Gestão Democrática Da Escola Pública

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  • GESTO DEMOCRTICA DA ESCOLA PBLICA:UMA RELAO TERICO-PRTICA

    Sandra Maria Negrini *

    RESUMO:O presente artigo aponta alguns questionamentos a respeito da gesto democrtica na Escola Pblica, no intuito de construir entendimentos e saberes para enfrentar os entraves encontrados na implantao da democratizao dos tempos e espaos escolares, como falta de capacitao dos partcipes para agir democraticamente, falta de clareza nos objetivos pedaggicos propostos. Sendo que o determinado na teoria sobre a gesto democrtica da escola pblica, ainda no est sedimentado na prtica. As instncias colegiadas j existentes na escola so citadas tendo o Conselho Escolar um maior aprofundamento por ser um processo revestido de grande importncia na busca da participao e autonomia dos partcipes da escola. Levando em conta que as transformaes desejadas no mbito da implementao de aes democrticas nas escolas devem contar com a instrumentalizao dos partcipes atravs da ressignificao das relaes entre escola e comunidade interna e externa. Buscando assim uma maior parceria da escola com a comunidade para que a escola aja efetivamente, em funo de aproximar a teoria e a prtica no processo de democratizao e cumprimento da funo social da escola.

    Palavras chave: Gesto Democrtica. Aes Colegiadas. Conselho Escolar. Instrumentalizao dos Partcipes.

    Professora de Lngua PortuguesaFaculdade Filosofia Cincias e Letras de Jacarezinho -FAFIJAProfessora PDE Gesto [email protected]

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  • ABSTRACT:This article points out some questions about the democratic management in the Public School, in order to build understanding and knowledge to face the obstacles encountered in implementing the democratization of the times and venues education, and lack of empowerment of participants to act democratically, lack of clarity the educational goals proposed. Being given that the theory about the democratic management of public schools, is not yet sedimented onto practice. As the entities that already exist in school are cited and the School Board further study to be a process of great importance in the quest for autonomy and participation of participants from school. Taking into account that the desired changes in the implementation of democratic activities in schools should rely on the exploitation of participants through the re relations between school and community internal and external. Seeking thus a greater partnership with the school community to act effectively to school, according to bring the theory and practice in the process of democratization and observance of the social function of the school.

    INTRODUO

    A implantao de um ambiente democrtico na escola reveste-se de inmeros entraves que limitam a efetivao desse processo, por exemplo, a

    ausncia de esforo coletivo, a falta da clara definio dos objetivos pedaggicos

    a serem alcanados. A verdadeira idia de gesto democrtica muitas vezes no

    trabalhada na prtica com os partcipes da escola, ficando a questo tratada

    apenas no plano terico, ou seja, muitas vezes as aes so efetivadas apenas

    no papel, no tendo a participao ativa das pessoas envolvidas na prtica das

    aes, muitas vezes por no saber como se envolver.

    focado nesse desafio de saber como fazer, que nos encontramos ainda

    imersos em discusses e reflexes a respeito de problemas que florescem no

    dia-a-dia de nossas prticas pedaggicas escolares, onde se padece de aes

    realmente eficazes que possam amortizar a condio frgil que a educao

    apresenta hoje. A luta pela democratizao da escola, no tarefa simples, pois

    tem que se contar com as divergncias de interesses dos envolvidos no processo

    educativo. Porm constataes assim no devem servir de justificativa para no

    impulsionar prticas democrticas na escola.

    Acreditando na gesto democrtica como uma condio de construo

    coletiva de qualidade da educao e que isso implica em nova cultura de

    organizao, unindo teoria e prtica que se busca essa alternativa como

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  • possibilidade de melhorias na escola pblica. Paro (2005, p. 162) argumenta

    sobre os entraves na implantao da gesto democrtica se pretendemos agir

    na escola, como de resto em qualquer instncia na sociedade com vistas a

    transformao social, no podemos acreditar que estejam j presentes condies

    ideais que s podero existir como decorrncia dessa transformao.

    Assim esse artigo com foco na construo da gesto democrtica da

    escola pblica analisa limites e possibilidades que permeiam esse processo,

    considerando o Conselho Escolar como instrumento privilegiado e meio de

    aproximao entre teoria e prtica na democratizao da escola.

    A IMPORTNCIA DA GESTO DEMOCRTICA NA EFETIVAO DAS AES COLEGIADAS

    A proposio da gesto democrtica na escola pblica, onde se pressupe

    a participao ativa de todos perante questes norteadoras do processo

    educacional, muitas vezes nos parece uma questo utpica. Vale ressaltar aqui

    que a palavra utopia significa algo ou lugar que no existe. Isso no quer dizer

    que no possa existir, j que se coloca como algo necessrio que se deseja

    alcanar como possibilidade de resoluo dos problemas da escola.

    Segundo Paro (2005) quando se fala em educao remete-nos a pensar

    no homem como um ser histrico, que transcende o que natural, pois ele busca

    a liberdade em suas aes. Ainda segundo o educador o homem s se faz sujeito

    quando participa, produzindo uma ao e respondendo por ela, e essa ao s

    produzida coletivamente, sendo que o homem no se faz s.

