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Desmantelamento de fogões e máquinas de lavar, resíduos e sua gestão Projecto FEUP Gestão de monstros e veículos em fim de vida Autores: Daniel Tavares Luís Cunha Marco Abreu Rita Marques Rodrigo Furtado

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Desmantelamento de fogões e máquinas de lavar, resíduos e sua gestão

Projecto FEUP

Gestão de monstros e veículos em fim de vida

Autores:

Daniel Tavares

Luís Cunha

Marco Abreu

Rita Marques

Rodrigo Furtado

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Resumo

No âmbito da unidade curricular, Projecto FEUP, foi realizado um

trabalho sobre o tema “Gestão de Monstros e Veículos em Fim de Vida”,

mais propriamente sobre o “Desmantelamento de Fogões e Máquinas de

Lavar, Resíduos e sua Gestão”.

Esse trabalho traduziu-se em muita pesquisa, debates internos e

esclarecimentos junto de algumas entidades responsáveis e reguladoras

de todo o processo em questão, os quais foram ferramentas essenciais à

conclusão proveitosa do mesmo.

Os “monstros”, objecto fundamental de todo este trabalho e

processo, são nada mais, nada menos que alguns dos electrodomésticos

usados no nosso dia-a-dia, nomeadamente as sempre úteis máquinas de

lavar e os fogões eléctricos. Este trabalho consistiu, fundamentalmente,

em mostrar e explicar, de forma simples e eficaz, o grande plano do

desmantelamento e tratamento destes objectos no seu final de vida, tudo

aquilo que este processo envolve.

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Índice

1. Introdução............................................................................................. 3

2. Alguns conceitos básicos ....................................................................... 6

3. Tratamento dos REEE ............................................................................ 8

4. Do velho ao novo ................................................................................ 10

5. Máquinas de lavar e fogões eléctricos................................................. 12

6. Entidades gestoras e operadoras ........................................................ 14

7. Conclusão ............................................................................................ 21

8. Bibliografia .......................................................................................... 23

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Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular, Projecto

FEUP, e baseia-se no tema “Gestão e Tratamento de Máquinas de Lavar e

Fogões Eléctricos”.

O trabalho proposto e que parecia ser uma autêntico quebra-

cabeças, veio a demonstrar-se algo mais acessível e objectivo do que de

início dava a entender.

O principal objectivo durante a realização deste trabalho baseou-se

particularmente em interpretar de uma forma objectiva e concreta todo o

processo de gestão de resíduos provenientes dos chamados “monstros” e

dar ainda uma breve perspectiva própria sobre este tema.

Ao contrário do que geralmente se sucede com a realização deste

tipo de projectos, nos quais há alguma preparação prévia e algumas linhas

de apoio para as pesquisas, neste projecto todo esse trabalho foi feito a

partir do zero.

Então, o primeiro obstáculo a aparecer foi encontrar a tal questão

que levasse a desenvolver o trabalho contínua e coerentemente, tendo

por base essa mesma questão.

Como o nome do tema indica, a base do trabalho vai ser a análise e a

exposição de todos os elementos referentes à “reciclagem” dos produtos

provenientes de electrodomésticos (fogões eléctricos e máquinas de

lavar), tais como as formas como devem ser “reciclados” e as fases que

atravessam durante esse processo. Daí ter surgido esta questão, O que

fazer quando um electrodoméstico se encontra no seu final de vida útil?

Foi com esta ideia em mente que os parâmetros que viriam a ser

detalhados, de forma científica, no trabalho foram estruturados e

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executados, sem nunca, esquecer, ainda, uma abordagem opinativa sobre

o tema.

Mas sendo o tema sobre a gestão de resíduos provenientes de

electrodomésticos, fogões eléctricos e máquinas de lavar a loiça e de lavar

a roupa, não poderia faltar ainda a observação dos diferentes

constituintes de cada uma destas máquinas, a sua evolução e uso ao longo

dos tempos.

Foi com estas bases, que o desenvolvimento deste projecto começou

tendo sempre em mente que seria necessário integrar o grupo

plenamente nos planos científico e sociocultural, através de uma pesquisa

extensiva, por forma a obter um resultado satisfatório.

Contudo, surgiu uma grande dificuldade que foi o facto de ser

essencial representar com originalidade e não fundamentar o trabalho

apenas no que foi adquirido como produto final das pesquisas e

discussões internas.

