Gestão Em Laboratórios de Ensino
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Ana Fonseca
Professora Associada
CEMAS, Faculdade de Cincia e Tecnologia - UFP
Gisela Oliveira
Centro de Recursos Laboratoriais - UFP
Maria Joo Castro
Centro de Recursos Laboratoriais - UFP
C. Moutinho
Licenciada em Engenharia do Ambiente - UFP
As universidades tm a capacidade e a responsabilidade de promoverem o desenvolvimen-
to pelo ambiente e pela segurana, transmitindo valores e saberes, e comportando-se de
forma social e ambientalmente responsvel. Neste trabalho faz-se uma anlise da forma
como feita a gesto do ambiente e da segurana no Laboratrio de Qumica da Faculda-
de de Cincia e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa, identi cando os seus pontos
fortes e fracos e as oportunidades de melhoria.
GESTO DO AMBIENTE E DA SEGURANA EM LABORATRIOS DE ENSINO
1.INTRODUO E OBJECTIVOS
A gesto do ambiente e da segurana em ambiente universitrio assume um papel muito
relevante uma vez que as universidades contribuem de forma signi cativa para o desen-
volvimento da sociedade. A funo da universidade consiste no s em educar atravs da
transmisso de princpios, como tambm atravs do treino espec co da aplicao destes
princpios. Neste contexto, a elaborao de projectos de gesto do ambiente e da segurana,
com envolvimento efectivo de toda a comunidade acadmica, reveste-se de particular inte-
resse e importncia.
Note-se que cada vez mais a sociedade em geral (e o mercado de trabalho em particular)
do importncia aos comportamentos ambientalmente correctos e a todos os procedimen-
tos que visam proteger a sade e segurana. A demonstr-lo veja-se o elevado nmero de
empresas que tm programas de Gesto Ambiental, Gesto da Higiene, Sade e Seguran-
a Ocupacional, Responsabilidade Social Empresarial, etc. Face ao exposto, a incluso de
preocupaes com o ambiente e a segurana nos currculos acadmicos tradicionais ser
seguramente uma mais-valia, a todos os nveis, para um aluno universitrio.
No difcil a sensibilizao para as questes ambientais e de segurana numa comunidade
acadmica, uma vez que uma populao com um grau de educao elevada mais receptiva
a mudanas, desde que as polticas e procedimentos sejam bem justi cados e sem ambi-
guidade (Balf et al., 2003). No entanto, a coordenao de um projecto de gesto do ambiente
e da segurana em meio universitrio apresenta algumas complexidades, essencialmente
devidas a (Izzo, 2000; Barnes e Jerman, 2002; Viebahn, 2002):
.As faculdades e departamentos dentro de uma universidade, geralmente, funcionam de forma independente uns dos outros;
.O tipo de operaes e resduos gerados varia frequentemente e apresenta grande diversidade;
.A grande maioria da populao envolvida (alunos) no xa e est presente no projecto por um curto espao de tempo; por outro lado , normalmente fortemente
motivada.
De entre os principais aspectos com relevncia ambiental e riscos associados dentro de
uma universidade surgem os laboratrios, j que neles se manipulam materiais perigosos
para o ambiente e segurana dos que a trabalham. Muitos qumicos existentes nos labora-
trios so txicos, in amveis ou explosivos. Consequentemente devem ser manipulados,
armazenados e os seus resduos tratados ou eliminados de forma a minimizar os impactes
ambientais e riscos associados.
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216 217 possvel encontrar na literatura diversos testemunhos de implementao de programas de gesto do ambiente e da segurana em laboratrios de ensino universitrio (ver, por exem-
plo, Penas et al., 2005; Balf et al., 2003; Serra et al., 2003-A e 2003-B; Izzo, 2000; Pacheco e
Hemais, 2000). A implementao de um programa deste tipo passa por estabelecer alguns
princpios de actuao, como por exemplo: formao de professores e alunos, criao de
programas de auto-inspeco, estabelecimento de objectivos, etc. Como resultados desta
implementao so expectveis mudanas de comportamentos, assim como mudanas
culturais, que se podero quanti car atravs do estabelecimento de indicadores adequados,
como registos de formao, resultados em testes de sensibilizao, quantidades de resduos
gerados, quantidade de produtos reutilizados ou reciclados, nmero de acidentes e inciden-
tes, etc. (Balf et al., 2004).
