"Gente em Ação" nº64 - janeiro 2014

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Diário de Bordo I Ao contrário do que é habitual e devido ao curto espaço de tempo que mediou o último dia de aulas do 1º período e a reu- nião de pais e encarregados de educação, este número do nos- so jornal apenas será distribuído no início de janeiro. E o que nos traz o novo ano? Aparentemente, mais do mesmo... O dia-a-dia dos portugueses continua a ser marcado por uma palavra: austeridade. Apesar de alguns setores já vislumbrarem alguns sinais de “retoma” e uma ténue luz ao fundo do túnel, as incertezas são ainda muitas em relação ao futuro. II Na vida do nosso Agrupamento, há que destacar fortíssimos sinais de esperança para os próximos tempos. Apesar de todas as dificuldades por que todos temos passa- do, da desmotivação que grassa pelas escolas, no final do 1º pe- ríodo, o balanço da atividade educativa é francamente positiva: a) Os resultados académicos, apesar de ainda não correspon- derem aos nossos anseios, são animadores (no que se refere ao número de alunos em situação de retenção) em relação ao ano passado, nesta mesma altura; b) Os nossos professores e alunos tiveram desempenhos ab- solutamente brilhantes em vários projetos e concursos a nível local, regional e nacional, dos quais damos conhecimento nes- tas páginas. Há motivos para iniciarmos este novo ano com renovada es- perança no futuro. Com trabalho, perseverança e dedicação é possível atingir e até superar os resultados desejados. Assim trabalhemos todos nesse sentido. E, como não sabemos o que o futuro nos trará, nada melhor do que preparar as nossas crian- ças e jovens com as ferramentas para se adaptarem a todos os cenários. III O novo Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão iniciou o seu primeiro mandato com sinais evidentes de que atribui a maior importância à escola e às crianças e jovens do concelho. Desde logo, pela realização da primeira sessão de câmara na escola-sede do Agrupamento (ver notícia na página 6). Também, na grande entrevista concedida em exclusivo ao nosso jornal (páginas 4 e 5), Luís Miguel Pereira deixa antever as linhas- mestras da sua atuação durante os próximos quatro anos: uma grande preocupação com a fixação da população no concelho, benefícios para os agregados familiares cujas crianças e jovens frequentem as suas escolas e a beneficiação das instalações escolares. Trata-se de boas notícias para todos quantos se preocupam com a qualidade do ensino ministrado no concelho e com o fu- turo da sua população. A Direção Entrevista ao novo Presidente da Câmara Apostar nos jovens e na escola Págs. 4/5 Canteiros que deram sorrisos! Namorar com Fair Play AEVVR vence concurso! Pág. 8 Págs. 6, 7 e 20 64 | janeiro 2014 Distribuição gratuita APOIOS: www.aevvr.pt

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão - nº64 - janeiro 2014

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Diário de BordoIAo contrário do que é habitual e devido ao curto espaço de

tempo que mediou o último dia de aulas do 1º período e a reu-nião de pais e encarregados de educação, este número do nos-so jornal apenas será distribuído no início de janeiro. E o que nos traz o novo ano? Aparentemente, mais do mesmo...

O dia-a-dia dos portugueses continua a ser marcado por uma palavra: austeridade. Apesar de alguns setores já vislumbrarem alguns sinais de “retoma” e uma ténue luz ao fundo do túnel, as incertezas são ainda muitas em relação ao futuro.

IINa vida do nosso Agrupamento, há que destacar fortíssimos

sinais de esperança para os próximos tempos.Apesar de todas as dificuldades por que todos temos passa-

do, da desmotivação que grassa pelas escolas, no final do 1º pe-ríodo, o balanço da atividade educativa é francamente positiva:

a) Os resultados académicos, apesar de ainda não correspon-derem aos nossos anseios, são animadores (no que se refere ao número de alunos em situação de retenção) em relação ao ano passado, nesta mesma altura;

b) Os nossos professores e alunos tiveram desempenhos ab-solutamente brilhantes em vários projetos e concursos a nível local, regional e nacional, dos quais damos conhecimento nes-tas páginas.

Há motivos para iniciarmos este novo ano com renovada es-perança no futuro. Com trabalho, perseverança e dedicação é possível atingir e até superar os resultados desejados. Assim trabalhemos todos nesse sentido. E, como não sabemos o que o futuro nos trará, nada melhor do que preparar as nossas crian-ças e jovens com as ferramentas para se adaptarem a todos os cenários.

IIIO novo Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão iniciou

o seu primeiro mandato com sinais evidentes de que atribui a maior importância à escola e às crianças e jovens do concelho. Desde logo, pela realização da primeira sessão de câmara na escola-sede do Agrupamento (ver notícia na página 6). Também, na grande entrevista concedida em exclusivo ao nosso jornal (páginas 4 e 5), Luís Miguel Pereira deixa antever as linhas-mestras da sua atuação durante os próximos quatro anos: uma grande preocupação com a fixação da população no concelho, benefícios para os agregados familiares cujas crianças e jovens frequentem as suas escolas e a beneficiação das instalações escolares.

Trata-se de boas notícias para todos quantos se preocupam com a qualidade do ensino ministrado no concelho e com o fu-turo da sua população.

A Direção

Entrevista ao novo Presidente da CâmaraApostar nos jovens e na escola

Págs. 4/5

Canteiros quederam sorrisos!

Namorar com Fair PlayAEVVR vence concurso!

Pág. 8 Págs. 6, 7 e 20

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O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos

alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta

edição, entrevistamos Andreína Gaspar Ramos, licenciada e mestre em Engenharia Química, que

desenvolve a sua atividade na empresa multinacional Delphy Automotive System, na cidade de

Castelo Branco.

Quando é que frequen-tou a escola em Vila Velha de Ródão?

No período de 1998 até 2003.

Era boa aluna?Tentava ser sempre boa

aluna, era o meu dever como estudante!

O que é que achava da escola?

Para mim, a escola era como uma missão impor-tante. Fazia parte da minha vida e iria ser a responsável pelo meu futuro.

Qual ou quais eram as suas disciplinas preferi-das?

Sempre adorei Química, Ciências e Matemática. No entanto, gostava de todas.

Lembra-se de algum professor ou professora que a tenham marcado es-pecialmente?

Lembro-me de vários... Do professor Luís Costa, pelo lado amigo que transmitia aos alunos. Da professora Graça, pela dinâmica com que ensinava Ciências da Natureza. Com a professo-ra Helena, Português era uma fácil poesia! Com a professora Luísa, as aulas de História eram tão reais! Ainda hoje falo com carinho a todos quantos foram meus professores.

Para além das atividades letivas, que outras iniciati-

vas a escola lhe oferecia e nas quais participava?

A escola oferecia viagens didáticas, clube de ciências, clube de teatro, desporto es-colar, convívios entre alunos e corpo docente. Eu era fã do clube de teatro, participei em todas as peças.

Mantém o contato com os antigos colegas de tur-ma / escola?

Claro que sim! Apesar de o tempo e a vida nos terem separado, ainda mantenho contato com muitos colegas e amigos.

Acha que esta escola contribuiu para o seu su-cesso pessoal e profissio-nal? De que forma?

Sem dúvida, incutiu-me a paixão pela Química, ensinou-me a crescer com objetivos bem definidos e a saber o que queria para o meu futuro.

Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guarde uma especial recordação?

Muitos... Muitos mesmo! Vou contar um deles: a ida ao parlamento no âmbito da atividade “ser deputado por um dia”, na qual fui eleita e representei a escola. Foi uma experiência marcante e inesquecível. Vou contar só mais uma: a viagem de fi-nalistas. Esta viagem repre-sentou o fim de uma etapa e o início de outra, o fim de algumas vivências pessoais

e o empurrão para outras. Mas ficaram as lembranças, as fotografias, os professo-res que nos ajudaram a rea-lizar o sonho…

Após o ensino básico, qual a via que seguiu no prosseguimento de estu-dos? Porquê?

Segui o ensino secundário e depois ingressei no ensino superior.

Que diferenças sentiu ao mudar desta escola para aquela onde frequen-tou o ensino secundário?

Não senti diferenças. Ape-nas senti que o nível de difi-culdade do ensino secundá-rio era mais elevado.

Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional.

Após ter saído desta es-cola, segui para a Escola Secundária Nuno Álvares, em Castelo Branco. Três anos depois, segui viagem para a Covilhã onde entrei na Universidade da Beira Interior, a qual frequentei durante cinco anos. Após a licenciatura, entrei no mun-do do trabalho e, com força de vontade, conciliei a ida para mestrado e o emprego na área de engenharia. Re-centemente, comecei a tra-balhar numa multinacional, faço parte do departamento de Engenharia Industrial da Delphi Automotive System. Uma novidade fresquinha é que voltei a estudar, porque sou insaciável: quanto mais estudo, mais quero estudar.

O que mais a motiva na atividade profissional que hoje desenvolve?

A responsabilidade de es-tar a representar o meu cur-

Redação do Gente em Ação

Andreína Ramos

so, Engenharia Química.

Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem hoje da escola?

Sim, hoje em dia é mais fácil estar a par dos aconte-cimentos, visto que a escola tem Facebook, o que torna mais fácil a visualização das atividades.

Costuma ler o nosso jor-nal e conhece a nossa pá-gina no Facebook?

Nem sempre consigo ler o jornal, pois nem sempre te-

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (10)Entrevista (1)

Bilhete de IdentidadeNome: Andreína de Fátima Gaspar RamosData de nascimento: 10 de maio de 1988Frequentou a escola de VVR: De 1994 a 2003Média de conclusão do 9º Ano: 4,4Profissão: Engenheira Química

Uma das turmas de Andreína; de partida para uma visita de estudo a Tomar. Junto ao “bilhete de identidade”: Numa atividade no CENTA

nho acesso a ele. Mas o Fa-cebook, como referi anterior-mente, costumo visualizar.

Que mensagens ou su-gestões gostaria de deixar aos nossos jovens leito-res?

Aproveitem tudo o que a vossa escola dos pode ofe-recer e ofereçam também o máximo de vós, pois o vos-so percurso passa a voar e o tempo jamais volta atrás.

Muito obrigado!

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Notícias

Receção ao Corpo Docente e aos Pais e Encarregados de Educação

No passado dia 5 de setembro realizou-se a tradicional receção ao corpo docente do Agrupamento, que este ano teve lugar no “Lagar de Varas”. Os professores foram re-cebidos pela Presidente da Câmara, pelo Vice-Presidente e pelo Vereador da Educação e Cultura. Após os desejos de boas-vindas e de um bom ano letivo, os docentes foram convidados para um welcome drink, tendo visitado de se-guida o referido lagar/museu, bem como o ateliê de trapo-logia e tecelagem do Centro de Formação Artística Manuel Cargaleiro, onde tiveram oportunidade de observar (e ad-quirir) algumas peças muito originais.

Antes do almoço-convívio com professores e funcioná-rios do Agrupamento, os docentes foram convidados pela autarquia a realizar um passeio de barco no Tejo, momen-tos sempre muito agradáveis e onde se descobre sempre algo de novo.

“Queremos uma escola melhor, onde ao grupo dos bons alunos se juntem cada vez mais outros jovens com recur-sos, mas que nem sempre encontram em si, na família e na escola o estímulo para acreditar nas suas capacidades.” Este é o grande e principal desafio que decorre das pa-lavras pronunciadas pelo Diretor do nosso Agrupamento, na sessão de abertura do ano letivo, realizada no dia 6 de

setembro.Este desafio e o consequente compromisso foi assumi-

do perante a comunidade educativa, representada pelos pais e encarregados de educação, pelos professores, as-sistentes técnicos e operacionais e perante a autarquia.

Redação do Gente em Ação

Prémios de Mérito Académico 2012/2013

Pelo terceiro ano consecutivo, foram entregues, no dia de abertura das atividades letivas, os prémios de mérito relati-vos ao ano letivo anterior. Foi com satisfação que o Diretor do Agrupamento apresentou os alunos galardoados, cujo número tem vindo a aumentar ao longo destes três anos, apesar do número total de alunos do Agrupamento continu-ar a diminuir. Foram distinguidos os seguintes alunos:

1º Ciclo:

Beatriz Isabel Semedo Ribeiro (2º ano); Dinis Pinto Gon-çalves (2º ano); Renato Henriques Marques (2º ano); Caroli-na Filipa Rei Santos (3º ano); Patrícia Alexandra dos Santos Afonso (3º ano); Tomás Fonseca Esteves (3º ano) e Tomás Carrilho Vicente (3º ano - melhor aluno do 1º Ciclo);

2º Ciclo

Sara Filipa Mendes Rei (5º ano); Ana Rita Figueiredo Ferro Pereira (6º ano); João Gonçalo Lopes Barateiro (6º ano); Margarida dos Santos Diogo (6º ano); Maria Gregório Faustino (6º ano – melhor aluno do 2º ciclo).

