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GEOGRAFIA E TURISMO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA Silvia Maria de Mattos 1 Dr. Marco Aurélio T. Silveira 2 RESUMO Conhecer as possibilidades de um município para o desenvolvimento das práticas recreativas e de lazer, incluindo as que não precisam de recursos financeiros e podem ser realizadas próximas a residência, constitui-se uma forma de despertar o interesse dos alunos para a incorporação dos princípios básicos da responsabilidade ambiental em seu dia a dia. O município de Campina Grande do Sul, situado na região metropolitana norte de Curitiba, tem como tema prioritário a preservação do patrimônio ambiental e também um potencial turístico pouco divulgado. Esses dois fatores possibilitaram o desenvolvimento de uma proposta pedagógica, no primeiro semestre de 2008, com alunos da Escola Estadual Ivan Ferreira do Amaral Filho no 1° E do Ensino Médio noturno, a ser apresentada sobre a forma de relato de experiência. Aplicou-se o Ciclo de Aprendizagem que se constitui das seguintes Unidades: despertar o aluno para o turismo local, a localização de Campina Grande do Sul, o espaço geográfico; do natural ao cultural, aula de campo,conceitos de turismo e meio ambiente e a construção de um jornal mural. Na implementação dessas etapas o interesse e a participação dos alunos não foi homogêneo, necessitando em futuras aplicações de algumas reformulações. Palavras- chave: Geografia, Turismo, Ciclo de Aprendizagem. ABSTRACT To know the means of a local authority for the development of the recreational practices and of leisure, including those who do not need financial resources and can be carried out near to residence, constitutes the form of waking the interest of the pupils for the incorporation of the basic beginnings of the environmental responsibility in his day by day. The local authority of Campina Grande do Sul, situated in the metropolitan northern region of Curitiba, takes as a priority subject the preservation of the environmental inheritance and also a not much spread tourist potential. These two factors made possible the development of a pedagogic proposal, in the first semester of 2008, with pupils of the State School Ivan Ferreira of the Amaral Filho in the 1 ° And of the nocturnal Secondary education, being presented on the form of report of experience. There was applied the Cycle of Apprenticeship that is constituted of the next Unities: waking the pupil for the local tourism, the location of Campina Grande do Sul, the geographical space: of native to a cultural one, classroom of field, concepts of tourism and environment and the construction of a mural newspaper. In the implementation of these stages the interest to participation of the pupils was not homogeneous, needing in future applications of any reformulations. Key words: Geografia, Turismo, Ciclo de Aprendizagem. 1 INTRODUÇÃO 1 Pós-graduada em Magistério de 1° e 2° Graus/ IBPEX, graduada em Ciências Sociais pela UFPR. Professora de Geografia da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná desde 1980. Cursando o Programa de Desenvolvimento Educacional –PDE / 2007 pela UFPR. 2 Doutor em Geografia Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná. Orientador deste trabalho.

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GEOGRAFIA E TURISMO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Silvia Maria de Mattos1

Dr. Marco Aurélio T. Silveira2

RESUMO

Conhecer as possibilidades de um município para o desenvolvimento das práticas recreativas e de lazer, incluindo as que não precisam de recursos financeiros e podem ser realizadas próximas a residência, constitui-se uma forma de despertar o interesse dos alunos para a incorporação dos princípios básicos da responsabilidade ambiental em seu dia a dia. O município de Campina Grande do Sul, situado na região metropolitana norte de Curitiba, tem como tema prioritário a preservação do patrimônio ambiental e também um potencial turístico pouco divulgado. Esses dois fatores possibilitaram o desenvolvimento de uma proposta pedagógica, no primeiro semestre de 2008, com alunos da Escola Estadual Ivan Ferreira do Amaral Filho no 1° E do Ensino Médio noturno, a ser apresentada sobre a forma de relato de experiência. Aplicou-se o Ciclo de Aprendizagem que se constitui das seguintes Unidades: despertar o aluno para o turismo local, a localização de Campina Grande do Sul, o espaço geográfico; do natural ao cultural, aula de campo,conceitos de turismo e meio ambiente e a construção de um jornal mural. Na implementação dessas etapas o interesse e a participação dos alunos não foi homogêneo, necessitando em futuras aplicações de algumas reformulações.Palavras- chave: Geografia, Turismo, Ciclo de Aprendizagem.

ABSTRACT

To know the means of a local authority for the development of the recreational practices and of leisure, including those who do not need financial resources and can be carried out near to residence, constitutes the form of waking the interest of the pupils for the incorporation of the basic beginnings of the environmental responsibility in his day by day. The local authority of Campina Grande do Sul, situated in the metropolitan northern region of Curitiba, takes as a priority subject the preservation of the environmental inheritance and also a not much spread tourist potential. These two factors made possible the development of a pedagogic proposal, in the first semester of 2008, with pupils of the State School Ivan Ferreira of the Amaral Filho in the 1 ° And of the nocturnal Secondary education, being presented on the form of report of experience. There was applied the Cycle of Apprenticeship that is constituted of the next Unities: waking the pupil for the local tourism, the location of Campina Grande do Sul, the geographical space: of native to a cultural one, classroom of field, concepts of tourism and environment and the construction of a mural newspaper. In the implementation of these stages the interest to participation of the pupils was not homogeneous, needing in future applications of any reformulations.Key words: Geografia, Turismo, Ciclo de Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

1 Pós-graduada em Magistério de 1° e 2° Graus/ IBPEX, graduada em Ciências Sociais pela UFPR. Professora de Geografia da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná desde 1980. Cursando o Programa de Desenvolvimento Educacional –PDE / 2007 pela UFPR.2 Doutor em Geografia Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná. Orientador deste trabalho.

No ensino formal é possível lançar as primeiras sementes de uma

transformação cultural. Ensinar precocemente a inter-relação entre geografia,

desenvolvimento e turismo pode resultar na formação de cidadãos mais

conscientes sobre a responsabilidade do meio em que vivem gerações inteiras

preparadas para viver no mundo pautado pelo conceito de sustentabilidade.

As comunidades locais podem aprender assim a respeito dos impactos

ambientais, pois esse patrimônio é extremamente frágil e algumas explorações

intensivas o alteram de forma inexorável. (RUSCHMANN, 1997)

O contato com a natureza constitui-se, atualmente, um dos maiores

motivos de viagens de lazer e como conseqüência um grande afluxo para os

locais que desenvolvem o ecoturismo e ou turismo rural. (WEARING e NEIL,

2001)

O ecoturismo é uma atividade considerada de baixo impacto ambiental e

uma ferramenta que pode ser empregado simultaneamente na conservação

ambiental e no desenvolvimento sustentável. (SILVEIRA, 1998)

Conhecer as possibilidades de um município para o desenvolvimento

dessas práticas recreativas e de lazer, incluindo as que não precisam de

recursos financeiros e podem ser realizadas próximas a residência, constitui-se

uma forma de despertar o interesse dos alunos para a incorporação dos

princípios básicos da responsabilidade ambiental em seu dia a dia, além de

mostrar que esse tipo de atividade pode ser um fonte geradora de empregos.

Muitos municípios paranaenses têm em seus territórios locais que são

pontos de atração turística que podem ser explorados pelos professores de

geografia para fazer uma interseção entre a educação ambiental e o

desenvolvimento sustentável, motivando os alunos a conhecer as

potencialidades do local para a exploração de modalidades turísticas como o

turismo rural e ecológico.

Campina Grande do Sul, situado na região metropolitana norte de

Curitiba, tem como tema prioritário a preservação do patrimônio ambiental e

também um potencial turístico pouco divulgado. Esses dois fatores

possibilitaram o desenvolvimento de uma proposta pedagógica que envolveu o

estudo desses pontos de lazer não só como motivação para os discentes sobre

a importância da educação ambiental, mas também como uma futura fonte

geradora de novos empregos.

