdeconhecimentosgeraisentre
os indivíduos. Estas trocas, que aparecem em muitos dos modelos analisados são
fundamentais para que a GC de fato ocorra e torne-se uma atividade corriqueira na
organização.EstimularissotambémdevesertarefanafasedeimplementaçãodaGCnaEC.
SegundoSveiby;LinardeDvorsky(2002),aspessoassócompartilhamseusconhecimentos
comquemelasconfiam;portanto,atividadessociaissãoimportantesdentrodaorganização.
Para os mesmos autores, também é importante testar um modelo de GC onde o
conhecimento é altamente valorizado; começar por projetos-piloto e deixar que este
influencie em outras iniciativas; trabalhar utilizando diversos meios, como tecnologia,
organizaçãoeculturaeterapoiodaaltadireção.
Omodeloaserpropostoconsideraráprincipalmenteoselementosdestacadosnoestudode
Heisig(2009),poisestejáéumasíntesedosprincipaiselementosconstituintesdemodelos
deGC.TambémseráutilizadoomodelodeNonakaeTakeuchi(1995),queorientaastrocas
deconhecimentosentreindivíduoeorganização,estimulandoqueoconhecimentotorne-se
ativo da organização e não só de cada pessoa. Estas trocas serão estimuladas a partir de
práticasdeGC.Porfim,omodelotambémsebasearánosníveisdematuridadedomodelo
KMMM,jáqueseconstatouqueaavaliaçãodematuridadedaGCnaempresaéimportante
paraaestruturaçãoadequadadamesma.
61
3. INDICADORESEFERRAMENTASPARAMÉTRICASDEGESTÃODO
CONHECIMENTO
ParaEgbu(2005),comoasraízesdeumaárvore,oconhecimentoéumativoescondidonas
organizações. Capital intelectual inclui ativos como marca, relacionamento com clientes,
patenteseconhecimento.Ativostangíveis,comoprédios,sãoessenciaisparaproduçãode
serviços e são facilmente incorporados em balanços convencionais e sistemas contábeis.
Contudo;ativointangível,comoconhecimento,consideradoomelhorrecursoempresarial
para gerar riqueza, o driver para inovação e vantagem competitiva, não é avaliado nem
contabilizadonosbalanços.
A experiência profissional da autora indica que o melhor argumento para medir o
desempenho deste ativo é demonstrar para o negócio os seus benefícios e; com isso,
conseguirrecursosnecessáriosparaumaimplementaçãodeGCquesejabemsucedida.
Este capítulo avalia indicadores e ferramentas para métricas de GC, através de pesquisa
bibliográfica.
3.1. INDICADORESDEGC
SegundoCarrara Jr (2014), indicadoresvoltadosparaGCnãoapresentamumaabordagem
únicaeconsensualnaliteratura,variandodeacordocomaformadeimplementaçãodaGC
edoqueseentendeporGCnaorganização.
ParaaMarinhaAmericana7(2001apudCARRARAJR,2014),osidicadoresdeGCpodemser
de caráter quantitativoouqualitativo e, namaioria das situações, as organizaçõesdevem
apropriar-se de ambos os tipos. Os indicadores quantitativos estão associadas a números
absolutos e fornecem dados tangíveis para avaliar desempenho. Já os indicadores
qualitativos expressam um sentido de valor. Estes incluem histórias, casos de sucesso e
cenários futuros. As medidas qualitativas podem acrescentar às medidas quantitativas,
7DEPARTMENTOFNAVY.Metricsguideforknowledgemanagementinitiatives.Disponívelem:<http://cloud.snappages.com/b8898dc2c08e137d03449de65b9e82e108c15658/metricguide.pdf>Acessoem:12abril.2016.
62
contextoesignificado(CARRARAJR,2014).OQuadro6apresentaexemplosdeindicadores
destes tipos. Carrara Jr (2014) aponta alguns indicadores relacionados às atividades de
conhecimento: criação, armazenamento, disseminação e utilização do conhecimento. O
Quadro7apresentaestesindicadores.
Quadro6-ExemplosdeindicadoresquantitativosequalitativosemGC
TipodeIndicador ExemplosdeIndicadores
Quantitativo • Quantidade / percentual de pessoas treinadas nas funcionalidadesrelacionadasàGC
• Quantidadedecontribuiçõesválidasàmemóriaorganizacional• Percentualdereduçãodoretrabalhonoprocesso
Qualitativo • NíveldesatisfaçãodasequipescomportaldeGC• Percepçãodoclienteemrelaçãoaosuportepós-venda• Avaliação dos parceiros de negócio sobre o acesso às informações de
processosdacadeiadesuprimentosFonte:adaptadodeCarraraJr(2014)
Quadro7–Indicadoresrelacionadosàsatividadesdeconhecimento
Etapado
conhecimento
Indicador
Criação • Quantidade de grupos de discussão sobre inovação de processos ouprodutos
• Quantidade de contribuições válidas para a memória organizacional /intranet
Armazenamento • Quantidadedemensagensoudocumentosarmazenadosnosistema;• Númerodeusuárioscadastradosqueutilizamosistema• Qualidadedoconhecimentoarmazenado• Avaliaçãodeprofissionaisexperientesparaverificaraqualidade;• Quantidadedeediçõesouatualizações• Graudeatualizaçãodoconhecimento
Disseminação • Quantidadedecomunidadesdepráticaativas• Estatísticasdeusodamemóriaorganizacional/intranet• Percepção dos colaboradores em relação aos meios de comunicação
internadisponíveisUtilização • Quantidade de sugestões úteis incorporadas aos processos produtivos
e/ouprodutos• Estatísticasdeutilizaçãodosistema• Estatísticasdeutilizaçãodosmecanismosdebusca• Númerodeideiasoupatentes
Fonte:adaptadodeCarraraJr(2014)
Tambémépossíveldividirosindicadoresporesforçoeporresultado.OQuadro8apresenta
algunsexemplos.
63
Quadro8-ExemplosdeindicadoresdeesforçoederesultadosemGC
TipodeIndicador ExemplosdeIndicadores
deEsforço • Quantidade/percentualdepessoastreinadasemferramentasdeIC• Quantidade/percentualdedocumentosatualizadosnaintranet• Quantidadedegruposdediscussãocriadosnaempresa
deResultado • Aumentodeparticipaçãonomercado• Reduçãodecustosoperacionais• Níveldesatisfaçãodoclientecomoatendimento
Fonte:adaptadodeCarraraJr(2014)
Uma outra maneira de gerar indicadores é através de modelos de GC. Carrara Jr (2014)
apresentaindicadoresderivadosdomodeloSECIdeNonakaeTakeuchi(2008)noQuadro9,
domodeloTerra(1999)noQuadro10edomodelodecapitaisdoconhecimentodaSkandia
(1997)noQuadro11.
Quadro9-ExemplosdeindicadoresbásicosdosprocessosdeGestãodoConhecimento,seguindoadefiniçãodeNonakaeTakeuchi(2008)
Trocasde
conhecimento
Indicadores
Explícitoparaexplícito
• Níveldeinformatizaçãodosprocessosdenegócio• Graudecertificaçãodeprocessosdenegócio• Níveldevalidaçãodeprodutosdeprojetos• Graudereaproveitamentodesoluções
Tácitoparatácito • Níveldeatividadedecomunidadesdepráticas• Quantidadedegruposdediscussãoativos• Efetividadedereuniõespresenciais
Tácitoparaexplícito
• Grau de atualização da documentação de processos de negócio namemóriaorganizacional/intranet
• Quantidade de contribuições à memória organizacional / intranet porperíododetempo
• Quantidadedecontribuiçõesúteisà inovaçãodeprocessos /produtosporperíododetempo
Explícitoparatácito
• Níveldecompetênciadoscolaboradores• Quantidade/percentualdecolaboradorescomcompetênciacertificada
poragenteindependente• Frequência de acesso e outras estatísticas de uso da memória
organizacional/intranetFonte:adaptadodeCarraraJr(2014)
64
Quadro10-IndicadoresparaasdimensõesdaGC,sugeridosapartirdasdefiniçõesdeTerra(1999)
Fonte:adaptadodeCarraraJr(2014)
AsmétricasexemplificadasnoQuadro11estãorelacionadasatrêscapitais:estrutural,de
relacionamentoehumano.Terra(2004)associaestescapitaiscomalgumasmedições:
• Capital estrutural: mede processos associados a alocação de recursos, redução de
custo,ganhodeprodutividadeatravésdasmelhorespráticas,processosinovadores,
processosdenegócioseserviços.
• Capitalderelacionamento:ofocoémedirasatisfaçãodocliente,atraçãoeretenção
de cliente, o desenvolvimento de novos produtos e serviços, redução de ciclo,
promoções, ganho de receita e participação no mercado (market share) e o
desenvolvimentodoconhecimentovindodocliente.
• Capitalhumano:medeacapacidadedecompartilhamentodaspessoas,retençãode
conhecimento, novos colaboradores, aposentadoria, mudança de emprego, novos
produtosenúmerodesoluçõescriativascompartilhadasemrede.
DimensãodaGC Indicadores
Estratégia • Graudecumprimentodemetasestratégicas• Graudedesenvolvimentodascompetênciasestratégicas
Cultura
• Percepçãodoscolaboradoressobreonívelgerencial• Indicadoresdeclimaorganizacional• Graudedisseminaçãodocompartilhamentodeconhecimentocomoum
valordaculturadaempresaEstrutura • Desempenhodeequipes
• Níveldecertificaçãodeprocessosdenegócio• Graudecoberturadainfraestruturadetelecomunicaçõesnaempresa
Pessoas • Níveldecapacitaçãodoscolaboradores• Graudemotivaçãoindividual• Níveldeturnovernasdiversasfunções
Sistemas • Graudeinformatizaçãodosprocessosdenegócio• Níveldeintegraçãodebasesdedados• Quantidadedecomunidadesvirtuais
Resultados • Rentabilidade• Participaçãonomercado• Crescimentodefaturamento
Aprendizado • Graudeinovaçãoemprodutos/serviços• Percepçãodefornecedoreseparceiros• Satisfaçãodeclientesquantoàsoluçãodeproblemas
65
Quadro11-Exemplosdeindicadoresparaoscapitaisdoconhecimento
TipodeCapital Indicadores
CapitalEstrutural
• Níveldeinformatizaçãodeprocessosdenegócio• Grau de certificação dos processos / produtos por agentes
independentes• Percentualdepatentesprópriassobreototaldepatentesutilizadas• Inovação(colaboraçãoempesquisa,patentes)• InfraestruturadeTI(volumedeconhecimento,usabilidade)• Processosdeconstrução(resíduos,poluição)• Procedimentosseguros(acidentes)
CapitaldeRelacionamento
• Percepçãodeclientessobreaempresa• Graudecomunicaçãoativacomfornecedoreseparceirosdenegócio• Graudeparticipaçãoemfórunssetoriais• Satisfaçãodocliente• Clientesleais(negóciosrepetidos)• Númerodeclientesganhos/númerodeclientesperdidos• Inteligênciademercado (conhecimentosobrecompetidores, clientese
mercados)Capitalhumano
• Níveldequalificaçãodoscolaboradoresnosprocessosdenegócio• Graudeatualizaçãoda"memóriatécnica"daorganização• Níveisde"competênciasestratégicas"dasequipes• Satisfaçãodocolaborador(absenteísmo,segurançalaborial)• Treinamentoeexperiência(educação)• Rededeconhecimento(comunidadesdeprática)• Rotatividadedocolaboradordoconhecimento
Fonte:CarraraJr(2014)eEgbu(2005)
DavenportePrusak(1998)tambémindicamexemplosdeindicadoresdeGC,apresentados
noQuadro12.
Quadro12-ExemplosdeindicadoresdosprocessosdeGC,seguindoavisãodeDavenportePrusak(1998)
TipodeProcesso Indicadores
CriaçãodeConhecimento
• Quantidadedegruposdediscussãorelativosàinovaçãodeprocessos/produtos
• Quantidade de sugestões úteis incorporadas aos processos produtivose/ouprodutos
• Quantidade de contribuições válidas à memória organizacional /intranet
DisseminaçãodeConhecimento
• Quantidadedecomunidadesdepráticasativas• Estatísticasdeusodamemóriaorganizacional/intranet• Percepção dos colaboradores em relação aos meios de comunicação
internadisponíveis
UsodeConhecimento
• Tempomédioderesoluçãodeproblemas• Graudereduçãodereclamaçõesdeclientessobreprodutos/serviços• Graudereduçãoderetrabalho
Fonte:DavenportePrusak(1998)
66
ParaTeixeiraFilho(2002),aescolhadeindicadoresparaGCdeveconcentrar-senaexistência
de problemas concretos na organização. Assim como as iniciativas em GC devem ser
direcionadas para a solução desses problemas, também os indicadores escolhidos devem
ajudaramediradistânciaentreasituaçãoatual(doproblema)eadesejada(dasolução).
Adefiniçãodeindicadoresdeveestarassociadaàestratégiadaempresaparaaimplantação
deGC.Aculturaorganizacionalprecisaserconsideradaemqualquerprocessodemudança
cultural. Por exemplo, se não existe uma cultura na empresa de gestão baseada em
informações,ousenãoexisteumhistóricoanteriordeusodeindicadoresparaprojetos,ou
se a empresa não tem a cultura de trabalhar com processos controlados e medidos,
implantarindicadoresparaaGCseráumduplodesafio:odaGCemsie;aindaporcima,o
dosindicadores(TEIXEIRAFILHO,2002).
Segundo Egbu (2005), empresas de construção de edifícios podem atingir ganhos
signficativoscomaimplementaçãodaGCdurantetodoociclodoempreendimento,desdeo
planejamento,projetoeconstruçãoaténogerenciamentodefacilidadesdomesmo.
Paraomesmoautor,algunsproblemasestãoassociadosaosindicadores.Primeiro,háuma
grande dificuldade de agregar ou combinar indicadores diferentes que avaliem o
desempenho do negócio. Segundo, a comparação entre unidades de negócio ou
organizações pode ser difícil sem um indicador padrão commétricas bem definidas. Por
exemplo, o conceito de KPI’s (Key Performance Indicators – Indicadores Chave de
Desempenho) na construção pode padronizar certas medições, mas há muitas outras
medidasusadaspordiferentesorganizaçõessemumpadrãoestabelecido.Terceiroetalvez
mais significativo, indicadores nem sempre fornecem iniciativas a serem tomadas, pois
muitasvezessãogenéricosenãoavaliamcriticamenteorealproblemaasersolucionado.
Outraformademediroativoconhecimentoéapartirdemodelosparamediçãodeativos
intangíveis.Pode-sedividirosmesmosemmodelosdemediçãodedesempenhodenegócios
emodelosdeativosintangíveisvoltadosparaGC.Estessãoapresentadosnositens3.2e3.3.
OtrabalhodeCarraraJr(2014)concluiquecombasenosresultadosobtidos,osindicadores
apresentados permitemavaliar o sistemadeGCdeumaempresadedesenvolvimentode
produtos complexos de maneira abrangente, levando em conta as pessoas, políticas,
67
processoseferramentasqueinteragemcomosistema.
AsFiguras23e24apresentamos indicadoresdeGCdaempresautilizadacomoobjetode
estudo de Carrara Jr (2014), associados respectivamente com o modelo do Instituto
FraunhoferecomomodeloSECIdeNonakaeTakeuchi(2008).
Figura23-AssociaçãodosindicadoresobtidosaomodelodoInstitutoFraunhofer
Fonte:adaptadodeCarraraJr(2014)
OrganizaçãoeNormas
CulturaOrganizacional
Liderança
Controles
TecnologiadaInformação
RecursosHumanos
ConhecimentoAplicado
ConhecimentoGerado
ConhecimentoArmazenado
ConhecimentoDistribuído
ValorAdicionado
ProcessosdoNegócio
Indicadoresdaterceiracamada:• Liderança• ClimanasCoPs• Ferramentadecolaboração• Avaliaçãoporcompetências
Indicadoressegundacamada:• Índicedereusodeartefatos• %depessoasdasáreasquecolaboram• RepresentaKvidadedasáreasnasreuniõespresenciais• %decarreirasYqueparKcipamdeGC• %CoPscomreuniõesregulares• ÍndicedematuridadedasCoPs• Engajamento• Índicederegistronosistema• Índicedeacessonosistema
Indicadoresprimeiracamada:• UKlizaçãodaCoPcomoferramentadetrabalho• VisibilidadeganhosobKdospelaGC• DifusãodaGCnosprogramas• Índicedeanálisedeartefatos• Índicedereusodeartefatosporprojeto
68
Figura24-AssociaçãodosindicadoresobtidosaomodeloSECI
Fonte:adaptadodeCarraraJr(2014)8
3.2. MODELOSDEMÉTRICASPARADESEMPENHODENEGÓCIOS
Estesmodelosestãoassociadosamedições financeirasenão-financeiras.Oexemplomais
conhecido é o Balanced Scorecard desevonvido pela Harvard Business School (KAPLAN;
NORTON,1996)eoModelodeExcelênciadesenvolvidopelaFundaçãoEuropéiaparaGestão
daQualidade(EFQM,1999).
OBalanceScorecardfoidesenhadocomfoconogerenciamentoenaestratégiadonegócio.
Juntamentecomasmedidasfinanceiras,omodeloenglobamedidasvoltadasparaocliente,
processosinternoseinovação(EGBU,2005).
Já o modelo de excelência criado pela Fundação Européia para Gestão da Qualidade
8AanálisedeFeedbackdeMercado,oMFA,éumaferramentaquepermitecompreenderasexpectativas
doclienteemrelaçãoaosseusprodutoseserviços.Paraisso,sãofeitascoletas,atravésdeMFAeanálises
dedadosbuscando identificar asprincipais exigênciasdos clientes, para assimmelhorar aqualidadedo
serviço(CRITCHLEY,2016).
CONHECIMENTOTÁCITO
CONHECIMENTOEXPLÍCITO
CONHECIM
ENTO
EXPLÍCITO
CONHE
CIMEN
TOTÁC
ITO
i i i
i
i
i
g
i
og
g
g
gg o
SOCIALIZAÇÃO EXTERNALIZAÇÃO
COMBINAÇÃOINTERNALIZAÇÃO
• Engajamento• %pessoasdasáreasque
colaboram• Índicederegistronosistema
• Índicedereusodeartefatosporprojeto
• Índicedeincorporaçãodeartefatos
• PesquisaMFA– QualidadedoportaldaCoP
• DifusãodaGCnosprogramas• Índicedereusodeartefatos
porprojeto• Índicesdeacessonosistema• PesquisaMFABiblioteca
• %decarreirasYqueparRcipamdeGC
• ÍndicedematuridadedasCoPs• RepresentaRvidadedasáreas
nasreuniõespresenciais
69
encoraja organizações a adotar uma abordagem prospectiva focando em métricas que
refletemuma visãomais ampla do negócio. Ele incorporamétricas de liderança, pessoas,
processos, políticas e estratégia, parcerias e recursos que influenciam pessoas, clientes,
sociedadeeresultadosdedesempenho(EFQM,1999).
Tanto oBalance Socrecard quanto oModelo de Excelência são sistemas demétricas que
podem ser adaptados para a GC, já que avaliam componentes ligados ao desempenho
organizacional (EGBU, 2005). Em contraste com práticas tradicionais de medição, estes
modelos complementam métricas financeiras incluindo ativos intangíveis que estão
relacionadosaocapitalintectual.
3.3. FERRAMENTASPARAMEDIÇÃODEATIVOSINTANGÍVEISVOLTADOSPARAGC
Aseguirsãoapresentadasasferramentasexistentesquemedemativosintangíveisesão
maisvoltadasparaaGC
O método Skandia Navigator, desenvolvido pela Skandia, empresa sueca de serviços
financeiros, foca em 5 áreas: financeira, cliente, processos, desenvolvimento e aspectos
humanoscommétricasparacadaumadelas(EDVINSSON,1997).Segundoodesenvolvedor,
ovalordosativosintangíveisésignificativoecontribuiparaovazioexistenteentreovalor
dacompanhianoslivrosdecontabilidadeeavaliaçãodosinvestidoresdovalordemercado
da companhia. Ametodologiamede as dinâmicas escondidas do fator humano, cliente e
capital estrutural que sustentam os aspectos visíveis, refletindo melhor o valor da
companhia.OQuadro13resumeosativos.
Quadro13-AtivosmedidospeloSkandiaNavigator
Ativosfísicos Ativostangíveis PatrimônioLíquidodaDívida
Capitalfinanceiro
Ativosdeconhecimento Atributos,tecnologia,competências
Capitalintelectual Capitalnão-financeiro
Fonte:adaptadodeEdvinsson(1997)
70
OMonitordeAtivosIntangíveisfoidesenvolvidoporKarlErickSveiby(SVEIBY,1997)como
umaestruturabaseadaem3famíliasdeativosintangíveis:1)estruturaexterna,2)estrutura
interna, 3) competências individuais (educação, experiência). Três conjuntos demedições
são gerados para estas 3 famílias: crescimento, eficiência e estabilidade. A estrutura
sugeridasubstituiatradicionalestruturademediçãosobumaperspectivadoconhecimento
quepromoveumaindicaçãofinanceiraparaosstakeholders.
OÍndicedeCapitalIntectualéumatentativadeconsolidartodososindicadoresdiferentes
em um único indicador. Ométodo é baseado no princípio que omovimento do índice é
reflexo demudanças no valor demercado da organização. Foi desenvolvido por Johan e
GoranRoos (ROOSet al., 1998) e inicialmente foi aplicadona Skandia para alimentar seu
relatórioanual.Oíndiceidentificaváriascategoriasdecapitalintelectual:capitaldocliente,
estrutural e humano. A estratégia da companhia e natureza do negócio determina a
composiçãoeospesosatribuídosacadaindicador(INTELLECTUALCAPITALSERVICES,2003).
A ferramenta chamada Assessor IMPaKT propõe que a GC melhora o desempenho do
negócio. IMPaKT significa Improving Management Perfomance through Knowlegde
Tranformation (melhoria do desempenho de gestão através de transformação do
conhecimento). A ferramenta aproximaGC à estratégia de negócio da companhia. É uma
estruturadetrêsníveisdesenvolvidaparafacilitaracompreensãodasimplicaçõesdaGCnos
problemas de negócio e mensurar o impacto da GC no desempenho dos negócios. A
abordagemésustentadaporummapadecausaeefeitoquerelacionainiciativasdeGCcom
a estratégia do negócio através de métricas de desempenho. A ferramenta também
fornececeumroteiroparaselecionaramelhortécnicaparaaquantificaçãodovalordeGC.
Foi desenvolvida pela Univesidade de Loughborough em colaboração com empresas de
construçãolíderesdemercadonoReinoUnido(CARRILLOetal.,2003).
AferramentaÁrvoredoConhecimentomostraas interdependênciasentrediferentestipos
debenefíciosdoconhecimentoeorganizacionais.Forneceumaabordagemsistemáticapara
ajudarusuáriosacompreenderosfatoresqueinfluenciamnoresultadodaGC.Comisso,o
investimentoemGCpodeserjustificado(SKYRMEASSOCIATES,2003).
AabordagemDegussa-Hulsésimilaraferramentaanterior(ÁrvoredoConhecimento),mas
forneceumdiagramadecausaeefeitoparaanalisaremedirovalordasatividadesdeGC
71
em termos quantitativos e qualitativos. A rede de causa e efeito consiste em três
componentes. O primeiro componente relaciona as prioridades das iniciativas de GC. O
segundo consiste em possíveis transferências a partir de suas dimensões: pessoas,
gerenciamento, processos, tecnologia, inovação, clientes e mercado. O terceiro reflete a
variedade de resultados de negócios, com ganhos antes dos juros e impostos. O uso da
ferramentarelacionaostrêscomponentes,adicionandofatoresdeimpactoacadaligaçãoe
resumindoosfatoresparachegaremumimpactogeralparacadainiciativadoterceironível:
oníveldenegóciosefinanças(BUNZ;KIRCH-VERFUSS,2001).
Outraferramentademediçãoéarazãoentrevalordemercadoevalorcontábil.Ovalorde
mercadoéoquantoacompanhiavalecomoumtodoeovalorcontábiléoqueédeixadoda
companhia depois da mesma estar sem dívidas. Este método é baseado na suposição
simplesdequeoqueédeixadoapósacontabilizaçãodeativosfixossãoosativosintangíveis
oucapitaldeconhecimento.
A ferramenta fator “q” de Tobin é baseada no trabalho do economista James Tobin,
ganhadordoPrêmioNobelem1981.Elacomparaovalordemercadocomoseucustode
substituição(valorcontábil).Ométodofoidesenvolvidoparaajudarapreverasdecisõesde
investimentodasempresasindependentesdefatoresmacroeconômicos,taiscomotaxasde
juros.Noentanto,éagoraconsideradacomoumaboamedidadecapital intelectual.Seo
valorde“q”éinferiora1,ouseja,umativovalemenosdoqueocustodesubstituí-lo,então
é improvávelqueaempresa comprarámaisdesteativo. Seoquociente (similara relação
valor de mercado e contábil) for maior que 1, a empresa tem a capacidade de ser
competitiva porque tem algo único que os outros não têm. Essa singularidade está
relacionadacomaspessoas,negócios,processoserelacionamentocomclientes,quetornam
aempresadiferentedasoutras;ouseja,temavercomseucapitalintelectual(EGBU,2005).
OQuadro14fazumacomparaçãoentreasferramentasdescritasmostrandosuasvantagens
elimitações.
72
Quadro14-ResumodasferramentasdemediçãodeGC
Fonte:adaptadodeEgbu(2005)
3.4. ANÁLISEDOSINDICADORESEFERRAMENTASDEMEDIÇÃODEGC
MediroimpactodaGCéfundamentalparavalorizarasaçõesdedicadasaosprogramasde
GC nas empresas. Contudo; segundo Egbu (2005), esta área ainda é pouco discutida na
academia, dada a complexidade em compreender a dinâmica do conhecimento e seu
gerenciamento.
Companhias abertas precisam justificar investimentos a qualquer momento para
demonstrar seuvalorparaos stakeholders.Outras companhiaspodemnãoestar sobesta
mesma pressão, mas a expectativa para mostrar seu sucesso é a mesma. Medir a
performance da GC é primordial para que a mesma seja bem sucedida a longo prazo.
Métodos apropriados precisam ser utilizados para comunicar os benefícios da GC,
publicando os resultados para ajudar a elevar a conscientização e a manter o nível de
entusiasmoesuporteporpartedaaltaadministração.
Tipo
deferram
enta
Brevede
scriç
ão
Ligaçãocomobjetivos
eestratégia
Ativosde
conh
ecim
ento
Iniciativ
asdeGC
(fluxo)
Métod
ode
med
ição
Vantagen
se/ou
limita
ções
SkandiaNavigator
Cincoáreas:financeira,cliente,processo,renovaçãoe
desenvolvimentoecapitalintelectual.Métricaspara
cadaárea.
forte Métricas
Fácildeimplementar,masousodemuitasmétricas
podeconfundir.Nãoquantificaovalorebenefíciosda
GC.
MonitordeAtivos
Intangíveis
Trêsfamíliasdeativosintangíveis:estruturaexterna,
internaecompetênciaindividual.forte Métricas
Fácildeimplementar,masousodemuitasmétricas
podeconfundir.Nãoquantificaovalorebenefíciosda
GC.
ÍndicedeCapital
Intelectual
Consolidadiferentesindicadoresnumíndiceúnicoe
correlacionaasmudançasemcapitalintelectualcom
mudançasdemercado.
forte
Métricase
valorde
mercado
Fácildeimplementar,masapresentaproblemaspara
obtermétricaspadronizadaseaferiçãodaindústria.
Benefíciosda
Árvoredo
Conhecimento
Relacionaosbenefíciosdoconhecimentocomos
benefíciosorganizacionais.forte
Métricase
economia
Focadoemtrêsníveisdebenefício:conhecimento,
benefíciosintermediárioseorganizacionais.
Abordagem
Degussa-Huls
RelacionainiciativasdeGCcomefeitosde
transferênciaesucessobaseadoemseisdimensões:
pessoas,gerenciamento,processos,tecnologia,
inovação,clientesemercado.
forteMétricase
economia
Focadonoimpactodasmétricaschaveefornece
assessorianoimpactodosresultadosdonegócio.
AssessorIMPaKT
RelacionainiciativasdeGCcommétricasde
desempenho.Objetivoseestratégia,alémde
fornecerqualificaçãoevalor.
forteMétricase
economia
Focadosomenteemmétricasrelacionadasà
estratégiaeobjetivos/Forneceumaassessoriaparao
impactonasmétricaschaveenegócios.Também
facilitaodignósticodosproblemasdeGCeo
desenvolvimentodasiniciativasdeGC.
Razãoentrevalor
demercadoevalor
contábil
Baseadonoconceitoquecapitalintelectualpode
explicaradiferençaentrevalordemercadoevalor
contábil.
fracaValorde
mercado
Forneceumbomindicadordevolatilidadedo
mercadoacionário.Informaçãolimitadapara
desenvolverestratégiasemativosdeconhecimento
deGC.
Fator“q”deTobinComparaovalordemercadocomocustode
reposição.fraca
Valorde
mercado
Forneceumótimoindicadordevalor,masa
informaçãoélimitadaparadesenvolverestratégias
paraosativosdeconhecimentoeGC.
73
Medir o desempenho de GC e ativos do conhecimento é uma área que envolve uma
variedadedeferramentasparamedição.Talvariedadecontempladesdeferamentassimples
até softwares que calculam os ganhos econômicos da GC. É sabido que para níveis de
maturidademais iniciaisdaGC, ferramentassimplesdemediçãosãosuficientes.Contudo,
para uma organização cujo nível de maturidade de GC já é avançado, é importante um
sistemarobustodemediçãodestesganhos(ANUMBAetal.,2005).
ÉimportantecriarindicadoresclarosequeestejamdefatorelacionadosàmaturidadedaGC
da organização. Sugere-se nesta dissertação que os indicadores primeiramente estejam
alinhadoscomaspráticasdeGCexistentes.Alémdisso,éimportanteatrelarindicadoresaos
principaiselementosdomodelodeGCaserpropostoparaaEC.Àmedidaqueaempresa
adquirematuridade naGC, os indicadores tambémpodemevoluir, ficando cada vezmais
atrelados à estratégia do negócio; ou seja, os indicadores podem auxiliar namedição de
ativosintangíveisepodemfazerpartedobalançopatrimonialdaempresa.
Tambéméimportantedestacarqueoindicadoresqualitativos,alémdosquantitativos,são
fundamentaisparaumaavaliaçãomaisamplaecompletadaGC.
74
4. GESTÃODOCONHECIMENTONACONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOS
Aviabilizaçãodeumempreendimento,segundoFabrício(2002),requerdoistiposdegestão:
da produção do edifício e do empreendimento em si. A primeira trata de processos e
práticasqueadmitemarepetiçãooureprodução,comona indústriaseriada. Jáasegunda
trata o empreendimento como um projeto9 , com começo, meio e fim, temporário e
multidisciplinarcomcaracterísticasprópriasequeexigeumagestãoespecíficaeúnica.
A crescente concorrência impulsionouas empresas construtoras a buscar estratégias para
estabelecer práticas de gestão que possibilitem agregar valor aos negócios. Desta forma,
muitas empresas vêm atuando como integradoras de negócios e de conhecimento. Um
aspecto importante a ser explorado pelas empresas construtoras é a GC, pois, segundo
Medeiros e Melhado (2013), práticas de GC auxiliam na melhoria de desempenho e no
aumentodecompetitividade.
Agestãodoempreendimentomuitasvezes temsidorealizadaporempresasconstrutoras,
que nãomais se limitam à gestão do processo de produção da edificação, mas também
criamprocessosparaageraçãodevalorparaosclientesedediferencialcompetitivo.Sendo
assim,oescopodeatuaçãodasempresasconstrutoraspassaaagregarmaiscompetênciase
aenvolvermaisagentes.Estacomplexidadeexigeumagestãomais integradaecuidadosa,
quepodeserauxiliadapelaGC.
Este capítulo traz uma pesquisa bibliográfica relacionada aos aspectos gerais da GC na
construção de edifícios, um panorama da GC na construção de edifícios no Brasil e
oportunidadesparaaimplementaçãodaGCnaEC.
4.1. ASPECTOSGERAISDAGCNACONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOS
O setor da construção oferece como produto final empreendimentos exclusivos, com
9Entende-seporprojetoumconjuntodeatividadestemporárias,realizadasemgrupo,destinadasaproduzirumproduto,serviçoouresultadoúnicos(PMI,2016).
75
projetos e requisitos específicos. Segundo Porter (2006), ao avaliar a cadeia de valor da
construçãodeedifíciosresidenciais,amesmaéformadapornovecategoriasdivididasentre
atividades principais e de apoio, como mostra a Figura 25. As categorias principais são:
aquisição do terreno, construção,marketing e vendas, fechamento (contrato, escritura) e
pós-venda.Jáascategoriasdeapoiosão:infraestruturadaempresa(finanças,relaçãocom
investidores), gestão de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico e compras
institucionais(materiais,mãodeobra,serviços).
Figura25-Cadeiadevalordaconstruçãodeedifíciosresidenciais
Fonte:adaptadodePorter(2006)
O desenvolvimento tecnológico, apesar de ser classificado como atividade de apoio na
cadeia de valor de Porter (2006), gera muito conhecimento que deve ser registrado e
disseminado na empresa, pois esta atividade é a que concentra os estudos de inovações
tecnológicasquepoderãotornaraempresamaiscompetitivaecommaiorvaloragregado.
Já a categoria construção faz parte das atividades principais. Isso significa que o
conhecimentoexistentenestacategoriatambémdeveriaserexploradocomoumdiferencial
A"vidade
sdeapoio
A"vidadesprincipais
AquisiçãoeOcupaçãodoSolo
Construção Marke8ngeVendas
Fechamento ServiçosPós-Venda
(Porex.garan"as,
reclamaçõesdosclientes)
(Porex.financiamentoparaocliente,
contrato,escrituraefechamento)
(Geraçãodeleads,
maquetes,forçadevendas,
personalizaçãopelocliente)
(Projeto,engenharia,cronogramaegestãodoprocessodeconstrução)
(Iden"ficarmercadosatraentes,conseguirterrenos,obterdireitodeposseealvarás,prepararlocal)
(Porex.financiamento,relaçõescominves"dores)
GestãodosRecursosHumanos(Porex.recrutamento,treinamento,sistemasderemuneração)
DesenvolvimentoTecnológico(Porex.designdoprodutos,teste,designdeprocessos,pesquisademateriais,pesquisademercado)
Comprasins8tucionais(Porex.materiais,mãodeobraempreitada,publicidade,serviços)
MARGEM
ValorOqueos
compradoresestão
dispostosapagar
InfraestruturadaEmpresa
Hámaneirasdiferentesdeconfiguraracadeiadevalornomesmosetor
76
competitivo, garantindoaperenidadeda empresanomercadoe servindo comoummeio
paraamelhoriacontínuadodesempenhoempresarial(MEDEIROS,2012).
OInternationalCouncilforResearchandInnovationandConstruction(CIB)comointuitode
integrar e disseminar as melhores práticas do setor da construção elegeu como tema
importanteo IDDS(IntegratedDesignandDeliverySolution),estruturaquepossibilitauma
visãomacroqueenglobapessoas,tecnologiaseprocessos(OWENetal.,2010).Osautores
da pesquisa diagnosticaram as práticas correntes e o futuro desejado a partir de quatro
pilares:
• processoscolaborativos
• competênciasrequeridas
• integraçãodainformaçãoesistemasautomatizados
• gestãodoconhecimento
ParaOwenetal.(2010),aspartesinteressadasdevemseenvolverdocomeçoaofimdociclo
devidadoempreendimento,poisdestaformaháumaotimizaçãoemtodoprocesso.
Osautoresavaliamcadaumdospilarese; com isso, realizamodiagnóticoda situaçãoda
organização.NopilardaGC,comopráticasatuaisdosetore,demaneiraresumida,nãohá
muitas lições aprendidas, a GC é limitada e pontual. Como futuro desejado, os autores
destacam que a cultura organizacional deveria motivar a GC através da troca de
experiências.
Nosetordaconstrução,comoapontadoporSouza(2016),aGCdeveserestabelecidacomo
prioridadeparaminimizarestruturaseprocessos ineficienteseaumentarovaloragregado
aoprojeto, obra eoperação.A autoradestaca a importânciadaGC comoum importante
meioparaaModelagemdeInformaçãodeEdifícios(BIM–BuildingInformationModeling).
AGCestimulaacolaboração,atividadefundamentalparaumaabordagemmaisabrangente
dosdoBIM.
A faltade referênciasemrelaçãoàGCnaconstruçãonão indicaqueoconhecimentonão
sejagerenciado.ParaKamara;AnumbaeCarrillo(2009),otermoérazoalvementenovona
indústria,masváriaspráticasjásãoutilizadasecontribuemparaGC,taiscomo:
77
• Oenvolvimentodepessoasemdiferentesatividadeséoprimeiromeiopeloqualo
conhecimentoéadquiridoetransferido;
• A captura, transferência e reutilizaçãodo conhecimento é reforçadapelos acordos
contratuaisquepossibilitamacontinuidadedoenvolvimentodecertosagentesem
umoumaisprojetosdomesmocliente;
• Lições aprendidas são capturadas em procedimentos operacionais, diretrizes de
projetoeguiademelhorespráticasatravésderevisõesdeprojeto;
• Redes de contato informais e lista de especialistas são fontes de repositório de
conhecimento;
• DiversasferramentasdeTIsãoutilizadasparaapoiodasatividadesdeGC.
Souza(2016)fazumarevisãodaliteraturadosúltimosvinteanossobreotemaGCeverifica
quehouveumaevoluçãodadiscussãoquecomeçoucomosmodelosdeGCehojejáestána
inserção dos contextos organizacionais e meios para medição de seus resultados. Para a
autora,éprecisocodificar,usareretroalimentarosprocessoscríticosdaempresaatravésdo
retornodosinteressadoseconsolidaçãodoprocessodeboaspráticaseliçõesaprendidasao
longodociclodevidadoempreendimento.
Umapesquisa realizadanoReinoUnidocom35empresasdo setorda construção (deum
totalde170empresasdediversossetores)identificouosprincipaisfatoresquecontribuem
paraaGCnaconstrução(ROBINSONetal.,2001):
• Necessidadedeencorajaramelhoriacontínua(92,5%)
• Compartilharconhecimentotácito(88,7%)
• Disseminarmelhorespráticas(86,8%)
• Darrespostasrápidasaocliente(84,9%)
• Reduzirretrabalho(77,4%)
• Desenvolvernovosprodutoseserviços(58,5%)
Outra pesquisa feita também no Reino Unido com três empresas de engenharia e três
construtoras de médio e grande portes identificou que a necessidade de compartilhar
conhecimentoedisseminarmelhorespráticaséamaiorrazãoparasefazerGC(CARRILLOet
al., 2007). Também foi verificada a necessidade de capturar o conhecimento obtido por
funcionárioscommaiorexperiênciaparatransformá-loemativoorganizacional,evitandoo
78
riscodoconhecimentodesaparecerquandoosfuncionáriossairemdaempresa.
Em mais uma pesquisa realizada com 32 pessoas de 15 empresas de arquitetura e
engenharia(KAMARAetal.,2002)foramidentificadoscomoprincipaispontos:
• necessidade de competir com as mudanças organizacionais por conta da alta
rotatividadedagerência;
• necessidadedereduzirdesperdício,evitarrepetiçãodesnecessáriadeesforçosede
errossimilaresaprojetospassadosafimdemelhoraraeficiência;
• necessidade de competir com o crescimento e diversificação de atividades do
negóciodaempresa.
NoCanadá,umapesquisarealizadacomempresasdeengenhariaidentificouqueautilização
de lições aprendidas de projetos anteriores contribui para amelhoria do desempenhode
produtosfuturos. Istoporquealémdeevitararepetiçãodeerrosdopassado,possibilitao
resgate do que deu certo em um projeto, podendo ser replicado em um projeto futuro
(CARRILLO,2005).
Soma-seaissoanecessidadedeinovação,melhoriadedesempenhodonegócioesatisfação
docliente.Nospaísesdesenvolvidos,aindústriadaconstruçãodeedifíciosjáoperaemum
ambiente de rápidas mudanças. Os produtos tornam-se cada vez mais complexos. Os
clientesestãomaisexigenteseconscientesdoquecobrardosetorequeremumproduto
queofereçamuito,masquesepaguepoucoporisso(MEDEIROS,2012).
Em empresas de construção de edifícios, a GC assume um papel importante. O projeto
envolve a participação de diferentes especialistas, com diferentes competências emuitas
vezes de diferentes organizações, que se reúnem por um determinado tempo com o
objetivo de criar um produto ou serviço. O conhecimento do projeto normalmente
concentra-seapenasnosenvolvidos,carecendoderegistrosediretrizesquemantenhama
memória do mesmo. Consequentemente, a organização também não adquiriu o
conhecimento gerado. O fim do projeto é; portanto, o fim da aprendizagem coletiva
(MEDEIROS,2012).
Parasolucionaresteproblema,MhamedeAnumba(2005)afirmamqueumsistemadeGC
naconstruçãodeedifícioséummeiode identificare reteroconhecimento individualdas
79
pessoas através de experiências individuais, lições aprendidas e melhores práticas
(ANUMBA,2005).
Brown(2001)listaseisaçõesdeGCparaconstruçãodeedifícios:
• Iniciarumsiteparaarmazenardadosdoprojeto;
• Promoverumservidorpara todososusuários,paraminimizarcustoseconflitosde
programasindividuais;
• ImplementareintegrarumaúnicalinguagemparaossistemasdeTI;
• Introduzir servidores de informação administrada, com sistemas capazes de
maximizarodinamismo,aintegraçãoeodesenvolvimento;
• Desenharoscomponentesdearquiteturaeengenhariaemmodelostridimensionais;
• Promover integração ao longo do ciclo de vida, pemitindo a disseminação de
conhecimentoparaosusuários,clienteseprojetistas.
