Gestão de Processos
-
Upload
lucas-costa -
Category
Documents
-
view
85 -
download
60
description
Transcript of Gestão de Processos
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 5
Ol, pessoal!
Vamos nossa quinta aula, no ltimo dia de 2012!
Trataremos dos tpicos abaixo:
AULA 5 (31/12/2012) 5 Indicadores de desempenho. 6 Ferramentas de anlise de cenrio interno e externo. 7 Balanced scorecard. 8 Modelagem organizacional 9 Identificao e delimitao de processos de negcio. 10 Tcnicas de mapeamento, anlise, simulao e modelagem de processos. 11 Construo e mensurao de indicadores de processos
Sumrio
1. Gesto por Processos ................................................................................................................................. 2 1.1 Conceitos de Processo de Trabalho ......................................................................................................... 4 1.2. Evoluo histrica da Gesto por Processo .......................................................................................... 12 1.3. Categorias de Processos ....................................................................................................................... 14 1.4 Hierarquia do Processo.......................................................................................................................... 16 1.5. Cadeia Cliente Fornecedor ................................................................................................................ 20 1.6. Mapeamento de processos .................................................................................................................... 21 1.7 Fluxograma ........................................................................................................................................... 23 1.8. Anlise e melhoria de processos .......................................................................................................... 27 1.8.1 Elementos da Modelagem .................................................................................................................. 29 1.8.2. Metodologia de Modelagem de Processos ........................................................................................ 30 1.8.3 Principais Tcnicas/Mtodos de Anlise e Modelagem de Processos ........................................ 36 1.8.4. Ferramentas de Anlise e Modelagem de Processos ................................................................... 37 1.8.5. Modelos considerados para anlise e modelagem de processos ................................................. 39 2. Sistemas de Medio de Desempenho Organizacional ........................................................................... 43 2.1. Meta Modelo de Avaliao do Gespblica .......................................................................................... 48 3. Indicadores de gesto .............................................................................................................................. 50 4. Anlise de SWOT .................................................................................................................................. 66 5. Balanced Scorecard (BSC) ...................................................................................................................... 69 6. Lista de Questes .................................................................................................................................... 76 7. Gabarito ................................................................................................................................................... 84
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 2
1. Gesto por Processos
Processos so seqncias de aes ou eventos que levam a um determinado
fim, resultado ou objetivo. Existem processos administrativos, processos
civis, processos legislativos etc. H tambm processos fisiolgicos ou
psicolgicos.
A relao fundamental entre os processos que h uma entrada de alguma
coisa, uma etapa de transformao e uma sada. Vejam o quadro abaixo:
Este o processo escovar os dentes. Temos uma entrada de quatro
matrias-primas, uma etapa de transformao e uma sada. Neste caso, o
objetivo do processo manter os dentes saudveis e higienizados. Veja que
o processo no existe naturalmente. Em algum momento de nossas vidas,
algum (nossos pais, dentistas, professores) nos ensinou como deveramos
escovar os dentes. Se, em algum momento, estivermos com algum
problema (mau hlito, cries, retrao gengival, placas, dor de dente),
iremos procurar um dentista. Ele ir fazer um diagnstico e, alm de agir
corretivamente, ele ir nos ensinar como melhorar o processo, seja
ensinando como a escovao correta (inclinao da escova, nmero de
vezes que cada dente deve ser escovado etc), seja sugerindo que troquemos
de modelo de escova ou de pasta de dente. Pode ser que ele sugira que
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 3
aumentemos a freqncia com que rodamos o processo (ou seja,
sugerindo que escovemos os dentes mais vezes). Ou talvez haja a
necessidade de acrescentarmos outro processo (utilizar fio dental) para
alcanar o objetivo almejado.
A viso tradicional ou vertical de uma organizao apresenta uma estrutura
funcional, onde as atividades pertencentes a uma mesma rea tcnica ou de
conhecimento so agrupadas em uma mesma unidade administrativa. Esta
estrutura propicia uma viso distorcida da organizao. Primeiramente, ela
no mostra os clientes (para quem produz); em segundo lugar no so
vistos os produtos/servios fornecidos aos clientes (o que produz) e
finalmente no se tem ideia do fluxo de trabalho por meio do qual so
desenvolvidos, produzidos e entregues o produto/servio (como produz). Por
esta viso, os executivos tendem a gerenciar a organizao de maneira
vertical e funcional. Criando os chamados silos verticais em torno dos
departamentos. Estes silos, geralmente, impedem que assuntos
interdepartamentais sejam solucionados entre funcionrios de nveis
inferiores. Isto exige a presena dos responsveis dos silos envolvidos para
resolver a questo.
Num ambiente de negcios turbulento, onde a organizao e a tecnologia
tornam-se mais complexas, esta viso vertical torna-se altamente arriscada.
Isto exige uma maneira diferente de gerenciar a organizao, que inclui
entre outros o cliente, o produto/servio e o fluxo do trabalho. A viso
processual (horizontal) de uma organizao se encontra dentro desta
perspectiva.
A visualizao da organizao como um todo permite um maior inter-
relacionamento da cadeia de valor, por meio do conceito de processo.
Assim, em linhas gerais, um processo genrico tem as seguintes
Caractersticas.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 4
1.1 Conceitos de Processo de Trabalho
Vejamos como alguns autores conceituam processo:
Fonte bibliogrfica Definio de processo
Michael Hammer Grupo organizado de atividades relacionadas que, juntas, criam um resultado de valor para o cliente.
Norma NBR ISO 9000:2000
Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos (sadas).
Integration Definition for Modeling of Process IDEF0
Conjunto de atividades, funes ou tarefas identificadas, que ocorrem em um perodo de tempo e que produzem algum resultado.
Rohit Ramaswamy So sequncias de atividades que so necessrias para realizar as transaes e prestar o servio
Gespblica e Gonalves (2000)
Qualquer atividade ou conjunto de atividade que toma um input (insumos), adiciona valor a ele e fornece um output (produto/servio) a um cliente especfico.
Davenport (1998)
Ordenao especfica das atividades de trabalho no tempo e no espao, com um comeo, um fim, entradas e sadas, claramente identificadas, enfim, uma estrutura para ao.
Hammer e Champy (1994)
Um grupo de atividades realizadas numa sequncia lgica com o objetivo de produzir um bem ou servio que tem valor para um grupo especfico de clientes.
Agora vejamos como algumas organizadoras de concursos definem processo de trabalho.
Organizao
Departamentos
A B C D
Processos
1
2
ENTRADAS SADAS
Fluxo de Agregao de Valor
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 5
INSTITUIO DEFINIO DE PROCESSO DE TRABALHO
Esaf Por processo se entende uma seqncia integrada de atividades, interdependentes, efetuadas para produzir bens ou servios de valor para o cliente.
Cespe Processo uma ordenao especfica das atividades de trabalho no tempo e no espao, com um comeo e um fim identificados, assim como as entradas e as sadas
FCC Uma atividade que usa recursos e gerenciada de forma a possibilitar a transformao de entradas em sadas, pode ser considerada um processo.
Vejamos outros conceitos apresentados no livro de Gesto por processo
(Saulo Barbar).
Processo: conjunto de aes ordenadas e integradas para um fim produtivo
especfico, ao final do qual sero gerados produtos e/ou servios e/ou
informaes.
Processos so resultados dos sistemas em ao, representados por fluxos de
atividades ou eventos.
Em linhas gerais, podemos entender o termo Processo a partir da seguinte
relao:
Entrada ->Transformao -> Sada
Entrada: materiais, servios ou informaes que sero utilizados na
transformao.
Transformao: o processo em si, ou seja, aquilo que adiciona valor as
entradas de maneira eficiente e eficaz para gerar um resultado que satisfaa
o cliente.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 6
Sada: so os resultados do processo de transformao que podem ser
materiais, servios e informaes.
Vejam que todas as definies so muito parecidas, e falam em atividades,
entradas e sadas.
Vamos agora analisar uma questo da FCC
ITEM 1. (FCC/ MPE_SE/2009/ANALISTA/ESPECIALIDADE ADMINISTRAO)
Ao grupo de atividades realizadas em uma sequncia lgica com o objetivo de produzir bem ou servio que tem valor para um grupo especfico de clientes atribui-se o nome de (A) kaizen. (B) insumos. (C) processo. (D) just-in-time. (E) qualidade total.
No tem como errar uma questo destas. Kaizen e Just-in-time so
conceitos desenvolvidos pelos japoneses para processos de qualidade total.
Insumos so parte de um processo includo na etapa entradas. O gabarito
ento a alternativa C. Definio muito parecida com a apresentada no
quadro de definies de processo na aula.