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Não se identificaram no levantamento realizado em várias fontes

bibliográficas, trabalhos em Campina Grande do Sul em que os alunos

realizassem atividades exploratórias do turismo com a finalidade não só de

formar uma consciência ambiental, mas com vistas a um futuro mercado. Esse

projeto não só motivou os alunos para a aprendizagem da Geografia como

poderá ser o embrião de um projeto maior, a ser apresentado para a Secretaria

de Turismo municipal que, assim poderia em parceria com a Escola, passar a

ter aprendizes guias, em seus pontos geográficos e turísticos mais

interessantes.

Partiu-se dos pressupostos que a escola pode formar cidadãos

conscientes quanto a preservação do meio ambiente e a Geografia, é a

disciplina que expressa a relação homem- natureza em sua concretude.

Propôs-se esse estudo sobre as possibilidades turísticas do município de

Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, como uma forma

de introduzir informações/ inovações no ensino da disciplina.

Esse projeto teve como sua principal característica, uma proposta de

intervenção em uma realidade concreta, mantendo durante todo o seu

processo, uma estreita relação com a situação social, com a intencionalidade

de encontrar soluções, realizar mudanças e introduzir inovações e, portanto

está comprometido com a melhoria direta do contexto social pesquisado.

2-REVISÃO DE LITERATURA

Na história da ciência geográfica vamos encontrar muitas polêmicas sobre o que

seria o seu objeto de estudo. Em “A Questão Ambiental na Geografia do Brasil”,

Monteiro relata um debate em que no auge da discussão coloca: “referindo-me a

geógrafos obcecados pelo humano e que têm ojeriza pela natureza”. (MONTEIRO, 2.003,

p. 11)

Por outro lado SUERTEGARAY (2.005, p.47) diz partilhar “da idéia de que o

espaço geográfico constitui o conceito localizador da geografia”.

O conceito adotado de espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, neste

trabalho, é o utilizado nas Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica do

Estado do Paraná. “Espaço geográfico, entendido como aquele produzido e apropriado

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pela sociedade, composto por objetos – naturais, culturais e técnicos – e ações pertinentes

a relações socioculturais e político-econômicas. Objetos e ações estão inter-relacionados”.

Embora o conceito de espaço geográfico sofra inúmeras interpretações, ora

privilegiando o espaço físico e ora o humano, ora o social, Santos argumenta: “Os objetos

que interessam à geografia não são apenas objetos móveis, mas também imóveis, como

uma cidade, barragem, estrada de rodagem, um porto, uma floresta, plantação, um lago ou

uma montanha, tudo isso são objetos geográficos. Esses objetos são de domínio tanto do

que se chama de Geografia Física quanto do que se chama de Geografia Humana, e

através da história desses objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam, essa

Geografia Física e essa Geografia Humana se encontram”. (SANTOS, 2.006, p.72)

Para SUERTEGARAY “o conceito de espaço geográfico expressou-se ou se

expressa, e muitas vezes confundem-se, com as de paisagem, região, território e lugar”.

SANTOS relata que,

“a paisagem se dá como um conjunto de objetos reais-concretos. Nesse sentido a paisagem é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal. O espaço é sempre um presente, uma construção horizontal, uma situação única. Cada paisagem se caracteriza por uma dada distribuição de formas-objetos, providas de um conteúdo técnico específico. Já o espaço resulta da intrusão da sociedade nessas formas-objetos. Por isso, esses objetos não mudam de lugar, mas mudam de função, isto é, de significação, de valor sistêmico. A paisagem é, pois, um sistema material e, nessa condição, relativamente imutável: o espaço é um sistema de valores, que se transforma permanentemente”. (2.006, p. 103 e 104).

O conceito de território sempre esteve próximo a relações de dominação, poder,

apropriação. SUERTEGARAY complementa que :

“...a natureza, enquanto recurso associada à idéia de território, já não é mais necessária. Nestas territoriedades, a apropriação se faz pelo domínio do território, não só para a produção, mas também para a circulação de mercadoria, a exemplo das territorialidades por vezes estudadas, como a território das drogas. Estas novas territorialidades apresentam-se como voláteis e constituem parte do tecido social, expressam uma realidade, mas não substitui, em nosso entender, a dominação política de territórios em escalas mais amplas. Devendo essas, para serem explicadas e não somente descritas, serem inseridas em espaços de dimensão relacional”.(2.005, p.53)

Outro conceito importante em geografia é o de “Lugar”, e SANTOS assim

escreve:

“No lugar – um cotidiano compartido entre as mais diversas pessoas, firmas e instituições – cooperação e conflito são a base da vida em comum. Porque cada qual exerce uma ação própria, a vida social se individualiza; e porque a contigüidade é criadora de comunhão, a política se territorializa, com o confronto entre organização e espontaneidade. O lugar é o quadro de uma referência pragmática ao mundo, do qual lhe vêm solicitações e ordens precisas

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de ações condicionadas, mas também o teatro insubstituível das paixões humanas, responsáveis, através da ação comunicativa, pelas mais diversa manifestações da espontaneidade e da criatividade”.(2.006, p.322)

Segundo SUERTEGARAY (2.005, p.55):

“A concepção de região, mais recente, adquire significados múltiplos, incluindo a dimensão cultural. Nos últimos anos pode-se observar a possibilidade de região ser compreendida como proposição política sob um espaço, pode ser compreendida como expressão de uma forma de espacialização do trabalho, como também ser compreendida como espaço identitária para um determinado grupo social, que se consolida nos regionalismos e que se expressa pelo hibridismo da política, do econômico e do cultural, enquanto construção de representações que fortaleçam a identidade”.(2.005, p.55)

2.2 TURISMO

A Organização Mundial do Turismo define o turista como: “Visitante temporário,

proveniente de um país estrangeiro, que permanece no país por mais de 24 horas e menos

de três meses, por qualquer razão, exceção feita de trabalho” (DELA TORRE, 1.992,

p.19, citado por BARRETO, 2.001). Aparece também uma diferença entre turista e

excursionista, onde esse visitante permanece por menos de 24 horas, é o viajante de um

dia ou pessoas fazendo cruzeiros.

Segundo CORIOLANO (2003) o turismo pode fazer com que se desenvolvam as

pequenas e médias empresas, e isto os beneficiaria economicamente não só as menores,

mas também as economias globais. Coloca que o turismo internacional privilegia as

grandes redes. Mas o turismo interno, o doméstico, valoriza o lugar, que gera renda, que

dinamiza a economia local, que protege o patrimônio natural, que recupera e preserva o

patrimônio histórico cultural. Segue colocando que “o desenvolvimento local se define

como um processo de mudança de mentalidade, de câmbio social, institucional e de troca

de eixo na busca do desenvolvimento, por isso, orienta-se para o desenvolvimento de

médias, pequenas e micro empresas, tendo em vista socializar as oportunidades e

promover o desenvolvimento na escala humana”.

Em “O Turismo e o Movimento Cooperativista” Coriolano fala que um dos

maiores desafios da sociedade é encontrar trabalho para as vítimas da exclusão.

Diz Coriolano:

“O turismo é conhecido como uma atividade multiplicadora de empregos, pois utiliza todos os serviços das áreas visitadas e cria novo. Quando realizado de modo cooperativo, essa atividade passa a beneficiar igualmente o grupo cooperado, não deixando a renda

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concentrada apenas nos empresários do turismo, como faz comumente”. ( 2003, p.30)

Prossegue o autor ainda argumentando a favor das cooperativas.

