"Gente em Ação" nº60 - Junho 2012

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Diário de Bordo Mais um ano letivo que termina. E que (como sempre?) parece ter passado tão depressa! Há um ano, no “Diário de Bordo” do Gente em Ação nº57, referíamos a necessidade de apostar na “qualidade do ensino básico” como garante do fu- turo das nossas crianças e jovens. Referíamos, igualmente, que essa qualidade só pode ser obtida através da exigência. Passado entretanto um ano letivo, o balanço das atividades desenvolvidas no Agrupamento é francamente positivo, como se pode verificar folheando o nosso jornal, bem como (re) lendo as notícias que foram sendo publicadas na página do Agrupamento no Facebook e na nossa página do jornal “O Concelho de Vila Velha de Ródão”: Merece destaque o fantás- tico trabalho dos nossos “Jovens Repórteres para o Ambien- te”, que venceram 3 das 4 “reportagens do mês” a concurso. Por outro lado, o desenvolvimento do projeto “A Minha Escola é um Jardim”, premiado pela fundação EDP, que nos permite disponibilizar aos alunos com Necessidades Educativas Es- peciais e aos alunos do ensino regular que se inscrevem no clube, uma experiência e formação que pode muito bem vir a tornar-se fundamental para o seu futuro. Aspeto menos positivo a salientar neste final de ano é o insucesso académico verificado em algumas turmas. Acredi- tamos que em setembro os alunos que ficaram retidos regres- sarão à escola com uma atitude diferente. Na grande maioria dos casos, o insucesso fica a dever-se à falta de empenho e de estudo. Mais uma vez, solicitamos a colaboração dos pais e encarregados de educação para ajudarem os nossos jovens e crianças a aproveitarem da melhor forma a formação que lhes é ministrada, essencial para o prosseguimento de estu- dos ou para o ingresso no mercado de trabalho. O próximo ano letivo irá iniciar-se com muitas novidades: aguarda-se a publicação do novo estatuto do aluno e a nova estrutura curricular, que será substancialmente diferente, re- duzindo a carga letiva do 5º ao 9º anos. Continuaremos a apostar na qualidade do ensino ministrado no nosso Agrupa- mento, pelo que continuaremos a exigir aos nossos alunos que consigam atingir e, de preferência, superar os objetivos que lhes são traçados anualmente. Como referimos há um ano, os alunos que aqui estudaram têm conseguido obter su- cesso assinalável no ensino secundário e superior. Isso só se consegue com um ensino baseado no rigor e na exigência, que queremos implementar definitivamente no nosso Agrupa- mento com a colaboração de TODOS. Boas férias! A Direção Arraial Popular no Dia do Agrupamento ANO TERMINA EM FESTA! Pág. 20 Pais gostam da escola Viagem de Moral Pág. 9 Pág. 6 60 | Junho 2012 Distribuição gratuita

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão - nº60 - Junho 2012

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Diário de BordoMais um ano letivo que termina. E que (como sempre?)

parece ter passado tão depressa! Há um ano, no “Diário de Bordo” do Gente em Ação nº57, referíamos a necessidade de apostar na “qualidade do ensino básico” como garante do fu-turo das nossas crianças e jovens. Referíamos, igualmente, que essa qualidade só pode ser obtida através da exigência. Passado entretanto um ano letivo, o balanço das atividades desenvolvidas no Agrupamento é francamente positivo, como se pode verificar folheando o nosso jornal, bem como (re)lendo as notícias que foram sendo publicadas na página do Agrupamento no Facebook e na nossa página do jornal “O Concelho de Vila Velha de Ródão”: Merece destaque o fantás-tico trabalho dos nossos “Jovens Repórteres para o Ambien-te”, que venceram 3 das 4 “reportagens do mês” a concurso. Por outro lado, o desenvolvimento do projeto “A Minha Escola é um Jardim”, premiado pela fundação EDP, que nos permite disponibilizar aos alunos com Necessidades Educativas Es-peciais e aos alunos do ensino regular que se inscrevem no clube, uma experiência e formação que pode muito bem vir a tornar-se fundamental para o seu futuro.

Aspeto menos positivo a salientar neste final de ano é o insucesso académico verificado em algumas turmas. Acredi-tamos que em setembro os alunos que ficaram retidos regres-sarão à escola com uma atitude diferente. Na grande maioria dos casos, o insucesso fica a dever-se à falta de empenho e de estudo. Mais uma vez, solicitamos a colaboração dos pais e encarregados de educação para ajudarem os nossos jovens e crianças a aproveitarem da melhor forma a formação que lhes é ministrada, essencial para o prosseguimento de estu-dos ou para o ingresso no mercado de trabalho.

O próximo ano letivo irá iniciar-se com muitas novidades: aguarda-se a publicação do novo estatuto do aluno e a nova estrutura curricular, que será substancialmente diferente, re-duzindo a carga letiva do 5º ao 9º anos. Continuaremos a apostar na qualidade do ensino ministrado no nosso Agrupa-mento, pelo que continuaremos a exigir aos nossos alunos que consigam atingir e, de preferência, superar os objetivos que lhes são traçados anualmente. Como referimos há um ano, os alunos que aqui estudaram têm conseguido obter su-cesso assinalável no ensino secundário e superior. Isso só se consegue com um ensino baseado no rigor e na exigência, que queremos implementar definitivamente no nosso Agrupa-mento com a colaboração de TODOS.

Boas férias!

A Direção

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Arraial Popular no Dia do AgrupamentoANO TERMINA EM FESTA!

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Pais gostam da escola Viagem de MoralPág. 9 Pág. 6

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O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Fomos entrevistar António Carmona, empresário.

Quando é que frequen-tou a escola em Vila Velha de Ródão?

Eu entrei para a escola em Vila Velha, no ciclo anti-go, na altura do 25 de abril, portanto foi em 1974 / 1975. Já são muitos anos… mui-tos anos…

Era bom aluno?Razoável, não era um

aluno brilhante, mas era ra-zoável. Era um bocadinho calão!

O que é que achava da escola?

Considero que tínhamos bons professores, como penso que agora também. A escola antiga não tinha as condições da atual mas, na altura, o facto de existir uma escola com o 2º Ciclo em Vila Velha era muito im-portante, porque senão tí-nhamos que ir para Castelo Branco dois anos mais cedo e o transporte era às 6.20 horas da manhã.

Qual era a sua disciplina preferida?

Português, ainda hoje é.

Lembra-se de algum professor ou professora que o tenha marcado es-

pecialmente?Lembro-me de vários pro-

fessores. Uma professora que me marcou especial-mente foi a D. Maria Pinto Cardoso … mas lembro-me de vários professores, al-guns ainda os vejo regular-mente.

Acha que esta escola contribuiu para o seu su-cesso? De que forma?

A escola contribui sempre para o sucesso, prepara-nos para a vida. Eu acho é que, quando somos jovens, deveríamos saber mais coi-sas… mas isso não é pos-sível! Se, quando somos jovens, soubéssemos o que sabemos agora, talvez a escola e os professores fos-sem encarados de outra for-ma e fossem mais valoriza-dos. Porque, quando somos novos, quando andamos na escola, normalmente existe a revolta, está sempre tudo errado. Portanto, a escola deve ser aproveitada, por-que ajuda sempre muito no futuro, é essencial… a for-mação é essencial!

Recorda-se de algum episódio que se tenha passado e do qual guarde uma recordação especial?

Recordo-me de uma des-pedida de final de ano, no 6º ano, que foi muito emo-cionante. No ano seguinte, íamos para Castelo Branco e era uma mudança grande. Foi uma altura emocionante para nós todos, para mim também foi especialmente.

Quais as diferenças que sentiu ao mudar desta es-cola para o ensino secun-dário?

Para já, era uma escola muito maior. Penso que foi a dimensão da escola que mais me surpreendeu. Eu fui para o liceu, para Castelo Branco (hoje Escola Secun-dária Nuno Álvares)… Os alunos daqui iam bem pre-parados, ainda hoje penso que isso se passa, normal-mente iam bem preparados e fazia-se logo a seleção: uns iam para o liceu, outros iam para a escola (Escola Secundária Amato Lusita-no).

Além disso, lá havia mui-to mais miúdas… e isso era agradável também, era mui-to agradável…

Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional.

Eu não aproveitei a esco-la como devia e estou muito arrependido. Penso que po-deria ter feito mais alguma coisa e que isso teria sido muito importante para mim.

Em relação ao meu per-curso profissional, quando deixei de estudar, comecei a trabalhar nesta empre-sa (Presuntos Rodrigues) e tenho canalizado o meu esforço para que esta tenha sucesso. Até agora, tem corrido tudo bem, espere-mos que continue assim, apesar do contexto difícil

Laura Vicente, Mariana Semanedo (8ºA)

António Carmona Mendes

que estamos a viver.

O que o levou a investir e a querer ficar em Vila Ve-lha de Ródão ?

Sou um bocado suspei-to para responder a essa pergunta! Eu gosto muito de Vila Velha, não moro cá, porque me “obrigaram” a ir morar para Castelo Branco. Mas enfim... são opções que se têm de tomar quan-do se casa e aceitar. Mas eu gosto muito de Vila Velha e venho para cá trabalhar to-dos os dias, esta é a minha terra.