O mesmo autor também ressalta a importância da aprendizagem contínua ao longo do
desenvovimento dos empreendimentos através de um banco de dados de desenhos,
avaliações de pós ocupação (APO) realizadas por clientes, projetistas e fornecedores e
análisesdeprojetos,conformemostraaFigura26.Entretanto,setodoesteconhecimento
nãoforacessado,opotencialdeaprendizagemnãoéatingido.
80
Figura26-Aprendizagemnosempreendimentos
Fonte:Brown(2001)
Quandonaconstruçãodeumempreendimentoháoenvolvimentodemuitasempresas,é
necessáriamaioratençãonatransferênciadeconhecimentoentreosenvolvidos.Pensarem
uma estratégia de contratação adequada, com contratos detalhados de escopos e
atribuiçõeséfundamentalparaqueoprojetosejabemsucedidoKAMARAetal.,2002).Ao
longo do processo também é muito importante coletar, compartilhar e transformar
conhecimentos gerados instantaneamente pelos membros da equipe (OTTER; EMMIT,
2008).
A Figura 27 mostra dois tipos de transferência de conhecimento na construção de um
empreendimento,segundoJeon(2009):atrasferênciadiretaeadesviada.Aprimeiraocorre
através de pessoas com experiência que transferem seu conhecimento diretamente aos
demais colaboradores (conhecimento tácito para tácito). Já a segunda é feita através dos
conhecimentos de empreendimentos existentes que são armazenados em repositórios,
manuais,treinamentos,processosinternosedepoissãodisseminadosparaaspessoasque
farãopartedeprojetosfuturos(conhecimentotácitoparaexplícito).
Conhecimentotácitoconver.do
eusodoconhecimento
explícito
Conhecimentotácitointeiramenteconver.doeusodetodooconhecimentoexplícitodisponível
EMPREENDIMENTO2
EMPREENDIMENTON
APO
APO
APO
PRÁTICACOMUM
EMPREENDIMENTO1PotencialparaperdadeConhecimento
PRÁTICAIDEAL
81
Figura27-Tiposdetransferênciadeconhecimentoentreempreendimentos
Fonte:Jeon(2009)
AsempresasdosetortêmutilizadorepositóriosinterativoscomoferramentaparaGC,mas
para o retorno sobre investimento não ficar abaixo das expectativas, também devem ser
incorporados os esforços de GC realizados pessoalmente, sem plataformas de TI (JEON,
2009).
Um estudo realizado em 2001 identificou cinco diferentes perspectivas da GC (ALAVI;
LEIDNER,2001):
1. perspectivadoobjeto:defineconhecimentocomoalgoquepodeserarmazenado
emanipulado;
2. perspectivadacondição:enfatizaoacessoaoconhecimento;
3. perspectiva do estado de espírito: enfatiza o conhecimento e aprendizado
atravésdaexperiênciaeestudo;
4. perpectivadeprocesso:focanoconhecimentoeação;
5. perspectiva de competência: vê o conhecimento como uma competência com
potencialparainfluenciaraçõesfuturas.
Baseado nesta visão, Rezgui; Hopfe e Vorakulpipat (2010) definiram uma perspectiva
evolutivadaGCnosetordaengenhariaeconstrução(Figura28),propondotrêsgerações:
Projetospassadose/ouemandamento
Projetospassadose/ouemandamento
Pessoascomexperiência
Transferênciadireta
• RepositóriodeConhecimento• Manuaisdaempresa• Programasdetreinamento• Processosdetrabalho• “Cabeça”dosfuncionários
Armazenar
Transferênciadesviada
DisseminarColetar
82
• 1ageração:compartilharoconhecimento(perspectivas1e2).Focadanaautomação
dosprocessosatravésdeTI.Baseadaemdocumentosondeoconhecimentorequer
uma interpretação humana. Objetivo de desenvolver competências intra-
organziacionais.
• 2aGeração:concebereestimularoconhecimento(perscpectivas3e4).Atravésde
iniciativasdemodelagematéchegarnamodelagemdeinfomaçõesdoedifício(BIM).
Objetivodedesenvolvercompetênciasentreorganizaçõescomfocoemprojetos.
• 3a Geração: criar valor a partir do conhecimento existente para benefício dos
indivíduos, organização e sociedade (perspectiva 5). Edifícios com iniciativas de
sustentabilidadecomfoconomeioambienteeresponsabilidadesocial.
Figura28-GeraçõesdeconhecimentosdaGCnaconstruçãodeedifícios
Fonte:Rezgui;HofpeeVorakulpipat(2010)
Conforme esta perspectiva evolui, após o desenvolvimento de competências internas nas
organizaçõeseentreorganizações,napróximageraçãoofocoseránacriaçãodovalorpara
asociedade.
A GC em empresas de construção, segundo Kamara; Anumba e Carrillo (2009) pode ser
Compar'lhamentodeconhecimento
Criaçãoeconceituaçãodoconhecimento
Criaçãodevalordoconhecimento
ResponsabilidadeSocialCorpora'va
Sustentabilidade
Re-engenhariadeProcessosdeNegócios
InovaçãodeProcessosdeNegócios
GestãodaQualidadeTotal
FilosofiadeGestão
EvoluçãodeICT
DesenvolvimentodeCapacidade
1ªgeraçãodaGC
2ªgeraçãodaGC
3ªgeraçãodaGC
Maturidade
ConsciênciaSocialedeProcessos
DesenvolvimentolideradoporTI
DesenvolvimentodeCapacidadesinternasdaEmpresa
DesenvolvimentodeCapacidadesentreEmpresas
DomíniododesenvolvimentodeCapacidades
Ferramentasautoma'zadasdeprojetoeescritório
Sistemasdegestãode
documentos
BIM(BuildingInforma'onModeling)
AmbientesdeICTbaseadosemOntologia
E-Construçãoonipresente
83
dividida em duas categorias: a GC voltada para o projeto; ou seja, voltada para o
empreendimentoeaGCentreasempresasenvolvidas.
AprimeirapodeserentendidacomoaGCdaorganizaçãotemporáriadeprojeto;ouseja,a
GCquevaipermeartodooprocessodeprojetodeumdeterminadoempreendimento.Sua
principalcaracterísticaéqueseuconteúdoeseucontextomudamdeacordocomafasedo
ciclodevidadoproduto.Ouseja,naetapadedesenvolvimentodeprojeto,quenecessitade
briefingparaoconceitoestéticodoprodutoeasnecessidadesdocliente,ideiasinovadoras
sãobemvindas.Nestafase;portanto,sãotomadasamaiorpartedasdecisõesquepoderão
afetarociclodevidadoempreendimentoatéafasefinaldeoperação/manutenção.Jána
etapadeconstrução,nãoépossíveltantasalteraçõesequandoelasexistemjánãosãotão
significativasquantonaetapainicial.
Nestesentido,Kamara;AnumbaeCarrillo(2009)consideramasseguintesnecessidades:
• Direcionarasnecessidadesrelativasaoprojetodeacordocomosdiferentesestágios
deobra;
• Transferirconhecimentoentreosestágios;
• Apoiar e gerenciar o conhecimento dos membros da equipe multidisciplinar que
fazempartedacadeia;
• Promovermecanismosdecapturadoconhecimentonodecorrerdoprojeto.
Para kamara; Anumba e Carrillo (2009), muitas empresas consideram sua estrutura
organizacionalmuitoenxutaparaexplorar aGCa fundo.Aspessoas têmapré-disposição
paracompartilharoconhecimento,masapressãoparaentregacomcronogramaapertado
não permite o registro de experiências para posterior compartilhamento. A falta de
organizaçãodosprocessos internosdaempresafazcomqueasorganizaçõesbaseadasem
projetostenhamquelutarparaaprenderdeumprojetoparaoutro.Asconstantesreduções
deprazodosprojetoslimitamotempoparadocumentarasliçõesaprendidas.
OsmesmosautoresafirmamqueumgrandedesafioparaaGCnaconstruçãodeedifícioséa
transferência do conhecimento entre as diferentes fases de um projeto. Por exemplo,
transformarasnecessidadesedesejosdosclientesemespecificaçõestécnicasetransferiras
mesmasparaaequipedeconstrução.
84
Segundo Egbu e Botterill (2002), um dos maiores desafios para empresas construtoras é
transferir conhecimento e informação de um empreendimento para outro. Contudo, esta
transferência não deve focar nos indivíduos, mas sim na organização, pois o risco do
conhecimentoseperderémuitoaltoquandoaspessoasqueodetêmdeixamaempresa.De
uma forma geral, o conhecimento adquirido emumempreendimento é armazenado sem
umpadrãoededifícilacesso.Estasituaçãoérecorrentenaáreadeconstruçãocivileprecisa
ser melhorada, já que o conhecimento acaba perdendo-se porque ninguém consegue
encontrar seus registros. A consequência é a repetição de erros que já foram cometidos
anteriormente.
Medeiros(2012)corroboracomasafirmaçõesanterioresedestacaqueoprincipaldesafio
daGCna construçãodeedifícios, comempreendimentos cadavezmais complexose com
inúmeros agentes envolvidos, é a transferência de conhecimento ao longo do ciclo do
empreendimento:
• Entreasdiferentesfasesdociclodevida;
• Dentrodecadafase;
• Entreprojetos;
• Entreasempresaseagentesenvolvidosnodesenvolvimentodoempreendimento
Szulanski(1996)conduziuumestudosobreasetapasebarreirasparaefetivatransmissãode
conhecimentonasempresasechegouàconclusãodequeaprincipalemaiorbarreiraparaa
transmissão,principalmentenasgrandesempresas,eraaignorâncianasduasextremidades
doprocesso:nemafontenemoreceptorsabiamquealguémpoderiadeteroconhecimento
que precisavam ou se interessar pelo conhecimento que eles possuíam. Outros entraves
encontradosforam:
• Acapacidadedeabsorçãodoreceptor:mesmoqueumgerentesoubessedamelhor
prática,talveznãodispusessedosrecursosoudetalhespráticosparaimplementá-la;
• A falta de um relacionamento pré-existente entre a fonte e o receptor do
conhecimento:aspessoasabsorvemconhecimentoepráticadeoutraspessoasque
elasconhecem,respeitam,admirameconfiam;
• Afaltademotivação:faltaumarazãoempresarialclaraparabuscaratransmissãode
conhecimentoemelhorespráticas.
85
Apesar da existência de boas práticas nas empresas, estas não são utilizadas, pois as
organizaçõesnãosabemoqueelassabem.Cria-seumalacunaentreoqueaempresasabee
o que ela realmente aplica (SZULANSKI, 1996). O diagnóstico encontrado por O’Dell e
Grayson(2000)foiqueasmelhorespráticas levavamumamédiade27mesesparachegar
naspessoasquenecessitavamdesteconhecimento.
Osproblemasdecooperaçãosurgemaoconciliarosdiferentesobjetivosdos indivíduosda
organização. Se a produção exige a integraçãode diversos especialistas emdeterminados
conhecimentos, a eficiência é conseguir uma integração efetiva através da aprendizagem
coletiva. E issonãoquerdizerqueum indivíduo temqueaprender tudooqueooutro já
sabe,esimquedevehaver interaçãoentreelesdemaneiraqueosconhecimentosdeum
sejamagregadosaosconhecimentosdooutro(GRANT,1996).
Robinsonetal.(2001)detectaramváriasbarreirasparaaimplantaçãodeumaestratégiade
GCemgrandesempresasdeconstruçãodeedifícios:
• Culturaorganizacional:podeserumfatordeincentivoouinibiçãodaestratégiade
GC;
• Faltadepadronizaçãodeprocessos:muitasempresastêmdiferentesprocessospara
execução da mesma atividade, principalmente em empresas que passaram por
processosdefusãoeaquisiçãoqueimplicanaherançadenovosprocessos;
• Restrições de tempo: como os projetos são caracterizados pelo atendimento às
necessidadesdoclientequesãoassociadosaumprazofixo,arestriçãodetempoé
umabarreiraparaempresasdeconstrução;
• Resistência dos funcionários: este fator está fortemente relacionado a fatores
culturais.Podeserpositivoquandoosindivíduostêmumaatitudepositivanacriação
ecompartilhamento,ounegativoquandoos funcionáriosestão insegurosquantoa
sua situação no emprego, ou não confiam em seus empregadores, ficandomenos
propensosacompartilharseusconhecimentos;
• Comprometimentoorganizacionalalongoprazo;
• AfaltadecompreensãodaGC;
• Conflitodeprioridades.
Apesquisarealizadapelosautoresrevelouqueasempresasreconhecemanecesssiadede
86
racionalizarousincronizaralgunsprocessosparapossibilitarareutilizaçãodeconhecimento
dasmelhorespráticasetrocasdeexperiências(ROBINSONetal.,2001).
Carrilloetal.(2009)classificaramapartirdeentrevistas,conformeilustradoaFigura29,os
principais desafios encontrados na implementação da GC em empresas de construção de
edifícios:
Figura29-BarreirasparaimplantaçãodeGC
Fonte:Carrilloetal.(2009)
ParaKamara;AnumbaeCarrillo(2009),aadoçãodeumaestratégiadeGCemumaempresa
deconstruçãodeveriaincluir:
• Identificar em que estágio a empresa se encontra para implantacção da GC:
identificarsuaestrutura,políticaseresistênciasquepodeminfluenciarnosucessoda
implantação.
• AlinharaestratégiadeGCcomosnegóciosdaempresa, identificandoadimensão
do conhecimento para natureza dos problemas de acordo com o contexto da
organização.
• Integraratecnologiacomprocessosdaempresaatravésdeorganziaçãocorporativa
edosprojetos.As soluçõesdeGCdevem incorporarumacombinaçãodequestões
organizacionaisedepessoascomsistemastecnológicos.
FaltadeProcessosPadronizadosdetrabalho
Faltadetemposuficiente
Culturaorganizacional
FaltadedinherosuficienteResistênciados
funcionários
FracainfraestruturadeTI
Médiadeavaliação1.0 2.0 3.0 4.0 5.0
87
Osmesmosautoresafirmamquetransformaroconhecimentoindividualdosenvolvidosem
conhecimentoorganizacionaléumdesafioimportanteenecessário.Acrescentamquepara
osucessodaGCnaconstruçãodeedifíciossãonecessáriasasseguintesconsiderações:
• Conhecimentodosclientes/mercado
• Apoiodaliderança
• Estratégiaorganizacionalvoltadaparaoconhecimento
• Gestãodepessoas
• TecnologiadaInformação(TI)
• GestãodeprojetosorientadapelaGC
• Mediçãodedesempenho
• Culturavoltadaparainovação
4.2. AGCNOCENÁRIOATUALDACONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOSNOBRASIL
Apesar do setor da construção ser classificado como indústria, suas características são
bastanteespecíficas.Diferentedeumaindústriamanufatureira,aproduçãoéfeitanolocal
doproduto(empreendimento)eestenormalmenteéúnicoenãopadronizado(MEDEIROS,
2012).
Gosch (2016) soma a isso o fato da construção de edifícios no Brasil empregarmeios de
produçãoaindamuitoartesanaise ineficientes,combaixaprodutividadeesemculturade
inovação. O autor aponta uma contradição no mercado da construção brasileira: é um
grandegeradordereceitas,mascombaixaprodutividade,vistoquesuaproduçãoaindaé
muito tradicional, sem foco em inovações que alavanquem vantagens competitivas e
eficiêncianoprocesso.
Paraqueestecenáriomudeeasempresaspassemautilizarainovaçãocomovantagempara
seusnegócioséprecisoquenovastecnologiassejamutilizadas.Contudo,nãoéoacessoa
estas tecnologias inovadoras o problema, mas sim a dificuldade de sua implantação nas
empresas,queexigedesenvolvimentosinternosdetalhadosegestãodatecnologia(FIRJAN,
2014).
88
Ocontextodomercadoemumpassadorecentetambémauxiliouparaqueasatividadesse
distanciassemdosprocessos industriais. Escritóriosdeprojetoe construtorasdelegarama
profissionais pouco experientes a responsabilidade pelo desenvolvimento de projetos e
gestãodeobrascomplexas.Tudoissoresultouemprojetosdebaixaqualidadecomerrosde
soluções técnicas, que aumentaram significativamente o custo das obras e seus prazos.
(CEOTTO,2011).
Os estudos realizados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (2014)
apontamosprincipaisentravesqueosegmentodeconstruçãodeedifíciosenfrentarános
próximosanos:
• Mudança de comportamento das empresas: é preciso ter um pensamento de
produção industrial. Isto não significa que o produto final seja sempre igual e
repetitivo, mas sim que os processos para produção sejam. A padronização e os
cuidados com o processo de produção devem ser o grande objetivo. A gestão
empresarialdevefocarnaindustrializaçãodaprodução.
• Desenvolvimento de memória tecnológica: para mitigar a repetição de erros
ocorridosnopassado,éprecisoaprenderconstantemente,registraroaprendizadoe
evoluir no conhecimento. Investir na capacitação dos recursos humanos para que
dominemoprocessodeproduçãodoedifíciotambéméimportante.
• Valorização do trabalho na indústria da construção: capacitação das pessoas em
todososníveis.Acertificaçãodascapacidadesauxiliaránagarantiadaqualidadedo
trabalhoenavalorizaçãoprofissionalepessoal.
• Coordenação modular: precisa ser efetivamente implementada e passar a fazer
parte dos projetos desde a sua concepção. A ausência de coordenação modular
dificulta a compatibilidade de componentes; resulta em maiores perdas de
componentes;diminuiaprodutividade,entreoutrosproblemas.
• Sistemas construtivos:precisamserdesenvolvidoscomoumtodo,particularmente
asinterfacesentrediferentessubsistemas,incluindoasexigênciasdedesempenhoe
manutençãoaolongodasuavidaútil.
• Desenvolvimentodepolíticasparaqualificaçãodeprojetistas:afasedeconcepção
doempreendimentodefineoseupotencialderacionalizaçãoeindustrialização.
• Desenvolvimento de políticas para qualificação de mão de obra gerencial e de
89
produção:omelhorprojetopodesetornaropiorempreendimentosenãoforbem
gerido e construído. É preciso que haja comprometimento, engajamento e isso
somenteépossívelcomvalorizaçãoprofissional.
• Desenvolvimento tecnológico completo de sistemas com elevado potencial de
industrialização.
A partir dos entraves levantados, o mesmo estudo identificou cinco grandes frentes de
trabalhoparaosegmento:
• intensificar o emprego de práticas de gestão modernas, métodos racionalizados,
industrializadoseinovadoresdeconstrução;
• incorporarnovastecnologiasaosistemaprodutivodasempresasconstrutoras;
• melhoraracapacitaçãodamãodeobraemtodososníveis;
• melhoraraatratividadeparaacarreiradaconstrução;
• contribuirparaamitigaçãodedeficiênciasnoensinoformal.
A GC pode servir como meio para auxiliar a construção de edifícios nestas frentes de
trabalho, garantindo assim vantagens competitivas para o segmento. Seria importante;
portanto, que as empresas utilizassem práticas de GC para otimizar todo o processo de
produçãodeseusprodutos.
Barros (1996), apesar de não fazer referência ao conceito de GC em sua tese, destaca a
importância das atividades de conhecimento. Para a implantação bem sucedida de uma
Tecnologia Construtiva Racionalizada (TCR) é fundamental a geração, o registro, a
disseminação e a apropriação do conhecimento adquirido durante o processo. TCR é
definida pela autora como “um conjunto sistematizado de conhecimentos científicos e
empíricos, empregados na criação, produção e difusão de um modo específico de se
construir um edifício ou sua parte e orientado pela otimização do emprego dos recursos
envolvidosemtodasasfasesdaconstrução”(BARROS,1996).
Apesardoestudoemquestãoter20anos,omodelopropostoeapresentadonaFigura30
aindaémuitoatual.Omodeloéconstituídoporoitoetapasfundamentais:
1. criaçãodeumambientefavorável
2. estudosiniciais
90
3. investigaçãopreliminar
4. estudoemprotótipos
5. aplicaçãoemescalapiloto
6. consolidaçãodadocumentação
7. disseminaçãodatecnologianaempresa
8. manutençãodoprocesso
Estasetapasestãoreunidasemquatrofases,segundosuascaracterísticasorganizacionaise
operacionais.Sãoelas:a)organizaçãodaimplantação;b)estudodeviabilidadedasTCR’s;c)
aperfeiçoamentodasTCR’s;d)disseminaçãoeconsolidaçãodasTCR’snaculturadaempresa
(BARROS,1996).
Figura30-FaseseetapasdoprocessodeimplantaçãodeTCR’snoprocessodeproduçãodeedifícios
Fonte:Barros(1996)
ORGANIZAÇÃODAIMPLANTAÇÃO
APERFEIÇOAMENTODASTCR´s
ESTUDODEVIABILIDADE
DISSEMINAÇÃOECONSOLIDAÇÃODASTCR´sNA
EMPRESA
1.Criaçãodeumambientefavorável
2.Estudosiniciais
3.InvesOgaçãopreliminar
4.EstudoemprotóOpos
5.Aplicaçãoemescalapiloto
6.Consolidaçãodadocumentação
7.disseminaçãodatecnologianaempresa
8.Manutençãodoprocessode"inovação"
91
Uma maneira eficiente de envolver desde o início a etapa de produção é através da
implantação das TCR’s. Implantar TCR’s em uma determinada obra não é sinômino de
implantá-lasemtodaempresa.Esteprocesso,parasercompleto,envolveaconsolidaçãoda
novatecnologianosistemaprodutivodaempresabemcomonoprocessodeproduçãode
edifícios,atravésdeprincípiosquepossibilitemasuaevoluçãoemelhoria(BARROS,1996).
Essa consolidação não é trivial. É necessário adotar uma metodologia que permeie os
aspectostecnológicos,organizacionaisedegestãodoprocessodeproduçãoquepermitirão
queasTCR’ssejamincorporadasdefatoàculturaorganizacional(BARROS,1996).
Noentanto,porsetratardeumaaçãoqueocorreapenasnafasedeexecuçãodeumaobra
específica,limitaopotencialderacionalizaçãodatecnologiaenvolvida.Seessaaçãoestiver
inserida em uma filosofia de trabalho voltada à evolução do processo de produção da
empresa, iniciando-sena fasedeprojeto,possibilitaráobterumasignificativa reduçãodos
recursosenvolvidos.
Barros(1996)afirmaqueaimplantaçãodeTCR’semumaempresapossibilitaoaumentoda
competitividadedamesma,jáqueaintroduçãodenovastecnologiasnaempresaexige:
• odesenvolvimentodeprojetos voltados à produção e umplanejamentoprévio de
todasasatividadesenvolvidas,evitandoimprovisosaolongodaobra;
• maiordomíniosobreoprocessodeproduçãodoedifícioporpartedocorpotécnico
daempresa;
• o desenvolvimento de pessoas, através do treinamentos, valorizando os
profissionais;
• a criação de procedimentos de controle do processo de produção e aceitação dos
produtoseserviços.
Paraquede fatoomodelo sejabemsucedidonaorganização, todasasetapasdevemser
seguidaseosestudosdevemcomeçardesdeafasedeprojeto,casocontrárioaimplantação
da TCR não proporcionará a melhoria do processo como um todo, mas sim apenas
pontualmentenaobraondefoiutilizada.
92
O estudo de Fabrício (2002) sobre o conceito de projeto simultâneo10na construção de
edifícios também não cita a GC; contudo, destaca a importância da colaboração entre os
agentes, para que os conhecimentos necessários para o desenvolvimento de um
empreendimento sejam compartilhados e disseminados; proporcionando trocas
importantesqueagregamvaloraoprocessocomoumtodo.
O mesmo autor identifica na Figura 31 as principais áreas de conhecimentos para o
desenvolvimentodeempreendimentosdeconstruçãodeedifícios.Sãoestesconhecimentos
quedevemsercompartilhadosentreosagentesparaqueoconceitodeProjetoSimultâneo
aconteça. Portanto; o estímulo às trocas de conhecimento é enfatizado no estudo em
questão.
Figura31–Principaisáreasdeconhecimentoeserviçosdeapoioaodesenvolvimentodeempreendimentosdeconstruçãodeedifícios
Fonte:adaptadodeFabrício(2002)
10ProjetoSimultâneoéotratamentointegradodetrês interfacesdoprocessodedesenvolvimentodenovosedifícios:entreMercadoeusuário;entreasdiversasespecialidadesenvolvidasnosprojetos;entreoprojetocom a produção. O termo relaciona-se às questões de gestão do processo de projeto e à busca pelacolaboração e paralelismo na atuação dos agentes e na concepção integrada das diferentes dimensões doempreendimento(FABRÍCIO,2002).
CONSTRUÇÃODEEDIFÍCIOS
ARQUITETURA
Projetoarquitetônico
Coordenaçãodeprojetos
Paisagismo
Confortotérmico
Projetoacús:co
Luminotécnica
Urbanismo
ENG.CIVIL
Projetodefundações
Estruturas
Hidráulica
Projetosparaprodução
Projetodecanteiro
Orçamentos
ENG.ELÉTRICA
Projetodeelétrica
ENG.DEPRODUÇÃO
Planejamentoecontrolede
obra
Gestãoderecursoshumanos
Gestãodaqualidade
ENG.AMBIENTAL
Gestãoecontroledeimpactoambiental
INFORMÁTICA
Processamentodedados
Simulações
Comunicaçõeseletrônicas
ECONOMIA
Análiseseconômico-financeiras
PRINCIPAISSERVIÇOS
ÁREASDECONHECIMENTOENVOLVIDAS
93
Grilo(2002)identificaemseuestudoalgumaslacunasdeconhecimentoaolongodociclode
vidadeempreendimentoque sãoapresentadasna Figura32. Segundoo autor, a faltade
participaçãodealgunsagentesnas fasesdoempreendimento implicaemprodutosmenos
competitivos e quenão atendemplenamenteo desejo do cliente. Estes agentes agregam
conhecimentos às fases, de maneira que retrabalhos e possíveis erros poderiam ser
evitados.
Comprojetoscadavezmaiscomplexosedinâmicos,estaslacunasdevemserpreenchidase
ofluxodeconhecimentonecessáriodevepermeartodociclo.
Figura32-Lacunasnosserviçosaolongodociclodevidadoempreendimento
Fonte:Grilo(2002)
Para Fantinatti (2008), as empresas de construção de edifícios devem considerar os
seguintesfatoresparaosucessodesuaGC:
Adiçãodevalor Fase Saída Lacuna
Cliente
LocalizaçãoProje/stasnãopar/ciparamdaaquisiçãodo
terrenoedaviabilidadeeconômicaDecisãodeconstruir
Equipedeprojetos
Esquemacompa=velcomoprograma?sico
Proje/stasnãopar/cipamdaconceituaçãodoprodutoedaviabilizaçãoeconômica
Detalhamentodoprograma?sico
Proje/stasnãoavaliamoimpactodemétodosconstru/vosalterna/vosemprazosecustos
Cliente/consultor
Clienteencomendaumorçamento Proje/stasnãocontrolamoscustos
Cliente EditaldeconcorrênciaRequisitosdocliente(prazo,custoequalidade)nãoestãoclaramentedefinidos.Ausênciae
incompa/bilidadedeinformações.
Construtor
Tomadadepreçoscomfornecedores
Planejamento?sico-financeiro
Aspectostécnicosnãosãoavaliadosnatomadadepreços.
Construtoresubempreiteirosnãopar/ciparamdoprojeto
Construtor Planejamento?sico-financeirodetalhado
Riscosassumidosnapropostatécnicaecomercial
Cliente Edi?cioconstruído Projetonãoincorporouprincípiosdeconstru/bilidadeeengenhariadevalor
Cliente Operaçãoemanutenção
Usuárionãopar/cipoudaconcepçãodoempreendimento
Aquisiçãodeterreno
Viabilizaçãoeconômica
Concepção
Projeto
Orçamento
Concorrência
Propostatécnicaecomercial
Planejamentodaprodução
Execuçãodaobra
Operação
94
• GCdeveserapoiadadeformaclarapelaaltadireção;
• Técnicasbaseadasnasrelaçõespessoaisdevemserusadasparaocompartilhamento
do conhecimento tácito e ferramentas de TI para compartilhar o conhecimento
explícito;
• Soluções criadas com a participação das equipes de trabalhadores e gerentes são
maisaptasaconquistarocomprometimentodoscolaboradores;
• Pequenos grupos de trablho desenvolvem melhor conhecimento do que em
trabalhosisoladosouemgruposgrandes;
• Reconhecimentodospares temum impactomais sustentáveldoque recompensas
financeiras;
• A GC deve ser considerada como uma forma de melhorar o desempenho dos
processosdetodaaempresa.
Para Medeiros (2012), se todas estas atividades não forem implementadas de maneira
estratégica,osbenefíciosdaGCnãoserãopercebidos.Quandosefalaemestratégia,fala-se
emestratégiaorganizacional,poisestratégiasinformaisbaseadasnosinteressesindividuais
têm grande risco de não se consolidarem e tornam a organização vulnerável a fatores
externose a grandesmudançasestruturais, comoporexemplo:mudançadaaltadireção,
reduçãodoquadrodefuncionáriosetc.
AmesmaautoralistaalgumasaçõesquepodemauxiliarnaimplantaçãodeGC,taiscomo:
• utilizaçãodeferamentasdeTIparaGC(portalcolaborativo);
• sistemasbaseadosnoconhecimento(paracompartilharprocedimentos);
• guiademelhorespráticas;
• listadeespecialistasoupáginasamarelas11;
• desenhos,padrões,especificaçõestécnicas;
11 Páginas Amarelas: prática de GC que auxilia as pessoas a encontrar outras pessoas dentro da suaorganização,quepossuemosconhecimentosnecessáriosparaumadeterminadatarefaouprojeto.Écomoumdiretóriodepessoas(listadeespecialistas)queincluidetalhessobreconhecimento,habilidades,experiênciaeinteresses(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012).
95
• utilização de canais de comunicação tais como: comunidades de prática, lições
aprendidas, fórum de discussão e transferência de experiências da equipe de um
projetoparaoutro.
Um ponto importante levantado pela autora é que a adoção de uma estratégia para GC
alinhada à estratégia organizacional não garante que o conhecimento gerado seja
compartilhado entre todos os envolvidos durante o ciclo de vida do empreendimento.
Algumas barreiras encontradas na implementação de sistemas de GC podem ser
identificadas nos processos de gestão de projetos e interferem diretamente em todas as
organizaçõesquecompõemosetordaconstrução:faltadetempo,faltademotivaçãodos
envolvidos,falhasdecomunicação,faltadeintegração,culturaorganizacional,entreoutros.
Fantinatti (2008) faz um recorte da GC voltada para a área de assistência técnica na
construçãodeedifícios.Segundoele,aassistênciatécnicaéumprocessodescontínuoede
curtaduração.Asrespostasaoschamadosdosclientesdevemserrápidaseeficazese;por
este motivo, é necessário que os profissionais tenham conhecimento e experiência
acumulados.
Paraomesmoautor,aGCaplicadaàsatividadesdeassistênciatécnicapodediminuirouaté
evitaroscustosinerentesàspatologias.Areutilizaçãodoconhecimentoadquiridodeveagir
nacausadosproblemase;comisso,diminuirarecorrênciadeproblemas.
A Figura 33 ilustra o processo de GC no contexto da construção civil com enfoque na
assistência técnica de edifícios. O setor possui um ambiente competitivo e sujeito às
incertezasdemercadoqueprovocamaltarotatividadedemãodeobrae;porsuavez,gera
umambientede insegurançano trabalho.Esteambiente inseguroéumadasbarreirasao
compartilhamento e à disseminação do conhecimento na construção civil (FANTINATTI;
2008).
96
Figura 33 - Processo de GC no setor da construção com enfoque nas atividades de assistência técnica deedifícios
Fonte:adaptadodeFantinatti(2008)
Vale destacar que o conhecimento gerado pela interação entre agentes de diferentes
segmentos,comcaracterísticasúnicasecomumaorganizaçãovirtual temporáriaparaseu
desenvolvimento,conforme indicadonaFigura34, tambémrequerumagestãoeficientee
eficazparaquesejaincorporadoàmemóriaorganizacionaldaempresacomaexternalização
do conhecimento tácito em conhecimento explícito, através de modelos, detalhes,
procedimentos,liçõesaprendidasparadisseminaçãoeutilizaçãoemoutrosprojetos.
OportunidadedeContextualização:Reu5lizaçãodoConhecimentoapar5rdasa5vidadesdeAssistênciaTécnica
FugadoConhecimentodaConstrução
Ambientecompe77vo
InsegurançanoTrabalho
AltaRota7vidade
Incertezasdomercado
SituaçãorecorrentenaConstruçãodeEdiAcios:FugadoConhecimento
GCapar7rdaAssistênciaTécnicapós-entrega
TécnicaseFerramentasde
compar7lhamentodoconhecimento
Reu7lizaçãodoConhecimento
AprendizadoconCnuo
97
Figura34-Empreendimentosrealizadosporempresaconstrutoraeinteraçãoentreagentes
Fonte:Medeiros(2012)
Comooprocessodeprojetopermeia todasas fasesdociclodevidadoempreendimento,
esterepresentaumimportantemeiodetransferênciadeinfomaçãoeconhecimentoentre
as fasesdociclodevidadoemprendimento,comapossibilidadedecompartilhamentode
conhecimentoevalorcriadoatravésdeaspectostécnicos,degestãoedeprojeto.AFigura
35mostraosfluxosdetransferênciadoconhecimentonaconstrução:entreprojetos,entre
fasesdociclodevidadoprojeto,entreempresaseagentes(MEDEIROS,2012).
Comograndepartedasdecisõestomadasnafasedeconcepçãodoprojetopoderáafetaro
ciclodevidadoempreendimentoatéafasedeoperaçãoemanuntenção,oprojetotemum
papelimportantecomosíntesedoconhecimentogeradopelaequipeemeiodetransmissão
deconhecimentoentreasetapassuguintes,ondeficamarmazenadasasnovassoluçõesou
revisõesdecorrentesdamelhoriadosprocessosoumudançasdeescopodocliente.
INCORPORADORA/CLIENTE
GERENCIADORA
PROJETISTAS/CONSULTORES
FORNECEDORES
AGENTES
TIPOA
TIPOB
TIPOC
SEGMENTOS
FF
I
I
G
P
Empreendimento2
Empreendimento1
Empreendimento4
Empreendimento6
Empreendimento7
Empreendimento5
Empreendimento3
CONSTRUTORA
Retroalimentação
98
Figura35-Fluxosdetransferênciadoconhecimento:entreprojetos(empreendimentos),entrefasesdociclodevidadoprojeto,entreempresaseagentes
Fonte:Medeiros(2012)
Aopassarparaafasedeobsolescência,quandocessaacriaçãodevaloraousuário,podeter
início um processo de reciclagem em que será desenvolvido um novo empreendimento
através de renovação, reuso da edificação existente ou demolição para nova construção.
Nestafase,oconhecimentoeosesforçosdaequipedevemserdirecionadosparaaredução
dos impactosambientaisnegativos, tais comoumademolição total,buscandoalternativas
paraarenovaçãodoedifício(MEDEIROS,2012).
A atuação da construtora em novas atividades do ciclo de vida do empreendimento, não
restritaàsatividadesrelacionadasàproduçãodoedifício,possibilitaagircomointegradora,
Transferênciadeconhecimentoentrefasesdeprojetos
INVESTIDOR
CLIENTE
PROJETISTAS
CONSULTORES FORNCEDORES
CONSTRUTORA USUÁRIO
MANUTENÇÃO
PROJETO4Empreendimentodesegmento.poA
PROJETO2Empreendimentodosegmento.poB
PROJETO3Empreendimentodesegmento.poC
ManutenabilidadeeDurabilidade
Especificaçõestécnicas
Intençãoelógicadoprojeto
Necessidadesdenegóciodocliente
PROJETOPLANEJAMENTO OBRA USOEMANUTENÇÃO
Experiênciadeusoemanutenção
Soluçõesparaatenderobraemudanças
ExperiênciadeobraeSoluçõesdemercado
Experiênciasparanovosnegócios
GERENCIADORA
PROCESSODEPROJETO
RETROALIMENTAÇÃO
PROJETO1Empreendimentodosegmento
.poA
Transferênciadoconhecimentoentre
projetos
Transferênciadoconhecimentoentreempresaseagentes
99
agregandomaisvaloraoprojetoaocompartilharseuconhecimentocomosdemaisagentes
e melhorando o desempenho do projeto como um todo. A Figura 36 mostra a GC em
empresasconstrutorasdeedifíciosesuasinteraçõescomotempo(MEDEIROS,2012).
Figura36-ProcessodeaprendizagemeGCemempresaconstrutoradeedifícios
Fonte:Medeiros(2012) MuitossãoosdesafiosencontradosparaumaefetivaimplantaçãodeGCnaconstruçãode
edifícios. Por este segmento ser formado por empresas com características bastante
heterogêneas e específicas, a GC já encontra uma barreira a ser vencida: atender o
segmentodemaneirageralparadepoisoferecerdiretrizesespecíficasparacadaempresaa
partirdeumdiagnósticodetalhadodamesma.
O ciclo de produção envolvemuitos agentes e; segundoMedeiros (2012), muitos são os
entravesao longodetodociclo.Sãoeles:requisitos incompletosouconflitantesporparte
dos clientes; ineficiência do processo de retroalimentação da produção para projeto;
utilização de mão de obra pouco qualificada no canteiro; especificações complexas,
conflitanteseconfusas;entreoutros.
ParaosucessodaGCemumaempresaconstrutora,segundoMedeiroseMelhado(2013),
FF
I
I
G
P
Empreendimento2
Empreendimento1
Empreendimento4
Empreendimento6
Empreendimento7
Empreendimento5
Empreendimento3
Retroalimentação
Integração/Ar?culação/Colaboração/Compar?lhamento/Disseminação/
Comunicação
CRIAÇÃONovoConhecimentoGerado
RECUPERAÇÃOEUSOConhecimentoAplicado
AQUISIÇÃOERETENÇÃOConhecimentoArmazenado
EMPREENDIMENTOSDEVÁRIOSSEGMENTOSEMDESENVOLVIMENTOCONSTRUTORA“X”
CONSTRUTORA“X”
Aumentodecompetências
essenciaisenovascompetências
Conhecimentotácitoconver?doemconhecimento
explícito
Conhecimentoobsoletodescartado
Conhecimentotácitoindividual(experiência),nãoconver?doemconhecimentoexplícit,com
potencialdeperda
Conhecimentotácito,nãoconver?doem
conhecimentoexplícito,masrecuperado
Conhecimentotácito,nãoconver?doem
conhecimentoexplícito,eperdido
ENG.DEVALOR
GESTÃOPROJETOS
SUSTENTABILIDADE
GESTÃOPRODUÇÃO
LIÇÕESAPRENDIDAS
ATASREUNIÃO
ASBUILT
MANUALPROPR.
PROCEDIMENTOS
LIÇÕESAPRENDIDAS
MEM
ÓRIA
ORG
ANIZAC
IONAL
MEM
ÓRIA
ORG
ANIZAC
IONAL
CONHE
CIMEN
TO
TEMPO
100
alémdeuma liderançaapoiadapelaaltadireção, foram identificados (Figura37)aspectos
fundamentaisparaaeficáciadoprocessoesucessonatransferênciadeconhecimento.São
eles:
Figura37-Aspectosfundamentaisparaaeficáciadatransferênciadeconhecimentoemempresaconstrutora
Fonte:adaptadodeMedeiroseMelhado(2013)
Medeiros e Melhado (2013) também verificam com estudos de caso em empresas
construtoras que a atuação das mesmas na fase de desenvolvimento dos projetos tem
grande potencial para fomentar a geração de novos conhecimentos ao transmitir e
compartilhar experiências com os demais agentes do processo através das atividades
destacadasnaFigura38.
Liderançaapoiadapelaaltadireção
Integraçãoentreagentes(conciliarinteresses)desistemas(qualidade,projetos,gestão,TI)
Ar<culaçãoentreprocessos
Colaboraçãoentreequipes,projetoseempresas
Compar<lhamentodeconhecimento(experiência,informação,ideias,planejamentodea<vidades)
Disseminaçãodemelhoresprá<cas(retroalimentação,treinamentos,seminários)
Comunicaçãoeficazentretodosagentesenvolvidos(ferramentascolabora<vas,reuniõesetc)
101
Figura38-Atividadesdeempresasconstrutorasnafasededesenvolvimentodeprojetos
Fonte:adaptadodeMedeiroseMelhado(2013)
Para Souza (2016), uma GC bem sucedida em empresas de construção de edifícios deve
considerarasaçõesapresentadasnaFigura39.
DesenvolvimentodeProjetosEngenhariadevalor
Interaçãoentreequipesdeprojetoe
obra
Interaçãocomfornecedoreseconsultores
especializados
Disseminaçãodeliçõesaprendidas
Retroalimentaçãodaassistênciatécnica
102
Figura39–AçõesparaosucessodaGCemempresasdeconstruçãodeedifícios
Fonte:adaptadodeSouza(2016)
Umaoutramaneira de implantar aGC é atrelando as etapas damesma aos conceitos de
GestãodaQualidade(GQ),comoémostradonoQuadro15.Esteéumbomexercícioparaas
empresas que têm certificação ISO 9001, já que a última versão da norma acrescentou o
itemConhecimentoOrganizacional.