“As cooperativas são atualmente, uma realidade em todo o mundo e cada vez mais se fortalecem como forma de organização empresarial que objetiva a justiça social e diminuição das desigualdades entre os homens. O grande desafio apontado por Singer é transformar a crise do trabalha na oportunidade de desenvolver um tipo de organização de trabalho anticapitalista, democrática e igualitária. É essa a proposta das cooperativas”.(2003, p.30)

Por outro lado, SILVA, alerta no seguinte texto:

“A finalidade de um projeto turístico consiste em ordenar as ações do homem sobre o território e a implantação do uso racional daquele espaço, tendo sempre em vista o conhecimento detalhado das particularidades do quadro natural, e da potencialidade dos recursos naturais, hoje tirando uma melhor qualidade de vida para a população local”.(1998, p.21)

Prossegue ainda SILVA (1998) que existe outro lado a ser analisado, no que se

refere a estabelecer limites à expansão do turismo, pois a preservação do meio ambiente é

fundamental para garantir a sobrevivência do turismo como atividade econômica.

Duas denominações se destacam quando se falam em áreas naturais, o

ecoturismo e o turismo rural.

O turismo ecológico poderá ser uma maneira eficiente de envolver a população

na conservação da natureza quanto a sustentabilidade e a preservação. Embora causando

impactos, quando bem administrado por profissionais que conhecem e gostam da flora e

fauna, é um dos maiores estímulos para a manutenção do patrimônio natural. (PENNA,

1999)

Segundo RODRIGUES (2001) o turismo rural estaria correlacionado a

atividades agrárias, passadas e presentes, que conferem à paisagem sua fisionomia

nitidamente rural. Diferenciando-se, nestes casos das áreas cuja marca persistente é seu

grau de naturalidade, por exemplo, os rios da margem esquerda da bacia Amazônica, onde

existem expressivos equipamentos de ecoturismo.

Tendo como ponto de referência o município torna-se difícil distinguir o turismo

rural do ecoturismo, revelando-se o hibridismo com os dois tipos presentes em muitos

locais do Brasil.

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SILVEIRA (2001) relaciona diferentes termos para se referir ao turismo rural

assim como diversas conceituações justificadas por tratar-se de uma atividade

multifacetada.

A aplicação ao turismo da noção de sustentabilidade passa a designar o

denominado turismo sustentável, definido pelo autor como “aquele que deve atender as

necessidades dos turistas e das populações locais no presente, sem por em risco a

capacidade das gerações futuras de atender as suas necessidades”.

3-OBJETO DE ESTUDO

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA

Município de Campina Grande do Sul esta situado no Primeiro Planalto

Paranaense, a leste do estado e faz parte da Região Metropolitana de Curitiba.

Encontra-se a uma distância de 370 km da cidade de São Paulo, 102 km do

Porto de Paranaguá e 32 km do Aeroporto Internacional de Curitiba.

Campina Grande do Sul surge por volta do ano de 1666, como um

pequeno povoado que fazia parte do Município de Arraial Queimado (Bocaiúva

do Sul).

Separa-se de Arraial Queimado em 1883 com o nome de Campina

Grande. Mas em 1939, é extinto o Município e anexado a Piraquara, passa a

ser distrito com o nome de Timbú.

Somente em, 1951, volta a ser município com o nome de Timbú e em

1956, se torna Campina Grande, agora, acrescentado “do Sul”.

Este município limita-se ao norte com Bocaiúva do Sul, a nordeste com

Barra do Turvo no Estado de São Paulo, a leste com, Guaraqueçaba e

Antonina, ao sul com Morretes, Quatro Barras e Pinhais, e a oeste com

Colombo e Bocaiúva do Sul.

Suas coordenadas geográficas são: latitude 25°19” e 49°51” de

longitude. A altitude na sede do município é de 777 metros acima do nível do

mar e a altitude média é de 918 metros.

No ano de 2000, a população do município era de 35.102 habitantes,

com 24% (8.483 habitantes) na área rural e 76% (26.619) nas áreas urbanas

(IBGE/2000).

Apresenta uma área de 601km², sendo 181km² de área urbana e 420

km² de área rural.

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As áreas urbanas estão divididas em três partes: a sede do município,

os bairros da APA do Irai, e os bairros distribuídos ao longo da PR-506.

Devido a BR-116, que corta o município em quase sua totalidade,

aproximadamente dez comunidades surgiram ao longo desta e mais seis no

seu interior. Apesar de estarem em área rural apresentam características

urbanas, como adensamento populacional e pequenos lotes.

A topografia do município varia de acidentada, ao norte, e suavemente

ondulada, ao sul.

O município está localizado em duas importantes bacias hidrográficas, a

Bacia do Irai e a Bacia do Capivari. Entre os rios que banham a região

podemos destacar o Rio Capivari, o Rio Bonito e o rio Timbú que pertence a

Bacia do Irai, e ajuda a formar o Lago do Irai.

Campina Grande do Sul apresenta ainda vários atrativos naturais, entre

eles podemos destacar:

O Morro Caratuva, com aproximadamente 1.860 metros, localizado na

Serra dos Órgãos tem acesso pela BR-116, em seguida a estrada do Saltinho

onde se inicia a caminhada até o seu cume. Utilizando-se parte deste caminho

é possível encontrar outra trilha que segue até o Pico do Paraná, com

aproximadamente 1.877,392 metros, o mais alto da região sul, que fica na

divisa com o município de Antonina.

O Morro do Capivari com 1.600 metros de altitude está localizado na

Serra dos Órgãos, seu acesso é pela BR-116, estradas vicinais e trilhas sem

manutenção e em propriedades particulares. (PREFEITURA MUNICIPAL DE

CAMPINA GRANDE DO SUL, 2006)

O Morro do Ribeirão Grande com 1.500 metros de altitude, tem acesso

pela BR-116, estrada asfaltada em boa parte do caminho com vertente

bastante acentuada. No morro é possível a pratica de Asa Delta, pela facilidade

do transporte dos equipamentos ate o cume. Os ventos fortes e o relevo

peculiar entorno do morro, possibilitam uma decolagem favorável e um pouso

seguro.

O Rio Capivari, por um longo trecho é o divisor do município de Campina

Grande do Sul com o município de Bocaiúva do Sul, e é um dos formadores da

Represa do Capivari e no seu leito há muitos trechos com bonitas corredeiras,

atulhadas de blocos e matações e ainda mais, é lajeado por rochas graníticas.

É um rio com muita energia de águas rápidas e turbulentas.

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A Represa do Capivari-Cachoeira, localiza-se às margens da BR-116 e é

um dos maiores atrativos turísticos do município, pois oferece aos seus

visitantes atividades náuticas e pesqueiras. Nas proximidades da barragem a

área conta com camping, clube para realização de festas, playground, campo

de futebol, quadra de futebol de salão, churrasqueiras, tanques de piscicultura.

(PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL, 2006, p.29)

A Cachoeira Ribeirão Vermelho localiza-se aproximadamente a duas

horas de caminha do km 35 da BR-116.

A Cachoeira da Barragem encontra-se na localidade de mesmo nome,

está bastante próxima do km 36 da BR-116

A Cachoeira da Jaguatirica encontra-se na localidade de mesmo nome,

no km 32 da Br-116. O acesso é fácil.

O Salto da Figueira encontra-se na Estrada da Figueira, km 1.

O município ainda conta seis unidades de conservação: Área Especial

de Interesse Turístico do Marumbi (AEIT do Marumbi), Área de Tombamento da

Serra do Mar, Área de Proteção Ambiental Federal de Guaraqueçaba (APA de

Guaraqueçaba), Área de Proteção Ambiental do Irai (APA do Irai), Parque

Estadual do Pico do Paraná e Parque Municipal Ari Coutinho Bandeira.

No aspecto arquitetônico, destaca-se a Arena Coberta, para atividades

eqüestres, grandes shows, esportes e outros tipos de eventos.

Campina Grande do Sul possui ainda várias pousadas, diversos pesque

e pagues um Teatro Municipal e alguns restaurantes.