Quando ao facto de que-rer continuar a investir em Vila Velha, podíamos inves-tir noutro lado qualquer até com outro retorno, mas esta empresa (Presuntos Rodri-gues) abriu em 1925 e nós continuamos a investir aqui com muito gosto.

Que opinião tem da nos-sa escola hoje em dia ?

Eu não conheço muito bem a escola, mas a opinião que tenho é bastante positi-va. Eu também pertenço ao Concelho Municipal de Edu-cação e, por aquilo que me é dado conhecer, sei que a escola tem um corpo docen-te estável e que funciona bem.

Mas vocês, os alunos, é que têm também de ajudar os professores a fazer a es-cola, nao se esqueçam dis-so!

Costuma ler o nosso jor-nal e conhece a nossa pá-gina no Facebook?

Eu não tenho Facebook e não conheço a vossa pági-na. Costumo ler o vosso o jornal.

Que mensagens ou su-jestões gostaria de deixar aos nossos leitores?

Quero apenas dizer, por-que também sou autarca, para continuarem a acre-ditar em Vila Velha e na nossa juventude, porque somos cada vez menos, in-felizmente. Mas, felizmente, temos cada vez mais gente com formação académica que, no entanto, tem de sair daqui para arranjar empre-gos melhores.

Portanto, a mensagem que quero deixar é a seguin-te: os jovens têm de continu-ar a acreditar em Vila Velha e devem procurar participar ativamente na vida cívica. Não podemos deixar que os outros decidam por nós, temos de estar presentes nos momentos de ajudar a decidir.

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (6)Entrevista (1)

Bilhete de IdentidadeNome: António Carmona MendesData de nascimento: 20 de novembro de 1963Frequentou a escola de VVR: De 1974 a 1976Média de conclusão do 6º Ano: 12,6 (de 0 a 20)Profissão: Empresário

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Notícias | Talentos

No dia 22 de maio, a nossa escola contou com a presença dos Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Ródão para realizar um si-mulacro.

A situação que foi simulada foi um incên-dio na sala de Educação Visual e Tecno-lógica e alguns alunos fizeram o papel de vítimas. Este simulacro foi uma ótima expe-riência, pois preparou-nos para sabermos o que fazer no caso de poder ocorrer, eventu-almente, uma situação como esta.

No final, os alunos colocaram algumas questões ao comandante, que nos respon-deu, esclarecendo as nossas dúvidas.

Ana Nunes (9ºA) Ivo Patrício (8ºA)No dia 22 de maio, o nosso Agrupamento foi

sujeito a um simulacro, como já havia aconte-cido em anos anteriores.

Foi simulado um incêndio na sala de Edu-cação Visual, com uma “vítima” caída nas es-cadas de acesso à sala. O aparato começou no último tempo de aulas, com o toque da campainha. Todos os alunos, docentes e não docentes responderam positivamente ao exer-cício, tal como os bombeiros. Apesar de um contratempo na entrada de uma ambulância no nosso recinto escolar, tudo correu bem, os bombeiros socorreram a “vítima” e salvaram o dia.

No final do exercício, os alunos tiveram opor-tunidade de ouvir uma explicação sobre o tra-balho dos bombeiros.

Primavera de AbrilProfessor José Batista

Pelo terceiro ano consecutivo, o Departamento de Línguas organizou um concurso de poesia, denominado “Primavera de Abril“, para que este mo-mento revolucionário, que marcou indelevelmente a história recente do nos-so país e nos devolveu a liberdade, permaneça vivo, pela palavra poética, na nossa memória. Os docentes de Língua Portuguesa e do 1º Ciclo, após uma curta explanação sobre a Revolução de Abril, motivaram os alunos para a elaboração de pequenos poemas alusivos ao acontecimento, que posteriormente reformularam e corrigiram. Participaram 44 alunos e os seus trabalhos foram afixados no salão polivalente, tendo a grande maioria da comunidade educativa votado no dia estipulado para o efeito. Foram vence-dores os seguintes alunos:

1ºCiclo: “25 de abril“ de Leonor Araújo/Ânia Milhinhos (3º ano)2º Ciclo: “ O 25 de abril “ de Rodrigo Barradas, Jéssica Moreira e Mariana

Marques (6ºA)3º Ciclo: “25 de abril “ de Tatiana Barata (7ºA)Os objetivos da atividade foram sensibilizar para a abordagem do texto

poético; aplicar competências já adquiridas; desenvolver a criatividade e a participação e conhecer um marco histórico fundamental.

Foram atribuídos prémios ao primeiro classificado de cada Ciclo, du-rante as atividades do dia do Agrupamento, como estímulo à criatividade literária.

Felicitam-se todos os participantes e também aqueles que, não tendo sido premiados, apresentaram textos de qualidade, de acordo com o seu nível etário e intelectual. Esta atividade contou com a colaboração de al-guns alunos do 7º ano de escolaridade, que afixaram os textos e constitu-íram a mesa de voto.

Com a finalidade de dar mais seriedade e qualidade ao evento, no pró-ximo ano letivo, constituir-se-á um júri de docentes de Língua Portuguesa dos três Ciclos, que também votará e cujo peso na classificação final será decidido pela organização.

25 de abril (1º Ciclo)

O 25 de abrilFoi uma grande revolução,Toda a gente saiu de casaCom um cravo no coração.

Com a espingarda ao ombroMunidos de canhões,Assim iam os soldadosE alguns camiões.

Com esta revoluçãoA ditadura acabou,E a liberdadeAo povo voltou.

Foi grande esta manifestaçãoAos capitães a devemos,Eles expulsaram os elementosDo antigo governo.

Conseguimos a liberdadePara todos nós:Ver, ouvir, falar, conviver à vontade…Ganhar nova voz.

O 25 de abril (2º Ciclo)

Em 1974 houve Uma grande revolução,Com ela veio A liberdade de expressão.

Todos prometiamLiberdade e união,O vermelho a destacarOs cravos no coração.

A revolução dos cravosAconteceu naquele dia,Cravos a ser disparados Com tanta alegria!

O povo sorriaCheio de emoção,Quando isto aconteceuInventou uma canção.

O pensamento das pessoasEra que a revolução ia acabar.Acabou finalmenteSem a união terminar.

25 de abril (3º Ciclo)

Com o 25 de abrilA liberdade chegou.Tudo mudouNeste dia tão especial!

Com a liberdade de expressãoA luta não foi em vão.Nesta revoluçãoTudo ficou no coração.

O cravo vermelhoSimboliza a liberdade,Quando isto sucedeuRevelou-se toda a verdade.

Placard com os poemas do Concurso

CONCURSO DE POESIA

Simulacro na Escola

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Luís Costa

Entrevista (2)

DIRETOR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS

Bilhete de IdentidadeNome: Luís CostaData de nascimento: 30 de maio de 1971Idade: 41 anosAltura: 1,92 metros

Ivo Patrício, Liliana Vilela (8ºA)

Onde vive?Em Castelo Branco.

Tem filhos?Tenho 2 filhos.

Como se chamam? O mais velho, que tem 9 anos, chama-se Diogo, e o mais novo, tem 4 e chama-se João Tomás.

O que gosta de fazer nos seus tempos livres?

Se me perguntares qual é a atividade em que gasto mais tempo, provavelmente é a jo-gar jogos de consola, mas também gosto muito de fazer outras coisas. Gosto bastan-te de ir para o parque com os meus filhos. Gosto muito de ir ao cinema e de ler banda de-senhada. Passo muito tempo na Internet, e gosto de ir ao Fa-cebook. Também gosto muito de ouvir música. Normalmente estou sempre a ouvir música, mesmo quando estou a traba-lhar. Gosto de viajar e de co-nhecer novos países...

Que tipo de jogos gosta de jogar?

Eu gosto de vários tipos de jogos. Atualmente, os dois jo-gos que tenho passado mais tempo a jogar na PS3 são o FIFA 2011 e o Gran Turismo 5. Portanto, futebol e automóveis.

Quando é que começou a jogar?

Na década de 80, quando eu tinha mais ou menos a idade que vocês têm agora, foi quan-do surgiu o primeiro computa-dor que já dava para fazer uns joguitos engraçados chamado ZX Spectrum. Era uma máqui-na muito básica, quando com-parada com os computadores atuais. Eu lembro-me que a primeira vez que joguei nesse computador andava no 9º ano e, desde essa altura, nunca mais parei de jogar. Fui acom-panhando a evolução dos computadores pessoais e dos jogos, primeiro em várias ver-sões do Spectrum; depois pas-sei para o Commodore Amiga, que era uma máquina de jogos

interessante. No final do curso superior, quando comecei a tra-balhar, parei um bocado, por-que tive de mudar para o PC. Precisava dele para trabalhar e os jogos do PC não me agrada-vam. Assim, a partir dessa altu-ra comecei a perder o interesse pelos jogos e a jogar menos, até aparecer a Internet (por vol-ta de 1998). Depois comprei um computador melhor e comecei outra vez a jogar jogos no PC mais a sério. Entretanto conso-las nunca tinha comprado ne-nhuma, mas jogava na casa de amigos meus, sobretudo jogos de ação tipo Sonic ou o Super Mario, por exemplo e jogos de desporto. Comprei a primeira consola (uma PSP) por causa dos meus filhos. Quando o Dio-go começou a ter idade de jogar ganhei outra vez o vicio e agora é o que vocês sabem… Há lá em casa 3 consolas diferentes (PSP, PS3 e Nintendo 3DS).