Integraçãoentreagentesesistemas
Ar0culaçãoentreprocessos
Colaboraçãoentreequipes,projetos
eempresasCompar0lhamentodeconhecimento
Disseminaçãodemelhoresprá0cas
Comunicaçãoeficazentretodos
osagentesenvolvidos
103
Quadro15–ConhecimentonecessárioparaGestãodaQualidade(GQ)segundoatividadesdeGestãodoConhecimento(GC)
ElementosProcessos
Pessoas Processos Tecnologia
Criar Competência|Treinamento
AprendizagemcomclientesInformaçõesdosconcorrentesMembrosdaorganizaçãoExperiênciapassadaPublicações
Capturadoconhecimentoexplícitoetácito
Armazenar Definiçãoderesponsabilidades
Memóriaorganizacional Representaçãodoconhecimento
DisseminarIncentivoaocompartilhamento
Condiçõesquefavoreçamadisseminação
Transferênciadoconhecimento
Utilizar Motivação PráticasparaautilizaçãoereutilizaçãodoConhecimento
Integraçãoentresistemas
Medir Indicadores Relaçãocomodesempenhoorganizacional
Ferramentasparamensuração
Aspectosorganizacionais(todososprocessos)
CulturaAprendizadoGestãodepessoasApoiodaaltaadministração
Estratégiaeobjetivosdaorganização
GestãodeprocessosGestãodeinformações
Fonte:Medeiros(2012)
Especificamente para o setor da construção de edifícios, Santiago Jr (2002) definiu uma
metodologiadeGCparaempresasdeengenhariaqueenglobanovepassos,apresentadosna
Figura40.
104
Figura40–NovepassosparaimplementaçãodeGCemempresasdeengenharia
Fonte:adaptadodeSantiagoJr(2002)
4.3. CONSIDERAÇÕESPARAIMPLEMENTAÇÃODAGCEMEMPRESACONSTRUTORA
Aanálisedasreferênciasutilizadasapontaparaalgunsdesafios(Figura41)paraimplantação
daGCemempresasconstrutorasdeedifícios.Taisdesafiosforamagrupadosemdesafiosdo
setor,daorganizaçãoedoprojeto/empreendimento.Sãoeles:
9.Criaçãodeumapolí2cadeincen2voaoregistroedisseminaçãodoconhecimentotécnicoexistentenaorganização
8.Estudodeumsistemadecolaboraçãoquepermitaumaintegraçãocompletaentreasempresaspar2cipantesdosprojetos
7.Definiçãodeumaestruturadelevantamentoeregistrodoconhecimentoprá2co(tácito)
6.Estruturaçãodeumsistemaparaguardar,recuperar,atualizaredifundiroconhecimentoimportanteparaempresa
5.Desenvolvimentodeumaestruturadoconhecimentodeengenhariacombasenos2posdeserviçosdesenvolvidospelaempresa
4.Resgatedoconhecimentoexplícitodaempresa
3.Disseminaçãodascompetênciastécnicasnasáreasdeprojeto
2.Definiçãodeumplanodecapacitaçãoeencarreiramentotécnicoqueestejaintegradocomaáreaderecursoshumanos,considerandoasdiversascompetências
nosprojetos
1.Levantamentodeconhecimentostécnicosnecessáriosparaodesenvolvimentodosprojetosdaempresa
105
Figura41–DesafiosparaimplantaçãodaGCemempresasconstrutorasdeedifícios
Fonte:elaboradopelaautora
A seguir, na Figura 42, são resumidas as oportunidades para implantação de GC em
empresasdeconstruçãodeedifícioslevantadasatravésdasreferênciasestudadas.Sãoelas:
Atenderosetordemaneirageralparadepoisoferecer
diretrizesespecíficasparacadaempresa
AGCenvolveprocessoshumanos,quesãodi=ceisdemensuraregerenciaratravésdasdisciplinasexistentes
AfaltadecompreensãodoqueédefatoGC
RecursosfinanceirosinsuficientesparainvesAmento
necessárioemGC
CulturaorganizacionalqueesAmulaacompeAçãointerna
Coletar,comparAlharetransformarconhecimentosgeradosinstantaneamentepelosmembrosdaequipe
ApoiaregerenciaroconhecimentodosmembrosdaequipemulAdisciplinar
Capturarconhecimentodosfuncionárioscommaior
experiênciaparatransformá-loemaAvoorganizacional
AfaltademoAvação:faltaumarazãoempresarialclaraparabuscaratransmissãodeconhecimentoemelhores
práAcas
CompromeAmentoorganizacionalalongoprazo
Promovermecanismosdecapturadoconhecimentono
decorrerdoprocesso
IdenAficarereterparaaorganizaçãooconhecimento
individual
Lacunaentreoqueaempresasabeeoqueelarealmente
aplicaResistênciadosfuncionários
Faltadeorganizaçãoepadronizaçãodosprocessos
internosdaempresa
Transferênciadeconhecimentoaolongodo
processodeprojetodentrodecadafase
Transferênciadeconhecimentoentre
projetos
Transferênciadeconhecimentoentreasempresaseagentes
envolvidosnodesenvolvimentodoempreendimento
Transferênciadeconhecimentodeum
empreendimentoparaoutro
Transferênciadeconhecimentoaolongodoprocessodeprojetoentreasdiferentesfasesdociclode
vidadeumprojeto
Disseminarliçõesaprendidasdeprojetosanteriores
Preencherlacunasdeconhecimentoaolongodo
ciclodevidadoempreendimento
Gerar,registrar,disseminaroconhecimentoadquirido
duranteagestãodoempreendimento
Constantesreduçõesdeprazodosprojetoslimitamotempoparadocumentaras
liçõesaprendidas
Desafiosparaosetor
Desafiosemprocessosdeempresasconstrutorasdeedi=cios
Desafiosemprojetoseprodutos(empreendimentos)
106
Figura42-OportunidadesparaimplantaçãodeGCemempresasdeconstruçãodeedifícios
Fonte:elaboradopelaautora
• Reduzirretrabalho
OTIMIZAÇÃOPROCESSOSCONSTRUTIVOS
• O?mizartodooprocessodeproduçãodeseusempreendimentos
OTIMIZAÇÃOPROCESSOSCONSTRUTIVOS
• EncorajaramelhoriaconHnua
OTIMIZAÇÃOPROCESSOSCONSTRUTIVOS
• Compar?lharconhecimentotácito
OTIMIZAÇÃOPROCESSOSCONSTRUTIVOS
• Evitarimprovisosaolongodaobra
OTIMIZAÇÃOPROCESSOSCONSTRUTIVOS
• Darrespostasrápidasaocliente
MERCADO
• Auxiliarempresasaa?ngirmaiorvantagemcompe??va
MERCADO
• Desenvolvernovosprodutoseserviços
MERCADO
• Auxiliarocrescimentoediversificaçãodea?vidadesdonegóciodaempresa
MERCADO
• Disseminarmelhoresprá?cas
MERCADO
Oportunidadeparao?mizaçãodeprocessosconstru?vos
Oportunidadeparadiferenciaçãonomercado
107
5. GESTÃODOCONHECIMENTOEMEMPRESASDEDESENVOLVIMENTODE
PRODUTOSCOMPLEXOS
Estecapítuloapresenta trêsempresasdedesenvolvimentodeprodutoscomplexos (EDPC)
reconhecidasnomercado,queaqui serão referenciadascomoEmpresaA (EA),EmpresaB
(EB)eEmpresaC(EC).
Todas apresentam práticas de GC, porém com maturidades diferentes. A Empresa A foi
reconhecida em 2009 pelo Prêmio MAKE como uma das empresas mais admiradas em
GestãodoConhecimentoeInovação(YAMADA,2011).Em2014foireconhecidapeloPrêmio
Nacional da Qualidade. A Empresa B busca reconhecimento neste último prêmio e, para
tanto, desde 2016, vem estruturando práticas de GC que auxiliem os processos da
companhia.AEmpresaCfoireconhecidaem2011tambémpeloprêmioMAKE.
AanálisedaspráticasdeGCnasEAeEBauxilianaproposiçãodasdiretrizesdeGCparaaEC.
Alémdepesquisaareferênciasbibliográficas,conversascomosresponsáveispelaGC,bem
comoconversascomcolaboradoresdasempresasforamrealizadasem2016.Osnomesdos
participantesnãoserãodivulgados.Yin (2015)consideraqueparase fazerboasanálisesé
precisoformularboasquestõeseinterpretá-lasdemaneirarazoável;serumbomouvintee
não se prender a ideologias pré-estabelecidas; permanecer adaptável caso os rumos
previstos não sejam alcançados; ter noção clara do assunto em questão e; por fim, ser
imparcial,conduzindoapesquisadeformaética.Asconversasforamguiadaspelasseguintes
questõescentrais:
1. QuandoaGCfoiimplementadanaempresa?
2. AaltadireçãoapoiaaGC?
3. Comofoioprocessodeimplementação?
4. AGCestáatreladaàestratégia?
5. Quaisosentravesencontradosduranteaimplementação?
6. ComoomodelodeGCutilizadopelaempresaauxilianasatividadesdeGC?
7. AGCpermeiatodasasáreasdaempresa?
8. QuaisasprincipaispráticasdeGCqueaempresautiliza?
9. ComomanteraGCvivanaempresa?
10. ComosemedeaGCnaempresa?
108
5.1. GCNAEMPRESAA
A Empresa A (EA) foi fundada no Brasil em 1969 e conta hoje com mais de 19.000
funcionáriosdistribuídos em seis países (Brasil, China, EUA, França, Portugal e Singapura).
Comclientesemtodoomundoeparceirosmundiais,éhojeumadasmaioresexportadoras
brasileiras, com um grande portifólio de produtos e serviços voltados para o setor
aeroespacial.
SegundoSilva(2002),empresasquedesenvolvemprodutoscomplexoscomoaEAdestacam-
se pela habilidade em transformar conhecimento em tecnologia aplicada e por converter
característicasespecíficasdas ciênciasaplicadasaoproduto complexo. Isto confere focoe
aplicação contínua de recursos em melhoria, seja no desenho do projeto, no processo
produtivoouatémesmonoproduto.
Os anos 80 foram críticos para o desenvolvimento do setor desta indústria. A segunda
metade desta década foi um período de intensa turbulência econômica nacional. Como
respostaaestecenário,nadécadade90,foramcriadosprogramasepolíticasdeincentivos
à produção industrial, ao desenvolvimento tecnológico e à exportação de produtos.
Contudo,arecessãocontinuavaeafetouaindústrianacionalcomoumtodo(CASSIOLATO;
BERNARDES; LASTRES, 2002). No início dos anos 90 a Empresa A fechou 8.000 vagas de
trabalhodeumtotalde13.000.Em1994aempresafoiprivatizada.
Nos últimos anos, novosmétodos de gestão foram implantados, tais como o conceito de
manufaturaenxuta(leanmanufacturing)e;maisrecentemente,aimplementaçãodenovos
fluxosdeproduçãoquegarantemumaotimizaçãodalogísticaindustrialparaatenderànova
realidadedemontagemgeograficamentedispersaeà reduçãodos ciclosdeprodução.As
mudanças tecnológicas associadas à geração de novos conhecimentos permitiram uma
considerávelreduçãonociclodedesenvolvimentodosprodutos(SANTOS,2004).
A empresa possui desde 1996 a certificação do Sistema de Qualidade das Unidades de
Produção e dos Centros de Distribuição de Peças de Reposição conforme as normas ISO
9001eAS9100.
Em2007 lançouumprogramadeexcelênciaempresarialbaseadonoconceitodeempresa
enxuta(leanenterprise).Oprogramaéconstituídoporquatropilares:desenvolvimentoda
109
culturaorganizacional,daspessoas,formaçãocontínuados líderesebuscadaexcelênciae
eficiênciaemtodososprocessos(FNQ,2014).
Em2008conquistouacertificaçãodosSistemasdeMeioAmbiente,SaúdeeSegurançadas
UnidadesdaEmpresanoBrasilconformeasnormasISO14001eOHSAS18001,tornando-se
a primeira companhia do setor a possuir tais certificados. Em 2010, entra na carteira do
ÍndiceDowJonesdeSustentabilidade(DowJonesSustainabilityIndex–DJSI),primeiroíndice
globalcriadoparaacompanharaorientaçãoparaasustentabilidadeentreasempresasde
capitalaberto.AempresaintegratambémoÍndicedeSustentabilidadeEmpresarial–ISEda
BM&FBovespa. Ainda nomesmo ano, passa a adotar oModelo de Excelência emGestão
(MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), segundo informações contidas em seu
site.
Em2012criaoSistemadeEmpresariamentoquedescreveformalmenteomodelodegestão
daempresa.Em2014aempresafoiumadasvencedorasdoPrêmioNacionaldaQualidade
(PNQ)comoreconhecimentodaFundaçãoNacionaldaQualidade(FNQ)porsuaexcelência
em gestão.O prêmio acontece anualmente e reconhece as empresas de nível mundial,
ocupando uma posição central na missão da FNQ. Seu objetivo é estimular e apoiar as
organizaçõesparaodesenvolvimentoeaevoluçãodesuagestão,pormeiodadisseminação
dos critérios de excelência, para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor
paraasociedade.OsoitocritériossãoapresentadosnoANEXOAdestetrabalho.
A14ªediçãodoFórumdeBoasPráticasdaFNQ,quetevecomoobjetivopromoveratroca
de experiências em gestão com organizações reconhecidas no PNQ de 2014, contou com
umaapresentaçãodaEA,comocase“GestãodoConhecimento”.Oresponsávelpelaárea
de GC da empresa relatou as principais práticas adotadas na empresa desde a sua
implantação.
Paraaempresa,GCéoprocessosistemáticoparaidentificar,capturar,registrar,disseminar
eutilizarconhecimentosquesãoestratégicosnavidadeumaorganização.
AGCfoiimplantadanaáreadeengenhariadaempresanadécadade2000econtoucomo
apoiodaaltadireçãoparatanto.Oprocessodurouumanoetevemuitasdiscussõespara
alinhamentos,dentreelas:asliçõesquedeveriamseraprendidaseregistradas,adaptações
110
paraas aplicaçõespráticasdas ideias, indicadoresquepudessemde fatoagregaremetas
quefossemqualitativasenãoapenasquantitativas(FNQ,2014).
O modelo de GC utilizado pela companhia baseia-se noModelo do Instituto Fraunhofer,
apresentado no capítulo 2 desta pesquisa. A Figura 43 apresenta o modelo adaptado à
realidadedaempresa.
Figura43-ModelodeGCEmpresaA
Fonte:FNQ(2014)
Paraaempresa,oconhecimentoéumativointangível,quedevesertrabalhado.Alémdisso,
nãoadiantateroconhecimentoseessenãofordisseminadoparaaspessoasqueprecisam
dele. Por isso, é necessário trabalhar com ferramentas, pessoas e processos. Contudo, o
mais importanteé focarempessoas, pois é issoquegeraodiferencial competitivo (FNQ,
2014).
AempresaorganizouoprocessodeGCemquatroetapas:1. identificar;2.desenvolver;3.
reter/proteger; 4. disseminar e utilizar. Há uma forte preocupação com a segurança da
informação e a propriedade intelectual, então todas estas etapas são devidamente
protegidas, pois entende-se que o conhecimento é um ativo valioso que não deve ser
perdido.
OrganizaçãoeNormas
CulturaOrganizacional
Liderança
Controles
TecnologiadaInformação
RecursosHumanos
ConhecimentoAplicado
ConhecimentoGerado
ConhecimentoArmazenado
ConhecimentoDistribuído
ValorAdicionado
ProcessosdoNegócio
Aterceiracamadarefere-seaosfatorescrí?cosdesucessoqueafetamodesenvolvimentodaGC.Éessencialparaorientara
atuaçãodascamadas1e2.
Asegundacamadarefere-seaos
processosdeGCedeveestarrefle?danaprimeiracamada
Énestacamadaqueoconhecimentoétransferidoequeseusresultadosrefle?rãono
sucessodonegócio.Istoocorrenas
áreasdaEmpresaA.
111
AempresatambémpossuiumaáreaespecíficanaengenhariaresponsávelpelaGC.Aárea
dividiu as práticas utilizadas em dois tipos: estimuladas e gerenciadas. Nas práticas
estimuladas,nãoháaobrigatoriedade;ouseja,apessoaparticipaporqueteminteresse.Já
aspráticasgerenciadaspossuematividadescominícioefimbemdefinidos,alémdeterem
foco na aplicação e no registro do conhecimento; ou seja, na incorporação do
conhecimento. A Figura 44 apresenta as principais práticas de GC que fazem parte da
companhia.
Figura44-PráticasdeGCnaEmpresaA
Fonte:adaptadodeFNQ(2014)
GestãodaPron-dão
PáginasAmarelas
ComunidadesdePrá-ca
Mentoria
ManualdePrá-ca
ProgramadeEspecializaçãoemEngenharia
DesenvolverIden-ficar RetereProteger
DisseminareU-lizar
PropriedadeIntelectual
SegurançadaInformação
BoaIdeia
SemináriosdeTecnologiaeInovação
GestãoDocumental
Storytelling
GreenLigth
ProjetoDesafio
InnovaChallenge
ProgramadeIntercâmbio
ReusodeConhecimento
112
A prática chamada de Páginas Amarelas é bastante utilizada e consiste em um banco de
dadosonlinecujoobjetivoprincipaléfacilitaroacessoaosconhecimentos/experiênciasdos
colaboradoresde formarápidana identificaçãode“queéquem”e"quemsabeoquê"na
empresa. Na página de cada colaborador encontram-se informações como: os perfis dos
profissionais; suas áreas de conhecimento e experiências; serviços e projetos realizados;
temasdeinteresseehabilidades.
A Gestão da Prontidão avalia as pessoas pelo conhecimento técnico relacionado com os
produtosdesenvolvidos,processosorganizacionaiseambientedetrabalho.Anualmenteas
pessoassãoavaliadaspelosseusgestores.Estapráticanãoavaliaconhecimentoteórico,ou
seja,seapessoapossuimestradooudoutorado,massimaexperiênciamanifestadanodiaa
dia.Estapráticapermiteidentificarpossíveislacunasdoconhecimentonecessárioparacada
desenvolvimentodeprodutoe;comisso,auxilianosprogramasdequalificaçãooferecidos
pelaempresaetambémauxilianadistribuiçãomaisadequadadaspessoasemcadaáreaou
projeto.Alémdisso,trazumavisãoqualitativaparaaempresadecomoamesmaestápara
encararospróximosdesafios.
AsComunidadesdePrática(CoPs)sãogruposquecompartilhamconhecimento.AsCoPstêm
porobjetivodesenvolverassuntos/temas importantesparaa companhia. Elas integramas
pessoaspelosassuntos,parateremdiferentespontosdevista,paratrazeremmaisriquezae
diversidadede informações.AsCoPsnão sãoumapráticagerencial;ou seja,umprocesso
automático.Énecessárioteroutrasaçõesemtornodela,comoporexemplo,estímulosàs
pessoas e às LiçõesAprendidas, que servempara registrar o conhecimento, reutilizá-lo e
difundi-lo para a organização. Em todas as comunidades há um ambiente aberto, que
proporciona maior confiança para o compartilhamento. As reuniões são presenciais e
acontecempelomenosumavezaomês,sempreemumasalaquefoi feitaespecialmente
paraestesencontros(salaBa).TodaCoPtemumabasedeLiçõesAprendidas.Nomomento
em que faz a discussão das Lições já há uma disseminação do conhecimento e reuso do
mesmo.Alémdisso,todaCoPpossuiumFórumdeDiscussão,comambienteabertoparaas
demaiscomunidades.Aspremissasparaascomunidadessão:
• Voluntárias;
• Criadasporassunto;
113
• Númeroidealdemembrosentre20a40,parafacilitaroconhecimentoeintegração
depessoas;
• Ocoodenadordeveserareferênciatécnica;
• Devemserintegradasaosprocessosdodiaadia.
AMentoriaéumprocessodetransferênciadeconhecimentotácitoentreosenvolvidos.Um
colaboradormaisexperienteéomentordeumcolaboradormenosexperiente.Astrocassão
realizadasatravésdeconversas.
OManualdePráticaéumacompilaçãodetodoconhecimentoaprendidoatéentão;ouseja,
éumknowhowdeaprendizagemque ficaarmazenadoemumaplataformawiki, similarà
Wikipedia. Programas de Capacitação são realizados a partir das necessidades dos
funcionáriosetêmoapoiodaáreadeRecursosHumanosdaempresa.
AempresatambémcontacomoProgramadeEspecializaçãoemEngenharia(PEE),queteve
inícioem2001.Oprogramaestimularecém-formadosemengenhariaquedesejamampliar
seus conhecimentos atuando na área, através demestrado profissional em parceria com
uma instituição de renome da área. O objetivo é capacitar engenheiros recém-formados
para atuarem nas áreas de engenharia da EA. Os cursos e atividades sãoministrados em
dependênciasdaempresaporprofissionaisdamesmaeconsultorescontratados.OPEE já
formou23turmascomcercade1400engenheiros.
O Programa de Intercâmbio tem por objetivo capacitar e reter as pessoas através da
oportunidade das mesmas passarem um período em instituições externas, atuando em
assuntos de interesse da EA. O programa é estruturado em quatro etapas: acordo com
instituições; seleção de candidatos; registro e disseminação e abertura da empresa para
visitantes. A etapa de registro e disseminação conta com três fases: de pré-intercâmbio;
intercâmbio e pós-intercâmbio. Na primeira há a construção do roteiro (registrado na
ComunidadedePrática);discussãocomasComunidadesdePráticasenvolvidasecoletade
informações e referências úteis. Durante o intercâmbio, o participante deve registrar seu
aprendizado(diáriodebordo),atualizarseuroteirosenecessárioetrocarexperiênciacom
pessoas interessadas através dos fóruns. Já no pós-intercâmbio deve ocorrer uma
apresentaçãosobreasexperiênciasvivenciadasnasCoPsenvolvidas.
114
ApráticadeStorytellingnadamaiséqueocompartilhamentodeexperiênciasprofissionais
dos colaboradoresmaisexperientesdaempresaapartirdeconversasque sãogravadase
ficam registradas em vídeo para acesso daqueles que tiverem interesse. Segundo Terra
(2009), contar histórias não é visto apenas como uma distração ou momento de
relaxamento,massimcomoumadasferramentasoumétodosinstitucionaisnocontextoda
GC.
Além disso, a empresa organiza Seminários de Tecnologia e Inovação, que reconhece e
prestigia trabalhos inovadores e de tecnologia. O seminário tem por objetivo fomentar,
mobilizar e compartilhar trabalhos inovadores, colocando em destaque as pessoas que
fazempartedestasinovações.AGestãoDocumentaléadisseminaçãodainformaçãocerta
comaqualidadecertaeapoiaasdemaispráticasdeGC.
OProgramaBoaIdeiareconheceeincentivaosempregadosquedãoideiascomenfoquena
redução de custos, segurança ocupacional, ergonomia e meio ambiente. Todos os
funcionários podem participar do programa e o foco está na melhoria contínua dos
processos e inovações incrementais. Todo ano a empresa reconhece com prêmios em
dinheiroepasseiosculturaisosresponsáveispelasmelhoresideias(MADEIRA,2015).
JáoProgramaInnova,estimulaaculturadainovação(FNQ,2015).Oprogramadisponibiliza
canais e espaços propícios ao desenvolvimento e à implementação de inovações na
empresa,alémdelaboratórioseprotótipos.Aempresatambémpossuiequipededicadaao
estudo e à viabilização de novas tecnologias e processos, que possam agregar valor. Esta
equipe desenvolve em torno de 50 projetos anualmente, baseando-se em análises
periódicasdasnecessidadesdomercadoedocenáriotecnológico.
OInnovaatuaemduasfrentes:InovaçãoEspontâneaeInovaçãoEstimulada(Induzida).Na
primeira, conta com apoio do projeto Green Light, lançado em 2012. Este permite que
empregados com propostas inovadoras possam se afastar de seu trabalho diário para
desenvolvê-las,contandocomumaportefinanceirodaEA.OGreenLigthéresponsávelpor
avaliaraspropostasapresentadaspeloscolaboradoresvoluntariamente.Sendoaprovadas,
osproponentespassamacontarcomtempoerecursosparaodesenvolvimentodeprojetos.
115
Na frente de Inovação Estimulada, existe o Projeto Desafio, pelo qual gestores lançam
desafios aos membros de sua equipe que de forma colaborativa passam a sugerir e a
trabalhar nas possíveis soluções.O projeto tempor objetivo resolver problemas técnicos,
eliminar lacunas de conhecimento técnico e reter talentos. Identificam-se os problemas,
avaliam-se novas ferramentas e analisa-se o que os concorrentes fazem a respeito
(benchmarking). Através de um sub-time da CoP são pensadas soluções. Alguns projetos
podem tornar-se um projeto de desenvolvimento tecnológico; outros, projetos de novas
ferramentasquesolucionemoproblemaouatémesmopodemser temaparaomestrado
profissionaldoProgramadeEspecializaçãoemEngenharia.
Tambémháo InnovaChallengequefazpartedas InovaçõesEstimuladas.São6etapas:os
gestoresenviampropostas(etapa1);planejamocronograma(etapa2);osparticipantesdão
ideias, fazem comentários e votam nas melhores práticas (etapa 3); posteriormente os
colaboradoresparticipamdeprotótipos(etapa4)eumcomitêéresponsávelporselecionar
o projeto mais adequado segundo critérios de avaliação (etapa 5) e; por fim, a área
implentaasolução(etapa6).
Em2013aEAcriouoProgramadeReconhecimentode Inovação,adotandooprincípiode
quetodasasinovaçõesimplantadasebemsucedidasdevemserreconhecidasecelebradas.
Assim,háumprocessosistemáticodecaptura,análisee reconhecimentodaspessoasque
fizerampartedasinovações(MADEIRA,2015).
Porfim,aspráticasdeGestãoDocumentaleReusodeConhecimentosãoimportantespara
disseminação e utilização dos conhecimentos importantes para a empresa. Esta última
objetivareutilizarconhecimentosexistentesdeprojetosanterioresafimdequearodanão
sejareinventadanosnovosdesenvolvimentos.
Paraaempresa,aGCdeveserentendidapelaspessoascomoalgoútilenãocomoalgoa
mais no dia a dia. Para tanto, é fundamental que a empresa proporcione um ambiente
favorávelparaaspessoasseengajaremnoprocessodeGC.Alémdisso,aintegraçãocoma
áreadeRecursosHumanoséindispensávelparaquehajareconhecimentotantodegrupos
quantodeindivíduos.Aavaliaçãodaspessoastambémestáatreladaaocompartilhamento
deconhecimentos,oquedámaisforçaparaoprocesso,segundooresponsávelpelaáreade
GC.
116
Outropontoimportanteaserdestacadoéarelaçãoganha-ganhaentreempresaeindivíduo.
Isto significaqueaGC temqueserboa tantoparaaorganizaçãoquantoparao indivíduo
(FNQ,2014).AimportânciadaGCparaempresaé:
• Descobrireprotegerocapitalintelectualexistente;
• Melhoraroprocessodecisório,reduzindoaexposiçãoaoriscos;
• Promover amanutenção e renovação do conhecimento armazenado,mantendo o
mesmosempreconfiável;
• Reduzirdesperdícioscombasenareutilizaçãodocapitalintelectual;
• Acelerareconsolidarageraçãodenovosconhecimentos;
• Serumalicerceparaainovação.
Paraoscolaboradores:
• Maiordesenvolvimentoprofissionalepessoal(contatocomoutrosespecialistas);
• Ampliar a capacidade de resolver problemas complexos (utilizar a capacidade
coletiva);
• Socializar,pertencereseidentificarcomumgrupodepessoas(ganharvisibilidade);
• Compartilharevalidarsuasideiasemcomunidades;
• Aprendercontinuamente,porquecompartilharexigereflexão(quemensinatambém
aprende);
• Identificar mais rapidamente as principais fontes de conhecimento (conhecer as
pessoasexperientes,acessaradocumentação).
5.2. GCNAEMPRESAB
A Empresa B (EB) foi fundada na Alemanha em 1847 e hoje é uma potência global em
engenharia eletrônica. Com 351 mil colaboradores em mais de 190 países a empresa
desenvolve produtos de ponta, projeta e instala sistemas complexos, bem como elabora
diversassoluçõescompartilhadasdeacordocomasexigênciasdosseusclientes.
Suamissãoé:
Por meio de nossa rede global de inovação e forte presença local, reunimos e
117
desenvolvemoscompetênciaseconhecimento,dentrodeumaorganizaçãodealtaperformance,objetivandogeraromaiselevadoníveldevaloragregadoparanossosclientes,colaboradores,acionistasesociedade.
A empresa é reconhecida pela inovação aplicada em seus produtos e, segundo uma
entrevistaaoportaldaFundaçãoNacionaldaQualidade,aGCnaEBéummeiodepromover
alta capacidade de aprendizagem; de gestão do capital intelectual e de criar redes de
pessoas criativas. Nesse sentido, o conhecimento é um ativo que gera diferencial
competitivo(FNQ,2007).
A GC é identificada como um dos quatro processos principais na empresa. Os motivos
principaisparatalimportânciasão:
• Fortementevinculadaaosobjetivosgeraisdenegócios;
• Foconaconduçãodaculturadecompatilhamentoereusodoconhecimento;
• Criaçãodevantagemcompetitivaalongoprazo;
• Necessidadedecapacitaraspessoas;
• Capturarconhecimentotransacional,experiencial(tácitoeexplícito)eexterno;
• Assegurarqueoconhecimentosejafornecidoondefornecessário;
• Aproveitar o poder das comunidades para assegurar o compartilhamento de
conhecimentos;
• Auxiliar na aproximação de entidades organizacionais, proporcionando
oportunidades de colaboração e melhorando a estrutura de documentação
padronizada;
• Mediroimpactofinanceiroecomercialdoreuso.
A visão paraGCna empresa divulgada em2010, objetiva rentabilidade, engajamento dos
colaboradores,intimidadecomoclienteeinovaçãoapartirdasdiretrizes:
• Melhoraracolaboração,agregandoconhecimentoentreospares;
• Evitarareinvenção;
• Replicarrapidamenteasmelhorespráticas;
• Permitirocrescimentodonegócio;
• Promoverumaculturadecriatividadeeabertura.
Na empresa existem muitas ferramentas que gerenciam o conhecimento, porém vale
118
ressaltarqueaempresanãoconsideraousodaTIcomooaspectomais importantedesse
processo.Elassãoindispensáveis,massãoapenasummeioenãoumfim(FNQ,2007).
Ascomunidadesdeprática(CoPs),alocadasemplataformaonline,sãocomunidadesvirtuais
mundiaisquetranscendemasunidadesdenegócio,agrupandocolaboradorespreocupados
comamelhoriacontínuadosprocessosdeGCnaorganização.
Há tambémumaplataformadeaprendizagememqueaempresadivulga todosos cursos
corporativos. Gerenciada pela área de recursos humanos, oferece cursos online e
presenciais.Ospresenciaispodemseroferecidosemparceriacominstituiçõesdeensinoou
empresas de consultoria. Faz parte da cultura organizacional o relacionamento intensivo
com universidades para a manutenção da vanguarda tecnológica, além de práticas de
aprendizadocomobenchmarkingeparticipaçãoemfórunsexternos.
Uma iniciativadasedebrasileira foioHappyHourdoSaber,queconsisteemumaprática
informaldepalestras,ondesãocompartilhadosconhecimentosessenciaisdaorganizaçãode
formamaistácitaeespontânea.Trata-sedeumainiciativalocalespecífica,queseenquadra
napolíticageral.Aspalestrastêmduraçãodeumahoraesãoministradasporcolaboradores
daempresa.
Aempresatambémpossuiumaredesocialinternaenelasãocriadosgruposdediscussões
entre os colaboradores do mundo inteiro. A 4Success é uma plataforma para encontrar
pessoas.Nelaépossívelobter informaçõessobreoscolaboradoresesuascompetências.É
dentrodestaplataformaqueestáoPMP(PerfomanceManagementProcess),queéutilizado
paraavaliaros colaboradoresapartirdemetasestabelecidasparaonegócioe tambéma
partir das competências, habilidades e atitudes do colaborador de acordo com a cultura
organizacional.OPMPasseguraoreconhecimentodaspessoas,conformesuaperformance,
pormeiodecritériosestabelecidospelaáreaderecursoshumanos,aliadosaoutrasações
quegarantemaretençãodaspessoas.Ostalentosdacompanhiadesdequandoingressam
são acompanhados através de um programa de desenvolvimento de pessoas, que é
administradopelaáreadenominadaTalentAquisitionsepelaáreaderecursoshumanosde
cadaáreadenegócio(háváriasáreasderecursoshumanos,cadaumaatreladaaumaárea
donegócio).Esteprogramatempapel importanteparaaGCdacompanhia,poisassegura
queoconhecimentodestestalentossejaretidonaorganização.
119
Existemváriasmetodologiasutilizadasparaamediçãoeavaliação.De formaquantitativa,
utiliza-se o Balanced Scorecard. Adicionalmente, são utilizadas metodologias qualitativas,
desenvolvidasnaprópria empresa.Nesse caso, destacam-se as avaliações integradas, que
avaliam o grau de maturidade do conhecimento e a sua aplicação prática nos diversos
processos e na gestão da empresa. Um exemplo é o QM-Assessment, que combina os
requisitosdeexcelência,comoosdoPrêmioNacionaldaQualidade (PNQ),comrequisitos
específicos de gestão da empresa.O PM-Assessment, que utiliza critérios do PMI (Project
Managment Institute)paraagestãodeprojetoseoRPH-Assessment,queusacritériosde
excelênciaemgestãodeprocessosdesenvolvidosnaempresa.
SuasedebrasileirafazpartedaFundaçãoNacionaldaQualidade(FNQ)epretendeseruma
das finalistasdopróximoprêmio (PNQ)em2018. Em2014,aaltadireçãoapresentouno
WorkshopAnualasnovaspolíticasparamelhoriacontínuadagestãoporexcelência.Dentre
elas, melhoria da gestão da informação e conhecimento organizacional, segundo
informaçõesfornecedidaspelaresponsávelpelaGCnaempresa.
AGCorganizacionalnasededoBrasilaindaestáemprocessodeconsolidação,segundoa
coordenadorageraldoprojetopermanentedeSistemaExcelência.Hojeaempresautilizao
modeloKMMM,descritonocapítulo2destetrabalho,apenasparaaaltadireçãonoBrasil.
5.3. GCNAEMPRESAC
Fundadaem setembrode1977emSãoPaulo (SP), a EmpresaC, chamada tambémneste
trabalhodeEmpresaConstrutora(EC),éumacompanhiabrasileiradecapitalabertodesde
2007 com atuação distribuída em todas as etapas da incorporação imobiliária, focando
principalmenteemedifícios residenciais.Atualmenteconcentra seusempreendimentosna
região metropolitana de São Paulo, mas possui projetos entregues em estados como
Amazonas,Bahia,Ceará,DistritoFederaleParanátotalizandomaisde7milhõesdemetros
quadrados lançados. O negócio da EC abrange uma ampla cadeia de valor, iniciada na
formação e gestão do banco de terrenos (land bank) e que inclui processos de vendas,
incorporaçãoeconstruçãodeimóveisresidenciais,comerciaisemistos.Aforçadetrabalho
soma 1.795 colaboradores, incluindo profissionais administrativos e de áreas de suporte,
120
equipes de obras e assistência técnica, corretores associados e terceiristas (dados do
RelatórioAnualdaECde2016).
Tempormissão“oferecerprodutoseserviçosnomercadoimobiliário,cujarentabilidadee
satisfaçãodosclientesasseguremasustentabilidadeeavalorizaçãodamarca”.
Sua visão é “ser reconhecida como a melhor empresa do segmento imobiliário,
perpetuandoonegóciopelarentabilidade,qualidadedeentrega,inovaçãoerelacionamento
comclientes,colaboradoreseinvestidores”.
Seus valores são: integridade, atitude, resultado, meritocracia, gente, excelência e
qualidade.
A Política de Qualidade da companhia descreve que para evolução de seus negócios é
importante: surpreender o cliente; desenvolver a equipe; alcançar destaque nomercado;
construtir com qualidade; valorizar o relacionamento entre colaboradores e comunidade;
atuareticamente,atendendoàlegislaçãoeaosacordoscomosclientes;buscaramelhoria
contínua; promover a segurança do trabalhador. Os objetivos descritos na Política são:
geraçãodenegócioscompatíveiscomoníveldeatividadedesejado;otimizaçãodoresultado
financeirodaempresa;consolidaçãodamarca.
As competências principais exigidas pela EC são: comunicação; conhecimento técnico e
funcional; execução; liderança; influência estratégica; orientação para o cliente e visão
estratégica. Estas competências são exigidas de acordo comos cargos dos colaboradores,
assim divididos: diretores, gerentes e coordenadores; engenheiros; analistas e demais
cargos.OAPÊNDICEBdescrevecadacompetênciaerelacionacomoscargosdaEC.
Demaneira resumida, a competência “comunicação” é a capacidade de se comunicar de
formaclara,transparente,simples,objetiva,fundamentadaeadequadaaoambienteeaos
públicosqueinterage,paraoalcancedosobjetivosorganizacionais.
O “conhecimento técnico e funcional” relaciona-se como domínio de conceitos, técnicas,
metodologiaseprocessosquesãofundamentaisaobomdesempenhodafunçãoatual.
A “execução” é a capacidade de aplicar energia e foco até a conclusão total das ações e
projetos,respeitandoprazos,custos,qualidadeesustentabilidadedonegócio,melhorando
121
continuamenteosprocessos.
A“liderança”éacapacidadedemostrardireção,motivar,inspirar,mobilizandopessoaspara
oalcancederesultadossuperiores
A“influênciaestratégica”éacapacidadedeanteciparproblemaseinfluenciarpessoaspara
oalcancedeseusresultados.
A“orientaçãoparaocliente”avaliaacapacidadedegerarvaloregarantirasatisfaçãodas
necessidadesdosclientesexternos,oudasexpectativasdosclientesinternos,semperderde
vistaoretornofinanceiro.
E, por fim, a “visão estratégica” é a capacidade de criar o futuro e antever ações para
ampliaracompetitividade,depromoveromelhorposicionamentoestratégicodaempresae
degarantirseucrescimentosustentável.
AestruturaorganizacionaldacompanhiaéapresentadanasFiguras45a53.
Figura45-OrganogramageraldaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
Dir.Negócios
Dir.Comercial
Dir.Técnico
Dir.FinanceiroeRI
Dir.Controladoria
Dir.Jurídico
Dir.Marke>ng
Dir.VicePresidente
Dir.Presidente
Dir.Administra>vo
122
Figura46-OrganogramaDiretoriadeMarketingdaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
Figura47-OrganogramaDiretoriaTécnicadaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
DiretorMarke+ng
GerenteMarke+ng
SupervisorRelacionamentocom
ClienteEquipe
DiretorTécnico
GerenteAdministra2vo
DiretorObras
GerenteCorpora2voDesenvolvimento
Tecnológico
GerenteGMO
GerenteObras
GerenteObrasforadeSP
EquipeDDT
EquipeDQM
EquipeAST
GerenteCorpora2voPlanejamentoeOrçamento
GerentePlanejamento
EquipeCoordenadordeControledeCustos
ControllerdeSuprimentos Equipe Equipe EquipeCoordenador
+Equipe
123
Figura48-OrganogramaDiretoriadeNegóciosdaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
Figura49-OrganogramaDiretoriaFinanceiraedeRelaçõescomInvestidores(RI)daEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
GerenteAdm.FinanceiroRegionais
EquipeADMRegionais(PR)
DiretorNegócios
Assistentedediretoria
GerentedeProjetoseProdutosSP/
RegionaisGerentedeNegócios
GerenteAdm.FinanceiroSP
CoordenadorPlanejamentoe
ControledeNegócios
CoordenadorProjetoseProdutos+
Equipe
CoordenadorProjetoseProdutos+
Equipe
EquipeNEGRegionais
CoordenadorNEG
CoordenadorNEG
EquipeADMRegionais(AM)
GerentedeAprovação
EquipeADMRegionais(DF,CE,
BA)
CoordenadorObrasPDV+Equipe Equipe
EspecialistadeDesenvolvimento
Urbano
DiretorFinanceiroedeRI
Secretária
GerenteRI GerenteCréditoImobiliário
GerenteCorpora8voTesouraria
CoordenadorTesouraria+Equipe
CoordenadorDCI+Equipe
EquipePlanejamentoFinanceiro
CoordenadorFinanceiro
CoordenadordeCrédito+Equipe
CoordenadorCobrança+Equipe EquipeCAR
CoordenadorCAP+Equipe
124
Figura50-OrganogramaDiretoriaAdministrativadaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
Figura51-OrganogramaDiretoriaControladoriadaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
DiretorAdministra.vo
SecretáriaConsultordeProcessos
GerenteCorpora.voAdm.
CoordenadorAdm.Obra
EquipeAdm.
CoordenadorSegurançaCorpora.va
DiretorControladoria
Secretária
GerentedeControladoria GerenteContábil GerentedeRecursos
HumanosGerenteCorpora8vo
TI
AuxiliarAdm.CoordenadordeAdmPessoal+Equipe
CoordenadordeControladoria+
EquipeEquipe
CoordenadordeRelaçõesTrabalhistaseSindicais+equipe
CoordenadordeRemuneração+
Equipe
ConsultorinternoRH+Equipe
CoordenadordeInfraestrutura
125
Figura52-OrganogramaDiretoriaComercialdaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
Figura53–OrganogramaDiretoriaJurídicadaEC
Fonte:adaptadodeEC(2017)
Nosúltimosanos,aECpassouporumamploprocessodereestruturação,afimdeadaptar-
se ao cenário difícil da construção civil e do setor imobiliário brasileiro e fortalecer a
capacidade financeira. Três diretrizes foram foco em 2016: monetização dos ativos;
lançamentos apenas no estado de São Paulo e segmentos com menor risco de
cancelamentos da compra (distratos); e readequação da estrutura organizacional. Esta
DiretorComercial
AssistentedeDiretoria
GerentedeNegóciosJDP
GerentedePlanejamentoAdministra8vo
EquipeAdm.deVendas
EquipePER
EquipePDV
EquipeSAV+COM
CoordenadordeNegócios Equipe
CoordenadordeNegócios
DiretorJurídico
AssistentedeDiretoria
GerenteVendas Genrenteimobiliário GerenteAtendimentoCliente
Equipe Coordenador+Equipe Especialista+Equipe Equipe
126
última vem se adequando nos últimos anos com relação à quantidade de trabalhadores
diretos e indiretos. Em 2014 a empresa contava com uma força de trabalho de 8.744
pessoas,quasecincovezesonúmerode2016(dadosdeRelatóriosAnuaisdaEC).Aredução
significativaestádiretamenterelacionadacomospoucoslançamentosnosúltimosanos.