4.1 Metodologia e Resultados

No que se refere ao como ensinar aceita-se hoje em dia a

concepção de que se aprende os conteúdos construindo, reconstruindo ou

desconstruindo os conhecimentos, comparando os novos com os

anteriormente adquiridos. Isso requer a implementação de um amplo repertório

de metodologias e estratégias de ensino e avaliação que se complementam.

Dentre as várias metodologias e estratégias que podem ser utilizadas

pela professora/ pelo professor, vamos adotar, como exemplo, atividades

desenvolvidas numa unidade de ensino a partir de um modelo instrucional

denominado Ciclo de Aprendizagem que é considerado uma das formas mais

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efetivas, que alcança os resultados esperados no momento atual. Esse modelo

foi originalmente proposto no início dos anos 60 por Atkin e Karplus (GIOPPO,

SILVA, BARRA, 2006), mais tarde modificado por outros pesquisadores

(KARPLUS e THIER, 1967, BEISENHERZ e DANTONIO, 1996 citados por

GIOPPO, SILVA, BARRA, 2006) quando passou a ser denominado de 5E

(COLBURN, 2003 citado por GIOPPO, SILVA, BARRA, 2006), porque se

desenvolve em cinco estágios, cada um deles comportando inúmeras

atividades de ensino e de avaliação.

Estágios do Ciclo

- Envolvimento

- Exploração

- Explicação

- Elaboração ou Aprofundamento

- Avaliação

Esse projeto teve como sua principal característica, uma proposta de intervenção

em uma realidade concreta, mantendo durante todo o seu processo, uma estreita relação

com a situação social, com a intencionalidade de encontrar soluções, realizar mudanças e

introduzir inovações e, portanto está comprometido com a melhoria direta do contexto

social pesquisado.

Esse trabalho constitui-se de um relato de experiência que pode ser

definida como uma metodologia de observação sistemática da realidade, sem o

objetivo de testar hipóteses, mas como uma narrativa da experiência

profissional, construindo conhecimentos vindos do cotidiano e servem para

registrar situações ou acontecimentos da prática, permitindo a difusão de

saberes e fazeres. (DYNIEWICZ, 2007)

Inicialmente realizou-se uma busca de material bibliográfico que

possibilitasse conhecimentos mais concretos sobre o espaço geográfico de

Campina Grande do Sul e as possibilidades de turismo no município.

Como não existia um Atlas municipal optou-se pela construção do

mesmo considerando que o domínio da linguagem do mapa é tão importante

para o cidadão como o raciocínio numérico e a comunicação.

Para Martinelli e Ferreira (1995 citados por CARREIRO, 2003 p.172) “o

mapa é a representação gráfica reduzida e seletiva dos espaços, a fotografia

pode melhor expor os conceitos geográficos e o texto constitui uma legenda

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explicativa das fotografias e dos mapas”. Essas três formas de linguagem

estiveram presentes nas páginas elaboradas que apresentou a seguinte

estrutura: localização, relevo, vegetação, hidrografia, uso do solo, sistema

viário, equipamentos e atrativos turísticos. (MATTOS, 2008)

Além das fontes documentais encontradas em instituições como

Prefeitura Municipal de Campina Grande do Sul, Coordenadoria da Região

Metropolitana e Secretaria de Estado do Meio Ambiente a autora visitou e

fotografou os pontos turísticos mais conhecidos do município.

O município apresenta um potencial turístico bem variado e que não

havia sido explorado pelas escolas, em especial nas aulas de Geografia.

Motivar e instrumentalizar comunidades para que assumam sua

experiência cotidiana como fonte de conhecimento e de ação de transformação

acredita-se ser o objetivo da pesquisa e da ação educativa. (OLIVEIRA e

OLIVEIRA, 1985).

Para o desenvolvimento da Unidade de Ensino denominada “Geografia e

Turismo” com uma carga horária de 32 horas, optou-se pela turma do 1º ano E

do Ensino Médio do Colégio Estadual Ivan Ferreira do Amaral Filho, período

noturno, do qual a autora é professora da disciplina de Geografia, na época da

implantação a turma era composta por 54 alunos, mas no momento

freqüentavam apenas 26 alunos, que aceitaram participar da pesquisa e que

assinaram o termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Durante o desenvolvimento desta unidade alguns alunos transferiram-se

ou desistiram e novos alunos foram matriculados ou remanejados.

O planejamento das aulas considerou as etapas do Ciclo de

Aprendizagem representadas pelo desenho abaixo:

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Figura 1 – Ciclo de Aprendizagem adaptado por Gioppo, Silva e Barra, 2006

4.2 RESULTADOS

Para o desenvolvimento da Unidade Geografia e Turismo conforme a

aplicação do ciclo de aprendizagem no estágio 1 , Envolvimento, utilizou-se 8

encontros (palavra aqui significando aulas geminadas).

No primeiro encontro foram apresentados os objetivos da Unidade que

era conhecer o município, nos seus aspectos físicos, sociais, econômicos e

culturais, e como cidadãos conscientes e responsáveis com o meio em que

vivem podem intervir.Mostrar que o ecoturismo e o turismo rural podem ser

empregados simultaneamente na conservação ambiental, no desenvolvimento

sustentável, enfatizando que esse tipo de atividade pode ser uma fonte de

emprego .

O desempenho esperado ao final da Unidade foi de que o aluno deveria

ser capaz de descrever os pontos turísticos selecionados , observar e indicar

medidas para a preservação do meio ambiente , conhecer as possibilidades do

município de Campina Grande do Sul para o desenvolvimento de turismo rural

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e ecoturismo e sua capacidade de absorção de mão de obra dos jovens da

região.

Após essa explanação, pediu-se autorização para gravar os

depoimentos durante essa aula e para tal os 26 alunos presentes na sala de

aula assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento após a

informação de garantia do anonimato e a confidencialidade dos dados.

Para despertar atenção dos alunos para o turismo local e com o objetivo

de fazer-se uma avaliação diagnóstica do conhecimento prévio dos alunos

sobre turismo, iniciou-se a aula com a Dinâmica do Cartão Postal. Foram

espalhados em uma mesa no centro da sala 40 cartões postais de diversos

locais (França, Nova Zelândia, Espanha, Turquia, Chile, São Paulo, Mato

Grosso,Rio Grande do Sul) e solicitou-se que os alunos circulassem olhando

os postais, procurando primeiro com o olhar, um local que gostaria de

conhecer. Depois de alguns minutos foi solicitado que cada um escolhesse um

cartão. Colocados em circulo cada aluno apresentou o motivo pelo qual

escolheu o mesmo e respondeu as seguintes questões.

- Gostaria de visitar este lugar?

- Quanto tempo gostaria de permanecer lá?

- O que gostaria de fazer lá?

Em seguida, distribuiu-se fotos de lugares de Campina Grande do Sul

sem legendas para que os alunos os identificassem e os descrevessem e

dissessem se gostariam de conhecê-los. Apenas 6 alunos reconheceram os

lugares apresentados. Quanto a questão sobre o tempo de permanência nos

lugares selecionados ,variou de algumas horas, passar uns meses e até morar

no lugar.

Os motivos referidos como atividades a serem desenvolvidas nos

lugares foram: descansar, passear, nadar, pescar. Quanto ao tempo de

permanência alguns responderam que achavam bonito e tranqüilizador, mas

não ficariam porque gostavam de cidades e que lugares assim tem mosquitos.

Um relatou que não gostaria de ficar fora de casa.

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Dos que não reconheceram o lugar, quando revelado que todas as fotos

eram de Campina Grande do Sul, ficaram muito surpresos e pediram que se

identificasse o local da foto.

Os motivos referidos pela maioria dos alunos estavam relacionados a

natureza, conhecer ilhas,lagos, parques,montanhas, nadar,percorrer trilhas,

pescar, andar de barco; apenas um desejava visitar obras de arte e museus.