Agora vejam como parecida esta outra questo da FCC
ITEM 2. (FCC/BAHIAGAS/2010/TECNICO DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS/ ADMINISTRAO) Um grupo de atividades realizadas numa sequncia lgica com o objetivo de produzir um bem ou servio que tem valor para um grupo especfico de clientes denominado (A) processo. (B) ciclo PDCA. (C) kaizen. (D) fluxograma. (E) just-in-time.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 7
Pessoal, definio igual a da questo acima. Trocaram algumas alternativas
equivocadas para que a questo no ficasse igual, porque assim algum
poderia pedir a anulao. a definio de processo. Portanto o gabarito a
alternativa A
importante estudar os processos de trabalho, pois organizaes,
governamentais ou privadas, tm objetivos, e, para alcanar tais objetivos,
elas organizam as atividades de determinadas maneiras, que so os
processos. Segundo o Guia de Simplificao do Gespblica, existem dois
tipos de processos: os processos finalsticos e os processos de apoio.
Processos finalsticos so aqueles em funo dos quais a organizao
existe. Os processos finalsticos so produzidos para o cliente externo, que
reconhece a organizao em funo deles.
Os processos de apoio, que tambm podem ser chamados de processos
de suporte ou processos-meio, so aqueles que criam as condies
necessrias para que os processos finalsticos sejam realizados. Por
exemplo, processos de limpeza do prdio, processos de aquisio de
computadores, processos de gesto de pessoas/recursos humanos etc.
Inclusive, em algumas empresas, alguns dos processos de apoio podem ser
terceirizados. Os processos de apoio incluem os processos decisrios, os
processos de medio de desempenho etc.
Vejam que estes mesmos processos podem receber outras denominaes ou
fazer parte de outras classificaes. Tadeu Cruz, por exemplo, chama os
processos finalsticos de processos primrios e os processos de apoio de
processos secundrios.
Outra classificao refere-se ao nvel em que os elementos so agrupados
no processo. Poderamos, em uma organizao, dizer que h um processo
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 8
de logstica. Dentro deste processo, poderia haver um processo de limpeza.
Dentro deste processo, poderia haver um processo de limpeza da fachada do
prdio X. Poderamos classificar os processos, assim, de processo nvel 1,
processo nvel 2, processo nvel 3... Ou ento poderamos chamar de
macroprocessos o maior nvel, o segundo nvel processos, o terceiro
atividades... Outra classificao possvel utiliza a idia de subprocessos
dentro dos processos.
Os processos finalsticos frequentemente so chamados processos de
produo. Vejam como a ESAF abordou isto:
ITEM 3. (ESAF / ANEEL 2006) Processos operacionais ou de produo se destinam a atender s demandas dos clientes por bens e servios.
Afirmativa correta. So os processos finalsticos que vimos acima. Como
vimos, os processos finalsticos so aqueles em funo dos quais a
organizao existe e s o produzidos para o cliente externo, que reconhece a
organizao em funo deles.
Agora vejam estas questes da CESPE:
ITEM 4. (CESPE/BASA/2012/ ADMINISTRAO) A gesto de pessoas no constitui um dos processos finalsticos de um banco.
Pessoal, um banco tem como processos finalsticos as operaes bancrias
nas contas-correntes, operaes financeiras, etc. A gesto de pessoas
constitui um processo de apoio. Portanto, a afirmativa est CERTA!
ITEM 5. (CESPE/BASA/2012/ ADMINISTRAO) Os processos de apoio no podem ser considerados como processos crticos de uma organizao, uma vez que apenas alguns processos finalsticos so assim caracterizados.
Nada disso minha gente! Os processos de apoio so importantes e devem
ser gerenciados. Imaginem se um processo de gesto de pessoas estiver
com problemas! Certamente os processos finalsticos sero afetados pelas
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 9
ms condies estruturais de Recursos Humanos que garantem tranquilidade
s pessoas para trabalharem. Portanto, a afirmativa est ERRADA!
Sabemos que as organizaes governamentais tambm tm processos. Isto
vale para todas as organizaes. A padaria da esquina tem processos de
trabalho, mesmo que eles no estejam definidos no papel. Talvez a padaria
tenha os processos produo de pes, venda de pes e processo de
logstica.
Em uma organizao governamental de grande porte, necessrio que haja
uma preocupao em como os processos so executados, como podem ser
acompanhados, como podem ser melhorados, como podem ser reproduzidos
de uma unidade para outra. a que entra a gesto por processos. A gesto
de processos a forma com que se lida com os processos em uma
organizao, buscando torn-los cada vez mais eficientes.
Existe uma diferena conceitual entre gesto de processos e gesto por
processos:
- gesto de processos: trata-se da maneira com que os processos existentes
so gerenciados. a tcnica utilizada.
- gesto por processos: refere-se organizao em que toda a gesto
estruturada em funo dos processos. a opo metodolgica em que se
baseia a filosofia de gesto da organizao.
A gesto por processos tambm pode ser chamada de estrutura por
processos. Na gesto por processos, as pessoas no so vinculadas a
unidades, e sim a processos de trabalho; os indicadores de desempenho no
so de projetos, nem de unidades, nem de programas, e sim de processos.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10
Trata-se de uma filosofia diferente de gerenciar uma organizao, em que os
processos so o foco de organizao do trabalho.
Em uma organizao de ponta, os processos devem ser mapeados e
constantemente melhorados, conforme metodologia estabelecida, o que traz
inmeros benefcios, entre os quais podemos citar:
- identificao e eliminao do retrabalho;
- eliminao de etapas desnecessrias;
- padronizao dos produtos;
- reduo de custos e tempo empregado em determinadas tarefas;
- aumento do valor agregado dos produtos;
- reduo do tempo dos processos;
- reduo do tempo de treinamento de novos servidores para executar as
tarefas;
- melhoria dos indicadores de desempenho;
- aumento da satisfao do cliente.
melhor coordenao e integrao do trabalho;
tempos de respostas mais rpidos;
prov uma viso sistmica das atividades da organizao;
maior satisfao com o trabalho por parte dos funcionrios.
Vejam como a ESAF cobrou isto: ITEM 6. (ESAF/ ANEEL 2006) Selecione a opo que no explicita a finalidade da gesto por processos. a) Integrar as atividades para melhor atender o cliente. b) Possibilitar a racionalizao de recursos. c) Alcanar maiores ndices de produtividade. d) Reestruturar as unidades organizacionais. e) Promover a rotatividade de pessoal.
L
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 11
As alternativas A, B, C e D esto certas. So objetivos da gesto por
processos: integrao entre atividades de forma a beneficiar o cliente,
racionalizao de recursos, aumento de produtividade e reestruturao de
unidades, de modo que melhorem a comunicao organizacional e as
interaes interdepartamentais.
A gesto por processos no busca promover a rotatividade de pessoal.
Rotatividade da empresa no algo bom, e normalmente os processos
podem ser aperfeioados e geridos com a mesma equipe
A alternativa E est ERRADA. o gabarito.
Vejam esta outra questo da ESAF.
ITEM 7. (ESAF/ EPPGG/2009) Sobre o tema gerenciamento de processos, correto afirmar que: a) a partir da estratgia, a organizao deve identificar seus processos crticos, gerenciando-os com base em um enfoque de sistema aberto. b) os esforos de mapeamento devem ser abrangentes, de modo a permitir uma completa varredura em todos os processos da organizao. c) um bom mapeamento de processos decorre de se saber que a abordagem vertical mais importante que a abordagem horizontal. d) todos os processos organizacionais devem ser otimizados, mesmo aqueles que no agregam valor. e) considerado um fim em si mesmo, o mapeamento de processos mais importante que o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos.
A alternativa B est errada. Somente os processos que agreguem valor
devem ser objeto de anlise.
A alternativa C est errada. O mais importante nos processos so as
abordagens horizontais, intra e interdepartamentais e no as abordagens
verticais, hierrquicas.
A alternativa D est errada. Os processos que no agregam valor
deveriam ser descartados e no melhorados.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 12
A alternativa E est errada. O processo meio para atingir um fim, esta
finalidade mais importante.
A alternativa A est certa. o gabarito! Os processos que devem ser
gerenciados so aqueles considerados crticos. O enfoque de sistema aberto
fundamental na gesto por processos, pois considera todas as interaes
com o ambiente que um processo pode sofrer.
1.2. Evoluo histrica da Gesto por Processo
Toda gesto organizacional est fundamentada em alguma teoria. Nesse
sentido, cabe salientar que a gesto por processo est fundamentada na
Teoria Geral dos Sistemas (TGS), de Bertalanffy, estabelecida na dcada de
1950 e popularizada na dcada de 1960.
A abordagem administrativa da gesto por processo tambm conhecida
como abordagem sistmica para gesto das organizaes.
A TGS uma crtica abordagem cientfica e reducionista da poca e
considera o todo, no somente as partes. Essa teoria embasou o incio da
informatizao das empresas.