Aspessoasque saíramdaempresa levaramconsigograndepartede seus conhecimentos,
deixando poucos registros dentro da organização. Apesar da EC ter iniciado em 2007
iniciativasrelacionadasàGC,criandoumcanaldentrodesuaintranet,otemanãoganhou
força suficiente em todas as áreas até então. Apenas a área de P&D, chamada deDDT –
DepartamentodeDesenvolvimentoTecnológico,utilizadefatopráticasdeGC.Outrasáreas
como a Assistência Técnica (AST) e Qualidade eMeio Ambiente (DQM) utilizam algumas
práticas,masaindaseuusoébastanteincipiente.
Em2009,comoobjetivodemelhorarocompartilhamentodosconhecimentosdaáreade
P&D,foicriadoumPortalWiki,inspiradonaWikipedia.AideiaerautilizaraGCcomomeio
de gerar melhorias e inovações auxiliando a EC a alcançar os objetivos de sua visão e;
consequentemente, da sua missão e valores. Além disso, a GC também auxiliaria no
desenvolvimentodascompetênciasdestacadaspelaempresa.Porestemotivo,estaautora,
comapoiodagerênciaediretoriatécnicadaEC,foiresponsávelporfomentarosprincípios
de GC inicialmente dentro do departamento de P&D e; depois, por todas as áreas de
engenharia, auxiliando no registro e compartilhamento dos conhecimentos técnicos das
áreas.Contudo,desde2013,aempresa,porentenderqueoprocessoestavaconsolidado,
deixou de realizar as ações e práticas necessárias à manutenção da GC para que outras
demandasemergenciaisfossemcumpridas.
O levantamento realizado pela autora no Quadro 16 descreve as práticas de GC que já
existiramouaindaexistemnacompanhia.Destaspráticas,oquerestou,porexemplo,foio
PortalWiki, onde as pessoas podem registrar e compartilhar conhecimentos,mas que na
práticavirouapenasumrepositóriodeconteúdo,difícildeencontraroquesenecessitae;
possivelmenteporisto,poucoutilizadopelaáreatécnicadaempresa.
127
Quadro16–PráticaseferramentasdeGCjáutilizadaspelaECesituaçãoatualdouso
Prática/Ferramenta Brevedescrição Situaçãoatual
1 BacktoSchoolPalestrasinspiracionaiscomexecutivosdomercado(quenãodaconstruçãocivil)daáreadeinovaçãooferecidasparaoslíderesdasáreascoredaEC.
descontinuada
2 BattleofConcepts
Plataformadecrowdsourcingqueapresentadesafioseprêmiosparaaqulesquederemasmelhoressoluções/ideiasparamelhoriaediferenciaçãotantoparaáreadeP&Dquantoparadiferenciaisdosempreendimentos.
aempresanãolançoumaisdesafiosnestaplataforma
3 Blog
Canalaberto,funcionandocomoouvidoria,canaldesugestõese“termômetro”doscomportamentosdomercadoimobiliário.Serveaindacomoindicadordequalidadedeinformaçõesparaoatendimento.
aindaexiste
4 Cafédoconhecimento
Encontrosmatinaisemambientedescontraído,ondeaspessoastomamcafédamanhãediscutemsobreagestãodoconhecimentodesuasáreas.
descontinuada
5ChatcomConsumidor
Ferramentadecomunicaçãocomclientes,trabalhandoemsincroniacomtodososoutroscanaisformaiseproporcionandoganhosrelacionadosàqualidadedecomunicação;capturaeaprendizadodeinformaçõesderelacionamentos;proatividadedasequipesderelacionamento,vendasesuporte;transparênciaecredibilidadenacomunicaçãodaempresa;acessibilidadeatodos.
aindaexiste
6 Diretrizes
Registrodeconhecimentotécnicoespecíficodeserviçosparaconstruçãodeedifíciosquealimentamaáreadeprojetoseexecuçãodeobra.Algunstemaspublicados:estrutura,impermeabilização,pré-moldados,instalaçõeselétricasehidráulicas.
nãoforampublicadasnovasdiretrizes
7EducaçãoCorporativa
Éumprojetodedesenvolvimentoempresarialdeliderançaegestão,deformaçãoestratégica,atuandoemCCM–Coaching,Counseling,Mentoring,comosobjevosprincipaisde:estimularoautoconhecimento;contribuirparaareflexãopermanente(pessoaleprofissional);acentuaraconscientizaçãosobreasresponsabilidades,conceitoseatitudesdeliderança;construireenriqueceraconsistênciaconceitualeinstrumental,paraagestãoexecutiva.
aindaexiste
Fonte:elaboradopelaautora
128
Quadro16–Continuação–PráticaseferramentasdeGCjáutilizadaspelaECesituaçãoatualdouso
Prática/Ferramenta Brevedescrição Situaçãoatual
8 FastDating
Eventoperiódicopromovidopelaempresaondeasportassãoabertasparanovosempreendedoresteremachancedemostrarseusprojetos,inovaçõeseserviçosdiferenciadosàempresa.Sãoreuniõesde10minutoscomapresentaçõesparaasmaisdiversasáreasdaempresa,coordenadasporumcomitêdeinovações.Seocomitêjulgainteressanteoquefoiapresentado,aempresafechanegóciocomoempreendedor.
aindaexiste
9 GruposdeInovação(GIs)
Gruposformadosporlíderesdediversasáreasquesereúnemperiodicamentecomumfacilitadorexternoouinternoparadiscutirinovaçõesvoltadasparaprodutoeserviçocomfoconocliente.Aabordagemutilizadaéadodesignthinking,utilizadapararesolverproblemascomplexoseencontrarsoluçõesdesejáveisparaosclientes.Umamentalidadededesignéfocadaemsoluçõeseorientadaparaacriaçãodeumfuturodesejado,semprecomfoconoserhumano.
aindaexiste,porémosencontrosnãotêmperiodicidadedefinida
10 GrupoRH(GRHECI)
GrupodeRHdasempresasconstrutoraseincorporadoras,umgrupodetrabalhovoluntáriodosprofissionaisdeRH,emconjuntocomoutrosprofissionaisdeRHdeempresasconcorrentes,visandodesenvolverosprofissionaisdacategoriacomoumtodo,criandopadrões,ferramentasdeapoio,pesquisasconjuntasetrabalhosacadêmicosepráticosparaodesenvolvimentoeevoluçãodomercado.
descontinuada
11 InstruçõesdeProcessosdeObra
Registroescritodosprocessosconstrutivosdaempresa,quefazempartedosistemadegestãodequalidadedeobra.
aindaexiste
12 InteligênciadeMercado
Áreadaempresaresponsávelpelacaptura,análiseebeneficiamentoconstantededadosdemercado,comportamentodeconsumo,dadoseconômicos,benchmarking,novastendênciaseinovações.Estaáreaalimentaoutrasáreascomomarketing,comercial,desenvolvimentodeprodutosetodasasáreasdedecisãodaempresa,proporcionandosubsídiosdeconhecimentoeinformaçõesestratégicasparatomadadasdecisõesedesenvolvimentodeprojetos.
aáreanãoexistemais
13 MelhoresPráticas
Registroescritoemformatoderevistaseletrônicasdepráticasdeobrabemsucedidasequeaindanãofazempartedosprocessosconstrutivosdaempresa.EstasrevistassãodivulgadasnoPortaldeGestãodoConhecimentoWiki.
nãosãomaiselaboradasasrevistaseletrônicas
14 PortaldeGestãodoConhecimentoWiki
Desenvolvidoemplataformawiki,ocanaldegestãodoconhecimentoregistraoconhecimentodaáreadeP&Dedemaisáreasdeengenharia.Oportalpermiteregistrar,comentareaindaelaborarcoletivamenteconhecimentos.
aindaexiste,porémpoucaspessoasutilizam
Fonte:elaboradopelaautora
129
Quadro16–Continuação–PráticaseferramentasdeGCjáutilizadaspelaECesituaçãoatualdouso
Prática/Ferramenta Brevedescrição Situaçãoatual
15 PortaldeIdeias(OpenInnovation)
Canaldeinovaçãoabertaqueserveparacentralizarsugestõesecolaboraçõesdeconsumidores,captandoassimboasideiasdosinternautas.Aintençãoéqueascontribuiçõesdosconsumidoresajudemaempresaarespondercommaiorassertividadeevelocidadeàsnecessidadesdeseusconsumidores,antecipando-seàstendênciasdomercadoimobiliário.
descontinuada
16ProfissionaisdoFuturo
Programadecapacitaçãoadulta,sendoamaioriadosalunosajudante.Atravésdediversoscursospromovidosnocanteirodasobras(pedreiro,instalaçõeselétricasehidráulicas,carpintaria,manutenção),estesoperáriosadquiremnovashabilidadesquelhespermitemconquistarumaprofissão.
descontinuada
17 Quadrilha
Projetocujomaiorobjetivoétrazerparaaculturaorganizacionalofoconorelacionamentocomocliente.Oslíderesdediversasáreassereunemacada20diasparaconfraternização,brainstorms,exercícioseaprendizadoparatrocadeinformaçõesentrefuncionáriosadministrativos,engenheirosdasobraseassistênciatécnica.
descontinuada
18 RedesSociais
Aempresatemumaestratégiadefinidaeconsistenteparaatuarnessesmeios,sendoreferêncianautilizaçãodasredessociaisnãosónosegmentoimobiliário,masnomercadocomoumtodo.Aempresautilizaasdiversasredessociaiscomoformadeseaproximardeseucliente/consumidor,analisaroperfildomesmo,avaliartendênciasedesejos.
aindaexiste
19 Storytellingnaobra
Profissionaisexperientesdeobra,especialistasemserviços,contamsuashistóriasprofissionaisparaosnovosprofissionaiseensinamapartirdesuaexperiênciacomorealizaroserviço.Estesprofissionaisexperientesnormamelntesãomestresouencarregadosdeobra.Estasconversasocorremnocanteirodeobra,duranteaprodução.
descontinuada
20 TrabalhosAcadêmicos
Aempresadisponibilizaseuconhecimentoadquiridoatravésdecasospremiadosnoportaldaempresa,queajudamnodesenvolvimentodostrabalhosacadêmicosdeestudantesenovosprofissionais.Alémdisso,aempresamantémsuasportasabertasparaentrevistas,esclarecimentodedúvidaseapoioaostrabalhosacadêmicosdosestudantesqueprocuramamesma.
aindaexiste
21 Treinamentosdeobra
Treinamentosdadosporengenheirosdaáreadequalidadesobreosprocessosconstrutivosaseremrealizadosnaobra.Taistreinamentosutilizamcomoreferênciaasinstruçõesdeprocessos.Hátambémtreinamentosemvídeosquesãofeitoscomosprofissionaisdestacadosnaqueleserviço.
nãohámaistreinamentosrealizadospelosengenheirosdequalidade.Nãoforamfeitosnovosvídeosdetreinamento
Fonte:elaboradopelaautora
130
AexperiênciavividapelaautoranaempresamostraqueGCestá intimamenterelacionada
com o constante incentivo à colaboração e também com atualizações de Tecnologia da
Informação (TI), que se tornam obsoletas em curto espaço de tempo. Não ter um
responsável pelas práticas de GC foi uma das causas para que a geração, o
compartilhamentoeoregistrodeconhecimentosdaECficassemaquémdoesperado.
Soma-seaissoocrescimentodonúmerodefuncionáriosemquase5vezes,emcurtoespaço
de tempoapósaaberturade capitalnabolsadevalores. Este crescimento influenciouna
adequadamanutenção da cultura construtiva da empresa. Cada obra passou a ter a sua
própria identidade, que nem sempremantinha as características e qualidade construtivas
esperadaspela companhia.Oefeito inverso tambémprejudicouamanutençãoda cultura
construtiva, quandograndepartedestes funcionários saiuda companhia, deixandopouco
deseusconhecimentosregistradosedisseminadosnaEC.
Em 2013, o departamento de P&D, com o objetivo demelhorar a implantação de novas
tecnologiasnocanteiro,realizouumestudodofluxodoempreendimento,desdeacompra
doterrenoatéaexecuçãodaobra.DuaspessoasdaequipedeP&Dficaramalocadasnaárea
deprojetosdacompanhiaportrêsmesesafimdeentenderoprocessocomoumtodoeas
possíveis interfaces com a equipe de engenharia. A Figura 54mostra o fluxo demaneira
esquemática.
O Departamento de Novos Negócios (DNN) compra o terreno. Da reunião de início de
projeto composta pelo gestor donegócio (da área de incorporação), gestor de projetos e
gestordaengenhariaresultamosbriefingscomercial,espacial(viabilidadeapartirdeleise
planos)etécnico.Obriefingcompletoétransferidoparaaáreadeprojetosquedesenvolve
oproduto,juntocomasdiretrizesdeprojetosinternasdacompanhia,frutodoaprendizado
e experiência anteriores. Tais diretrizes são desenvolvidas pelas áreas de Projetos (PRJ),
ProjetosparaProdução(PPP),Incorporação(INC),DepartamentodeNovosNegócios(DNN),
Orçamentos (ORC), Obras (OBR) e Departamento de Desenvolvimento Tecnológico (DDT),
tambémconhecimentocomoP&D.OdepartamentodeProjetoscontrataumescritóriode
arquiteturaparadesenvolveroprimeiroprojetobaseadonobriefingenasdiretrizes.Com
este primeiro projeto é feito um pré-orçamento e planejamento da obra para estudo de
viabilidadedonegócio.Nestafasetambéméfeitaumaavaliaçãotécnica(peloDDTeORC)
131
parareduçãodecicloecusto,mantendo-seaqualidadeeodesempenhodaedificação.Após
aprovadaaviabilidadedonegócio,oprojetoéaprovadonaPrefeituraeentãoérealizadoo
pré-lançamentocomoprojetojánafasedeexecutivo.Apósodetalhamentodasprincipais
disciplinasparaexecuçãosãorealizadososprojetosparaproduçãoconcomitanteàobraque
éiniciada.
Analisandoofluxoeentendendoadinâmicadociclodeumempreendimento(produto)na
EC,percebe-se,porexemplo,quea implantaçãodenovas tecnologias construtivasémais
bemsucedidaquandonasce junto comodesenvolvimentodoproduto.Quandoamesma
entra jáem fasedeprojetoexecutivo,as chancesde incompatibilidadesenãoviabilidade
são maiores e; com isso, os ganhos potenciais que a tecnologia pode proporcionar são
menores.
Esta constatação vai ao encontro do que Barros (1996) afirma sobre a implantação de
TecnologiasConstrutivasRacionalizadas(TCR’s).Paraaautora,aimplantaçãodeTCR’sdeve
serfeitaapartirdeumavisãosistêmicaquevaidesdeaetapainicialdedesenvolvimentodo
projetoatéaentregaaoclientefinal.
A GC na EC; portanto, deve estar atrelada ao processo de projeto, mas também aos
processos construtivos que fazem parte do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) da
empresa. Seu enfoque dependerá do tipo de conhecimento que se queira gerir no
momento.
132
Figura54–Fluxopararealizaçãodoempreendimento
Fonte:adaptadodeEC(2013)
EC
PRJ/PPP INC/DNN ORC OBR/DDTDiretrizesdePRJ
DiretrizesdePRJ
ChecklistPRJ-Produto
BriefingTÉCNICO
BriefingVIABILIDADE
BriefingCOMERCIAL
CHECKOUTDNN
BriefingCOMPLETO
ResultadodoChecklist
PRJ-Produto
ResultadodoCheckListPRJ-Produto
CheckListPRJExecuCvo
PRJProcessos
PRJProdutos
RepresentantedaEngenharia
ENG
GestorINC
OBRPPPProjetosparaprodução
PRJExecuCvo
PRJExecuCvo PRJExecuCvo PRJProdutos
ORCValidaçãoPROJETO
ESCRITÓRIODEARQUITETURAProj.ExecuCvo
PROJETOEXECUTIVO
ESCRITÓRIODEARQUITETURAPrimeiroProjeto
Compradoterreno
Necessitaderevisão?
Necessitaderevisão?
AVALIAÇÃOTÉCNCAPrazode2semanas
ENGENHARIADiretortécnico,Dir.deobras,GerentedeObras,Ger.deorçamentos,Ger.deDesenv.Tecnológico,Ger.deEstudosAmbientaiseGer.dePlanejamento
REUNIÃODEKICKOFF
S
N
Aprovaçõeseprodutos
PRJ
S
N
PRÉLANÇAMENTOPrazode2semanas
Alémdisso,aanálisedofluxoapontouparamelhoriasaindanafasededesenvolvimentode
produto, que poderia ser alimentada por uma avaliação técnica inicialmais aprofundada,
trazendo mais experiências anteriores por parte da equipe técnica e evitando possíveis
problemas futuros. Como reação a esta realidade, lideranças da companhia iniciaram um
trabalhoem2015cujofocoeraamelhoriadosprocessosrelacionadosàengenhariadeobra.
Eramrealizadasreuniõesperiódicasparaqueosgestoresdiscutissemoquedeveriaserfeito
paraqueaempresafossemaiseficienteeretomasseaqualidadeesperadaparaosprodutos
entreguesaosclientes.Emumadasreuniõesde2015foramlistados14projetospossíveis,
sendoque5delesestavamrelacionadosàGC.Erameles:
• Participação mais efetiva da engenharia de obras desde a compra de terrenos,
passando por projetos, orçamento, planejamento, até o projeto executivo, entre
outros.
• Aproximaçãodasáreasdeapoiodaengenhariadeobrasdasreaisnecessidadesdos
canteiros de obras (melhorar a relação do fornecedor interno – projetos x cliente
interno – obra), através da criaçãode indicadores de nível de serviço emetas das
áreas.
• Gestãodoconhecimentoeretroalimentaçãodeprocessos(liçõesaprendidas;criação
de um processo estruturado para integração de novos funcionários; coletar
informaçõessobreapercepçãodoclienteemrelaçãoaoprodutoapósosprimeiros
anosdeutilizaçãodoimóvelpararedefinirdiferenciais).
• Padronizarprodutos.
• Melhoraraintegraçãodeáreasdaengenharia.
Tambémnoanode2015,odepartamentodeP&Drevisouseuprocedimentoquedefinea
metodologiadeavaliaçãodetecnologias,produtos,técnicasemétodosconstrutivos,eque
subsidia técnica e economicamente escolhas da empresa. O procedimento que antes
utilizava como referência a metodologia descrita na tese de Sabbatini (1989) passou a
considerar também ametodologia descrita por Barros (1996). Ametodologia revisada é
dividida em cinco etapas: 1. priorização de projetos; 2. estudos iniciais; 3. protótipos ou
modelos; 4. escala piloto e 5. consolidação da tecnologia. A Figura 55 apresenta o
fluxogramarevisado.
134
Figura55–FluxogramadoprocedimentodeavaliaçãodetecnologiasconstrutivasdaEC
Fonte:adaptadodeEC(2015)
8itens
Risco
Premissas
BancodeIdeias
Urgência
Impacto
Esforço
Duração
RelatóriosP&D
FichaHomologação
DocumentaçãoSGQ
Demandas
Priorizaçãodeprojetos
Formulaçãotécnicadoproblema
Viabilidadetécnicaeeconômica
Protó;poemodelos
AcompanhamentoObraPiloto
Consolidaçãodatecnologia
Relevante?
RelaçãocustoxbeneIcioviável?
SaKsfatório?
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Não
1
2
3
4
5
135
A primeira etapa, priorização de projetos, avalia a relevância das tecnologias a serem
desenvolvidas,considerandoaanálisedoimpactononegócio,asuaurgência,aduraçãodo
desenvolvimento,edorecursonecessário(esforço),diantedaspremissasimpostaseriscos
inerentesaoqueestásendodesenvolvido.Sãoconsideradostambémoitoitens:qualidade
doproduto; imagemdaempresa;desempenhodoproduto;custoglobaldoprojeto;prazo
de execução; segurança e condições de trabalho; sustentabilidade das operações;
alternativasdisponíveisparaempresaquenãoatendemsatisfatoriamente.
Nasegundaetapa,estudos iniciais,deve-seformularealinharoobjetivodeacordocoma
justificativa de abertura do projeto. Também é realizada a viabilidade técnica-econômica,
levando-se em conta as limitações do desenvolvimento e as premissas. Devem-se avaliar
fatores como: construtibilidade, compatibilidade, coerência construtiva, desempenho,
funcionalidade,vidaútil,técnicas,estabilidadeestrutural,eficiênciaetc.
Na etapa três, protótipos e modelos, realiza-se um protótipo em caráter experimental,
avaliando a produtividade e o desempenho do modelo, comparando o mesmo com as
especificaçõesdofabricanteeaexpectativadodesenvolvimento.
A quarta etapa, escala piloto, visa facilitar a detecção de deficiências e correção de um
eventual problema durante o processo de produção. Além do caráter corretivo, deve-se
fazer uma análise dos problemas e deficiências não detectadas na fase anterior, gerando
possibilidadesdenovaotimizaçãodosistemaemcaráterpreventivo.
A últimaetapa, consolidaçãoda tecnologia, é a fase depreparaçãodadocumentação, na
qualdeveserconsolidadatodaatecnologiadesenvolvidaatéesteestágio,comoauxíliode
textos, plantas, desenhos, fotografias etc. Nesta documentação deverão estar contidas as
especificaçõesdométodoconstrutivo,comtodososmateriaisutilizadosemsuaproduçãoe
cuidadosaseremtomadosemsuautilização.As informaçõesparatreinamentodeequipe,
incluindo especificações das manutenções preventivas e sua periodicidade devem ser
apresentadas na documentação. Também devem ser produzidos, quando necessário,
manuaistécnicos,descrevendotodasascaracterísticasdométodoconstrutivo,incluindoseu
desempenhosobcondiçõespré-estabelecidas.EstadocumentaçãoéregistradanoPortalde
GCWikidaempresa,queéacessadoportodaáreadeengenharia.
136
Apesardestarevisão,asnovastecnologiasavaliadaseaprovadaspelodepartamentomuitas
vezesnãosãoconsolidadasnacompanhia.Istoé,apesardebemsucedidas,sãoimplantadas
em apenas uma obra e não são replicadas em outras. O oposto também já aconteceu.
Tecnologiasquenão foramaprovadaspelodepartamentosãoutilizadaspelaEC. Ouseja,
mesmo com o registro dos conhecimentos, há uma falha de comunicação entre os
colaboradores, resultando em possíveis retrabalhos e falta de eficiência nos processos e
resultados.
OutropontoimportanteaserdestacadoéaadequaçãodoSistemadeGestãodaQualidade
daECapartirdarevisãodanormaABNTISO9001:2015,queconsideraumnovoitemsobre
ConhecimentoOrganizacional, apresentado no capítulo 1 deste trabalho. AGC tempapel
importante nesta adequação, pois será a partir dela que os conhecimentos essenciais da
companhiapoderãosermapeados,registradosedisseminadosaosinteressados.
Apesar da companhia já ter utilizado muitas práticas de GC, as mesmas não foram
estruturadaseperderamforçaao longodosanos.OmodelodeGCparaECbemcomoas
diretrizesparasuaimplementaçãoauxiliarãonaconsolidaçãodoprocesso.
5.3.1. AnálisedaGCnaECapartirdosmodelosapresentados
Como constatado, a EC apresenta algumas iniciativas de GC, porém sua maturidade
encontra-senoprimeironíveldosmodelosdematuridadeapresentadosnocapítulodois.As
trocas de conhecimento ainda ocorrem de maneira informal e não são suficientes para
algumas tomadas de decisão. Com relação aos fatores críticos apresentados por Heisig
(2009), a EC tambémnãoos considera demaneira holística ao tratar de suaGC.Quando
avaliada a partir do modelo KMMM, a GC da empresa não permeia todas as oito áreas
chaves. Quando avaliado se o conhecimento permeia públicos internos e externos, como
sugere o modelo de Sveiby; Linard e Dvorsky (2002), pode-se dizer que não há uma
estruturaçãodecomoestastrocasocorrem;ouseja,elasacontecemaoacaso.
Em 2011 a EC participou do prêmioMAKE –Most Admired Knowledge Enterprise, sendo
avaliadaapartirdosoitocritériosdoprêmio,descritosnoitem2.6docapítulo2.OQuadro
17apresentaasnotasobtidasemcadacritério.
137
Quadro17–NotasatribuídasàECnosoitocritériosMAKE
Critério Nota
1-Culturabaseadanoconhecimento 6,15
2-Liderançaesuporte 7,17
3-Produtoseserviços(Inovação) 6,42
4-CapitalIntelectual 3,25
5-Compartilhamentodoconhecimento 7,4
6-AprendizadoOrganizacional 4,79
7-Criaçãodevalorparaosclientescombasenoconhecimento 7,29
8-Criaçãodevalorparaosacionistas 7,44Fonte:TKNBrasil(2011)
O relatório com o diagnóstico mais completo realizado pelos auditores apresenta os
principais pontosdedestaquede cada critério (TKNBRASIL, 2011). É importantedestacar
que este relatório é de 2011, quando a empresa ainda apresentava atividades de GC
gerenciadaspelaáreadeP&D. Aseguirsãoapresentadosestespontos(Quadros18a25)
juntocomumaanálisedecomoestãoestespontosconsiderandoocontextoatualdaGCna
EC.AsnotasdecadasubcritérioestãoapresentadasnoAPÊNDICEC.
Quadro18–Critério1–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério1–CulturaOrganizacional
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Sobre o critério um, cultura organizacional, existe interação entre os departamentos, que buscam soluçõespara alcançar as metas da organização. Possui ainda visão, missão, valores, políticas e metas definidos econhecidosportodososcolaboradoresatravésdoSistemadeGestãodaQualidade.
Liberdade de expressão, criatividade, convívio, respeito, compromisso e satisfação intelectual aplicados acolaboradores,clientes,parceiros,fornecedoresemercadossãovaloresquepermeiamaculturadaempresaeasestratégiasdeRH.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
Amissão,avisãoeosvaloresdacompanhianãoforamalteradosdesdeentão;contudo,naprática,ainteraçãoentreosdepartamentosdiminuiucomrelaçãoaprojetosinovadores.Ofocodaempresanosúltimosdoisanos(2015-2017)foiajustarosprocessosbásicosdacompanhia,aquiloque,naspalavrasdopresidente,éo“feijãocomarroz”.
AcompanhiatevesuacertificaçãoISO9001renovadaem2016etemcomopróximospassosdefiniraçõesparamelhorianonovoitem7.1.6danorma–ConhecimentoOrganizacional.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
138
Quadro19–Critério2–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério2–Liderança
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Sobreocritériodois, liderança,aGCésuportadapelaaltadireçãoatravésdasliderançasdosdepartamentosenvolvidoscomaGC(RecursosHumanos,MarketingeÁreaTécnica),nãopossuiumplanejamentoestratégicodeGC,maspossuiapoiofinanceiroenãofinanceiroparaaárea.
AforçatarefadeGCémultidisciplinardentreasáreasesãoosresponsáveisporfazeraGCsemultiplicarportodos os departamentos da organização. Ainda não existem indicadores de desempenho de cada liderança,mas a performance do trabalho é medido pelo acesso as ferramentas colaborativas disponibilizadas pelaorganização.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
AGC,nocontextoatualdaempresa,tempapelperiféricoeoapoiodasliderançastemsidopontual.AáreadeP&D da companhia tem concentrado esforços em projetos que reduzam ciclo e custo. Além disso, houvereduçãodeequipee;porconsequência,asaçõesanteslideradasporestaáreaevoltadasparaGCdeixaramdeacontecer.Sendoassim,hojenãoháapoiofinanceiroàspráticasdeGC.
ApenasalgumasáreasaindaestimulamsuasequipescomrelaçãoàGC:P&D,ProcessosQualidadeeAssistênciaTécnica.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
Quadro20–Critério3–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério3–Inovação
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Comrelaçãoà inovação,critériotrês,estaéextremamentevalorizadanamaioriadosprocessosdaempresa.Nãoéformalizadaemumaestratégia,masfazpartedavisãodeformaexplícita.Aequipedeinovaçãoaindanãoémultidisciplinarcomaparticipaçãodetodososdepartamentosdaorganização,masexisteaberturaparasugestõesinternaseexternas.
Algumas inovaçõesrecebidas já foramimplantadascomsucessoe internamentea inovaçãonãosegueaindaum fluxo sistematizado e claro. A criação de novos conhecimentos é incentivada bem como seucompartilhamento,oindicadormaisclarodestaaçãoéocrescentenúmerodepáginasdoPortaldeGC.Seusprodutos são baseados em conhecimento estratégico e competitivo; portanto, mantém uma área de P&D,principalresponsávelpordesenvolverecapacitaroutrasáreasnoquesitoinovação.Possuicanaisexternosqueimpulsionamoprocessodeinovaçãodeseusprodutos.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
Ainovaçãonacompanhiacontinuasendovalorizada,porémnãopriorizada.Asduasáreasquemaisinovamnaempresa(P&DeMarketing)sofreramreduçãodeequipee;comisso,inova-semenos,focandonastarefasdodia-a-dia e melhoria de processos existentes. A inovação ainda faz parte da visão da companhia de formaexplícita,ejáestáformalizadanaestratégiadacompanhia.Ofluxodenovastecnologiasfoiredesenhadoem2015pelaequipedeP&D,porémhojenãoéutilizado,jáqueatualmentenãoháfocoeminovação.
AáreadeP&Dfoireduzidaemmaisde70%,sendoquejáfoicomposta(em2013e2014)por15pessoas.Ocanaldeinovaçãoabertafoidescontinuadoem2015pelacompanhia.Omotivoprincipalfoiadificuldadeemgerirasideiaslançadas.Areduçãodeequipeeofocovoltadoparamelhoriadeprocessosexistentestevecomoconsequênciaaretiradaderecursosantesconcentradoseminovação.
139
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
Quadro21–Critério4–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério4–CapitalIntelectual
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Sobre o capital intelectual, critério quatro, a companhia possui consciência da importância de seu capitalintelectual,valorizandoseucapitalestruturalederelacionamento.Descrevecapitalintelectualcomoaformaatitudinal da empresa evoluir constantemente fazendo parcerias intelectuais com seus colaboradores,fornecedores,clientes,comunidade,mercadoecompetidores.
Medeseucapitalintelectualcombasenascompetênciastrabalhadaseaindanãoomapeou,planejandofazê-loquandodaimplantaçãodesuaUniversidadeCorporativa.Enquantoisso,seguetrabalhandonoaumentodeseu conhecimento, visualizando o mesmo através do Portal de GC, reconhecendo seus colaboradores peloincrementodomesmoecomaçõesdebackupepolíticasdesegurançadainformação,buscaprotegertudooquelheéestratégico.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
Aempresareduziuseusesforçoscomfoconaaprendizageme;porconsequência,emseucapital intelectual.NãopossuimaisintençãodecriarumaUniversidadeCorporativaacurtoprazo.TambémnãomaisestimulaereconheceousoecompartilhamentoatravésdoPortaldeGCWiki.
Aspolíticasdesegurançada informação foramatualizadas,bemcomoosprocessosdeTI.Aempresapossuiumapatenteenãoháandamentodeoutrasporenquanto.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
140
Quadro22–Critério5–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério5–Compartilhamento
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Jácomrelaçãoaocritériocinco,compartilhamento,aspessoasdaorganizaçãosãoincentivadasacompartilharseusconhecimentosemelhorespráticas,valendo-sedeferramentastecnológicascomoaprópriaintranet(queofereceacessopara todasasoutras ferramentasexistentes)queéusadapor40%dopúblico interno,wikis,revista virtual de melhores práticas, dentre outras. Os índices de compartilhamento são medidosindividualmenteepeloíndicedeacessoàsferramentascolaborativas,bemcomopelaquantidadeerelevânciadematerialcompartilhado.
Dentre as ferramentas colaborativas existentes destacam-se blogs, comunidades de prática, wikipédiacorporativa,gruposdetrabalho,portaisespecíficosporcanais,storytelling12,chats,revistavirtualcombasenasmelhoriasereuniõespresenciais.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
Ocompartilhamentodeconhecimentodiminuiuemrelaçãoa2011.Issosedeveemgrandemedidaàfaltadeincentivoaocompartilhamento.Porexemplo,oacessoàferramentawikidiminuiuconsideravelmentede2011até 2017, já que o conteúdo gerado vem apenas da equipe de P&D eAssistência Técnica, sendo acessadospredominantementetambémporestasequipes.
Nãohouve criaçãode revistaseletrônicas voltadasparamelhorespráticase liçõesaprendidas13desde2012.Isso também diminuiu o acesso a equipe de obras na plataforma. As histórias contadas (storytelling) nãoacontecemmais,assimcomocomunidadesdepráticas,queantesexistiamcomofocovoltadoparamelhoriasemobras.
Oschatscontinuamativos,tantoovoltadoparaocliente,quantoovoltadoparaoscolaboradores.Gruposdetrabalhocomfocoeminovaçãodeixaramdeteraforçadeantes,porémaindahojeháumgrupodeinovaçãointerdepartamental composto por gerentes e diretores. As reuniões não acontecem constantemente, sendorealizadasquandoasagendassãoconciliadas.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
12Storytelling,cujamelhortraduçãoénarraçãodehistóriaséumapráticadeGCusadanasorganizaçõescomouma ferramenta de comunicação para compartilhar conhecimento com inspiração. A linguagem utilizada éautêntica (experiência,nãoorientadaa fato), interessanteeatraenteparaamaioriadaspessoas (BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012).
13LiçãoaprendidaéumapráticadeGCque coleta, valida, consolidae, finalmente,documentaexperiências,desenvolvimentos, sugestões, errose riscosencontradosduranteumprojeto/processo.As liçõesaprendidasfazem sentido no final de qualquer projeto, atividade e fase de trabalho. Fazer isso não só dá crédito aosesforçosfeitos,mastambémlevaaumaseleçãovaliosadeinformaçõesquepodemserúteisnoplanejamentoepreparaçãodenovosempreendimentos(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012).
141
Quadro23–Critério6–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério6–Aprendizagem
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Em se tratandode aprendizagem, critério seis, a organizaçãopossui diversasoportunidadesde treinamentoconcedidasatodasasunidades,áreaseníveisexistentes.Encontrosacontecemportodotempodurantetodooano.
A fim de quantificar seus ganhos neste sentido, está estruturando uma estratégia de aprendizagem, queculminaránaimplantaçãodeumaUniversidadeCorporativaquefocaránodesenvolvimentodecompetências.
JuntoaoobjetivodeconstruçãodaUniversidadeCorporativavirãooscursosvirtuaisa fimde transformaroprocessodee-learningemumfortealiadodoprocessodeaprendizagemorganizacional.
O patrocínio da iniciativa vem da alta direção e a mesma será de responsabilidade da área de recursoshumanos.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
A área de recursos humanos oferece cursos para os colaboradores com foco em desenvolvimento decompetências(cursosdeliderança);contudo,nãohaveráacurtoprazoaformalizaçãoodeumaUniversidadeCorporativa.ExisteumaplataformadecursosonlinequepodeseracessadapeloPortaldeRHdacompanhia,porémainiciativaépoucodivulgada.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
142
Quadro24–Critério7–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério7–RelacionamentocomCliente
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Ocritériosete,entregadevalorcombasenoconhecimentodocliente,ésustentandopelaculturabemcomopelas ferramentasde suporte ao relacionamento como clienteexistentesnaorganização.As iniciativasquevisamsevalerdoconhecimentodoclientecomovantagemcompetitivaexistem,masaindanãopossuemesteobjetivototalmenteestruturado.
Umaáreaéresponsávelsomentepelomonitoramentodomercadoepordisponibilizarestas informaçõesdeformarápidaeprecisainternamenteafimdeserutilizadanatomadadedecisão.
Oscanaisesistemasderelacionamentosãodiversosatingindodesderedessociaisatéaplicações inéditas,afimdeofereceracessoindiscriminadoàorganização.Existemtreinamentosfocadosnorelacionamentocomocliente,buscandoaexcelênciadeatendimentobemcomodetodooprocesso.
O portfólio de ferramentas demonitoramento domercado é amplo e completo, valendo-se de um diversonúmero de canais em prol da competitividade. A organização classifica e estratifica seu cliente e utilizaestratégiasdiversasparaentendê-loeatendê-lo.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
O Relacionamento com Clientes é constantemente reforçado e a empresa é reconhecida anualmente porentregarvaloraocliente.Oscanaisdecomunicaçãocontinuamativoseasatisfaçãodosmesmosaumentou,segundopesquisadesatisfaçãodivulgadaem2016,quecomparaasnotas(de1a5)dadaspelosclientesde2012(3,5)e2016(4,6).Estasnotastemaverprincipalmentecomoprazodeentregadaobrasercumpridoounão.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
Quadro25–Critério8–Diagnóstico2011eanálisedocenárioatual
Critério8–GeraçãodeValorparaosAcionistas
Diagnóstico2011(TKNBrasil,2011)
Porfim,oretornoaoacionista,combasenoprocessodeGCpossuicomoprincipalreferênciaaáreadeP&D,que temsevalidodosconhecimentos internoseexternosparagerar inovaçõesqueconsequentemente têmtrazidoretornofinanceiroaosacionistasdaorganização.
Osretornosemtermosdevaloresfinanceiros,aindanãoforamclassificadosporárea,abrangendosomenteofocoeminovaçãoeaáreadeP&Dnesteprimeiromomento.ComaimplantaçãodaUniversidadeCorporativa,a Educação à Distância, bem como o Treinamento focado em pontos a melhorar, as metas já alcançadascertamenteserãoemmuito,superadas.
Análisesobreoscomentáriosnocenárioatualdaempresaconstrutora
A área de P&D, como observado anteriormente, reduziu sua equipe emmais de 70% de 2015 até 2017. AcriaçãodeumaUniversidadeCorporativanãoacontecerátãologo,aEducaçãoàDistânciapossuiaçõesaindaincipienteseosTreinamentosvoltadosàspráticasconstrutivasnãoocorremcomoantes.
Aempresa reduziuaquantidadede funcionáriosemmaisde50%de2011atéhoje.Emseu relatórioanual,divulgadoparaosstakeholders,opresidentedacompanhiaapontaparaumaestratégiaparaospróximosanosdemanteraempresacomtamanhoreduzido,focandonosprocessosexistentesenamelhoriadosmesmos.
Fonte:adaptadodeTKNBrasil(2011)
143
O Quadro 26 identifica os principais critérios do prêmio MAKE envolvidos nos projetos
listadospelasliderançasdaEC,jáapresentadosnestecapítulo.
Quadro26–CritériosMAKErelacionadosaosprojetoslistadospelasliderançasnaEC
Projetoslistadospelaslideranças PrincipaisCritériosMAKE CritériosMAKEsecundários
Participaçãomaisefetivadaengenhariadeobrasdesdeacompradeterrenos,passandoporprojetos,orçamento,planejamento,atéoprojetoexecutivo,entreoutros
1-CulturaOrganizacional;2-Liderança;3-Inovação;5-Compartilhamento;6-Aprendizado
4-CapitalIntelectual;7-RelacionamentocomCliente;8-GeraçãodeValorparaosAcionistas
Aproximaçãodasáreasdeapoiodaengenhariadeobrasdasreaisnecessidadesdoscanteirosdeobras(melhorararelaçãodofornecedorinterno–projetosxclienteinterno–obra),pelacriaçãodeindicadoresdeníveldeserviçoerelacioná-loscomasmetasdasáreas).
1-CulturaOrganizacional;2-Liderança;4-CapitalIntelectual;5-Compartilhamento;6-Aprendizado
3-Inovação;7-RelacionamentocomCliente;8-GeraçãodeValorparaosAcionistas
Gestãodoconhecimentoeretroalimentaçãodeprocessos(liçõesaprendidas;criaçãodeumprocessoestruturadoparaintegraçãodenovosfuncionários;coletarinformaçõessobreapercepçãodoclienteemrelaçãoaoprodutoapósosprimeirosanosdeutilizaçãodoimóvelpararedefinirdiferenciais)
1-CulturaOrganizacional;2-Liderança;3-Inovação;4-CapitalIntelectual;5-Compartilhamento;6-Aprendizado;7-RelacionamentocomCliente;
8-GeraçãodeValorparaosAcionistas
Padronizarprodutos 1-CulturaOrganizacional;2-Liderança;3-Inovação;5-Compartilhamento;6-Aprendizado
4-CapitalIntelectual;7-RelacionamentocomCliente;8-GeraçãodeValorparaosAcionistas
Melhoraraintegraçãodeáreasdaengenharia
1-CulturaOrganizacional;2-Liderança;4-CapitalIntelectual;5-Compartilhamento;6-Aprendizado
3-Inovação;7-RelacionamentocomCliente;8-GeraçãodeValorparaosAcionistas
Fonte:elaboradopelaautora
Quatro critérios aparecem como principais em todos os projetos, sejam eles: 1 – Cultura
Organizacional; 2 – Liderança; 5 – Compartilhamento e 6 – Aprendizado. O critério 8 -
Geração de Valor para os Acionistas aparece sempre como secundário, já que as ações
realizadasemcadaprojeto,auxiliamdemaneira indiretanageraçãodevaloraoacionista,
reduzindo custos e garantindo a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela
144
organização. Vale destacar que o critério seis – Aprendizado, obteve em 2011 a segunda
menor nota na avaliação da empresa construtora. O critério com menor nota, quatro –
Capital Intelectual, exige mensuração dos ativos intangíveis. Para tanto, é necessário um
níveldematuridadedeGCmaiselevadoparaqueestecritérioalcancenotasmaiores.Como
aempresaconstrutoraemquestãoaindaapresentaníveldematuridadeinicial,estecritério
devesermelhoravaliadoemoutroestágio,quandoasdiretrizespropostasnestetrabalhojá
estiverem em andamento ou atendidas. Também é importante destacar que os critérios
principaiscorroboramcomaanálisedeTerra(1999),quedestacaaimportânciadaliderança
e da cultura organizacional como dimensões-chave para a GC ocorrer. Outros pontos de
convergênciasãoosfatorescríticosapresentadosporHeisig(2009),quetambémdestacaa
culturaealiderançacomopontosimportantesparaosucessodaGC.