A permanência no local variou do interesse de ficar um dia até três

meses e se possível morar no local. Todos gostariam de desenvolver atividades

de lazer nesses logradouros.

A avaliação diagnóstica mostrou que os alunos apresentavam um maior

envolvimento com a natureza o que possibilitava o despertar do interesse por

atividades ligadas ao meio ambiente, como ecoturismo e turismo rural, objetivo

do desenvolvimento dessa Unidade de Ensino

O estudo da Geografia, antes centrado na exigência de que os alunos

decorassem muitos nomes: litoral, países, capitais não despertava o interesse

dos alunos. Segundo AB’Saber (2007), quando fala do seu despertar para a

Geografia, relata as aulas de um professor de história, que se apoiava em fatos

de Geografia Regional e situava os acontecimentos em um lugar do espaço

real. “ ... me senti muito estimulado e interessado por aquela interface entre

tempo e espaço – ou espaço e tempo”.

O segundo encontro teve como objetivos reconhecer no mapa a

localização do município de Campina Grande do Sul, desenvolver o domínio

sobre o espaço e estimular o grupo á valorizar a utilização de mapas. Para a

leitura de um mundo cada vez mais globalizado, é fundamental a compreensão

dos mapas .

Segundo Castrogiovanni e Costella (2007, p.51) o conjunto de

problemas cartográficos podem ser resolvidos se forem trabalhados de acordo

com o interesse dos alunos em atividades que utilizem o lúdico e ou concreto

como ponto de partida.

Assinalam esses autores que apesar de alunos de escolas públicas

locomoverem-se mais de ônibus ou caminhando, o senso de observação

espacial e a sua representação tendem a ter maiores dificuldades.

O material utilizado foi um mapa e um texto descritivo sobre os limites

do município de Campina Grande do Sul constantes do Atlas construído por

Mattos (2008), para utilização nessa Unidade (Ver Apêndice 1).

14

Para essa dinâmica os alunos presentes formaram duplas e foi entregue

o mapa do município, com a identificação do norte .Foi solicitado que os alunos

colocassem os nomes dos municípios vizinhos à Campina Grande do Sul e os

acidentes geográficos que serviam como marca de limites entre eles.

Muitos alunos apresentaram dificuldades quanto aos pontos cardeais e

colaterais, assim sendo, a professora achou melhor dar uma pequena

explicação sobre a Rosa dos Ventos, explorando o sentido leste e oeste,

relacionando-os aos pontos de referência.

Para auxiliar os alunos a melhor orientar-se foi colocado no quadro-de-

giz um mapa do Paraná, com a divisão em municípios, sem o nome destes,

mas com destaque no município de Campina Grande do Sul.

Houve mais dificuldade que o esperado, mas o envolvimento e o

questionamento dos alunos foi intenso, fazendo com que o tempo destinado

para a tarefa tivesse que ser prorrogado.

A maior parte dos alunos conseguiu colocar o nome dos municípios

vizinhos, mas marcar os acidentes geográficos que delimitavam os municípios

somente poucos o conseguiram.

Ao final a professora colocou um mapa similar, mas em tamanho grande,

no quadro-de-giz, e lendo o texto, junto com os alunos foi completando o mapa,

para que os alunos realizassem uma auto-correção.

Surgiram diversas perguntas, sobre os pontos cardeais e colaterais,

mostrando que os alunos, confundem os nomes e as direções. Para outros a

dificuldade era juntar o conhecimento anterior com a realidade representada no

mapa.

É interessante salientar que o conteúdo Orientação no Espaço

Geográfico e Os pontos de Orientação são apresentados aos alunos desde as

primeiras series do Ensino Fundamental, mas pelo que foi verificado não atinge

os objetivos desejados.

No terceiro encontro o objetivo era identificar os elementos naturais e

culturais, conhecer o espaço físico de Campina Grande do Sul: relevo,

vegetação original, hidrografia, ocupação e o uso do solo e sistema viário.

No inicio da aula estavam presentes 27 alunos, que foram divididos em

dez grupos. Cada dois grupos receberam um texto e um mapa, retirado do

Atlas Geográfico do Município de Campina Grande do Sul, sobre um dos temas

a ser estudado. (MATTOS, 2008)

15

Disponibilizou-se mais de uma hora, para que os alunos estudassem e

sintetizassem os conteúdos. Alguns alunos chegaram após o inicio e foram

colocados nos grupos já formados.

Num segundo momento, a turma reuniu-se em um único circulo, foram

sorteados entre os dois grupos de cada tema, qual grupo deveria apresentar e

qual deveria complementar a apresentação.

Após todos os grupos apresentarem seus estudos e serem feitas as

complementações a professora apresentou uma síntese dos conteúdos.

Observou-se que os alunos têm dificuldade e resistência de trabalhar em

grupo. A professora teve que intervir diversas vezes para que os alunos

discutissem e trocassem idéias sobre os textos, e não simplesmente dividissem

o texto pelo numero de participantes, e cada um fizesse um pequeno resumo

para posteriormente serem reunidos e apresentados.

Os alunos na hora da apresentação, são bastante inibidos, foram

necessários muitos questionamentos, por parte da professora para que eles

fizessem suas colocações.

No quarto e quinto encontro ainda no estágio de Envolvimento o objetivo

era fornecer subsídios sobre diferentes tipos de turismo e meio ambiente para

que os alunos compreendessem as inter-relações entre meio ambiente e

turismo para posteriormente entenderam e relacionaram turismo, meio

ambiente e as possibilidades de aplicação desses conceitos à Campina Grande

do Sul.

No inicio da aula estavam presentes 23 alunos, que formaram 10

grupos. Cada dois grupos recebeu um texto igual, com 5 enfoques diferentes:

Turismo Esportivo, (GOIDANOCH, 2001); Turismo Ecológico, (MOLETTA,

2002); Turismo para a Terceira Idade, (MOLETTA, 2003); Turismo Rural,

(MOLETTA, 2004); e um texto composto de excertos do livro de Trigueiro

(2003) e o trabalho Educação Ambiental, Meio Ambiente e Turismo de Escouto

(2008).

O tempo previsto para alunos lerem e montarem um esquema para

apresentar aos colegas foi insuficiente. Em comum acordo ficou acertado que

os alunos levariam os textos, e no próximo encontro, uma semana depois,

teriam mais tempo para terminar a tarefa e apresentar uma síntese dos textos

lidos.

16

Os alunos apresentaram muita resistência para ler os textos,

reclamaram principalmente do tamanho dos textos.Para muitos ler é uma

atividade de difícil execução pois exige concentração. (CAMARGO, 2005) O

acumulo de invenções e novas tecnologias deixou a leitura para um segundo

plano. Estudantes querem substituir livros por atividades audiovisuais.

Os meios eletrônicos (vídeo, televisão, videogame, computador)

respondem à sensibilidade dos jovens, porque são dinâmicos e rápidos, tocam

primeiro o sentimento e a afetividade e, depois a razão. (ARCHELA e GOMES,

1999)

A professora apresentou argumentos sobre a necessidade das leituras

enfatizando que a leitura contribui significativamente para o êxito escolar, como

também para a vida fora dos muros da escola, desenvolvendo aptidões e

interesses permanentes. Alguns alunos leram, discutiram e pediram opinião e

esclarecimentos, mas outros desviaram muito a discussão, e por diversas

vezes foi necessário fazer interferências para que o grupo concentrasse na

atividade.

No encontro seguinte, continuaram as leituras e fizeram as

apresentações e para finalizar a autora apresentou uma síntese dos conteúdos

estudados.

O Estágio de Exploração abrangeu dois encontros e teve por objetivo

preparar os alunos para observar o meio ambiente dos locais selecionados

para as visitas da aula de campo incluindo a elaboração de roteiro sob a

forma de check list para organizar os aspectos da realidade a serem objetos da

observação: vegetação, atividades de lazer, hidrografia, acesso e conservação

ambiental e a seleção de materiais (máquinas fotográficas e outras) para a

gravação das imagens dos pontos visitados durante essa aula. A série de

fotografias servirá como recurso para que o aluno possa caracterizar os pontos

turísticos do município no final da Unidade.

