Gerenciamento adequado do uso de antimicrobianos€¦ · Sorotipo 1 • Associado a surtos em...
Transcript of Gerenciamento adequado do uso de antimicrobianos€¦ · Sorotipo 1 • Associado a surtos em...
Gerenciamento adequado do uso de
antimicrobianos
Como prescrever racionalmente os
antimicrobianos?
Cláudia Murta de Oliveira
Especialista em Clínica Médica e em Infectologia
Mestre em Medicina Tropical
Médica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa BH
DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE
INTERESSES
De acordo com a Resolução 1595/2000 do Conselho Federal de Medicina e RDC 102/2000 da ANVISA declaro que:
Possuo conflitos de interesse:
Participo de protocolos de Pesquisa Clínica nas áreas de antimicrobianos e vacinas, de várias indústrias farmacêuticas
Não possuo ações de companhias farmacêuticas
Administro aulas remuneradas
Nenhum conflito com a verdade,
a evidência científica e a ética
Resistant StrainsRare
Resistant Strains Dominant
Antimicrobial Exposure
Selection for Antimicrobial-Resistant Strains
New Resistant Bacteria
Susceptible Bacteria
Resistant Bacteria
Resistance Gene Transfer
Emergence of Antimicrobial
Resistance
Mecanismos de ação dos antibióticos
Adaptado de: Chopra I. Curr Opin Pharmacol. 2001;1:464-469.
Biossíntese donucleotídeo Síntese
de Proteína
Proteína
–
Topoisomerase
mRNA
Transcriçãodo RNA
mRNA
–
–
–
–
Penicilinas
Cefalosporinas
Carbapenemas
–
Rifampicina
Antibióticos
peptídeos
–
Metronidazol
Glicilciclinas
Aminoglicosídeos, Macrolídeos,
Oxazolidinonas, TetraciclinasLincosamidas,
Estreptograminas
Sulfonamidas
TMP-SMX
Fluoroquinolona
Síntese
da Parede
Celular
Replicação do DNA
Integridade da
Membrana
Citoplasmática
Mecanismos de resistência aos antibióticos
Replicação do DNA
Biossíntese do nucleotídeo Síntese de
proteína
ProteínaTopoisomerase
Transcrição doRNA
mRNA
mRNA
Mutação Inativação
enzimática
(p.e., -lactamases,
carbapenemases)
Bombas de efluxo Diminuição da
permeabilidade da
Parede celular
Eliminação ou superprodução
do receptor do antibiótico
Proteção ribossômica
(p.e., proteínas tet)
Transferência de mat. genético
(por exemplo, plasmídeos)
Adaptado de: Chopra I. Curr Opin Pharmacol. 2001;1:464-469.
Fazemos
diagnóstico???
19 óbitos/minuto
PENSAMENTO E RACIOCÍNIO
EPIDEMIOLÓGICOS
PENSAMENTO E RACIOCÍNIO
EPIDEMIOLÓGICOS
MELHORAR DIAGNÓSTICO
Áreas do Problema
Ambulatorial
Prescrição abusiva, auto-medicação
Hospitalar
University of Virginia Hospital
52% das prescrições de ATB consideradas inadequadas
Governamentais
#Custo
Gonococo
OMS e OPAS
78 milhões de infectados por ano
Resistência crescente a quinonola, azitromicina
Droga de escolha: ceftriaxone ( !!!!!)