5.4. COMPARAÇÃOENTREASEMPRESASDEDESENVOLVIMENTODEPRODUTOS
COMPLEXOS
AanálisedaspráticasdeGCnastrêsempresasestudadasmostraquesãoexemplosbastante
distintos.
Noprimeirocaso,EmpresaA,omodelodeGCadaptadodoInstitutoFraunhoferauxilianos
desdobramentosdaspráticasdeGC.ÉpossívelvisualizaroprocessodeGCacontecendode
maneiraclaraemtodaáreadeengenhariadaempresa.
Jánosegundocaso,EmpresaB,nãoháummodelodeGCqueorientatodaaempresa,mas
simmodelosqueauxiliamalgumasinstâncias,taiscomooKMMM,queéutilizadonoBrasil,
porexemplo,apenasparaaaltadireção.
AEmpresaCsequerpossuimodelodeGC,sendoestetrabalhoresponsávelporproporum
modeloparaamesma.
AEmpresaBé18vezesmaiorqueaEmpresaAemrelaçãoaonúmerodecolaboradores.
Issopodeserumfator limitantecomrelaçãoaosprocessosdeGC.Nãoexistenaempresa
umaáreaespecíficadeGC,aocontráriodaEmpresaA,quecontacomumaáreadentroda
engenharia.AEmpresaC,apesardeseramenoremnúmerodefuncionários,nãoapresenta
processos bem definidos para a GC até então. Acredita-se que a partir domomento que
145
houverumaestruturaçãodaspráticas,bemcomoummodeloaserseguido,pelonúmerode
funcionários,nãoserádifícilsuaimplementação.
AEmpresaButilizamuitasferramentasdeTIqueestãorelacionadasàGC,masnãoháum
programaconsolidadoespecificamentedotema.NoBrasil,aspráticasdeGCaindaestãoem
processodeconsolidação.
NaEmpresaA,percebe-seumamaiormaturidadedaspráticaseousodasmesmaspelos
colaboradores. Uma conversa com um engenheiro de desenvolvimento de produto, que
trabalhahámaisdeseteanosnaempresa,mostrouqueaspráticasdeGCsãodivulgadaspor
todaempresaeosfuncionáriossãoconstantementeencorajadosaparticipardasmesmas.
JánaEmpresaB,umaconversacomoresponsávelglobaldelogísticanaáreadeturbinasà
gás,funcionáriohá20anosnoBrasileatualmenteemdelegaçãonaInglaterra,mostrouque
existem muitas práticas de GC na companhia, mas estas não fazem parte de um
desdobramentoclarodeummodelooudeumaáreaespecífica.Algumaspráticasestãosob
ogerenciamentodaáreaderecursoshumanoseoutrasdaáreadeTI,porexemplo.Istonão
significa que a GC não ocorra na empresa, segundo este colaborador. Na Empresa C,
algumaspráticassãogerenciadaspelaequipederecursoshumanoseoutraspelaequipede
P&D,nãohavendoalinhamentoentreasmesmas.
Aplataformadeavaliaçãodos funcionáriosnaEmpresaB, aPMP,éumbalizadorparaas
lideranças,poisapartirdelapodemenxergarseseusfuncionáriosestãoalinhadosàcultura
organizacional que tem como premissa a inovação em seus produtos e serviços e o
desenvolvimento de conhecimento. O mesmo acontece na Empresa A, que possui uma
avaliação voltada para aspectos técnicos e sociais de seu colaboradores. A avaliação de
competênciasdaEmpresaCtambémavaliaseuscolaboradoresapartirdeaspectossociaise
técnicos, carecendodepequenosajustesqueavaliemseus colaboradoresapartirdeuma
visãodoconhecimento.
OQuadro27fazumasínteseapartirdasquestõesqueorientaramasconversas,apesquisa
bibliográficasobreasempresasetambémcontacomcomentáriosdaautoraarespeitode
suaexperiênciaprofissionalnaEmpresaC.
146
Quadro27-SíntesedaGCnasempresasA,BeCapartirdasquestõescentrais
EmpresaA EmpresaB EmpresaC
QuandoaGCfoi
implementadana
empresa?
Décadade2000 Emimplementaçãodesde2016.
Em2007,comaimplementaçãodeumportaldeGCnaintranetdacompanhia.
Aaltadireçãoapoiaa
GC?Sim Sim Sim
Comofoioprocessode
implementação?
Oprocessolevou1anoparaserestruturadoapartirdequaisliçõesaempresaprecisariaaprender,quaisconhecimentosprecisariamserdisseminadoseprotegidos.
NoBrasil,oprocessoaindaestáacontecendoeteveinícioem2016.
NuncahouveestruturaçãodoprocessodeGC.ApesardaaltadireçãoapoiarpráticasdeGC,asmesmasnuncaforamorganizadaseestruturadas.
AGCestáatreladaà
estratégia?Sim Sim Não
Quaisosentraves
encontradosdurantea
implementação?
Definiçãoclaradosconhecimentosaseremaprendidos,disseminadoseprotegidos.
Mapearosconhecimentosnecessáriosparaseremgerenciados;mapearpessoasimportantesquefomentemeauxiliemnaGC.
Apoioefetivodaslideranças.
ComoomodelodeGC
utilizadopelaempresa
auxilianasatividades
deGC?
OmodeloadaptadodoInstitutoFraunhoferéobalizadordaspráticasdeGCnaempresa.ÉapartirdelequeseestruturatodooprocessodeGCnacompanhia.
NãoháumúnicomodelodeGC.OKMMMauxilianaretençãodeconhecimentodoscolaboradoresmaisestratégicos;ouseja,daaltadireção.
NãoháummodelodeGC.
AGCpermeiatodasas
áreasdaempresa?
Não,aGCestánaáreadaengenharia.
Aindanão.AGCestáemprocessodeimplementação.Logo,asáreasenvolvidasaindaestãosendoavaliadas.
Não,aGCcomeçounaáreadeP&DdacompanhiaeoutrasáreascomoAssistênciaTécnica,Qualidade,ProjetosparaProduçãoutilizamalgunsprocessosdeGC.
Quaisasprincipais
práticasdeGCquea
empresautiliza?
PáginasAmarelas;ComunidadesdePrática;FórumdeDiscussão;Mentoria;GestãodaProntidão;ManuaisPráticos;ProgramasdeCapacitação,Storytelling;SemináriodeInovaçãoeTecnologia;BoaIdeia;Innova;PEE;GreenLigth.
ComunidadesdePrática;FórumdeDiscussão;ProgramasdeCapacitação,GestãoDocumental;ProgramadeAprendizagem;RedeSocialInterna.
PortaldeGC(Wiki),EducaçãoCorporativa,FastDating,GruposdeInovação,Blog,Chatcomconsumidor,InstruçõesdeProcessosdeObras(IPs),RedesSociais,TrabalhosAcadêmicos.
ComomanteraGCviva
naempresa?
ExisteumaáreadeGCdentrodaengenhariaresponsávelporfomentareincentivaraspráticasdeGC.
Oslíderesdecadaáreaincentivamseusfuncionáriosacompartilharemconhecimentos.
Atravésdeincentivosconstantes,quenãomaisocorrem.
ComosemedeaGCna
empresa?
Indicadoresqualitativosequantitativosespecíficosparacadaprática.
IndicadoresqualitativosequantitativosdecadaáreadacompanhiaapartirdeferramentasdesenvolvidasinternamenteedoBalanceSocorecard.
Nãoémedida.
Fonte:elaboradopelaautora
147
AspráticasdeGCnasempresasAeBauxiliamnaproposiçãodediretrizesparaaEmpresaC,
namedidaemquemostramnapráticacomooprocessodeimplementaçãodeGCacontece.
Umfatorlimitanteparaaimplementaçãoobservadonestasduasempresaséadefiniçãodos
conhecimentos mais importantes para a atividade core da companhia. Além disso, uma
dificuldadeinicialéconquistaroapoiodasliderançasparaasatividadesdeGC.
A área de recursos humanos também deve estar alinhada com as premissas de GC. A
retençãodetalentosatravésdeprogramasdecapacitaçãoquedesenvolvamconhecimentos
importantesparaasempresaséfundamentaledeveestaratreladotantoàáreaderecursos
humanosquantoaosprogramasdeGC.
Parece também fundamental que a as atividades de GC façam parte da avaliação de
competências.Estasavaliaçõesdevemacontecertantodemaneiraquantitativa,quantode
maneira qualitativa.O foco no ser humano não deve ser esquecido quando se tratamde
processosdeGC.Paraisso,asliderançasdevemserestimuladorasdasatividadesdeGC.
Em empresas de desenvolvimento de produtos complexos, o conhecimento de todos os
colaboradoresdeveservalorizado. Incentivartodososníveisacompartilharconhecimento
auxiliaemmelhoriaseatémesmonainovação.AEmpresaA,comoBoaIdeia, incentivaa
colaboraçãonaslinhasdemontagem,porexemplo.
ModelosdeGCauxiliamnaestruturaçãodasatividadesdeconhecimento,masnemsempre
são utilizados em todos os níveis da empresa. Contudo, o que se verificou foi o uso de
modelo de GC na EA, que já possui maturidade em GC com processos bem definidos e
estruturados.JánaEB,nãoseutilizaummodeloparatodososníveisorganizacionaisesuas
práticasdeGCaindanãoestãoestruturadas,definidaseconhecidaspeloscolaboradores.
A TI é importante e auxilia processos de GC, porém não é o fatormais importante para
realizar a GC. É fundamental que as atividades de conhecimento sejam apoiadas pela
estratégiadacompanhia,poissemesteapoionãoépossívelaimplementaçãodaGC.
Porfim,éimportanteaexistênciadeumlíderresponsávelpelaGCnaempresa,umavezque
esteteráopapeldefomentaraspráticas,mostrarresultadoseestimularoscolaboradores
nas atividades de conhecimento. Nem sempre é necessária uma área específica deGC. É
possívelincorporaraGC,porexemplo,àáreadegestãodaqualidade(comonaEB).
148
6. PROPOSIÇÃODEDIRETRIZESDEGCPARAEMPRESACONSTRUTORA
Este capítuloapresentaumaproposiçãopara implantaçãodeGCnaEC.Porém,antes são
apresentadas diretrizes gerais, que servem para qualquer organização que queira
implementaraGC.
Uma pesquisa com mais de 500 empresas realizada por Terra (2000) aponta para sete
diretrizesgeraisparaacorretaimplantaçãodaGC,apresentadasnaFigura56.
Figura56–SetediretrizesgeraisparaimplantaçãodeGC,segundoTerra(2000)
Fonte:adaptadodeTerra(2000)
7.Estabelecimentodealiançasvoltadasaoaprendizadocomoambiente
6.Mensuraçãoderesultados
5.Combinaçãodealtatecnologiaemsistemasdeinformaçãocomocontatointerpessoal,voltadosaoconhecimento
4.ImplantaçãodepráCcasepolíCcasderecursoshumanosvoltadosàatraçãoeretençãodeprofissionaistalentosos,aoesGmulodocomportamentovoltadoàaprendizagemeao
comparClhamentodeconhecimentoeadoçãodeesquemasderemuneraçãoassociadosàaquisiçãodecompetênciasindividuais
3.Novasestruturasorganizacionais,comênfasenasequipesmulCdisciplinares,comaltograudeautonomia
2.Criaçãodeumaculturaorganizacionalvoltadaàinovação,experimentaçãoeaoaprendizadoconGnuo,comtolerânciaaoerro
1.Definiçãopelaaltaadministraçãodocampodeconhecimentoaserdesenvolvido,coerentecomaorientaçãoestratégica
149
NonakaeIchijo(1997)falamsobreaimportânciadosativistasdoconhecimento(Figura57),
quesãodivididosemtrêstipos:
Figura57–Ativistasdoconhecimento
Fonte:adaptadodeNonakaeIchijo(1997)
Osmesmosautorespropõemseisdiretrizespara implantaçãodaGCemumaorganização,
apresentadasnaFigura58.
• Iden&ficaaspossibilidadesdecriaçãodeconhecimentoportodaempresaepropiciaambienteadequadoparatal;
Catalisadordacriaçãodoconhecimento
• Desenvolvemeiosquepossibilitemacessoaoconhecimento,o&mizamodesenvolvimentodoconhecimentoeiden&ficameauxiliamnaestruturaçãodascomunidadesdeconhecimento;
Conectordasinicia&vasdecriaçãodoconhecimento
• Defendeoprocessodeconhecimentonaorganização,defineestratégias,iden&ficaedivulgaosbeneCciosdaGCedisseminaoconhecimentonaempresa
Estrategistaedivulgadordoconhecimento
150
Figura58–SeisdiretrizesparaimplantaçãodeGC,segundoNonakaeIchijo(1997)
Fonte:adaptadodeNonakaeIchijo(1997)
Para Pawlowski e Bick (2012), é importante atentar para as sete relações destacadas na
Figura59.
6.Promoveroacessoaoconhecimentocriado.
5.Desenvolveremanterasmídiasemeiosdecompar7lhamentodoconhecimento(tácitoeexplícito);
4.Estabeleceraestratégiadetrabalhoefazeraconexãoentreascomunidades;
3.Definirosa7vistasdoconhecimento(indivíduos,gruposouáreas)eascomunidadesdeconhecimento;
2.Fundamentar,nocontextoorganizacional,umadiscussãoabrangentesobrecomooconhecimentopodebeneficiaraorganizaçãoemseusdiversosnegócios,áreaselocalidades
geográficas;
1.Criaravisãodoconhecimento;
151
Figura59–SetepontosdeatençãoparaacorretaimplantaçãodeGC,segundoPawlowskieBick(2002)
Fonte:adaptadodePawlowskieBick(2012)
Ocontextoorganizacionalinfluenciafortementeasbarreirasiniciais.Dependendodosprocessosedainfraestruturadasorganizações,é
necessárioescolherdiferentesopçõesdetecnologia
Osprocessossãoorganizadosdeformadiferentes,logoasintervençõesprecisamserintegradasaosprocessos
existentes
OsuporteeaimportânciadaGCnaestratégiadeumaorganizaçãoéumrequisitoclaroparaosucessodeGC
Asprá2casdeGCescolhidasinfluenciamnosucessodaGC
Aculturaorganizacionaltemfortesinfluências,poisinfluenciacomoos
processossãogerenciadoserealizados,comooconhecimentoé
comparGlhadoecomunicado,comoastecnologiaseasintervençõessão
percebidas
ExistemváriasbarreirasnosprojetosdeGCqueprecisamserabordadaspor
diferentespráGcase;portanto,diferentesprocessos
Diferentes2posdeconhecimentodevemsertratadosdeformadisGntaeaspráGcasdeGCdevemconsiderar
estasdiferenças
152
6.1. DIRETRIZESGERAISDEGCPARAEMPRESACONSTRUTORA
A análise dos capítulos anteriores, bem como as diretrizes gerais já apresentadas neste
capítulo,somadasaoconhecimentopréviodaautorasobreaempresaconstrutoraavaliada
apontapara15diretrizesgeraisparaaEC,apresentadasnaFigura60.
Figura60-15diretrizesparaimplementaçãodeGCnaEC
Fonte:elaboradopelaautora
1.AtrelaraGCaoplanejamentoestratégicoda
EC
2.Definirosprincipaisprocessosdaempresa
3.Definirosprincipaisprodutoseserviços
entregues
4.Definirosconhecimentosnecessáriosparaa
companhia
5.Mapearaspessoaseáreasquepossuemestesconhecimentos
6.IdenGficaraspráGcasdeGCjáuGlizadaspela
companhia
7.NomearcolaboradorescomoosresponsáveispelaGCdaempresa(aGvistasdo
conhecimento)
8.Definirumrepresentantedecadaáreaparaauxiliarnoprocesso(trabalhadordo
conhecimento)
9.Atrelaràavaliaçãodocolaboradorumitemsobrevisãodoconhecimento
10.EstabelecerumprocedimentodeGC
11.DefinirpráGcasdeGCparaEC
12.EstabelecerindicadoresjuntoàdiretoriaexecuGva
13.CriarumapolíGcadeincenGvoao
comparGlhamentoentreoscolaboradores
14.IntegrarasplataformasdeTIemumsistemaúnicoequeatendaàsdemandasde
GC
15.AlinharasproposiçõesdeGCcomaPolíGcadeQualidadedaEC
153
6.2. MODELODEGCPARAEMPRESACONSTRUTORA
AsdiretrizesapresentadasanteriormentenortearãoaimplantaçãodaGCnacompanhiaeas
práticasdeGCpropostas.
ÉimportantedestacarqueomodelodeGCpropostoéfactívelparaempresasconstrutoras
que possuam características similares à EC. Neste trabalho, o modelo de GC que será
apresentado possui especificidades relativas à EC. Para que o mesmo seja utilizado para
outrasempresasconstrutoras,énecessárioumdiagnósticodasmesmasafimdeproporum
modeloadequadoassuasparticularidades.
OmodelodeGCpropostocontemplaoselementosdestacadosnoestudodeHeisig(2009).
Este estudo apresenta um modelo composto por três camadas: negócios; atividades do
conhecimentoefatorescríticos.
Naprimeiracamada,propõe-sedestacarasáreasondeoconhecimentogeradotemrelação
comonegóciodaempresaconstrutora:construçãodeedifícios.
Na segunda camada, as atividades do conhecimento mais importantes para o negócio:
identificar; criar; armazenar; compartilhar e aplicar. Tais atividades são as mesmas que
foramdestacadasnoestudodeHeisig (2009)comoasmaisutilizadasnosmodelosdeGC
estudados.
Porfim,aúltimacamada,destacaosfatorescríticosparaaimplementaçãodeumaGCbem
sucedida: cultura; pessoas; liderança; processos; estrutura; estratégia; controle e
tecnologiadainformação.
O modelo também engloba práticas de GC que estão agrupadas de acordo com a
predominânciadastrocasdeconhecimentoapresentadasnomodelodeNonakaeTakeuchi
(1995). São elas: socialização (tácito-tácito); externalização (tácito-explícito); combinação
(explícito-explícito);internalização(explícito-tácito).Taispredominânciasforamclassificadas
pelaautoraapartirdeseuentendimentosobrecadaprática.
Valedestacarqueestemodelonãoéestático.Porexemplo,nacamadadenegócios,onde
sãoapresentadasasáreasdaEC,épossívelacrescentaroutiraráreasquandonecessário.E
com relação às práticas de GC isso também é possível. Ou seja, trata-se de um modelo
154
dinâmicoeadaptávelàrealidadedaempresaemumdeterminadocontextodemercado.
Omodelotambémapresentaníveisdematuridade,queauxiliarãonaimplantaçãodaGCna
EC (cadanívelpode representarumaetapade implantação).Osníveis sãocompostospor
áreasdeconhecimento;atividadesdeconhecimento,principaisfatorescríticosepráticasde
GCrelacionadas.Acadanível,somam-senovoselementos.Estesníveisforambaseadosnos
níveisdematuridadedomodeloKMMM;contudo,optou-sepordestacarquatroníveis(um
aquatro),sendoqueháumnívelanterior,chamadoaquidezero,quepodeserconsiderado
onívelinicialdomodeloKMMM,sempráticasestruturadasdeGCnaorganização.OQuadro
33apresentatodososelementosquecompõemomodeloproposto.AFigura61apresenta
umesquemadecoresparacadaníveldematuridadedomodelo.
Figura61-Maturidade/Etapasdeimplementaçãodomodelo
Fonte:elaboradopelaautora
Hátambémumadistinçãodefoconosníveisapresentados:osníveisum,doisetrêsfocam
nas práticas de GC que auxiliarão a EC nos processos de produção do edifício; já o nível
quatroconcentra-seempráticascujofocoéoempreendimentoeseusdiferenciaisfrenteao
mercado. Esta divisão relaciona-se com os tipos de gestão na construção de edifícios
sugeridosporFabrício(2002):gestãodaproduçãoedoempreendimento.
A Figura62 apresenta a estruturadomodelopropostoe a Figura63mostraosprincipais
elementosconstituintesdomesmo.
Nível1
Nível2
Nível3
Nível4
MATURIDADE|ETAPASDEIMPLEMENTAÇÃO
155
Figura62–EstruturadomodelodeGCparaEC
Fonte:elaboradopelaautora
EXPERIÊNCIA+CONHECIMENTOTÉCNICO
z
SOCIALIZAÇÃOTÁCITO-TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOTÁCITO-EXPLÍCITO
COMBINAÇÃOEXPLÍCITO-EXPLÍCITO
INTERNALIZAÇÃOEXPLÍCITO-TÁCITO
156
Figura63-Principaiselementosdomodelo
Fonte:elaboradopelaautora
6.2.1. NíveldematuridadeumdomodelodeGCparaEC
O nível de maturidade um, apresentado na Figura 64, sugere que as atividades de GC
comecem pela área onde há grande quantidade de criação de conhecimento, bem como
onde hámaior aceitação das práticas deGC por parte dos envolvidos. Preferencialmente
quetambémjáaconteçamoujáaconteceramalgumasatividadesrelacionadasàGC.Aárea
deP&DdaECgerabastanteconhecimento,possuicolaboradoresqueaceitammelhornovas
atividadesàrotinaejápraticamalgumasatividadesdeGC;portanto,éaáreaporondese
começará.AspráticasdeGCparaestenívelsãoapresentadasnoQuadro29.
Os fatores críticos que devem ser considerados neste primeiro momento são: cultura;
pessoaseliderança.Aquiénecessárioatrelaraimportânciadasatividadesdeconhecimento
naavaliaçãodecompetências.Acompetência“liderança”jápossuiumadescriçãocapazde
garantiroincentivoàGC,desdequeoProcedimentodeGCparaaEC(APÊNDICED)esteja
publicadoedisseminadoparaaslideranças.
O item “Gestão de Pessoas” desta competência (Liderança) é utilizado para avaliação de
Áreas/departamentosenvolvidos
Prá3casdeGCquees3mulamsocialização,externalização,combinaçãoeinternalização(SECI)
Pessoasenvolvidas
Fatorescrí3cos
A3vidadesdoconhecimento
157
diretores,gerentes,coordenadoreseengenheirosdeobraeéassimexplicado:
Realiza a gestão de pessoas dentro de suas responsabilidades, de formameritocrática, utilizando práticas e políticas disponíveis, atuando nos principaisprocessos (identifica e reconhece os talentos, desenvolve, retém, avalia erecompensa).
O Quadro 28 faz uma proposição de acréscimo do item “Visão do conhecimento” na
avaliaçãodacompetência“ConhecimentoTécnicoeFuncional“.
Quadro28–SugestãodeacréscimonadescriçãodacompetênciaConhecimentotécnicoefuncionalapartirdoscargosdaEC
Conhecimentotécnicoefuncional
Domíniodeconceitos,técnicas,metodologiaseprocessosquesãofundamentaisaobomdesempenhoda
funçãoatual.
Diretores,Gerentese
CoordenadoresEngenheiros
Analistas|
demaiscargos
Visãodoconhecimento
Identifica,cria,armazena,compartilhaeaplicaconhecimentosnecessáriosparaonegócio,estimulandoainovaçãoegarantindoprodutoscompetitivosedequalidade.
Fonte:elaboradopelaautora
Com relação ao fator cultura, são as práticas de GC, cujos objetivos são; identificação,
criação,armazenamento,compartilhamentoeaplicaçãodoconhecimento,queauxilizarãoa
cultura organizacional voltar-se para a GC, conforme observado por Nonaka e Takeuchi
(2008).Aspráticassugeridas(Quadro29)nestenívelpodemcontartantocomaparticipação
dos colaboradores, quanto de consultores e instituições (universidades, laboratórios de
pesquisaeensaios).Sãoelas:
• Cafédoconhecimento
• MelhoresPráticas
• Revisão|DesenvolvimentodeIPsdeObra(InstruçõesdeProcessos)
• RelatóriosdeInovação
• DiretrizesConstrutivas
• IncentivoaoMestradoProfissional
Parataispráticas,éimportantequeoGerentedeQualidade,bemcomooCoordenadorda
Qualidadesejamresponsáveispelasmesmas.
158
Figura64-ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadeum
Fonte:elaboradopelaautora
EXPERIÊNCIA+CONHECIMENTOTÉCNICO
zAplicar
CriarIden;ficar
Armazenar
Compar;lhar
LIDERANÇAP&D
Colaboradores Ins;tuiçõesConsultores
PESSOAS
SOCIALIZAÇÃOTÁCITO-TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOTÁCITO-EXPLÍCITO
COMBINAÇÃOEXPLÍCITO-EXPLÍCITO
INTERNALIZAÇÃOEXPLÍCITO-TÁCITO
CafédoCo
nhecim
ento
Melho
resP
rá;cas
Relatório
sdeInovação
Incen;
voaoMestrado
Profi
ssional
Diretrize
scon
stru;vas
Revisão|De
senvolvimen
to
IPs
CULTURA
159
Quadro29–PráticasdeGCnonívelumdematuridadedomodelo
Fonte:elaboradopelaautora
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spessoasduran
te
ashorasdetrab
alho
(m
in/m
ês)
CafédoConhecimento
encontrosemambientedescontraídopara
compartilharconhecimentosquetenhamavercomonegócioda
empresa
SCoordenadordaQualidade
colaboradores;consultores;parceiros;
fornecedores;projetistas
tácito-tácitonúmerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
60
quantidadedemelhorespráticas
registradas
depoimentosdosparticipantes
quantidadedemelhorespráticas
utilizadas
quantidadedemelhorespráticas
utilizadas
RevisãodeIPs
registroescritodosprocessosconstrutivosdaempresa,quefazempartedosistemadegestãode
qualidadedeobra
SCoordenadordeQualidade
colaboradores;consultores;projetistas
explícito-explícito
númerodeIPsrevisadasporano
depoimentosdosusuáriosdasIPs
120
númeroderelatórios
númerodepessoasqueparticiparam
DiretrizesConstrutivas
registrodeconhecimentotécnicoespecíficode
serviçosparaconstruçãodeedifíciosquealimentama
áreadeprojetoseexecuçãodeobra.Algunstemaspublicados:estrutura,impermeabilização,pré-moldados,instalaçõeselétricasehidráulicas
SGerentedeQualidade
colaboradores;consultores;projetistas
explícito-explícito
númerodediretrizes
publicadasnoano
depoimentodosusuáriosdasdiretrizes
120
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposições
implementadas
PráticasdeGC
explícito-explícito
depoimentosdosusuários
120
MelhoresPráticas
registrosatravésderevistaseletrônicasdasmelhorespráticasquenãosão
processosdequalidadedacompanhia,masquepodem
ser
SCoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-explícito
240
RelatóriosdeInovação
relatóriosqueservirãopararegistrarosnovos
conhecimentoscominformaçõesimportantesparaasáreas,taiscomo:oqueé,quantoeconomiza,quantoreduzdeciclo,quantocustapara
implementarequaisasvantagensdestainovação
SCoordenadordaQualidade
colaboradores
depoimentosdosparticipantes
960Incentivoao
MestradoProfissional
incentivarqueoscolaboradoresfaçam
MestradoProfissionalcomumtemaquesejade
interesseparaaempresa,trazendonovos
conhecimentosparaamesma.Osparticipantesdevemapresentarsuas
pesquisasaofinaldocurso
NCoordenador
deRHcolaboradores;instituições
explícito-tácito
160
6.2.2. NíveldematuridadedoisdomodelodeGCparaEC
Oníveldois,apresentadonaFigura65,englobaoselementosdonívelumeacrescentamais
áreas,fatorescríticosepessoas.Nesteníveloenfoqueébastantevoltadoparaaobra.Ou
seja, as áreas envolvidas são: P&D, Obra (OBR), Sistemas Prediais (SP), Projetos para
Produção (PPP), Gestão da Mão de Obra (GMO), Qualidade e Meio Ambiente (QM),
AssistênciaTécnica(AST).
AquijáénecessárioatrelaraGCàestruturaorganizacionaleàtecnologiadainformação(TI).
O primeiro fator (estrutura), porque as práticas já envolvem mais de uma
área/departamento.Sendoassim,éimportanteentenderaestruturaorganizacionalafimde
envolveraspessoascertas.
O segundo fator (tecnologia da informação) é importante porque algumas práticas
necessitam de registros eletrônicos utilizando-se de sistemas mais complexos que os
existentes.Para isso,é importanteopapeldaTI,propiciandoboausabilidadee integração
com sistemas existentes. Fornecedores e parceiros podem fazer parte das práticas,
agregandoconhecimentosparaaEC.Aspráticas(Quadro30)somadasnestenívelsão:
• Storytelling
• LiçõesAprendidas
• IdeiasàObra
• ProfissionaisdoFuturo
• TreinamentoIPsObra(InstruçõesdeProcessos)
• CoPReduçãodeCiclo
Os responsáveis por estas práticas devem ser o Gerente de Qualidade, Coordenador de
QualidadeeGerentedeMãodeObra.
161
Figura65–ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadedois
Fonte:elaboradopelaautora
EXPERIÊNCIA+CONHECIMENTOTÉCNICO
zAplicar
CriarIden;ficar
Armazenar
Compar;lhar
LIDERANÇA
OBRA
P&D
AST
SP
GMO
PPP
QM
Fornecedores Parceiros
Colaboradores Ins;tuiçõesConsultores
PESSOAS
TECNOLOGIADAINFORMAÇÃO
SOCIALIZAÇÃOTÁCITO-TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOTÁCITO-EXPLÍCITO
COMBINAÇÃOEXPLÍCITO-EXPLÍCITO
INTERNALIZAÇÃOEXPLÍCITO-TÁCITO
CafédoCo
nhecim
ento
Storytelling
Melho
resP
rá;cas
Relatório
sdeInovação
Incen;
voaoMestrado
Profi
ssional
Profi
ssionaisdo
Futuro
IdeiasàObra
Treinamen
tosIPs
LiçõesApren
didas
CoPRe
duçãode
Ciclo
Diretrize
scon
stru;vas
Revisão|De
senvolvimen
to
IPs
CULTURA
ESTRUTURA
162
Quadro30–PráticasdeGCacrescentadasnoníveldoisdematuridadedomodelo
Fonte:elaboradopelaautora
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spessoas
duranteashorasde
trab
alho
(min/m
ês)
Storytelling
colaboradoresexperientescontandohistóriaspráticasde
obraquetransmitamoconhecimentotécnico
deformatácita
NCoordenadordaQualidade
colaboradores tácito-tácitonúmerodepessoasque
participaramdepoimentosdosparticipantes
10
quantidadedeliçõesaprendidasregistradas
quantidadedeliçõesaprendidasutilizadas
númerodeideiasregistradas
númerodepessoasqueparticiparam
economiaalcançada
númerodeideiasimplementadas
númerodepessoasqueparticiparam
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
retençãodepoimentodos
líderesdosparticipantes
TreinamentoIPs
produçãodevídeosquemostremas
instruçõesdeprocessodeprodução,
auxiliandonaqualidadedeexecuçãodos
serviços
SCoordenadordaQualidade
colaboradoresexplícito-tácito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
10
PráticasdeGC
tácito-explícito
depoimentosdosparticipantes
240LiçõesAprendidas
registrosdoserros,afimdenãoserepetirosmesmosemoutras
obras
NCoordenadordaQualidade
colaboradores
10IdeiasàObra
ideiasqueproporcionema
melhoriaemprocessosconstrutivos,com
reconhecimentodoscolaboradoresquederamaideia
NCoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-explícito
depoimentosdosparticipantes
CoPReduçãodeCiclo
comunidadedepráticacomenfoquena
reduçãodeciclodeobra.UmaComunidadedePráticadesignaumgrupodepessoasqueseunememtornodeummesmotópicoou
interesse.Essaspessoastrabalham
juntasparaacharmeiosdemelhoraroquefazem;ouseja,naresoluçãodeumproblemana
comunidadeounoaprendizadodiário,atravésdainteração
regular
NGerentedaQualidade
colaboradores;concorrentes
explícito-tácito
720
explícito-explícito
depoimentosdosparticipantes
480
ProfissionaisdoFuturo
programadecapacitaçãode
colaboradoresdaáreadesistemasprediais:
encanadores,eletricistasemconjuntocom
instituiçõesdecursostécnicos
SGerentedaMãodeObra
colaboradores;intsituições
163
6.2.3. NíveldematuridadetrêsdomodelodeGCparaEC
Oterceironíveldematuridade(Figura66)acrescentamaispessoasparaaspráticasdeGC:
concorrentes e projetistas; bem como novas áreas de conhecimento: processos (PRO),
suprimentos (SUP), projetos (PRJ), planejamento (PLAN), orçamento (ORÇ), segurança e
medicinadotrabalho(SMT).
O fator estratégia entra neste nível e isso significa que o planejamento estratégico da
companhia deve ser avaliado sempre que alterado para verificar se as práticas de GC
propostasestãoalinhadasaele.
ParaatrelarosprocessosorganizacionaisàGC,énecessárioquetodadocumentaçãogerada
nas práticas esteja devidamente registrada junto com os demais processos da EC. Isso
significaquetaisdocumentosdevemfazerpartedoSistemadeGestãodaQualidade.
Aspráticas(Quadro31)queentramnestenívelsão:
• Brainstorming
• ReuniãodeEngenharia
• PortaldeGC
• BancodeDetalhesConstrutivos
• EspecializaçãoEngenhariaeInovação
Os responsáveis por estas práticas são o Coordenador de Qualidade, Coordenador de
RecursosHumanoseGerentedeProjetos.
164
Quadro31–PráticasdeGCacrescentadasnoníveltrêsdematuridadedomodelo
Fonte:elaboradopelaautora
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spessoasduran
te
ashorasdetrab
alho
(m
in/m
ês)
númerodepessoasque
participaram
númerodeideias
selecionadas
númerodeideias
implementadas
númerodepessoasque
participaram
númerodeproblemas
resolvidos
númerodepessoasque
participaram
númerodeproblemas
resolvidos
BancodeDetalhesConstrutivos
repositóriodediretrizesdeprojeto,
compráticasedetalhesconstrutivos
bemsucedidos
SGerentede
Projetos
colaboradores;
consultores;
fornecedores;
concorrentes;
investidores
explícito-
explícito
númerodepessoasque
participaram
depoimentosdos
participantes240
númerodepessoasque
participaram
númerodeproposições
implementadas
Práticade
GC
Brainstorming
encontrosondepessoassereunem
eutilizamseuspensamentose
ideiasparaquepossamchegaraum
denominadorcomum,afimdegerar
ideiasinovadorasquelevemum
determinadoprojetoadiante.
Nenhumaideiadeveserdescartada
oujulgadacomoerradaouabsurda
etodasasideiasdevemser
anotadasparanofinaldoprocesso
avaliarondesechegou
SCoordenador
daQualidadecolaboradores
tácito-
explícito
depoimentosdos
participantes240
tácito-tácitodepoimentosdos
participantes120
ReuniãodeEngenharia
reuniãomensalcomapresençade
todososengenheiros,gerentese
diretoresdeobraquemostrarão
liçõesaprendidas,melhorespráticas
edividirãoosproblemasafimde
encontrarumasoluçãoemconjunto
comasdemaisobras
SCoordenador
daQualidadecolaboradores
tácito-
explícito
depoimentosdos
participantes240PortaldeGC
reuniãomensalcomapresençade
todososengenheiros,gerentese
diretoresdeobraquemostrarão
liçõesaprendidas,melhorespráticas
edividirãoosproblemasafimde
encontrarumasoluçãoemconjunto
comasdemaisobras
SCoordenador
daQualidadecolaboradores
explícito-
tácito
depoimentosdos
participantes960
EspecializaçãoEngenhariaeInovação
programavoltadoparaaslideranças
daáreadeengenharia,comaulasde
gestãodeproduçãoemcanteiro.Os
participantesdevemapresentarum
trabalhofinalcomcasopráticoda
empresa.Ocursoépatrocinadopela
empresa
NCoordenador
deRH
colaboradores;
instituições
165
Figura66–ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadetrês
Fonte:elaboradopelaautora
EXPERIÊNCIA+CONHECIMENTOTÉCNICO
zAplicar
CriarIden;ficar
Armazenar
Compar;lhar
LIDERANÇA
ESTRATÉGIA
OBRA
ORÇ
SUP
P&D
AST
SP
GMO
PPP
QM
PRJ
PLAN
PROCESSOS
PRO
SMT
Proje;stas Concorrentes
Fornecedores Parceiros
Colaboradores Ins;tuiçõesConsultores
PESSOAS
TECNOLOGIADAINFORMAÇÃO
SOCIALIZAÇÃOTÁCITO-TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOTÁCITO-EXPLÍCITO
COMBINAÇÃOEXPLÍCITO-EXPLÍCITO
INTERNALIZAÇÃOEXPLÍCITO-TÁCITO
Brainstorm
ing
CafédoCo
nhecim
ento
Storytelling
Melho
resPrá;
cas
Relatório
sde
Inovação
Espe
cializaçãoEngen
haria
e
Inovação
Incen;
voaoMestrado
Profi
ssional
Profi
ssionaisdoFuturo
IdeiasàObra
Treinamen
tosIPs
Reun
iãode
Engen
haria
LiçõesApren
didas
CoPRe
duçãode
Ciclo
Dire
trizescon
stru;vas
Revisão|Desen
volvim
ento
IPs
BancodeDetalhe
sCo
nstru;
vos
CULTURA
PortaldeGC
ESTRUTURA
166
6.2.4. NíveldematuridadequatrodomodelodeGCparaEC
Porfim,oquartoeútimoníveldematuridade(Figura67)acrescentaofatorcontroleemais
áreasdeconhecimento:relacionamentocomcliente(RC),vendas(VND),incorporação(INC),
marketing(MKT),pontodevenda(PDV)erelacionamentocominvestidor(RI).Aspráticasde
GCque sãoacrescentadasnestenível estãodescritasnoQuadro32e sãoapresentadasa
seguir:
• Mentoria
• Quadrilha
• Gruposdosetor
• Chatcomconsumidor
• BacktoSchool
• Blog
• AdoteumaIdeia
• QueroCompartilhar
• PotaldeIdeias
• GruposdeInovação(GIs)
• Plataformadecrowdsourcing
• PesquisadeMercado
• CardápioDiferenciaisdeProduto
• CartilhaDiferenciaisCliente
• TrabalhosAcadêmicos
• ProgramadeIntercâmbio
• DesenvolvimentodeEstagiários
• Multiplicadores
• EducaçãoCorporativa
• RedesSociais
• FastDating
Os responsáveis por tais práticas são Gerente da Qualidade, Coordenador da Qualidade,
GerentedeMarketingeCoordenadordeRecursosHumanos.
167
Nestenível,alémdofoconosprocessosconstrutivos,hátambémofoconorelacionamento
comocliente,pensandoemdiferenciaisdeprodutoquepodemseroferecidosaosclientese
quetornamaECmaiscompetitivafrenteaseusconcorrentes.
Controlar significa sobretudomedir. Estes indicadores devemestar atrelados àsmetas de
cadaáreanesteníveldematuridade.Nosníveisanteriores,elesexistem,porémnãoestão
atreladosàsmetasdasáreas.Ofocoprincipaldesteníveléorelacionamentocomclientee
inovação a partir das práticas propostas. O Quadro 34 faz uma compilação do que já foi
apresentadocontemplandotodasaspráticasdetodososníveisdematuridadedomodelo.