TEORIA DE SISTEMAS nfase No ambiente Abordagem da Organizao Organizao como um sistema Conceito de Organizao Sistema aberto Figuras Principais Katz, Kahn, Johnson, Kast,
Rosenzweig, Rice, Churchman, Burns, Trist, Hicks, Bertalanffy
Caractersticas Bsicas da Administrao
Abordagem Sistmica: Administrao de Sistemas
Concepo do Homem Homem Funcional Sistemas de Incentivos Incentivos mistos Resultados almejados Mxima eficincia
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 13
Gesto Funcional versus a Gesto por Processo
til estabelecermos as principais diferenas entre os modelos tradicionais
de gesto, baseados nas funes e o modelo baseado em processos. O
objetivo aqui trazer os principais pontos de comparao entre os dois
modelos de gesto.
Gesto Funcional Gesto por Processo Tarefas realizadas sob rgida
superviso hierrquica Fortalece a individualidade dando autoridade para tomada de deciso
Avaliao do desempenho centrada no desempenho funcional do indivduo
Avaliao do desempenho centrada no resultado do processo de negcio.
Informaes restrita a poucos Informaes compartilhadas Foco maior nos departamentos Foco nos objetivos dos processos Pouco foco no cliente do processo Foco total no cliente do processo Viso restrita tarefa departamental Viso macro e organizacional Estruturada nos poderes Estruturada no modo de fazer o
trabalho Delegao de autoridade limitada Alto grau de empowerment Uma ltima considerao sobre as desvantagens da Gesto funcional diz
respeito ao paradoxo da ortogonabilidade. Esse termo tenta representar a
ortogonabilidade (cruzamento em linha reta) entre o interesse funcional
(vertical de cima para baixo) e o interesse do cliente (sempre transversal
organizao).
O paradoxo em questo considera que em praticamente todas as
organizaes h um chefe institudo, com delegao de poderes, que
decide sobre a permanncia ou no da pessoa no emprego, sobre o seu
progresso funcional, enfim sobre a sua vida profissional. Esses interesses
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 14
usualmente so verticais ou hierarquizados e no so necessariamente
alinhados com os interesses dos clientes, que so transversais.
Se o funcionrio priorizar o atendimento ao chefe (que no raro usa
indevidamente o seu poder de posio) ter de dar prioridade secundria
aos clientes, que podem ficar insatisfeitos. Por outro lado, se o funcionrio
priorizar o interesse do cliente, ter de dar prioridade secundria ao seu
chefe e, assim, estar correndo o risco de ser demitido (se estiver em
empresa privada) ou posto na geladeira (se estiver em organizao
pblica).
1.3. Categorias de Processos
Existem trs categorias bsicas de processos empresariais:
1. os processos de negcio (ou de cliente) so aqueles que
caracterizam a atuao da empresa e que so suportados por outros
processos internos, resultando no produto ou servio que recebido
por um cliente externo;
2. os processos organizacionais ou de integrao organizacional so
centralizados na organizao e viabilizam o funcionamento
coordenado dos vrios subsistemas da organizao em busca de seu
desempenho geral, garantindo o suporte adequado aos processos de
negcio;
3. os processos gerenciais so focalizados nos gerentes e nas suas
relaes e incluem as aes de medio e ajuste do desempenho da
organizao. Cada categoria se subdivide em tipos de processos, que
se distinguem uns dos outros em funo da sua capacidade de gerar
valor, do fluxo bsico, da atuao e da orientao bsica com relao
estrutura organizacional.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 15
Os processos de negcio so ligados essncia do funcionamento da
organizao. Eles so tpicos da empresa em que operam e so muito
diferentes de uma organizao para outra. Eles tm o suporte dos sistemas
que tm sido desenvolvidos ao longo de dcadas de desafios e
aperfeioamento.
Os processos organizacionais geralmente produzem resultados
imperceptveis para os clientes externos, mas so essenciais para a gesto
efetiva do negcio. Os processos gerenciais incluem as aes que os
gerentes devem realizar para dar suporte aos demais processos de negcio.
A avaliao da qualidade do atendimento aos pedidos dos clientes um
processo gerencial tpico em diversas organizaes.
Os processos organizacionais e gerenciais so processos de informao e
deciso. Eles podem ser verticais e horizontais. Os processos verticais
usualmente se referem ao planejamento e ao oramento empresarial e se
relacionam com a alocao de recursos escassos (fundos e talentos). Os
processos horizontais so desenhados tendo como base o fluxo do trabalho.
O trabalho nos processos horizontais pode ser realizado de diversas
maneiras, gerando trs tipos de processos horizontais (laterais): voluntrios
(ocorrem por meio do contato voluntrio entre os membros do grupo por
iniciativa dos envolvidos), formais (definidos previamente por meio de
documentos formais) e coordenados (que exigem times de organizao mais
complexa e formal).
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 16
1.4 Hierarquia do Processo
Macroprocesso: um processo que geralmente envolve mais de uma
funo da organizao, e cuja operao tem impacto significativo nas demais
funes da organizao. Dependendo da complexidade do processo este
dividido em subprocessos.
Subprocesso: divises do macroprocesso com objetivos especficos,
organizado seguindo linhas funcionais. Os subprocessos recebem entradas e
geram suas sadas em um nico departamento.
Finalmente os subprocessos podem ser divididos nas diversas atividades que
os compem, e em um nvel mais detalhado em tarefas. Para fins deste
estudo os processos so desmembrados apenas at o nvel de atividades. A
figura abaixo esquematiza a hierarquia do processo.
Representao da estrutura hierrquica dos processos
ATIVIDADES
TAREFAS
SUBPROCESSOS
PROCESSO
Hierarquia do Processo : processo, subprocesso, atividades, tarefas.
Uma outra forma de representar a hierarquia do processo representada na
figura abaixo, onde so representados os diversos nveis bem como os
clientes e fornecedores.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 17
Hierarquia dos processos vinculada aos clientes de cada nvel.
Vejam este outro quadro com a correlao entre a hierarquia do processo e o posicionamento na organizao:
Fornecedor:
Entrega do
Pedido
Cliente:
Expedio
Desenvolvimento
do
Produto/Servio
Gerao
do
Pedido
Processamento
do
Pedido
Atendimen
to
ao
Cliente
Recursos Humanos
Financeiro
Jurdico
Manuteno, etc.
Cliente:
Necessidades
Expectativa
s
Cliente:
Satisfao
Prazer
Macroprocessos:
Macro-Processos de Apoio
Organizao
Entrada
do
Pedido
Fabricao
Expedio
Fornecedor:
Gerao do
Pedido
Cliente:
Atendimento
ao Cliente
Processos
Processamento do Pedido
1
Nvel
2
Nvel
Subprocessos
Fabricao
Cortar
Usinar
Soldar
Montar 3
Nvel
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 18
Modelo 1 (Desdobramento em macroprocesso, processo, atividades e tarefas/operao)
Vejamos mais uma questo: ITEM 8. (FCC/ MPE_SE/2009/ANALISTA/ESPECIALIDADE ADMINISTRAO) Na definio da hierarquia de processos, o macroprocesso tem relevncia (A) estratgica. (B) sistmica. (C) ttica. (D) operacional. (E) tecnolgica
Pessoal, na hierarquia do processo, no macroprocesso que se desenha
estrategicamente o processo. Se pensarmos em uma hierarquia composta
por Macroprocesso, Processo e Subprocesso, Processo tem relevncia ttica
e subprocesso tem relevncia operacional. As alternativas sistmica e
tecnolgica esto a para confundir os candidatos incautos. Portanto o
gabarito a alternativa A.
Analisemos agora a questo abaixo
Macroprocesso
Processo
Atividades
Tarefas ou Operao
Estratgica
Operacional
De Grupo
De Time
Individual
Controle
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 19
ITEM 9. (FCC/TRE_RS/2010/TECNICO JUDICIRIO/ AREA ADMINISTRATIVA) Na gesto por processo, I. a organizao otimiza a cadeia de processos e assegura o melhor desempenho do sistema integrado, a partir da mnima utilizao de recursos e do mximo ndice de acertos. II. identifica-se os processos crticos de negcio; para que a organizao existe; quais os recursos necessrios para gerar produtos que a organizao deseja produzir e ofertar ao mercado. III. identifica-se na organizao as categorias bsicas: 1) de processos de negcios ou de clientes; 2) organizacionais ou de integrao;e 3) gerenciais. IV. a hierarquia dos processos definida pelo seu grau de relevncia estratgica e operacional e so estruturados em macroprocessos, processos, atividades e tarefas. V. importante a modelagem dos processos organizacionais com base no conhecimento dos processos crticos da concorrncia. Est correto o que consta SOMENTE em (A) I, III e IV. (B) I, II e IV. (C) III e V. (D) II e IV. (E) I e III.
A afirmativa I est correta! Perfeito, este o objetivo da gesto por
processos: assegurar que o sistema organizacional tenha um desempenho
sem sobreposies de atividades e com mxima eficincia.
A afirmativa II est errada! O problema do item 2 a afirmativa para
que a organizao existe, que a definio de misso, componente do
planejamento estratgico e no do modelo de gesto por processos.