Quando andava na escola (primaria, básica e secunda-ria) era bom aluno?

Sim, pode-se dizer que sim. Não era um aluno excecional, mas tinha boas notas, nunca tive uma negativa nos finais de período durante o meu percurso escolar. No secundário, a minha média andava entre o 15 e o 16. A média de entrada no [ensino] superior foi de 77%, portanto não era uma média muito ele-vada. O meu desempenho não era propriamente igual em to-das as disciplinas, sempre tive algumas de que gostava mais e sempre tive melhores notas na área das línguas, sobretudo até ao 9º ano. A partir do secundá-rio, fui para um curso de Huma-nidades mas, apesar de gostar mais de letras, também gostava de matemática, porque acha-va a Matemática importante no nosso dia-a-dia, ainda hoje acho isso. O mais importante é que vocês tentem aproveitar aquilo que é importante para o vosso futuro. Ser bom aluno, acho que também passa um bocado por tentar adquirir co-nhecimentos que depois sejam úteis na vossa vida profissional

e pessoal.

Qual era a sua disciplina preferida?

A minha disciplina preferida sempre foi o Inglês, sobretudo a partir do 7º ano. Também gosta-va de Português e Francês. En-tretanto, no secundário, fui para Alemão e também comecei a gostar muito desta língua, que continuei a estudar no superior. Entre o Português e as línguas estrangeiras, sempre gostei mais das línguas estrangeiras.

Que curso é que tirou?Tirei Licenciatura em Línguas

e Literaturas Modernas, va-riante de estudos Ingleses e Alemães, e encontro-me neste momento a acabar um mestra-do em Administração e Gestão Educacional.

Que universidade frequen-tou?

Na licenciatura, frequentei a Universidade Nova de Lisboa, que é uma Universidade que eu recomendo, pois tem bastantes qualidades, tanto a nível do cor-po docente como da prepara-ção que fornecem aos alunos.

Atualmente, estou a tirar o mestrado na Universidade Aberta, também em Lisboa, mas a parte curricular fi-la toda através da Internet, em sistema de E-learning. Foi uma experi-ência completamente diferente, porque estou a trabalhar e, ao mesmo tempo, a tirar o mestra-do, o que é mesmo muito difícil. Neste momento, estou a aca-bar, mas gostei mesmo muito de conhecer esta experiência e esta nova metodologia de ensi-no à distância.

Gosta de dar aulas em Vila Velha de Ródão?

Gosto muito! Até hoje, foi a escola onde eu mais gostei de estar. Também conheço poucas escolas… Desde que comecei a trabalhar, fiz o estágio em Rio de Mouro, no concelho de Sin-tra, depois fiquei na Secundária de Alcains, a seguir estive 7 anos em Idanha e agora estou aqui desde 2002. Também é a escola onde estive mais tempo e, neste momento, é a minha segunda casa, não só pelas funções que desempenho mas porque, de facto, logo desde o primeiro ano que gostei muito da escola – tanto dos alunos, como dos funcionários e dos

colegas. Sente-se um clima diferente das outras escolas, é como uma família.

Houve alguns momentos di-vertidos que o tivessem mar-cado na sua carreira?

Houve. Lembro-me de uma viagem de finalistas, que fiz logo no primeiro ano, com a minha primeira direção de tur-ma que foi mesmo muito fixe. Divertimo-nos imenso, fomos para a Praia de Almograve, ficá-mos na Pousada da Juventude, e foi muito bom. Uma das coi-sas de que neste momento eu sinto falta é de dar aulas. Para o próximo ano, tenho o desejo de ter uma turma, porque já sin-to falta do contacto mais direto com os alunos e é com estes que se passam os momentos engraçados.

Houve alguma turma que o

tenha marcado especialmen-te?

A turma que eu mais recordo talvez seja a minha primeira direção de turma, por ter sido a minha primeira turma nesta escola. Depois, fui com eles na viagem de finalistas… Foi um ano em que a minha vida mu-dou muito e em que nasceu o meu filho mais velho. Mas re-cordo todos os alunos que tive, com bastante saudade até.

O que é que o levou a can-didatar-se a Diretor do Agru-pamento?

Olha, se me disseses há 15 anos que eu ia ser diretor de um Agrupamento, eu se calhar dizia-te “Ah, tu estás maluca!”, porque nunca foi uma coisa que eu desejasse. De facto, o que sempre quis foi ser professor. Quando vim para Vila Velha, as coisas foram acontecendo com naturalidade. Uns anos depois de ter vindo para cá, o professor Paulo convidou-me para integrar a equipa do Con-selho Executivo e eu confesso que não estava à espera. Mas aceitei, porque não sendo pro-priamente um objetivo que eu tivesse, também não era uma experiência que me desagra-dasse. Na altura, eu não deixei de dar aulas, tinha só uma re-

dução de algumas horas e con-tinuava a ter as minhas turmas, e gostei muito da experiência de estar na Direção, de traba-lhar com o professor Paulo e com os restantes elementos da equipa. Depois, as coisas foram-se desenrolando com naturalidade. Quando o modelo de gestão se alterou, continuei sempre a fazer parte das equi-pas do professor Paulo, até que depois (como vocês se devem lembrar), o professor Paulo quis sair, porque concorreu para Di-retor do Centro de Formação. Na altura, eu já era o Subdire-tor e então decidi concorrer, até para dar continuidade aos pro-jetos que já tinhamos iniciado. Hoje em dia, como vos disse, gosto bastante de estar na di-reção da escola, mas já estou com bastantes saudades de ter as minhas turmas…

Está a gostar de desempe-nhar o cargo de Diretor?

Sobretudo, gosto de pensar que estou a contribuir para que a escola funcione bem, para que vocês saiam daqui bem formados e que tenham as con-dições para continuar a vossa vida, ou no mercado de traba-lho ou prosseguindo os estudos e sinto que, ao ser diretor pos-so contribuir para isso, que é o que me dá ânimo e força para trabalhar.

Que opinião tem do desem-penho escolar dos alunos, tanto a nível de aproveita-mento como de comporta-mento, neste ano letivo?

Pelo balanço que nós temos feito da avaliação, acho que o aproveitamento podia ser fran-camente melhor. Acho que não é só aqui, mas globalmente, o aproveitamento dos alunos do Ensino Básico tem vindo a pio-rar nos últimos anos, o que é preocupante. Porque a situação do país e da Europa está com-plicada, fala-se muito da crise, e se vocês não tiverem a pre-ocupação de saírem da escola com uma formação sólida, a situação ainda poderá tornar-se

Continua na pág. seguinte

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560 | junho | 2012

Entrevista (3)

Hélia Correia

Em quem pensou para escrever a “Twainy…”?

Pensei só no nome. Twainy foi o nome que um priminho meu me chamou quan-do me conheceu, querendo ele dizer «tia». A partir daí, pensei que algum dia escreveria sobre uma personagem cha-mada Twainy. E claro que Twainy teria de ser uma fada!

Como inventou esta personagem?A Twainy apareceu-me no seu aspe-

to físico quando encontrei uma fadinha feita de pau. A partir daí, soube que a Twainy seria uma fada que estava a passar por uma fase de madeira. Algum grande problema teria acontecido para dar origem a isso…

Quanto tempo demorou a escrever esta história?

Comecei a escrever a história em In-glaterra, na velha cidade de Oxford, na primavera, durante três dias. Depois es-

crevi o resto, não sei em quanto tempo, talvez uma semana. Não dou atenção ao tempo.

Pensa escrever mais histórias com a Twainy?

Sim, a Twainy iria ficar muito aborreci-da se eu não escrevesse mais aventuras em que ela é a protagonista. Talvez este verão escreva a segunda.

Por que razão é que o coelho é gago?

Os coelhos estão a franzir a boca e o nariz constantemente, não estão? Ima-ginem que formam frases entretanto. As frases têm de sair aos bocados, não é? Então, os coelhos gaguejam!

Que história gostou mais de escre-ver até hoje?

Gosto de todas as histórias e não gos-to de nenhuma ou de quase nenhuma em especial. É sempre igual e é sempre

por exemplo, era uma gatinha branca. As outras personagens também tinham de ser animais. E, quando eu lia contos infantis, também imaginava como se-riam se pertencessem ao mundo dos gatos. As únicas personagens que es-capavam à modificação eram as fadas. Eu conhecia uma fada de carne e osso, por isso acreditava que elas existiam e que tinham as asas escondidas.

Qual foi o livro que mais a marcou quando era criança?