    A concepo democrtico-participativa se adapta a busca da

    democratizao da escola por ter como caracterstica a relao orgnica

    existente entre setores da escola, na importncia que se d a busca de

    objetivos comuns a todos e tambm por defender uma forma de tomada de

    deciso coletiva, onde cada membro assume sua parte e responsabilidade no

    trabalho. Outra caracterstica importante dessa concepo a nfase nas

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  • relaes humanas. A gesto participativa se prope como condio para

    resistir s formas conservadoras de organizao e gesto escolar. Sobre essa

    considerao Libneo (2006) prope:

    Os objetivos sociopolticos da ao dos educadores voltados para as lutas pela transformao social e da ao da prpria escola de promover a apropriao do saber para a instrumentao cientfica e cultural da populao, possvel no s resistir s formas conservadoras de organizao e gesto como tambm adotar formas alternativas, criativas, que contribuam para uma escola democrtica a servio da formao de cidados crticos e participativos e da transformao das relaes sociais presentes. (LIBNEO, 2006, p. 328)

    A ao da gesto democrtico-participativa abre o canal para participao

    da comunidade, assim a escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e

    separado da realidade e passa a acontecer como uma comunidade educativa,

    interagindo substancialmente com a sociedade civil.

    Gadotti e Romo (1997, p. 16) tambm afirmam que a participao

    influencia na democratizao da gesto e tambm na melhoria da qualidade de

    ensino.

    Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educao ali oferecida. (GADOTTI e ROMO, 1997, p. 16)

    O esforo de todos os envolvidos que fundamenta a participao

    coletiva, que de vital importncia para a instalao de um ambiente

    democrtico na escola. Sendo assim a escola deve se perceber como exemplo

    de ambiente democrtico, assegurando a participao dos envolvidos

    conseqentemente com suas decises e responsabilidades sobre elas.

    Valores como incluso, justia, participao e dilogo so prprios da

    democracia, por isso to importante a implantao do esprito democrtico na

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  • escola. Quando se age democraticamente a diversidade valorizada e a

    incluso se torna prtica ao reconhecer como til a participao, deciso e idia

    do outro. A escola deve estar aberta ao debate tambm para a comunidade

    externa, discutindo as diversas abrangncias de fatos importantes escola,

    tendo para isso que organizar-se em tempo e espao, convocando a todos para

    participar e entender as funes de cada um e a misso da escola, tambm pais

    e alunos para assim debater questes primordiais no processo educativo.

    A participao o principal meio de assegurar a gesto democrtica da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usurios no processo de tomada de decises e no funcionamento da organizao escolar. Alm disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, estrutura e organizao e de sua dinmica, das relaes da escola com a comunidade, e favorece uma aproximao. (LIBNEO, 2004, p. 102)

    A concepo democrtico-participativa ao valorizar as relaes humanas e o humano, inquieta-se em relao ao desenvolvimento pessoal e profissional e a

    competncia tcnica dos diversos profissionais da escola. A escola um local

    de aprendizagem, espao educativo por excelncia, por isso propcio ao

    crescimento pessoal e profissional.

    As mudanas exigidas nesse momento devem dar conta de instalar na

    escola uma cultura democratizadora, focalizando todas as relaes da escola,

    privilegiando a gesto participativa e colegiada, onde poder e responsabilidades

    so distribudos de forma equilibrada, sendo a avaliao um instrumento eficaz

    nesta anlise.

    O ato de avaliar se torna um exerccio constante quando se busca

    qualidade nas aes. Atravs da avaliao que as decises podem ser tomadas

    com mais garantias, pautadas em diagnsticos. Gadotti (1999) lembra que e

    Avaliao Institucional nos ltimos anos vem se tornando prtica tambm no

    ensino bsico pela importncia que ela prope na busca de qualidade do ensino,

    dando conta de avaliar as melhoria no campo pedaggico e apoio tcnico das

    escolas, bem como avaliar os impactos provocados pelas inovaes que se

    introduzem nas escolas com o intuito de crescimento contnuo.

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  • No entanto, para que aes voltadas democratizao da escola pblica

    se efetivem, dependemos tambm de polticas educacionais favorveis a

    democratizao, ou seja, medidas agilizadas e sistematizadas pelo governo para

    atuar com maior eficincia nos mecanismos institudos ou os que constantemente

    se renovam com vistas a democratizao da escola. Esse conjunto de aes

    deve alicerar e apoiar todo o processo de democratizao na escola. Unindo

    assim a fora alicerada no cho da escola atravs de seus partcipes fora

    propulsora das polticas produzidas pelo sistema. Este aspecto que pretendemos

    destacar a seguir.

    A GESTO DEMOCRTICA NO CONTEXTO DA ESCOLA PBLICA NO BRASIL

    A retrospectiva histrica traz a compreenso do caos que vivemos na

    educao. Ao observar os movimentos registrados temos a elite dominante,

    intelectuais e governantes fazendo e desfazendo o processo educacional com

    normas e leis que se projetam de cima para baixo sem a menor participao

    da sociedade com seus interesses. Tendo o poder da movimentao financeira

    voltada para a educao desmandos aconteceram em nome de muita

    aparncia e pouca efetivao em busca de solues para problemas crnicos

    na educao como o analfabetismo, excluso, repetncia, baixos salrios,

    dentre e outros.