As principais estratgias para a diminuio de riscos ambientais e de segurana em labora-
trios baseiam-se nas seguintes medidas:
.Minimizar o stock de produtos qumicos. Deste modo reduzem-se tambm as neces-sidades de espao requerido e eventuais perdas nanceiras devido perda de validade
dos produtos (Penas et al., 2005; American Chemical Society, 2002; Jardim, 1998);
.Substituir produtos txicos por produtos com menor grau de toxicidade ou incuos;
.Aplicar o conceito da micro-escala, ou seja, reduzir a escala das experincias e protoco-los menor possvel que permita atingir as necessidades de formao envolvidas (Ame-
rican Chemical Society, 2002; Singh et al., 1999; Jardim, 1998; Pickering et al., 1986);
.Reduzir ao essencial o nmero de ensaios (incluindo o nmero de amostras e nmero de rplicas);
.Promover a separao dos resduos, maximizando as possibilidades de recuperao de materiais atravs da sua reutilizao e reciclagem;
.Promover informaes sobre os benefcios ambientais e de segurana decorrentes dos esforos desenvolvidos para diminuio de riscos (American Chemical Society, 2002).
.Garantir que todos os produtos armazenados, incluindo resduos, se encontram ade-quadamente rotulados, e que as Fichas de Dados de Segurana (FDS) esto disponveis.
As preocupaes com o ambiente e a segurana devem comear logo na fase de programa-
o das experincias a realizar no mbito das disciplinas leccionadas: deve procurar-se que
as substncias utilizadas sejam o menos txicas possvel, e envolvam o mnimo de gerao
de resduos. A opo pela micro-escala apresenta vantagens no s ao nvel da segurana e
do ambiente, mas tambm ao nvel econmico, e a demonstrao prtica do conceito pre-
veno da poluio por reduo na fonte (Neves et al., 2001).
importante salientar que muitos alunos tm o primeiro contacto com um laboratrio s
quando chegam universidade. Sendo assim essencial que lhes sejam transmitidas infor-
maes sobre os riscos dos produtos que esto a utilizar, assim como sobre as precaues
de segurana a ter em conta e os procedimentos de emergncia a seguir em caso de aciden-
te (Miguel, 2000). tambm importante que lhes seja transmitida, quer em conceito terico
quer em aplicao prtica, a tica da Segurana (Hill, 2004): valorizar a segurana, trabalhar
em segurana, prevenir situaes de risco, promover a segurana e aceitar responsabilidade
pela segurana.
A construo de uma cultura de preveno como principal ferramenta para o controlo de
riscos existentes em laboratrios de ensino constitui a melhor via para a diminuio, no
apenas de resduos e de todos os custos associados sua gesto e eliminao, mas tam-
bm de acidentes no laboratrio. A experincia e as estatsticas demonstram que o com-
portamento humano constitui, na grande maioria dos casos, o factor desencadeante dos
acidentes laboratoriais. O excesso de con ana por parte dos indivduos muito treinados e
habituados execuo de determinados procedimentos (como sejam os tcnicos especiali-
zados e docentes) leva por vezes a um certo relaxamento da ateno durante a manipulao
ou execuo. Por outro lado, a inexperincia e o desconhecimento dos riscos por parte dos
utilizadores (como o caso da maior parte dos alunos, principalmente dos primeiros anos)
tambm determinante na ocorrncia de acidentes. A melhor proteco que possvel
oferecer a um aluno que procura obter educao em trabalho laboratorial a transmisso
por parte de tcnicos e docentes, da informao adequada, e de exemplos de sensibiliza-
o, motivao e intransigncia na adopo integral das Boas Prticas Laboratoriais (BPL).