Não tive um livro especial, a não ser «A Princesinha» de Francis Burnett – que é a história de uma menina que vive e sobrevive pela imaginação. É antiga, mas muito bonita. E passa-se em Inglaterra, país de que gosto muito.

diferente. Mas gostei muito de escrever a Twainy.

Quando começou a escrever?Comecei a escrever aos quatro anos,

mas cansava-me muito depressa, partia o bico ao lápis, porque fazia muita força; os meus pais é que acabavam de escre-ver as histórias, comigo a ditar.

De que história gostou mais na sua infância?

Li muito, muito, na minha infância. E também obrigava a minha mãe a contar-me histórias para que eu comesse. E eu recusava qualquer história onde não houvesse gatos. Então, a minha mãe ti-nha de transformar as histórias todas em histórias de gatos. A Branca de Neve,

Turmas do 5ºA e 6ºA

No dia 19 de abril, à tarde, os alunos do segundo ciclo foram à Biblioteca Municipal para receber a escritora Hélia Correia que veio apresentar o seu mais recente livro A chegada de Twainy.

Os alunos começaram por apreciar as ilustrações que Rachel Caiano fez para este livro que estavam em exposição no átrio da biblioteca, bem como outras que tinham sido elaboradas pelos alunos para homenagear a escritora.

De seguida, o encontro com Hélia Correia decorreu da melhor forma. A escritora começou por se apresentar e iniciou uma agradável conversa onde foi misturando momentos da sua vida com episódios de A chegada de Twainy. À medida que foi narrando, quer aventu-ras passadas, quer as de Twainy, a plateia atenta foi percebendo que a escritora e essa pequena fada lilás (Twainy) se confundem pelos defeitos e qualidades semelhantes.

A escritora, para além da simpatia, deixou a men-sagem de que a escrita, às vezes, simplesmente acontece, porque “sai ” dos momentos vividos.

No final, houve um momento para perguntas dos alunos à escritora que a todos respondeu de forma simples e agradável. Feitos os agradecimentos, pas-sou-se às despedidas, aos autógrafos e ao regresso à escola. No ar, ficou a pergunta: “Quando virá uma nova aventura de Twainy?”

A chegada de Twainy… a Vila Velha de RódãoTurma do 6ºA

No passado dia 19 de abril, veio à Biblioteca Municipal a escritora Hé-lia Correia fazer a apresentação do seu mais recente livro: A chegada de Twainy.

Os alunos das turmas do 5º e do 6ºano fizeram uma primeira leitura da história da pequena fada, nas aulas de Língua Portuguesa, para conhecerem a história e de modo a colocarem algumas perguntas à autora.

Em jeito de homenagem, os alunos receberam a escritora com uma “mesa” de pequenas Twainy’s que fizeram a magia de desenhar sor-risos intermináveis no seu rosto ao longo das quase duas horas de agradável conversa.

Aqui ficam algumas das perguntas feitas pelos alunos … algumas a propósito do livro A chegada de Twainy, outras fruto da simples curio-sidade.

ESCRITORA

Exposição dos trabalhos dos alunos na BMJBM

pior. O que eu acho é que vocês não se apercebem do que implica não sair da escola bem preparados. Acho que muitas vezes levam a escola demasiado a brincar e, mais cedo ou mais tarde, acabam por se arrepender e depois (às vezes) já é tarde.

A nível do comportamento, infelizmente também têm acontecido algumas situações de mau com-portamento que nem são muito normais na nossa escola. Nós temos vindo a tentar melhorar, com a colaboração de toda a comunidade escolar: pro-fessores, funcionários e obviamente com vocês, os alunos. Têm acontecido algumas situações menos agradáveis, não tanto ao nível da indisciplina, mas sobretudo do que se pode chamar de vandalismo, ou seja, de alguns bens materiais que têm aparecido estragados propositadamente, e nós temos todos de fazer um esforço para que isso não volte a aconte-cer.

Desde já muito obrigado pela sua disponibilida-de, e PARABÉNS [a entrevista foi realizada no dia 30 de maio...] Sr. Diretor!

Eu é que vos agradeço este momento!

Continuação da pág. anteriorEntrevista: Luís Costa

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Atividades | Projetos

Nos dias 25 e 26 de maio realizou-se

a habitual viagem de Educação Religio-

sa Moral a Espanha, mais precisamen-

te à localidade de La Alberca e à Serra

da Penha de França.

A viagem de autocarro foi longa,

mas bastante animada. Parámos para

almoçar num local cheio de árvores e

muito agradável; no final do almoço, se-

guimos até ao nosso destino. Quando

chegámos a La Alberca, instalámo-nos

nas nossas casas (villas) e demos uma

volta pelo hotel para conhecermos me-

lhor o sítio onde íamos ficar. Depois,

Ana Nunes (9ºA)

fomos dar uma volta por La Alberca e

fizemos algumas compras. Como já es-

tava perto da hora de jantar, dirigimo-

nos novamente ao hotel para tomarmos

banho e jantar. Assim que terminámos,

estivemos a conviver um pouco e a

apreciar o magnífico local onde nos en-

contrávamos.

No dia seguinte, arrumámos as nos-

sas coisas, colocámo-las no autocarro

e tomámos o pequeno-almoço. A esta-

da foi ótima, mas estava na hora de par-

tir e fomos até à Senhora da Penha de

França, que era no cume de uma mon-

tanha, a qual subimos, em parte, a pé.

De seguida, fomos até Cidade Rodrigo

onde almoçámos e visitámos uma ca-

tedral. A nossa passagem por Espanha

estava terminada e era hora de regres-

sarmos a Portugal.

Parámos ainda na Guarda para visi-

tarmos a Sé Catedral. Chegámos a Vila

Velha de Ródão por volta das 18 horas.

Foi uma visita espetacular e inesque-

cível. Arrisco-me mesmo a dizer que foi

a melhor viagem de Moral de sempre!

A visita de Moral foi muito divertida!O hotel onde ficámos era lindo e as

casas eram fixes, porque se abriam com um cartão e a luz também só se acendia com o cartão, os quartos eram grandes e algumas camas tinham uma colcha bordada, muito valiosa. O hotel tinha boa comida, o doce era muito bom!

Também fomos ver um monte onde estava uma torre que parecia um fa-rol. Havia lá também um poço onde se punham moedas e pedíamos um desejo. Havia lá também um curral onde antigamente se punham as ca-bras e ainda vimos cabras selvagens.

A vinda para cá foi boa, mas vinha mortinho de sono.

Daniel Mendes (8ºA)

Professor Jorge GouveiaPodíamos começar por falar da Peña

de Francia ou de La Alberca, os dois principais destinos da visita de estudo de EMRC, realizada nos dias 25 e 26 de maio, mas deixemos estes locais para o final, porque o que de verdade estimu-lou os organizadores desta iniciativa foi o propiciar aos alunos o contacto com outras realidades extraescolares e pro-mover um convívio que, há mais de 20 anos consecutivos, o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão realiza e que envolve alunos inscritos na disci-plina de EMRC, os professores, funcio-nários e pais, numa procura do reforço dos laços entre os elementos da comu-nidade educativa, envolvendo-a ainda mais e tornando-a mais solidária com os princípios estruturantes da escola.

No dia 25 partimos em direção a Castilha-Leon tendo como destino La Alberca, em pleno parque natural Las Batuecas, um espaço muito belo e com

grandes semelhanças com a região de Ródão, tanto na sua morfologia, como na diversidade biológica. Apesar desta aparente similitude, fica-nos a ideia de que nós, os portugueses, temos muito a aprender com os nossos vizinhos espa-nhóis e com a capacidade extraordinária que evidenciam para potenciar, em ma-téria turística e de desenvolvimento rural, as condições do território, valorizando os produtos locais, apresentando capacida-de hoteleira variada e de qualidade, cati-vando para os sítios de interesse turistas que, aos milhares, percorrem as dezenas de percursos pedestres existentes e que no final encontram locais aprazíveis onde compram os “recuerdos” e consomem as tapas, alimentando a economia local e promovendo a fixação das populações.

Ficámos alojados no Hotel Abadia de los Templários, uma surpresa agra-dável pela qualidade das instalações e pela simpatia do acolhimento, nem

A Grande Viagem

Visita de Estudo a Espanha

sempre comum para grupos escolares que, muitas vezes, esperam que seja problemático. Os alunos ficaram de tal forma surpreendidos pela qualidade do espaço e pelo atendimento posto à sua disposição que se sentiram ainda mais responsáveis procurando estar à altura e mostrando saber estar nos espaços que frequentaram e partilhavam com os restantes hóspedes. Uma vez mais, esta atividade proporcionada aos nos-sos alunos constituiu uma importante etapa na sua formação, visto terem po-dido usufruir de experiências novas que servem de aprendizagem e preparação para os desafios que os esperam ao lon-go da vida.