PNEUMOCOCO : SOROTIPOS DE IMPORTÂNCIA
Sorotipo Implicações clínicas
Sorotipo 1• Associado a surtos em crianças 2-5 e > 5 anos de idade.1
• Causa maior proporção de pneumonia pneumocócica em crianças mais velhas .2
Sorotipo 3
• Entre os mais comuns isolados em AOM globalmente.3,4
• Causa comum de OMA em crianças > 24 meses.5
Sorotipo 5• Terceiro sorotipo mais comum na América Latina e África.6
• Continua a causar a doença em crianças mais velhas .2
Sorotipo 6A
• Associado a multirresistência a macrolídeos e β-lactamicos.2
• Comum colonizador de nasofaringe.2
Sorotipo 7F
• Alta taxa de mortalidade em comparação com outros sorotipos no estudo de crianças < 16 anos de idade.7
Sorotipo 19A
• Uma das principais causas de doença pneumocócica grave em todo o mundo.7-9
• O sorotipo mais comum no carreamento pneumocócico.9
• Entre os isolados mais comuns em OMA globalmente.5,6
• Cada vez mais resistentes a antibióticos e associado a multirresistência.9
1. Hausdorff WP.Vaccine. 2007;25:2406-2412.2. Hausdorff WP, et al. Lancet Infect Dis.2005;5:83-93.3. Rodgers GL, et al. Vaccine. 2009;27:3802-3810.4. Pichichero ME, Casey JR. JAMA. 2007;298:1772-1778.5. Abdelnour A, et al. BMC Pediatrics. 2009;9:52.
6. GAVI Pneumococcal AMC TPP, Nov 2008. http://www.vaccineamc.org/files/TPP_codebook.pdf. Acessado em 5 de Outubro de 2017.
7. Ruckinger S, et al. Pediatr Infect Dis J.2009;28:118-122.8. Rajasingham CR, et al. Pediatr Infect Dis J.,2008;27:771-775.9. Kyaw MH, et al. N Engl J Med, 2006;354;1455-1463.
Origem : CTI 2° ANDAR Idade,Sexo: 20a,FEMININO FL.:1
Leito : CTISC05 Cadastro : 09/01/2017
Liberado em (12/01/2017 10:29)
CULTURA
Material: MINIBAL
Bactéria: Acinetobacter baumannii
Quantitativo: >100.000 UFC/mL
ANTIBIOGRAMA
ANTIBIÓTICOS SENS MIC
Amicacina R -
Ampicilina-Sulbactam R -
Cefepima R -
Ceftazidima R -
Ceftriaxona R -
Ciprofloxacina R -
Gentamicina R -
Meropenem R -
Piperacilina-Tazobactam R -
Trimetoprim-Sulfametoxazol R -LEGENDA: (R)Resistente (I)Intermediário (S)Sensível (-) Não testado
(IC) Interpretação clínica de acordo com critérios médicos
Valor de referência: a critério clínico.
Concentração inibitória mínima de Polimixina B (E-
test): 0.125 µg/mL
Origem : ESPECIALIDADES Idade,Sexo: 61a,MASCULINO FL.:1
Leito : 07B21 Cadastro : 07/03/2017
Coletado em (07/03/2017 15:51) Liberado em (12/03/2017 10:01)
HEMOCULTURA 1ª AMOSTRA
Material: SANGUE
Bactéria: Enterococcus faecium
GRAM: Positivo após 15 horas de incubação.
Presença de cocos Gram positivos aos pares por campo
ANTIBIOGRAMA
ANTIBIÓTICOS SENS MIC
Ampicilina R -
Gentamicina 120 µg/mL S -
Linezolid S -
Penicilina R -
Vancomicina R -
LEGENDA: (R)Resistente (I)Intermediário (S)Sensível (-) Não testado
(IC) Interpretação clínica de acordo com critérios médicos
Valor de referência: a critério clínico.