As BPL so normas e procedimentos de trabalho universalmente estabelecidos que devem
ser tomadas em considerao na execuo dos trabalhos laboratoriais dado que tm como
objectivo minimizar e controlar a exposio dos utilizadores aos riscos inerentes actividade
laboratorial, como sejam por exemplo a utilizao de equipamentos de proteco individual
(EPIs). Saliente-se ainda que, em alguns casos, a aplicao de BPLs ultrapassa a questo
tica, constituindo mesmo uma obrigao legal (Directiva Comunitria 1999/11/CE de 8 de
Maro e Directiva Comunitria 2004/10/CE de 11 de Fevereiro).
Neste trabalho descreve-se a forma como feita a gesto do ambiente e da segurana no
Laboratrio de Qumica (LAQ) da Faculdade de Cincia e Tecnologia da Universidade Fer-
nando Pessoa (FCT-UFP), tendo como base o ano lectivo 2004/05. Os objectivos a atingir so
a obteno de uma anlise crtica aos procedimentos actuais, e a identi cao dos pontos
fortes a serem mantidos e dos pontos fracos a serem melhorados.
O trabalho aqui apresentado foi baseado numa monogra a apresentada para concluso da
licenciatura em Engenharia do Ambiente na Universidade Fernando Pessoa (Moutinho, 2004).
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218 2192.CASO DE ESTUDO: LABORATRIO DE QUMICA DA FACULDADE DE CINCIA E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA
O LAQ serve os alunos da Faculdade de Cincia e Tecnologia da UFP, e tambm alguns
alunos da Faculdade de Cincia da Sade desta Universidade. Este laboratrio est em fun-
cionamento regular desde Setembro de 1999. Aqui so leccionadas disciplinas na rea do
conhecimento da Qumica, e so tambm executadas pontualmente anlises de guas de
abastecimento e residuais. Est equipado com equipamento bsico diverso (espectrofotme-
tros, sistemas de destilao e evaporao, estufas e mu a, balanas analticas e de preci-
so, medidores de pH e condutividade, mantas e placas de aquecimento e agitao) e algum
equipamento espec co para a anlise de guas (digestores aerbio e anaerbio, unidade de
mistura e arejamento).
Na Tabela 1 apresenta-se um resumo da actividade do LAQ no ano lectivo 2004/05, incluindo
as disciplinas a leccionadas, o nmero de trabalhos prticos realizados, o nmero de alunos
envolvidos e as quantidades de resduos produzidos.
Tabela 1 Actividade global do LAQ no ano lectivo 2004/05
relativamente ao ano lectivo 2004/05.
Como se pode observar nessa gura,
no LAQ so gerados resduos slidos
(efectuando-se a sua recolha selectiva),
que so posteriormente equiparados
a urbanos (RSUs), e uentes lquidos
no txicos cujo destino o esgoto de
e uentes domsticos (SMAS), amostras
de guas residuais que so reenviadas
para uma Estao de Tratamento de
guas Residuais (ETAR), e alguns res-
duos (slidos e lquidos) considerados
perigosos que so encaminhados para
uma entidade receptora devidamente
licenciada para o efeito (neste caso a
empresa SUCH Servio de Utilizao
Comum dos Hospitais). H ainda a con-
siderar na contabilizao dos resduos
gerados as guas de lavagem regular
do material, apesar de no ter sido pos-
svel a sua quanti cao. Saliente-se
que, como ilustrado na Figura 1, no LAQ
faz-se o reaproveitamento de alguns
produtos, quer atravs de processos de
recuperao (destilao de solventes)
ou atravs da reutilizao directa nou-
tros trabalhos.
Os resduos gerados no LAQ podem
ser agrupados em diferentes cate-
gorias, conforme o tratamento a que
devem ser submetidos e o destino
a ser-lhes dado. Estes resduos so
adequadamente segregados na fonte,
e as quantidades produzidas em cada
categoria so monitorizadas pelo Centro
de Recursos Laboratoriais (CERLAB).