A afirmativa III est correta! So exatamente as trs categorias bsicas
da gesto por processos que vimos na aula.
A afirmativa IV est correta! Tambm vimos em aula: a hierarquia do
processo.
A afirmativa V est errada! A gesto por processos preocupa-se apenas
com a anlise do desempenho dos processos da prpria organizao, e no
em model-los com base no concorrente. Poderamos falar em
benchmarking, quando h uma prtica contnua de avaliar processos,
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 20
produtos e servios com base naqueles que so os melhores do mercado,
mas isto no importante (essencial) para a modelagem do processo.
Desta forma o gabarito a alternativa A.
1.5. Cadeia Cliente Fornecedor
Qualquer empresa composta de processos e subprocessos integrados, nos
quais um processo ora cliente do processo anterior, ora fornecedor do
processo posterior, formando assim uma cadeia cliente fornecedor.
Assim no caso da construo civil a concretagem cliente da forma e
armao, a pintura cliente da massa, que cliente do reboco e assim
sucessivamente. O fornecedor externo poderia ser o depsito do material de
construo ou a fbrica de cimento ou o fornecedor de areia, concreto
usinado etc.
Vejam esta questo
ITEM 10. (CESPE/BASA/2012/ ADMINISTRAO) Define-se uma cadeia cliente-fornecedor como um conjunto de processos integrados, de modo que um processo, em determinado instante, cliente do processo que o antecede, e em outro, fornecedor do processo ou subprocesso que o sucede.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 21
Exatamente pessoal! Um mesmo elemento pode ser cliente e fornecedor
dentro de um processo. No exemplo que vimos acima na aula a pintura
cliente da massa, e fornecedor da decorao, por exemplo. Portanto, a
afirmativa est CERTA!
1.6. Mapeamento de processos
Mapeamento de processos algo simples: o conhecimento e anlise, pela
empresa, dos processos existentes.
O mapeamento de processos permite que sejam conhecidas com detalhes e
profundidade todas as operaes que ocorrem durante a fabricao de um
produto ou a produo de um servio. Ele pode ser entendido tambm
como o conhecimento e a anlise dos processos e seu relacionamento com
os dados, estruturados em uma viso top down, at um nvel que permita
sua perfeita compreenso e obteno satisfatria dos produtos e servios,
objetivos e resultados dos processos.
As definies apresentadas acima so parecidas. Mapeamento a fase em
que o processo conhecido, explicitado. Talvez em uma pequena padaria,
no seja til gastar esforos para colocar no papel os processos, mas, em
uma organizao governamental, mapear processos fundamental. Afinal,
mapear o processo a primeira etapa para podermos analis-lo e melhor-
lo. Vale ressaltar que o mapeamento de processos tem como pressuposto a
viso sistmica, segundo a qual a organizao deve ser entendida como um
todo, com componentes que estabelecem relaes complexas entre si,
dentro de um contexto.
Vamos anlise de mais uma questo
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 22
ITEM 11. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR) O modelo de gesto orientado para processos adequado para promover maior efetividade organizacional porque (A) h uma eliminao de barreiras dentro da empresa, possibilitando a visualizao da organizao como um todo e uma maior interrelao entre os diferentes agentes da cadeia de valor: clientes, fornecedores e gestores do processo. (B) elimina a estrutura vertical de comando, descentralizando o fluxo de decises, estimulando a participao e o envolvimento dos funcionrios com os objetivos estratgicos da empresa. (C) cada atividade pode ser controlada de forma independente, e no como uma srie de tarefas sequencialmente interrelacionadas e organizadas com a finalidade de produzir resultados especficos. (D) favorece a formao de equipes de trabalho, composto por profissionais com diferentes competncias, orientados para o desenvolvimento de projetos especficos. (E) permite que os esforos da empresa estejam direcionados para uma integrao entre processos e funes, tornando a diviso do trabalho de cada setor mais precisa e estvel.
A alternativa B est errada. O modelo de gesto por processos no
pressupe a eliminao da estrutura hierrquica vertical em uma empresa.
A alternativa C est errada. Est negando a definio de processo.
A alternativa D est errada. Esta a definio do modelo de gesto por
projetos.
A alternativa E est errada. importante enfatizar que a gesto por
processos adota uma perspectiva diferente do modelo de gesto
mecanicista, tpico da administrao cientfica, do modelo clssico e do
modelo burocrtico (a gesto funcional que comentamos em aula). A
perspectiva da gesto por processos orgnica, ou seja, a diviso do
trabalho pode ser continuamente alterada para adequar os processos s
novas exigncias do ambiente.
A alternativa A est certa. o gabarito! Este o grande objetivo da
gesto por processos: aumentar a visibilidade sobre toda a cadeia produtiva
e assim eliminar as barreiras que possam interferir em algumas fases do
processo.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 23
1.7 Fluxograma
O fluxograma uma representao visual de processos ou atividades, com
smbolos pr-determinados para representar aes, responsveis, direo
das interaes etc.
As principais vantagens da utilizao de fluxogramas so:
Viso de conjunto e integrada do processo.
Visualizao de detalhes crticos do processo.
Identificao do fluxo do processo e das interaes entre os subprocessos.
Identificao dos pontos de controle potenciais.
Identificao das inconsistncias e pontos frgeis.
Para que a compreenso dos fluxogramas organizacionais seja facilitada,
necessrio que os smbolos sejam padronizados e sua utilizao seja pr-
definida. Normalmente cada organizao usa um padro diferente, mas os
smbolos utilizados so sempre intuitivos. O livro O processo nosso de cada
dia, uma das referncias mais importantes na rea de processos, nos traz
os seguintes smbolos para fluxogramas:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 24
Os fluxogramas so apresentados das seguintes formas:
Fluxograma vertical: modelo desenvolvido pelo instituto Nacional
Americano de Padronizao. Por isto, tambm conhecido como padro
ANSI. Embora seja o mais antigo, continua sendo bastante utilizado.
Fluxograma horizontal: modelo conhecido como funcional ou modelo
Swinlane, uma vez que este modelo usado para representar os papis
desempenhados (funes) pelos diferentes atores (clientes internos ou
externos e fornecedores) que interagem com os processos que esto sendo
representados.
Agora vejamos estas questes da FCC
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 25
ITEM 12. (FCC/ TRF_1a REGIO/2006/ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA)
Quanto s vantagens da utilizao dos fluxogramas, INCORRETO afirmar que (A) permitem compreender ou estabelecer, com clareza e facilidade as relaes entre as unidades simples ou complexas de trabalho. (B) possibilitam identificar, no rgo em estudo, as relaes que possam ser eliminadas ou devam ser alteradas. (C) facilitam a identificao das fases de execuo que ficariam mais bem situadas em outro ponto do fluxo de trabalho. (D) permitem identificar e suprimir os movimentos inteis de um elemento qualquer, como por exemplo, um documento. (E) possibilitam caracterizar a forma pela qual uma posio se relaciona com as demais dentro do rgo, isto , seu nvel de responsabilidade.
A alternativa A est CERTA. uma ferramenta para visualizar e
compreender os processos.
A alternativa B est CERTA. Perfeito, podemos verificar quais so os ns
crticos do processo e elimin-los.
A alternativa C est CERTA. Sim, atravs da visualizao do processo e
anlise dos ns crticos podemos alterar a ordem de execuo do processo.
A alternativa D est CERTA. Exatamente, se algo no traz valor ao
processo, podemos eliminar ou suprimir.
A alternativa E est ERRADA. o gabarito. No, o organograma
responsvel pelas relaes hierrquicas relativas e nveis de
responsabilidade.
Vejamos mais uma questo da FCC
ITEM 13. (FCC/TRT_PI/2010/TECNICO JUDICIRIO/AREA ADMINISTRATIVA) Na gesto da qualidade dos servios pblicos, a representao grfica que permite a visualizao dos passos do processo do servio ofertado ao cidado, denomina-se (A) Organograma. (B) Ciclo PDCA. (C) Histograma. (D) Fluxograma. (E) Grfico de Pareto.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 26
Pessoal, conforme vimos a ferramenta que nos ajuda na visualizao dos
processos, passo a passo, o fluxograma.
O organograma uma ferramenta para representao da estrutura
organizacional e sua hierarquia. O histograma uma representao grfica
em barras de dados estatsticos.
O ciclo de PDCA e o grfico de Pareto so ferramentas da gesto por
qualidade.
Desta forma o gabarito a alternativa D.
Podemos ainda citar como ferramentas de anlise de processos o Diagrama
de causa e efeito e o Brainstorming, que tambm so ferramentas utilizadas
na gesto por qualidade, e veremos mais frente nesta aula.