    Seguindo esta anlise temos em contrapartida as demandas sociais

    da maior parte da populao que reivindica uma escola com base na

    participao de todos e no aquela voltada e pensada somente para a

    burguesia. E essa cobrana de escola pblica gratuita e de qualidade vem se

    dando em todas as pocas. Porm as polticas educacionais implantadas no

    conferem com eficcia essa condio no sendo capaz at hoje de consolidar

    uma sociedade amplamente democrtica.

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  • A educao no Brasil desde os tempos da Independncia teve um

    tratamento que a desvinculou das lutas sociais. Leher (2002) comenta o trecho

    da Constituio Federal outorgada em 1824, que prope a instruo primria

    gratuita a todos os cidados. Tal princpio, segundo Leher foi negado aos

    ndios, negros libertos, crianas e jovens de classe baixa foram impedidos de

    freqentar as escolas legalmente por falta de oportunidade que as formas

    arcaicas de dominao impunham, ou seja, as oportunidades de escolaridade

    na prtica s era possvel para os cidados das classes mais abastadas.

    As escolas eram concebidas tendo em vista a educao dos filhos das

    classes dominantes, sendo os valores trabalhados voltados s classes que

    detinham mais posse. Os brancos com poucas posses podiam se servir

    apenas das escolas tidas como primeiras letras, e quem normalmente

    ministravam tais aulas que se baseavam no ensino mtuo lancastreano, eram

    os alunos que mais se destacavam. J aos escravos que no eram

    considerados como cidados nenhuma escola era possvel.

    As elites tambm dominaram o discurso e prtica da educao no

    perodo do Imprio. O militarismo trouxe a Repblica que chegou atravs de

    um processo de revoluo passiva. O capitalismo depois do fim da escravatura

    adquire posio mais clara e assim nasce as classes operrias.

    As vozes silenciadas no Imprio, e no incio da Repblica, a partir de

    1870, segundo Leher passam a ser ouvidas atravs de reivindicao na

    imprensa, onde intelectuais como Silvio Romero, Manuel Bonfim lutam por

    uma educao em sintonia com a cultura brasileira, em que a poesia e as

    lnguas africanas possam ter espao. Tentativas como a revoluo comunal

    em 1871, que prope base de igualdade social e instruo integral que cada

    um tem direito, foi logo derrubada contando com reaes endurecidas. Mais

    de cento e trinta anos aps, a educao se coloca subordinada a lgica do

    capital.

    Hoje as polticas educacionais abrangem um campo amplo que trata

    desde propostas de instituio, financiamentos para suportes materiais e de

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  • capacitao, abrangendo inclusive o pedaggico propriamente dito para a sala

    de aula a planos gerais de educao.

    As polticas de educao para Cury (2002) tm origem nas demandas

    sociais e polticas que no se conformam com os desgnios particulares que

    muitas vezes tomado como regra para a construo dessas polticas. Formas

    de presso de novos sujeitos sociais tm tornado as polticas educacionais

    plurais, quando do dinamismo coletivo dos sujeitos sociais aliada s

    necessidades da cidadania.

    Em Porto Alegre como em outros municpios as polticas educacionais

    mais abertas mostram que j no se tolera mais segundo Cury (2002, p. 156) os

    rumos excludentes da vida social e determinismos econmico-financeiros a

    gosto de poucos. E Cury deixa claro quando observa que O pacto que une

    muitas foras polticas direita comea a mostrar sinais de esgotamento. O

    correio eletrnico tem sido utilizado como instrumento dessa presso aos

    parlamentares, por meio da rede mundial de computadores a sociedade solicita

    informaes e providncias.

    O Brasil possui uma caracterstica importante em busca da efetivao da

    democracia, que a pluralidade poltico-partidria. Novos mecanismos de

    participao social que ampliam as possibilidades de tomadas de decises por

    um maior nmero de sujeitos (polticos), esto garantidos na Constituio de

    1988. Em todo Brasil, municpios tomam iniciativas inovadoras e corajosas em

    busca de valorizar a participao dos cidados de acordo com Cury na montagem

    de conselhos de controle social, deciso de destinao de verbas, enfim essas

    tentativas nada mais so do que cumprir o que est posto na lei maior, a

    Constituio.

    Deve haver vrios caminhos ao fazer as Polticas Educacionais e a

    democracia um deles, quando se quer um Estado tico e transparente a

    participao intensa e prxima deve ser praticada. E ns cidados brasileiros

    devemos ter como compromisso nos envolver sim com questes poltico-sociais

    para tanto precisamos conhec-las, perceb-las, enfim nossas escolas devem ter

    essa compreenso e propagar a conscincia da participao.

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  • Contudo, se a valorizao do profissional da educao e as condies de

    trabalhos apropriadas no tiverem a devida ateno essas polticas correm o risco

    de perder o flego necessrio para avanar em busca de melhores condies

    sociais e igualitrias. Portanto as polticas educacionais s se faro democrticas,

    segundo Cury , se ao mesmo tempo forem sociais e pedaggicas.