Voltando a La Alberca, o pueblo que Franco transformou na localidade mo-delo da arquitetura rural da Espanha, constatámos que esta se apresenta muito bem conservada, habitada por uma população significativa e com a

vida que gostaríamos de encontrar nas nossas aldeias. Foi agradável passear pelas suas vielas, descobrir recantos, ex-plorar em grupo a Plaza Mayor e guardar na memória este local e as cumplicida-des vividas com os nossos amigos. En-tretanto, chegava a noite, especialmente aguardada, pois havia planos e cumpli-cidades destinadas a passar o tempo, evitando dormir. Esta medalha tem o seu reverso e, no dia seguinte, os planos que previam a subida de autocarro até à Peña de Francia viram-se alterados, porque os professores quiseram que uma parte sig-nificativa dessa subida fosse feita a pé, numa quase peregrinação que esmore-ceu a energia dos mais valentes. Enfim, são estas brincadeiras que não deixam marcas físicas, mas que ficam para sem-pre guardadas na memória como mais um convívio que valeu a pena e que se espera, ansiosamente, se repita no ano seguinte.

Visita de MoralPOR TERRAS DE ESPANHA

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760 | junho | 2012

Acampamento de alunos de EMRC (re)uniu em Vila Velha de Ródão cerca de 140 jovens e famílias

Nos dias 9 e 10 de junho realizou-se um acampamento temático pro-movido pela disciplina de EMRC, o qual juntou em Vila Velha de Ródão cerca de 140 alunos provenientes de cinco escolas do distrito: Alcains, João Roiz, Nuno Álvares, Afonso de Paiva e Vila Velha de Ródão.

Participaram neste encontro cer-ca de 28 alunos da nossa escola, desde o 6.º ao 9.ºanos de escola-ridade.

Cada momento representou uma ocasião para entender e exercitar os valores da confiança, liberdade e responsabilidade, amizade e solidarieda-de, tolerância e respeito pelo outro.

O programa do primeiro dia incluiu dinâmicas centradas na valorização das relações interpessoais e espírito de grupo (solidariedade e diferença), desde a piscina até aos jogos noturnos.

O programa do segundo dia convidava os alunos a integrar-se numa di-mensão mais comunitária (seja ela de tipo espiritual ou familiar), tendo tido como ponto forte a participação na eucaristia na igreja matriz de Vila Velha de Ródão, em que todos participaram, juntamente com os pais. O pároco que presidiu à celebração considerou que a atividade foi extremamente positiva, por toda a envolvência que teve na vila.

Esta atividade culminou com a participação de algumas famílias nas últimas ações desenvolvidas pelos filhos (almoço e passeio de barco no Tejo).

Professora Isabel Mateus

Atividades | Notícias

Campeonato SuperTMatik Nacional

Ivo Patrício (8ºA)

Este ano letivo, à semelhança do que

aconteceu no ano anterior, a nossa es-

cola participou no campeonato SuperT-

Matik.

Esta atividade foi proposta aos alunos

pelos professores das disciplinas de Lín-

gua Portuguesa, Francês, Inglês e Ma-

temática.

Ao longo do ano, foram realizados os

jogos e foram apurados o campeão e o

vice-campeão de cada turma. Depois,

estes participaram online no campeona-

to que decorreu a nível nacional.

Este ano, o nosso Agrupamento ficou

muito bem classificado: o Ivo Patrício,

do 8º ano, obteve 4º lugar no SuperT

de Sinónimos de Língua Portuguesa,

o Vasco Veríssimo, do 9º ano, obteve

o 5º lugar também no SuperT de Sinó-

nimos e, por fim, o João Gouveia, do

8º ano, obteve o 9º lugar no SuperT de

Matemática.

Dou os parabéns a todos os colegas

que participaram no campeonato pelo

esforço e empenho de todos. Igual-

mente um obrigado às professoras e

professores que acreditaram nos alu-

nos da nossa escola.

Jovens Repórteres para o Ambiente Continuam a Somar Prémios

Professora Cristina Raimundo

Um grupo de alunos do 9º ano des-ta escola tem vindo a desenvolver um projeto intitulado “Ambiente: Presente e Futuro” que já valeu três distinções consecutivas de “Reportagem do Mês”, atribuídas pelo projeto “Jovens Repór-teres Para o Ambiente” promovido pela “Associação Bandeira Azul da Europa”.

Todos os meses, desde fevereiro, este grupo tem vindo a publicar uma ou duas reportagens subordinadas ao tema do ambiente. O projeto, que come-çou no ano letivo passado, tem vindo a apresentar os resultados à população através do jornal da escola “Gente em Ação”, da imprensa regional e da plata-forma online “Jovens Repórteres Para o Ambiente”. Neste último sítio eletró-nico, as publicações ficam candidatas à atribuição de um prémio que consi-dera a melhor do mês em questão. Os jovens repórteres de VVR arrecadaram os prémios de fevereiro, março e abril e aguardam o resultado do mês de maio. A decorrer ainda, encontra-se mais um

concurso que tem por missão escolher o melhor trabalho do ano, de entre to-das os que concorreram. O concurso apresenta três categorias: artigo, foto e vídeo. A equipa de VVR apresenta tra-balhos nas duas primeiras. A professora responsável pelo grupo refere, a este propósito, que “ não concorremos com os nossos melhores trabalhos, porque um dos critérios do concurso inclui o limite de 3500 carateres. Para uma re-portagem, que é por princípio um texto com um grau de desenvolvimento con-siderável, é muito pouco.” A mesma pro-fessora refere ainda que “para além dos prémios, a qualidade do trabalho ficou provada pela pertinência dos temas e relevância para a população”. Do lado dos alunos, o jovem Ricardo Farinha refere: “estou muito satisfeito por fazer parte deste projeto, porque acho que os jovens também devem participar e inter-vir na vida da sua região.”

Recorde-se que este grupo de repór-teres escolares realizou sete reporta-gens que abrangeram vários aspetos ambientais: “Respiração mais difícil em VVR”, “Qualidade do Ar” (prémio de fe-vereiro), “Indústria sim! Mas a cumprir a lei!” (prémio março), “Ministério do Am-biente não reconhece validade a estudo ambiental”, “Envelhecimento e indústria impedem desenvolvimento”, “Descargas poluentes comprometem a qualidade da água do Tejo” (prémio abril) e “Biodiver-sidade em perigo”.

Todas as ligações para as reportagens vencedoras dos meses de fevereiro, março e abril.

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Autoavaliação do AgrupamentoProfessora Isabel Mateus

Após uma significativa demora na implementação da Framework de De-sempenho Pedagógico, encontram-se agora reunidas as condições para que a equipa de Autoavaliação do Agrupa-mento possa, de forma regular e eficaz, dar seguimento à implementação do projeto.

O grupo de trabalho procedeu à re-viso dos documentos da plataforma enviados pela empresa Another Step, que nos presta assessoria, e, com o assentimento da Direção, propôs ligei-ras alterações, tendo em conta a nossa realidade educativa.

De seguida, os alunos e professores do Agrupamento foram convidados a responder aos inquéritos, por via infor-mática, elaborados de acordo com os indicadores escolhidos pelos agentes educativos dos diferentes ciclos de ensino e cujo preenchimento, no caso dos alunos, contou com o apoio do do-cente de informática do Agrupamento. No que respeita ao ensino pré-escolar e ao primeiro ciclo, os docentes e pais e encarregados de educação refletiram sobre os indicadores das subdimen-sões e dimensões destes níveis de en-sino e elaboraram relatórios, que foram endereçados à citada empresa e cujo conteúdo será tido em conta na análise global a realizar.

Do cruzamento de todos estes dados resultarão relatórios gerais e individu-ais, com indicação dos pontos fortes e áreas a melhorar.

As práticas pedagógicas dos docen-tes, descritas nos relatórios individuais,

a que só o docente em questão terá acesso, poderão ser partilhadas, caso este o entenda, por outros colegas do grupo disciplinar, departamento ou es-cola, e alargadas, se consideradas rele-vantes, ao universo escolar. Os relató-rios globais serão apresentados a toda a comunidade educativa, retirando-se da discussão a promover orientações e linhas de atuação que visem a consoli-dação e generalização das boas páticas pedagógicas e a definição de planos de ação de melhoria nos aspectos con-siderados menos conseguidos, tendo por base os resultados dos grupos de reflexão que, ao longo deste ano letivo, operacionalizaram as ações prioritárias do Plano de Ação de Melhoria do Agru-pamento.

A implementação desta nova ferra-menta de avaliação, em contexto de sala de aula, vai facilitar a regulação das diferentes dinâmicas pedagógicas do Agrupamento, de acordo com o seu planeamento estratégico de melhoria or-ganizacional.

Nesta fase, o intento do nosso traba-lho, mais do que avaliar e fazer o pon-to da situação relativamente ao que os responsáveis pelas equipas que lideram foram capazes de pôr em prática, é so-bretudo estudar procedimentos para as-segurar a continuidade do projeto, com a reconhecida dinâmica que atingiu nos dois primeiros anos de existência e que contribuiu, decisivamente, para que o Agrupamento de Ródão alcançasse, na avaliação externa a que foi sujeito, resul-tados muito positivos.

Pela segunda vez, o nosso Agru-pamento teve a honra de receber a visita de sua Eminência Reverendís-sima o Bispo da Diocese de Castelo Branco e Portalegre, no âmbito da sua visita pastoral ao concelho de Vila Velha de Ródão.