3º Ciclo

Bruna Sofia Flores Martins (7º ano); Rui Pedro Marques Tavares (7º ano); Edgar Isaías Belo (8º ano); João Ricar-do Filipe Martins Gouveia (9º ano – melhor aluno do 3º Ciclo).

Reportagem fotográfica completa.

No passado mês de no-vembro, o Diretor e a Sub-diretora do Agrupamento participaram numa visita de multiplicadores de opinião a Bruxelas. A iniciativa par-tiu do Centro de Informação Europe Direct da Beira In-terior Sul, cujo objetivo foi dar a conhecer às entida-des locais como funcionam as instituições europeias e fortalecer os laços entre as entidades, para que a infor-mação sobre a União Euro-peia (UE) possa chegar ao cidadão.

Durante a visita à Comis-são Europeia, o grupo re-presentante da Beira Interior Sul teve oportunidade de participar em várias sessões de trabalho com a finalidade de ficar a conhecer os tra-

ços gerais da política euro-peia para os próximos anos (com particular destaque para o novo programa “Eras-mus+”), bem como partilhar os anseios e preocupações do cidadão comum.

Já na visita ao Parlamento Europeu, o deputado Carlos Coelho, que recebeu a comi-tiva, deu conta das preocu-pações com o futuro da UE e da necessidade de mobi-lizar os cidadãos em torno do projeto europeu, aspeto reforçado pelos dois deputa-dos da Assembleia da Repú-blica que integravam a comi-tiva (Carlos Costa Neves e Carlos S. Martinho). Carlos Coelho lembrou que as elei-ções europeias que se apro-ximam irão realizar-se em contexto de crise, da qual

Prof. Luís Costa

Visita à EuropaAEVVR EM BRUXELAS

“só sairemos todos juntos. (…) Nem mesmo a Alema-nha está em condições de sair sozinha deste desafio”. Afirmou, ainda, que “os par-tidos que são verdadeira-mente europeístas devem ajudar a construir soluções duradouras”, reforçando ainda que “grande parte dos partidos antieuropeístas são racistas ou xenófobos”, pelo que “temos que voltar a fa-zer a educação dos valores da solidariedade e da tole-rância, não deixando que a humanidade seja espezi-nhada” e que “nunca será possível oferecer aos por-tugueses melhores níveis de qualidade de vida e de crescimento económico fora da União Europeia”.

Linha Direta para a EuropaOs Centros de Informação Europe Direct foram criados para permitir, a nível local, que os cidadãos disponham de informações, orientação, assistência e respostas a perguntas sobre as instituições, legislação, políticas, programas e possibilidades de financiamento da União Europeia. Estes centros têm também promovido debates so-bre a União Europeia. Existem atualmente 19 gabinetes “com ligação direta à Europa”.A ADRACES acolhe o Centro de Informação Europe Direct - Beira Interior Sul durante o período de 2013-2017.Contactos:Clarisse Santos | Rua Dr. Henrique Carvalhão, Lote 13, Loja 2, 6000-235 Castelo Branco. Telefone: 272 347 126.E-mail: [email protected] | Website: http://www.europedirect-bis.pt

Em cima: sessões de trabalho na Comissão Europeia (CE) e Parlamento Europeu (PE); um dos edifícios do PE. À esquerda: reunião com o deputado Carlos Coelho

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Luís Miguel Pereira

Entrevista (2) PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

Mariana Santos, Bianca Almeida, João Barateiro e Rodrigo Barradas

Continua na pág. seguinte

O Dr. Luís Miguel Pereira, licenciado em Contabilidade e Gestão, pertence aos quadros do Mi-

nistério das Finanças.

Natural e residente em Vila Velha de Ródão, apresenta um perfil empreendedor e desenvol-

ve uma parte da sua atividade pública desempenhando outros cargos de responsabilidade em

instituições de solidariedade social. Desde 1997 que faz parte dos executivos municipais e, nos

últimos doze anos, desempenhou o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Velha

de Ródão.

No dia 29 de setembro, encabeçando a lista do PS, foi eleito presidente da Câmara Municipal e

iniciou o seu primeiro mandato à frente dos destinos de Vila Velha de Ródão.

Porque se candidatou ao cargo de presidente da Câ-mara?

Iniciei esta atividade há de-zasseis anos, primeiro como vereador da Câmara Municipal e depois como vice-presidente. Portanto, já tenho dezasseis anos de experiência. E, ao lon-go desse tempo, foi constituído um grupo de trabalho bastante coeso que eu acho que acres-centou muito a Vila Velha de Ródão. E esse grupo apoiou-me bastante para que eu fosse candidato. Senti também que, da parte da população, tinha esse apoio.

Eu nasci em Vila Velha de Ródão, sempre aqui vivi, estou muito ligado à autarquia e ao concelho e senti que agora tam-bém tinha uma oportunidade de dar um pouco do meu contribu-to para o desenvolvimento des-ta terra.

E foi da conjugação destes fatores que nasceu esta can-didatura: o apoio das pessoas, deste grupo que está comigo e também da minha vontade de dar uma ajuda ao concelho onde nasci e onde vivo.

Quais as principais fun-ções que um presidente da Câmara desempenha?

O presidente da Câmara tem, antes de mais, a responsabili-dade de definir uma estratégia e um projeto de desenvolvi-mento para o concelho. Cabe-lhe fazer a articulação com as pessoas da sua equipa para debater as ideias que constam desse projeto de desenvolvi-mento, deve acompanhar a sua implementação, coordenando os serviços da Câmara.

Para além disso, cabe ao pre-sidente representar a Câmara Municipal fora do concelho e

nas atividades sociais.

Qual a atividade a que mais gosta de se dedicar enquanto presidente da Câmara?

Gosto imenso de sair do gabi-nete, de contactar com as pes-soas, de ver os problemas, de tentar procurar soluções para os problemas identificados, de acompanhar os trabalhos que se fazem e que vão ao encon-tro das necessidades das pes-soas. Sinto-me profundamen-te realizado quando vejo que conseguimos dar resposta aos problemas. É isso que me satis-faz mais, é estar no terreno com as pessoas e ver o dia-a-dia da Câmara na pática, as consequ-ências que têm os nossos pro-jetos e as nossas obras para a melhoria das condições de vida das pessoas.

Realizou, recentemente, uma reunião de Câmara na nossa escola. Por que moti-vos?

Antes de mais, porque acho que a escola é um parceiro im-portante da Câmara Municipal e depois porque estão lá vocês, que são o futuro do concelho e são o futuro do país.

E, num concelho como o nos-so, um concelho envelhecido onde as pessoas não têm opor-tunidade de se fixar, nós temos de olhar para a escola como um meio para inverter esta ten-dência e apostar em vocês, os jovens, para começarmos real-mente a modificar um pouco o paradigma deste concelho que, de todos os concelhos do inte-rior, é o que está mais envelhe-cido.

Queremos apostar nos jo-vens e apostar na escola como um parceiro para inverter essa situação. E foi isso que nos

levou a realizar essa reunião, pois queremos dar um sinal de esperança para o futuro.

Que importância atribui à escola e como pode a Câma-ra Municipal colaborar com ela?

A escola tem uma importân-cia fundamental na vossa for-mação, na preparação de um futuro diferente e a Câmara e a escola podem fazer mais do que aquilo que se tem feito e nós queremos ir mais longe. E foi um pouco para dar já esse sinal de proximidade, de forta-lecimento de uma relação e de procurarmos aproximar a esco-la da comunidade e a Câmara da escola, que foi realizada esta reunião.

Assim, tudo isto foi pensado para termos uma estratégia co-mum, no sentido de desenvol-ver projetos que possam acres-centar mais ao progresso do concelho.

Que melhorias a Câmara pretende fazer na nossa es-cola?

Eu estive a tentar reunir as ideias resultantes da reunião que tivemos na escola onde foram apontados alguns proble-mas, nomeadamente a ques-tão da biblioteca, a questão da ligação entre os pavilhões e a questão da cobertura de fibro-cimento.

Por agora, posso dizer-vos que, até ao final do ano, vamos eliminar uma parte das cobertu-ras de fibrocimento. Posterior-mente, vamos também resolver a ligação entre os pavilhões e os problemas que existem na biblioteca.

O que espera de nós como alunos?

De vós, espero que se apli-quem, que apostem na vossa formação, que se valorizem e que sejam bons cidadãos, que tenham uma perspetiva da co-munidade, que sejam capazes de pensar também um pouco nos outros e de dar um pedaci-nho de vós em prol da comuni-dade. Apostem em vocês, mas nunca percam este sentido de comunidade.

Em termos de apoios so-ciais, como é que a câmara ajuda as pessoas que batem à sua porta?

Nós criámos um gabinete de ação social que, mais do que estar à espera que as pessoas venham à nossa porta, procu-ra ir ao terreno e perceber as suas necessidades. Ainda exis-te muita gente que tem muitas dificuldades em expor os seus problemas e nós percebemos isso e criámos esse gabinete para perceber o que se passa no nosso concelho.

Para além disso, temos três IPSS que cobrem todo o con-celho e que trabalham em co-laboração com a Câmara Muni-cipal. Neste momento, apesar do agravamento substancial da qualidade de vida da popula-ção, conseguimos, de alguma forma, ir atenuando as dificul-dades das pessoas. Temos também um conjunto de progra-mas que já preparámos, para dar resposta às situações mais complicadas, principalmente nas questões de emprego e de residência. Logo no início do ano, vamos implementar um conjunto de apoios significati-vos às famílias, nomeadamente no apoio à frequência da creche e no subsídio de residência das famílias numerosas.

Assim, através destes instru-

mentos, procuraremos atenuar um pouco as dificuldades que as pessoas estão a sentir neste momento.

Qual o apoio que a autar-quia pode dar aos jovens que queiram viver no concelho?

Tentamos apoiar as suas ideias, através de alguns me-canismos que disponibilizamos.

Existe, neste momento, um projeto que nós lançámos - o projeto “Finicia” – que ajuda os jovens empreendedores que queiram montar aqui uma em-presa ou um negócio.

A Câmara Municipal também ajuda pessoas que queiram fixar-se aqui, nomeadamente através do apoio à fixação e do apoio à recuperação de habita-ções degradadas. Se quiserem fixar aqui a sua residência, as pessoas têm o apoio da Câma-ra Municipal, quer a nível finan-ceiro (de 2.500€ a 3.000€), quer a nível de isenção das taxas de licenciamento das obras; se optarem por arrendar aqui uma casa e preencherem os requi-sitos, também terão apoio na renda.

E, para além disso, a Câma-ra realizou protocolos com em-presas sediadas no concelho, que estabelecem que o recru-tamento de novos empregados privilegiará os jovens que estão dispostos a fixar aqui a sua re-sidência.

Penso que este conjunto de instrumentos permite-nos ter aqui uma oferta alargada e uma oportunidade para os jovens que queiram residir em Vila Ve-lha de Ródão.

Acha que os jovens do con-celho podem ter um futuro

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Entrevista (2)

Continuação da pág. anterior

aqui?Eu penso que sim, pelo me-

nos estamos a trabalhar nesse sentido, senão não estaria aqui.

A nossa aposta é, essencial-mente, criar condições para que as pessoas aqui possam fixar a sua residência, tentando contrariar a tendência geral de afastamento das pessoas do in-terior do país.

Sabendo que este conce-lho é um dos mais envelhe-cidos do país, que soluções a Câmara vai arranjar para chamar mais juventude para viver aqui?

Essa é uma área em que, sin-ceramente, nós nos sentimos um pouco a navegar contra a corrente, porque os sinais que são dados pelo governo central vão no sentido de afastar e es-timular as pessoas a abando-narem o interior para irem para os grandes centros. Tudo o que nós pudermos fazer para tentar inverter isso, vamos fazer.

O que há a fazer em Vila Ve-lha de Ródão é apostar no clus-ter industrial que aqui temos, dinamizá-lo no sentido de con-seguirmos mais investimentos, pois este é um polo industrial extremamente forte. Tudo fare-mos para que haja mais investi-mentos em Vila Velha de Ródão e estamos a trabalhar nesse sentido, nomeadamente atra-vés do Plano de Ordenamento do Território e através da aquisi-ção de terrenos. O objetivo final a concretizar será a implemen-tação de novas empresas que permitirão a criação de postos de trabalho no concelho.

Quais vão ser as priorida-

des da autarquia para melho-rar a vida da população?

Nos últimos anos, fizemos um investimento muito forte a nível cultural, desportivo e social.