    Nesse sentido levamos em conta a prtica dos movimentos sociais que tm

    mostrado de acordo com Ciavatta (2002, p. 102) que a prtica social educativa e

    que no pedaggico h poltica, assim como vice-versa. E ainda segundo ela A

    educao pode no ser democrtica, mas a prtica da democracia , em si,

    educativa. Portanto a poltica educacional deve ter como rumo fundamental a

    democracia.

    A gesto democrtica surge como possibilidade de aniquilar o

    autoritarismo enraizado no processo educativo no interior das escolas. Propor

    uma gesto democrtica na escola conferir autonomia escola, que segundo

    Paro (2004, p. 11) significa em conferir poder e condies concretas para que

    ela alcance objetivos educacionais articulados com os interesses da

    comunidade. E sim se dar por conquistas dos interessados, desta forma torna-

    se cada vez mais necessrias mudanas no processo de autoridade no interior

    da escola. Tal afirmao nos leva a crer que as mudanas no processo de

    autoridade no interior da escola se dar por fora das conquistas obtidas pelos

    prprios interessados, ou seja, os partcipes das escola.

    A instrumentalizao desses partcipes um aspecto relevante no

    processo de democratizao na escola. Freire (2004) observa.

    Tudo o que agente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mo, tambm. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se pe diante de ns que o de assumir esse pas democratamente (FREIRE, 2004, p. 7)

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  • OS PROCESSOS DEMOCRTICOS DA ESCOLA E AINSTRUMENTALIZAO DOS PARTCIPES

    A gesto democrtica est legalmente pautada para que estados,

    municpios e a prpria federao se organize para exercer o princpio da gesto

    democrtica nas escolas pblicas desse pas.

    A participao da comunidade a LDB (Lei de Diretrizes de Bases, n 9.394/96) bastante clara quando ressalta o dever que a escola tem de integrar-se a comunidade, e a importncia da participao do professor como formador de idias e figura que se posta na comunidade escolar a ser seguida, desta forma tem grande responsabilidade em exercer e propor essa participao . O que se percebe que cada vez mais os pais esto buscando agir como partcipes na gesto da escola, porm essa participao no basta acontecer apenas na rea do discurso com os pais. A Avaliao da escola pela comunidade, segundo Navarro (2004) vem a ser um processo eficaz para que se constate problemas e siga em rumo das resolues conjuntamente.

    E ainda o pargrafo nico do art. 1 da nossa Constituio Federal, traz em seu

    texto o primeiro princpio democrtico a ser exercido pela sociedade quando diz

    que: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes

    eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio. Este 1 artigo da nossa

    Constituio ressalta a necessidade de que os mecanismos democrticos devem

    ser aperfeioados continuamente. Cury (2002) coloca que esse princpio significa

    a nova cultura poltica de um Estado Democrtico de Direito. Implicando com uma

    cidadania que no pactua com processos de clientelismo ou particularismos.

    Prova disso as atuais atitudes da sociedade que busca a transparncia nos

    processos de deciso, lanando mo para isso de todos os recursos existentes,

    inclusive o da tecnologia.

    O que se deve levar em conta que ao organizar-se democraticamente

    em busca de metas transformadoras a escola se fortalece na medida em que os

    interesses nas mudanas e/ou transformaes se posicionam como

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  • protagonistas em torno da realizao das mesmas. Quando seus partcipes

    imbudos de conhecimento seguem em busca do interesse comum. Libneo

    (2004) esclarece:

    O principio da autonomia requer vnculos mais estreitos com a comunidade educativa, basicamente os pais, as entidades e as organizaes paralelas escola. A presena da comunidade na escola, especialmente dos pais, tem vrias implicaes. Prioritariamente os pais e outros representantes participam do Conselho da Escola da Associao de Pais e Mestres para preparar o projeto pedaggico curricular e acompanhar e avaliar a qualidade dos servios prestados. (LIBNEO, 2004, p. 144)

    Mas esta escola ser realidade, se esse conhecimento de direitos e

    possibilidades forem repetitivamente trabalhados com os partcipes, ou seja, a

    escola deve organizar-se de modo a instrumentalizar a sua fora

    transformadora, ou seja, as pessoas que fazem a escola.

    A prtica de gesto, democrtica, deve se desenvolver num ambiente em

    que todos convivam como sujeitos, com direitos e deveres percebidos a partir de

    discusses e decises coletivas. Assim na escola deve se instalar um clima de

    favorecimento a ao das instncias colegiadas e processos decisrios como

    Conselho Escolar, Associao de Pais Mestres e Funcionrio, Grmio Estudantil,

    Projeto Poltico Pedaggico. So esses processos que muitas vezes se observa

    so considerados dentro da escola apenas na teoria e no se respeita e nem se

    instrumentaliza os partcipes para que lancem mo das possibilidades que esses

    processos oferecem. Esses processos so a APMF, O Grmio Estudantil, O

    Projeto Poltico Pedaggico e em Especial o Conselho Escolar que agrega a

    participao dos demais atravs da representatividade de todos os setores da

    escola.