Anteriormente, em reunião com autoridade da Secretaria Municipal de

Transporte de Campina Grande do Sul, já se tinha traçado um roteiro dentro

das disponibilidades do motorista, do ônibus e das vias de acesso.

A turma foi dividida em 4 grupos, cada grupo organizou uma lista de

itens a serem observados, a seguir todos juntos confeccionaram um “Roteiro

de Observação”, adaptado para cada tipo de local a ser visitado ,que foi sendo

elaborado no quadro de giz, sobre a supervisão da professora, e

17

posteriormente foi copiado e digitado por uma das alunas (Ver Apêndice 2). Foi

ainda organizada uma lista do material necessário para o registro das imagens

e foi determinado quais seriam os responsáveis por levar os objetos, como

maquina fotográfica, gravador, papel para fazer croquis, e também determinar

como seriam as refeições.

O objetivo da aula de campo foi identificar e verificar as condições de

conservação das vias de acesso, da vegetação característica, dos recursos

hídricos, e do destino adequado do lixo, por, meio da observação , anotações,

desenhos, registro dos pontos visitados através de instrumento de coleta.

Durante toda a aula os alunos deveriam procurar observar os locais pensando

em futuros empreendimentos turísticos que não agredissem a natureza e que

obedeçam ao principio da sustentabilidade ambiental.

Para que um maior número de alunos pudessem participar foi escolhido

o sábado, considerando que são alunos do turno noturno e de segunda a sexta

feira muitos trabalham. Apenas 13 alunos compareceram na hora marcada,

mas todos estavam muito animados e contentes com a possibilidade de

conhecer e ou rever os lugares do município. Além do roteiro de observação foi

entregue a cada participante um mapa com os pontos turísticos de Campina

Grande do Sul (Ver Apêndice 3).

O primeiro local a ser visitado foi o Parque Municipal Ari Coutinho

Bandeira, que fica junto a Represa do Capivari. Todos foram observar o local.

Três alunas foram designadas para preencher o Roteiro de Observação e

vários tiraram fotos, comentaram sobre a conservação, limpeza e vegetação do

local.

Em seguida o grupo dirigiu-se ao Eco Resort e Hotel Capivari, que fica

também junto a represa, ainda não inaugurado, pois está em fase final de

acabamento.

Andaram por todos os lugares do hotel, observaram as piscinas,

apartamentos, chalés, quadra de esportes e a vegetação. Dois alunos

preencheram o Roteiro de Observação. Muitos questionaram quem trabalharia

ali, e muitos manifestaram o desejo de trabalhar nesse local.

A próxima visita foi a Cachoeira da Barragem. A cachoeira fica próxima a

BR-116. Subiram pela margem do rio e foram até o topo da cachoeira. O dono

do local apareceu e falou que o terreno estava a venda. Comentaram sobre a

possibilidade de se construir ali um hotel, e já dividiram as tarefas de

18

administração, conservação e serviços entre eles. Próximo a Cachoeira foi feito

o lanche.

Em seguida, cumprido o roteiro, visitou-se a Cachoeira da Jaguatirica,

que fica em uma propriedade particular fechada, mas os alunos conseguiram

com o guardião autorização para observa-la. Esta cachoeira fica mais distante

e é necessário fazer um trecho a pé. Três alunos preencheram o Roteiro de

Observação.

Na parte de baixo da cachoeira, há uma piscina natural e alguns alunos

não resistiram e caíram na água, bastante fria nessa época do ano.

Em seguida a visita foi na Associação Recreativa da COPEL, onde há

churrasqueiras, parquinhos para criança, locais com mesas e sanitários. Os

alunos percorreram o local, e acharam muito agradável para realizar

piqueniques e fazer churrascos com a família e amigos. Dois alunos

preencheram o Roteiro de Observação.

O ultimo lugar a ser visitado foi o Hotel Fazenda Por do Sol. A gerente do

hotel recebeu os alunos, deu as informações solicitadas e deixo-os a vontade

para visitar as dependências, lago, estrebarias, viveiros, piscina, trilhas e

restaurante.

Por ser um grupo de alunos de escola pública acharam os valores

cobrados muito caros mas gostariam de passar um fim de semana lá.

Durante toda a aula foram enfatizados os motivos pelos quais estavam

realizando essa atividade, ressaltando-se a ligação entre geografia, meio

ambiente e turismo.

A aula de campo terminou as 17:00h em frente ao colégio depois de oito

horas de duração e aos participantes foi entregue um questionário para

avaliação da aula de campo com 3 questões: Qual o local mais interessante

visitado hoje? Dos locais visitados qual deles em sua opinião atrairia mais

pessoas de fora para conhecer? O que deveria ser feito para melhorar os

locais visitados?

O estudo do meio é um método de ensino já utilizado na década de 80

mas ganhou maior visibilidade a partir dos anos 90, mas é importante salientar

que não é qualquer atividade que envolva a saída dos alunos que possa

receber essa denominação. A saída precisa fazer parte de um processo com

metodologia própria, que envolve várias etapas de trabalho com objetivos

19

claramente definidos e integrados tanto ao currículo escolar quanto ao projeto

pedagógico da escola.

O estudo do meio tem haver com o espírito investigativo e metodológico

(SAYÃO, 2008) e por isso os alunos prepararam roteiros de observação e

posteriormente realizaram atividades que além da geografia, incluíram o

português com relatos sobre a aula de campo, a confecção de gráficos,

tabelas e suas interpretações, todos descritos na próxima etapa: a da

explicação.

A avaliação processual dos alunos se deu através da observação da

confecção e aplicação dos Roteiros de Observação, nas respostas das fichas,

nos questionamentos e nas colocações das situações ambientais, turísticas e

geográficas durante este estágio.

Nesse estágio de Explicação os objetivos propostos para os encontros

eram rever os conceitos de turismo, tipos de turismo e meio ambiente além de

analisar e discutir os dados registrados no roteiro de observação refletindo

sobre os novos conhecimentos adquiridos por meio da construção de relatórios

sobre os locais visitados.

Em aula expositiva foram resgatados os conceitos de turismo, tipos de

turismo e meio ambiente e sobre as formas de se fazer análise dos dados

coletados de forma qualitativa (descritiva) e quantitativa (confeccionar gráficos

e tabelas).

Em seguida a turma foi dividida em três grupos, cada um deveria fazer

uma tabela e um gráfico sobre o questionário aplicado aos alunos ao final da

aula de campo, que são apresentados a seguir.

20

46,2

30,8

7,7

7,7

7,7

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Eco Resort e Hotel Capivari

Cachoeira da Barragem

Hotel Fazenda Por do Sol

Associação Recreativa daCopel

Todos os lugares

38,4

23,1

23,1

7,7

7,7

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Eco Resort e Hotel Capivari

Cachoeira da Barragem

Hotel Fazenda Por do Sol

Associação Recreativa daCopel

Todos os lugares

30,4

30,4

23,8

7,7

7,7

0 5 10 15 20 25 30 35

Melhorar o acesso

Melhorar a higiene

Melhorar a manutenção dolocal

Melhorar a sinalização deacesso

Não responderam

Posteriormente os alunos confeccionaram um texto descrevendo o que foi

observado durante a aula de campo. Esses foram corrigidos e devolvidos para

os alunos.

21

Sugestões dos alunos para melhor atrair os turistas, nos locais visitados (em %)

Locais que os alunos acharam mais interessantes (em %)

Locais que mais atrairiam turistas, segundo a opinião dos alunos (em %)

A avaliação processual deste estágio foi realizada por meio dos gráficos,

tabelas e textos sobre a observação da aula de campo.