Agora, vejamos esta questo da FGV
ITEM 14. (FGV/SENADO/2008/ANALISTA ADMINISTRAO) A gesto de processos (ou gesto por processos) hoje uma realidade concreta e desejada por organizaes em todo o pas. A utilizao de fluxogramas antiga no mundo das organizaes no pas. J nas dcadas de 1950 e 1960 surgia o fluxograma como um instrumento til no estudo e na ao das organizaes. Contudo, o uso de fluxogramas na atual gesto de processos sofre restries. Uma dessas restries : (A) ter uma simbologia incompatvel com a moderna gesto de processos, por serem compostos por um nmero expressivo de smbolos que poucos benefcios trazem, em geral, aos gestores. (B) o fato de que os modernos manuais virtuais tornaram o fluxograma um instrumento obsoleto quando se deseja compreender o fluxo de pessoas e papis num dado momento. (C) a natural dificuldade que funcionrios de apoio tm na interpretao dos smbolos tpicos dos fluxogramas. (D) o fato de que no existe gesto de processos com a simples aplicao do fluxograma, pois ele apenas registra, na maioria dos modelos de fluxogramas, um nico processo, e raramente menciona alguma correspondncia com outros processos. (E) que, curiosamente, consultores e gestores tm certa averso aos fluxogramas porque, em geral, eles apresentam longas rotinas que dificultam sua pronta anlise e imediata simplificao.
Pessoal, as afirmativas das alternativas A, B, C e E no so restries. O
fluxograma perfeitamente compatvel com a gesto por processos e o
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 27
nmero de smbolos relativamente pequeno. O fluxograma no obsoleto,
amplamente utilizado. A interpretao de um fluxograma fcil e
consultores e gestores de forma geral no tem averso aos fluxogramas,
muito pelo contrrio, pois facilitam a anlise dos processos.
Agora vejamos a alternativa D que apresentada como restrio, e portanto
o gabarito.
Podemos admitir alguma dificuldade em relacionar processos distintos,
embora eu mesmo j tenha visto a organizao de um macroprocesso
(portanto com sub-processos e necessrias correlaes) ser desenhado com
fluxogramas. No consegui identificar um autor que tenha apresentado isto
como desvantagem. Embora esta alternativa deixe dvida ( e naturalmente
poderia ser objeto de recurso), julgo que em face da correo de todas as
demais seria a alternativa para assinalarmos. Gabarito a alternativa D.
Vamos encerrar esta seo com uma questo da CESPE
ITEM 15. (CESPE/BASA/2012/ ADMINISTRAO) A utilizao de fluxogramas em mapeamento, anlise e melhoria de processos baseia-se em um conjunto simples de simbologias de tarefas e decises e em outros elementos primrios de processos.
Perfeito pessoal! Os fluxogramas, como vimos, so constitudos de smbolos
simples e de fcil leitura e utilizao. Portanto, a afirmativa est CERTA!
1.8. Anlise e melhoria de processos
Um processo precisa ser analisado e aperfeioado de forma constante, para
que possa agregar cada vez mais valor organizao e consumir menos
recursos (menos insumos, ser executado mais rapidamente, exigir menos
esforos das pessoas, necessitar de menos pessoas).
Os objetivos da anlise do processo so:
Identificar a utilidade de cada etapa do processo
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 28
Verificar as vantagens em alterar a seqncia das operaes (passos)
Adequar as operaes (passos) s pessoas que as executam
Identificar necessidade de treinamento especfico
Um processo pode ficar estvel ou pode passar por uma melhoria. A
estabilidade tambm pode ser chamada de rotina, que o perodo noi qual
os parmetros de sada (especificaes do produto, produtividade,
regularidade etc.) permanecem previsveis e praticamente constantes. A
melhoria a mudana discreta de um processo, no qual os parmetros de
sada (especificaes do produto, produtividade, regularidade etc.)
apresentam melhorias mensurveis, de forma estvel e consistente, em
relao a uma fase anterior.
Outro conceito pertinente o de modelagem de processos. Modelagem
o momento de examinar os diversos aspectos do processo de trabalho de
maneira que possibilite a implementao de melhorias. Basicamente, a
modelagem a etapa em que o processo aperfeioado, e so includas,
nas etapas do processo, as modificaes definidas.
A modelagem de processos abrange a identificao e mapeamento dos
processos-chave essenciais para garantir a gesto de fatores crticos de
sucesso da organizao. Melhoria dos processos de negcio visando
integrao e intensiva colaborao para funcionarem de forma harmnica,
objetiva e eficiente.
Usando um modelo genrico, o conceito de modelagem de processos pode
ser orientado de acordo com as seguintes perspectivas ou vises abaixo
descritas:
Orientada atividade tende a definir um processo de negcio como
uma ordenao especfica de atividades (algumas vezes referenciadas como
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 29
tarefas). Elas geralmente oferecem um bom suporte na redefinio de
modelos de negcio. Porm, esta viso mecanicista pode falhar na
verdadeira complexidade do trabalho que, por sua vez, pode falhar na
implementao de novos processos de negcio.
Orientada a objetos viso associada com a orientao a objetos,
como encapsulamento, herana e especializao. Os princpios da orientao
a objeto so aplicveis modelagem de processos de negcio. Entretanto,
seus usurios tendem a descrever seu trabalho por atividades em vez de
objetos.
Orientada funo ou ao papel refere-se a um papel a ser
desempenhado e uma responsabilidade em particular num conjunto de
atividades. Um grupo de atividades bsicas pode ser designado a um papel
em particular. Entretanto, estas atividades podem no ser apropriadas para
expressar uma intrincada sequncia lgica.
Orientada ao discurso esta viso baseada na teoria do discurso,
sob a perspectiva de linguagem/ao.
1.8.1 Elementos da Modelagem
A modelagem de processos feita usando-se um conjunto varivel de
elementos ou componentes, a saber:
Definio do modelo de gesto da organizao orientada para
processos, bem como a sua estrutura de apoio.
Definio dos processos e processos de negcio; metodologias,
tcnicas, mtodos; modelos de representao e ferramentas tecnolgicas.
Os elementos sublinhados acima sero desdobrados, a seguir.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 30
1.8.2. Metodologia de Modelagem de Processos
Antes de comear a Anlise e a Modelagem de Processos, ou simplesmente
Mapeamento de Processos recomendvel seguir alguns passos, a saber:
a) Identifique os processos-chave do negcio;
b) Defina os objetivos e as metas que devem ser alcanados com base na
gesto por processos;
c) Desenvolva um plano de trabalho, contendo os objetivos, as atividades
e os resultados de cada fase, os prazos de entrega e a equipe de trabalho;
d) Busque junto direo a aprovao, todo apoio e os recursos
necessrios;
e) Faa anlises crticas peridicas e procure dar feedback a todos os
responsveis;
f) Observe que o mapeamento de processos um meio e no um fim. O
que deve ser atingido de fato so os objetivos e as metas compromissados;
g) No preciso mapear todos os processos, nem todos os nveis de
processos.
Iniciando a Modelagem dos Processos
a) Rena todos os elementos relativos a cada processo, tais como
relatrios, documentos, faturas e registros.
b) Selecione e trabalhe cada processo, por vez.
c) Se o processo j estiver descrito, reavalie o processo (redundncia,
agregao de valor, racionalizao).
d) Caso contrrio descreva em detalhes as etapas do processo.
e) Escolha a ferramenta de modelagem apropriada.
A metodologia de modelagem de processos uma forma de direcionar os
esforos de anlise partindo do levantamento do estado atual como est
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 31
(as-is) passando pela idealizao do melhor cenrio como deveria ser
(shoud be) at a proposio da implementao mais adequada como
ser (to be).
A modelagem a viso da empresa por meio da construo de diagramas
funcionais sobre o comportamento de seus processos mapeamento dos
processos.
O objetivo da modelagem a anlise e a documentao da funcionalidade
dos processos de negcio de forma a avaliar se tais processos cumprem com
seus objetivos, identificar os fatores crticos de sucesso, analisar seu
comportamento e desempenho, destacando os pontos fracos, futuros
objetos de aes de melhoria atravs da reengenharia (redesenho) dos
processos. Tudo isso com a implementao de melhores prticas
operacionais e de gesto.
A metodologia, em questo, contempla 8 (oito) etapas. So elas:
Anlise de requisitos
Construo do modelo
Anlise de processos
Simulao
Reengenharia
Documentao dos resultados/produtos parciais e finais
Divulgao
Gesto dos processos - monitoramento
Veja o quadro abaixo com a descrio das atividades contidas em cada etapa:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 32
A Anlise de requisitos
1 Estudo inicial e caracterizao do negcio
2 Piloto para escolha da tcnica e ferramenta a serem utilizadas
3 Identificao da engenharia do negcio (macroprocessos ou processos de nvel 1)
4 Elaborao de plano de trabalho
5 Palestra para nivelamento e exposio da tcnica a ser adotada
B Construo do modelo
1 Mapeamento dos processos
2 Documentao do processo
3 Refinamento do modelo decomposio funcional
4 Reviso do modelo global
C Anlise de processos
1 Anlise funcional avaliar se cada processo cumpre o seu objetivo
2 Anlise qualitativa avaliar o desempenho de cada processo (indicadores)
3 Avaliao dos requisitos dos usurios do processo
4 Anlise dos processos selecionados
5 Formulao da proposta de melhoria
D Simulao
1
Avaliar o comportamento e desempenho dos processos existentes, existentes ou novos, mediante
criao de cenrios onde sero testados os impactos das variaes de seus parmetros de funcionamento.