    Associao de Pais, Mestres e Funcionrios um processo significativo na

    busca da gesto democrtica da escola, funcionando como elo que liga pais,

    professores e funcionrios objetivando em suas aes solucionar os problemas

    que emergem da prtica educativa diria nas escolas.

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  • Grmio Estudantil um espao frtil para que novas lideranas possam

    emergir do cho da escola e se fazer representar na sociedade, pois o grmio

    exerce um papel estratgico, sendo eixo que articula a participao do aluno na

    gesto democrtica da escola. E o exerccio dessa participao que propicia e

    estimula a integrao do aluno nas prticas sociais e democrticas.

    Projeto Poltico Pedaggico deve ser norteado por princpios que decorrem

    da opo de educao em construo. De acordo com Oliveira (2005) so eles:

    Autoridade; qualidade; participao; democracia e igualdade, assim o Projeto

    Poltico Pedaggico essencial para a efetivao da democratizao da escola

    pblica, j que a vida da escola est depositada nele, desta forma ele deve ser

    inacabado e flexvel, assim segundo Alarco (2001) A escola deve estar aberta

    comunidade exterior. Atenta comunidade interior, envolver todos na

    construo do clima escolar, na definio e na realizao do seu projeto e na

    avaliao da sua qualidade educativa.

    O Projeto Poltico-Pedaggico como instrumento de planejamento coletivo,

    demonstra seu poder de democratizao da escola, quando resgata a unidade

    do trabalho escolar e garante que no exista diviso entre as pessoas que

    planejam e as que executam. Pois ele dever ser construdo sob a lgica do

    conjunto, onde todos os seguimentos planejam e todos executam, garantindo a

    viso do todo. Assim o todo estando de posse do conhecimento do trabalho

    escolar, profissionais dos vrios segmentos da escola (gestores, tcnicos

    administrativos e de apoio, decentes, discentes, pais e comunidade local)

    cumprem seus papis especficos, mas com o conhecimento geral, desta forma o

    trabalho deixa de ser estanque e fragmentado. Sendo todos partcipes da prtica

    educativa, conseqentemente todos educadores.

    Dentre os processos democrticos existentes na escola o Conselho

    Escolar foi o mais nesse estudo considerando que ele atravs da

    representativade de dos diversos setores abrange o todo da escola, da a

    importncia desse processo na construo da escola democrtica que

    almejamos.

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  • CONSELHO ESCOLAR: FUNES, ATRIBUIES E CONSOLIDAO

    Em nossa sociedade a escola pblica tem como funo social formar o

    cidado de forma que o aluno se prepare para uma vida digna atravs de atos

    que o valorizem como cidado, para isso ele necessita construir conhecimentos,

    valores que permitir a ele agir como agente solidrio, crtico, tico e participativo

    na sua comunidade. Para isso necessrio a socializao do saber que se

    acumula historicamente e que se transforma em patrimnio universal da

    humanidade o qual deve ser levado a conhecimento do estudante que traz da

    sua vivncia na comunidade, o saber popular. A juno desses saberes se torna-

    se instrumento para a democratizao da sociedade.

    Levando em conta que o fim essencial da educao a formao de

    cidados, ento a qualidade da educao est diretamente ligada ao exerccio

    da cidadania, o que estabelece uma dimenso social da qualidade da educao.

    A dimenso social da qualidade da educao est especialmente presente na

    letra e no esprito da LDB, ao definir como diretrizes para os sistemas de ensino a

    participao da comunidade escolar e local nos Conselhos Escolares (art. 14) e a

    progressiva autonomia pedaggica, administrativa e de gesto financeira das

    escolas (art. 15). A organizao dos Conselhos Escolares e a busca da

    participao da comunidade fazendo valer seus direitos e deveres, discutidos de

    forma democrtica se prope a ser um exerccio de democracia participativa. E

    bom que se lembre que os conselhos no falam pelos dirigentes, mas aos dirigentes

    em nome da sociedade, de acordo com Navarro(2004). Assim para poder falar em

    nome da sociedade a partir dos diferentes pontos de vista, para traduzir os

    anseios da comunidade e no simplesmente legitimar a voz da direo, a

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  • composio dos conselhos precisa representar a diversidade, a pluralidade das

    vozes de sua comunidade. Antunes (2002) explica que:

    Ser no conselho que os problemas da gesto escolar sero discutidos e as reivindicaes educativas sero analisadas para, se for o caso dependendo dos encaminhamentos e da votao em plenria, - ser aprovadas e remetidas para o corpo diretivo da escola, instncia executiva, que se encarrega de pr em prtica, as decises ou sugestes do Conselho de Escola. (ANTUNES, 2002, p.23)

    O Conselho Escolar, frum da voz plural da comunidade interna e externa

    da escola, assume funo especial na promoo da qualidade social da

    educao. preciso lembrar que a gesto democrtica no tida como opo ao

    gestor da escola, e sim um direito garantido pela constituio por ser condio

    para que se alcance a qualidade do ensino. Libneo (2004) argumenta da

    seguinte forma sobre a participao dos pais na escola.