Agora, vamos direcionar os nossos esforços sobretudo para questões relacionadas com a recuperação e a cons-trução de habitações, com pre-ços atrativos. É óbvio que não poderemos esquecer a dinami-zação das atividades culturais, recreativas e desportivas pro-curando, dessa forma, que as condições de vida nesta terra sejam apelativas e agradáveis.

Quais os projetos que pre-tende pôr em prática?

Um dos projetos que nós te-mos neste momento diz respei-to à recuperação das piscinas do Fratel, uma vez que estão bastante degradadas, pois já fo-ram construídas há mais de 20 anos, têm tido uma grande pro-cura e são um polo importante de apoio turístico do concelho. Vamos concluir a requalificação do Cabeço das Pesqueiras e vamos também concluir o pro-jeto do Lagar de Varas, depois vamos avançar com a requalifi-cação urbana em Vila Velha de Ródão, levando a que as casas recuperadas sejam habitadas pelas pessoas, revitalizando a vila.

São estes os principais proje-tos em que a autarquia se vai envolver.

Qual o maior problema a necessitar de resolução no concelho?

A minha maior preocupação é o envelhecimento da popu-lação do concelho. Portanto, em todos os projetos que de-senvolveremos haverá sempre essa preocupação subjacen-te. Tentaremos fixar aqui mais pessoas, sobretudo jovens, no sentido de invertermos um pouco esta tendência de des-povoamento que nos preocupa imenso, porque o concelho está a perder população, tal como todos os outros concelhos do interior do país.

Acha que, durante o seu mandato, conseguirá satisfa-zer todos os anseios da po-pulação?

Seguramente que não, por-que as coisas são mesmo as-sim, as pessoas estão sempre a criar novas necessidades. Mas espero cumprir todos os compromissos que agora as-sumi. Espero que as pessoas sintam que eu não defraudei as suas expetativas e que, no final do mandato, eu a minha equipa tenhamos a sensação de dever cumprido.

Como sabe, Vila Velha de Ródão é afetada por alguns problemas ambientais. De que forma a Câmara a que preside vai procurar harmo-nizar a existência das fábri-cas e a qualidade de vida das pessoas?

Infelizmente, essa é uma ma-téria que afeta esta vila e que é recorrente. As questões am-bientais estão muito ligadas a Vila Velha de Ródão. Eu conhe-ço o problema de perto, pois sempre cá vivi e sei que ain-da há muito a fazer, mas esta já foi uma questão bem mais preocupante. Isto não significa que agora o problema não seja grave mas, nos últimos anos, foram envidados esforços junto das empresas para tentar mi-nimizar e tentar resolver esse problema.

As empresas, neste momen-to, sabem que, se realmente quiserem ter um bom relaciona-mento com a população e com a Câmara Municipal, a questão do ambiente tem que ser uma preocupação constante. É notó-rio que as empresas têm essa preocupação e que estão a fa-zer esforços sérios no sentido de resolver os problemas am-bientais.

Quando se desloca às vá-rias localidades, como é re-cebido pelas pessoas?

O facto de sermos um con-celho com uma dimensão algo reduzida, quando chegamos a qualquer aldeia, somos bem recebidos pelas pessoas, pois conhecemo-las e elas conhe-cem-nos, portanto há uma pro-ximidade muito grande e isso permite-nos pensar que somos quase uma família. Há uma fa-cilidade de contato muito gran-de, as pessoas estão muito à vontade para expor os seus problemas, há um excelente relacionamento entre elas e eu acho que isso é uma vantagem.

Qual a importância que atri-bui à atividade politica?

A atividade política é uma atividade instrumental, que nos dá a possibilidade de podermos pôr em prática as nossas ideias e os projetos em que acredita-mos, em conjunto com equipas de trabalho que executam os projetos. Para mim, a atividade política é isto.

E as pessoas, especialmen-te os jovens, deviam estar mais interessados na políti-ca?

Eu penso que sim. Se hou-vesse mais interesse pela polí-tica, se as pessoas participas-sem mais e se entendessem a política como algo que também lhes diz respeito, esta seria uma atividade que seria valorizada. A política é a forma de tentarmos resolver os problemas de todos nós, não é a forma de os outros nos resolverem os nossos pro-blemas e não podemos estar sempre à espera que os outros resolvam os nossos problemas, nós temos também a obrigação de participar na atividade polí-tica e de dar a nossa opinião. Acho que a política deve ser entendida desta forma.

A vida de um presidente da Câmara deve ser muito exi-gente e cansativa. Como con-segue conciliar a gestão au-tárquica com a vida familiar?

Costuma-se dizer que “quem corre por gosto não cansa” e eu, realmente, não sinto que a vida política seja mais cansati-va que outra vida qualquer. Eu já fui funcionário público, já tive uma vida empresarial, agora estou na atividade política, es-tou também ligado à atividade social, através da Santa Casa da Misericórdia, e gosto de me dedicar intensamente a todos os projetos em que estou en-volvido. Não é difícil conciliar as coisas.

Qual é o seu clube de fute-bol favorito?

É o Sporting.

Gosta de viver em Vila Ve-lha? Porquê?

Sempre gostei muito de vi-ver em Vila Velha de Ródão. Foi aqui que nasci, é aqui que tenho os meus amigos e sinto-me bem aqui. Esta é uma vila pequena e tranquila, onde es-tamos perto de todos. Sinto uma enorme felicidade por ter

tido a possibilidade de ter aqui trabalho e por ter aqui a minha residência. Sinto que sou um privilegiado por viver num sítio de que gosto muito.

O que significa o slogan de campanha: “Um novo tempo, o mesmo rumo”?

Foi um slogan debatido e, no fundo, aquilo que pretendí-amos dizer às pessoas é algo tão simples como isto: vamos ter pela frente tempos de muita exigência, tempos difíceis, mas Vila Velha de Ródão, nestes úl-timos doze anos, teve um ciclo de desenvolvimento notável, apesar das adversidades que sabemos que vamos ter pela frente, tudo vamos fazer para continuar esse ciclo.

Foi um pouco essa mensa-gem positiva que nós pretende-mos transmitir às pessoas.

Tem Facebook?Não e não vou ter, porque

não gosto sinceramente do Fa-cebook. Eu acho que o e-mail permite-nos comunicar com as pessoas de forma fácil e eu uti-lizo-o bastante. Quanto ao Fa-cebook, dá-nos muita exposi-ção e, de alguma forma, talvez tenha sido criado para comba-ter o isolamento das pessoas, mas eu acho que comunicar virtualmente não é algo que eu aprecie. Eu prefiro o contato pessoal, prefiro sair de casa, ir ter com os meus amigos e es-tar com eles. Prefiro comunicar dessa forma e isso não me fez fã do Facebook.

Quando era miúdo, o que pensava vir a ser quando fos-se crescido?

Acho que sempre me vi como uma pessoa com liberdade de movimentos, como um empre-sário, uma pessoa com capa-cidade de ter iniciativa própria. Quando andava a estudar ain-da pensei seguir Direito mas, sinceramente, não me estou a ver hoje a seguir essa carreira. Se tivesse seguido esse curso, acho que não o teria concluído.

Para terminar, agradece-mos a disponibilidade ma-nifestada para dar esta en-trevista ao nosso jornal e desejamos-lhe as maiores felicidades no cumprimento das suas funções.

Eu é que vos agradeço e desejo-vos o maior sucesso. Disponham sempre.

«Queremos apostar nos jovens e na escola para inverter o envelhecimento do concelho.»

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Atividades | Projetos

Alunos brilham em concurso de fotografia

Bianca Almeida 8ºANo passado dia 12 de novembro,

os alunos do 8ºA deslocaram-se à localidade de Benquerenças para gravar uma música alusiva ao tema: “A violência nas relações amoro-sas”, inserido no projeto “Namorar com Fair Play”.

O primeiro passo foi escrever a letra para uma música sobre o tema proposto. A canção chamou-se: “Acredita em mim!” e a música foi feita pelos animadores que trabalha-ram com a turma.

O 8ºA dirigiu-se ao estúdio de gra-vação de autocarro, onde chegou pelas 13:30 horas. A turma foi dividi-da em grupos, uns foram gravar e os outros aguardaram pacientemente. Após o primeiro grupo ter efetuado a

gravação, o segundo grupo dirigiu-se ao estúdio e foi fazer “provas” de canto. Dessas mesmas provas fo-ram escolhidos 4/5 alunos para irem gravar na “salinha do castigo”. Esta sala é conhecida assim por ser um sítio onde os cantores gravam sozi-nhos.

No final dos trabalhos, pudemos ver as imagens da gravação e ouvir a canção no Youtube.

OpiniãoEm mim mesma, descobri uma

parte que não conhecia, por isso posso afirmar que a experiência foi maravilhosa e muito enriquecedora a nível pessoal.

Reportagem em vídeo da gravação da música do 8ºA e o filme do 9ºA;

PROjETO “NAMORAR COM FAIR PLAy“8º Ano:

Gravação da canção Acredita em mim!

Sónia Nunes; Bruna FontelasA professora Mafalda inscreveu

os alunos do Ensino Especial num concurso de fotografia intitulado: ”A chegada do outono”.

Os alunos ficaram muitos conten-tes, pois puderam sair da escola, levando as máquinas fotográficas, com o objetivo de tirar fotos de todas as coisas que lembrassem o outono.

Assim, tirámos fotografias às árvo-res com as suas folhas amareladas, ao rio Tejo cuja cor azul refletia as cores do outono, ou seja: amarelo, castanho, avermelhado…

Quando chegámos à escola, vi-mos todas as fotos que tirámos e

Mais notícias na pág. seguinte

O nosso Agrupamento, mais uma vez, foi galardoado com a Bandeira Verde no âmbito do Programa Eco Escolas, do qual fazemos parte. Esta distinção vem reconhecer o tra-balho desenvolvido, no ano letivo de 2012/2013, em termos ambientais, envolvendo toda a comunidade edu-cativa.

O aspeto mais relevante deste

programa é que, partindo de temas base, é feita uma auditoria ambien-tal para detetar pontos fracos sobre os quais podemos e devemos atu-ar. A partir daí, é desenvolvido um trabalho, com atividades e prática curricular, tendo como objetivo uma escola mais amiga do ambiente.

As boas práticas ambientais tam-bém são uma questão de cidadania.

Sara Rei (6ºA)

Bandeira Verde 2013

Bruna Fontelas (9ºA) e Sónia Nunes (8ºA)

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência comemora-se anu-almente a 3 de dezembro.

Esta celebração realiza-se desde 1998, ano em que a Organização das Nações Unidas avançou com a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. A come-moração desta data tem como prin-cipal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos

relativos à deficiência e a mobiliza-ção para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem- estar das pesso-as.

No nosso Agrupamento, os alunos de Educação Especial elaboraram um cartaz para assinalar este dia que nos mostra que não devemos discriminar as pessoas com defici-ência.

enviámos para o concurso aquelas que achamos mais bonitas. O júri considerou que as nossas fotografias ti-nham grande beleza e atribuiu-nos o 1º lugar, cujo pré-mio é uma máquina fotográfica.

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Atividades | Notícias | Talentos

A saúde e o Fair Play

Professora Graça Passos *

A O.M.S. define “saúde” como o estado de bem-estar a nível físico, psicológico e social.

Assim, a saúde extravasa a visão cartesiana/simplista dominante para implicar uma visão sis-témica que nos envolve a todos. No centro desta definição está o respeito. O respeito que levará cada um de nós a manter um sentimento positivo de estima por si refletir-se-á na estima pelos ou-tros e pela vida. A abordagem clássica da promo-ção da saúde pretende promover este respeito através da utilização de conhecimentos científi-cos para estimular a adoção de comportamentos de proteção face aos riscos em presença - con-sumo de substâncias psicoativas, IST, etc..

Esta abordagem tem-se revelado muito pou-co eficaz, pois não tem em conta a dimensão da complexidade na qual a violência é um fator determinante. É certo que a violência faz parte da natureza humana. Mas tal significa que não há nada a fazer? Que temos de nos sujeitar a ela passivamente? Ou significa apenas aceitar a impossibilidade de a erradicar e a urgência, cada vez mais premente, de a limitar? E não será a partir daqui, de aceitar a impossibilidade de a er-radicar, que podemos criar o espaço que engen-dre o gesto capaz de a manter em níveis com-patíveis com o bem-estar de cada um? Foi esta possibilidade que se explorou no projeto “Namo-rar com Fair Play” - criar condições para o nasci-mento deste gesto. Todo o trabalho se centrou, simultaneamente, no reforço das capacidades de cada aluno e no fortalecimento das relações interpessoais. Aquilo que não parecia possível,

realizou-se. Tal aconteceu, porque a equipa do projeto e os professores envolvidos criaram con-dições para os alunos sintonizarem as suas ca-pacidades na realização de uma tarefa comum. Foi um momento mágico para todos que desmas-carou a ficção das impossibilidades. Para sermos realistas, há que desejar o impossível.

