Escherichia Coli Sorotipo O157

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31/05/2012 1 Escherichia coli sorotipo O157:H7 Acadêmicas: Larissa Cescon Larissa M. Schroeder Introdução • Nome popular: diarreia sanguinolenta ou colite hemorrágica; • Bacilo Gram-negativo; • Família Enterobacteriacea; • 6 grupos reconhecidos de E. coli patogênicas Enterohemorrágica; • Produtora de verotoxinas (VT1 e VT2) ou toxina de Shiga (STX1 e STX2). Ciclo epidemiológico • Ruminantes saudáveis, incluindo bovinos, ovinos, veados e cabras, carregam cepas VTEC, são considerados o principal reservatório da E. coli O157:H7; • Na maioria dos surtos descritos, a transmissão foi veiculada através de alimentos de origem bovina carne moída, cru ou mal passada. Ciclo epidemiológico • A carne pode ser contaminada durante o abate ou processamento inadequado; • A ingestão de leite cru também tem sido associada a surtos; • Brotos de alfafa, alface, salame, leite e sucos não pasteurizados, e nadar ou beber água contaminada por esgoto. Período de incubação • Fonte comum de veiculação determinada: 3,1 a 8 dias; • Em enfermarias e casas de custódia: período de incubação mais longo Pequena inoculação Evolução da doença • Dores abdominais e diarreia não sanguinolenta; • Diarreia sanguinolenta 2 a 3 dias depois. • 10 a 15% dos pacientes evoluem para Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU), após 7 dias.

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Escherichia coli sorotipo O157:H7

Acadêmicas: Larissa CesconLarissa M. Schroeder

Introdução• Nome popular: diarreia sanguinolenta ou colite

hemorrágica;

• Bacilo Gram-negativo;

• Família Enterobacteriacea;

• 6 grupos reconhecidos de E. coli patogênicas →Enterohemorrágica;

• Produtora de verotoxinas (VT1 e VT2) ou toxinade Shiga (STX1 e STX2).

Ciclo epidemiológico

• Ruminantes saudáveis, incluindo bovinos,ovinos, veados e cabras, carregam cepasVTEC, são considerados o principalreservatório da E. coli O157:H7;

• Na maioria dos surtos descritos, atransmissão foi veiculada através dealimentos de origem bovina → carnemoída, cru ou mal passada.

Ciclo epidemiológico

• A carne pode ser contaminada durante oabate ou processamento inadequado;

• A ingestão de leite cru também tem sidoassociada a surtos;

• Brotos de alfafa, alface, salame, leite e sucosnão pasteurizados, e nadar ou beber águacontaminada por esgoto.

Período de incubação

• Fonte comum de veiculação determinada:3,1 a 8 dias;

• Em enfermarias e casas de custódia:período de incubação mais longo

Pequena inoculação

Evolução da doença

• Dores abdominais e diarreia nãosanguinolenta;

• Diarreia sanguinolenta 2 a 3 dias depois.

• 10 a 15% dos pacientes evoluem paraSíndrome Hemolítica Urêmica (SHU),após 7 dias.

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Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU)

• Crianças menores de 5 anos e idosos;

• Destruição das células vermelhas dosangue;

• Falência renal IRC;

• Deterioração neurológica.

Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)

• Anemia hemolítica microangiopática;

• Trombocitopenia;

• Manifestações neurológicas;

• insuficiência renal e febre.

CASOS

• 09/06/2011: surto na Alemanha e 12 países da Europa;

• Cientistas descobrem nova cepa de E.coli;• Provoca formação de auto-anticorpo que

aumenta um fator de coagulação que limita circulação do sangue para cérebro e rins. • Já contaminou mais de 2400 pessoas em 12

países;• 23 mortos na Alemanha e 1 na Suécia;• Hospitais dispensam casos menos graves

para atender ao surto.

• As autoridades acreditam que as pessoasadoeceram por comer alfaces, tomates,pepinos ou outros vegetais crus usadosem saladas na Alemanha;

• Os cientistas suspeitam que a origem dacontaminação possa ter sido a má higieneem alguma fazenda, em trânsito, ou emalguma loja ou entreposto de alimentos.

• 73 mil casos de intoxicação e 61 mortes pelabactéria nos EUA a cada ano.

• Em 4% dos casos a toxina cai na circulação edesenvolvem a SHU

• 5% das crianças com SHU, ligada a ingestão dehambúrgueres mal cozidos, principalmentecaseiros.

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• Maior a incidência de intoxicação empaíses de clima temperado não havendoregistro de ocorrência em países de climatropical como o Brasil;

• Supõe-se que bovinos alimentados comalta concentração de grãos na dietareduzem o ph do rúmen e ocorre seleçãoda E.coli adaptada a acidez e resistente adigestão gástrica humana.

• A detecção do patógeno E. coli O157:H7deve ser notificada;

• Os óbitos por doença diarréica aguda devemser imediatamente notificados à vigilânciaepidemiológica;

• As notificações devem ser feitas às equipesde vigilância regional, Municipal, ou então, àCentral de Vigilância Epidemiológica.

Diagnóstico

• SHU;

• TTP;

• Grande n° de pessoas hospitalizadas comdoença diarréica severa.

Diagnóstico

• Isolamento da bactéria na coproculturacom sorotipagem;

• Cultura Sorbitol- MacConkey -agar, pois estes agentes não crescem em meios de culturas rotineiros;

• Detecção de verotoxinas;

Tratamento

• Tratamento de suporte;• Trata desidratação e distúrbios

hidroeletrolíticos;• Antibióticos? (aumenta riscos de contrair SHU);

• Inibidor de motilidade intestinal emquadros de diarréia;

• Diálise em pessoas com SHU e IR.

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Tratamento

• Transfusões de plasma fresco eadministração de imunoglobulinas sãorecursos que podem ser utilizados, porémainda não existem estudos quedemonstrem sua eficácia;

• 50% dos pacientes necessitam detratamento dialítico e 75% necessitam dehemotransfusão.

Vacina• Desenvolvida por investigadores do Serviço

de Investigação Agrária dos EUA podemajudar a controlar a proliferação de E.coliO157:H7 em vitelos.

• Prevenir proliferação da bactéria;• Reduz contaminação na carne e nas

secreções;• Secreções no lençol freático;• Os vitelos vacinados apresentaram

quantidades muito reduzidas domicrorganismo patogênico.

Prognóstico

• A mortalidade varia de 3 a 5 % e entre ossobrevientes, 5% permanecem comseqüelas neurológicas.

OBRIGADA!