168
Figura67–ModelodeGCparaaEC–NíveldeMaturidadequatro
Fonte:elaboradopelaautora
EXPERIÊNCIA+CONHECIMENTOTÉCNICO
zAplicar
CriarIden;ficar
Armazenar
Compar;lhar
LIDERANÇA
ESTRATÉGIA
OBRA
ORÇ
MKT
SUP
P&D
INC
AST
SP
GMO
VND
PPP
QM
PRJ
PLAN
PDV
PROCESSOS
PRO
RC
SMT
RI
Proje;stas Concorrentes
Fornecedores Parceiros
Colaboradores Ins;tuições
Usuários
Consultores
Inves;dores
PESSOAS
TECNOLOGIADAINFORMAÇÃO
CONTROLE
SOCIALIZAÇÃOTÁCITO-TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOTÁCITO-EXPLÍCITO
COMBINAÇÃOEXPLÍCITO-EXPLÍCITO
INTERNALIZAÇÃOEXPLÍCITO-TÁCITO
Brainstorm
ing
CafédoCo
nhecim
ento
Storytelling
Quadrilha
Chatcom
con
sumidor
Backto
Schoo
l
Blog
Melho
resP
rá;cas
Relatório
sdeInovação
ProgramaIntercâm
bio
Espe
cializa
çãoEn
genh
ariae
Inovação
Incen;
voaoMestrado
Profi
ssional
Profi
ssionaisdo
Futuro
Rede
sSociais
FastDa;
ng
Grup
osdeInovação(G
Is)
IdeiasàObra
Men
toria
Adoteum
aIdeia
Treinamen
tosIPs
Reun
iãode
Engen
haria
LiçõesApren
didas
Car;lhaDife
renciaisCliente
Grup
osdosetor
CoPRe
duçãode
Ciclo
PesquisadeMercado
Diretrize
scon
stru;vas
Deseno
vimen
tode
Estagiários
Revisão|De
senvolvimen
to
IPs
BancodeDe
talhes
Constru;
vos
Trabalho
sacadê
micos
CULTURA
EducaçãoCorpo
ra;va
Mul;p
licadores
Que
roCom
par;lhar
PortaldeIdeias
PortaldeGC
Plataformade
crow
dsou
rcing
CardápioDife
renciaisde
Prod
uto
ESTRUTURA
169
Quadro32–PráticasdeGCacrescentadasnonívelquatrodematuridadedomodelo
Fonte:elaboradopelaautora
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spessoas
duranteashorasde
trab
alho
(min/m
ês)
Mentoria conversaentrecolaboradores:umcommaisexperiênciaprofissionalqueooutro SGerentedaQualidade
colaboradores tácito-tácitonúmerodepessoasque
participaramdepoimentosdosparticipantes
30
Quadrilha
práticacujomaiorobjetivoétrazerparaaculturaorganizacionalofoconorelacionamentocomocliente.Oslíderesdediversasáreassereunemparatrocadeconhecimentoentrefuncionáriosadministrativos,engenheirosdasobrase
assistênciatécnica
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
tácito-tácitosatisfaçãodosclientes(notas
de1a5)depoimentodos
clientes120
quantidadedeparticipantesporempresa
quantidadedeempresasparticipantes
Chatcomconsumidor
ferramentadecomunicaçãocomclientes,trabalhandoemsincroniacomtodososoutroscanaisformaiseproporcionandoganhosrelacionadosàqualidadede
comunicação;capturaeaprendizadodeinformaçõesderelacionamentos;proatividadedasequipesderelacionamento,vendasesuporte;transparênciae
credibilidadenacomunicaçãodaempresa;acessibilidadeatodos
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
tácito-tácito númerodepessoasatendidasdepoimentodos
usuários300
BacktoSchoolpalestrasinspiracionaiscomexecutivosdomercado(quenãodaconstruçãocivil)daáreadeinovaçãooferecidasparaoslíderesdasáreascoredaEC
SGerentedeMarketing
colaboradores tácito-tácito númerodepalestrasdepoimentodosparticipantes
120
Blogcanalaberto,funcionandocomoouvidoria,canaldesugestõese“termômetro”docomportamentodomercadoimobiliário.Serveaindacomoindicadorde
qualidadedeinformaçõesparaoatendimentoS
GerentedeMarketing
colaboradores;usuários
tácito-tácito númerodepostsporanodepoimentodos
leitores300
númerodeideiasimplementadas
númerodepessoasqueparticiparam
QueroCompartihareventoondeocolaboradorapresentaumtemadeseuconhecimentoquetenha
avercomonegóciodaempresaN
CoordenadordaQualidade
colaboradores tácito-explícitonúmerodepessoasque
participaramdepoimentosdosparticipantes
60
PortaldeIdeias
canaldeinovaçãoabertaqueserveparacentralizarsugestõesecolaboraçõesdeconsumidores,captandoassimboasideiasdosinternautas.Aintençãoéqueascontribuiçõesdosconsumidoresajudemaempresaarespondercommaior
assertividadeevelocidadeàsnecessidadesdeseusconsumidores,antecipando-seàstendênciasdomercadoimobiliário
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários;
investidorestácito-explícito númerodeideiaslançadas
depoimentodosavaliadoresdeideias
60
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeideiasselecionadas
númerodeideiasimplementadas
Plataformadecrowdsourcing
plataformadecrowdsourcingqueapresentadesafioseprêmiosparaaquelesquederemasmelhoressoluções/ideiasparamelhoriaediferenciaçãotantopara
áreadeP&DquantoparadiferenciaisdosempreendimentosS
GerentedeMarketing
colaboradores tácito-explícito númerodedesafioslançadosdepoimentodosparticipantes
120
PesquisadeMercado
pesquisaqueavaliaocontextodomercadoemconjuntocomosinteressesdosclientes.Elaforneceacaracterizaçãodosclientesnosaspectosquantitativosequalitativos.Serveparadimensionaromercado,identificarosegmentomaislucrativo,detectarnovastendências,avaliaraperformance deseusprodutoseserviços,identificaraquantidadeouvolumequeomercadoécapazdeabsorver
eaquepreçosessesprodutospoderãoservendidos
SGerentedeMarketing
colaboradores;projetistas
explícito-explícitonúmerodeempreendimentoslançadosebemsucedidos
depoimentosdasáreasenvolvidas
30
CardápioDiferenciaisdeProduto
documentoproduzidopelaequipedeP&D,quetraduzosprincipaisconceitosdediferenciaisparaapoiarosgestoresdenegócionaescolhadosmesmos
SGerentedeQualidade
colaboradores explícito-explícitonúmerodediferenciaisutilizadosnosprodutos
depoimentosdosgestoresdenegócios
120
CartilhaDiferenciaisCliente
documentoquetraduztodoconhecimentotécnicoemconhecimentoquesejatangívelparaocliente/usuário.Seráusadapelocorretorduranteasvendas
SGerentedeMarketing
colaboradores explícito-explícitonúmerodediferenciaisutilizadosnosprodutos
depoimentosdosparticipantes
120
TrabalhosAcadêmicos
aempresadisponibilizaseuconhecimentoadquiridoatravésdecasospremiadosnoportaldaempresa,queajudamnodesenvolvimentodostrabalhosacadêmicosdeestudantesenovosprofissionais.Alémdisso,aempresamantémsuasportasabertasparaentrevistas,esclarecimentodedúvidaseapoioaostrabalhosacadêmicosdosestudantesqueprocurama
mesma
SGerentedeMarketing
colaboradores explícito-explícitoquantidadedetrabalhos
publicadosdepoimentodos
leitores60
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposiçõesimplementadas
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposiçõesimplementadas
Multiplicadorescolaboradoresquedãoaulasdaquiloquesabemequesejainteressantepara
outroscolaboradores.OassuntotemrelaçãosemprecomonegóciodaempresaS
CoordenadordeRH
colaboradores explícito-tácitonúmerodepessoasque
participaramdepoimentosdosparticipantes
120
depoimentodoslíderesdosparticipantes
depoimentosparticipantes
RedesSociais
aempresatemumaestratégiadefinidaeconsistenteparaatuarnessesmeios,sendoreferêncianautilizaçãodasredessociaisnãosónosegmentoimobiliário,masnomercadocomoumtodo.Aempresautilizaasdiversasredessociaiscomoformadeseaproximardeseucliente/consumidor,analisaroperfildo
mesmo,avaliartendênciasedesejo
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
explícito-tácitoquantidadedeleadsgerados
pelasredesdepoimentodosparticipantes
75
númerodenegóciosfechadosdepoimento
empreendedores
númerodenegóciosapresentados
depoimentocomitêdeinovação
Práticade
GC
depoimentodosparticipantes
120GruposdoSetorgruposdeáreasespecíficasdeempresasconstrutorasquesereúnemparatrocar
experiênciasS
GerentedaQualidade
colaboradores;concorrentes
tácito-tácito
720
depoimentosdosparticipantes
960
GruposdeInovaçãoGIsgruposorganizadosportemas/desafiosespecíficosquedesenvolvemideiasa
partirdaabordagemdeDesignThinking (foconoserhumano)S
GerentedaQualidade
colaboradores tácito-explícitodepoimentosdosparticipantes
AdoteumaIdeiaaempresarecebemuitasideiasvindasdeclientes,sociedadeecolaboradores.
Adotarumaideiasignificadesenvolvê-laeimplementá-lanacompanhiaN
CoordenadordaQualidade
colaboradores tácito-explícito
depoimentosdosparticipantes
10080
DesenvolvimentoEstagiários
programaquecapacitaosestagiáriosdaáreadeengenhariaapartirdaculturaconstrutivadaempresa.Osestudantesdevemapresentarumtrabalhoaofinal
doprogramaquetenhaavercomonegóciodaempresa.Oprogramaépatrocinadopelaempresa
NCoordenador
deRH
colaboradores;projetistas;consultores;instituições
explícito-tácitodepoimentosdosparticipantes
ProgramaIntercâmbio
programaqueestimulaoscolaboradoresaestudaremtemasdeinteressedacompanhiaforadopaís,trazendonovosconhecimentos.Osestudantesdevemapresentarseusestudosduranteointercâmbioeaofinaldomesmo.Enquanto
estiveremfora,oafastamentonãoseráremunerado
NCoordenador
deRHcolaboradores;Instituições
explícito-tácito
480
EducaçãoCorporativa
éumprojetodedesenvolvimentoempresarialdeliderançaegestão,deformaçãoestratégica,atuandoemCCM–Coaching,Counseling,Mentoring,com
osobjetivosprincipaisde:estimularoautoconhecimento;contribuirparaareflexãopermanente(pessoaleprofissional);acentuaraconscientizaçãosobreasresponsabilidades,conceitoseatitudesdeliderança;construireenriquecera
consistênciaconceitualeinstrumental,paraagestãoexecutiva
SGerentede
RHcolaboradores;instituições
explícito-tácito quantidadedeparticipantes 480
explícito-tácito 240FastDating
eventoperiódicopromovidopelaempresaondeasportassãoabertasparanovosempreendedoresteremachancedemostrarseusprojetos,inovaçõese
serviçosdiferenciadosàempresa.Sãoreuniõesde10minutoscomapresentaçõesparaasmaisdiversasáreasdaempresa,coordenadasporumcomitêdeinovações.Seocomitêjulgainteressanteoquefoiapresentado,a
empresafechanegóciocomoempreendedor
SGerentedeMarketing
colaboradores;parceiros;
fornecedores;instituições;consultores
170
Quadro33–ComposiçãodoModelodeGCpropostoparaaEC
NívelMaturidade 1 2 3 4
Área|Departamento
P&D P&D P&D P&D
OBR-Obra OBR-Obra OBR-Obra
SP-SistemasPrediais SP-SistemasPrediais SP-SistemasPrediais
PPP-ProjetosparaProdução
PPP-ProjetosparaProdução
PPP-ProjetosparaProdução
GMO-GestãodaMãodeObra
GMO-GestãodaMãodeObra
GMO-GestãodaMãodeObra
QM-QualidadeeMeioAmbiente
QM-QualidadeeMeioAmbiente
QM-QualidadeeMeioAmbiente
AST-AssistênciaTécnica AST-AssistênciaTécnica AST-AssistênciaTécnica
PRJ-Projetos PRJ-Projetos
SUP-Suprimentos SUP-Suprimentos
PLAN-Planejamento PLAN-Planejamento
ORÇ-Orçamento ORÇ-Orçamento
PRO-Processos PRO-Processos
SMT-Seg.eMed. SMT-Seg.eMed.
INC-Incorporação
MKT-Marketing
VND-Vendas
PDV–Pto.deVenda
RC-RelacionamentocomCliente
RI–Rel.comInvest.
FatoresCríticos
Pessoas
Colaboradores Colaboradores Colaboradores Colaboradores
Consultores Consultores Consultores Consultores
Instituições Instituições Instituições Instituições
Fornecedores Fornecedores Fornecedores
Parceiros Parceiros Parceiros
Projetistas Projetistas
Concorrentes Concorrentes
Usuários
Investidores
CulturaAlinharàAvaliaçãodeCompetências
AlinharàAvaliaçãodeCompetências
AlinharàAvaliaçãodeCompetências
AlinharàAvaliaçãodeCompetências
LiderançaAlinharàAvaliaçãodeCompetências
AlinharàAvaliaçãodeCompetências
AlinharàAvaliaçãodeCompetências
AlinharàAvaliaçãodeCompetências
TI AtrelarFerramentasdeTIàGC
AtrelarFerramentasdeTIàGC
AtrelarFerramentasdeTIàGC
Estrutura
Avaliaroorganogramae
envolveraspessoascertas
Avaliaroorganogramaeenvolveraspessoas
certas
Avaliaroorganogramaeenvolveraspessoascertas
Processos AtrelarProcessosdeGCaosProcessosdeGQ
AtrelarProcessosdeGCaosProcessosdeGQ
Estratégia AlinharaGCàEstratégia AlinharaGCàEstratégiaControle IndicadoresdeGCemetas
Fonte:elaboradopelaautora
171
Quadro33–Continuação-ComposiçãodoModelodeGCpropostoparaaEC
1 2 3 4
PráticasSugeridas
S
CafédoConhecimento CafédoConhecimento CafédoConhecimento CafédoConhecimento
Storytelling Storytelling Storytelling
Brainstorming Brainstorming
Mentoria
Quadrilha
Gruposdosetor
Chatcomconsumidor
BacktoSchool
Blog
E
MelhoresPráticas MelhoresPráticas MelhoresPráticas MelhoresPráticas
LiçõesAprendidas LiçõesAprendidas LiçõesAprendidas
IdeiasàObra IdeiasàObra IdeiasàObra
ReuniãodeEngenharia ReuniãodeEngenharia
PortaldeGC PortaldeGC
AdoteumaIdeia
QueroCompartilhar
PortaldeIdeias
GruposdeInovação(GIs)
Plataformadecrowdsourcing
C
DesenvolvimentoIPs DesenvolvimentoIPs DesenvolvimentoIPs DesenvolvimentoIPs
RelatóriosdeInovação RelatóriosdeInovação RelatóriosdeInovação RelatóriosdeInovação
Diretrizesconstrutivas Diretrizesconstrutivas Diretrizesconstrutivas Diretrizesconstrutivas
CoPReduçãodeCiclo CoPReduçãodeCiclo CoPReduçãodeCiclo
BancodeDet.Const. BancodeDet.Const.
PesquisadeMercado
CardápioDiferenciaisdeProduto
CartilhaDiferenciaisCliente
Trabalhosacadêmicos
I
IncentivoaoMestradoProfissional
IncentivoaoMestradoProfissional
IncentivoaoMestradoProfissional
IncentivoaoMestradoProfissional
ProfissionaisdoFuturo ProfissionaisdoFuturo ProfissionaisdoFuturo
TreinamentosIPs TreinamentosIPs TreinamentosIPs
EspecializaçãoEngenhariaeInovação
EspecializaçãoEngenhariaeInovação
ProgramaIntercâmbio
DesenvolvimentoEstagiários
Multiplicadores
EducaçãoCorporativa
RedesSociais
FastDating
Fonte:elaboradopelaautora
172
Quadro34–PráticasdeGCpropostasparaECemtodososníveisdematuridade
Fonte:elaboradopelaautora
Práticade
GC
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
apráticatomará
dasp
essoasduran
teash
orasde
trab
alho
(min/m
ês)
CafédoConhecimento
encontrosemambientedescontraídoparacompartilharconhecimentosquetenhamavercomo
negóciodaempresaS
CoordenadordaQualidade
colaboradores;consultores;parceiros;
fornecedores;
tácito-tácito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
60
Storytellingcolaboradoresexperientescontandohistóriaspráticasdeobraquetransmitamoconhecimentotécnicode
formatácitaN
CoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-tácito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
10
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeideiasselecionadas
númerodeideiasimplementadas
Mentoriaconversaentrecolaboradores:umcommais
experiênciaprofissionalqueooutroS
GerentedaQualidade
colaboradorestácito-tácito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
30
Quadrilha
práticacujomaiorobjetivoétrazerparaaculturaorganizacionalofoconorelacionamentocomocliente.Oslíderesdediversasáreassereunemparatrocadeconhecimentoentrefuncionáriosadministrativos,
engenheirosdasobraseassistênciatécnica
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
tácito-tácito
satisfaçãodosclientes(notasde1
a5)
depoimentodosclientes
120
quantidadedeparticipantespor
empresa
quantidadedeempresas
participantes
Chatcomconsumidor
ferramentadecomunicaçãocomclientes,trabalhandoemsincroniacomtodososoutroscanaisformaise
proporcionandoganhosrelacionadosàqualidadedecomunicação;capturaeaprendizadodeinformaçõesderelacionamentos;proatividadedasequipesderelacionamento,vendasesuporte;transparênciae
credibilidadenacomunicaçãodaempresa;acessibilidadeatodos
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
tácito-tácito
númerodepessoasatendidas
depoimentodosusuários
300
BacktoSchoolpalestrasinspiracionaiscomexecutivosdomercado(quenãodaconstruçãocivil)daáreadeinovaçãooferecidasparaoslíderesdasáreascoredaEC
SGerentedeMarketing
colaboradorestácito-tácito
númerodepalestras
depoimentodosparticipantes
120
Blog
canalaberto,funcionandocomoouvidoria,canaldesugestõese“termômetro”docomportamentodomercadoimobiliário.Serveaindacomoindicadorde
qualidadedeinformaçõesparaoatendimento
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
tácito-tácito
númerodepostsporano
depoimentodosleitores
300
GruposdoSetorgruposdeáreasespecíficasdeempresasconstrutoras
quesereúnemparatrocarexperiênciastácito-tácito
depoimentodosparticipantes
Brainstorming
encontrosondepessoassereunemeutilizamseuspensamentoseideiasparaquepossamchegaraumdenominadorcomum,afimdegerarideiasinovadorasquelevemumdeterminadoprojetoadiante.Nenhumaideiadeveserdescartadaoujulgadacomoerradaouabsurdaetodasasideiasdevemseranotadasparano
finaldoprocessoavaliarondesechegou
CoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-tácito
120depoimentosdosparticipantes
S
120colaboradores;concorrentes
GerentedaQualidade
S
173
Quadro34–Continuação–PráticasdeGCpropostasparaECemtodososníveisdematuridade
Fonte:elaboradopelaautora
Práticade
GC
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spessoasduran
teas
horasd
etrab
alho
(min/m
ês)
quantidadedemelhorespráticas
registradas
depoimentosdosparticipantes
quantidadedemelhorespráticas
utilizadas
quantidadedemelhorespráticas
utilizadas
quantidadedeliçõesaprendidas
registradas
quantidadedeliçõesaprendidas
utilizadas
númerodeideiasregistradas
númerodepessoasqueparticiparam
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproblemasresolvidos
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproblemasresolvidos
númerodeideiasimplementadas
númerodepessoasqueparticiparam
QueroCompartihareventoondeocolaboradorapresentaumtemadeseu
conhecimentoquetenhaavercomonegóciodaempresa
NCoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-explícito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
60
PortaldeIdeias
canaldeinovaçãoabertaqueserveparacentralizarsugestõesecolaboraçõesdeconsumidores,captandoassimboasideiasdosinternautas.Aintençãoéqueascontribuiçõesdosconsumidoresajudemaempresaarespondercommaiorassertividadeevelocidadeàs
necessidadesdeseusconsumidores,antecipando-seàstendênciasdomercadoimobiliário
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários;
investidores
tácito-explícito
númerodeideiaslançadas
depoimentodosavaliadoresde
ideias60
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeideiasselecionadas
númerodeideiasimplementadas
Plataformadecrowdsourcing
plataformadecrowdsourcingqueapresentadesafioseprêmiosparaaquelesquederemasmelhores
soluções/ideiasparamelhoriaediferenciaçãotantoparaáreadeP&Dquantoparadiferenciaisdos
empreendimentos
SGerentedeMarketing
colaboradorestácito-explícito
númerodedesafioslançados
depoimentodosparticipantes
120
240
LiçõesAprendidasregistrosdoserros,afimdenãoserepetirosmesmos
emoutrasobrasN
CoordenadordaQualidade
240
depoimentosdosparticipantes
depoimentosdosparticipantes
depoimentosdosparticipantes
PortaldeGC
reuniãomensalcomapresençadetodososengenheiros,gerentesediretoresdeobraque
mostrarãoliçõesaprendidas,melhorespráticasedividirãoosproblemasafimdeencontrarumasolução
emconjuntocomasdemaisobras
tácito-explícito
S
colaboradorestácito-explícito
depoimentosdosparticipantes
CoordenadordaQualidade
colboradorestácito-explícito
240
AdoteumaIdeiaaempresarecebemuitasideiasvindasdeclientes,
sociedadeecolaboradores.Adotarumaideiasignificadesenvolvê-laeimplementá-lanacompanhia
CoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-explícito
960
ReuniãodeEngenharia
reuniãomensalcomapresençadetodososengenheiros,gerentesediretoresdeobraque
mostrarãoliçõesaprendidas,melhorespráticasedividirãoosproblemasafimdeencontrarumasolução
emconjuntocomasdemaisobras
CoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-explícito
N
SCoordenadordaQualidade
colaboradorestácito-explícito
depoimentosdosparticipantes
IdeiasàObraideiasqueproporcionemamelhoriaemprocessos
construtivos,comreconhecimentodoscolaboradoresquederamaideia
CoordenadordaQualidade
tácito-explícito
colaboradores 10N
S
720depoimentosdosparticipantes
GruposdeInovaçãoGIs
grupoorganizadosportemas/desafiosespecíficosquedesenvolvemideiasapartirdaabordagemdeDesign
Thinking(foconoserhumano)
GerentedaQualidade
colaboradores
MelhoresPráticasregistrosatravésderevistaseletrônicasdasmelhores
práticasquenãosãoprocessosdequalidadedacompanhia,masquepodemser
S
240
174
Quadro34–Continuação–PráticasdeGCpropostasparaECemtodososníveisdematuridade
Fonte:elaboradopelaautora
Práticade
GC
Oque
Jáexisteou
existiu
naEC
Que
m
Pessoa
sen
volvidas
Trocade
Co
nhecim
ento
Indicado
res
Qua
ntita
tivos
Indicado
res
Qua
litativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spe
ssoa
s
RevisãodeIPsregistroescritodosprocessosconstrutivosdaempresa,quefazempartedosistemadegestãodequalidadede
obraS
CoordenadordeQualidade
colaboradores;consultores;projetistas
explícito-explícito
númerodeIPsrevisadasporano
depoimentosdosusuáriosdasIPs
120
númeroderelatórios
númerodepessoasqueparticiparam
DiretrizesConstrutivas
registrodeconhecimentotécnicoespecíficodeserviçosparaconstruçãodeedifíciosquealimentamaáreadeprojetoseexecuçãodeobra.Algunstemaspublicados:estrutura,impermeabilização,pré-moldados,instalaçõeselétricasehidráulicas
SGerentedeQualidade
colaboradores;consultores;projetistas
explícito-explícito
númerodediretrizes
publicadasnoano
depoimentodosusuáriosdasdiretrizes
120
economiaalcançada
númerodeideiasimplementadas
númerodepessoasqueparticiparam
BancodeDetalhesConstrutivos
repositóriodediretrizesdeprojeto,compráticasedetalhesconstrutivosbemsucedidos
SGerentedeProjetos
colaboradores;consultores;fornecedores;concorrentes;
explícito-explícito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
240
PesquisadeMercado
pesquisaqueavaliaocontextodomercadoemconjuntocomosinteressesdosclientes.Elaforneceacaracterizaçãodosclientesnosaspectosquantitativosequalitativos.Serveparadimensionaromercado,identificarosegmentomaislucrativo,detectarnovastendências,avaliaraperformance deseusprodutoseserviços,identificaraquantidadeouvolumequeomercadoécapazdeabsorvereaquepreçosesses
produtospoderãoservendidos
SGerentedeMarketing
colaboradores;projetistas
explícito-explícito
númerodeempreendimentoslançadosebem
sucedidos
depoimentosdasáreasenvolvidas
30
CardápioDiferenciaisde
Produto
documentoproduzidopelaequipedeP&D,quetraduzosprincipaisconceitosdediferenciaisparaapoiaros
gestoresdenegócionaescolhadosmesmosS
GerentedeQualidade
colaboradoresexplícito-explícito
númerodediferenciaisutilizadosnosprodutos
depoimentosdosgestoresdenegócios
120
CartilhaDiferenciaisUsuário
documentoquetraduztodoconhecimentotécnicoemconhecimentoquesejatangívelparaocliente/usuário.
SeráusadapelocorretorduranteasvendasS
GerentedeMarketing
colaboradoresexplícito-explícito
númerodediferenciaisutilizadosnosprodutos
depoimentosdosparticipantes
120
TrabalhosAcadêmicos
aempresadisponibilizaseuconhecimentoadquiridoatravésdecasospremiadosnoportaldaempresa,queajudamnodesenvolvimentodostrabalhosacadêmicosdeestudantesenovosprofissionais.Alémdisso,a
empresamantémsuasportasabertasparaentrevistas,esclarecimentodedúvidaseapoioaostrabalhos
acadêmicosdosestudantesqueprocuramamesma
SGerentedeMarketing
colaboradoresexplícito-explícito
quantidadedetrabalhospublicados
depoimentodosleitores
60
120depoimentosdos
usuários
480depoimentosdosparticipantes
CoPReduçãodeCiclo
comunidadedepráticacomenfoquenareduçãodeciclodeobra.UmaComunidadedePráticadesignaumgrupodepessoasqueseunememtornodeummesmotópicoouinteresse.Essaspessoastrabalhamjuntas
paraacharmeiosdemelhoraroquefazem;ouseja,naresoluçãodeumproblemanacomunidadeounoaprendizadodiário,atravésdainteraçãoregular
GerentedaQualidade
colaboradores;concorrentes
explícito-explícito
N
RelatóriosdeInovação
relatóriosqueservirãopararegistrarosnovosconhecimentoscominformaçõesimportantesparaasáreas,taiscomo:oqueé,quantoeconomiza,quantoreduzdeciclo,quantocustaparaimplementarequais
asvantagensdestainovação
CoordenadordaQualidade
colaboradoresexplícito-explícito
S
175
Quadro34–Continuação–PráticasdeGCpropostasparaECemtodososníveisdematuridade
Fonte:elaboradopelaautora
Práticade
GC
Oque
Jáexisteou
existiunaEC
Que
m
Pessoa
senvolvida
s
Trocade
Con
hecimen
to
Indicado
resQ
uantita
tivos
Indicado
resQ
ualitativos
Qua
ntotempo
aprática
tomaráda
spessoasduran
teas
horasd
etrab
alho
(min/m
ês)
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposições
implementadas
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
retençãodepoimentodos
líderesdosparticipantes
TreinamentoIPsproduçãodevídeosquemostremasinstruçõesdeprocessodeprodução,auxiliandonaqualidadede
execuçãodosserviçosS
CoordenadordaQualidade
colaboradoresexplícito-tácito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
10
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposições
implementadas
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposições
implementadas
númerodepessoasqueparticiparam
númerodeproposições
implementadas
Multiplicadorescolaboradoresquedãoaulasdaquiloquesabemequeéinteressanteparaoutroscolaboradores.Oassuntotemrelaçãosemprecomonegóciodaempresa
SCoordenador
deRHcolaboradores
explícito-tácito
númerodepessoasqueparticiparam
depoimentosdosparticipantes
120
depoimentodoslíderesdosparticipantes
depoimentosparticipantes
RedesSociais
aempresatemumaestratégiadefinidaeconsistenteparaatuarnessesmeios,sendoreferêncianautilizaçãodasredessociaisnãosónosegmentoimobiliário,mas
nomercadocomoumtodo.Aempresautilizaasdiversasredessociaiscomoformadeseaproximardeseucliente/consumidor,analisaroperfildomesmo,
avaliartendênciasedesejo
SGerentedeMarketing
colaboradores;usuários
explícito-tácito
quantidadedeleadsgeradospelasredes
depoimentodosparticipantes
75
númerodenegóciosfechados
depoimentoempreendedores
númerodenegócios
apresentados
depoimentocomitêdeinovação
FastDating
eventoperiódicopromovidopelaempresaondeasportassãoabertasparanovosempreendedoresterem
achancedemostrarseusprojetos,inovaçõeseserviçosdiferenciadosàempresa.Sãoreuniõesde10minutoscomapresentaçõesparaasmaisdiversasáreasdaempresa,coordenadasporumcomitêdeinovações.Seocomitêjulgainteressanteoquefoi
apresentado,aempresafechanegóciocomoempreendedor
SGerentedeMarketing
colaboradores;parceiros;
fornecedores;instituições;consultores
explícito-tácito
240
quantidadedeparticipantes
480explícito-tácito
colaboradores;instituições
GerentedeRH
S
éumprojetodedesenvolvimentoempresarialdeliderançaegestão,deformaçãoestratégica,atuandoemCCM–Coaching,Counseling,Mentoring,comosobjevosprincipaisde:estimularoautoconhecimento;contribuirparaareflexãopermanente(pessoaleprofissional);acentuaraconscientizaçãosobreas
responsabilidades,conceitoseatitudesdeliderança;construireenriqueceraconsistênciaconceituale
instrumental,paraagestãoexecutiva
EducaçãoCorporativa
DesenvolvimentoEstagiários
CoordenadordeRH
colaboradores;projetistas;consultores;instituições
explícito-tácito
480
programaquecapacitaosestagiáriosdaáreadeengenhariaapartirdaculturaconstrutivadaempresa.Osestudantesdevemapresentarumtrabalhoaofinal
doprogramaquetenhaavercomonegóciodaempresa.Oprogramaépatrocinadopelaempresa
depoimentosdosparticipantes
960
ProgramaIntercâmbio
programaqueestimulaoscolaboradoresaestudaremtemasdeinteressedacompanhiaforadopaís,
trazendonovosconhecimentos.Osestudantesdevemapresentarseusestudosduranteointercâmbioeao
finaldomesmo.Enquantoestiveremfora,oafastamentonãoseráremunerado
CoordenadordeRH
colaboradores;Instituições
explícito-tácito
10080
depoimentosdosparticipantes
depoimentosdosparticipantes
EspecializaçãoEngenhariaeInovação
programavoltadopaarasliderançasdaáreadeengenharia,comaulasdegestãodeproduçãoemcanteiro.Osparticipantesdevemapresentarum
trabalhofinalcomcasopráticodaempresa.Ocursoépatrocinadopelaempresa
CoordenadordeRH
colaboradores;instituições
explícito-tácito
N
N
960
ProfissionaisdoFuturo
programadecapacitaçãodecolaboradoresdaáreadesistemasprediais:encanadores,eletricistasemconjuntocominstituiçõesdecursostécnicos
GerentedaMãodeObra
colaboradores;intsituições
explícito-tácito
720
depoimentosdosparticipantes
IncentivoaoMestradoProfissional
incentivarqueoscolaboradoresfaçamMestradoProfissionalcomumtemaquesejadeinteresseparaa
empresa,trazendonovosconhecimentosparaamesma.Osparticipantesdevemapresentarsuas
pesquisasaofinaldocurso
CoordenadordeRH
colaboradores;instituições
explícito-tácito
N
S
N
176
6.3. CONSIDERAÇÕESPARAIMPLANTAÇÃO
Para que a implantação seja bem sucedida, émuito importante oapoio da alta direção,
comojáobservadoanteriormente.Tambémseráfundamentaloapoiodaáreaderecursos
humanos, pois grande parte das diretrizes está diretamente vinculada às pessoas, suas
habilidades,competênciaseatitudes.
A GC precisa ter um patrocionador interno, de preferência um diretor executivo, cuja
liderança seja admirada por grande parte dos colaboradores. Em cada área da empresa,
onde se deseja implantar GC, será necessário um colaborador que estimule a geração,
resgistro,organização,compartilhamentoeproteçãodoconhecimento.
A área de TI também deve apoiar a GC na companhia, visto que será o apoio para as
plataformas de GC. Da mesma forma, a área de Gestão da Qualidade precisa estar
diretamentenoprocessodeimplantação, jáqueaempresapossuicertificaçãoISO9001e,
por conta disso, todo processo importante a ser implantado deve ser acompanhado pela
área. A área de Processos pode apoiar a implantação e auxiliar no desenvolvimento de
indicadoresemétricascapazesdemensurarosganhosorganizacionaisapósa implantação
daGC.
Deve-se apresentar o novo processo para todos os envolvidos, não só para diretoria e
gerência, mas sim para toda a equipe. Desta forma, todos sentirão que fazem parte do
processo. É importante que as pessoas envolvidas sintam-se parte do processo e vejam
vantagem para elas. Alguns encontros para estimular a participação dos colaboradores
serãoimportantes.
Por fim, o reconhecimento das pessoas poderá ser feito de várias formas. A avaliação
realizadaanualmenteequeestáatreladaàparticipaçãonoslucrosdacompanhiadeveestar
alinhada com a GC. Além disso, algumas ações patrocinadas pela alta direção que
promovam a geração e o compartilhamento de conhecimento entre os colaboradores
tambémserãoimportantes.
177
7. CONSIDERAÇÕESFINAIS
Estecapítuloapresentaumaanálisegeraldoestudorealizadonestadissertaçãoetambém
apontapossíveiscontribuiçõesparatrabalhosfuturos.
7.1. ANÁLISEDAPESQUISA
ApesquisarealizadapermitiuavaliaraGCnasorganizaçõeseespecificamentenosetorda
construçãocivildeedifícios.
Primeiro foi contextualizado o tema da pesquisa com os principais conceitos de GC. Em
seguida realizou-seumaanálisedosmodelosdeGCencontradoscommais frequêncianas
referênciase istopermitiuextrairosprincipaiselementosecaracterísticasqueconstituem
ummodelodeGC.
Os indicadores e as ferramentas para mensuração de ativos intangíveis foram também
avaliadoscomopropósitodetangibilzarosganhosdaGCparaosetor,permitindoassimque
suasvantagenssejamdefatomensuradase;comisso,dandoforçaparauma implantação
desucessodaGCemempresasconstrutoras.
Depois foi feita uma análise da GC no setor da construção civil de edifícios a partir de
pesquisa bibliográfica. Este trecho da pesquisa foi importante namedida em que aponta
oportunidadesedesafiosaseremenfretadosparaumaimplantaçãodesucessodaGC.
EmseguidaforamapresentadasaspráticasdeGCemtrêsempresasdedesenvolvimentode
produtoscomplexos:EA,EBeEC.AanáliseapartirdosmodelosdeGCestudadospermitiuo
entendimento de como se estrutura na prática os processos de GC nestas empresas. Foi
possívelentenderquecadaempresapossuiumafórmuladesucessoparavalorizarseuativo
intangível conhecimento e não há certo nem errado. O importante é garantir bons
resultadosquecontribuamparaaperenidadedosnegócios.
Por fim, foram identificadas diretrizes para implantação de GC em organizações e
especificamente no setor da construção de edifícios a partir das referências pesquisadas.
TambémforampropostasdiretrizesespecíficasparaaECapartirdeummodelodeGCpara
178
esta empresa. A partir daí, apontaram-se algumas práticas de GC possíveis de serem
implantadasdeacordocomascaracterísticasdaEC.
Éimportantedestacarqueparaumaimplantaçãoobemsucedida,aGCdeveseravaliadade
maneira holística dentro da organização; isto é, fatores relacionados a pessoas, cultura
organizacional, TI, lideranças, processos, controles, estratégia organizacional e estrutura
organizacionaldevemembasaraGCdeformaclara.LembrandosemprequeGCtrata-sede
pessoasprioritariamente.
7.2. CONTRIBUIÇÕESETRABALHOSFUTUROS
OtrabalhocontribuiuparaoavançodoestadodaartedaGCnaconstruçãodeedifícios,na
medidaemquepropôsummodelodeGCediretrizesparaimplantaçãodamesmanaEC.
Espera-se que esta proposição seja capaz de orientar a EC na sua geração de ideias,
compartilhamento,uso,registro,melhoriaesegurançadasmesmas.
Com isso,espera-seestimularumprocessode inovaçãoestruturadocapazdeaumentara
competitividadedaempresaeaperenidadedosnegócios.
A GC também auxiliará na organização, registro e disseminação de todo conhecimento
necessárioparaaperpetuaçãodosnegóciosdemaneiramaissistemática.
Quandoaatividadeprodutivadiminui,umdosdesafiosaseremenfrentadospelasempresas
éamanutençãodocapitalintelectualparagarantiraperenidadedosnegócios,mesmocom
a diminuição do número de funcionários. Em um próximo ciclo de desenvolvimento os
desafiospermanecem,porqueaempresadeverágarantir adisseminaçãoea inculturação
destecapitalanovosempregados.
O conhecimento coletivo tornou-se o ativo mais valioso das organizações (DAVENPORT;
PRUSAK, 1998). Perder este conhecimento é perder vantagem competitiva; portanto, é
importante que as empresas sejam capazes de reter o que é importante para sua
perenidade mesmo depois que as pessoas que tinham o domínio desse conhecimento
saiam.
179
Espera-secomestapesquisaqueasdiretrizespropostassejamutilizadaspelaEC,auxiliando
defatonaotimizaçãodosprocessosdeGCdaempresa.Emumestudofuturo,sugere-sea
avaliação do modelo de GC proposto, observando seus ganhos, benefícios e até pontos
fracos.Estaanálisecríticaobjetivamelhoraromodeloparaqueestepossaserutilizadopor
outrasempresasconstrutoras.
Sugere-setambémumadiscussãosobreaformaçãodeprofissionaisnasuniversidades,que
deve valorizar a interdisciplinaridade, incentivando trabalhosemgrupoentreprofissionais
dediferentesáreaseatitudescomocompartilhamentoearmazenamentodeconhecimentos
importantes.
180
REFERÊNCIAS
ABNT.NBRISO9001Sistemadegestãodaqualidade-Requisitos.AssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas(ABNT).RiodeJaneiro.2015.
ALAVI,M.;LEIDNER,D.E.KnowledgeManagementandKnowledgeManagementSystems:ConceptualFoundationsandResearchIssues.MISQuarterly,v.25,n.1,p.107-136,Março2001.
AL-GHASSANI,A.M.etal.Aninnovativeapproachtoidentifyingknowledgemanagementproblems.Engineering,ConstructionandArchitecturalManagement,11,n.5,2004.349-357.Acessoem:18Setembro2016.
ANUMBA,C.J.;EGBU,C.;CARRILLO,P.KMinConstruction.Oxforf:BlackwellPublishingLtd.,2005.
APO.KnowledgeManagementToolsandTechniquesManual.AsianProducityOrganization.ReinoUnido,p.98.2010.
ARIVANANTHAN,M.KNOWLEDGEEXCHANGETOOLBOX:Groupmethodsforsharing,discoveryandco-creation.NovaIorque:Unicef,2015.210p.
BARROS,M.M.S.Metodologiaparaimplantaçãodetecnologiasconstrutivas
racionalizadasnaproduçãodeedifícios.Tese(doutorado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.1996.
BARROS,M.M.;CARDOSO,F.F.Inovação:espiraloucarrosseldoconhecimento.Conjunturadaconstrução,Junho2011.10-11.
BOLLIGER,E.etal.KnowledgeManagementToolkit:SharingKnowledgeandLearning.2aEdição.ed.[S.l.]:SDC,2012.35p.
BROWN,S.A.Communicationinthedesignprocess.Londres:SponPress,2001.
BUNZ,A.P.;KIRCH-VERFUSS,G.Mappingthevalueofknowledgemanagement..KnowledgeManagementMagazine,4,n.4,2001.20-25.
CARRILLO,P.Lessonslearnedpracticesintheengineering,procurementandconstructionsector.Engineering,ConstructionandArchitecturalManagement,3,n.12,2005.236-250.
CARRILLO,P.etal.KnowledgeManagementinUKconstruction:strategies,resourcesandbarriers.ProjectManagementJournal,v.1,n.35,p.46-56,2004.
CARRILLO,P.M.etal.IMPaKT:aframeworkforlinkingknowledgemanagementtobusinessperfomance.ElectronicJournalofKnowledgeManagement,n.1,p.1-12,2003.
CARRILLO,P.M.etal.IMPaKT:aframeworkforlinkingknowledgemanagementtobusinessperfomance.ElectronicJournalofKnowledgeManagement(EJKM),v.1,n.1,p.1-12,2003.
CASSIOLATO,J.E.;BERNARDES,R.;LASTRES,H.Transferoftechnologyforsuccessfulintegrationintotheglobaleconomy:acasestudyofEMBRAERinBrazil.UnitedNations
181
ConferenceonTradeandDevelopment.NovaIorqueeGênova:UNCTAD/ITE/IPC/Misc.20.2002.p.1-58.
CEN-COMITÉEUROPÉENDENORMALISATION.EuropeanGuidetoGoodPracticeinKnowledgeManagement.CEN.Bruxelas.2004.
CEOTTO,L.H.CoordenaçãodeProjetos:umassuntoquenecessitamaiorprioridadededesenvolvimento.Téchne,Junho2008.Disponivelem:<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/135/coordenacao-de-projetos-um-assunto-que-necessita-maior-prioridade-286517-1.aspx>.Acessoem:09Outubro2016.
CHOO,C.TheKnowledgeOrganization:Howorganizationsuseinformationforconstructmeaning,createknowledgeandmakedecisions.NovaIorque:OxfordPress,1998.
CHOO,C.W.TheKnowingOrganizationasLearningOrganization.Choo,2016.Disponivelem:<http://choo.fis.utoronto.ca/fis/respub/et/>.Acessoem:01Abril2016.
CINTRA,M.A.H.;DUARTE,A.C.L.GestãodoConhecimentovoltadaàConstruçãoCivil:caracterizaçãodaspesquisarealizadas.XIIEncontroNacionaldeTecnologiadoAmbiente
Construído(ANTAC),Fortaleza,7a10Outubro2008.1-10.
CINTRA,M.A.H.;RIBEIRO,F.L.KnowledgeManagementandQualityManagement
Systems.CIBW102-InternationalConferenceInformationandKnowledgeManagement-HelpingthePractitionerinPlanningandBuilding3.Stuttgart:[s.n.].2007.
CREMA,L.F.Gestãodoconhecimento"emuso"nasempresasdeconstruçãocivil.Dissertação(mestrado).ProgramadePós-GraduaçãoemConstruçãoCivildaUFPR.Curitiba.2003.
CRITCHLEY,P.W.AreYouWastingYourTimewithMarketFeedbackAnalysis?NewEnglandLeanConsulting.[S.l.].2016.
DAVENPORT,T.H.Ecologiadainformação:porquesóatecnologianãobastaparaosucessonaeradainformação.SãoPaulo:Futura,1998.
DAVENPORT,T.;PRUSAK,L.WorkingKnowledge:howorganizationsmanagewhattheyknow.Boston:HBSPress,1998.
DRUCKER,P.F.Knowledge-workerproductivity:Thebiggestchallenge.CaliforniaManagementReview,41,n.2,1999.79-94.
DUMITRIU,P.KnowledgeManagementintheUnitedNationSystem.Geneva:UnitedNations,2016.74p.
EDVINSSON,L.DevelopingIntellectualCapitalatSkandia.LongRangePlanning,3,n.30,1997.366-373.
EFQM.EightEssencialsofExcellence:Thefundamentalconceptsandtheirbenefits.EuropeanFoundationforQualityManagement.Brussels.1999.
182
EFQM.AnOverviewoftheEFQMExcellenceModel.EFQM,2012.Disponivelem:<http://www.efqm.org/sites/default/files/overview_efqm_2013_v1.pdf>.Acessoem:27Fevereiro2016.
EGBU,C.O.ManagingKnowledgeandIntellectualCapitalforImprovedOrganisationalInnovationintheConstructionIndustry:AnExaminationofCriticalSuccessFactors.Engineering,ConstructionandArchitecturalManagement(ECAM)Journal,v.11,n.5,p.301-315,2004.