Esta linha de fuga à mesmice instalada atual-mente é a grande mais-valia do projeto. A violên-cia está tão disseminada que o direito a ser feliz é naturalmente posto de lado. Vivemos mergulha-dos na ficção de que o sofrimento é o preço a pa-gar por estarmos vivos. Deixámos de nos questio-nar, deixámos de lutar. Obcecados pelo resultado final e tolhidos pelo medo de falhar assumimos que se trata de uma batalha perdida à partida. Esquecemos que, neste caso, não há resultados finais, mas apenas a luta constante, o trabalho diário de conter a violência e o medo de forma a preservarmos a nossa saúde. Este projeto criou condições para os nossos alunos não desistirem da luta pelo seu bem-estar. Estão de parabéns!

O Projeto “Namorar com Fair Play” é da res-ponsabilidade do Instituto Português do Despor-to e da Juventude, em parceria com a D.G.E., que opera na prevenção da vitimização de jo-vens e da violência simbólica relacionada com as desigualdades de género.

Na nossa escola, as turmas do 8º e 9º anos fo-ram as escolhidas para trabalharam no projeto. Este ano, finalizou-se a parte teórica que serviu de base à realização de um trabalho prático en-viado para o concurso nacional e que está publi-cado no Facebook do Agrupamento.

A qualidade atingida deve-se ao empenho dos alunos, estimulado pelo apoio dos profes-sores, nomeadamente das disciplinas de T.I.C., E.M.R.C, Ciências Naturais, Físico-química, In-glês, em particular da disciplina de Português e das diretoras de turma e potenciado pela quali-dade e empenho da equipa do projeto coordena-da pela psicóloga Ana Catarina Pulga.

9º ano: filme sobre a violência no namoro

Na criação do texto para a peça, juntámo-nos em grupos e cada gru-po escrevia a cena em que entrava. Usamos algumas aulas do apoio de Português para escrever o tex-to. Depois, no dia das gravações, ninguém ainda sabia as suas falas, por isso estivemos à pressa a tentar decorá-las, o que levou a muitos en-ganos e improvisos.

Foi muito engraçado quando es-távamos a gravar, porque enganá-vamo-nos muitas vezes e também porque era uma coisa que nós não estávamos habituados a fazer. Sin-ceramente, acho que poderia ter fi-cado pior, mas até ficou “porreiro”. Os colegas do 8º ano fizeram a ban-da sonora e o trabalho final foi com-patível com o que estávamos à es-

pera. Todos os alunos se dedicaram muito a este projeto, o que fez com que as turmas se tornassem mais unidas.

Nós pensamos que as “aulas” teóricas que tivemos em relação à violência nos permitiram ficar mais informados acerca de pequenos detalhes que muitos de nós não sa-bíamos. A parte que nós mais gos-támos destas sessões foi o filme que nós vimos, ficámos bastante espantados quando vimos que o bullying pode levar a atos de muito mau gosto. Na nossa opinião quan-do nós “entramos” numa brincadeira com um colega temos, primeiro que tudo, de respeitar essa pessoa e só podemos continuar com a brincadei-ra se o nosso colega gostar.

Carolina Cruz, Tatiana Barata, Iolanda Tavares, Edgar Belo (9º ano) e Rodrigo Barradas (8º ano)

Neste workshop, conseguimos aprender a distinguir os fatores que contribuem para uma boa re-lação e os fatores que contribuem para as más relações. Também aprendemos que, quando arranja-mos um(a) companheiro(a) temos de o(a) respeitar como é, e pensar nos dois.

O trabalho realizado e as con-clusões de cada grupo foram apre-sentados a todos, no final do semi-nário. Os temas abordados foram bastante interessantes. Infeliz-mente, algumas das situações são reais e acontecem cada vez com mais frequência entre os jovens.

Ao longo do dia, os alunos das escolas reunidas criaram ligações e até mesmo amizades se forma-ram, partilharam ideias e experiên-cias.

No dia 5 de dezembro, de manhã bem cedo, nós, os alunos do 8º e 9º anos, levantámo-nos dos lençóis quentinhos para chegarmos a Lei-ria, ao Auditório do I.P.D.J., para participar num seminário no âmbito do projeto “Namorar com Fair Play”.

De manhã, assistimos às pales-tras. Foi interessante, pois falámos dos motivos que nos levaram lá.

Depois, fomos almoçar a um res-taurante excelente. É importante re-ferir que comemos uma boa comida tradicional - carne de porco à alen-tejana.

Na parte da tarde, realizaram-se workshops, onde os alunos se ins-creveram previamente, para abor-dar quatro temas: desigualdade de género, relações saudáveis, namo-rar com Fair Play e violência no na-moro.

Em que consiste este projeto?

Turma do 9ºASeminário do Projeto “Namorar com Fair Play”

PROjETO “NAMORAR COM FAIR PLAy“

Professora Graça Passos *

* A Coordenadora do Projeto Educação para a Saúde

VISITA A LEIRIA

AGRUPAMENTO DE VVRVENCE CONCURSO!!!

Durante a festa de Natal do agrupamento (ver última página), recebemos a mais

fantástica prenda: a notícia, em primeira mão, de que vencemos o 1º lugar da

zona centro!!!

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Sessão de Câmara no AgrupamentoRedação do Gente em Ação

Opinião | Atividades

Dando cumprimento a uma inten-ção manifestada por ocasião da to-mada de posse do novo executivo da Câmara de Vila Velha de Ródão, o seu presidente, Luís Pereira, promo-veu no passado dia 25 de outubro, no espaço da escola-sede do nosso agrupamento, uma sessão de câ-mara aberta ao público escolar. Esta sessão especial – pelo ineditismo do local de realização – contemplou o esclarecimento dos alunos sobre o papel das autarquias locais, os seus desafios, as suas competências e o seu modo de funcionamento. Esta iniciativa de grande interesse peda-gógico constituirá, no nosso enten-der, um estímulo para que a comu-nidade educativa, especialmente os alunos, se motivem para participar mais no dia-a-dia da sua comunida-de e para desenvolver um trabalho de qualidade que possibilite a ob-tenção de uma melhor preparação pessoal e académica, fundamentais para que possam, no futuro próximo, dar um contributo efetivo para o de-senvolvimento do concelho.

Esta iniciativa, na qual participa-ram todos os membros do executivo

camarário e alguns dos seus téc-nicos, demonstrou, de uma forma clara, o reconhecimento do papel da educação e da escola pública na promoção da igualdade de oportuni-dades entre todos os cidadãos, situ-ação evidenciada através da apro-vação de um regulamento de bolsas de estudo para alunos que frequen-tam instituições de ensino superior e aos quais o município de Ródão pretende ajudar na concretização dos seus projetos de vida.

A postura dos alunos foi revela-dora de um grande interesse pelo desenrolar dos trabalhos e, quando lhe foi dada a palavra, chamaram a atenção dos responsáveis para al-gumas situações que gostariam de ver resolvidas na escola que atual-mente frequentam e que, na sua opi-nião, poderiam ajudar a melhorar o bem-estar dos elementos da comu-nidade escolar. Também o Diretor do Agrupamento, professor Luís Costa, apresentou algumas solicitações de apoio da autarquia para a melhoria das condições de trabalho nas es-colas do concelho, em relação às quais o executivo mostrou ser mui-

to sensível, tendo afirmado que al-gumas das intervenções solicitadas

No dia 17 de outubro, os utentes do Lar I e do Lar II juntaram-se aos utentes da Casa de Re-pouso Dr. Francisco Pinto Cardoso para uma tarde diferente. Este dia estava reservado à plan-tação de flores e arbustos em conjunto com os alunos de Necessidades Educativas Especiais do Agrupamento de Escolas do nosso concelho. Esta ação tinha como objetivo criar uma parceria entre os mais velhos e os mais jovens, parceria esta que estreitou laços e promoveu uma troca de saberes.

Entre sacholas e ancinhos foram-se trocando risos e opiniões, pois os mais velhos quiseram demonstrar que, apesar da avançada idade, ain-da se sentem capazes de fazer aquilo que muitos deles fizeram toda a vida.

Estas iniciativas são de valorizar, pois estamos perante um concelho bastante envelhecido, mas não esquecido. Ações como estas permitem ligar

Canteiros que deram sorrisosIdosos e Rita Hungria (Animadora Sociocultural da SCMVVR)

o presente ao passado para que deste não se perca a memória.

Aqui deixamos o nosso sincero agradecimento à comunidade escolar, à nossa Câmara Munici-pal e ao Clube de Jardinagem “A minha Escola é um Jardim” por ter proporcionado aos utentes da Santa Casa da Misericórdia este convívio.

Bruna Matos (9ºA) e Sónia Nunes (8ºA)

No dia 17 de outubro, numa quinta-feira à

tarde, os alunos do Clube de Jardinagem fo-

ram ao lar número 3 da Santa Casa da Mi-

sericórdia e levaram vasos com flores para

tornar mais bonitos e agradáveis os jardins.

Os idosos da Santa Casa, o engenheiro e

dois empregados da Câmara Municipal aju-

daram a professora Mafalda e os alunos a

fazer a plantação. Os idosos queriam a sua

casa mais bonita e os jardins arranjados.

Todos os moradores do lar ficaram agrade-

cidos e felizes por terem os canteiros arranja-

dos e floridos. Tudo ficou muito mais bonito!

serão realizadas ainda durante este ano letivo.

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Notícias | Talentos

Alunos do 3º e 4º anos

Rita Nascimento (4º Ano)

A Scutvias na nossaescola

No dia 9 de dezembro, no âmbito do Projeto “SegurArte” (Segurança Rodoviária), vieram à nossa escola duas artistas para desenvolverem atividades lúdicas, no terreno, com os alunos da nossa turma.

As orientadoras trouxeram muito material didático relacionado com segurança rodoviária. Em situações de jogo, brincámos simulando a vida real, em que nós, as crianças, fomos peões, passageiros e ciclistas.

Foram formadas duas equipas:

“Os aventureiros” e os “Estrelas Se-guras”. Durante os jogos, iam-nos fazendo perguntas sobre segurança rodoviária, respondíamos às per-guntas e, ao mesmo tempo, relem-brávamos regras e normas de segu-rança e de trânsito.

Porque todos nós aprendemos brincando, esta foi, sem dúvida, uma atividade muito gratificante em termos de diversão e de aprendiza-gem, simultaneamente.

O dia do idoso

O dia do idosoNós fomos festejarCom uma ida ao larOs idosos fomos alegrar

Os idosos do larFicaram muito contentesE nós até lhes levámosAlguns presentes

Com danças e cantaresNós fomos participarCom a professora TerezinhaQue nos esteve sempre a orientar

Para nos agradecerOs idosos estiveram a fazerDeliciosos bolinhos Que acabámos por comer.

O meu animal preferido

O meu animal preferido é o cavalo.Posso brincar com eleE até animá-lo.Gosto muito dele,Ele é fofinho,Ele é fiel,Tem muito pelinhoE não é cruel!

Montar um cavaloSeria um regaloMuitas aventuras teriaNo meu dia-a-dia!

Poema de Natal

O Natal é bestialE o Pai Natal é brutalEle gosta de voarE vai a cantar!

Tem presentes para entregarFáceis de montarE depois é só brincarSem ninguém se magoar.

O que ele gosta de entregarÉ a máquina de faturar,E a bola de futebolAté vem logo o sol!

Eu adoro o Natal!Fico logo fenomenal.Podemos estar com a famíliaAté vem a tia Emília.

Carolina Santos (4º Ano) Tomás Vicente (4º Ano)

Era uma vez... no Natal!

Numa noite muito fria, nasceu, numa cabana, uma criança muito pobre chamada Jesus.

Mais tarde, os Reis Magos, guiados por uma estrela brilhante, foram con-duzidos até ao Menino Jesus e entregaram-lhe os seus presentes: ouro, mirra e incenso.

No Natal, as pessoas gostam de enfeitar as árvores com luzinhas, bolas, fitas, estrelas, pinhas…

Todas as crianças gostam de receber prendas. Numa aldeia distante, uma menina gostaria de ter uma boneca de corda mas, como os seus pais eram pobres, não a podiam comprar. Estava ela a brincar com os seus amigos, com um ar muito triste e apareceu o Menino Jesus que lhe perguntou o que ela tinha.

