Gestão na sala de aula

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Gestão na Sala de Aula

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Gestão na Sala de Aula

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As questões mais importantes para

o professor são aquelas relativas a

prática da sala de aula. O que fazer e

como fazer. Durante muito tempo, os

cursos e programas de formação se

recusavam a abordar diretamente este

tipo de questão porque supunham que

isso impedia o professor de construir

por si mesmo seu percurso e sua ação

pedagógica. Mas o tempo mostrou

que o grande problema é que não

havia, na época, conhecimento

didático suficiente para ser oferecido

ao professor. Hoje, passados 20/ 30

anos, diferentes grupos de

educadores, pioneiros na pedagogia

sócio-interacionista, elaboraram

procedimentos didáticos e propostas

de atividades que foram postas a

prova e mostraram seus resultados

positivos. Atualmente entende-se que

este conhecimento didático é um dos

principais conteúdos dos cursos de

formação.

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No entanto, há aspectos presentes

no dia-a-dia de uma sala de aula que

influenciam diretamente a eficácia do

processo educativo e que não são de

ordem metodológica, mas ao

gerenciamento e a administração da

turma. São questões que definem o

sucesso das atividades propostas em

sala de aula.

Se nos últimos anos, as propostas

educacionais mudaram, mudando

também a forma de entender o

processo de ensino e aprendizagem,

deve-se mudar também a forma de

organizar e atuar em sala de aula. A

antiga imagem da sala de aula onde

alunos sentados em filas e o professor

imponente a frente com giz na mão,

pode hoje ser substituído por aulas

dinâmicas com data show e seminários

interativos. Não é aceitável também

uma sala de aula onde acontecem o

que os alunos querem e onde a velha

disciplina foi substituída por uma

bagunça desenfreada.

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Um ambiente de trabalho,

descontraído e intenso, precisa ser a

imagem mais coerente com a

mudança paradigmática que a área

educativa vem vivendo. Ambiente

onde há grande circulação de idéias,

onde há diversidade de materiais

curriculares de apoio em substituição à

soberania do livro didático ou da

cartilha, onde o tempo não é

administrado apenas pelo sinal, mas

sim pelas necessidades do trabalho,

porque, acima de tudo, há um

planejamento flexível, participativo,

integrado o suficiente para dar rumo

ao trabalho diário e não prescrevê-lo

integralmente como um processo

estático e sem vida.

São quatro dimensões que

compõem o que chamamos

invariáveis metodológicas, elas estão

presentes em qualquer sala de aula e

devem estar muito bem

fundamentada pelo PPP

(Projeto Político Pedagógico). Para que

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tudo ocorra bem e para que o

professor não seja vitima destas

dimensões, como se fossem imutáveis

dados da realidade escolar, propomos

uma reflexão sobre cada uma delas.

TEMPO:

O Tempo na escola parece nunca

ser suficiente para o que pretendemos

fazer, muitas vezes o professor precisa

tomar decisões quanto a sua utilização

e não sabe que critérios usar de forma

segura. Deve dedicar mais tempo à

leitura ou a matemática ? .

Apenas uma vez na semana

histórias ? dramatizações, podem ser

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boas mas gastam muito tempo. Será

que o investimento prolongado em

determinadas práticas é perda de

tempo ? Estas e outras questões fazem

parte do gerenciamento do tempo na

sala de aula.

Entendemos que nas séries iniciais

a importância da rotina é muito

grande e ajuda tanto o professor

quanto o aluno. Uma programação

estruturada e repetitiva ajuda os alunos

a entenderem a sistemática da escola

e contribui para conciliar o tempo com

as programações extra curriculares

vividas pelo aluno fora dela, bem

como aqueles definidos pelas

necessidades escolares, exigidos pela

demanda interna (tolerar melhor

atividades menos envolventes,

preparar-se para as atividades

preferidas, agüentar a espera do

horário do lanche, decidir quando irão

a biblioteca...) devemos lembrar que o

aluno das séries iniciais, até

recentemente tinha um horário bem

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mais flexível (na família ou na Ed,

infantil), onde o ritmo individual mais

facilmente transformava a rotina

externa.

Se inicialmente estas novas

exigências, relativas à como se

organiza o tempo escolar, são mais

uma novidade na qual as crianças

precisam se adaptar a medida que a

rotina vai sendo experimentada pelo

aluno, ele vai se aproximando dessa

nova organização temporal: a

sequência das atividades semanais

permite que o aluno compreenda,

antecipe o que acontecerá em seu

dia-a-dia e tal possibilidade garante

uma inserção bem mais tranqüila na

escola. Sendo assim, instrumentos que

possibilitem ao aluno desde o inicio a

compreensão da sucessão de

“momentos” escolares (estrutura de

horário), são formas de favorecer esta

compreensão.