A nossa escola recebeu-o com toda a reverência, tendo à sua es-pera a comunidade escolar que o aguardava no polivalente com um cântico de boas vindas preparado pelos alunos do 1º Ciclo e do 5ºano. Após esta receção, seguiu-se um momento bastante agradável de perguntas que lhe foram dirigidas pelos alunos e às quais este respon-deu com clareza e sentido de humor.

Para finalizar, os alunos despe-diram-se com outro cântico e ofe-receram-lhe uma lembrança repre-

sentativa da sua passagem pelo Agrupamento.

No final, o Senhor Bispo demons-trou uma grande satisfação pelo caloroso acolhimento que lhe foi dis-pensado e aos seus acompanhan-tes, entre os quais o Sr. Padre Es-carameia, professor fundador desta escola, que recebemos sempre com muito carinho. Após a troca de im-pressões com os alunos, ainda hou-ve disponibilidade para dialogar com todos os presentes.

O resultado desta vista foi bas-tante positivo, destacando-se a im-portância da disciplina de EMRC, encarada numa perspetiva de va-lorização e crescimento pessoal na complementaridade estreita com to-das as outras disciplinas.

Pequeno-almoço ou Primeiro-almoço?

Pela sua importância, esta refeição deveria até ser chamada de primeiro-almoço! Todas as pessoas beneficiam ao tomar um pequeno-almoço comple-to e equilibrado, mas principalmente as crianças e jovens.

Um bom pequeno-almoço fornece a energia necessária para uma manhã de atividade depois do jejum noturno pro-longado e proporciona um desenvolvi-mento e crescimento adequados. Esta refeição distribui adequadamente a energia ingerida ao longo do dia, ajuda a controlar o peso e aumenta o rendi-mento físico e intelectual (atenção, con-centração, memória, velocidade, humor e criatividade)

Não comer de manhã, seja por falta de apetite ou de tempo, ou por achar que engorda, provoca uma diminuição do açúcar no sangue (hipoglicemia), o que leva a sintomas como menor capa-cidade de concentração, impaciência, irritabilidade e agressividade; ingestão exagerada ao almoço, seguida de sen-sação de enfartamento e desconforto;

ENCONTRO DOS CLUBES DA FLORESTADistrito de Castelo Branco

Tiago Cruz (8ºA)

Este evento foi organizado e de-senvolvido pela NaturTejo, em cola-boração com a Quercus. Decorreu no Monte Barata, localizado no Par-que Natural do Tejo Internacional.

O tema explorado foi a impor-tância da biodiver-s i d a d e . Os alu-nos foram acompa-n h a d o s por mo-n i t o r e s , ao longo de um percurso pedestre, denomi -nado “Estação da biodiversidade”. Ao longo deste percurso, foram fazendo um registo, identificando espécies e tomando notas sobre as plantas e os animais observados. Também foram feitas observações de vegetação ripícola, salientando-

diminuição do rendimento físico e inte-lectual; aumento do risco de surgir obe-sidade ou diabetes; dores de cabeça, enjoos e desmaios (em casos extre-mos).

Dicas para fazer um bom pequeno-almoço:

•Tentar levantar-se 5-10 minutos mais cedo para preparar um pequeno-almoço simples (e de preferência tomá-lo em família);

• Preparar e levar consigo para comer pelo caminho (pão ou bolachas simples + fruta ou um iogurte);

•Se não sente apetite, tente incluir 1 iogurte líquido ou 1 peça de fruta e, aos poucos, vai tentando acrescentar mais alguma coisa;

•Preferir pão, bolachas simples ou cereais, acompanhados de 1 iogurte, leite, queijo ou 1 peça de fruta;

•Se pensa que não tomando peque-no-almoço controla melhor o peso, sai-ba que um jejum tão prolongado dimi-nui o metabolismo (para tentar “poupar” energia).

Joana Oliveira (Nutricionista)

Atividades | Projetos

se a sua importância e a necessidade da sua manutenção, assim como a observação de trabalhos de recupe-ração a decorrer no local. Os alunos puderam observar plantas autócto-nes e invasoras exóticas, animais e

líquenes. Os monitores iam dando expli-cações e aler-tando para a importância da biodiversidade e para a ne-cessidade da sua preserva-ção.

O encontro foi importante pelas observa-

ções feitas, pela aquisição de atitu-des cívicas e, também, dado que es-tavam presentes alguns alunos com necessidades educativas especiais, pela plena integração e socialização destes alunos.

Professor José Batista

Bispo da Diocese Visita a Nossa Escola

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Atividades | Projetos

No dia 26 de abril, a turma do 7º ano participou numa ativida-de intitulada “Imagem história, história mito, mito memória “, no âmbito da disciplina de Lín-gua Portuguesa e do projeto “ Calhondra, olha o xisto “, na Biblioteca Municipal José Bap-tista Martins.

Quando chegámos ao local, fomos para junto de uma forma-dora, chamada Elisa Aragão, que nos ia ajudar. Explicou-nos algumas coisas sobre os mitos e a arte rupestre. Começámos por formar grupos e, de segui-da, falámos do que íamos fazer e que era o seguinte: davam-

nos uma imagem da arte rupes-tre e tínhamos de a interpretar como quiséssemos e inventar um mito. Depois de tudo orga-nizado, pusemos mãos à obra! Quando acabámos tivemos de contar o nosso mito a outro gru-po e, depois de contado, ele tinha que o reproduzir e escre-ver. No fim juntámo-nos todos e lemos os nossos mitos. Quase todos os grupos conseguiram descrever bem as narrativas in-ventadas.

Depois regressámos à esco-la. Foi muito divertido e devía-mos repetir esta atividade mais vezes.

Turma do 7ºA

Para o ambiente ajudarConnosco podem contar!Somos alunos da EB 2/3Vamos limpar outra vez.

Com pás e vassouraE o carrinho de mãoApanha-se o lixo do chão.

Com serrotes e tesourasE por vezes o machadoFica tudo bem cortado.

Há ainda que pouparE as torneiras fechar.E as luzes acenderSó quando não podemos ver.

Mito Memória

Problema do Mês (Matemática)

O “Problema do Mês” tem

como público-alvo os alunos do

3º Ciclo e tem tido um grande

sucesso na escola.

Esta atividade consiste na re-

solução de problemas matemá-

ticos. Todos os meses, os alu-

nos têm acesso a um problema

diferente e, ao entregarem esse

problema resolvido, acumulam

pontos. Os pontos vão de 2 a

As professoras de Matemática10, sendo de 2 a classificação

de quem, pelo menos, tentou

e não acertou, e de 10 a clas-

sificação de quem acertou em

tudo.

Este ano letivo, os alunos

melhor classificados foram: Ivo

Patrício, do 8ºA, que ficou em

1º lugar; João Gouveia, tam-

bém do 8ºA, que obteve o 2º

lugar com a mesma pontuação

Professor Jorge Gouveia

Os Pais Gostam da Escola!

São muitos os pais que assumem a res-ponsabilidade de colaborar com a escola, na construção de um futuro melhor para as crianças e jovens. São estes pais que se mostram disponíveis para canalizar uma par-te do seu tempo livre para trocar ideias, dis-cutir opções e colaborar, de uma forma muito ativa, na vida da escola, seja nos órgãos de administração dos quais fazem parte, seja na concretização de ações que contribuam para a efetiva valorização da escola e dos seus agentes.

No dia 21 de abril, os pais, organizados à volta da sua associação, juntaram-se ao de-safio do Clube de Jardinagem, tal como o têm feito com as atividades da Biblioteca Escolar, com o Carnaval e o Dia da Criança e deram um exemplo aos alunos, colaborando ativa-mente na limpeza, requalificação e embele-zamento de espaços ajardinados que neces-sitavam desta ajuda extra para se tornarem

mais agradáveis e acolhedores e também para estimular os alunos a respeitar ainda mais a escola que a todos pertence.

Esta iniciativa, que mobilizou um número substancial de pais e alunos precisaria, pro-vavelmente, ainda de mais participantes: ou-tros pais, mais professores e auxiliares, ainda mais alunos, preferencialmente os mais ve-lhos, para que o exemplo ganhasse raízes mais profundas. Gostaríamos de perceber o modo como os alunos encaram esta partici-pação dos pais, desejaríamos que olhassem para a escola como algo de seu e onde a sua passagem fosse recordada pelos melhores motivos, mas este sentido de pertença não se adquire, conquista-se muito lentamente e apenas quando a maioria está irmanada no alcançar de uma meta e isso demora imenso tempo a construir.

O respeito pelos espaços e pelo equipa-mento, pela comida que desperdiçam, apesar

da qualidade, a tristeza que constitui o aban-dono de roupas em excelente estado de con-servação e a falta de dedicação ao trabalho, excessivamente generalizada, constituem os

ECO-CÓDIGOCarolina Cruz, Tatiana Barata (7ºA)

e o Edgar Belo, do 7ºA, que fi-

cou em 3º lugar.