EHMS,K.;LANGEN,M.HolisticdevelopmentofknowledgemanagementwithKMMM.SiemensAG.[S.l.],p.1-8.2002.
EMBRAER.GestãodoConhecimentoEmbraer.CTI,2014.Disponivelem:<http://www.cti.gov.br/images/stories/cti/gaia/manhas/gestao_do_conhecimento_embraer.pdf>.Acessoem:01Dezembro2016.
EMBRAER.EmbraeremNúmeros.Embraer,2016.Disponivelem:<http://www.embraer.com/pt-BR/ConhecaEmbraer/EmbraerNumeros/Paginas/Home.aspx>.Acessoem:15Setembro2016.
EMMIT,S.ArchitecturalTechnology.Oxford:BlackwellScience,2002.
EUROPEANKMFORUM.KMAssessmentModelandTool.EKMF.[S.l.].2002.
FABRÍCIO,M.M.ProjetoSimultâneonaconstruçãodeedifícios.SãoPaulo:TesededoutoradoapresentadaàEscolaPolitécnicadaUSP,2002.
FANTINATTI,P.A.P.AçõesdeGestãodoConhecimentonaConstruçãoCivil:Evidênciasa
partirdaAssistênciaTécnicadeumaConstrutora.Dissertação(mestrado).FaculdadedeEngenhariaCivil,ArquiteturaeUrbanismodaUNICAMP.Campinas.2008.
FIESP.11oCongressodaConstrução-ConstruBusiness.FederaçãodasIndústriasdoEstadodeSãoPaulo.SãoPaulo,p.110.2015.
FIESP.12oCongressodaConstrução-ConstruBusiness.FedereçãodasIndústriasdoEstadodeSãoPaulo.SãoPaulo,p.144.2016.
FIRJAN.ConstruçãoCIvil:Desafios2020.FederaçãodasIndústriasdoEstadodoRiodeJaneiro.RiodeJaneiro.2014.
FNQ.Inovaçãorespondepor80%dofaturamentodaSiemens.FNQ,2007.Disponivelem:<http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/entrevistas/inovacao-responde-por-80-do-faturamento-da-siemens>.Acessoem:01Dezembro2016.
FNQ.AGestãodoConhecimentonaEmbraer.FNQ,2014.Disponivelem:<http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/cases-de-sucesso/a-gestao-do-conhecimento-na-embraer>.Acessoem:01Dezembro2016.
FNQ.CritériosdeExcelência.FNQ,2016.Disponivelem:<http://www.fnq.org.br/avalie-se/pnq/ciclo-de-premiacao/criterios-de-excelencia>.Acessoem:24Julho2016.
183
GASIK,S.AnAnalysisofKnowledgeManagementinPMBOKGuide.PMWorldJournal,v.IV,n.I,p.1-13,Janeiro2015.
GOSCH,S.S.Gestãodainovaçãoemempresaconstrutora:propostaparaestruturaçãode
umprocesso.Dissertação(mestrado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.2016.
GRANT,R.M.TowardaKnowledge-BasedTheoryoftheFirm.StrategicManagement
Journal,v.17,n.SpecialIssue:KnowledgeandtheFirm,p.109-122,1996.
GRILO,L.M.Gestãodoprocessodeprojetonosegmentodeconstruçãodeedifíciospor
encomenda.Dissertação(mestrado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.2002.
HASLINDA,A.;SARINAH,A.AReviewofKnowledgeManagementModels.TheJournalofInternationalSocialResearch,n.2,p.187-198,2009.
HEISIG,P.Harmonisingofknowledgemanagement-comparing160KMframeworksaroundtheglobe.JournalofKnowledgeManagement,Cambridge,v.13,n.4,p.4-31,Julho2009.
ICHIJO,K.;NONAKA,I.KnowledgeCreationandManagement:NewChallengesforManagers.[S.l.]:OxfordUniversityPress,2007.
JANUS,S.S.Becomingaknowledge-sharingorganization:AHandbookforScalingUp
SolutionsthroughKnowledgeCapturingandSharing.WorldBankGroup.washingtonDC,p.203.2016.
JEON,J.Successfactorsforalesson-learnedsysteminaconstructionorganization.CostEngineering,5,n.51,2009.13-20.
JR,J.E.C.MétodoparaLevantamentodeIndicadoresemSistemasdeGestãodo
Conhecimento.SãoJosédosCampos:DissertaçãodeMestradoapresentadaaoINPE-InstitutoNacionaldePesquissEspaciais,2014.
KAMARA,J.M.etal.Knpwledgemanagementinthearchitecture,engineeringandconstructionindustry.ConstructionInnovation,2002.53-67.
KAPLAN,R.S.;NORTON,D.P.UsingtheBalancedScorecardasaStrategicManagementSystem.In:KAPLAN,R.S.;NORTON,D.P.FocusingYourOrganizationonStrategywiththeBalancedSocorecard.2a.ed.[S.l.]:HarvardBusinessReview,1996.p.35-48.
KOENIG,M.E.D.WhatisKM?KnowledgeManagementExplained.KMWorld,2012.Disponivelem:<http://www.kmworld.com/Articles/Editorial/What-Is-./What-is-KM-Knowledge-Management-Explained-82405.aspx>.Acessoem:15Abril2015.
KOGUT,B.;ZANDER,U.Knowledgeofthefirm:Combinativecapabilitiesandthereplicationoftechnology.OrganizationScience,1992.383-397.
KOGUT,B.;ZANDER,U.Whatfirmsdo?Coordination,IdentyandLearning.OrganizationScience,n.7,1996.502-523.
KURIAKOSE,K.K.etal.KnowledgeManagementMaturityModels–AMorphologicalAnalysis.JournalofKnowledgeManagementPractice,Kalpakkam,v.11,n.3,Setembro2010.Disponivelem:<http://www.tlainc.com/articl232.htm>.Acessoem:04Agosto2016.
184
MADEIRA,L.M.M.GestãodoConhecimentoeInovaçãoemProjetosespecíficosdePD&I
comfocoemEcoinovação:UmEstudoComparativodeCasos.SãoCarlos:DissertaçãodeMestradoEscoladeEngenhariadeSãoCarlosdaUSP,2015.
MAIER,R.KnowledgeManagementSystems:InformationandCommunicationTechnologiesforKnowledgeManagement.3a.Edição.ed.Berlim:[s.n.],2007.
MALAVSKI,O.S.;LIMA,E.P.D.;COSTA,S.E.G.D.Modeloparaamensuraçãodocapitalintelectual:umaabordagemfundamentadaemrecursos.Produção,Curitiba,2010.1-10.
MCADAM,R.;MCCREEDY,S.Acriticalreviewofknowledgemanagementmodels.TheLearningOrganization,n.3,1999.91-101.
MEDEIROS,M.C.I.GestãodoConhecimentoaplicadaaoprocessodeProjetona
ConstruçãoCivil:estudosdecasoemconstrutoras.Dissertação(mestrado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.2012.
MEDEIROS,M.C.I.;MELHADO,S.B.Gestãodoconhecimentoaplicadaaoprocessode
projetonaconstruçãocivil:estudosdecasoemconstrutoras.EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo,p.26.2013.
MERTINS,K.;HEISIG,P.;VORBECK,J.KnowledgeManagement:conceptsandbestpractices.Berlim:Spring-Verlag,2003.
MIOZZO,M.;DEWICK,P.Buildingcompetitiveadvantage:innovationandcorporategovernanceineuropeanconstruction.ResearchPolicy,n.31,2002.989-1008.
NATALE,C.H.C.AEvoluçãodasPráticasdeGestãodoConhecimentonasOrganizações:um
estudodecasoemumaempresadeconstruçãocivilpesada.Dissertação(mestrado).UniversidadeFumec.BeloHorizonte.2014.
NATALE,C.H.C.;NEVES,J.T.D.R.MetodologiaparaIdentificaçãodeModelosdeMaturidadeemGestãodoConhecimentoparaaAplicaçãoEmpírica.XXXVIIIEncontrodoANPAD,RiodeJaneiro,13a17Setembro2014.
NONAKA,I.;TAKEUCHI,H.GestãodoConhecimento.SãoPaulo:Bookman,2008.
O'DELL,C.;GRAYSON,C.J.J.Ah.SeSoubéssemosAntesoqueSabemosagora.Asmelhores
práticasgerenciaisaoalcandedetodos.SãoPaulo:Futura,2000.
OTTER,A.;EMMIT,S.DesignteamCommunicationandDesignTaskComplexity:ThePreferenceforDialogues.ArchitecturalEngineeringandDesignManagement,4,n.2,2008.121-129.
OWEN,R.etal.ChallengesforIntegratedDesignandDeliverySolutions.ArchitecturalEngineeringandDesignManagement,6,n.4,01Novembro2010.232-240.
PAWLOWSKI,J.;BICK,M.TheGlobalKnowledgeManagementFramework:TowardsaTheoryforKnowledgeManagementinGloballyDistributedSettings.TheElectronicJournalofKnowledgeManagement,v.10,n.1,p.92-108,2012.
185
PMI.OqueéGerenciamentodeProjetos?PMI:ProjectManagementInstitute,2016.Disponivelem:<https://brasil.pmi.org>.Acessoem:08Dezembro2016.
PORTER,M.E.WhatisStrategy?WorldBusinessForum.[S.l.]:[s.n.].Novembro/Dezembro2006.
PORTER,M.E.Aestratégiaearesponsabilidadesocial.FórumMundialdeEstratégia-HSM,SãoPaulo,Agosto2008.
RAMALINGAM,B.ToolsforKnowledgeandLearning:AGuideforDevelopmentandHumanitarianOrganisations.[S.l.]:OverseasDevelopmentInstitute,2006.94p.
REZGUI,Y.;HOFPE,C.J.;VORAKULPIPAT,C.Generationsofknowledgemanagementinthearchitecture,engineeringandconstructionindustry:anevolutionaryperspective.AdvancedEngineeringInformatics,n.24,2010.219-228.
ROBINSON,H.S.etal.Perceptionandbarriersinimplementingknowledgemanagement
strategiesinlargeconstructionorganizations.RICSCOBRAConference.Glasgow:[s.n.].2001.p.451-460.
ROOS,J.etal.IntellectualCapital:NavigatingintheNewBusinessLandscape.NovaIorque:NewYorkUniversityPress,1998.
ROOS,J.;ROOS,G.Valuingintellectualcapital..FTMasteringManagement,1997.6-10.
SABBATINI,F.H.Desenvolvimentodemétodos,processosesistemasconstrutivos:
formulaçãoeaplicaçãodeumametodologia.Tese(doutorado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.1989.
SANTIAGOJR,J.R.S.ODesenvolvimentodeumaMetodologiaparaGestãodo
ConhecimentoemumaEmpresadeConstruçãoCivil.Dissertação(mestrado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.2002.
SANTOS,I.C.D.UmModeloEstruturadodeGestãodoConhecimentoemIndústriasde
BaseTecnológica:estudodecasodeumaempresadosetoraeronáutico.Tese(doutorado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.2004.
SBGC.Gestãodeempresasnaeracdoconhecimento.2aEdição.ed.SãoPaulo:Serienews,2007.
SBGC.Gestãodeempresasnaeracdoconhecimento.2a.ed.SãoPaulo:Serienews,2007.
SIEMENS.AnIntegratedKnowledgeManagementModelforGlobalApplication
ManagementBusiness.Siemens.Munique,p.1-24.2010.
SILVA,O.Adecolagemdeumsonho.3a.ed.SãoPaulo:Lemos,2002.
SINDUSCON-SP.65aSondagemnacionaldaindústriadaconstruçãocivil,2015.Disponivelem:<http://www.sindusconsp.com.br/wp-content/uploads/2015/12/65aSONDAGEMNACIONAL.pdf>.Acessoem:01Fevereiro2016.
186
SINDUSCON-SP.Níveldeempregonaconstruçãobrasileiracai0,51%em2014.Sindusconsp,2015.Disponivelem:<http://www.sindusconsp.com.br/msg2.asp?id=8105>.Acessoem:01Fevereiro2015.
SKYRMEASSOCIATES.KnowledgeManagementBenefitsTree.Skyrme,2016.Disponivelem:<http://www.skyrme.com/tools/bentree.htm>.Acessoem:27Fevereiro2016.
SOUZA,F.R.D.AGestãodeProcessodeProjetoemEmpresasIncorporadorase
Construtoras.Tese(doutorado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.2016.
SVEIBY,K.TransferofKnowledgeandtheinformationprocessingprofessions.EuropeanManagementJournal,v.14,n.4,p.379-388,1996.
SVEIBY,K.TheIntangibleAssetsMonitor.JournalofHumanResourseCosting&Accounting,v.2,n.1,p.73-97,1997.
SVEIBY,K.;LINARD,K.;DVORSKY,L.Buildingaknowledge-basedstrategy:asystemdynamicsmodelforallocatingvalueaddingcapacity.Sveiby.Disponivelem:<http://www.sveiby.com/articles/sdmodelkstrategy.pdf>.Acessoem:10Março2015.
SZULANSKI,G.ExploringInternalStickiness:ImpedimentstotheTransferofBestPracticeWithintheFirm.StrategicManagementJournal,v.17,n.SpecialIssue:KnowledgeandtheFirm,p.27-43,1996.
TAKIMOTO,T.Afinal,oqueéumacomunidadedeprática?SBGC,23Abril2012.Disponivelem:<http://www.sbgc.org.br/blog/afinal-o-que-e-uma-comunidade-de-pratica>.Acessoem:15Abril2015.
TARAPANOFF,K.Inteligência,informaçãoeconhecimentoemcorporações.Brasília:IBICT,UNESCO,2006.
TERRA,J.C.C.Gestãodoconhecimento:aspectosconceituaiseestudoexploratóriosobre
aspráticasdeempresasbrasileiras.Tese(doutorado).EscolaPolitécnicadaUSP.SãoPaulo.1999.
TERRA,J.C.C.Gestãodoconhecimento:ograndedesafioempresarial.SãoPaulo:Negócio,2000.
TERRA,J.C.C.CapitalIntelectual:reconhecendoovaloragregadopelosrecursoshumanosdasorganizações.RevistaOEmpresário,8,n.36,Janeiro/Fevereiro2004.
TERRA,J.C.C.StorytellingcomoFerramentadeGestão.TerraForumConsultores.[S.l.],p.1-6.2009.
TKN.TheKNOWNetwork.KnowledgeBusiness,2015.Disponivelem:<http://www.knowledgebusiness.com>.Acessoem:10nov.2016.
TKNBRASIL.MAKEAwardBrasil2011:OrganizaçãoFinalistaEmpresaBrasileiraMais
AdmiradaemConhecimentoeInovação.TheKnowledgeNetwork.SãoPaulo.2011.
TUPENAITE,L.;KANAPECKIENE,L.;NAIMAVICIENE,J.KnowledgeManagementModelfor
ConstructionProjects.The8thInternationalConference"ReliabilityandStatisticsin
187
TransportationandCommunication.Vilnius:VilniusGediminasTechnicalUniversity.2008.p.313-320.
UNDP.KnowledgeManagementToolkitfortheCrisisPreventionandRecoveryPractice
Area.UnitedNationsDevelopmentProgramme.NovaIorque,p.106.2007.
UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS.�Share,learn,innovate:Methodsandtechnologiestosharehumanrightsknowledgeandideas.NovaIorqueeGênova:UnitedNations,2011.102p.
VIRKUS,S.TheoreticalModelsosInformationandKnowledgeManagement.[S.l.]:TallinUniversity,2014.
YAMADA,M.VencedoresdoMAKEAwardBrasil2011,27Outubro2011.Disponivelem:<https://mygc.wordpress.com/2011/10/27/vencedores-do-make-award-brasil-2011/>.Acessoem:20Abril2016.
YAMAUCHI,V.AGestãodoConhecimentoeaInovaçãoOrganizacionalnaConstruçãoCivil.Dissertação(mestrado).UniversidadeFederaldoParaná.Curitiba.2003.
YIN,R.K.EstudodeCaso:planejamentoemétodos.5a.ed.PortoAlegre:Bookman,2015.
ZEGARRA,S.L.V.;FRIGIERIJR,W.;CARDOSO,F.F.Atecnologiadainformaçãoeaindústria
daconstruçãodeedifícios.SimpósioBrasileirodeGestãodaQualidadeeOrganizaçãodotrabalho:aCompetitividadedaConstruçãoCivilnoNovoMilênio.Recife:ANTAC.1999.p.71-80.
ZHANG,M.J.AnempiricalassessmentoftheperfomanceimpactofISsupportforknowledgetransfer.InternationalJournalofknowledgeManagement(IJKM),v.3,n.1,p.66-85,2007.
ZHANG,X.;MAO,X.;ABOURIZK,S.M.Developingaknowledgemanagementsystemforimprovedvalueengineeringpracticesintheconstructionindustry.Automationin
Construction,18,n.6,2009.777-789.
188
APÊNDICEA–PRÁTICASEFERRAMENTASDEGCCONSULTADAS
Quadro1–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
1 AbordagemSECI
Baseia-senogerenciamentosistemáticodaconversãodoconhecimentotácitoaoconhecimentoexplícito,atravésdequatroprocessosfáceisdeaplicar,baseadosemprincípiossimplesdedinâmicadegrupo.
(RAMALINGAM,2006)
2Agrupamentodecartões(CardCollectionandClustering)
Éumprocessofacilitadoqueenvolveousodecartõesparareunireorganizarrapidamenteideiasdeumgrupodepessoas.Éespecialmenteútilemsituaçõesemqueseesperaobterumaamplagamaderespostasouinsumosouparaabordarproblemaspotencialmentesensíveisdeformaseguraeequitativa.
(ARIVANANTHAN,2015)
3 AnálisedeCampodeForça
Permiteàsequipesdescobrirquaissãoseusobjetivoseidentificarsistematicamenteasforçascontraeles.Estaéumaferramentadegerenciamentodemudançasepodeserumaferramentacapacitadoraedinâmicaparaequipes.
(RAMALINGAM,2006)
4 Análiseemapeamentodestakeholders
Técnicaparaidentificaragentesrelevantesparaumprojetoouprogramaesefamiliarizarcomsuaspercepções,interesseseinfluência.Muitasvezes,aspartesinteressadas(stakeholders)dãooequilíbrioaosucessoouaofracasso.Umacompreensãoprofundadosagenteseseusinteresses,objetivoserelacionamentosé;portanto,crucialparaumplanejamentoeimplementaçãoefetivos.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
5 Aquário(Fishbowl):
Ferramentaparafacilitarodiálogoentrepessoasexperientes,expondooutraspessoasaseuconhecimentoenquantoexpandeoentendimentocoletivodotema.Pessoasconhecedoras(ospeixes)sentam-seemcírculoparadiscutirumasériedeperguntasdirecionais,cercadasporumgrupomaiordeobservadoresemumcírculoexterno(oaquário).Ocírculointernoéopalcoparafalarecontribuir.Aquelesnocírculoexternodevemouvirativamenteesemudarparaopapeldospeixesquandodesejaremparticipardaconversa.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(ARIVANANTHAN,2015)
Fonte:elaboradopelaautora
189
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
6Auto-avaliaçãodeGC(KMSelfAssessment)
OmétodoservecomobaseparaplanejarotrabalhodeGC,avaliá-lo,revisarprioridadeseidentificarpontosfortesefracos.Seforrealizadoemconjuntocomoutrasáreas,indicaondesepodeaprendercomosoutros.Podeserconsideradocomoumexercíciodebenchmarkinginternoestratégico,permitindodetectarlacunasdedesempenhoemalgumasáreaseatédescobrirboaspráticas.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
7Avaliaçãodetemporeal
Formasrápidasefáceisdeavaliaraeficáciadeumareunião,eventoouworkshopenquantoestãoacontecendoe,assim,permitindoalterarocursodareunião,senecessárioparaatenderàsnecessidadesdosparticipantese/oucumprirobjetivosdareunião.
(ARIVANANTHAN,2015)
8Avaliaçãohorizontal
Métododeavaliaçãoflexívelquecombinaauto-avaliaçãoerevisãoexternaporpares.Emgeral,ofocodaavaliaçãoésobreametodologia,nãosobreoprojetoouorganizaçãoqueadesenvolveu.Umaavaliaçãohorizontalpossibilitaqueequipesquetrabalhamemconteúdossimilares,masemdiferentescontextos,aprendamunscomosoutrosemelhoremsuapráticadeformaeficazeagradável.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
9BalancedScorecard(BSC)
Éumsistemaestratégicodeplanejamentoegerenciamentoqueajudaumaorganizaçãoaalinhartodasassuasatividadesasuavisãoeobjetivosestratégicos,melhorandosuacomunicaçãointernaeexternaemonitorandoseudesempenhoorganizacionalemrelaçãoaobjetivosestratégicos(tantodeativostangíveisquantointangíveis).
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
10BoapráticaouMelhorPrática
Identificarecompartilharboaspráticaséaprendercomosoutrosereutilizaroconhecimento.Omaiorbenefícioconsisteemprocessosbemdesenvolvidosbaseadosnaexperiênciaacumulada.Amaioriadosprogramasdeboaspráticascombinadoiselementos-chave:conhecimentoexplícito,comoumbancodedadosdeboaspráticasemétodosparacompartilharconhecimentotácito,comocomunidadesdeprática.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(DUMITRIU,2016);(UNDP,2007)
Fonte:elaboradopelaautora
190
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
11Brainstorming
Encontrosqueestimulamageraçãodeideias.Tudopode,menosdizernão.Éespecialmenteusadonoiníciodeumareuniãoouoficinaparaobterumavisãogeraldaexperiênciadisponível.Assessõessãousadas,porexemplo,parasolucionarproblemas,fazerinovaçõesdeprodutos,melhorarospadrõesdecomunicação,otimizarosserviçosaocliente.Oprocessoédivididoemduasfases:divergênciaeconvergência.Duranteafasedivergente,todosconcordamemadiarseujulgamento;ouseja,todasasideiasserãotratadascomoválidas.Duranteafaseconvergente,osparticipantesusamseujulgamento,masfazemissodeformapositiva;ouseja,elesprocuramoqueelesgostamsobreasideiasantesdecomeçar.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(DUMITRIU,2016);(APO,2010);(ARIVANANTHAN,2015)
12BriefingeDebriefing
Osbriefingssãousadosparaatualizarconsultoreseoutrasequipescomasmaisrecentesinformaçõescontextuaiseosdebriefings,parainformarostomadoresdedecisãosobresituaçõesespecíficas,resultadosdeavaliaçõesouestudoserecomendações.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNDP,2007);(ARIVANANTHAN,2015)
13Cafédoconhecimento
Pequenosgrupossentadosemtornodemesasdecafédiscutemumtemarelevanteemduasoutrêsrodadas.Oformatodestapráticaéflexíveleseadaptaparafomentarodiálogocolaborativo.Apráticasuspendetodoojulgamentoenormalmentedesenvolveideiasmaisprofundas.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(APO,2010);(ARIVANANTHAN,2015)
14Capitalizaçãodeexperiência
Osprincipaisinteressadostransformamaexperiênciaeoconhecimentoindividualeinstitucionalemcapitaisquepodemserusadosnofuturo.Apráticaéorientadaparaofuturoevisaumamudançanapráticainstitucionalcoletiva.Ofocopodesernaorientaçãoestratégica,conceitosbásicosouatividadesoperacionais.Écompostaporprocessosdeaprendizagemquepreparammudanças.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
15Chatshow
TambémchamadadeTalkShow,éumaatividadedereuniãoouworkshopsemelhanteaumprogramadeentrevistasdetelevisão,comumentrevistadorqueentrevistouumoumaisconvidados.Éamplamenteutilizadocomoumaalternativadinâmicaecriativaparadiscussõesempainéiseéútilparacompartilharconhecimentodeconvidadosespecialistasoupessoasinfluentes.AchaveparaoapelodoChatShowéaabordageminformaldoprocessodeperguntaserespostas,oquecolocaosparticipantesàvontadeenquantoseenvolvecomopúblico.
(ARIVANANTHAN,2015)
Fonte:elaboradopelaautora
191
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
16ComunidadedePrática(CoP)
Gruposdepessoasquecompartilhamumaáreaespecíficadetrabalho,interesseoupaixão,emumdomíniodeconhecimento.Apráticaauxilianocompartilhamentodeconhecimentocombaseemtemasespecíficos,paraquebrarbarreirasorganizacionaiseestimularotrabalhoemequipeinterdisciplinar.SeisaspectosessenciaisdeumaCoPdesucesso:comunidadeforte(membrosativoscomumintensointeresse);domínioclaroebemdefinido(orientaçãotemáticaespecífica,relevanteesignificativaparatodososmembros);interesseindividual(aCoPbaseia-seevincula-seàpráticaindividualdeseusmembros);motivaçãopessoal(osmembrosdãoprioridadeàCoP);mandatório(asorganizaçõesestãointeressadasemresultadosconcretoseatribuemtempoerecursosaosmembros);estruturainformal(alémdasestruturasorganizacionais).
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011;(RAMALINGAM,2006);(DUMITRIU,2016);(UNDP,2007);(APO,2010);(ARIVANANTHAN,2015)
17ConflitosxComportamentosdeGanho
Permiteaosgruposrefletirsobresuaprópriaabordagemdeerrosecomoelespodemabordarissoatravésdousodeumasériedecomportamentosgenéricosdeculpaouganho.
(RAMALINGAM,2006)
18Conjuntosdeaprendizagemdeação
Métodoestruturadoquepermitequegrupospequenosabordemproblemascomplicadosaoseencontraremregularmenteetrabalhandocoletivamente.Estaferramentaéorientadaprincipalmenteparaoaprendizadoeodesenvolvimentopessoalemnívelprofissionalegerencial.
(RAMALINGAM,2006)
19Entrevistascomexperts(ExpertInterview):
Éumasessãoparticipativadeperguntaserespostas,naqualosmembrosdaplateiaassumemaliderançaaoperguntarquestõesespecíficasqueseorientamparasuasnecessidadeseinteresses,nocontextodesuaexperiência.Emvezdoespecialistadarumaapresentaçãosobreoquepensa,oqueaspessoasqueremsaber;essaferramentapermiteaosparticipantesdecidirsobreasquestõesqueconsideramimportantes.Aferramentapodeserusadaparaentrevistaratétrêsespecialistasepodeacomodarqualquernúmerodeparticipantes.
(ARIVANANTHAN,2015)
20Entrevistasdesaída(ExitInterviews)
Ferramentadegerenciamentodeconhecimento,comoformadecapturarconhecimentodepessoasquesaíramdaempresa.Emvezdesimplesmentecapturarinformaçõessuperficiais,aentrevistatambémvisacapturaroconhecimentosobreoqueéprecisopararealizarotrabalho.Estapráticadestacaaimportânciadecapturarearmazenaroknow-how.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(RAMALINGAM,2006);(UNDP,2007)
Fonte:elaboradopelaautora
192
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
21Espaçoaberto(OpenSpace):
Éumapráticaauto-organizadaquepermiteatodosostiposdepessoasemqualquertipodeorganizaçãocriarencontroseeventosinspirados.Osparticipantesdeumeventodeespaçoabertocriamegerenciamsuaprópriaagendadesessõesdetrabalhoparalelasemtornodeumtemacentraldeimportânciaestratégica.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(APO,2010)
22Experiênciascomparativas
Compilaçõesdeexperiênciasemtópicosespecíficos.Sãodocumentosdinâmicoseonlinequepodemseradicionadosàmedidaquenovasexperiênciassãocompartilhadas.
(ARIVANANTHAN,2015)
23Facilitação
Éaartedeapoiarumgrupoemumaoficinaoueventoparaefetivamenteresolverproblemas,tomardecisões,aprenderjuntosealcançarseusobjetivos.Paratersucesso,umfacilitadorprecisaaplicarumacombinaçãodehabilidades,conhecimento,estruturaeprocessoàsinteraçõesdogrupo.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
24Feiradoconhecimento
Eventoorganizadoparamostrarinformaçõesemgrandequantidade.Osvisitantespodemseconcentrarespecificamentenoqueelesestãointeressadosemaprender.Elespodeminteragirdiretamentecomosapresentadores,recebendorespostasimediatasaquestõesespecíficas.Asfeirasdeconhecimentotambémfornecemoportunidadesparachamaraatençãoparaasmelhorespráticaseparaapreciarosesforçosdosfuncionáriosedasequipes.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
25Gruposbuzz(Mini-discussões):
Métodoparareunirrápidaeeficientementecomentáriossobreumtópicoouresponderaumaperguntaespecíficaduranteumasessão.Semsemudardeseusassentos,osparticipantesformammini-clustersdeduasoutrêspessoaseseenvolvememdiscussõesgratuitas-ou"buzz"-poralgunsminutossobreumadeterminadaquestão.Osgruposproporcionamumamudançaderitmobem-vindaparaosparticipantes,ajudandoaanimaredinamizarreuniõeseeventos.
(ARIVANANTHAN,2015)
Fonte:elaboradopelaautora
193
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
26Guiasdeinstruções(How-toguides):
Fornecemorientaçãopráticaeoperacionaldentrodeumaáreaespecíficadetrabalho.Elesfornecemsugestõespráticassobrecomoimplementarumatarefaouprojetodamelhormaneirapossívelparaatingirosobjetivos.Permiteacaptura,documentaçãoedivulgaçãodeknow-howdopessoaldentrodeumaorganização,paraajudá-losausarmelhoremaisamplamenteoconhecimentoexistente.Oobjetivofinalécapturarumasequênciaouprocessocomprecisãosuficienteparaquepossaserrepetidocomosmesmosbonsresultados.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(RAMALINGAM,2006);(UNDP,2007)
27InvestigaçãoApreciativa(IA)
Éummétodoorganizacionaldegerenciamentodemudançasedesenvolvimentocomfoconaquiloquejáfuncionabemedeveserfortalecido.Aspessoasdescobremessesrecursosvaliososaoseinformareseestimulamparamudançaspositivas.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
28Jigsaw
Estratégiadeaprendizagemcooperativaqueencorajapessoasadesenvolverseusprópriosentendimentosedepoiscompartilharconhecimentoscomogrupo.Osgruposdetrabalhorecebemumaparteespecíficadeumproblema,oupeçadequebra-cabeçaeasferramentasparadesenvolverconhecimentosobreessecomponenteespecífico.Juntam-seaspeçasusandomateriaisvisuaisetécnicasdefacilitação.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
29Liçõesaprendidas
Coleta,validação,consolidaçãoe;finalmente,documentaçãodeexperiências,desenvolvimentos,sugestões,erroseriscosencontradosduranteumprojeto.Asliçõesaprendidasfazemsentidonofinaldequalquerprojeto,atividadeefasedetrabalho.Fazerissonãosódácréditoaosesforçosfeitos,mastambémlevaaumaseleçãovaliosadeinformaçõesquepodemserúteisnoplanejamentoepreparaçãodenovosprojetos.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(DUMITRIU,2016);(UNDP,2007);(JANUS,2016);(APO,2010);(ARIVANANTHAN,2015)
30LightningTalks
Éumaseriedeconversaçõesouapresentaçõesde5minutosporfalantesdiferentes,cadaumintroduzindoumtópicoouumaideia.UmconjuntodeLightningTalkséumaexcelentemaneiradecompartilharinformaçõesrápidaseconvincentessobrediversostópicosdeváriosapresentadores,semsobrecarregaracapacidadedeabsorçãodopúblico.
(ARIVANANTHAN,2015)
Fonte:elaboradopelaautora
194
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
31Linhadotempo(timeline)
Ferramentavisualparamostraroprogressodoprojeto,programaouideias.Destacam-semarcoshistóricosedesenvolvimentoscomplexosdeformaesquemática.Osobjetivosincluemestabelecerumaperspectivacomumeumentendimentocompartilhadoentreosparticipantes;refletindoemlacunas,liçõesetendênciasemergenteseapoiandooplanejamentofuturoparaprojetosemandamento.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(ARIVANANTHAN,2015)
32Mapadeconhecimento
Ferramentaparaapresentaroconhecimentodepessoas,mídia,unidadesorganizacionaisoufontesdeconhecimentoforadaorganizaçãoeparademonstrarospadrõesdefluxodeconhecimento(acesso,distribuição,aprendizado).Seuobjetivoprincipalebenefíciomaisclaroémostrarpessoasemumaorganizaçãooudentrodeumarede/cadeiademaneirarápidaparaquemprecisar.Tambémajudaaentenderqueconhecimentoéessencialouoriscodeseperderdeterminadoconhecimentoque;portanto,precisaserresgatadoouprotegido.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(RAMALINGAM,2006);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
33Mentoria
Omentoréumapessoaexperiente,dispostaedisponívelparaensinar,treinarumapessoacommenosconhecimentoemumaáreaespecífica-independentementedaidade,gêneroouexperiênciaemoutrasáreasnãorelacionadas.Amentoriavisa:desenvolverhabilidades;promoveracompreensãodaorganizaçãoesuacultura;desenvolveracarreira.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
34Métricassociais
Umaatividadeatravésdaqualaspessoasrepresentamadinâmicasocialusandoespaçosfísicos.Duasdassuasaplicaçõesmaiscomunsemambientesdeaprendizagemprofissionalsãoaanálisederedessociaiseomapeamentosocial.Cadaexercíciodevedemonstraraosparticipantesqueelessãoagentesativosnoprocesso.Asmétricassociaisdevemaproximá-losdoassuntodareunião.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
35Narrativas(Storytelling):
Anarraçãodehistóriaséusadanasorganizaçõescomoumaferramentadecomunicaçãoparacompartilharconhecimentocominspiração.Alinguagemutilizadaéautêntica(experiência,nãoorientadaafato),interessanteeatraenteparaamaioriadaspessoas.Permiteaexpressãodeconhecimentotácitoeaumentaopotencialdecompartilhamentosignificativodeconhecimento,particularmentepermitindoqueaaprendizagemserealizeatravésdapresençadeumaestruturanarrativa.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(RAMALINGAM,2006);(APO,2010)
Fonte:elaboradopelaautora
195
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
36Notadeconceito
Pequenosdocumentosdediscussãoexplorandoeconceitualizandonovostópicos,tendênciasemergentesequestõestransversais.Podemserusadoscomoumaferramentaparainformarosparceirosexternossobrenovasáreasdeinteresseeenvolvimento.
(ARIVANANTHAN,2015)
37PeerAssist
Éomodomaiseconômicodedesenharumprojetobaseadonaexperiênciaenoconhecimentodosoutros,evitandoerros.Umaequipedetrabalhoiniciandoumnovoprojetooutarefa-osanfitriões-convocaoutraequipetendoadquiridoexperiêncianorespectivocampodeatividades.OPeerAssistincentivaaaprendizagemparticipativa,pedindoaosquetenhamexperiênciaemcertasatividadesparaajudaraquelesquedesejambeneficiarcomseuconhecimento,atravésdeumprocessosistemático,paraofortalecimentodoaprendizadomútuo.Podeserrealizadavirtualmente,chamadaentãodeVirtualPeerAssist.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(RAMALINGAM,2006);(UNDP,2007);(APO,2010);(ARIVANANTHAN,2015)
38PlanodeCompetênciasdoConhecimento
Práticaquedesenvolveascompetênciascríticasnecessáriasparasetornarumefetivotrabalhadordoconhecimento.IssotambéméconhecidocomoKnowledgeScorecardemalgumasorganizações.
(ARIVANANTHAN,2015)
39Revisãoapósação(AfterActionReview)
Discussãodeumprojetoouumaatividade,permitindoqueosindivíduosenvolvidosaprendamporsimesmosoqueacontece,porqueaconteceu,oquecorreubem,oqueprecisademelhoriasequaisliçõespodemseraprendidascomaexperiência.Estapráticafacilitaaavaliaçãocontínuadodesempenhoorganizacional,analisandosucessosefalhas,assegurandoqueaaprendizagemapoieamelhoriacontínua.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011;(RAMALINGAM,2006);(UNDP,2007);(APO,2010);(ARIVANANTHAN,2015)
40Ritualdedissidência(RitualDissent):
Éumamaneiraformalizadaparaumgrupodecolegascriticarideiasesboçadas,elaborarpropostasouestratégiasparafortalecê-las.Ocolaboradorfazumabreveapresentaçãoe;emseguida,dáascostasparaosparesouvindoatentamenteseuscomentáriossemreagiraele.Ouviremsilênciosemcontatovisualaumentaaatençãodoouvinteedespersonalizaofeedbacknegativo.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
Fonte:elaboradopelaautora
196
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
41Seischapéusdepensamento
Olharasdecisõesdetodosospontosdevistaapartirdeumaferramentaqueauxilianaanálisecríticadesituaçõescomplexas.Asespecificaçõessãorepresentadasporchapéusdecoresdiferentes.Ochapéubrancoseconcentraemdados,fatoseinformaçõesconhecidasounecessárias.Opretoconcentra-seemdificuldadeseproblemaspotenciais.Overmelhoconcentra-seemsentimentos,palpites,instintoeintuição.Ouverdecentra-senacriatividade,possibilidades,alternativas,soluções,novasideias.Oamareloconcentra-seemvaloresebenefícios.Oazulconcentra-senagestãodoprocessodepensamento:foco,próximospassos,planosdeação.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(RAMALINGAM,2006)
42SessõesdeDesafio
Encontrosestruturadosvoltadospararesolverproblemas,permitindoqueosparticipantescomplementemseupensamentohabitualcomnovosmétodos,centradosemtrabalharparalidarcomproblemasquesãoconstituídosporrequisitosoudesafiosconflitantes.
(RAMALINGAM,2006)
43SwotePestel
Ferramentasanalíticasqueajudamaidentificarosprincipaisfatoresexternoseinternosquedevemserlevadosemconsideraçãoparaalcançarosucessoemumprojetoouiniciativa.Elasgeralmentesãousadasjuntasesãoaplicadasemumaconfiguraçãodegrupoparaapoiaroplanejamentoestratégicoefetivo,atomadadedecisõeseoplanejamentodeações.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(ARIVANANTHAN,2015)
44Técnicadeincidentecrítico
Ferramentaparaanalisareestimularocomportamentoderesoluçãodeproblemasdaspessoas.Ementrevistasindividuaisouemgrupo,umasituaçãoparticularécontadaàmedidaqueumahistóriaéexplorada.Issodesencadeiaumprocessodereflexãosobreformaseficazeseineficazesdefazeralgo.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);
45Top100
Promoverofluxodeideiasinovadorasatravésdeumaabordagemparacapturarumaltoníveleumgrandenúmerodeideias.Umatécnicaquechamapelacolaboraçãodosparticipantes.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
Fonte:elaboradopelaautora
197
Quadro1–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadas
Práticas/Ferramentas Brevedescrição Fontes
46TopsyTurvy(oubrainstormingreverso):
Éummétodoparagerarideiasesoluçõescriativasenãoconvencionaiseparamobilizarenergiasinexploradas.Podeserparticularmenteútilparaabordarproblemasrecorrentes.Comoonomesugere,oprocessoenvolvetransformarumadiscussãodecabeçaparabaixocolocandoumaquestãoqueatendeseusobjetivosreaiseincentivandoosparticipantesacontribuircomideiasnegativasoumesmoanárquicas.Essasideiassãoentãorevertidasparaformularsoluçõespositivas.
(ARIVANANTHAN,2015)
47 Treinamento(CollegialCoaching)
Métododedesenvolvimentoprofissionalcomoobjetivodeaumentaraescolaridadeemelhorarodesempenhoeascompetênciasdosenvolvidos.Existemcincofunçõesprincipais:companheirismo(falarsobresucessoefracasso);feedback(darumaooutroumretornoobjetivoenãoavaliativo);análise(ajudarumaooutroaaplicarumanovaabordagemoumétodo);adaptação(trabalharemconjuntoparaadaptar-seàsnecessidadesespeciaisdeumaatribuição)esuporte(fornecersuportenecessário).
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(JANUS,2016)
48 Visãodofuturo
Criaçãodenovoscenáriosapartirdeummétododeconstruçãoqueconvidaaumareflexãocoletivasobrefuturosplausíveis.Issofuncionaimaginandoumaépocanofuturo(trêsaseisanosadiante)eassumequeaorganizaçãoouaáreaalcançarammetasimportantes.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
Fonte:elaboradopelaautora
198
Quadro2–PráticaseferramentasdeGCconsultadasquenecessitamdoapoiodeTI
Práticas/Ferra
mentasque
utilizamTI
Brevedescrição Fonte
1
FerramentadeBuscaAvançada(AdvancedSearchTool)
Ferramenta de pesquisa avançada que é oferecida pelamaioria dos mecanismos de pesquisa. Compreender essasferramentaspode resultar emumamelhoria significativanaqualidadedosresultadosdepesquisa.
(APO,2010)
2Apresentaçõesvisuais
É uma ajuda multimídia ou visual que pode suportar umorador, treinador ou facilitador. A interatividade pode serincorporadausandoimagens,vídeoseperguntasinterativas.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
3Bibliotecadedocumentos
Repositório de documentos com boa categorização e / outaxonomia para uma pesquisa eficiente que encontre asinformaçõescertasnomomentocerto.
(JANUS,2016)
4 Blogs
Um blog (abreviatura do termo original web log) é umacoleção online e cronológica de comentários pessoais. Fácilde criar e usar de qualquer lugar com uma conexão àinternet, os blogs são uma forma popular de publicação nainternet. Ele incentiva que pessoas discutam áreas deinteresse de diferentes maneiras e revisem opiniões einformaçõessobreessesassuntos.
(RAMALINGAM,2006);(APO,2010);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
5Discussõesvirtuais(e-discussions):
Sãotrocasentremembrosdeumgrupo,emformaescrita,quesãoorganizadaspararefletirquestõesimportantesrelacionadasaprojetosemandamento,iniciativasoutemasdedesenvolvimento.Asdiscussõeseletrônicassãousadasparamelhorarapráticaesuperardesafiosemumaáreadedesenvolvimentocrítico,preparardocumentaçãoouplanejareventos.