- Estou triste, porque não tenho uma boneca de corda. Jesus foi ao encontro do seu amigo Pai Natal para lhe pedir ajuda na

construção da boneca.O Pai Natal e os seus ajudantes duendes trabalharam toda a noite para

fazer a tal boneca. No dia seguinte, o Pai Natal e o Menino Jesus desloca-ram-se no trenó e foram entregar a boneca à menina.

A menina ficou muito feliz e foi o melhor Natal da sua vida. É este o espírito de Natal!

João Pedro (2º Ano)

TALENTOS

Eu sou um livro...

Alunos do 2º Ano

Gosto de contar histórias e de ser lido. - IsauraGosto da escola, de trabalhar e de estudar. - Ana CatarinaGosto de fazer rir os meninos e meninas. - DinisGosto de conhecer outros livros. - Ana MargaridaGosto de viajar e de diversão. – João PedroGosto de animais, de bailarinas e de reis e rainhas. - LeonorGosto de brincar, de dançar e de cantar. – Mariana PereiraNão gosto que me rasguem ou risquem as folhas. – Mário FilipeNão gosto que me atirem ao chão. – Joaquim ManuelNão gosto que se zanguem comigo. - TiagoNão quero que ninguém fique triste. – Mário Miguel

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Sem título(Matilde Fernandes - JI Sala 1)Sem título

(Nádia Ferreira - JI Sala 1)

“A Prenda de Natal“

(Jorge Afonso - JI Sala 2)

A Página dos Mais Pequenos

“Animal que não hiberna”(Luna Mendes- JI Sala 2)

O nosso cartão de Natal 2013

(Eva Tavares - JI Sala 2)Sem título(Matilde Ribeiro - JI Sala 1)

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A Página dos Mais Pequenos | Noticias

“Finalmente a Paz“Rodrigo Reis (3º Ano)

“Dia do Idoso“Carolina Santos (4º Ano)

No passado dia 1 de outubro, como vem sendo habitual, as crianças do Jardim de Infância de Porto do Tejo, com os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, educadoras, professores, e assistentes operacionais, uma vez mais, comemoraram o “ Dia Inter-nacional da Pessoa Idosa”. Desta forma, proporcionou-se, na Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão, um dia bem diferente aos “avós” que ali se encontram.

Os meninos do Jardim de Infância interagiram com os idosos, através

de uma dança e de uma canção, sempre com muita cor e movimen-to. Após estas atividades, as crian-ças ofereceram uma bonita tela estampada com as suas próprias mãozinhas. Por sua vez, e em jeito de reconhecimento, também eles foram presenteados com saborosos bolinhos.

Despedimo-nos com a certeza que, desta forma, contribuímos para uma manhã animada e divertida, deixando assim todos mais felizes.

As Educadoras de Infância

Dia Internacionaldo Idoso

Professora Luísa MorgadoFoi um dia de convívio e de entretenimento para todos

os utentes dos lares da Santa Casa da Misericórdia e dos alunos do 1º Ciclo.

A nossa escola não deixou passar este dia em branco e foram realizadas várias atividades, como cantares, danças e a ”Caça ao tesouro”, cujo propósito foi promover a educa-ção intergerações, pois é importante incentivar as nossas crianças à amizade, à partilha e ao respeito pelos idosos.

Depois deste dia, o respeito pelos mais velhos saiu refor-çado e deve continuar a ser incentivado para bem de todos e para a construção de uma sociedade com valores, como o respeito e a partilha de saberes.

1 DE OUTUBRO

A guerra terminou e finalmente chegou a paz àquele canto do pla-neta. As pessoas parecem ter en-contrado o bem-estar e a tranqui-lidade, chorando apenas os seus mortos e os seus bens. Todos ten-tam esquecer o sofrimento através de pensamentos positivos! É tempo de enterrar tudo o que faz lembrar armas, gritos e destruição.

As pessoas uniram-se e tornaram-se solidárias ajudando, em primeiro

lugar, quem mais precisava.A amizade entre as pessoas tor-

nou-se cada vez mais forte e o sol parecia brilhar de forma mais serena e tranquila; aos poucos, a felicidade ia tomando conta das pessoas, os seus interesses e vontades eram outros! Havia que esquecer o pas-sado!

Guerra, nunca mais! O mundo sem guerra é mais feliz.

Finalmente a Paz!

Alunos do 3º e 4º Anos *

* Depois de terem debatido o tema “A paz depois da guerra”.

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Biblioteca | Centro de Recursos

Bianca Almeida (8ºA)

As bibliotecas

E é isto. Um amor pelos li-vros, um caso sério de biblio-filia não se explica, por muitas e belas palavras que uma bi-blioteca nos possa dar. Uma biblioteca é uma máquina do tempo encantada. Podemos estar sentados com um livro de princesas e histórias de encantar no colo e viajar na mente, um processo tão de-licioso para a imaginação e frutífero para nós.

Assim que entramos numa biblioteca, é nos feito o aviso: apertem os cintos que está na hora de viajar! Muitas vezes, um livro pode ser o nosso me-lhor amigo, que ouve sem di-zer nada e nos dá tudo o que tem, sem mais nada pedir em troca. Ler é muito bom! Com a leitura de muitos livros adqui-rimos o nosso próprio voca-bulário e alargamos o nosso saber que não ocupa lugar.

Um leitor faz parte dum uni-verso que muitos tentam atin-gir e poucos conseguem. De-pois de ler um livro, temos a sensação de missão cumpri-da. Quando começamos a ler uma coleção de livros, a emo-ção capta-nos tanto a mente e o nosso silêncio que não so-mos capazes de largar o livro. E, quando pensamos que já nada nos pode surpreender, somos convocados às cortes para anunciar que chegaram mais livros. É uma alegria!

Uma biblioteca é um lugar que tanto pode ser de lazer, como de trabalho ou até de viagens. Uma biblioteca é sempre grande, por mais pe-quena que possa parecer ser.

1livro = um amigo1biblioteca = o mundo mais

puro e dócil que se pode ha-bitar

Ler é viver!

Sob o lema “Biblioteca Escolar – uma porta para a vida”, comemo-rou-se mais uma vez, em outubro, o Mês Internacional da Biblioteca Escolar, por decisão da I.A.S.L. (International Association of Scho-ol Libraries).

Pretendeu-se, com esta inicia-tiva, lembrar o papel fundamen-tal que ocupam nas escolas as suas bibliotecas, como importan-tes centros de recursos, abertos a toda a comunidade escolar que delas queiram usufruir. Entidades promotoras do livro e da leitura por excelência, mas igualmente da livre circulação de ideias e de informação, as bibliotecas esco-lares têm vindo a transformar-se, a abrir-se ao exterior, prontas a colaborar com todas as áreas do saber, a servir de ponte com a bi-blioteca pública formando os leito-res que a irão frequentar: por isso, elas são uma porta aberta à vida. Queremos, cada vez mais, formar os alunos como utilizadores autó-nomos da biblioteca (ou melhor, das bibliotecas), explicando-lhes

o seu modo de organização e fun-cionamento, proporcionando-lhes um maior domínio das técnicas de pesquisa e elaboração de trabalhos, incentivando-os à utilização otimiza-da dos recursos e serviços que dis-põem na sua biblioteca. Com esta finalidade pretendeu-se que todas as turmas desde o 1º ao 3º ciclo, du-rante o mês de outubro estivessem presentes na biblioteca da escola e através de uma breve palestra, com a ajuda da equipa, foram dadas aos alunos informações úteis sobre o seu horário, a forma como se orga-niza, os serviços disponíveis, regras e funcionamento. De uma forma lú-dica, através de um bibliopaper, ten-tou-se motivar igualmente os alunos para a descoberta deste espaço.

Ainda no presente ano letivo, as-sinalando o dia 28 de outubro em particular como o Dia das Bibliote-cas Escolares, os alunos e profes-sores dos concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão es-tiveram envolvidos numa atividade conjunta de comemoração da data, centrada na leitura de um conjunto

diversificado de textos emblemáti-cos sobre a importância dos livros e das bibliotecas. À volta de autores como Alice Vieira, Valter Hugo Mãe, António Torrado e Luísa Dacosta, os participantes tiveram a oportunidade de conversar e escrever, em cada escola, sobre a biblioteca, enquanto porta para a vida e enquanto espa-ço insubstituível na vida dos alunos. Cada escola selecionou as modali-dades de leitura que melhor se ade-quaram ao seu público, mas o foco da atividade foi transversal a todas as iniciativas e a todos os estabele-cimentos envolvidos: a promoção da leitura, do livro e da biblioteca, numa perspetiva de partilha alargada de uma experiência que foi certamente um momento único e diferente na jornada diária das escolas.

Os alunos puderam dar também a sua opinião sobre os textos lidos e foram realizados trabalhos muito interessantes. A culminar a semana e em colaboração com a Biblioteca Municipal, os alunos mais novos, do 1º ano, foram visitá-la e realizaram um jogo didático para aprender os comportamentos adequados que devem adotar na biblioteca (Queres ser um rato de biblioteca?)

A equipa da Biblioteca Escolar agradece a todos os que com ela colaboraram nestas iniciativas, lem-brando que o espaço está sempre de portas abertas a todos os que nela querem aprender!

OPINIÕES DOS ALUNOS

“Para mim, um livro é um amigo e, quando começo a ler, sinto-me fora de mim. A leitura faz-me entrar num mundo de imaginação sem fim e a biblioteca é a porta por onde entramos e um lugar para desco-brir e, mal lá entro, sinto-me cheio de curiosidade. Eu adoro a leitura!” - Samuel (4º ano)

“Para mim, a Biblioteca Escolar e os livros são uma emoção às vezes tão grande, tão grande, tão grande que eu queria ter uma só para mim, muito grande e cheia de livros boni-tos!” - Rafael Martins (4º ano)

“Um livro, para mim, é como o amor que anda pelo ar e, às vezes, nos cai no colo de repente. A biblio-teca é muito importante para nós lermos e aprendermos!” - Tomás Vi-cente (4º ano)

“O livro, para mim, é um colega que nos dá uma grande ajuda todos os dias.” - Ruben (4º ano)

“Eu gosto muito dos livros, porque eles ajudam-me nos meus traba-

lhos. Com eles, a minha cabeça fica mais rica e com mais ideias.” - Ma-riana (3º ano)

“Quando lemos um livro de poesia parece que estamos a cantar!” - Da-niela (3º ano)

“Para mim, os livros são portas para aprender a realidade. A leitu-ra faz-nos crescer, sermos grandes como pessoas que sabem mais. A biblioteca é boa porque nos ofere-ce tantos livros giros e engraçados para nós lermos…” - Salomé (5ºA)

“Gosto de ler. Acho que a bibliote-ca é um sítio calmo onde se pode estar sossegado a ler e trabalhar. A leitura é muito importante para alar-gar o nosso vocabulário e conheci-mento.” - Dénis (6ºA)

“Os livros são a fonte da nossa imaginação! Com a leitura viajamos para lugares nunca vistos e a biblio-teca é o aeroporto onde embarca-mos!” - Maria Faustino (7ºA)

“A Biblioteca Escolar é mais do que as soluções do exame final. É um telejornal de livros. Os livros são um tubo de cola que não se gasta. São uma fonte que deita muita água. Eles não se fartam de ser lidos e os leitores não se fartam de os ler.” - João Barateiro (7ºA)

“Com a leitura aprendemos de tudo. A nossa biblioteca tem um pou-co de tudo e, por isso, vamos sem-pre ter o que ler sem nunca nos can-sarmos!” - Mariana Santos (8ºA)

“Os livros, para mim, são um ae-roporto onde a fantasia não tem limites. A leitura é uma sala de au-las onde se aprende todos os dias algo de novo. A Biblioteca Escolar é a minha segunda casa. É onde eu descanso, mas onde a aventura co-meça.” - Ricardo Pereira (8ºA)

“Os livros podem-nos levar para outros mundo, apesar de continu-armos no mesmo sítio.” - Rodrigo Pires, (8ºA)

“Uma biblioteca é uma nave que transporta sonhos!” - Beatriz Car-doso (8ºA)

“Para mim, começar a ler um livro é entrar num mundo novo, o mundo para onde o livro nos transporta!” - Bruna Martins (8ºA)

“Para mim, os livros são impor-tantes porque nos ajudam, de certo modo, a dar largas à imaginação. Os livros são poços de magia. A biblio-teca contém todos esses poços e está cheia de surpresas à espera de serem descobertas”. - Edgar Belo, (9ºA)

Professora Luísa Filipe

Mês Internacional da Biblioteca Escolar – outubro de 2013

“Todas as coisas do mundo podem ser chamadas a com-parecer à força das palavras, para existirem diante de nós como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tama-nho do infinito e sabem toda a maravilha.”