Nesta competição, os alu-

nos participantes divertiram-se

muito, e criaram um espírito

competitivo muito saudável,

melhorando a sua capacidade

de raciocínio na disciplina de

Matemática.

grandes desafios que todos temos que con-seguir ultrapassar. A colaboração dos pais é fundamental para mudar este estado de coi-sas!

E com tudo limpinhoBem cavado e semeado.Muitas flores a enfeitarEste poema vamos cantar.

Este poema foi elaborado na aula de Língua Portuguesa.Eco-Código - Programa Eco-Es-colas

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“Os meios de transporte“

João - JI Sala 2)

“Animal Selvagem” (Lourenço - JI Sala 2)

“A flor” (Ana Catarina - JI Sala 2)

“A festa da Escola”(Bea Maria - JI Sala 2)

“Um animal doméstico e a sua família”

(Diana - JI Sala 2)

A Página dos Mais Pequenos

UM DIA DA CRIANÇA DIFERENTE - No passado dia 1 de junho as crianças do Pré-Escolar tiveramoportunidade de decorar a proteção de um dos terraços da Casa de Artes.

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A Página dos Mais Pequenos

Sou Solidário

Durante os 2º e 3º períodos, decorreu, na nossa escola, um projeto de solidariedade, promovido pela disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, em colaboração com a CPCJ.

Desta iniciativa resultou a angariação de alimentos e roupas, dados pe-los alunos e professores da escola, que depois foram distribuídos pela res-ponsável da CPCJ às fa-mílias mais carenciadas.

Foi um projecto bastan-te importante, quer pelo sentido de consciência para o papel da solidarie-dade, quer ainda pela im-portância que transmite a cada um pelo sentido da ajuda aos outros.

Professora Isabel Marteus

Visita ao “Lugar dos Afetos”As Educadoras de Infância

No dia 18 de maio, os meninos do Jardim de Infância do Porto do Tejo, acompanhados pelas educadoras e assistentes operacionais, fizeram o tradicional passeio de final de ano.

As crianças saíram do Porto do Tejo pelas nove horas da manhã em direção ao “Lugar dos Afetos”, em Aveiro. Aí esperava-os um lugar má-gico e único. Foram recebidos por uma monitora que os encaminhou para o almoço. Este foi servido na “Casa do amor”, onde a imaginação os levava para os contos de fadas. Toda a decoração estava relaciona-da com o amor, palavra mágica que transforma tudo e todos com o seu perfume e emoções.

Depois do almoço, os meninos foram encaminhados para um an-fiteatro, onde foi contada a história

de toda a origem deste lugar mara-vilhoso e encantador. De seguida, caminharam na estrada de todos os sentimentos, onde fizeram o “Jogo dos sentimentos”. Partiram para a “Casa grávida”, génese da vida, decorada com flores gigan-tes e cadeiras pequenas, onde to-das as flores tinham um coração no meio. De seguida, caminharam em direção ao “Jardim do coração” onde partilharam miminhos com quem estava ao lado e, finalmente, dirigiram-se para a “Casa de todos os nomes”.

A visita chegou ao fim. Todos par-tiram com o coração cheio, recon-fortado com muitos sentimentos para partilharem com aqueles que os rodeiam.

CHEGOU O VERÃO À SALA 1 ...e com ele tantas coisas boas. Para o festejar nada melhor do que uma pintura onde os pés ganharam asas e voaram livremente sobre a folha de papel.

“LUGAR DOS AFETOS”Após o passeio ao lugar dos afetos, chegámos à escola e fizemos uma pequena maqueta

onde tentamos reproduzir um pouco da magia e encanto que vivemos nesse lugar. O entu-siasmo foi grande e o resultado é partilhado aqui com todos vós. :)

“A POLUIÇÃO” - Durante este período, na sala 1, explorámos o tema “A poluição”. Para a concretização do tema abordado elaborámos um cartaz, que elucida

bem sobre o estado do nosso planeta.

ALUNOS DO PRÉ-ESCOLAR

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Nós partimos do Perdigão às 12.30 horas e foi um lon-go percurso. Parámos para almoçar na Lardosa, o nos-so almoço foi batatas fritas com leitão e a sobremesa mousse de chocolate.

Seguimos viagem pela Covilhã e já se sentia mui-to frio. A subida da serra foi muito interessante, não ha-via neve, mas a paisagem sem neve também é linda. O meu pai chamava-me a atenção quando apareciam placas com a altitude a que nós íamos. Quando chega-mos à torre, havia um boca-dinho de neve, mas quase não dava para brincar, por-que estava transformada em gelo. Ainda tentei fazer umas brincadeiras, mas foi impossível. Andavam lá muitos meninos e adultos a brincar como nós. A seguir, fomos a outro sítios, onde vi lagoas congeladas por cau-sa do frio e já estávamos a 1993 metros de altitude! Depois, voltámos a descer a serra e vimos a Nossa Senhora que está esculpi-da numa rocha, parámos o carro, mas tivemos medo de sair, porque havia gelo no caminho e então resol-vemos seguir viagem até à Covilhã. Eu trouxe uma pe-dra de granito, como recor-dação.

E foi assim a minha aven-tura na serra da Estrela. Os meus pais prometeram-me que, quando nevar, me le-vavam lá outra vez.

Uma Aventura na Serra da Estrela

Bárbara Carmona (4º Ano)As férias estão aí e nada

como ter mais tempo livre e saber ocupá-lo bem. A lei-tura partilhada com os mais pequenos é para eles fon-te de prazer. Ocupe estas férias de forma agradável lendo com os seus filhos.

Comece por levar os seus filhos à biblioteca ou livraria mais próxima e deixe-os es-colher um livro. Deve ajudá-los porque nem sempre eles escolherão o mais adequa-do ao seu nível etário. Algu-mas pistas são de levar em conta. Nomeadamente o autor escolhido. Segue-se uma lis-ta de autores portugueses a ter em conta na sua escolha: Alice Vieira, António Torrado, Álvaro Magalhães, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Luísa Ducla Soares, António Mota, Sophia de Mello Breyner Andresen, José Jorge Letria, Ilse Losa, Maria Teresa Maia Gonzalez, Margarida Fonse-ca Santos. No que respeita a editoras para os mais pequeni-nos dos 3 aos 6 anos, existem duas editoras que estão na 1ª linha e estamos a falar da Kalandraka e da OQO. Têm histórias simples, adequadas aos mais pequenos e com ilus-trações belíssimas. De consi-derar ainda os livros editados pelas editoras Livros Horizon-te, Civilização e Gailivro, bem

como a incontornável Caminho.Para a faixa etária entre

os 6 e os 10 anos há cole-ções que são muito apelativas e que eles gostam imenso:

- Todos os livros da “Bruxa Mimi”, os contos tradicionais de Alice Vieira, António Torra-do, António Mota e Luísa Ducla Soares, também as coleções de Gerónimo Stilton ou de Uma Aventura para os meninos com 9-10 anos e claro, algumas obras de Sophia de Mello B. Andresen como A menina do mar, A fada Oriana, O rapaz de bronze que são clássicos a não perder. Para esta idade, a Edi-tora Presença tem igualmente uma coleção bastante acessí-vel e motivadora – “A Arca do Tesouro” – onde estão publica-dos livros de David Machado (A noite dos animais inventados, O Tubarão na banheira, Os 4 co-

Porque Ler é um Prazer…A Equipa da Biblioteca Escolar e do PNL

mandantes da cama voadora) mas também de Margarida Fonseca Santos (Uma pren-da muito especial) e de Mª Teresa Maia Gonzalez (A história dos brincos de pe-nas, A menina que voava).

Para os jovens existem coleções que eles apre-ciam mais. A partir dos 11-12 anos até aos 14-15 anos, há toda a cole-ção de livros da Editora Presença – “Estrela do Mar” – a que perten-

cem, entre outros os livros do Harry Potter, a coleção “Uma Aventura” ou “Viagens no Tempo” das autoras Ana Mª Magalhães e Isabel Alçada, a coleção “Clube das Chaves” de uma autora sobejamente conhecida, Maria Teresa Maia Gonzalez (autora do célebre best-seller A Lua de Joana). Da mesma autora temos a co-leção “Profissão Adolescente” da editora Difel, com títulos como Dietas e borbulhas, O Geniozinho, Ricardo, o radi-cal. Outras duas coleções, uma mais para rapazes – Co-leção Triângulo Jota – de Álva-ro Magalhães, outra mais para raparigas – Clube das Ami-gas – da Editorial Presença.

Resta-nos desejar a to-dos umas boas férias na companhia de bons li-vros e excelentes leituras!

dos nossos pais e avós quando eram da nossa idade. Também o João Ricardo achou mais in-teressante esta obra, porque acha que tem mais a ver com um mundo que ele conhece melhor. Já quanto ao livro Ri-cardo, o Radical é uma obra que, infelizmente, retrata a vida e a atitude de muitos jovens que rejeitam a escola e os estu-dos e acham que, em primeiro lugar, “há que curtir a vida” de uma forma um bocado maluca.