Para obter um resultado satisfatório foi necessário analisar

ponderadamente cada passo de modo a que o trabalho acabasse com

uma coesão tal que não desse espaço a muitos erros, pelo menos os de

fundo interactivo e interpretativo.

A análise detalhada de todos estes componentes processuais em

conjunto com uma visão particular serão o ponto de partida para o

desenvolvimento do trabalho e, nesse sentido, irão proporcionar uma

ideia assente na descrição e exposição do que no fundo constitui a base da

gestão e do tratamento destes resíduos que serão analisados.

No fundo, este trabalho tem como finalidade última chamar a

atenção para a forma como se lida hoje em dia, com os resíduos

provenientes dos electrodomésticos, nomeadamente, os fogões eléctricos

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e as máquinas de lavar, ajudando assim a uma melhor compreensão, por

parte da população do que todo este processo envolve.

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Alguns conceitos básicos

Os REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos) são,

como o nome sugere, todos os EEE (Equipamentos Eléctricos e

Electrónicos) e todos os seus componentes quando estes são rejeitados

pelos utilizadores. Estes resíduos estão descritos na alínea a) do artigo 3º

do Decreto-Lei nº 239/97, de 9 de Setembro.

Os EEE, por sua vez são equipamentos que utilizam corrente eléctrica

ou campos electromagnéticos para trabalhar. São também os

equipamentos utilizados para gerar, fazer transferência e mediação de

correntes eléctricas e campos electromagnéticos.

Estão divididos em 10 categorias:

1. Grandes Equipamentos

2. Pequenos Equipamentos

3. Equipamentos Informáticos e de Telecomunicações

4. Equipamentos de Consumo Equipamentos de Iluminação

5. Ferramentas Eléctricas e Electrónicas

6. Ferramentas Eléctricas e Electrónicas

7. Brinquedos e Equipamentos de Desporto e Lazer

8. Aparelhos Médicos

9. Instrumentos de Monitorização e Controlo

10. Distribuidores automáticos

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De modo a financiar todo o processo de recolha, transporte e

tratamento dos REEE, foi criada uma ecotaxa destinada aos produtores de

EEE. Esta taxa, ECOREEE, é cobrada aos produtores de EEE por cada

tonelada de equipamento colocada no mercado nacional. A prestação

financeira cobrada aos produtores de EEE depende das características e

do número de EEE postos no mercado.

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Tratamento dos REEE

Quando um EEE que já não é utilizado deve-se proporcionar-lhe uma

“nova vida”. Para isso, é necessário que o equipamento chegue a um

centro de consolidação para a triagem. Este pode ser entregue,

gratuitamente num centro de recepção ou trocá-lo na aquisição de um

novo. Como exemplo destes locais de recepção temos os ecocentros e os

diversos “ponto electrão” espalhados pelo país.

As ONG (organizações não-governamentais) podem-se apropriar dos

REEE, em bom estado, e distribui-los pelos mais carenciados. Os restantes

REEE são encaminhados para centros de reciclagem devidamente

especializados para serem tratados.

O processo de reciclagem começa com o desmantelamento manual

dos equipamentos, são-lhes retirados os cabos eléctricos e os

componentes amovíveis (fracções finais). As principais fracções finais de

grandes electrodomésticos como fogões e máquinas de lavar são sucata

ferrosa, contrapesos de betão, inox, fracção plástica e motores (no caso

das máquinas). Elementos que contenham substâncias perigosas como o

amianto e PCBs são cuidadosamente removidos e posteriormente

tratados em locais apropriados. Dependendo do tipo de substância, estas

podem ser destruídas por incineração (PCBs e CFCs…) ou reutilizadas

(mercúrio, óleos…).

Após a remoção das substâncias tóxicas os restantes materiais são

triturados e separados por várias técnicas, em diferentes categorias:

metais ferrosos, metais não-ferrosos, vidros e plásticos.

Nem todos os tipos de materiais são possíveis de serem reciclados,

como é o caso de alguns plásticos. Estes são encaminhados para

cimenteiras onde ocorrem processos de valorização energética através da

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incineração. A utilização deste processo é um meio interessante e útil de

evitar que certos resíduos vão para aterros permitindo ao mesmo tempo

recuperar alguma energia.

No final dos mecanismos de reciclagem obtemos matéria-prima para

diversas indústrias.