Na Figura 2 apresentam-se os dados
dessa quanti cao relativamente ao
DisciplinaN trabalhos
LaboratoriaisN alunos
Resduos
gerados
Volume de
resduos txicos
% de
resduos txicos
Tcnicas laboratoriais 9 80 10 L 2 L 20%
Qumica II 9 6 3 L + 50 g 600 mL 20%
BIF 7 20 2,6 L 1 L 38%
Biologia I / Biologia II 8 7 2 KgNo gera
resduos txicos-
Ecologia / Ecologia e Ecotoxicologia 4 35 3 L ; 2 KgNo gera
resduos txicos-
Qumica da gua 6 4 9,5 L 2 L 21%
Tratamento de guas de
Abastecimento e Residuais5 16 14 L* 14 L 100%
Qumica Geral 8 24 18 L 2 L 11%
Biotecnologia 4 10 3 L ; 500 g 1 L 33%
* Este volume no toma em considerao o volume de amostras de e uente industrial analisado e tratado durante as aulas e que corresponde a cerca de 70 L.
No que diz respeito gesto ambiental no LAQ, importa conhecer os principais uxos de
materiais neste laboratrio. Na Figura 1 apresenta-se um diagrama ilustrativo desses uxos
Fig.1 Principais uxos de materiais no LAQ
em 2004/05
ano lectivo 2004/05. Analisando essa
gura pode-se veri car que a grande
maioria dos resduos lquidos prove-
nientes do LAQ so amostras de guas
residuais (quer industriais quer doms-
ticas). Estas amostras so utilizadas
para demonstrao de processos de
anlise, tratamento e pr-tratamento,
e so posteriormente reencaminha-
das para a instituio de origem. As
solues aquosas com sais inorgnicos
no txicos resultam essencialmente de
processos de titulao, sendo que algu-
mas delas tm origem na neutralizao
de solues cidas ou bsicas produzi-
das no LAQ. O destino destas solu-
es aquosas neutralizadas o esgoto
domstico. Como j referido atrs, os
solventes orgnicos (no-organoclora-
dos) so recuperados por destilao,
sendo que os organoclorados so envia-
dos para a SUCH. O mesmo destino
dado s solues aquosas com compos-
tos orgnicos ou com metais pesados.
Os cidos e bases so normalmente
reutilizados dentro do LAQ.
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220 221
Fig.2 Categorias de resduos produzidos no LAQ em 2004/05
Ainda ao nvel de boas prticas ambientais, saliente-se que no LAQ existe um mecanismo de
reutilizao da gua de refrigerao do destilador (utilizado diariamente para produzir gua
destilada) para a lavagem de pipetas. Deste modo consegue-se reduzir signi cativamente o
consumo de gua e a gerao de e uente domstico neste laboratrio.
A gesto da segurana no LAQ tem por objectivo reduzir ao mnimo os riscos a que os seus
utilizadores esto expostos. Esto disponveis diversos EPIs, como por exemplo batas, luvas,
culos e mscaras de proteco. Ao nvel dos equipamentos de proteco colectiva (EPCs) o
LAQ est equipado com um lava-olhos e um extintor. Existe ainda uma hotte onde so execu-
tados os trabalhos com gerao de vapores. Existem duas sadas de emergncia: a porta prin-
cipal do laboratrio e uma porta secundria que d acesso a servios administrativos da UFP.
Para todos os produtos utilizados no LAQ, esto disponveis no CERLAB as respectivas
Fichas de Dados de Segurana (FDS), provenientes dos fornecedores desses produtos. O
CERLAB est actualmente a elaborar, a partir das FDS, instrues de segurana para todos
os produtos existentes no LAQ, com as principais informaes para actuao em caso de
emergncia. Essas instrues, em conjunto com os procedimentos de emergncia, esto
disponveis no dossier de segurana correspondente ao laboratrio LAQ.
Todos os produtos existentes no LAQ esto devidamente identi cados e rotulados, incluindo
as preparaes intermdias utilizadas nos trabalhos laboratoriais e os resduos produzidos.