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Há duas dimensões importantes da

rotina: a rotina semanal e a diária. Se a

primeira é explicada e mais rígida

(porque se refere a realidade escolar

mais ampla). Cabe ao professor

estruturar a segunda conciliando nela

todas as variáveis que garantam o

bom andamento do trabalho na sala

de aula, para isso o professor poderá

possibilitar aos alunos a co

responsabilidade, ou seja, torná-los

participativos dessa administração da

sala de aula.

Para administrar equilibradamente

o tempo em sala de aula, as atividades

devem ser pensadas em todas as suas

dimensões: a relação das atividades e

sua freqüência na rotina diária.

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ATIVIDADES QUE ACONTECEM

DIARIAMENTE:

Algumas atividades envolvem

conteúdos de grande relevância em

cada série e por isso tem um espaço

diário, e é importante que aconteçam

sempre num mesmo momento do dia:

- LEITURA DE UM LIVRO EM CAPÍTULOS:

(tem lugar especial, pois amplia o

repertório, favorece a concentração e

a criação de hábitos de leitores. Ela

pode acontecer de preferência no

inicio )

- JOGOS COLETIVOS:

que envolvam cálculo metal de

pequena, média e grande grandeza

(socialização de estratégias de cálculo

e favorece a aproximação positiva

com a matemática)

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- RODA DE CONVERSA:

È a atividade iniciada no dia-a-dia

para todas as turmas. Constituí-se num

rico espaço de trocas onde serão

fortalecidos o desenvolvimento da

socialização e o processo de

construção do conhecimento. É no

intercâmbio junto aos colegas e

professores, com suas diferenças e

concepções sobre diversos objetos de

conhecimento que o aluno vai

ampliando a percepção de si mesmo

e de suas possibilidades de sentir,

pensar e atuar sobre a realidade que o

cerca.

Geralmente as rodas de conversa

destinam-se a ser o momento mais

oportuno para as conversas, discussões

dos problemas do grupo. Nessa hora

combina-se a programação do dia. As

rodas podem variar em momentos de

contar, declamar e ou ler histórias,

poesias, parlendas, músicas...

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- ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA:

Aspectos a serem observados.

Que seja entendido como algo

próprio.

Que os alunos possam participar de

sua organização.

Que permita uma organização flexível

do trabalho da turma.

Que seja funcional e agradável.

Que os aspectos comuns sejam

considerados como espaço educativo.

- QUADRO DE TAREFAS:

Uma das melhores formas de ajudar o

aluno a sentir que o espaço escolar é

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algo seu, é oferecer-lhe oportunidades

reais de participar e assumir

responsabilidades em sua organização.

Quando o espaço é assumido dessa

maneira, o aluno passa a apropriar-se

dele, usufruindo, desfrutando e

valorizando-o.

OS ALUNOS PODEM PARTICIPAR:

- Na decoração

- Na limpeza e preservação

- Na distribuição e recolhimento de

materiais

- Na roda de histórias (contador de

história...)

- Na manutenção

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- Na representação da turma

- No recado e recolhimento de tarefas

ATIVIDADES QUE ACONTECEM

SEMANALMENTE:

- CIRANDA INFORMATIVA:

É a pesquisa e discussões de noticias

da semana, a confecção de um jornal

mural que tem o espaço assegurado

na sala de aula. Quando a leitura tem

como propósito a troca de

informações, favorecendo a

socialização de idéias e a formação

de posturas frente às questões atuais.

Os leitores iniciantes são orientados a

procurar indicadores que favoreçam a

leitura dos textos, tais como

manchetes, titulo e subtítulo, legendas

das fotos, para antecipar algo sobre o

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texto a ser lido. Pode ser uma pesquisa

com assunto também direcionado ou

livre.

- CIRANDA DO LIVRO:

Momento em que alunos e professores

reúnem-se para comentar do colega

para escolha da leitura. As primeiras

cirandas do livro são dedicadas para

apresentação dos livros que devem ser

feitas pelo seu proprietário apenas

referindo-se ao autor, nome do livro,

capa, ilustração, não podendo contar

toda a história.

Com a continuidade os alunos passam

a realizar escolhas mais criteriosas. Vale

ressaltar a importância de fazer a

listagem dos livros lidos pela turma

durante o período letivo, o professor

deve ficar atento para os alunos que

não estão participando para incluí-los

na medida do possível.

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- ATIVIDADE DE SALA:

A atividade eficaz é aquela que tem

uma intenção clara tanto para o

professor que solicita, quanto para o

aluno que realiza. A atividade de casa

pode servir, por exemplo: para

desenvolver habilidades de pesquisas,

introduzir novos conteúdos, avaliar a

aprendizagem da turma, recuperar

alunos com dificuldades, além de

exercitar o que estão aprendendo. Em

todos esses casos, os alunos devem

estar cientes do que o professor

pretende, qual a sua intencionalidade.

O professor deverá, sempre que

possível, disponibilizar as fontes para

realização da tarefa.

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