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Figura. 1 Contentores, cabos

eléctricos; banco de plástico

Do velho ao novo

Os metais ferrosos recuperados são utilizados, por exemplo, na

indústria siderúrgica para a carroçaria de carros e

contentores de carga. Os metais nunca perdem

as suas propriedades, podendo assim serem

reciclados infinitamente.

Metais não-ferrosos como o cobre, chumbo,

zinco, estanho, prata, ouro (presentes em

pequenas quantidades nos EEE) recebem uma

segunda vida após purificação e fusão. Como

aplicações destes materiais temos os diferentes

tipos de cabos e outros componentes

electrónicos.

Os plásticos recuperados são

transformados em pequenas partículas sendo

limpos e secos. Polipropileno, polietileno e

poliestireno adquirem uma nova cor após serem transformados em grãos.

Estes materiais são utilizados na indústria automóvel e mobiliária. A

reciclagem de plásticos é uma tarefa difícil, pois estes necessitam de

serem classificados de acordo com o tipo e cor. Por este motivo, os

objectos feitos de plástico reciclado são muitas vezes de qualidade

inferior.

O vidro é um material ideal para a reciclagem e pode, dependendo

das circunstâncias, ser infinitamente reciclado. O uso de vidro reciclado

em novos recipientes e cerâmicas possibilita a conservação de materiais, a

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redução do consumo de energia e reduz o volume de resíduos que são

enviados, para aterros sanitários.

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Figura. 2 Máquina de

lavar

Máquinas de lavar e fogões eléctricos

No desmantelamento das máquinas de

lavar, a maior parte dos componentes são

reciclados ou enviados para aterros mas

alguns podem ser reutilizados directamente.

Após o desmantelamento e separação dos

vários componentes, estes são armazenados

para posterior transportação até ao seu

respectivo destino. A maior parte da estrutura

das máquinas de lavar é feita de chapa metálica, normalmente coberta

com um revestimento de zinco (aço galvanizado) de modo a ter maior

resistência à ferrugem enquanto muitos dos componentes mais pequenos

que não precisam de suportar tanto peso e/ou precisam de muito boa

resistência à corrosão e à ferrugem são feitos de plástico. As portas das

máquinas de lavar a roupa são de vidro e existe ainda um contrapeso de

betão. Os tubos e resguardos são geralmente feitos de borracha de modo

a serem mais maleáveis e serem resistentes à corrosão. Resta a

componente eléctrica que envolve fios de cobre, um motor eléctrico e os

botões de controlo.

Os fogões eléctricos podem ser

divididos em 2 categorias: os de indução

electromagnética e os que utilizam

resistências para aquecer placas metálicas ou

de vitrocerâmica. Os fogões de indução

electromagnética são constituídos por uma placa de vitrocerâmica, as

Figura. 3 Placa de indução

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espiras de fio de cobre utilizadas para gerar campos electromagnéticos e

os controlos eléctricos. Os fogões que utilizam resistências para aquecer

placas são constituídos por uma placa de metal ou de vitrocerâmica, por

resistências eléctricas e por controlos eléctricos. Pode-se concluir que a

maior parte dos materiais encontrados nos fogões eléctricos de hoje em

dia é a vitrocerâmica e fios de cobre.

Fig. 10 Esquema que representa a reciclagem dos REEE

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Entidades gestoras e operadoras

A Amb3e, associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de

Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, é uma entidade gestora, sem fins

lucrativos, licenciada pelo Despacho conjunto n.º354/2006, de 27 de Abril,

dos Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do

Desenvolvimento Regional e da Economia e da Inovação, para organizar e

gerir um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos

Eléctricos e Electrónicos (SIGREEE).

A primeira prioridade da Amb3E é gerir os REEE criados no fim de

vida dos EEE, e subsequentemente fomentar a sua reutilização, reciclagem

e outras formas de tratamento, contribuindo assim, para a sua redução e

também para que a respectiva deposição se faça de uma forma correcta,

permitindo a melhoria do desempenho ambiental de todos os agentes

económicos envolvidos durante o ciclo de vida dos EEE.

A ERP Portugal pertence a uma plataforma pan-europeia, European

Recycling Platform (ERP), fundada em Dezembro de 2002. Esta plataforma

tem em média uma quota de mercado entre 20% e 25% e já recolheu um

total de 111 mil toneladas na Europa.Tal como a Amb3e, a Erp Portugal

tem como prioridade gerir e fomentar o tratamento de REEE.