E Reengenharia (criao de novos processos, fuso, eliminao e mudanas)
1 Racionalizao dos processos contemplando sua automao.
2 Redesenho dos processos buscando a adoo de melhores prticas de trabalho
3 Elaborar o plano de mudanas no processo.
4 Implementao gesto de mudanas
F Documentao dos resultados/produtos parciais e finais
G Divulgao
H Gesto dos processos - monitoramento
1
Depois de implantado, cada processo precisa ser monitorado, avaliado e devidamente ajustado, levando em
considerao o seu desempenho na busca constante e sucessiva de melhoria continua.
2 Avaliar o desempenho do processo com base nos indicadores construdos para esta finalidade.
3
Implementar o processo de gesto de forma a orquestrar o funcionamento harmnico, balanceado e
integrado do negcio.
4 Reavaliar de forma constante e efetiva como meio de garantir a qualidade e continua melhoria.
Uma outra metodologia prevista no livro O processo nosso de cada dia
dos autores Mauriti Maranho e Maria Elisa Bastos Macieira apresentada
como ciclo de uma abordagem por processo. Neste ciclo a metodologia
proposta desdobrada em 6 (seis) etapas, a saber:
Etapa Descrio
1 Identificar os processos de trabalho 2 Mapear os processos de trabalho 3 Modelar os processos de trabalho (redesenho) 4 Implementar os processos de trabalho 5 Medir e avaliar os processos de trabalho 6 Melhorar os processos de trabalho
Vejam esta questo da FGV:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 33
ITEM 16. (FGV/DETRAN-RN/2011/GERENCIAMENTO DE RH) NO um objetivo da anlise de processos: A) Identificar a utilidade de cada etapa de um processo. B) Verificar as vantagens em alterar a sequncia das operaes. C) Uniformizar procedimentos. D) Procurar adequar as operaes s pessoas que as executam. E) Identificar a necessidade de treinamento para o trabalho especfico de processo.
Ateno pessoal!
A anlise de processos visa de fato verificar o valor agregado em cada fase
do processo, avaliar se existem ganhos na alterao das sequncias dos
processos, tambm visa adequar as pessoas s operaes e identificar
necessidades de treinamento. Assim as alternativas A, B, D e E esto
CERTAS. A alternativa C no constitui um objetivo da anlise de processos.
Segundo a metodologia de modelagem que vimos acima, a uniformizao de
procedimentos ou padronizao ou racionalizao dos processos faz parte da
etapa de Reengenharia de processos.
Portanto o gabarito a alternativa C.
A gesto de processos muito associada gesto da qualidade. O
aperfeioamento de processos, inclusive, frequentemente inserido, nas
organizaes, dentro de programas de qualidade total. So princpios da
qualidade:
Quem define qualidade o cliente;
A qualidade deve ser um compromisso de toda a organizao;
O controle deve ser feito de forma descentralizada e por equipes;
A qualidade deve ser buscada continuamente;
Custos menores e eliminao de desperdcio.
Vejam como a ESAF cobrou isto:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 34
ITEM 17. (ESAF/ ANEEL 2006) Os centros prticos das aes de melhoria na gesto pela qualidade so: a) as unidades organizacionais. b) as pessoas. c) os sistemas. d) os processos. e) as normas. Fcil! a reorganizao dos processos que permite a melhoria. Gabarito
alternativa D.
Vamos outra questo da ESAF
ITEM 18. (ESAF/ ENAP/ADMINISTRADOR/2006) Indique a opo que apresenta um princpio que no est relacionado com programas de qualidade.
a) Fazer produtos sem defeitos de fabricao. b) Atender s necessidades especficas do cliente. c) Redesenhar de forma radical os processos. d) Eliminar desperdcios. e) Planejar e manter um processo de aprimoramento contnuo e gradual.
As alternativas A, B, D e E so princpios da qualidade.
A nica alternativa que no se encaixa nos princpios da qualidade a
alternativa C, que diz respeito ao conceito de Reengenharia. importante
salientar que a gesto por processos no apregoa a reconstruo radical de
processos. Este o conceito do modelo de gesto da Reengenharia ( no
confundir com a etapa de reengenharia de processos). Eis o gabarito!
antagnico com o princpio da alternativa E. O gabarito a alternativa C.
Vejam esta outra questo da ESAF
ITEM 19. (ESAF/ ANEEL 2006) As organizaes desde os primrdios da administrao tm tido como preocupao a busca de eficincia de seus processos produtivos. No entanto, a busca de maior competitividade tem promovido o aperfeioamento contnuo de todos os processos. Indique a frase que caracteriza o entendimento de gesto de processo.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 35
a) Os processos de apoio produo so incontrolveis, razo pela qual no passam por melhorias. b) A gesto de processos tem como primcias a identificao do objetivo de cada unidade da hierarquia. c) Processos so fluxos superpostos e seqenciais que tem por objetivo atender as necessidades dos clientes. d) A melhoria contnua de processos prescinde de mecanismos de medio, j que as equipes se autogerenciam. e) A gesto de processos tem como primcias o atendimento do cliente e a identificao do resultado esperado de dado processo.
Vamos anlise das alternativas.
A alternativa A claramente errada. Todos os processos, inclusive os de
apoio, devem passar por constantes melhorias.
A alternativa B tambm errada, pois a idia de processos vai alm das
unidades organizacionais.
A alternativa C errada, confusa. Processos so sequencias de atividades
que transformam entradas e sadas, e podem ser visualmente representados
por fluxogramas.
A alternativa D tambm errada. A gesto de processos exige que os
processos sejam continuamente monitorados por meio de indicadores de
desempenho.
A alternativa E a correta. Atendimento s necessidades dos clientes e
identificao dos produtos do processo so premissas importantes da gesto
de processos.
Vejamos esta questo outra questo da FGV:
ITEM 20. (FGV/FIOCRUZ/ANALISTA DE GESTO EM SADE/2010) Focalizando a Gesto por Processos e suas caractersticas especficas, assinale a afirmativa incorreta. (A) Foco no usurio. (B) nfase em agregar valor. (C) Viso compartimentada. (D) Utiliza parmetros de avaliao de desempenho. (E) Elevado nvel de integrao.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 36
Pessoal, o comando da questo solicitava a opo incorreta. Ateno com
estas questes.
A Gesto por processos tem foco no usurio, quer agregar valor ao produto
ou servio, mede o desempenho para avaliar melhorias e, importante na
anlise da questo, tem viso integrada do conjunto de processos da
organizao. Lembram da estratificao em macroprocesso, subprocessos,
atividades e tarefas? Pois a gesto de processos possibilita a viso de toda
a cadeia produtiva, e no uma viso compartimentada. Sendo assim, a
alternativa C est incorreta e o gabarito.
1.8.3 Principais Tcnicas/Mtodos de Anlise e Modelagem de Processos
Visto a metodologia, analisaremos agora as tcnicas/mtodos que
sustentam a utilizao da metodologia, sendo:
Tcnicas: conhecimento prtico ao conjunto de mtodos de anlise e
modelagem de processos, oferecidos pelas ferramentas tecnolgicas
comercializadas pelos fornecedores destas ferramentas.
Mtodos: referem-se aos procedimentos ou a maneira escolhida para
realizar as atividades de anlise e modelagem de processos.
No existe uma unanimidade entre os principais autores quanto ao
enquadramento em tcnicas e mtodos, porm esta classificao, a
princpio, no traz prejuzos, uma vez que nas definies apresentadas para
os termos mtodos referem-se a procedimentos e tcnicas, a conjuntos
de mtodos.
Dentre as principais tcnicas ou mtodos, encontram-se a famlia do IDEF,
Swimlane, UML, BPMN etc.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 37
Vejamos alguns casos: IDEF (Integration Definition for function Modeling
Definio integrada para modelagem de funes).
IDEF 0 Modelo de funes (processos)
IDEF 1 Modelo de informaes (dados)
IDEF 2 Modelo dinmico (comportamento)
IDEF 3 Modelo de fluxo de trabalho (workflow)
O IDEF 0, mais utilizado da famlia na modelagem de processo, destina-se a
descrever graficamente o processo de transformao ou produo de um
bem ou servio.
J o Swinlane, mais apropriado para o mapeamento de processos da
estrutura organizacional, tambm conhecido como modelo de Rummler-
Brache, muito popular, onde os nveis ou setores organizacionais so
colocados em colunas de um diagrama, representando os passos dos
processos de uma determinada empresa, ou funes departamentais.
1.8.4. Ferramentas de Anlise e Modelagem de Processos
Entende-se como ferramenta os softwares de apoio da gesto por processos
disponveis no mercado de tecnologia da informao.