    A exigncia da participao dos pais na organizao e gesto da escola corresponde as novas formas de relaes entre escola, sociedade e trabalho, que repercutem na escola nas prticas de descentralizao, autonomia, co-responsabilzao, intelerculturalismo. De fato, a escola no pode ser mais uma instituio isolada em si mesma, separada da realidade circundante, mas integrada numa comunidade que interage com a vida social ampla. (LIBNEO, 2004, p 114)

    A atuao consciente do Conselho de Escolar permitir a superao de

    concepes meramente democrticas e formais de gesto, permitindo assim que

    se efetive a atuao dos processos democrticos da gesto escolar. Contribuindo

    decisivamente para a criao de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a

    comunidade se identificam no enfrentamento no s dos desafios escolares

    imediatos, mas dos graves problemas sociais.

    Segundo Navarro (2004) os Conselhos Escolares tm como atribuio alm

    de deliberar sobre questes poltico-pedaggicas, administrativas, financeiras, no

    mbito da escola, devem tambm analisar as aes e meios que a escola utiliza

    para o cumprimento de suas finalidades. Propiciando participao e deciso, ou

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  • seja, o Conselho Escolar deve ser um espao de discusso e negociao e

    encaminhamentos das necessidades educacionais, onde se busca incentivar

    uma cultura democrtica, participativa, cidad em substituio a cultura

    patrimonialista.

    A construo de uma cidadania participativa passa pela contribuio da

    escola pblica, desta forma vemos que o Conselho torna-se o sustentculo de

    projetos polticos pedaggicos que se prope a definir os rumos e as prioridades

    das escolas considerando os interesses e as necessidades da maioria. O Projeto

    poltico-pedaggico deve representar os anseios da comunidade escolar, sendo

    construdo com base em discusses sobre os objetivos e os problemas que

    precisam ser superados, atravs de prticas pedaggicas coletivas e da

    responsabilidade de todos os membros da comunidade escolar. Tal processo

    deve ser coordenado e acompanhado pelos Conselhos Escolares.

    Na busca pela democratizao da escola observamos um posicionamento

    favorvel dos partcipes, porm levando em conta a prtica de cada um, o alerta

    de que esse processo ainda em construo merece empenho de todos. E cabe

    aos Conselhos Escolares serem incentivadores desse empenho, buscando

    consolidar um ambiente acolhedor das participaes para assegurar as condies

    necessrias.

    O desafio diminuir significativamente a distncia entre teoria e prtica,

    edificando na escola movimentos democrticos concretos. E necessrio para

    isso que tenhamos claro que segundo Antunes (2002, p.35) democracia algo

    que se aprende e se aprende, principalmente praticando-a, vivenciando-a. Se o

    que pretendemos uma sociedade justa, igualitria e isso se dar se a mesma for

    democrtica, temos que ser capazes de transpor o discurso da democracia,

    vivenciando-a em todos os espaos possveis. E o espao escolar o local onde

    ns enquanto educadores podemos contribuir efetivamente para esta prtica.

    Nessa perspectiva superam-se concepes meramente burocrticas e

    dificuldades, que no devem ser vistas como obstculos e sim como desafios a

    serem vencidos. Paro (2004, p. 12) contribui ao dizer que o Conselho Escolar

    16

  • um instrumento que existe e precisa ser aperfeioado com vistas a que se torne o

    embrio de uma verdadeira gesto colegiada que esteja articulada com os

    interesses populares da escola. Considerando essa colocao de Paro que a

    escola deve se aprimorar na instrumentalizao e capacitao dos partcipes, para

    que as aes sejam efetivadas substancialmente na prtica.

    Lembrando que alm de levar em conta a experincia acumulada dos

    profissionais e demais partcipes, tambm necessrio entender que muito se

    tem por aprender no aperfeioamento do Conselho Escolar. Antunes (2002)

    contribui nessa perspectiva quando explica que:

    No haver o momento em que estaremos plenamente preparados para com o apoio da escola, mas no s dela comear a construir um pas democrtico e justo. Na largada, dispomos de alguns saberes, mas muitos sero construdos no processo. (ANTUNES, 2002, p.35)

    Baseado nessas consideraes percebe-se que a escola s poder

    desempenhar um papel transformador ao organizar-se para atender os interesses,

    junto aos interessados, e da advm a aprendizagem do construir coletivamente,

    condio mister para agir democraticamente, visando construir,efetivamente, uma

    educao de qualidade social.

    Ao entender a sua natureza essencialmente poltico-educativa, o

    Conselho Escolar deve deliberar tambm sobre a gesto administrativo-financeira

    dos estabelecimentos de ensino com o intuito de alcanar efetivamente, uma

    educao de qualidade social. Para exercer tais atividades, os Conselhos tm as

    seguintes funes, de acordo com Navarro (2004, p. 39)

    Deliberativa Essa funo exercida quando o Conselho decide sobre o projeto

    poltico-pedaggico e outros assuntos da escola.

    Consultivas Quando analisada questes encaminhadas pelos vrios setores

    da escola, sendo apresentada sugestes ou solues que podero ser acatadas

    pelas direes dos estabelecimentos.

    Fiscais O cumprimento das normas da escola e a qualidade do atendimento ao

    executar aes pedaggicas, administrativas e financeiras devem ser

    acompanhados e avaliados pelo Conselho Escolar.