A Lipor é um serviço intermunicipalizado de gestão de resíduos do

grande Porto e é a entidade responsável pela gestão, valorização e

tratamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos pelos 8 municípios

que a integram.

Esta entidade tem a função de encaminhar os REEE recebidos nos

seus ecocentros para as empresas responsáveis pela reciclagem.

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A Interecycling, fundada em 1999, foi a 1ª empresa de Reciclagem de

Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico da península ibérica.

Esta empresa está hoje preparada para reciclar 9 das 10 categorias

de REEE´s (dispostas no DL 230/2004) tornando assim Portugal, auto-

suficiente no tratamento destes resíduos e minimizando os impactos

ambientais do consumo de EEE.

A Recielectric, S.A. é uma empresa do Ambigroup, SGPS S.A. Actua na

área de tratamento e valorização de Resíduos de Equipamentos Eléctricos

e Electrónicos, cumprindo as obrigações legais e metas de reciclagem

exigidas anualmente.

É com vista num futuro melhor que a Recielectric para além da

valorização e reciclagem, aposta também na reutilização, permitindo

assim uma diminuição dos impactos ambientais causados pelo processo.

Todas a empresas e entidades deste sector têm em vista o futuro

ambiental. Elas existem para dar resposta aos resíduos que diariamente

são criados e asseguram oportunidades de negócio e vantagens

competitivas.

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63,30%

27,50%

9,20%

Distribuição de produtos registados 2009

AMB3E

ERP

SSG

343 555

715 910 1000

0

200

400

600

800

1000

1200

Dez. 2006 Dez. 2007 Dez.2008 Dez.2009 06-Mai-10

Aderentes à AMB3E

Portugal e os REEE

No que respeita à existência de sistemas de gestão de REEE em

Portugal os produtores escolheram maioritariamente a AMB3E e ERP

Portugal, como as entidades gestoras de solução para tratamento dos EEE

em fim de vida. A figura apresenta a distribuição dos REE pelas entidades

gestoras.

A AMB3E, em 2010 atingiu números de aderentes bastante

significativos, como podemos constatar através do gráfico em baixo.

Empresas

sem qualquer

sistema de gestão

Figura.4 Distribuição de produtos registados

Fonte: http://www.anreee.pt/estatisticas

Figura.5 Aderentes à AMB3E Fonte: http://www.anreee.pt/estatisticas

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No decorrer de 2009, foram colocados cerca de 73 milhões de EEE,

unidades correspondentes a um peso de cerca de 169 mil toneladas, o que

traduz, que em média cada Português adquiriu sete equipamentos com

16,9 kg no total.

2009 1º semestre 2ºsemestre 3ºsemestre

Unidades 33.756.570 39.375.844 73.132.414

Peso

(toneladas) 73.532,69 95.516,37 169.049,06

Mais de 85% de portugueses encaminharam para reciclagem os

REEE, o que é de “uma importância extrema” e simultaneamente

revelador de que “ainda há trabalho a realizar nesta matéria junto do

cidadão-consumidor, trabalho esse que tem de ser mais esclarecedor e

mais elucidativo” (FONTOURA, Fernando, director geral da Amb3E -

Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos

e Electrónicos). A figura 6 apresenta o gráfico da situação actual da

sociedade portuguesa face aos REEE e sua gestão.

Tabela1 Resultados de 2009

Fonte: http://www.anreee.pt/estatisticas

0%

13%

65%

35%

87%

Situação actual

Informados Não informados Sabem para que serve Desconhecem

Figura.6 Situação actual da sociedade portuguesa face à reciclagem dos REEE

Fonte: http://www.incineracao.online.pt

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Quando se confrontaram os cidadãos que fazem a reciclagem dos

REEE com o motivo pelo que o fazem, as respostas variam. As três razões

mais frequentes estão no gráfico que se segue.

Os resultados alcançados pelas duas empresas que asseguram que

os aparelhos eléctricos e electrónicos colocados no mercado são,

posteriormente, enviados para reciclagem, não chegam para cumprir a

directiva comunitária. Bruxelas quer que todos os países recolham quatro

quilos de resíduos por cidadão. Meta difícil de alcançar porque o sistema

começou tarde e ainda não atingiu todos os portugueses. Apesar, de

pouco informados sobre o que têm de fazer, alguns retalhistas que

colocam os aparelhos novos no mercado ainda se recusam a aceitar o

velho em troca do novo, como a lei exige. Nestes casos, resta ao cidadão

estar informado, atento e ser exigente.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

Inquiridos

41,20%

34,50%

24,30%

Para quê reciclar EEE?