Para efeito de classificao, as ferramentas podem ser divididas em duas
categorias:
Modelagem (diagramao);
BPM (Gesto de Processos) em todos os seus nveis, com
modelagem, documentao, anlise, simulao e demais recursos de gesto
de processos
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 38
As ferramentas de modelagem (diagramao) permitem o mapeamento
(construo de modelos), mas no disponibilizam meios de registro de
informaes de forma estruturada visando a sua caracterizao.
As ferramentas de BPM (Gesto de Processos) do suporte gesto dos
processos, em qualquer nvel com:
Modelagem dos processos de negcio;
Detalhamento formal dos processos com base em suas caractersticas
essenciais como: custos, entradas, recursos e sadas;
Anlise de processos;
Simulaes;
Outros recursos adicionais.
Algumas razes para uso de ferramentas BPM:
Documentar e implementar processos de negcio;
Proporcionar entendimento dos processos de negcios atuais;
Facilitar a fuso entre processos;
Agilizar a implementao de novos processos e aplicativos;
Consolidar a execuo simultnea de processos;
Promover a automao da gesto de atividades humanas;
Melhorar a gesto de cadeias de suprimentos, particularmente onde o
processo possui interface com outra organizao;
Otimizar processos atravs de sua modelagem;
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 39
Analisar o efeito da gesto corporativa e legislao antes da
implementao de novos processos;
Criar modelos para avaliao de efeitos potenciais em diversos
cenrios;
Garantir anlises e processos de mudana confiveis, mais simples,
mais rpidos e de menor custo;
Estimular a constante avaliao e a implementao de aes de
melhoria;
Integrao e colaborao;
Atingir objetivos e metas estratgicas;
1.8.5. Modelos considerados para anlise e modelagem de processos
Entende-se como modelo as formas de representao da realidade, ou de
fatos reais (figuras, grficos, desenhos, e prottipos).
Para ambientes de processos, modelos so diagramas representativos do
funcionamento da organizao como um todo, envolvendo seus processos
produtivos e outros.
Os modelos gerados podem ser de vrios tipos, tais como:
a) Organogramas
b) Script do processo
c) UML
d) Mapa de Processos (diagramas diversos como SIPOC, diagrama de
bloco, fluxograma vertical, fluxograma funcional ou horizontal etc);
e) Rede PERT/COM etc.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 40
Vejamos alguns dos modelos registrados
Organograma Hierrquico
Forma tradicional de representao da estrutura organizacional, que mostra
a hierarquia existente entre os diferentes rgos ou setores da organizao.
Uma das maneiras de se iniciar a anlise dos processos pelo estudo do
organograma, juntamente com a descrio das funes de cada setor.
Script do Processo
Forma de representao das atividades de um processo (passo a passo).
Trata-se de um procedimento para realizao de um processo, incluindo os
seus responsveis e as aes que devem adotar em cada etapa.
UML (Unified Modeling Language)
Trata-se de uma das mais robustas e abrangentes tcnicas de modelagem.
Sua finalidade servir de instrumento para construo de modelos ou
diagramas de suporte documentao e visualizao grfica, principalmente
aos componentes do software nos processos de desenvolvimento.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 41
Obs.: Os modelos da UML so mais voltados para analistas de sistemas
quando do desenvolvimento de software. Importante para efeito do concurso
saber que eles so utilizados na modelagem de processos.
Mapa de Processos
So tipos especficos de modelos para diagramao de processos. Dentre
eles, importante conhecer o SIPOC, o fluxograma e o prprio IDEF 0 que
j mencionamos como tcnicas e mtodos.
Modelo SIPOC: consiste em descrever os elementos dos processos,
como: fornecedores, entradas, sadas e os clientes do processo.
Diagrama de Bloco: representa graficamente a sequncia lgica dos processos de forma no detalhada. Ex.: Lanternagem de um carro.
Incio Fim Lanternar Pintar
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 42
IDEF 0: utiliza 4 elementos, a saber: entradas (inputs), controles (controls), sadas (outputs) e recursos (mechanisms).
Veja um exemplo abaixo com um processo de compras. Vejam esta questo da CESPE para finalizarmos este tpico: ITEM 21. (CESPE/BASA/2012/ ADMINISTRAO) Caso um analista deseje mapear um processo utilizando-se do estilo de documentao denominado SIPOC, ele dever valer-se exclusivamente de notao padronizada pela ABNT.
Nada disso minha gente! Questo cunhada para confundir o candidato
incauto! O modelo SIPOC de mapeamento de processos no padronizado
pela ABNT. No faz sentido algum isto! Portanto, a afirmativa est
ERRADA!
Um outro modelo o do fluxograma, j visto em outro tpico da aula.
Processo de Compras
Pedido de Compra
Fornecedores Recursos Financeiros
Especificaes de
Compra Recomendaes de
Compra
Pedido autorizado
Nota Fiscal Produto
Pedido negado
Mo de obra e-mail
telefone Sistemas
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 43
2. Sistemas de Medio de Desempenho Organizacional
Medir desempenho significa aferir algo que j aconteceu. Em uma
organizao, a medio de desempenho parte constituinte de diversas
atividades e prov informaes sobre o desempenho para diversas
finalidades. Sua operacionalizao ocorre atravs de medidas de
desempenho, as quais buscam quantificar o desempenho do objeto de
estudo. As medidas de desempenho representam um conjunto de
informaes necessrias para que as equipes gerenciais possam administrar
a competitividade do sistema organizacional.
A mensurao de desempenho tem como objetivo prover os gestores com
insights, para que estes possam saber o que se fez, o modo como se fez,
onde pode ser melhorado e quando o sistema est sob ou fora de controle,
de forma a motivar e encorajar os elementos da organizao. Um sistema de
mensurao deve ser moldado de forma a captar e organizar dados,
comunicar resultados, permitindo aos elementos da organizao tomar as
providncias cabveis, no sentido de melhorar o desempenho global.
A mais importante razo para medir o desempenho de um sistema apoiar
a sua melhoria, fazendo-o crescer continuamente. Os sistemas de medio
de desempenho foram criados para permitir monitorar e impulsionar as
organizaes para o sucesso.
A medio do desempenho deve ser entendida no somente como um
processo de coleta de dados associado a um objetivo pr-definido, mas
como um sistema de alerta direcionado obteno da melhor adequao em
relao ao uso dos recursos dos quais a entidade dispe.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 44
Indicadores de Desempenho
A medio de desempenho operacionalizada atravs de informaes que
indiquem a posio do desempenho da empresa. Essas informaes so
medidores tambm conhecidos por indicadores de desempenho. Um dos
principais problemas da medio de desempenho a definio precisa do
que se quer medir, pois para medir o desempenho necessrio definir
medidas que de fato avaliem aquilo que se quer medir.
As medidas de desempenho comunicam o que importante para toda a
organizao: a estratgia da gerncia do primeiro escalo para os demais
nveis, os resultados dos processos, desde os nveis inferiores at o primeiro
escalo, e o controle e melhoria dentro do processo.
Um indicador de desempenho uma medida de desempenho comparativa
utilizada para responder a questo como ns estamos indo?.
O indicador de desempenho pode ser definido como sendo um parmetro
usado para quantificar a eficincia e/ou eficcia de uma ao tomada pela
empresa.
Os indicadores de desempenho so parte integrante do sistema de
gerenciamento da performance empresarial. Constituem-se em informaes
quantitativas e qualitativas mensuradas e registradas para garantir a
implantao e o monitoramento de estratgias. As decises devem ser
tomadas com base em elementos que representem fidedignamente a
realidade.
Sistemas de Medio de Desempenho
necessrio dispor de informaes e dados que permitam gerenciar o
presente e o futuro das organizaes em face das mudanas do mercado.
Um sistema de medio objetiva estabelecer o grau de evoluo ou
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 45
estagnao dos seus processos, assim como, da adequao ao uso de seus
bens e servios, fornecendo informao tempestivamente, para que se
possam tomar as aes preventivas/corretivas que levem consecuo das
metas da organizao.
O sistema de medio de uma organizao compreende o conjunto de
indicadores e relatrios que ela usa para avaliar como est indo e
esclarecem que toda empresa possui um sistema de medio de
desempenho por mais simples que seja.
Os sistemas de medio de desempenho possuem algumas caractersticas, a
saber:
Ser congruente com a estratgia competitiva;
Ter medidas financeiras e no financeiras;
Direcionar e suportar a melhoria contnua;
Identificar tendncias e progressos;
Facilitar o entendimento das relaes de causa-e-efeito;
Ser facilmente inteligvel para os funcionrios;
Abranger todo o processo, desde o fornecedor at o cliente;
Um sistema de medio de desempenho um sistema integrado de medio
de desempenho com objetivos e foco bem definido e que na maioria das
vezes so criados como parte de sistemas de gerenciamento estratgico
concebidos por empresas especficas ou propostos por estudiosos no
assunto.