    17

  • Faz parte do Conselho a direo da Escola, a representao dos alunos,

    professores, funcionrios, pais e a comunidade local. As decises so tomadas

    coletivamente e o Conselho s existe quando reunido. Assim nenhum membro do

    Conselho Escolar tem autoridade fora do colegiado. Os membros do Conselho

    devem ser escolhidos levando em conta possibilidade como efetiva participao,

    representatividade, disponibilidade e o compromisso, ou seja, saber ouvir, dialogar

    e assumir a responsabilidade de aceitar as decises da maioria, no deixando de

    sempre de demonstrar opinies e apresentar propostas, afinal o espao do

    Conselho deve ser visto como laboratrio para o exerccio da cidadania,

    propiciando assim a liberdade de participao.

    O Conselho Escolar deve para Navarro (2004) ter como prioridade em sua

    lista de atribuies a elaborao do Regimento Interno do Conselho, que define

    aes importantes, como calendrio de reunies, condies de participao do

    suplente, critrios para participar das tomadas de decises entre outras. Em

    seguida o Conselho deve tomar cincia e participar ativamente da construo

    E/ou reconstruo do Projeto Poltico-Pedaggico da escola, j que esse

    processo deve ser inesgotvel mente revisto, ou seja, a escola deve acompanhar

    o que acontece fora dela e para isso necessrio estar atento e o projeto

    poltico-pedaggico deve ser o registro das mudanas que vo acontecendo na

    escola, formando assim o processo de aprendizagem historicamente acumulado

    no s para o aluno, mas para toda a comunidade que precisa compreender que

    o que se tem, muitas vezes conseqncia do que j passou.

    Desta forma o Conselho tem como uma das atribuies essenciais neste

    processo de avaliao e acompanhamento do projeto poltico que promover

    relaes pedaggicas que favoream o respeito ao saber do estudante e valorize

    a cultura histrica da escola e da comunidade local. Assim como atribuies que

    garantam a participao da comunidade escolar em assemblias para discusso

    e elaborao de solues para os problemas que surgem no decorrer do

    processo educativo.

    18

  • O Conselho tambm responsvel pela elaborao e acompanhamento

    do Regimento Escolar. A fiscalizao da gesto pedaggica e financeira da

    unidade escolar, assim como aprovar o plano anual, elaborado pela direo para

    a aplicao dos recursos financeiros atribuio relevante do Conselho Escolar

    As atribuies de carter totalmente pedaggico tambm merecem a ateno e

    empenho do Conselho, como acompanhamento da evoluo dos indicadores

    educacionais (abandono, aprovao, aprendizagem, entre outros) propondo

    intervenes e/ou medidas scio educativas visando melhoria da qualidade

    social da educao escolar.

    O Conselho Escolar deve estar atento a mudanas da escola e do mundo

    assim deve ter como atribuio tambm a formao continuada dos conselheiros,

    buscando ampliar a qualificao de sua atuao elaborando planos de

    participao dos membros em curso, palestras, enfim atualizao e

    aperfeioamento dos membros deve ser a meta importante do Conselho.

    E assim o conhecimento consciente sobre os processos democrtico

    presentes na escola, pelos membros da escola se faz necessrio na luta pela

    democratizao da escola. O conhecimento, e um olhar diferente sobre os

    processos democrticos instalados como instrumentos como o Conselho Escolar

    e outros citados acima, prprios da democratizao da escola so importantes

    nessa luta. Porm importante tambm olhar para o todo da escola como

    espao democrtico, pois o exerccio da cidadania deve permear toda a escola.

    Desta forma o contedo curricular entre outros que podero surgir a partir

    de novas experincias nos ricos processos de democratizao, tais espaos

    devem ser considerados como grandes aliados na luta pela democratizao da

    escola pblica. Parece ser ento tarefa imprescindvel nesse processo refletir a

    funo e influncia que esses processos exercem na democratizao da escola.

    No se pode negar que nas ltimas dcadas a caminhada em direo a

    uma Gesto Democrtica da escola pbica deu passos relevantes. Porm a

    distncia entre o que se prope na teoria para essa democratizao ainda est

    19

  • longe de se efetivar na prtica. Essa constatao nos assegura que a escola

    cada vez mais deve se preocupar em ser um local onde o dilogo, a participao

    sejam constantes e subjetivos, para que a escola possa ser na prtica o que

    tanto se prope na teoria.

    A aproximao da teoria a prtica poder acontecer desde que a

    comunidade atue na escola atravs de uma ao poltica, e para isso

    necessrio ter o conhecimento, a competncia tcnica aliada ao compromisso

    poltico da transformao social. A efetivao das transformaes desejadas no

    mbito da implantao de aes democrticas nas escolas deve contar com a

    instrumentalizao dos partcipes atravs da ressignificao das relaes

    entre escola e comunidade interna e externa.