Valter Hugo Mãe

Mais opiniões no blog daBECRE, em www.aevvr.pt

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Biblioteca | Centro de Recursos

Bianca Almeida (8ºA)

Bibliopaper

No passado dia 28 de outubro, no âmbito das comemorações do Dia Internacional das Bibliotecas Esco-lares, todas as turmas do 3ºCiclo jogaram o bibliopaper.

Foi-nos feito um quiz para apurar os nossos conhecimentos e para ver quão bem conhecemos a nossa biblioteca.

Foi uma atividade muito interes-sante que nos permitiu ficar a co-nhecer uma perspetiva habitual-mente desconhecida da biblioteca.

Agradeço à equipa da Biblioteca Escolar por ter organizado esta ati-vidade tão emocionante e didáctica.

Uma coisa para, de certeza, repe-tir!

Como já vem sendo tradição no nosso Agrupamento, realizou-se, entre 6 e 13 de dezembro, a Feira do Livro. Com o objetivo de tornar os livros e a leitura um hábito e um pra-zer entre os nossos alunos, aliando esse fator aos preços mais em conta a que se podem comprar os livros, pretendemos que a leitura seja vista como um hábito natural e um prazer.

E, como a leitura começa sempre pelo ouvir contar histórias, o dia de abertura da nossa feira iniciou-se com um contador – José Cravei-ro – que contou e encantou. Desde os alunos do 1ºano aos do 9º, todos ficaram encantados com as suas histórias que tinham sempre um en-sinamento ao jeito das antigas histó-rias tradicionais. A vinda do contador foi suportada pela Associação de Estudos do Alto Tejo, a quem apro-veitamos para deixar o nosso espe-cial agradecimento.

Durante a semana, todas as tur-mas visitaram a feira e puderam fazer as suas escolhas por entre a variedade de livros existentes.

No dia 11 de dezembro, em co-laboração com a Associação de Pais e Encarregados de Educação, organizou-se o já tradicional “Chá com Livros”, que reuniu em convívio os pais, professores e outros mem-bros da comunidade educativa. Este convívio contou com uma animação

XXII Feira do LivroProfessora Luísa Filipe

musical da responsabilidade de al-gumas alunas do Conservatório Re-gional de Música de Castelo Branco, bem como uma pequena represen-tação dramatizada feita pelos nos-sos alunos dos 8º e 9º anos.

Mais uma vez, a Feira do Livro registou uma adesão significativa por parte dos alunos e dos pais/en-carregados de educação e restante comunidade educativa que a visita-ram, ultrapassando as expectativas, o que só prova o interesse crescente dos mesmos pelo livro e pela leitura.

A Feira do Livro é um evento que ocorre todos os anos, na nossa es-cola, com duração de uma semana. É um período em que somos convi-dados a desenvolver várias ativida-des: ouvir histórias, conhecer vários tipos de livros (se quisermos, tam-bém podemos comprar), tomar chá, assistir a leitura dramatizada, músi-ca…

Este ano, tudo começou numa segunda-feira, dia 9 de dezembro, novamente, na Biblioteca Escolar. Nesse mesmo dia e, nesse local, ouvimos duas lindas histórias conta-das por José Craveiro. Ele contou-as sem livro, até nos pareciam tra-dicionais.

Na quarta-feira, dia 11 de dezem-bro, ocorreu o “Chá com Livros”, al-tura em que tivemos oportunidade de assistir a um momento musical protagonizado por três alunas do Conservatório Regional de Caste-lo Branco e pudemos ainda assistir à leitura dramatizada da história: “Uma cadela amarela e os amigos dela”, feita pelos nossos colegas do 8º e 9º anos - Bianca, Iolanda, Jéssica e Ricardo -, que contaram a história acompanhada com sons dos animais.

Foi uma semana muito rica: to-mámos contacto com muitos livros, comprámos alguns e divertimo-nos com atividades diferentes. Deseja-mos que a Feira do Livro se repita para o ano, com atividades idênticas e outras diferentes para nos surpre-ender a todos.

Alunos do 3º e 4º Anos

Reconto de uma históriacontada por José Craveiro

Alunos do 3º e 4º Anos“Era uma vez uma menina que costumava desobedecer sempre à sua

mãe. Esta não queria que ela fosse pela mata, pois era perigoso, mas sim pela estrada.

Uma vez, enquanto dormia, uma coruja foi bater-lhe à janela do seu quar-to dizendo-lhe que havia uma festa na mata e pediu-lhe que a acompa-nhasse até lá. Ela lá foi e encontrou uma velha que a queria transformar em bicho feio ou árvore seca, por ter desobedecido, uma vez mais, à sua mãe. Entretanto, a velha foi dormir e, nesse momento, apareceu uma fada que, com a ajuda da menina, conseguiu que a velha perdesse o feitiço. Assim, das árvores secas e bichos feios começaram a aparecer meninos e meninas, que também antes tinham desobedecido e até a velha era uma linda rapariga.

Nesse momento “truz, truz”, batem à porta, a menina acorda, olha para o relógio e vê que são horas de se levantar e ir para a escola.”

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Atividades

Natal da Biblioteca Municipal

Graça Batista *

Alunos do 5ºA

O Natal chegou à Biblioteca Muni-cipal José Baptista Martins logo no dia 5 de dezembro, pela mão do ator Paulo Lages que ali apresentou, para as crianças que frequentam os 3º, 4º e 5º anos no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, a leitura encenada do livro «A noite de Natal» de Sophia de Mello Breyner Andresen.

A atividade, apoiada pela Direção-Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas, decorreu de forma ex-traordinária, cativando todos os par-ticipantes para a beleza do texto. No decurso da leitura, foi dada a possi-bilidade aos atentos ouvintes de en-trarem em cena, lendo, representan-do e convivendo com os belíssimos adereços que integravam o cenário.

No dia 9, foi a vez de a árvore de Natal ser a protagonista de um es-petáculo apresentado pelo grupo A Casa dos Dias Felizes às crianças do 1º e 2º anos do Agrupamento. O espetáculo «Yulé – A árvore do

* Bibliotecária da Biblioteca Muni-cipal José Batista Martins

“A Noite de Natal”de Sophia de Mello Breyner Andresen

A convite da Biblioteca Municipal José Batista Martins, deslocaram-se até ao local, no dia 5 de dezembro, para assistir à leitura encenada do conto “A noite de Natal”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, os alu-nos do 3º, 4º e 5º anos de escola-ridade.

A peça foi encenada e interpretada pelo ator Paulo Lages que, trajando de forma alusiva à época natalícia, assumiu-se como leitor e animador do conto: lendo ele próprio em voz

alta, solicitando a participação de todos os alunos e até a representa-ção de alguns. Para desempenhar o papel da protagonista da história foi escolhida uma criança e outras foram-se juntando, tomando o lugar dos Reis Magos e da estrela, na vi-sita ao Menino Jesus.

A todos foi dada a possibilidade de seguir o conto pelo próprio li-vro, uma vez que foi distribuído um exemplar a cada aluno, à entrada do espetáculo.

Dia da alimentação

No dia 16 de outubro comemorou-se o Dia Mundial da Alimentação.

Nós não podemos viver sem ali-mentos. Há muitas pessoas que têm fome e não têm nada para comer.

A alimentação deve ser equilibra-da e variada: devemos beber leite, comer carne, peixe, muitos legu-mes, fruta e beber muita água. As-sim, todos podemos viver melhor.

Mariana Pereira (2º Ano)

Alunos do 3º e 4º anos

Nesta época natalícia, fomos con-vidados a ir à Biblioteca Municipal para vermos uma peça de teatro baseada no livro de Sofia de Mello Breyner, intitulado “A noite de Natal”. Esta peça foi-nos apresentada por um artista muito brincalhão que inte-ragia connosco. O espaço/ambiente convidava e fomos espetadores e atores, consoante o momento.

A primeira parte da peça falava sobre um amigo. A Joana encontrou um amigo pobre chamado Manuel. A menina mostra-lhe o seu jardim e explica-lhe que brincava debaixo de um cedro. Depois, juntos, foram buscar pedras, paus e musgo e fi-zeram a casa do rei dos anões. O Manuel confidenciou à menina que morava num pinhal e dormia numa cabana junto à vaca e ao burro.

A segunda parte da história mos-tra a festa, altura em que vieram os primos para passar o Natal com a Joana. O ambiente foi todo prepara-do para festejar o Natal: árvore de Natal, fitas, bolas e até as refeições preparadas pela cozinheira Gertru-des. Nesta altura, a Joana foi esprei-tar os armários que estavam fecha-dos todo o ano com lindas loiças e outras coisas mais, maravilhosas e

extraordinárias… Lá fora tudo era festa: luzes bolas,

estrelas cintilantes velas, bolas de vidro… Chega a altura da conso-ada, era igual à de todos os anos! Era linda a árvore de Natal. Joana recebeu três presentes: uma bola, uma boneca e livros para pintar com aguarelas.

Foi nessa mesma noite que Joana resolveu ir levar brinquedos ao Ma-nuel, pois Gertrudes tinha-lhe dito que os pobres não têm prendas.

Na terceira parte, a estrela, a Jo-ana sai de casa, atravessa descam-pados, sobressalta-se com ruídos, com sombras e com brisas, mas não desiste, continua o seu cami-nho. Vem em sua ajuda uma estrela que a guia. Encontra os três Reis Magos: Gaspar que levava incenso, Baltasar que levava mirra e Belchior que levava ouro. Todos juntos e fe-lizes seguiram até ao menino que dormia nas palhinhas entre a vaca e burrinho. Joana reconhece ali o seu amigo Manuel.

Como se aperceberam, é uma his-tória muito interessante e emotiva, por isso, aconselhamos a sua leitura a todas as pessoas, qualquer que seja a sua idade!

Na escola, comemos uma sopa de legumes deliciosa feita com cenou-ra, nabo, batata, cebola, nabiça, … que trouxemos de casa. O lanche foi uma espetada de fruta feita por nós.

Também fizemos algumas ativi-dades, entre elas um jogo em que entravam alimentos saudáveis e não saudáveis.

Mais um dia diferente naBiblioteca Municipal!

Natal», inspirado na origem do culto da árvore de Natal - que remonta à mitologia pagã e às celebrações do solstício de inverno-, propôs, com muita arte e especial sensibilidade, uma abordagem criativa e responsá-vel da natureza.

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Atividades

Bianca Almeida (7º A)Bruna Martins (8ºA

No passado dia 30 de outubro comemorou-se o dia das bruxas, na nossa escola. Organizou-se o desfile mais assustador, “The Scariest Halloween Fashion show”.

Nele participaram os alunos do 1º, 2º e 3º Ciclos. Os participantes estavam muito assustadores: eles eram bruxas, zombies, vampiros, fantasmas…

O aluno vencedor, do 1º Ciclo foi a Soraia Cardoso, do 2º Ciclo, a Susana Silva e a Ioana Padure e do 3º ciclo, a Bianca Almeida.

Foi um dia das bruxas muito assustador e muito divertido.

Halloween

No passado dia 23 de outubro, o 8º e o 9º anos fizeram uma visita de estudo à fábrica CELTEJO, localizada em Vila Velha de Rodão.

Quando entraram nas instalações da fábrica, foram encaminhados para um hall de entrada, onde estava a ser posto o banquete comemorativo dos 40 anos da CELTEJO, que foi fundada a 23/10 de 1971.

Antes da visita guiada às instalações, os alunos visionaram, no auditório da empresa, um filme sobre a história da fá-brica. Após este momento, foi-lhes ofe-recido um bloco de notas e uma caneta. Quando se iniciou a vista às instalações da fábrica, os alunos foram informados que teriam que respeitar as normas de

segurança, usando capacete e colete retrorrefletor. Durante a visita, os alu-nos foram fazendo perguntas aos guias, as quais foram sendo respondidas com toda a prontidão. O mais importante foi perceber como é que se produz o papel.

Finda a visita, os alunos regalaram-se com o banquete!

Opinião:Aprendi uma coisa fundamental com

esta visita: “nunca se deve julgar o livro pela capa.” Todos nós achamos que a CELTEJO prejudica o meio ambiente em Vila Velha de Rodão. Isso é verdade. Mas também é verdade que dá postos de trabalho à população e tem práticas de trabalhos sustentáveis.

HISTÓRIA AO VIVO

“Andakatu”

Decorreu, no dia 5 de novembro, no polivalente do Agrupamento, uma ativi-dade sobre o tema da Pré-História que tinha como principal objetivo proporcio-nar aos alunos dos 5º e 7º anos uma oportunidade de verificar ao vivo as téc-nicas de fabrico de utensílios em pedra, a produção do fogo (uma das descober-tas mais importantes dos primeiros ho-mens), o fabrico da cerâmica e o fabrico de tintas com corantes naturais, bem como a técnica usada nas pinturas ru-pestres.