Existem diversos modelo de sistemas de medio de desempenho na
literatura, dentre eles:
SMART Performance Pyramid
Sistema de Medio de Desempenho para Competio Baseada em
tempo
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 46
Balanced Scorecard
Modelo de Medio para Valor Adicionado
Estrutura de Indicadores de Gesto
Desempenho Quantum
Esses modelos so estruturados em grupos de medidas que focalizam
aspectos como ambiente, aprendizado e crescimento, cliente,
competitividade, controle, criao de valor, cultural, custo, desenvolvimento,
eficincia e eficcia, recursos humanos e outros.
Alguns dos modelos esto resumidos a seguir:
a) Balanced Scorecard (1992): teve como autores Kaplan e Norton e tem
como objetivo prover uma estrutura compreensiva que traduza a viso e a
estratgia da empresa. Seu foco foi concebido em quatro perspectivas
bsicas: financeira, cliente, processos internos do negcio e aprendizado e
crecimento;
b) SMART (Strategic Measurement and Reporting Technique) e Performance
Pyramid/Wang Laboratories (1998) ou Performance Pyramid/Mcnair, Lynch e
Cross (1990):
baseado na estratgia geral da empresa e orientado para o cliente. Seus
focos so: financeiro, mercado, satisfao do consumidor, flexibilidade,
produtividade, qualidade, entrega, tempo de processo e custo.
c) Modelo proposto por Schiemann e Lingle (1999): Tem como objetivo criar
um sistema estratgico de medio que orientasse as mudanas
organizacionais e os resultados do negcio. Seus focos so: mercado,
financeiro, pessoas, operaes, ambiente e parceiros e fornecedores;
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 47
d) Sistema de Mensurao baseado no Modelo de Input-Processamento-
Output (1994): Concebido por Bogan e English. Tem por objetivo identificar
os mais importantes fluxos de trabalho da organizao. Seus focos so:
inputs, processos, outputs e satisfao do consumidor. Considera inputs
tangveis e intangveis, tais como informao;
e) Sistema de Mensurao Baseado em Benchmarks (1994): Concebido por
Bogan e English. O seu foco no definido. Seu objetivo ter um painel
amplo de medidas que inclua medidas financeiras e no-financeiras;
f) Modelo Tpico Sugerido por Czarnecki (1999): Concebido por Czarnecki.
Seu objetivo definir um modelo tpico representativo da maioria das
empresas investigadas. Seus focos so: qualidade, produtividade, tempo de
ciclo e controle.
g) Modelo de Relacionamento Qualidade-Lucro (Lentes do Consumidor)
(1999): Desenvolvido por Johnson e Gustafsson. Tem por objetivo
estabelecer relaes mais explcitas entre qualidade, satisfao do
consumidor, lealdade do consumidor e lucratividade (performance
financeira). Seus focos so: Qualidade interna, satisfao do consumidor,
lealdade do consumidor e lucro;
Veremos o Balanced Scorecard mais frente.
Vejam esta questo da CESPE ITEM 22. (CESPE/SERPRO/2010/ANALISTA DE ADMINISTRAO DE SERVIOS) A elaborao de um sistema de medio de desempenho consiste da fixao dos objetivos do sistema, da definio das variveis-chaves que devem ter seu desempenho medido e da definio de um conjunto de indicadores que iro operacionalizar a medio de desempenho.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 48
Perfeito pessoal! Esta uma boa definio de um sistema de medio de
desempenho organizacional. Fixam-se objetivos, definem-se variveis e
constroem-se indicadores para acompanhar. A afirmativa est CERTA!
2.1. Meta Modelo de Avaliao do Gespblica
O Gespblica, o modelo de gesto da administrao pblica, sugere um
modelo de avaliao de resultados e desempenho. Este modelo est
publicado no guia referencial para medio de desempenho e manual de
construo de indicadores do Gespblica. Trata-se do metamodelo de
avaliao de desempenho atravs da cadeia de valor inserido nas
ferramentas do Gespblica.
Segundo o artigo de Bruno Palvarini sobre o guia referencial de avaliao do
gespblica:
o desafio do Guia proporcionar a construo de modelos especficos de mensurao
do desempenho. Logo, isto implica a definio de variveis (aspectos ou dimenses)
do desempenho que devem ser consideradas (includas no modelo). Trata-se,
portando, de um modelo lgico-dedutivo, que inclui variveis sugeridas pela literatura
e estabelece uma ordem de causalidade entre elas: desempenho = aspectos relativos
aos esforos + aspectos relativos aos resultados; ou seja, um conjunto de esforos
que (presumivelmente) causam um conjunto de resultados
O guia referencial do Gespblica traz a seguinte definio:
O modelo da Cadeia de Valor e dos 6Es do Desempenho constituise das dimenses de esforo
e de resultado desdobradas em outras dimenses do desempenho. As dimenses de esforo
so economicidade, execuo e excelncia; e as dimenses de resultado so eficincia,
eficcia e efetividade.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 49
Palvarini, traz a definio em seu artigo das seis categorias bsicas de
indicadores, a saber:
Efetividade so os impactos gerados pelos produtos/servios,
processos ou projetos. A efetividade est vinculada ao grau de
satisfao ou ainda ao valor agregado.
Eficcia a quantidade e qualidade de produtos e servios
entregues ao usurio (beneficirio direto dos produtos e servios da
organizao).
Eficincia a relao entre os produtos/servios gerados
(outputs) com os insumos empregados, usualmente sob a forma de
custos ou produtividade.
Execuo refere-se realizao dos processos, projetos e
planos de ao conforme estabelecidos;
Excelncia a conformidade a critrios e padres de
qualidade/excelncia para a realizao dos processos, atividades e
projetos na busca da melhor execuo e economicidade; sendo um
elemento transversal.
Economicidade est alinhada ao conceito de obteno e uso de
recursos com o menor nus possvel, dentro dos requisitos e da
quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos
financeiros e fsicos.
Abaixo segue a esquematizao da cadeia de valor e dos 6Es do
Desempenho:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 50
Agora vejamos uma questo recente da CESPE ITEM 23. (CESPE/MCTI/2012/ANALISTA DE C&T) Alm da dimenso de resultado composta por eficincia, eficcia e efetividade, o desempenho
governamental medido pela dimenso de esforo, que engloba economicidade, excelncia e
execuo. A unio de todos esses elementos ficou conhecida como os 6 s (6E) do desempenho.
Pessoal, a afirmativa est CERTA! A figura que apresentei acima na aula
demonstra exatamente a diviso dos 6 Es nas duas dimenses: resultado e
esforo.
3. Indicadores de gesto
O que no se mede no se administra, o que no mensurvel, torne-o
mensurvel. (Galileu Galilei)
A formulao de indicadores pode ser realizada por um conjunto de passos
necessrios para assegurar que os princpios da qualidade e do sistema de
medio do desempenho estejam em conformidade com o desejado pela
organizao. Os passos so:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 51
Identificao do nvel, dimenso, subdimenso e objetos de
mensurao;
Estabelecimento dos indicadores de desempenho;
Validao preliminar dos indicadores com as partes
interessadas;
Construo de frmulas, estabelecimento de metas e notas;
Definio de responsveis;
Gerao de sistemas de coleta de dados;
Ponderao e validao final dos indicadores com as partes
interessadas;
Mensurao dos resultados;
Anlise e interpretao dos indicadores; e
Comunicao do desempenho e gerir mudana.
O processo de construo de indicadores de desempenho no possui um
procedimento nico ou uma metodologia padro. No entanto, a partir da
reviso das principais experincias de construo de indicadores para o setor
pblico e privado, sugere-se um conjunto de etapas que asseguram a
coerncia da formulao e implementao do conjunto de indicadores que se
planeja construir, conforme figura abaixo:
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 52
Em sequncia, a prxima figura apresenta o desdobramento das etapas nos
passos correspondentes.
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 53
-
NOES DE ADMINISTRAO GERAL E PBLICA CNJ TCNICO JUDICIRIO E ANALISTA JUDICIRIO- REA: ADMINISTRATIVA
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 54
Passo 1 - Identificao do Nvel, Dimenso, Subdimenso e Objetos de Mensurao Definir o que ser mensurado constitui a reflexo inicial do processo de
criao de indicadores de desempenho. Entretanto, cabe responder,
primeiramente, em qual nvel da Administrao Pblica se deseja criar
medidas, ou seja, para que organizao, poltica pblica ou Governos ser
modelado indicadores. Pode ser apenas uma unidade de uma organizao,
um nvel de poltica pblica ou mesmo o Governo como um todo. Os nveis
principais propostos so: macro (Governo), meso (poltica pblica ou setor
de governo), meso-micro (redes de organizaes), micro (organizao) e
nano (unidade de organizao).
Uma vez identificado qual o nvel a ser mensurado, requerido a definio
precisa do que ser mensurado qual , especificame