(ARIVANANTHAN,2015)
6 E-learning Usodesistemaseletrônicosdeinformaçãoparafacilitaraaprendizagemeotreinameto.
(UNDP,2007)
7Espaçodetrabalhovirtualcolaborativo
Permitequeaspessoastrabalhemjuntas,independentementedeondeestãolocalizadasfisicamente.Emtermospráticos,issosignificaquedeveenvolverumacombinaçãodecompartilhamentodedocumentos,ediçãocolaborativaeconferênciadeáudio/vídeo.
(RAMALINGAM,2006);(APO,2010)
8 Extranet Sitequevinculaumaorganizaçãocomoutrasorganizaçõesoupessoasespecíficas.
(JANUS,2016);(UNDP,2007)
9 Fórumdediscussão
Éumsitequehospedaconversasnaformadepostscurtos.Osfórunsdediscussãopodemserusadosparagerardiálogo,solicitarfeedback,fornecerrespostasdiretas,compartilharediscutirpráticaseideiaseiniciaracriaçãodeconhecimentocoletivo.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
10Gerenciamentodeconteúdo
Sistemadegerenciamentousadoparacoletar,gerenciarepublicarconteúdo,deformaamanteroslinksentreoscomponentes.
(DUMITRIU,2016);(UNDP,2007)
199
Quadro2–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadasquenecessitamdoapoiodeTI
Práticas/Ferramentas
queutilizamTIBrevedescrição Fonte
11 Intranet
Tem grande impacto na gestão doconhecimento, particularmente nos campos decoleta de informações, colaboração ecomunicação,econclusãodatarefa.Seguindoaabordagem necessária, esta ferramenta podeaumentar substancialmente a probabilidade deum sistema efetivo e útil dentro de umaorganização.
(RAMALINGAM,2006);(UNDP,2007)
12 Mapamental(mindmapping)
Tambémconhecidocommapaconceitual,éumdiagrama que descreve conexões entreorganizações,pessoas,conceitos,objetos,ideias,tarefas ou eventos. Esses elementospodem serrepresentados através de vários tipos demídia,incluindotexto,imagensevídeo.
(RAMALINGAM,2006);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011);(UNDP,2007)
13 Páginasamarelas
Diretórios eletrônicos pesquisáveis que contêminformações sobre o pessoal dentro de umaorganização. Além das informações gerais(nome, título do trabalho, detalhes de contato,departamento / área), também podem incluirinformaçõessobreoconhecimento,habilidades,experiência e interesses. Normalmente estãolocalizadasnaintranetcorporativa.
(BOLLIGER,HARTMANN,etal.,2012);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
14 Pesquisasonline
Formulárioshospedadosnawebquesãousadosparacoletarinformaçõesdefuncionários,partesinteressadas ou público em geral e que podemsercriadosusandoferramentasgratuitas.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
15 Podcasting
São arquivos de áudio que podem sercompartilhados com colegas e parceirosexternos e partes interessadas para divulgaçãodeconhecimentoespecífico.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
Fonte:elaboradopelaautora
200
Quadro2–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadasquenecessitamdoapoiodeTI
Práticas/Ferramentas
queutilizamTIBrevedescrição Fonte
16 PortaldeConhecimento
Baseia-se em um portal de informações. Se ainformação representa o conhecimento dosprovedores, torna-seexternaeexplícitapara secomunicarcomosoutrosdeformaestruturada.
(DUMITRIU,2016);(APO,2010)
17 Redesocial
Conecta pessoas e organizações em torno deinteresses semelhantes através de ferramentasde internet.Amaioriadas redessociaisenvolvea criação de um perfil de usuário, convidandocontatos para sua rede pessoal, criando brevesatualizações ou postagens, conversando ecompartilhandorecursos.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
18Repositóriodeconhecimento
Um lugar para armazenar e recuperarconhecimento explícito. Um repositório deconhecimento de baixa tecnologia pode ser umconjunto de pastas de arquivos; enquanto umrepositóriodealta tecnologiapodeserbaseadoemumaplataformadebancodedados.
(DUMITRIU,2016)
19 Screencasting
Vídeo gravado que mostra uma tela decomputador e um apresentador ao mesmotempo. O apresentador refere-se à tela docomputador, que pode mostrar umaapresentação, site ou outra mídia. Podem sercompartilhados via e-mail, intranet ou sites,sendomuitoúteisemcapacitação.
(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
20 Taxonomias
Técnicaqueforneceaestruturaparaorganizarinformações,documentosebibliotecasdeformaconsistente.Essaestruturaajudaaspessoasanavegar,armazenarerecuperardados,informaçõeseconhecimentosnecessáriosemtodaaorganização.
(RAMALINGAM,2006)
Fonte:elaboradopelaautora
201
Quadro2–Continuação–PráticaseferramentasdeGCconsultadasquenecessitamdoapoiodeTI
Práticas/Ferramentas
queutilizamTIBrevedescrição Fonte
21Unidadesderedecompartilhadas
Armazenam e categorizam informações, permitindouma melhor recuperação do conhecimento e ummelhor compartilhamentode informações em toda aorganização.
(UNDP,2007)
22Videoconferência
É uma ferramenta que permite que pessoas em doisoumaislocaisinterajamemtemporealusandoáudioe vídeo. É a solução tecnológica que mais seassemelhaareuniõespresenciais.
(APO,2010);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
23VOIP(VoiceoverInternetProtocol)
Emtermosmuitosimples,aInternetagoraécapazdeenviar sinais de áudio e vídeo entre computadores,usandonadaalémdeumaconexãodebanda largaealguns equipamentos de baixo custo, como umacâmeraeumfonedeouvido.
(APO,2010)
24Webinar
Eventodeaprendizagemonlinedestinadoatransmitirconhecimentosehabilidadesaumpúblico-alvo,usandoáudio,slides,compartilhamentodetelaebate-papo.Estáorganizadoemtornodeobjetivosdeaprendizagemespecíficosquesãoidentificadosantecipadamenteequeconstituemabaseparaoconteúdoeainteraçãorelevantesdowebinar.
(ARIVANANTHAN,2015)
25Wiki
Conjuntodepáginaswebestruturadase interligadas,incluindodiscussõeseversõesanteriores,quepodemservirmaistardecomoferramentasdeavaliação.Sãoconstruídos de forma colaborativa, servindo para opropósito de transformar o conhecimento tácito emexplícito.
(APO,2010);(UNITEDNATIONSHUMANRIGTHS,2011)
Fonte:elaboradopelaautora
202
APÊNDICEB–COMPETÊNCIASEXIGIDASNAEC
Quadro1–DescriçãocompetênciaComunicaçãoapartirdoscargosdaEC
Comunicação
Capacidadedesecomunicardeformaclara,transparente,simples,objetiva,fundamentadae
adequadaaoambienteeaospúblicosqueinterage,paraoalcancedosobjetivosorganizacionais
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros
Analistas|demais
cargos
Desenvoltura Apresentaideias,argumentoseanálisescomclareza,objetividadeeorganizaçãoemreuniões,apresentaçõeserelatórios
Comunicacomclareza,objetividadeeorientandotodosdoandamentoestatusdasatividadesdaobra.
Expressasuasideiasdeformaclaraeobjetivaemapresentaçõesereuniões
Alinhamento Usaacomunicaçãoparaalinhamentodedireçãoemtodossentidoshierárquicos:acima,compreendendoecontribuindo;abaixo:mobilizandoeesclarecendo;eaoslados,integrandoealinhando.Atuacomoprimeiralinhadecomunicaçãogerencialeintervémassertivamenteparaacorreçãoderuídosnacomunicação.Mantémconfidencialidadeesigilodeestratégiaseconhecimentoscríticossemprequenecessário.
Compreendecomclarezademandasdaobraedocorporativo,cooperandocomagilidadenolevantamentoinformaçõesedadosconfiáveiseprecisos.Promovealinhamentocomaequipe.Atuacomoprimeiralinhadecomunicaçãogerencialeintervémassertivamenteparaacorreçãoderuídosnacomunicação.
Buscacomclarezapassarasinformaçõesesecomunicarcomtodososseuspares,superioreseclientes/fornecedores.
Saberouvir
Ouveecompreendeargumentos,comentários,críticasesugestõesdeformacompleta,profissionalerespeitosa,mesmoquandodiscuteideiasdivergentesàssuas.Promovediálogofrancoeaberto.
Ouveecompreendeargumentos,comentários,críticasesugestõesdeformacompleta,profissionalerespeitosa,mesmoquandodiscuteideiasdivergentesàssuas.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
203
Quadro2–DescriçãocompetênciaConhecimentotécnicoefuncionalapartirdoscargosdaEC
Conhecimentotécnicoefuncional
Domíniodeconceitos,técnicas,metodologiaseprocessosquesãofundamentaisaobom
desempenhodafunçãoatual.
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros Analistas|demais
cargos
Domínio
técnicoe
Aplicação
Possuibonsconceitos,técnicasepráticasnecessáriosaoexercíciodesuafunçãoeosaplicacomêxito
Dominaconceitos,técnicasepráticasnecessáriosparaaconduçãodeobraseosaplicacomêxitoemtodasassituaçõespossíveis.
Possuiconhecimentotécnicoparadesempenhodassuasfunçõeseaplicaemsuarotina.
Atualização
Buscaatualizaçõeseaprendizagemconstanteemnovaspráticas,métodos,ferramentasetecnologiasdesuaáreadeatuação,realizandobenchmarking,participandodegruposprofissionaisebuscandoconhecimentojuntoafontesacadêmicas.
Buscaatualizaçõeseaprendizagemconstanteemnovaspráticas,métodos,ferramentasetecnologiaseasdesenvolveparaoseucrescimento.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
204
Quadro3–DescriçãocompetênciaExecuçãoapartirdoscargosdaEC
Execução
Capacidadedeaplicarenergiaefocoatéaconclusãototaldasaçõeseprojetos,respeitandoprazos,custos,
qualidadeesustentabilidadedonegócio,melhorandocontinuamenteosprocessos.
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros Analistas|
demaiscargos
Orientaçãopara
resultadosTemvelocidade,capacidadedeentregatotaleempenha-sedeformaresponsávelnasuperaçãodosresultadosequalidadeesperada.Atua,minimizaerrosecomunicatempestivamentesemprequeosobjetivosdesviamdarotaesperada,sejaodesviopositivoounão,gerenciandoexpectativas.
Mobilizasuaequipeeoscolaboradoresaoseuredorpelasuadisposiçãoeenergiaem"fazeracontecer“,norteando-asparaoalcancedemetaseresultadospactuados.Gerenciaaexpectivaorganizacionaleantecipaacomunicaçãodefatosnãoprevistosequepossamimpactarocronogramaoucustosdasobras.
Possuicapacidadedeentregarespeitandoprazoequalidade.
Gestãode
recursosContribuiparaaotimizaçãodousodosrecursos(humanos,financeiros,materiais,tecnológicos,etc.)nocumprimentodosobjetivosdaárea,consumindooorçamentocomausteridade,responsabilidadeenoprazo.Antecipaecomunicaqualquerdesviodeorçamentooucustonãoprevisto.
Garanteamelhoralocaçãoderecursos(humanos,financeiros,materiais,tecnológicos,etc.)nocumprimentodasetapasdaobra.Negociacomassertividadeemrevisõesorçamentárias,derecursosedecronograma.
Responsabilidade
Responsabiliza-sepelasaçõeseconsequências,monitorandoriscos,corrigeerrosepromoveaçõesparaseusaprimoramentos,sempreinformandoseulíderimediato.Acompanhaefornecesuporteaoscolaboradores
Responsabiliza-sepelaobraezelapelaqualidade,segurançaecumprimentosdosprazosecustos,monitoraecontrolaindicadoresdeandamento,corrigeerrosetomadecisõesparaseusaprimoramentos,sempreinformandoseulíderimediato.Acompanhaefornecesuporteaoscolaboradores.
Responsabiliza-seporaçõeseconsequenciasdeseusatos,compartilhandocomoseuliderimediatosituaçõesquefogemdasuacompetência.
Gestãode
processos
Zelapelosprocessoserotinasdaárea.Propõemelhoriasnosprocessos.
Antecipar
problemas
Atuadeformaresponsávelparaevitarproblemasidentificados.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
205
Quadro4–DescriçãocompetênciaLiderançaapartirdoscargosdaEC
Liderança
Capacidadedemostrardireção,motivar,inspirar,mobilizandopessoasparaoalcancederesultados
superiores
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros
Analistas|demais
cargos
Gestãode
pessoasRealizaagestãodepessoasdentrodesuasresponsabilidades,deformameritocrática,utilizandopráticasepolíticasdisponíveis,atuandonosprincipaisprocessos(Identificaereconheceostalentos,desenvolve,retém,avaliaerecompensa).
Equipesdealto
desempenho
Consegueextrairbonsresultadosdotrabalhoemequipe.Viabilizarecursos,acompanhamentoeorientação,delegandoeresponsabilizandoemdireçãoaosresultados,cobrandoquandonecessário.Promovealinhamentoentreoscomportamentosdosindivíduoseostraçosdaculturadaempresa.
Desenvolvimento
depessoase
Sucessão
Atuafortementenacapacitaçãoedesenvolvimentotécnicodesuaequipe,pareseinclusivegestoreseatuacomoagentemultiplicadordeconhecimento.Incentivaodesenvolvimentodopotencialdecadamembrodaequipe,fornecendoregularmentefeedbackconstrutivoetransparente.Assumepapeldesuportenesteprocessoeatribuinovosdesafiosquepossibilitemaaprendizagempelotrabalho.Identifica,preparapotenciaissucessoreseretémseustalentos.
Atuafortementenacapacitaçãoedesenvolvimentotécnicodosengenheirosmenosexperienteseatuacomoagentemultiplicadordeconhecimento.Incentivaodesenvolvimentodopotencialdecadamembrodaequipedaobra,fornecendoregularmentefeedbackconstrutivoetransparente.Assumepapeldesuportenesteprocessoeatribuinovosdesafiosquepossibilitemaaprendizagempelotrabalho.Responsabiliza-sepeloplanejamentoeretençãodetalentosepelopreparodepotenciaissucessoresàsposiçõescríticasdaobra.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
206
Quadro5–DescriçãocompetênciaInfluênciaEstratégicaapartirdoscargosdaEC
InfluênciaEstratégica
Capacidadedeanteciparproblemaseinfluenciarpessoasparaalcancedeseusresultados
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros Analistas|demaiscargos
Atitude
Possuiiniciativaparaassumirresponsabilidades,alcançandoosresultadosdasuaárea.
Influenciar
pessoas
Mobilizaparesesuperioresparaalcancedoresultadodasuaárea.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
207
Quadro6–DescriçãocompetênciaOrientaçãoparaoclienteapartirdoscargosdaEC
Orientaçãoparaocliente
Capacidadedegerarvaloregarantirasatisfaçãodasnecessidadesdosclientesexternos,oudas
expectativasdosclientesinternos,semperderdevistaoretornofinanceiro
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros Analistas|demais
cargos
Visãocliente-
fornecedorAcompanhaoambienteeasnecessidadesdocliente(internoe/ouexterno)ecompreendecomosuaequipeedecisãoimpactanasuasatisfaçãoenobomdesempenhodosprocessos.Assim,ageparasuperarsuasexpectativas.
Reconhecefatoresnaobraqueimpactamnasatisfaçãodosclientesinternose/ouexternosenobomdesempenhodaobra.Compreendecomosuaequipeedecisãoimpactamnasatisfaçãoenobomdesempenhodosprocessos.Assim,ageparasuperarsuasexpectativas.
Demonstrapreocupaçãocomexcelêncianaprestaçãodeserviço,atendendoasexpectativasdoseuclienteinternoeexterno.
Inovaçãoe
geraçãode
valor
Trocainformaçõeseexperiênciasemassuntosrelacionadosàáreaondeatua,visandooaperfeiçoamentoeinovaçãodosserviçosprestadoseseualinhamentoàsnecessidadesdosclientes.
Contribuiparaodesenvolvimentodeconceitos,produtos,serviçosesoluções,buscandogerarvalor,aprimoraroatendimentodasnecessidadesapresentadaspelosclientes(internoe/ouexterno),bemcomoantecipar-seaomercado.
Buscainformaçãoetrocaexperiênciasemassuntosrelacionadosasuaáreadeatuação,visandoinovaçãoeagregandovaloraosclientesinternoseexternos.
Gestãode
processosConduzeoperaprocessoságeis,compreendeainterdependênciadasáreas,atuacomsinergia,obtendobonsresultadospercebidospelasatisfaçãodoseuclientefinal.Simplificaprocessoserotinas,eliminabarreiraseburocraciaseautomatizaprocessosrepetitivoseineficientes.
Executaprocessosconstrutivoságeis,compreendeainterdependênciadasetapaseáreas,atuacomsinergia,obtendobonsresultadospercebidospelasatisfaçãodoseuclientefinal.Eliminabarreirasentreáreasepromoveasinergiadepessoaseprocessoscomamaximizaçãoeusoresponsáveldenovastecnologias.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
208
Quadro7–DescriçãocompetênciaVisãoEstratégicaapartirdoscargosdaEC
VisãoEstratégica
Capacidadedecriarofuturoeanteveraçõesparaampliaracompetitividade,depromoveromelhor
posicionamentoestratégicodaempresaedegarantirseucrescimentosustentável
Diretores,Gerentese
Coordenadores
Engenheiros Analistas|demais
cargos
Visãode
negóciose
elaboraçãode
estratégias
Percebeeinterpretaoconjuntodetransformaçõesnomercado.Apoianaexecuçãodaestratégia,munindoseusuperiorcominformações,análiseserelatóriosrelevantes,bemcomorecomendandoaçõesaserempromovidas.
Desdobramento
estratégico
Compreendeaestratégiadaorganizaçãoeenvolveaspessoas,comunicandoseusobjetivos,afimdegerarentendimentoquantoasuaimportânciaeurgência.Mobilizaaequipeparaalcancedosobjetivosestabelecidos.
Compreendeedesdobraplanodeexecuçãodasobrasparaaspessoas,comunicandoseusobjetivos,bemcomooscritériosdequalidadedeexecução,custoseosprazosderealizaçãodeformaclara,transparenteealcançável,afimdegerarenvolvimentoeentendimentoquantoasuaimportânciaeurgência.
Lucratividade Contribuiparaoretornofinanceirodesuaáreadeatuação,propondoideiasdenovosnegócios,geraçãodereceitaseeconomiadedespesas.Propõe,aprovaemudapolíticaseprocedimentosinternosquandoestesimpedemoulimitamarentabilizaçãodosnegócios,sempresuportadosporumaavaliaçãoderiscoxretorno.
Gerenciacustos,despesaseutilizaçãoderecursosparaconterodesperdícioe,aomesmotempo,reduzirtempodeexecução,minimizandoeatenuandoosriscosdonegócio.Provocaaorganizaçãoatrazerpropostasinovadoras,simpleseexequíveisparamelhorararentabilizaçãodonegócio.
Fonte:adaptadodedocumentodaEC
209
APÊNDICEC–AVALIAÇÃOPRÊMIOMAKEPARAECEM2011
Quadro1–SubcritériosprêmioMAKEcomnenhumaevidêncianaEC
Critérios Subcritérios(nenhumaevidência)
1–Culturabaseadanoconhecimento
1.3–Aorganizaçãodeterminasuascompetênciasessenciais?1.9–Identificaasnecessidadesdostrabalhadoresdoconhecimento?
2–Liderança 3.Produtoseserviços(inovação)
3.7–Desenvolveequipestransversaisdeinovação?
4–Capitalintelectual
4.1–Desenvolveeempregaumaestratégiadecapitalintelectualempresarial?4.2–Desenvolveetreinaaforçadetrabalhonosconceitos/ferramentasdecapitalintelectual?4.4–Visualizaocapitalintelectual?4.10–Usatecnologiadainformaçãoparageriremensurarcapitalintelectual?
5-Compartilhamento
6-AprendizadoOrganizacional
6.1–Desenvolveeempregaumaestratégiadeaprendizadoempresarial?6.2–Desenvolveumprogramadedesenvolvimentodoaprendizadoempresarialbaseadoemconhecimento?
6.8–Usaainternet/intranetparaaprendizadoetreinamento?6.11–Desenvolveegereobancodedadosdeconhecimentosobreashabilidadesecompetênciasdoscolaboradores?6.13–Mensuraaagregaçãodevalorpeloaprendizadoempresarial?
7–Criaçãodevalorparaosclientescombasenoconhecimento
8–Criaçãodevalorparaosacionistas
8.3–Mapeiaemensuraacadeiadevalordoconhecimento?
Fonte:adaptadodeTKNBRASIL(2011)
210
Quadro2–SubcritériosprêmioMAKEcompoucaevidêncianaEC
Critérios Subcritérios(fraco/poucaevidência)
1–Culturabaseadanoconhecimento
1.5–Desenvolveeadministravaloresdoconhecimento?1.6–Desenvolveeadministracomportamentosrelacionadosaoconhecimento?
2–Liderança 2.7–ReconheceerecompensaoslíderesdeGestãodoConhecimento?
3.Produtoseserviços(inovação)
3.1–Desenvolveeempregaumaestratégiadeinovaçãoecriaçãodeconhecimento?3.13–Comunica/informaovaloragregadopelainovação?
4–Capitalintelectual
4.3–Desenvolveferramentasetécnicasparageriremensurarcapitalintelectual?4.5–Mapeiaocapitalintelectual?4.6–Gerenciaeexpandeocapitalintelectual(empresarial,humanoedocliente)?4.7–Protegeosrecursosdoconhecimento?4.9–Preparaorçamentosbaseadosnocapitalintelectualassimcomoosrequerimentosdecapitalfinanceiro?4.12–Comunicaosresultadosdavalorizaçãodocapitalintelectual?
5-Compartilhamento
5.1–Desenvolveeempregaumaestratégiadecompartilhamentodoconhecimento?5.14–Mensuraovaloragregadopelocompartilhamentodoconhecimento?5.15–Comunica/informaovaloragregadoàorganizaçãopelocompartilhamentodoconhecimento?
6-AprendizadoOrganizacional
6.5–Desenvolveegerenciaumauniversidadecorporativa?6.7–Desenvolvee/ouadquiremetodologiasdeaprendizado,técnicaseferramentas?
7–Criaçãodevalorparaosclientescombasenoconhecimento
7.4–Criaegerenciaperfisdovalordosclientes?7.5-Criaegerenciamapasdevalordosclientes?7.11–Desenvolveferramentasetécnicasparaextrairvalordasbasesdeconhecimentodocliente(armazenamentodeinformações,fontesdeinformações)
8–Criaçãodevalorparaosacionistas
8.4–Desenvolveegerenciaacriaçãodevalorbaseadaemconhecimento?
Fonte:adaptadodeTKNBRASIL(2011)
211
Quadro3–SubcritériosprêmioMAKEcommédiaevidêncianaEC
Critérios Subcritérios(regular/médiaevidência)
1–Culturabaseadanoconhecimento
1.11–Controlaadistribuiçãodostrabalhadoresdoconhecimento(recrutamento,planosdesucessão)
2–Liderança
2.4–ProvêumresponsávelporGestãodoConhecimento?2.5–CapacitasistematicamenteoslíderesdeGestãodoConhecimento?2.8–AvaliaodesempenhodoslíderesdeGestãodoConhecimento?
3.Produtoseserviços(inovação)
3.2–Treinaaforçadetrabalhoeminovaçãoegeraçãodeideias?3.3–Criaegerenciaprogramadegeraçãodeideias?
3.6–Aumenta/expandeoconhecimentodaorganizaçãoatravésdepesquisaedesenvolvimento?3.8–Gerenciaatransferênciadeconhecimentoeideiasparaos“pontosdeação”?
4–Capitalintelectual 4.11–Mensuraocapitalintelectual
5-Compartilhamento5.4–Gerenciaeaperfeiçoaacadeiadevalordoconhecimento?5.7–Desenvolveegerenciaocompartilhamentodoconhecimento?
6-AprendizadoOrganizacional
6.10–Capturaeexploraoaprendizadoorganizacional?
6.14–Comunica/informavaloragragadoàempresacomseuaprendizado?
7–Criaçãodevalorparaosclientescombasenoconhecimento
7.7–Criaumacadeiadevalordosclientes?
8–Criaçãodevalorparaosacionistas
Fonte:adaptadodeTKNBRASIL(2011)
212
Quadro35–SubcritériosprêmioMAKEcomboaevidêncianaEC
Critérios Subcritérios(bom/evidência)
1–Culturabaseadanoconhecimento
1.1 –Promoveumavisãoeumaestratégiabaseadasnoconhecimento?1.4–Aorganizaçãopromoveaçõesparafortalecerosrelacionamentosentresuasunidades?1.7–Desenvolveprocessosesistemasbaseadosnoconhecimento?1.8–CriaeadministraumaestratégiadeRHbaseadanoconhecimento?1.10–Envolveostrabalhadoresdoconhecimento?1.12–Mensuraaperformancedaorganizaçãocombasenoconhecimento?
2–Liderança2.3–ConstituigruposeconselhosparaassegurarempregodeumaestratégiadeGestãodoConhecimento?2.6–EncorajaesuportaaestratégiadeGestãodoConhecimento?
3.Produtoseserviços(inovação)
3.4–Envolveclientesefornecedoresnodesenvolvimentodeprodutoseserviçosbaseadosemconhecimento?
3.5–Gerenciaacriaçãodeconhecimento(ex.:benchmarking,pesquisaedesenvolvimento,experiênciasdeaprendizadoeinovação)?
4–Capitalintelectual4.8–Reconhece/recompensaoscolaboradoresporaumentarcapitalintelectualdaorganização?
5-Compartilhamento
5.2–Desenvolveetreinaaforçadetrabalhoemconceitoseferramentasdocompartilhamentodeconhecimento?
5.6–Desenvolveconceitosehabilidades(tácitaseexplícitas)decompartilhamentodoconhecimento?
6-AprendizadoOrganizacional
6.4–Criaoportunidadesdeaprendizado?6.6–Desenvolvecolaborações/parceriasparaaceleraroaprendizadoorganizacional?6.12–Reconhece/recompensaoscolaboradorespeloaprendizado?
7–Criaçãodevalorparaosclientescombasenoconhecimento
7.1–Desenvolveeempregaumaestratégiadegestãodovalordoclientebaseadonoconhecimentoempresarial?
7.8–Desenvolvee/ouadquireferramentasetécnicasparacoletareobtervalorapartirdoconhecimentodocliente?
7.9–Desenvolvee/ouempregatecnologiasdeinformaçãoparacoletareobtervalorapartirdoconhecimentodocliente?7.10–Desenvolveegerenciaasbasesdeconhecimentodocliente?7.13–Mensuramudançasnacadeiadevalordosclientes?7.14–Comunica/informamudançasnacadeiadevalordosclientes?
8–Criaçãodevalorparaosacionistas
8.1–Desenvolveeimplementaumaestratégiabaseadaemconhecimentoorganizacional?
8.2–Desenvolveeimplantaprogramasbaseadosemconhecimentoafimdeaumentarovalordoacionista?
8.5–Alocaegerenciarecursosfinanceirosenãofinanceirosparaaumentaracadeiadevalordeconhecimento?
Fonte:adaptadodeTKNBRASIL(2011)
213
Quadro5–SubcritériosprêmioMAKEcomevidênciacompletanaEC
Critérios Subcritérios(completo/excelente)
1–Culturabaseadanoconhecimento
1.2 –Promoveumamissãobaseadaemconhecimento?1.13–Comunicaaspolíticasemetascombasenoconhecimentoestratégico?
2–Liderança
2.1–IncentivaosprocessosdeGestãodoConhecimento?2.2–ProvêsuportefinanceiroenãofinanceiroàgestãodoConhecimento?2.9–Articulacomaltoescalãodaorganização?
3.Produtoseserviços(inovação)
3.9–Reconhece/recompensaoscolaboradoresinovadores?3.10–Desenvolveprodutoseserviçosbaseadosemconhecimento?3.11–Gereaproduçãoe/ouserviço(melhoria)deprodutoseserviçosbaseadosemconhecimento?3.12–Mensuraovaloragregadopelainovaçãoecriaçãodeconhecimentos?
4–Capitalintelectual
5-Compartilhamento
5.3–Desenvolveferramentasetécnicasparacompartilhamentodoconhecimento(ex,:internet,intranetsegruposcolaborativos)?5.5–Gerenciaepromoveocompartilhamentodeconhecimento?5.8–Usaferramentascolaborativasparaocompartilhamentodoconhecimento?5.9–Oferecesuporteacomunidadesdeprática
5.10–Desenvolveemantémumaintranetcorporativaparaocompartilhamentodoconhecimento?5.11–Desenvolveegerenciabancosdedadosdeconhecimento?5.12–Transfereasmelhorespráticasobtidaspelocompartilhamentodeconhecimento?
5.13–Reconhece/recompensaoscolaboradorespelocompartilhamentodoconhecimento?
6-AprendizadoOrganizacional
6.3–Elegeumresponsáveloficialparaguiaraestratégiadeaprendizadoorganizacional?6.9–Desenvolveetreinaoscolaboradores?
7–Criaçãodevalorparaosclientescombasenoconhecimento
7.2–Criaegerenciaprogramasdegestãodovalordoclientebaseadonoconhecimentoempresarial?7.3–Monitoramudançasnomercadoouexceçõesdosclientes?
7.6–Envolveosclientesnodesenvolvimentodebensdeconhecimento(produtoseserviços)?7.12–Desenvolvenovosprodutoseserviçosbaseadosnoconhecimentodocliente?
8–Criaçãodevalorparaosacionistas
8.6–Usaferramentasetécnicasdeanálisedevalorparamensurarovalordoacionistacombasenoconhecimentoorganizacional?
8.7–DesenvolveferramentasdeTIparatransferênciadoconhecimentoempresarialnacadeiadevalor?8.8–Mensuraamudançanovalorempresarial–valordasações?8.9–Comunica/informaacriaçãodevalorbaseadaemconhecimento?
Fonte:adaptadodeTKNBRASIL(2011)
214
APÊNDICED–PROPOSTADEPROCEDIMENTODEGCPARAEC
1. OBJETIVO
EstabelecerumametodologiaparaimplementaçãodaGestãodoConhecimento(GC)naEC.
2. MODELODEGCPARAEC
AGCnaECéummeioparagarantirmelhoriacontínuaeinovação.Elaocorrepormeioda
troca de conhecimentos entre colaboradores, consultores, instituições, parceiros,
fornecedores,usuários,investidores,projetistaseatéconcorrentes.
O modelo de GC apresentado na Figura 2-2 é resultado da análise de modelos de GC
existentes, porém com particularidades inerentes da EC. O mesmo é composto por três
camadasprincipais:
1. áreasdeconhecimentovoltadasparaonegóciodaempresa;
2. atividadesdoconhecimento;
3. fatorescríticosenvolvidosparaosucessodaGC
A primeira camada destaca as áreas da EC que possuem conhecimento necessário para
manteraperenidadedonegócio;ouseja,áreasqueestão ligadasàconstruçãodoedifício
e/ouáreasqueagregamconhecimentodopontodevistadocliente.
A segundacamadaenvolveasatividadesde conhecimentoquedevemexistir a fimdaGC
acontecer.Sãoelas:identificar;criar;armazenar;compartilhareaplicar.
A terceira camada destaca os fatores críticos envolvidos no sucesso da GC. Estes fatores
devemestaratreladosàGCdaempresadeformaconjunta;ouseja,nãosedeveconsiderar
umououtrofator,massimtodosparaqueaGCsejaincorporadademaneiraholísticanaEC.
Estes fatores são: pessoas, liderança, cultura organizacional, estratégia organizacional,
processos organizacionais, estrutura organizacional, tecnologia da informação e controle
(métricas).
OmodelotambémapresentapráticasdeGCcategorizadasdeacordocomapredominância
215
dotipodetrocadeconhecimento1:trocasdeconhecimentotácitoparatácito(socialização);
tácitoparaexplícito (externalização); explícitoparaexplícito (combinação)eexplícitopara
tácito(internalização).SegundoNonakaeTakeuchi(2008),sãoestastrocasquereforçama
cultura organizacional de compartilhamento de conhecimento, proporcionando a
manutençãodosconhecimentosessenciaisbemcomocriandonovosconhecimentosparaa
organização(inovação)egarantindoavantagemcompetitivadamesma.
AspráticasdeGCqueestãopresentesnaECdevemestaralinhadasaosfatorescríticosdo
modelo. Istosignificaquetodavezqueaestratégiae/ouaestruturaorganizacional forem
alteradas,todasaspráticasdevemseravaliadasdemaneiraaverificarseualinhamento.
AliderançadaECdeveincentivaraGC,bemcomoatecnologiadainformaçãodevesuportar
as práticas de GC garantindo a segurança das informações e a usabilidade por parte das
pessoas envolvidas. Estas somam os colaboradores, consultores, instituições, parceiros,
fornecedores, usuários, investidores, projetistas e concorrentes, como já citado
anteriormente.
Os processos organizacionais também devem estar atrelados à GC. Isto significa que o
conhecimentoorganizacioanaldeve ser identificado, criado, armazenado, compartilhadoe
aplicado.Todososprocessosrelacionadosàconstruçãodoedifíciodevemincentivartodas
estasatividadesdeconhecimento.
Com relação ao fator controle, é importante avaliar as práticas de GC de maneira a
tangilibizar a importância da GC para a EC. Cada prática de GC deve possuir indicadores
quantitativosequalitativosparademonstrarodesempenhodasmesmas.
Aseguir,naFigura2-1,sãoapresentadososprincipaiselementosqueconstituemomodelo
deGCparaaEC.
Figura2-1:ElementosqueconstituemomodelodeGCparaaEC.
216
Fonte:elaboradopelaautora
__________________1ParaNonaka;Takeuchi(2008),conhecimentotácitoéaqueledifícildesercodificado,ouseja,expressopor
palavras, fruto das experiências pessoais. Já o conhecimento explícito é objetivo e mais simples de ser
codificado, ou seja, formalizado compalavras, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e em
grande escala. Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muito
formalmente.
Áreas/departamentosenvolvidos
Prá3casdeGCquees3mulamsocialização,externalização,combinaçãoeinternalização(SECI)
Pessoasenvolvidas
Fatorescrí3cos
A3vidadesdoconhecimento
ELEMENTOSDOMODELO
217
Figura2-2–ModelodeGCparaEC
Fonte:elaboradopelaautora
EXPERIÊNCIA+CONHECIMENTOTÉCNICO
zAplicar
CriarIden;ficar
Armazenar
Compar;lhar
LIDERANÇA
ESTRATÉGIA
OBRA
ORÇ
MKT
SUP
P&D
INC
AST
SP
GMO
VND
PPP
QM
PRJ
PLAN
PDV
PROCESSOS
PRO
RC
SMT
RI
Proje;stas Concorrentes
Fornecedores Parceiros
Colaboradores Ins;tuições
Usuários
Consultores
Inves;dores
PESSOAS
TECNOLOGIADAINFORMAÇÃO
CONTROLE
SOCIALIZAÇÃOTÁCITO-TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOTÁCITO-EXPLÍCITO
COMBINAÇÃOEXPLÍCITO-EXPLÍCITO
INTERNALIZAÇÃOEXPLÍCITO-TÁCITO
Brainstorm
ing
CafédoCo
nhecim
ento
Storytelling
Quadrilha
Chatcom
con
sumidor
Backto
Schoo
l
Blog
Melho
resP
rá;cas
Relatório
sdeInovação
ProgramaIntercâm
bio
Espe
cializa
çãoEn
genh
ariae
Inovação
Incen;
voaoMestrado
Profi
ssional
Profi
ssionaisdo
Futuro
Rede
sSociais
FastDa;
ng
Grup
osdeInovação(G
Is)
IdeiasàObra
Men
toria
Adoteum
aIdeia
Treinamen
tosIPs
Reun
iãode
Engen
haria
LiçõesApren
didas
Car;lhaDife
renciaisCliente
Grup
osdosetor
CoPRe
duçãode
Ciclo
PesquisadeMercado
Diretrize
scon
stru;vas
Deseno
vimen
tode
Estagiários
Revisão|De
senvolvimen
to
IPs
BancodeDe
talhes
Constru;
vos
Trabalho
sacadê
micos
CULTURA
EducaçãoCorpo
ra;va
Mul;p
licadores
Que
roCom
par;lhar
PortaldeIdeias
PortaldeGC
Plataformade
crow
dsou
rcing
CardápioDife
renciaisde
Prod
uto
ESTRUTURA
218
3. GESTÃODASPRÁTICASDEGESTÃODECONHECIMENTO
AspráticasdeGC,quandocriadaspelaEC,devemseradicionadasnaTabela3-1-Práticasde
GCdaECdesteprocedimento.
Alémdisso,cadapráticadeveconterumaficha(FH-GC)quecontémadescriçãodaprática,
identificaçãodos responsáveispelagestãodamesma, identicaçãodaspessoasenvolvidas,
indicadoreseotempoqueestapráticarequisitarádaspessoasqueparticiparemdamesma.
Também é importante identificar qual tipo e troca de conhecimento predomina nesta
práticaapartirdomodeloSECIdeNonakaeTakeuchi (2008): socialização;externalização;
combinaçãoeinternalização.Sãoestastrocasdeconhecimentoquepropiciamaespiraldo
conhecimento;ouseja,amanutençãodosconhecimentosessenciaiseainovaçãoapartirda
geraçãodenovosconhecimentosorganizacionais.
Tabela3-1-PráticasdeGCdaEC
PráticasdeGC1 CafédoConhecimento 21 RelatóriosdeInovação2 Storytelling 22 DiretrizesConstrutivas3 Brainstorming 23 CoPReduçãodeCiclo4 Mentoria 24 BancodeDetalhesConstrutivos5 Quadrilha 25 PesquisadeMercado6 Gruposdosetor 26 CardápioDiferenciaisdeProduto7 Chatcomconsumidor 27 CartilhaDiferenciaisCliente8 BacktoSchool 28 TrabalhosAcadêmicos9 Blog 29 IncentivoaoMestradoProfissional10 MelhoresPráticas 30 ProfissionaisdoFuturo11 LiçõesAprendidas 31 TreinamentosIPs12 IdeiasàObra 32 EspecializaçãoEngenhariaeInovação13 ReuniõesdeEngenharia 33 ProgramaIntercâmbio14 PortaldeGC 34 DesenvolvimentodeEstagiários15 AdoteumaIdeia 35 Multiplicadores16 QueroCompartilhar 36 EducaçãoCorporativa17 PortaldeIdeias 37 RedesSociais18 GruposdeInovação 38 FastDating19 PlataformadeCrowdsourcing 20 Revisão|DesenvolvimentodeIPs
Fonte:elaboradopelaautora
219
ModelodeFichadePráticadeGC(FH-GC)
PráticadeGC
Descrição
Responsáveis
PessoasEnvolvidas
Trocasdeconhecimento
IndicadoresQuantitativos
IndicadoresQualitativos
Tempoestimadoparaseenvolver
comaprática
Fonte:elaboradopelaautora
220
ExemplodeFichadeGCpreenchida
PráticadeGC MelhoresPráticas
DescriçãoRegistrosatravésdeasrevistaseletrônicasdasmelhorespráticasquenãofazempartedosprocessosdequalidadedacompanhia,masquepodemvirar.
Responsáveis CoordenadordaQualidade
PessoasEnvolvidas Colaboradores
Trocasdeconhecimento
Tácito-Explícito(externalização)
IndicadoresQuantitativos
• quantidadedemelhorespráticasregistradas;• quantidadedemelhorespráticasutilizadas
IndicadoresQualitativos
• depoimentosdosparticipantes;• avaliaçãodaqualidadedoconteúdopelaliderança
Tempoestimadoparaseenvolver
comaprática240min/mês
Fonte:elaboradopelaautora
221
4. REFERÊNCIAS
• NONAKA,I.;TAKEUCHI,H.GestãodoConhecimento.SãoPaulo:Bookman,2008.
5. FORMULÁRIOSEMODELOS
FH-GC–FichadePráticasdeGestãodoConhecimento
222
ANEXOA–CRITÉRIOSDOPRÊMIONACIONALDEQUALIDADE
1. Liderança: aborda os processos gerenciais relativos à orientação filosófica da
organizaçãoecontroleexternosobresuadireção;aoengajamento,pelaslideranças,
das pessoas e partes interessadas na sua causa; e ao controle de resultados pela
direção(FNQ,2017).
2. Estratégias e Planos: aborda os processos gerenciais relativos à concepção e à
execuçãodasestratégias,inclusiveaquelesreferentesaoestabelecimentodemetas,
àdefiniçãoeaoacompanhamentodeplanosnecessáriosparaoêxitodasestratégias
(FNQ,2017).
3. Clientes:abordaosprocessosgerenciaisrelativosaotratamentodeinformaçõesde
clientes emercadoe à comunicação comomercadoe clientes atuais e potenciais
(FNQ,2017).
4. Sociedade: aborda os processos gerenciais relativos ao respeito e tratamento das
demandas da sociedade e do meio ambiente e ao desenvolvimento social das
comunidadesmaisinfluenciadaspelaorganização(FNQ,2017).
5. Informações e Conhecimento: aborda os processos gerenciais relativos ao
tratamento organizado da demanda por informações na organização e ao
desenvolvimento controlado dos ativos intangíveis geradores de diferenciais
competitivos,especialmenteosdeconhecimento(FNQ,2017).
6. Pessoas:abordaosprocessosgerenciaisrelativosàconfiguraçãodeequipesdealto
desempenho,aodesenvolvimentodecompetênciasdaspessoaseàmanutençãodo
seubemestar(FNQ,2017).
7. Processos: aborda os processos gerenciais relativos aos processos principais do
negócioeaosdeapoio, tratandoseparadamenteos relativosa fornecedoreseaos
econômico-financeiros(FNQ,2017).
8. Resultados: aborda os resultados da organização na forma de séries históricas e
acompanhados de referenciais comparativos pertinentes, para avaliar o nível
alcançado,edeníveisdedesempenhoassociadosaosprincipaisrequisitosdepartes
interessadas,paraverificaroatendimento(FNQ,2017).