Geração Lixão

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POLINews—Junho/2014 1 Por: Isabella Ortiz POLI news Geração Lixão Jornais ao redor do mundo advertem: esta- mos entrando em uma era poluída, sem saída. Como viver em um mundo onde, a cada dois passos, encontramos um papel de bala? Dez dentre catorze cidadãos permanecem jogando lixo em ruas brasileiras a todos os Instantes. Estimativa absurda, que preocupa. Vejo tantos corpos zelando a estética superfi- cial de si mesmo e não entendo o ambiente em que vivemos. Ele também transparece quem somos. Ando pelas vielas do bairro ao lado e só enxergo sujeira de um lado e, do Outro, uma lixeira vazia. Será esse o sinônimo da preguiça? Pergunto em que sociedade eu e meus co- legas gostaríamos de viver? Até que ponto sou obrigada a conviver rodeada de baderna or- gânica ou reciclável? Até quando existirá uma nuvem cinza tomando conta de São Paulo? Percebo o reflexo que tal nuvem cinza traz aos jovens: maçãs mau comidas no meio da sala de aula, centenas de pacotes de figurinha rasgados pelo chão e, o pior, “telas artísticas” junto às provas de matemática, implantadas sobre as carteiras. Procuro dia a dia um intuito para qualquer exemplo de auxílio a essa nova geração, a minha geração. Infelizmente a mais próxima geração de meus filhos. Assim, a conscientização de quem faz po- deria ser o caminho, se alguém se importasse. O fato é que precisamos vivenciar o erro para não cometê-lo, ou seja, precisamos chegar ao suplício de viver em um aterro sanitário para iniciarmos a limpeza do planeta, que pode muito bem começar em sala de aula. Junho

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POLINews—Junho/2014

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Módulos do Colégio Poliedro

Por: Isabella Ortiz

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Geração Lixão

Jornais ao redor do mundo advertem: esta-mos entrando em uma era poluída, sem saída. Como viver em um mundo onde, a cada dois passos, encontramos um papel de bala? Dez dentre catorze cidadãos permanecem jogando lixo em ruas brasileiras a todos os Instantes. Estimativa absurda, que preocupa. Vejo tantos corpos zelando a estética superfi-cial de si mesmo e não entendo o ambiente em que vivemos. Ele também transparece quem somos. Ando pelas vielas do bairro ao lado e só enxergo sujeira de um lado e, do Outro, uma lixeira vazia. Será esse o sinônimo da preguiça? Pergunto em que sociedade eu e meus co-legas gostaríamos de viver? Até que ponto sou obrigada a conviver rodeada de baderna or-gânica ou reciclável? Até quando existirá uma nuvem cinza tomando conta de São Paulo? Percebo o reflexo que tal nuvem cinza traz aos jovens: maçãs mau comidas no meio da sala de aula, centenas de pacotes de figurinha rasgados pelo chão e, o pior, “telas artísticas” junto às provas de matemática, implantadas sobre as carteiras. Procuro dia a dia um intuito para qualquer exemplo de auxílio a essa nova geração, a minha geração. Infelizmente a mais próxima geração de meus filhos. Assim, a conscientização de quem faz po-deria ser o caminho, se alguém se importasse. O fato é que precisamos vivenciar o erro para não cometê-lo, ou seja, precisamos chegar ao suplício de viver em um aterro sanitário para iniciarmos a limpeza do planeta, que pode muito bem começar em sala de aula.

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Não é possível que a casa de alunos que praticam esse delito seja internamente limpa. Ser respeitoso é algo que se aprende em casa com a total administração dos pais ou responsáveis. Pensamentos de egoísmo e egocentrismo pre-cisam ser retirados. Nós não limpamos, mas outra pessoa limpa e um dia poderemos limpar o de ou-tra pessoa também. Se colocar no lugar do outro, se colocar não só como um jovem comum e sim como um jovem do futuro, que se preocupa com o segundo seguinte. Absurdo alunos de uma escola de alto nível co-mo a nossa terem esse tipo de postura abominá vel. Teríamos de ter o dobro de trabalhadores para manter tal local limpo, habitável, com condições e aparência de uma escola asseada. Contar apenas com a equipe de limpeza não é

mais uma opção. A colaboração para manter o

Colégio em ordem, obrigatoriamente, também está

em nossas mãos.

Então, consciência, galera!

Por: Isabella Ortiz

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Foto tirada em uma de nossas salas de aula