No estágio de Elaboração ou Aprofundamento os alunos deveriam

sugerir e discutir sobre a viabilidade das praticas turísticas em Campina

Grande do Sul.

Para essa etapa foi disponibilizado folders, reportagens e livros sobre

turismo, ecoturismo, turismo rural de várias regiões e diversos lugares.

Os alunos escolheram, leram, folharam e discutiram o material

apresentado em grupos escolhidos livremente. Depois se reuniram em um

grande grupo com a finalidade de sugerirem e discutirem a viabilidade do que

poderia ser implantado /implementado em Campina Grande do Sul.

As sugestões foram: realizar trilhas, organizar pescas, passeios de

barco, pratica de balonismo, montar acampamentos, incentivar as cavalgadas,

o ciclismo, montanhismo no Pico Paraná, safári fotográfico. Um aluno informou

que conhecia um rio onde se poderia praticar rafting, outros que na pedreira

abandonada poderia se praticar rapel. Colocaram também que poderia haver

charretes ou quem sabe um trenzinho para passeios nas estradas vicinais do

município. Sugeriram ainda que poderia ser construído um teleférico que

facilitasse o acesso ao Pico do Paraná. Foi também comentado sobre

construções de hotéis fazenda, pousadas e parques temáticos.

Na apresentação e discussão a professora pode fazer uma avaliação

processual sobre o aprofundamento dos alunos no tema desta unidade.

Nos últimos encontros, no estágio de avaliação, o objetivo foi a

construção de um Jornal Mural sobre o desenvolvimento Turístico em Campina

Grande do Sul, produto final a ser compartilhado com os colegas de outras

turmas da escola.

A turma foi dividida em grupos e cada grupo ficou responsável por um

lugar turístico do município. Foi colocado à disposição dos alunos várias folhas

de papel cartaz, as fotos de Campina Grande do Sul utilizadas no primeiro

encontro e diversas fotografias do dia da aula de campo, mapas do município,

folders e reportagens turísticas.

Os lugares escolhidos pelos grupos para a elaboração de cartazes

foram: Portal da Serra, Represa Capivari-Cachoeira e Pico do Paraná.

O cartaz sobre o Pico do Paraná foi realizado por um grupo que não

participou da aula de campo, mas um dos membros do grupo, já havia visitado

22

o local, possuía fotos e conhecia muito bem a trilha de acesso. Como estes

encontros foram realizados nos últimos dias do semestre não havia muitos

alunos no colégio, pois alguns já haviam antecipado as férias, então foi

resolvido que o Mural seria colocado somente no próximo semestre.

Para resolver o problema de avaliação dos alunos que faltaram nos dias

de confecção dos cartazes, e também nos dias de estudo em grupos, a

professora dividiu a turma em dois grupos, e determinou dois temas para fazer

dois cartazes: Sugestões de Empreendimentos turísticos para Campina Grande

do Sul e Profissões que viriam para Campina Grande do Sul com o Turismo.

Para o dia da apresentação algumas alunas confeccionaram cartões

para dar aos visitantes do Jornal Mural. Momentos antes do intervalo alguns

alunos foram nas salas de aula do colégio convidar os alunos e professores

para a exposição dos cartazes. A direção aumentou o tempo de intervalo para

que todos pudessem ver e fazer perguntas sobre o tema e os lugares ali

destacados.

5. CONCLUSÃO

Os encontros permitiram descobrir, criar, experimentar idéias e

relacionar a geografia com o meio ambiente e turismo, implantando novas

práticas na disciplina.

Para os alunos a experiência proporcionou o conhecimento sobre a

utilização de mapas, a construção de roteiros de observação, a análise de

dados quantitativos por meio de tabelas e gráficos, a divulgação de dados por

meio de jornal mural.

No desenvolvimento da unidade houve uma flutuação na participação

dos alunos pois sendo do turno noturno, com uma grande proporção de

estudantes que trabalham o dia inteiro, ocorreram muitas faltas.

Os textos sobre os tipos de turismo, na etapa de explicação, deverão ser

revistos quanto ao número de páginas para leitura para se adequar ao tempo

que foi destinada para a mesma ou substituídos, pois o conteúdo não

despertou a total atenção dos alunos.

A aplicação do ciclo de aprendizagem permitiu ao docente vivenciar

como os conhecimentos são construídos movendo-se das experiências

concretas para o aprofundamento e a compreensão da relação entre turismo e

23

meio ambiente, finalizando a unidade com a sistematização dos conceitos

pelos próprios alunos por meio de um jornal mural.

6. REFERÊNCIAS

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24

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25

APÊNDICE Nº 1

26

APÊNDICE N° 2

Roteiro de ObservaçãoA primeira parte do Roteiro de Observação era comum, mas a seqüência era era própria de cada um dos locais visitados.

Aluno 1 ...............................................................................................................................

Aluno 2 ...............................................................................................................................

Aluno 3................................................................................................................................

Aluno 4 ...............................................................................................................................

Local : Hotel Fazenda Por do Sol e Eco Resort e Hotel Capivari

Assinale uma alternativa abaixo.Acesso( ) bem conservado( ) conservação regular( ) mal conservado

Condições ( ) com asfalto ( ) com saibro ( ) de terra ( ) outros...........................................O caminho permite( ) ônibus ( ) camionete grande ( ) carro ( ) carro tração 4 rodas ( ) somente a pé

Vegetação do acesso( ) Mata Atlântica ( ) Mata de Araucária ( ) Outra ......................................

Lixo no acesso( ) há lixo no caminho( ) há pouco lixo no caminho( ) o caminho esta limpo

No localMata Atlântica ( ) Sim ( ) NãoMata de Araucária ( ) Sim ( ) NãoOutro tipo de vegetação....................................................................................................Há flores no local ( ) Sim ( ) NãoHá arvores frutífera ( ) Sim ( ) Não

Há locais para:Descanso ( )Sim ( ) NãoChurrasqueiras ( ) Sim ( ) NãoBancos e mesas nas Churrasqueiras ( ) Sim ( ) NãoPiscina ( ) Sim ( ) Não Esta limpa ( ) Sim ( ) NãoLagos e açudes ( ) Sim ( ) Não Estão limpos ( ) Sim ( ) Não

27

Rios e riachos ( ) Sim ( ) Não Estão limpos ( ) Sim ( ) NãoCavalos ( ) Sim ( ) Não Estão bem cuidados ( ) Sim ( ) NãoBicicletas ( ) Sim ( ) Não Estão em bom estado ( ) Sim ( ) NãoCampo de futebol ( ) Sim ( ) Não Estão em bom estado ( ) Sim ( ) NãoOutros (especificar)...................................................................................................................Restaurante ( ) Sim ( ) NãoTrilhas ( ) Sim ( ) Não Estão limpas ( ) Sim ( ) NãoAs trilhas estão sinalizadas ( ) Sim ( ) NãoHá água potável ( ) Sim ( ) NãoHá sanitários próximos aos equipamentos ( ) Sim ( ) Não Quantos ..................Os sanitários estão limpos ( ) Sim ( ) NãoNo geral, os locais estão limpos ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras com separação de lixo ( ) Sim ( ) NãoHá poluição sonora ( ) Sim ( ) Não Que tipo ..........................................................Há poluição atmosférica ( ) Sim ( ) Não Que tipo .....................................................Há poluição visual ( ) Sim ( ) Não Que tipo ............................................................Há insetos ( ) Sim ( ) NãoHá locais para comprar lembranças ( ) Sim ( ) NãoHá locais para fazer um lanche ( ) Sim ( ) Não

Avaliação do localVocê indicaria esse local para um amigo visitar ( ) Sim ( ) Não