Esta demonstração, da responsabilidade do arqueólogo do Museu de Mação, captou o in-teresse dos alunos que compreenderam, atra-vés da prática, como é que o homem evoluiu e como desenvolveu técnicas cada vez mais aperfeiçoadas para con-seguir sobreviver num ambiente que lhe era hostil. Prendeu bastante a atenção dos alunos a forma como estes ho-mens faziam o fogo, como fabricavam os pri-meiros instrumentos em pedra, como fabricavam

as primeiras peças em cerâmica e tam-bém como eram produzidas as tintas que eram depois usadas para fazer as pinturas rupestres.

Os alunos puderam tocar em todas as peças, bem como nos materiais que eram usados para produzir esses uten-sílios, o que pensamos ter contribuído para uma melhor consolidação dos con-teúdos já lecionados na disciplina de História.

Prof.ª Luísa Filipe

OPINIÕES DOS ALUNOS

“Eu aprendi que, com os primeiros utensílios feitos de pedra, eles podiam fazer muitas coisas. Por exemplo, uma dessas pedras tinha quatro funções que eram raspar, furar, esmagar e alisar. Aprendi também como faziam os vasos de cerâmica e as tintas para pintar a arte rupestre. Pudemos, com esta atividade, compreender melhor como estes primei-ros povos conseguiam sobreviver e tudo o que eles tinham que enfrentar. Gostei muito de aprender como eles faziam o fogo e como fabricavam os instrumentos em pedra, mas o que eu mais gostei de

ver fazer foram os vasos de cerâmica. Outra coisa interes-sante foi que podí-amos mexer, tocar, sentir como eram estes instrumentos, os vários materiais de que eram feitos e ficámos a perce-ber melhor o que já tínhamos apren-dido sobre estes povos.” - Leonor Araújo

“O senhor ar-queólogo mostrou-nos como eram os homens no iní-

cio e depois como evoluíram. Depois, aprendi como eles faziam o fogo e as tintas para pintar nas rochas. Gostei muito de ver como eles, a partir das pe-dras, faziam os seus utensílios. Mas, o que mais gostei nesta atividade, foi de aprender como faziam o fogo e os va-sos de cerâmica. Foi muito interessan-te.” - Salomé Trindade

“O que eu aprendi com esta ativi-dade foi ver como os primeiros povos faziam o fogo, faziam as tintas para a arte rupestre, faziam os objetos de bar-ro, faziam as armas em pedra e outras em osso e madeira e moíam os cereais para fazer o pão. Mas, o que eu mais gostei, foi de poder ver e sentir esses objetos e materiais que eram passa-dos de mão em mão e acho que assim aprendi melhor.” - Bruno Pereira

“O que eu aprendi sobre os primeiros povos foi como os povos recolectores faziam os utensílios de pedra, osso e madeira e como faziam o fogo para se aquecerem, cozinharem e afastarem os animais ferozes. Também aprendi que as comunidades agro-pastoris já tinham foices para ceifar os cereais e já faziam farinha, pois sabiam moer es-ses cereais. O que eu mais gostei foi de ver o senhor fazer um vaso com o barro e também de ver como faziam o fogo, porque era muito incrível.” - Gon-çalo Rei

Turma do 5ºA

Visita à CELTEJO

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Os Cinco na Ilha do Tesouro

Sugestões de leitura

Autor: End BlytonEdição: 2011Editora: Oficina do LivroColeção: Os CincoFaixa etária: A partir dos 10 anos

Bianca Almeida (8ºA)

Um Amor em Tempos de Guerra

Autor: Júlio MagalhãesData: 2010Editora: Esfera dos Livros

Breve síntese:

António nasceu marcado pelo nome. Fora chamado assim para homenagear o Dr. António de Olivei-ra Salazar, o mesmo homem que era não só o seu vizinho nas traseiras, como era também o homem que go-vernava o país com pulso de ferro.

Mas de nada lhe valeu o seu nome. Como muitos inocentes ho-mens, foi enviado para Angola, para defender uma pátria que não era sua. Desolado, deixou para trás uma mãe inconsolável e uma noiva triste, que se recusava a esquecê-lo e que, quando ele deixou de dar notícias, enterrou um caixão sem corpo.

António, ao regressar de Angola, veio marcado por anos de guerra que o deixaram um homem diferen-te. De Angola trouxe um filho, fruto de um amor de guerra.

O amor de Amélia e António so-breviveu e tornou-se um amor em tempos de guerra para enfrentar tudo e todos.

O Recruta

Autor: Robert MuchamoreData: 2013Editora: Porto EditoraColeção: Cherub 1

Este livro faz parte de uma cole-ção de 12 livros, dum autor que é, na minha opinião, um dos melhores autores infanto-juvenis da atualida-de.

Neste livro, o nosso herói chama-se James Becket e tem uma irmã chamada Lauren Becket. Depois da morte da sua mãe, os dois são recrutados para uma agência britâ-nica de espionagem, chamada Che-rub. Esta agência recruta crianças e não adultos, pois acha-se que os adultos, como espiões, dão nas vis-tas. Para efeitos oficiais estas crian-ças não existem!

James, agora o espião James Adams, deve fazer uma recruta de cem dias com o odioso instrutor Large. James consegue passar na recruta e torna-se um agente que vai na sua primeira missão. Esta missão consiste em infiltrar-se num grupo de terrorismo chamado “Aju-dem a Terra”, em Fort Harmony.

Esta é o começo de uma aventura inesquecível e a não perder.

Sou a Sara, tenho 11 anos e moro no Marmelal.

Para mim o livro “Os cinco na ilha do tesouro”, de Enid Blyton, é um livro muito engraçado e também muito empolgante, porque eu gos-to muito de livros de aventuras, em especial os da coleção “Os cinco”. Gosto muito das personagens e de como elas agem perante as situa-ções em se encontram. Este livro fala sobre uma aventura que os cinco tiveram na ilha de kirrin, que pertence à Zé, que é uma das per-sonagens.

Eu recomendo a todas as pesso-as que gostam de Aventuras, a co-leção dos livros “Os cinco”.

Ricardo Pereira (8ºA)

Sara Rei (6ºA)

Ricardo Pereira (8ºA)

O Homem de Constantinopla

Autor: José Rodrigues dos SantosEdição: 2013Editora: GradivaPáginas: 504

Este romance foi publicado recen-temente por José Rodrigues dos Santos.

A personagem principal desta his-tória chama-se Kaloust Gulbenkian, nascido no Império Otomano e vin-do de uma família conhecida na sua cidade natal, Istambul. A sua família decidiu ir para Constantinopla devi-do a uma guerra entre os arménios e os muçulmanos. O seu pai era o patrão de um negócio de petróleo que viria a crescer um dia nas mãos do seu filho. Kaloust, com apenas nove anos, faz o primeiro negócio que mudará a sua vida. Ele come-ça a interessar-se por arte e o seu pai decide que o seu filho deveria estudar francês em Marselha, onde acaba por desenvolver uma paixão passageira por madame Duprés, que é a sua professora de francês. Mais tarde, o seu pai decide que ele deve iniciar os estudos de inglês e manda-o para Inglaterra.

Kaloust já era agora mais velho e decide, por si próprio, iniciar os estudos de engenharia do petróleo, apesar do pai discordar.

O tempo foi passando e Kaloust, mais velho, conhece alguns grandes empresários da indústria do petró-

leo, começando a ganhar dinheiro com as suas empresas.

Kaloust desenvolve uma grande paixão por uma rapariga arménia que vive com os pais em Londres. Para poder casar com ela, Kaloust teve de conquistar a confiança do pai dela, o que conseguiu. Depois de casarem, foram os dois viver para Constantinopla, mas a guerra ainda não tinha acabado e foi lá que nasceu o seu filho, Nubar Sarkis. Por causa da guerra, ele e a sua fa-mília fugiram para Londres.

Kaloust Gulbenkian ficou conheci-do por toda a Europa como sendo um dos homens mais ricos do mun-do. E o seu nome ficou definitiva-mente ligado a Portugal e à Funda-ção que tem o seu nome.

Opinião:Gostei de ler este livro, porque

aprendi muitas coisas sobre a guer-ra colonial e sobre Portugal no tem-po da ditadura.

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AtividadesEFEMÉRIDE

Os Parabéns à Convenção!Professora Anabela Santos Alunos do 3º Ano

Prof.ª Carla Nunes

Tarde de jogos matemáticos Robot@EscolaBianca Almeida (8ºA)

Tendo por objetivo assinalar a co-memoração do 24º aniversário da Convenção dos Direitos da Criança (20 de novembro), o Agrupamento, por iniciativa da sua representante na Comissão de Proteção de Crian-ças e Jovens (CPCJ), Anabela San-tos, realizou, com os 3º e 4º anos, uma atividade de animação de leitu-ra intitulada “Uma Aventura na Terra dos Direitos”, de Paula Guimarães, no passado dia 15 de novembro, na Biblioteca Escolar.

Os alunos assistiram a uma leitura dramatizada da obra que deu nome à atividade e exploraram, com as personagens da história, conceitos inerentes aos seus direitos, como o respeito, o carinho, o amor, o bem-estar, a família, a saúde, a casa, a escola… que ilustraram individual-mente, no final, com vista à produ-ção de um cartaz de grupo que evi-denciou a participação e empenho de todos.

Esta atividade contou com a pre-ciosa colaboração da animadora Dulce Santana, demonstrando-se, mais uma vez, que o envolvimento da comunidade nas atividades do Agrupamento constitui sempre uma mais-valia na defesa do bem-estar e enriquecimento da criança.

No passado dia 15 de novembro, para festejar os 24 anitos da Con-venção dos Direitos da Criança, fizemos uma “viagem” muito diver-tida!

Fomos todos, os meninos do 3º e do 4º anos, com a professora Ana-bela Santos e a animadora Dulce Santana, até à Terra dos Direitos. Começámos por fazer a nossa identificação, pois percebemos que ter um nome também é um direito! Assistimos à leitura dramatizada da história do encontro de um me-nino chamado João com a menina Convenção (“São” para os meninos que dela ficaram amigos!). Viaja-mos com eles pela Terra dos Direi-tos. Que direitos? Os nossos, os de qualquer criança: menino ou meni-na, português ou de qualquer par-

te do mundo…Relembrámos que todos temos direito a uma família, a um cantinho confortável para vi-ver, a brincar, a comer, a ser trata-do quando está doente…e até a ir à escola! É que há meninos em sítios do mundo que gostariam muito de ir, mas não os deixam, porque não há escolas ou porque há pessoas cres-cidas que os obrigam a trabalhar ou a treinar para as guerras!

Descobrimos ainda que a Con-venção, que juntou os nossos di-reitos mais importantes para os espalhar pelo mundo, nasceu há 24 anos; então, cantámos-lhe os parabéns, o que foi “uma patetice engraçada” (mas somos crianças e temos que brincar!!!). De presente, cada um de nós desenhou e escre-veu uma “palavra doce” a ilustrar os nossos direitos e os nossos de-veres, e colámos as palavras num cartaz enorme!

Desta viagem, temos que nos lembrar que devemos respeitar os outros e tudo o que está à nos-sa volta, mas nunca nos devemos esquecer que também temos que pedir que nos respeitem, porque…somos crianças e seremos, mais tarde, o que nos deixarem, com res-peito, ser!

No dia 4 de dezembro, a turma do 9º ano deslocou-se ao laboratório de Robó-tica da Escola Superior de Tecnologia, em Castelo Branco (EST).

Esta visita inseriu-se nas atividades do projeto ROBOT@ESCOLA, financia-do pelo Projeto Ciência Viva, cujo objeti-vo foi a interação entre o ensino superior e o ensino básico/secundário, através da realização de atividades integradas na Semana Europeia de Robótica.

Os alunos realizaram diversas ativi-dades: construíram um robô; tiraram fotografias em 3D; dedicaram-se à cons-trução e programação de um robô para

este se desviar de obstáculos…Tiveram ainda a oportunidade de ver trabalhos realizados por alunos da EST, no domí-nio da automação industrial, utilizando pneumática e autómatos programáveis.

Os alunos acompanharam, realizaram e corresponderam de forma ativa e inte-ressada às explicações e aos desafios colocados.

A sessão foi extremamente enrique-cedora, não só pelas experiências de aprendizagem mais diversificadas que os alunos puderam explorar, mas tam-bém pela partilha que este género de ações proporciona.

No passado dia 27 de novembro, realizou-se, na escola sede do nos-so Agrupamento, a tarde de jogos matemáticos destinada aos alunos do 1º,2º e 3º ciclos.