    Assim vale ressaltar que o espao da sala de aula, os contedos, a

    metodologia das aulas devem ser repensada sendo essa uma das

    principais medidas de democratizao, ou seja, buscar a ressignificao das

    aes, tempos e espaos escolares de forma a escola garantir que a vivncia

    do aluno no seja negada. Ao contrrio essa vivncia deve ser

    oportunidade de contextualizar os interesses e dificuldades do aluno com o

    contedo, de modo que a escola possa colaborar na melhoria de vida de

    seu educando atravs da ao ensino-aprendizagem que ela oferece, e

    conseqentemente na colaborao para a transformao social. A ao da gesto democrtico-participativa abre o canal para a

    participao da comunidade assim a escola deixa de ser uma redoma, um lugar

    fechado e separado da realidade e passa a acontecer como uma comunidade

    educativa, interagindo substancialmente com a sociedade civil.

    Desta forma esse trabalho que visa entender a causa da distncia entre

    teoria e prtica na gesto democrtica, destaca como um instrumento eficaz na

    luta pela democratizao da escola, o Conselho Escolar que se prope a

    conhecer a escola na sua totalidade e trabalhar para garantir o processo ensino-

    aprendizagem que responda s demandas de todos os segmentos da

    20

  • comunidade escolar e que tem na solidariedade e na incluso seus princpios

    fundamentais.

    A educao no pode estar a servio de interesses de uma minoria, somente assim poderemos garantir que a escola seja realmente um espao democrtico. Onde a educao deve ser comprometida como um espao de

    formao ampla ao educando, permitindo que ele se potencialize como seres

    humanos ao aprimorar as dimenses e habilidades que faz de cada um de ns

    seres humanos. Que a escola possa atravs da participao dos indivduos de

    forma consciente garantir acesso significativo aos conhecimentos, s relaes

    sociais, s experincias culturais diversas e que esses possam contribuir como

    apoio no desenvolvimento do educando como sujeito scio-cultural, e no

    aprimoramento da sua funo social.

    REFERNCIAS

    ALARCO, I. Escola Reflexiva: Nova Racionalidade, Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

    ANTUNES, A Aceita um Conselho? Como organizar o colegiado escolar, 2. ed. So Paulo: Cortez, 2002.

    CIAVATTA, M. Democracia e Construo do Pblico no Pensamento Educacional Brasileiro/ Organizado por Osmar Fvero, Giovani Semeraro. Petrpolis. RJ: Vozes, 2002

    CURY, C.R.J. Democracia e Construo do Pblico no Pensamento Educacional Brasileiro/ Organizado por Osmar Fvero, Giovani Semeraro. Petrpolis. RJ: Vozes, 2002.

    21

  • FREIRE, P. apud NAVARRO,I.P. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica, Conselhos Escolares: democratizao da escola e construo da cidadania /elaborao Ignez Pinto Navarro...[ et al.] Braslia: MEC, SEB, 2004.

    GADOTTI, M. I Seminrio Internacional Itinerante de Educadores/ 2 Jornada Pedaggica da Escola Cidad Grupo de Estudos e Organizao de Eventos Polticos Pedaggicos. Alegrete e Uruguaiana, 1999.

    LEHER, R. Democracia e Construo do Pblico: no pensamento Educacional Brasileiro, 2. ed. Petroplis, RJ: Vozes, 2002.

    LIBNEO, J.C. Educao Escolar: polticas, estrutura e organizao Coleo docncia em formao. Srie saberes pedaggicos. 3. ed. So Paulo: Cortez, 2006.

    LIBNEO, J.C. Organizao e Gesto da Escola: Teoria e Prtica, 5. ed. Goinia, Alternativa, 2004.

    NAVARRO,I.P. et.al. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica, Conselhos Escolares: democratizao da escola e construo da cidadania. Braslia: MEC, SEB, 2004.

    OLIVEIRA, M. A. M. (org) Gesto Educacional Novos Olhares Novas abordagens, Petrpolis, RJ:Vozes, 2005.

    PARO, V. H.. Administrao Escolar Introduo Crtica. 13. ed. So Paulo: Cortez, 2005.

    PARO, V.H. Gesto Democrtica da Escola Pblica, 8 ed. So Paulo: Editora tica, 2004.

    Sites consultados

    Constituio 1988, Art. 206 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htmAcesso em 12 de dez 2008.

    22

  • LDB no art. 3 da Lei n.9.394/96 LDB http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdfAcesso em 12 de dez. 2008

    MEC,Conselho Escolar http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?Itemid=242&id=252&option=content&task=vie Acesso em: 12 de dez. 2008

    Portal Educacional da Educao do Paran Dia- a- dia Educao http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/gremio/index.php, Acesso em 12 de dez 2008.

    23

    A gesto democrtica est legalmente pautada para que estados, municpios e a prpria federao se organize para exercer o princpio da gesto democrtica nas escolas pblicas desse pas. A participao da comunidade a LDB (Lei de Diretrizes de Bases, n 9.394/96) bastante clara quando ressalta o dever que a escola tem de integrar-se a comunidade, e a importncia da participao do professor como formador de idias e figura que se posta na comunidade escolar a ser seguida, desta forma tem grande responsabilidade em exercer e propor essa participao . O que se percebe que cada vez mais os pais esto buscando agir como partcipes na gesto da escola, porm essa participao no basta acontecer apenas na rea do discurso com os pais. A Avaliao da escola pela comunidade, segundo Navarro (2004) vem a ser um processo eficaz para que se constate problemas e siga em rumo das resolues conjuntamente.