A armazenagem de produtos est organizada por categorias, e os produtos in amveis esto
acondicionados em armrios prprios para esse efeito.
Tem sido desenvolvido um grande esforo, quer da parte do CERLAB quer dos docentes
envolvidos, em substituir reagentes txicos e eliminar mtodos de anlise que necessitem
deste tipo de reagentes. No entanto ainda h algum trabalho a ser feito a esse nvel, uma
vez que, apesar de a situao ter melhorado signi cativamente nos ltimos anos, ainda so
utilizados no LAQ alguns produtos com toxicidade elevada.
A comunidade utilizadora do LAQ, talvez em parte devido s caractersticas dos cursos
aqui leccionados e da formao de funcionrios e docentes, fortemente motivada para as
questes de segurana e ambientais e consciente dos efeitos da aco individual no meio
ambiente. Deste modo, sendo o percurso deste laboratrio ainda jovem (em funcionamento
regular h cerca de 6 anos) registaram-se at ao momento 7 acidentes, sendo 6 de carcter
pessoal (principalmente cortes com objectos de vidro e outro de salpicos de cido) e 1 aci-
dente de carcter ambiental (derramamento de e uente industrial). Afortunadamente todos
estes acidentes foram resolvidos no momento, no se tendo veri cado consequncias graves
nem permanentes. Em todos os casos foi o factor humano, falta de ateno ou excesso de
con ana, a causa do acidente.
3.CONCLUSES E PERSPECTIVAS FUTURAS
No que diz respeito gesto ambiental no LAQ, no decorrer deste estudo foi possvel cons-
tatar que a gesto dos resduos produzidos real e e caz. Como oportunidade de melhoria
sugere-se que os professores responsveis sejam sensibilizados para o uso da micro-esca-
la, uma vez que a gesto adequada dos resduos produzidos no laboratrio passa tambm
pela gesto das quantidades dos reagentes utilizados.
Relativamente gesto da segurana, foram detectados alguns pontos a ser revistos e
melhorados, nomeadamente a utilizao de reagentes txicos em alguns trabalhos e a
ausncia de simulacros para testar procedimentos de emergncia. No entanto veri cou-se
que os restantes procedimentos de segurana existem e esto operacionais neste laboratrio.
Ao nvel de perspectivas futuras, de referir que recentemente foi proposta a criao de
um grupo de trabalho, envolvendo docentes e funcionrios, para a promoo do Ambiente e
Segurana na UFP (GMAHS Grupo para a Melhoria do Ambiente, Higiene e Segurana na
UFP). Espera-se que a actuao deste grupo venha contribuir para a melhoria contnua da
gesto do ambiente e da segurana, no s no LAQ, mas em toda a Universidade. desej-
vel envolver cada vez mais os alunos neste tipo de actividades, tornando a sua participao
mais activa.
1,38%3,45%
22,76%
1,38%1,72%
5,86%
9,31%2,41%
51,72%
cido
Base
Sol aquosa c/ sais inorgnicos
Sol aquosa c/ compostos orgnicos
Solvente organoclorado
Solvente orgnico
Resduo slido
Sol aquosa c/ metais pesados
gua residual ou efluente industrial
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222 223Como concluso e re exo nal, salienta-se que a gesto do ambiente e da segurana num laboratrio de ensino da responsabilidade de todo o pessoal ligado directamente s activi-
dades que a se exercem, nomeadamente professores, alunos e funcionrios. Aos professo-
res cabe a responsabilidade de transmitir valores e saberes, para que os alunos aprendam
a comportar-se de uma forma social e ambientalmente responsvel. Aos alunos, futuros
tcnicos pro ssionais, cabe a responsabilidade de assumirem uma postura de aproximao
sustentabilidade em todas as suas dimenses. A promoo da minimizao de impactes
ambientais e riscos de segurana ao nvel da educao universitria ter um impacto sig-
ni cativo no s nos alunos, mas tambm em todos aqueles que, no futuro, partilharem o
ambiente pro ssional com estes.
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