Concentração inibitória mínima de Vancomicina (E-test): >256,0 µg/mL
Bactérias mais freqüentes em Infecção Hospitalar
Aeróbias
Anaeróbias
Cocos Gram positivos Bacilos Gram negativos
Staphylococcus
aureus
epidermidis
Enterococcus
faecalis
faecium
Enterobacteriaceae
E.coli
K.pneumoniae
S.marcescens
E.cloacae
Não fermentadores
P.aeruginosa
A.baumannii
B.fragiles
C.difficile
Metronidazol
Metronidazol
Cefalo 3ª e 4ª
Carbapenens
Cefalo 1ª,2ª e 3ª
Quinolonas
Ampicilina +
Aminoglicosídeo
Oxacilina
Teicoplanina
Vancomicina
Polimixina
Cipro
Carbapenens
Linezolida
VRE
ESBL
PAN-R
MRSA
VRSA
Avaliação do Uso de ATB
Incidência de abuso: 50-70%
Tipos de mau uso e abuso
Profilaxia por tempo maior que o preconizado
Tratamento de prova
Tratamento de doença que não responde a ATB
Uso de agentes de largo espectro
Tratamento por tempo prolongado
Uso EV quando VO é igualmente eficaz
Avaliação do Uso de ATB
Tipos de mau uso e abuso
Ignorar resultados de testes microbiológicos
Coleta de espécimes para microbiologia
Não-adequação à função renal e à hepática
Ignorar perfis de sensibilidade do hospital
Instituição de terapia com o pior cenário
Uso abusivo de associações
Critérios de Seleção de um ATB
Menor espectro de ação
Menor incidência de efeitos colaterais
Posologia e via de administração
Menor custo
Nível tissular adequado
Santa Casa de Belo Horizonte
Equipe SCIH – NUVEH
Grupo Santa Casa BH
Normas para prescrição de
antimicrobianos CCIH- Santa Casa BH
Aprovadas pela Diretoria
Parceria com as chefias de clínicas
Grupo 1: prescrição livre
Grupo 2 : preencher formulário; liberado por 24
horas, até avaliação do SCIH
Grupo 3: prescrição restrita, situações especiais,
liberado após discussão com o SCIH
Restrição ao Uso de ATB’s
Cefalosporinas de 3ª geração
Cefalosporinas de 4ª geração
Carbapenêmicos
Quinolonas
Glicopeptídeos
Quinolonas
Aumento da resistência de pneumococos com o uso
abusivo para pneumonias
Uso prolongado em infecções ortopédicas : resistência
de S. aureus
Beta-lactâmicos associados a Inibidor
de beta-lactamase
Boa opção para evitar uso de cefalosporinas
Infecções intra-abdominais
Pé diabético
Pneumonias comunitárias e hospitalares
Ampicilina/sulbactam
Amoxacilina/clavulanato
Piperacilina/tazobactam
CEFTRIAXONE
Alto indutor de resistência
Não usar como profilático cirúrgico
Infecção intra-abdominal: preferir
gentamicina, ciprofloxacina
Grávidas, meningites, idosos com
pneumonia
Cefalosporinas de 4a Geração
Ligação irreversível às proteínas fixadoras de penicilinas (PBPs)
Vantagem:
estabilidade aumentada contra hidrólise pelas beta-lactamases mediada por plasmídios e cromossomas
sinergismo com aminoglicosídeos, quinolonas, vancomicina, metronidazol, inibidores de beta-lactamases
Espectro:
Melhor contra bacilos Gram-negativos aeróbios
Indicações:
Infecções graves (septicemias, aparelho respiratório, trato urinário, etc.) com suspeita de germe resistente a outras drogas
Neutropenia febril
Campaign to Prevent
Antimicrobial
Resistance
Centers for Disease Control and Prevention
National Center for Infectious Diseases
Division of Healthcare Quality Promotion
➢Link to: Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance Online➢Link to: Federal Action Plan to Combat Antimicrobial Resistance
Clinicians hold the solution!
Antimicrobial Resistance:
Key Prevention Strategies
Optimize Use
PreventTransmission
PreventInfection
EffectiveDiagnosisand Treatment
PathogenAntimicrobial-Resistant Pathogen
Antimicrobial Resistance
Antimicrobial Use
Infection
Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Settings
Susceptible Pathogen
12 Contain your contagion11 Isolate the pathogen
10 Stop treatment when cured9 Know when to say “no” to vanco
8 Treat infection, not colonization7 Treat infection, not contamination
6 Use local data5 Practice antimicrobial control
4 Access the experts3 Target the pathogen
2 Get the catheters out1 Vaccinate
Prevent Transmission
Use Antimicrobials Wisely
Diagnose and Treat Effectively
Prevent Infection
Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Settings
12 Steps to Prevent Antimicrobial
Resistance: Hospitalized Adults
“Não espere resultados diferentes se você
faz diariamente tudo igual”
Obrigada!
31-993010058