No local (Cachoeira Jaguatirica e Cachoeira da Barragem)Mata Atlântica ( ) Sim ( ) NãoMata de Araucária ( ) Sim ( ) NãoOutro tipo de vegetação ......................................................................................................Há flores no local ( ) Sim ( )NãoHá arvores frutíferas ( ) Sim ( ) Não

A trilha esta limpa ( ) Sim ( ) NãoEsta sinalizada ( ) Sim ( ) Não

Há água potável no local ( ) Sim ( ) NãoHá sanitários no local ( ) Sim ( ) Não Quantos ..............................Os sanitários estão limpos ( ) Sim ( ) NãoO local esta limpo ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras com separação de lixo ( ) Sim ( ) NãoHá lixo na água do rio, da cachoeira ( ) Sim ( ) NãoTipo de lixo: garrafas plásticas ( ) óleo ( ) sacos plásticos ( ) outros ( )Quais? .................................................................................Há poluição sonora ( ) Sim ( ) NãoHá poluição visual ( ) Sim ( ) NãoHá erosão ( ) Sim ( ) NãoCaso sim, estão procurando recuperar o local ( ) Sim ( ) NãoHá pequenos animais ( ) Sim ( ) Não Quais ...............................................................Há insetos ( ) Sim ( ) Não

28

Há local próximo para fazer lanche ( ) Sim ( ) NãoHá local para comprar lembranças ( ) Sim ( ) Não

Avaliação do localVocê indicaria esse local para um amigo ( ) Sim ( ) Não

No local ( Parque Municipal Ari Coutinho Bandeira)Mata Atlântica ( ) Sim ( ) NãoMata de Araucária ( ) Sim ( ) NãoOutro tipo de vegetação....................................................................................................Há flores no local ( ) Sim ( ) NãoHá arvores frutífera ( ) Sim ( ) Não

Há locais para:Descanso ( )Sim ( ) NãoChurrasqueiras ( ) Sim ( ) NãoBancos e mesas nas Churrasqueiras ( ) Sim ( ) Não

A Represa esta limpa ( ) Sim ( ) NãoCampo de futebol ( ) Sim ( ) Não Estão em bom estado ( ) Sim ( ) NãoOutros (especificar)...................................................................................................................................................................................................................................................Restaurante ( ) Sim ( ) NãoTrilhas ( ) Sim ( ) Não Estão limpas ( ) Sim ( ) NãoAs trilhas estão sinalizadas ( ) Sim ( ) NãoHá água potável ( ) Sim ( ) NãoHá sanitários próximos aos equipamentos ( ) Sim ( ) Não Quantos ...................Os sanitários estão limpos ( ) Sim ( ) NãoNo geral, os locais estão limpos ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras com separação de lixo ( ) Sim ( ) NãoHá poluição sonora ( ) Sim ( ) Não Que tipo ..........................................................Há poluição atmosférica ( ) Sim ( ) Não Que tipo .....................................................Há poluição visual ( ) Sim ( ) Não Que tipo ............................................................Há insetos ( ) Sim ( ) NãoHá locais para comprar lembranças ( ) Sim ( ) NãoHá locais para fazer um lanche ( ) Sim ( ) NãoOs locais para pesca estão bem cuidados ( ) Sim ( ) NãoHá locais para banho ( ) Sim ( ) Não

Avaliação do localVocê indicaria esse local para um amigo visitar ( ) Sim ( ) Não

No local ( Associação Recreativa da Copel)Mata Atlântica ( ) Sim ( ) NãoMata de Araucária ( ) Sim ( ) NãoOutro tipo de vegetação....................................................................................................Há flores no local ( ) Sim ( ) NãoHá arvores frutífera ( ) Sim ( ) Não

29

Há locais para:Descanso ( )Sim ( ) NãoChurrasqueiras ( ) Sim ( ) NãoBancos e mesas nas Churrasqueiras ( ) Sim ( ) Não

Piscinas ( ) Sim ( ) Não ( ) Esta limpa ( ) Sim ( ) NãoLagos e açudes ( ) Sim ( ) Não Estão limpos ( ) Sim ( ) NãoRios e riachos ( ) Sim ( ) Não Estão Limpos ( ) Sim ( ) NãoCampo de futebol ( ) Sim ( ) Não Estão em bom estado ( ) Sim ( )NãoOutros (especificar) ...........................................................................................................Restaurante ( ) Sim ( ) NãoTrilhas ( ) Sim ( ) Não Estão limpas ( ) Sim ( ) NãoAs trilhas estão sinalizadas ( ) Sim ( ) NãoHá água potável ( ) Sim ( ) NãoHá sanitários próximos aos equipamentos ( ) Sim ( ) Não Quantos .................Os sanitários estão limpos ( ) Sim ( ) NãoNo geral, os locais estão limpos ( ) Sim ( ) NãoHá lixeiras com separação de lixo ( ) Sim ( ) NãoHá poluição sonora ( ) Sim ( ) Não Que tipo .........................................................Há poluição atmosférica ( ) Sim ( ) Não Que tipo .....................................................Há poluição visual ( ) Sim ( ) Não Que tipo ............................................................Há insetos ( ) Sim ( ) NãoHá locais para comprar lembranças ( ) Sim ( ) NãoHá locais para fazer um lanche ( ) Sim ( ) NãoOs locais para pesca estão bem cuidados ( ) Sim ( ) NãoHá locais para banho ( ) Sim ( ) Não

Avaliação do localVocê indicaria esse local para um amigo visitar ( ) Sim ( ) Não

30

Estrada da Graciosa

Rovia do Caqui PR-510

PR-406

BR-116

BR-1

16

BR

-476

#Y

Mapa dos Atrativos e Equipamentos Turísticos no Município de Campina Grande do Sul - PR

N

EW

S

PDE/SEED-PR, 2008Fonte: SEMA, 2004Elaboração: Marciel Lohmann, 2008

927

5

2219

17

23

18

7

16

20

15

28

6

12

1

10

2524

30

31

26

14

11 2

29

3

8 21

4

13

APA de Guaraqueçaba

Área de Tombamentoda Serra do Mar

AEIT do Marumbi

APA do Iraí

25°

20' 2

5°2

0'

25°15' 2

5°1

5'

25°

10' 2

5°1

0'

25°

5' 2

5°5'

25°00' 25

°00'

49°5'

49°5'

49°00'

49°00'

48°55'

48°55'

48°50'

48°50'

48°45'

48°45'

48°40'

48°40'

48°35'

48°35'

5 - Rio Bonito

3 - Morro do Ribeirão Grande

1 - Morro Caratuva

2 - Morro do Capivari

4 - Rio Capivari

Atrativos e Equipamentos Turísiticos

5 0 5 10Km

6 - Rio Taquari

10 - Cachoeira Ribeirão Vermelho

8 - Rio Faxinal

7 - Rio Timbú

9 - Represa Capivari-Cachoeira

11 - Cachoeira do Jaguatirica

15 - Pousada Sítio da Alegria

13 - Salto da Figueira

12 - Cachoeira da Barragem

14 - Parque Est. Pico do Paraná

16 - Pousada Mata Atlântica Aventura

24 - Restaurante e Churrascaria do Alencar

22 - Hotel Fazenda Rio das Pedras

20 - Hotel O Cupim

21 - Auto Posto Palhoça Rest. e Hotel

23 - Mata Atlântica Aventura Ecoturismo

19 - Hotel Pedra Preta

17 - Hotel Fazenda Por do Sol

18 - Pousada Dona Clarinda

26 - Posto e Churrascaria O Cupim Ltda

25 - Restaurante Paladar Nobre

27 - Restaurante e Lanchonete Represa

31 - Pico Paraná

29 - Restaurante Alpino

28 - Restaurante e Churrascaria Pedra Preta

30 - Teatro Municipal José Carlos Zanlorenzi

Unidades de Conservação

Parque Estadual doPico Paraná

32 - Parque Municipal Ari Coutinho Bandeira

32

APÊNDICE Nº 3

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