Estes jogos foram dinamizados pelas professoras de Matemática Carla Nunes, Filomena Conceição e Olga Almeida.

Os jogos que se podiam jogar somente para treino eram: o “hex”; o “cães e gatos”; o “semáforo”; o

“rastros”; o “superTmatik” de “quiz” e “cálculo mental”. Todos os alunos do 1º Ciclo podiam jogar o “superT-matik”.

Esta panóplia de jogos serviu so-mente para os alunos treinarem!

Porque é com 10 letras que se escreve a palavra Matemática, uma ciência exata, mas nela podemos sempre encontrar a mais pura diver-são!

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Atividades | Talentos

No dia 13 de novembro, realizou-se, como já é tradição, o magusto na escola sede do nosso Agrupamento.

A direção da nossa escola convidou várias en-tidades para o evento, entre as quais o Presiden-te da Junta de Freguesia.

Aquando da hora marcada para o início (16 ho-ras), os alunos dirigiram-se ao espaço em frente dos pavilhões do Prosepe onde já se estavam a ser assadas, tanto as carnes como as casta-nhas.

Durante o magusto escolar recolheram-se vá-rias opiniões, tais como:

Professora Filomena:“Fazemos o magusto por ser um momento de

convívio entre a comunidade escolar e as entida-des convidadas.”

Professora Manuela Cardoso:“Está um verdadeiro verão de S.Martinho, está

O magusto escolar

melhor tempo do que no ano passado e está a ser um magusto muito agradável.”

Jéssica Moreira (8ºA):“O magusto está ótimo, a comida está boa e eu

acho que o objetivo de unir a comunidade escolar foi cumprido.”

Professor Batista:“O magusto é uma atividade tradicional nesta

escola que já se realiza há muitos anos e é um momento de convívio, união e que reforça o senti-mento de pertença à escola. Reaviva na memória as tradições mais populares.”

Professora Anabela Estrela:“Aprecio o magusto. Porém, a única coisa de

que não gostei foi ver os alunos deitarem as cas-cas das castanhas para o chão.”

Alina Gomes (9ºA):“É muito giro haver este convívio e esta confra-

ternização numa escola tão pequena.”

Bianca Almeida (8ºA) e Sara Rei (6ºA)

Fruto típico do Outono, é adorado por miúdos e graúdos! Como alimento, tem uma composição que a distingue dos seus familiares: é o facto de ter um teor de gordura significativamente inferior e um alto teor em hidratos de carbono comple-xos.

Por 100g de alimento:- cerca de 200 kcal- 50% de água- 40% de hidratos de carbono, na sua maioria

complexos, permitindo uma saciedade prolonga-da

- 3% de proteína- 2% de gordura- 50 mg de Vitamina C, ajudando assim a forta-

lecer o sistema imunitárioAs castanhas são ricas em minerais, vitaminas

do complexo B, fibras, cálcio, magnésio, fósforo

Joana Oliveira (Nutricionista)

Castanha

e potássio. Não contêm glúten e, por isso, são toleradas por pessoas com doença celíaca.

Apesar dos seus benefícios e de ter um valor calórico inferior aos outros frutos amiláceos, é preciso moderação na sua ingestão: apenas 7 - 8 castanhas equivalem a 4 colheres de sopa de arroz cozido ou a um pão de trigo (1 carcaça).

Assim, as castanhas devem ser consu-midas de preferência como acompanhamento da refeição, substituindo o arroz/massa/batatas ou leguminosas, ou como complemento destes, e não como substituto da fruta, como tradicional-mente se faz.

E que tal uma sopa de castanhas, um assa-do com castanhas, ou um puré de castanhas? Experimenta novas receitas e comemora o São Martinho!

AGRADECIMENTOA Direção do AEVVR vem por este meio agradecer aos seguintes fornecedores que gentilmente ofereceram os seus artigos para o magusto. A todos, o nosso bem-haja!

S. Martinho

Bianca Almeida (8ºA)

A LENDA

Diz a lenda que Martinho, nascido na Hungria em 316, era filho de um soldado romano. O seu nome foi-lhe dado em homenagem a Marte, deus da guerra e protetor dos soldados.

Num certo dia de novembro, muito frio e chu-voso, estando em França ao serviço do Impe-rador, ia Martinho no seu cavalo a caminho da cidade de Amiens quando, de repente, começou uma terrível tempestade. A certa altura, surgiu à beira da estrada um pobre homem a pedir es-mola. Como nada tivesse, Martinho, sem hesitar, pegou na espada e cortou a sua capa de soldado ao meio, dando uma das metades ao pobre para que este se protegesse do frio. Nessa altura, a chuva parou e o sol começou a brilhar, ficando, inexplicavelmente, um tempo quase de verão.

Terá sido uma visão de Jesus que o levou a dedicar-se à religião cristã. Faleceu a 8 de no-vembro de 397, em Tours.

S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma Basílica (sucessivamente destruída e reconstruída) em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas a uma enor-me fama de milagreiro, fizeram dele um dos san-tos mais queridos da população.

NO PRESENTE

Em Portugal, todos os anos, esperamos o ve-rão de S. Martinho. E a verdade é que S. Marti-nho raramente nos decepciona. Em sua home-nagem, comemoramos o dia 11 novembro com as primeiras castanhas do ano, acompanhadas de vinho novo. É o magusto, que faz parte das tradições do nosso país.

O facto de o seu dia coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassa-dos e com a altura do calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste santo tenha toda uma componente de exuberância que actu-almente tende a prevalecer.

O dia de S. Martinho é invocado nas cerimó-nias religiosas dos locais de culto dos antepas-sados e o seu espírito de solidariedade é lem-brado, quanto mais não seja, através do relato do episódio em que partilhou a sua capa com um pobre; mas de resto, e por todo o lado, as pes-soas andam ocupadas nas atividades menciona-das: assam-se castanhas, prova-se o vinho...

DanoneSabores de Ródão Beira sumosMaria do Rosário Cardoso & Filhos

Page 19: "Gente em Ação" nº64 - janeiro 2014

Gente em

AçãoE

-Mail: gente.vvr@

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1964 | janeiro | 2014

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada6030-221 Vila Velha de Ródão

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GRAFISMO E PAGINAçÃOProfessor Luis Costa

Professor Helder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associa-

ção de Pais e Encarregados de Educação, Comunidade Educativa

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NA INTERNET

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Desporto

Profª Nair Santos

Corta-mato escolar

No dia 15 de novembro realizou-se, no pavilhão gimnodesportivo da nossa escola, o Torneio Inter Turmas de Basquetebol 3x3.

As classificações das equipas a concurso foram as seguintes:

2º cicloEquipas Femininas:1ª Sara Rei – 6ºAno, Bárbara Carmona – 6ºAno e Georgiana Padure

6ºAno2ª Tânia Pinguelo- 6ºAno, Margarida Pina – 5ºAno e Ana Beatriz- 7ºAnoEquipas Masculinas:1º Henrique Barreto – 6ºAno, Bruno Canelas- 6ºAno e João Pires- 6ºAno2ºGonçalo Correia- 6ºAno, Bruno Pereira – 5ºAno, Fernando Mendes-

5ºAno e João Martins – 7ºAno3º João Gil- 6ºAno, João Palhares- 6ºAno, Denis Pop- 6ºAno e Gonçalo

Santos 6ºAno.

3º cicloEquipas Femininas:1ª Bruna Martins- 8ºAno, Maria Faustino- 7ºAno, Ana Carolina- 8ºAno e

Leonor Araújo- 5ºAno2ª Alina Gomes- 9ºAno, Carolina Cruz- 9ºAno, Jéssica Mourato- 9ºAno

e Tatiana Barata- 9ºAno3ª Ana Rita Pereira- 7ºAno, Bianca Almeida- 8ºAno, Margarida Diogo-

7ºAno e Ana Beatriz 7ºAno.Equipas Masculinas:1º Alexis Afonso- 9ºAno, André Ribeiro – 9ºAno, Rodrigo Pires- 8ºAno,

Edgar Belo- 8ºAno e João Pedro Diogo 7ºAno2º Rodrigo Barradas- 8ºAno, Rui Tavares- 8ºAno, Paulo Rodrigues-

8ºAno, Duarte Rodrigues- 8ºAno e Ricardo Pereira – 8ºAno.

Torneio de BasquetebolBianca Almeida (8ºA)

O corta-mato escolar decorreu durante a manhã do dia 13 de dezembro.Realizaram a prova 87 alunos de todos os anos de escolaridade (do 1º

ao 3º ciclos).Sendo uma das atividades do desporto escolar, pretendeu-se, com esta

prova, efetuar o apuramento dos melhores atletas para representarem a escola no corta-mato distrital, a realizar no mês de fevereiro, em Castelo Branco.

Aos três primeiros alunos de cada escalão foram entregues as respeti-vas medalhas:

Benjamins Masculinos:1º João Fernandes2º Rafael Gonçalves3º Dinis Carmona

Benjamins Femininos:1º Isaura Vicente2º Leonor Ribeiro3º Bárbara Levita

Infantis A Masculinos:1º Tomás Esteves2º Tomás Carrilho3º Ricardo Rodrigues

Infantis A Femininos:1º Leonor Araújo2º Patricia Afonso3º Soraia Cardoso

Infantis B Masculinos:1º Fernando Mendes2º Denis Pop3º Gonçalo Correia

Infantis B Femininos:1º Maria Faustino2º Tânia Pinguêlo3º Ana Rita Pereira

Iniciados Masculinos:1º Edgar Belo2º Rodrigo Barradas3º André Pina

Iniciadas Femininas:1º Bruna Martins2º Beatriz Cardoso3º Iolanda Tavares

Juvenis Masculinos:1º Rodrigo Carmona2º Rodrigo Pires

Juvenis Femininos:1º Alina Gomes2º Ana Encarnação Reportagem fotográfica completa.

Page 20: "Gente em Ação" nº64 - janeiro 2014

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Última Página

Festa de Natal

Alunos do 2º Ano Alunos do 2º Ano

Reportagem fotográfica da festa, almoço e ceia de Natal.

O Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão encerrou o primeiro período com a sua tradicional festa de Natal que se realizou na Casa de Artes, no dia 17 de dezembro.

A festa decorreu durante a manhã num ambiente de euforia por parte de todos os intervenientes: alunos, professores, pessoal auxiliar e en-carregados de educação.

Do programa constaram autos de Natal, canções natalícias e outras, dramatizações de textos e recitação de poesias. As actuações foram pro-tagonizadas pelos alunos, professo-res e também pelos pais e avós.No final, houve um almoço convívio onde não faltaram os doces tradi-cionais de Natal e a distribuição de prendas.

Foi uma festa em que esteve pre-sente o espírito de Natal, ou seja, a partilha, a solidariedade e o amor entre os homens (mensagem de Cristo).

A celebração do Natal surge em meados do século IV da nossa era, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do nascimento do Menino Jesus. A ex-plicação para a escolha desta data prende-se com o facto de esta coin-cidir com as festas saturnais dos romanos e com as festas célticas e germânicas do solstício do inverno. A igreja fez aproveitamento destas festas pagãs, cristianizando a data. Com S. Francisco de Assis, a par-tir de 1233, aparecem os primeiros presépios que reconstituem a cena do nascimento de Cristo. A árvore de Natal surge mais tarde, já no século XVI, sendo enfeitada com lu-zes (símbolo de Cristo, Luz do Mun-do). Os madeiros, que têm grande expressão nas nossas aldeias do interior e a troca de presentes que são dados pelo Menino Jesus ou pelo Pai Natal, dependendo da tra-dição dos países, são também tra-dições desta festa.

A celebração do Natal nos nossos dias é a festa da família, é uma épo-ca de harmonia e de paz.

O Natal

Colóquio / Debate

Violência no Contexto Escolar

De que falamos quando falamos de violência no contexto escolar?De que forma o ambiente e a vivência escolar espelha os valores e a cultura social, como promove o crescimento e o sentido crítico, funda-mentais a um ser humano integro e de que forma vai ao encontro das novas demandas que o tempo actual coloca a todos?Qual é o nosso papel enquanto educadores? Quais os cuidados que prestamos, de que forma o fazemos e não menos importante, quais as dificuldades que enfrentamos e como vemos realizadas as nossas necessidades, enquanto pessoas e enquanto profissionais.Propõe-se um encontro de reflexão e partilha, destacando alguns dos elementos chave, cruciais na análise das ideias e das práticas educati-vas e do desenvolvimento pessoal.

15 de janeiro | 16:00 horasBiblioteca Municipal josé Batista Martins

com Teresa Ribeiro

Momentos da festa na Casa de Artes, com destaque para a notícia (dada em primeira mão) que os nossos alunos venceram o concurso do projeto “Na-morar com Fair Play”