Reduzir a quantidade de lixo epoupar energia

Porquê são lixos perigosos

Porquê ainda podem ser úteis

Figura.7 Resultado do inquérito feito aos portugues acerca da utilidade da reciclagem dos

REEE

Fonte: http://www.anreee.pt/estatisticas

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19%

28%

18%

34%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Monitores e Telivisores Equipamentos diversos Grandes equipamentos(máq.lavar e fogões)

Equipamentos derefrigeração

Distribuição por categorias de REEE recebidas na Recielectric em 2009

Embora exista uma série de canais próprios de recolha de REEE,

quer pelo facto de constituir um centro de Recepção, através das

parcerias estabelecidas com outras empresas do Ambigroup, as

quantidades tratadas na recieelectric dependem essencialmente da

capacidade de recolha de REEE das entidades gestoras.(Fig.8)

Fig.8 Distribuição dos REE recebidos na Recielectric

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31,30%

12,40%

1,30%

1,10% 2,90%

1,80%

1,00% 1,90%

2,00% 9,10%

6,10%

29,20%

Grandes equipamentos (máquinas de lavar) Fracções resultantes

Sucata ferrosa

Inox

Vidro

Cabos eléctricos

Madeira

Outros

alumínio fundido

RIB

Borracha

Motores de Máquinas de lavar

Plástico

Contrapeso de betão

Depois da recepção, cada equipamento é especificamente triado e

encaminhado para uma linha operacional de acordo com a sua categoria.

Os grandes electrodomésticos, tal como as máquinas de lavar, são

submetidos ao seu desmantelamento e separação dos vários

componentes, que serão armazenadas para serem posteriormente

recicladas. (Fig.9)

Fig.9 Resíduos resultantes do desmantelamento de máquinas de lavar

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Conclusão

Este trabalho tinha como objectivo estudar e dar a conhecer um

pouco mais do tema “Desmantelamento de Fogões e Máquinas de Lavar,

Resíduos e sua Gestão” de forma criativa e clara.

É de referir também, que as indicações do nosso monitor

possibilitaram a aquisição de alguns conhecimentos e ferramentas

necessários ao prosseguimento do trabalho, mas, acima de tudo,

possibilitou uma visão mais clara daquilo que na prática era preciso para o

seu desenvolvimento.

Claro está, que tudo isto seria em vão se não se tivesse feito muita

pesquisa e entrado em contacto com as entidades responsáveis antes de

realizar este trabalho.

Por tudo isto, é com uma enorme prazer que finalizámos o nosso

trabalho, embora tenha ficado a impressão de que mais e melhor poderia

ter sido produzido, não fosse o facto de haver um tempo limite

estabelecido, para a conclusão deste.

Enfim, tendo isto em conta, pensamos que o objectivo foi cumprido

da melhor forma possível. Consideramos ter alcançado aquilo que foi

proposto, isto é, ao analisar de uma forma mais concreta o processo de

tratamento e gestão dos “monstros” e os seus resíduos, pensamos ter

feito chegar a mensagem de forma bem mais clara e concisa. O suficiente

para permitir e ajudar, a partir de agora, a uma compreensão ainda

melhor de todo este processo e do que ele envolve no seu todo.

Após todo este enriquecedor trabalho, conseguimos ainda adquirir

uma coisa muito importante para todos nós, a qual vai nos vai ser

necessária durante a nossa vida, que é espírito e trabalho de grupo.

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Obstante de tudo é inegável que esta é uma daquelas oportunidades

que nunca devemos recusar, mas sim aproveitar ao máximo, pois através

deste trabalho, obtivemos, para além de conhecimentos e, possivelmente

amizades, para o resto da nossa vida, uma experiência inolvidável, para

mais tarde recordarmos e partilharmos. E isso, é algo pelo qual estamos

muito contentes e agradecidos.

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2010.

http://www.interecycling.com/cgibin/eloja21.exe?myid=interecyclin

g&lang=pt&titles=00&stitles=00&main=home&sh=/interecycling/ar

eas/inicio.htm

LIPOR. Consulta em outubro de 2010. http://www.lipor.pt/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem_de_vidro. Consultada em

outubro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem_de_pl%C3%A1stico.

Consultada em Outubro