Em relação ao concurso, achamos que, tendo em conta o número de alunos que havia a participar, estava bem orga-nizado, as obras foram bem escolhidas e o ambiente era agradável. Foi uma experiência divertida e, apesar de não ter-mos sido apurados para a fase oral, foi um bom motivo para, no próximo ano, participarmos novamente e tentarmos chegar mais longe e fazer melhor.

Iolanda Tavares (7ºA), JoãoGouveia (8ºA), Paulo Solipa (9ºB)

Numa iniciativa promovida pelo Plano Nacional de Leitura, realizou-se no dia 20 de abril, na Biblioteca Municipal José Baptista Martins de Vila Velha de Ródão, a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, na qual participámos depois de termos sido entretanto apura-dos na fase local, que teve lugar na Biblioteca Escolar do nosso Agrupamento, no passado dia 11 de janeiro.

Nesta 2ª fase, tivemos que ler duas obras de autores portu-gueses: Os Filhos de Montepó, de António Mota e Ricardo, o Radical, de Maria Teresa Maia González. Como todos gosta-mos de ler, não foi difícil, pois as obras também não eram muito extensas. A Iolanda gos-tou mais da obra Os Filhos de Montepó, de António Mota por-que, segundo ela, nos dá uma ideia de como era a vida dura

Biblioteca | Centro de Recursos

Nota:

Embora não tenham sido apurados para a fase nacional, os nossos alunos obtiveram uma boa classificação. Para além da participação no con-curso, puderam ainda assistir às provas orais dos concorren-tes selecionados, bem como puderam conviver com alunos leitores de outras escolas, pois o número total dos participan-tes foi 110. Todos os membros da equipa da Biblioteca Esco-lar colaboraram ativamente na elaboração das provas do 3º Ciclo e do Ensino Secundário e fizeram também parte do júri que corrigiu as mesmas, em es-treita colaboração com a Biblio-teca Municipal de Vila Velha de Ródão. De realçar a excelente organização deste evento por parte da Biblioteca Municipal, que ofereceu ainda um lanche a todos os participantes.

No âmbito do Plano Nacional de Leitura, foi lida a obra Uma Aventura na Serra da Estrela, de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, na qual um grupo de jovens vive uma aventura extraordinária na serra.

A Bárbara também viveu uma aventura naquela serra e quis contar-nos o que se passou.

A Minha Aventura na Serra da EstrelaNo dia vinte e oito de janeiro, fui à serra da Estrela com os meus

pais. Eu não sabia que íamos lá, porque eles quiseram fazer-me uma surpresa.

FASE DISTRITALConcurso Nacional de Leitura

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Notícias | Projetos | Atividades

Canguru Matemático Sem FronteirasProfessoras de Matemática

No dia 11 de abril, realizou-se o Concurso Canguru Matemático sem Fronteiras.

O concurso consistiu numa única prova, com 30 questões de resposta múltipla com dificuldade crescente e em categorias diferentes, de acordo com a idade dos alunos.

Esta atividade teve como objeti-vos desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de atenção/concen-tração, melhorar as competências na resolução de problemas e na

escolha de estratégias a utilizar e estimular o gosto e o estudo pela Matemática.

Os 28 alunos do 2º e 3º Ciclos que participaram neste concurso mostra-ram interesse e empenho na resolu-ção das provas.

O grupo de docentes responsá-veis pela atividade agradece a cola-boração de todos os que a tornaram possível, sobretudo aos alunos que nela participaram.

Professor Fernando Ferreira

Modo de Produção Biológico (MPB)

O modo de produção biológico é a atividade agrícola, pecuária incluída, que vulgarmente se denomina agricultura biológica.

Estes produtos são produzidos segundo normas legais estabelecidas e, por isso, são certificados por uma entidade creditada para tal. Essa entida-de garante ao consumidor que o produto em causa cumpre essas normas. Por exemplo, que não foram utilizados adubos ou pesticidas de síntese.

Ser biológico não significa necessariamente ausência de pesticidas ou adubos, mas sim que só foram aplicados aqueles que são autorizados neste modo de produção, de acordo com princípios adequados e aceites como tal.

Procura-se um compromisso com a saúde do consumidor e o respeito para com o ambiente.

Mas há também quem afirme: ”Não usei nenhum químico, logo o que tenho é biológico.” Pode ser verdade mas, para poder ter o rótulo de bio-lógico, tem de haver uma entidade credível que o ateste.

Também a ausência de químicos pode não significar que o produto em causa os não possua. Por exemplo, a concentração de nitratos nos produ-tos hortícolas pode depender da hora do dia em que foram colhidos.

Contudo, apesar das virtualidades deste tipo de agricultura, há algumas limitações. Por exemplo, podemos considerar que o custo final dos produ-tos biológicos é proibitivo para alguns consumidores.

A agricultura tem também de ser economicamente viável, por isso os agricultores terão ainda que resolver alguns problemas com que se de-param na sua atividade. Há ainda um longo caminho a percorrer para o desejável equilíbrio da agricultura, do mundo rural, do ambiente e o direito a consumirmos produtos com marca de qualidade, seja ou não atestada como tal.

No dia 30 de maio, as disciplinas de História, Geografia e Ciências Naturais realizaram uma atividade interdisciplinar no castelo de Ródão, na área do geomonumento das Por-tas de Ródão.

Pretendia-se, com esta actividade, testar a capacidade para organizar e desenvolver uma iniciativa do tipo aula na natureza, que conjugasse os programas das disciplinas envol-vidas num trabalho de interligação e parceria, utilizando os recursos didáticos de elevada qualidade e di-versidade que o local do castelo de Ródão possui, na perspetiva de uma abordagem multidisciplinar dos con-teúdos das referidas disciplinas

Esta experiência correu muito bem, os alunos manifestaram uma adesão muito positiva ao trabalho

Professor Jorge Gouveia

Visita ao Geopark

desenvolvido, mostraram dominar conhecimentos já lecionados e fi-caram a compreender, de modo mais evidente, os condicionalismos morfológicos e biológicos existen-tes e compreenderam o modo como estes interferem com a fixação hu-mana que tira partido dos recursos naturais que o território põe à sua disposição.

Esta iniciativa constituiu ainda uma oportunidade para reforçar a identidade dos alunos com o seu meio e com os valores patrimoniais endógenos. Acreditamos que esta tipologia de actividade constituirá uma oportunidade para desenvolver a componente experimental das ci-ências exatas e sociais e sensibilizar os alunos para a salvaguarda do pa-trimónio da sua terra.

Alunos de EMRCNo dia 18 de maio, os alunos dos 3º,

4º e 5º anos do nosso Agrupamento foram a uma visita de estudo no âm-bito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica. O destino era o XII Encontro Interescolar (a nível nacional), no Santuário de Fátima, este ano su-bordinado ao tema “Somos alegria na família”.

Foram várias as atividades a que as-sistimos. A manhã foi preenchida por uma visita à Capelinha das Aparições, seguida de uma celebração na Igreja da Santíssima Trindade, na qual todas as crianças participaram.

O almoço foi partilhado com um pi-quenique entre todos. A tarde foi dedi-

cada à animação cultural: iniciou-se com canções e, de seguida, assisti-mos à representação de uma peça infantil intitulada O Presente Especial, representada pelo grupo “O espelho mágico”.

Foi um encontro enriquecedor, em que as crianças tiveram oportunida-de de conviver saudavelmente. Estas demonstraram alegria e uma enorme satisfação pelo dia proporcionado.

Opinião do aluno João Prates, do 4º ano:

“Foi um dia espetacular, que eu adorei e nunca mais esquecerei este dia na minha vida.”

XII Encontro Nacional de Interescolar de EMRCSantuário de Fátima

UMA AULA NA NATUREZA

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“As Boas Vindas à Primavera”Carolina Santos (2º Ano)

A Página dos Mais Pequenos

No dia 21 de Abril, alguns pais e

filhos e o grupo da jardinagem, com

força e vontade vieram à escola ar-

ranjar o jardim.

Pegámos em enxadas e começá-

mos a cavar e arrancámos muitas

ervas.

Os adultos podaram algumas árvo-

res, uns varriam, outros apanhavam

os ramos velhos. Foi uma correria

mas sempre com boa disposição.

O almoço foi carne grelhada, bata-

ta frita, salada, fruta e doces.

Gostámos todos de transformar

a escola num espaço bonito e bem

tratado.

Boas vindas à primavera!Com o clube de jardinagem Nasceram flores, Onde antes havia erva.

Pais e filhos vieram à escolaCom uma missão importante.Traziam ferramentas na sacola.Boa vontade e muita força!

As ervas daninhas desapareceram.As plantas e floresBrilharam sem igualMostrando a sua beleza, afinal!

Reinou a boa disposição, O humor e a alegria.Viva a associação,Funcionários, alunos e seus [professores.

Estamos de parabéns,Mas a tarefa não acaba aqui.É preciso continuar, com o coração,Carinho e dedicação!

Num sábado de manhã eu, os meus pais e os meus avós agarrá-mos nas ferramentas e fomos até à minha escola.

Quando lá chegámos, pusemo-nos a trabalhar juntamente com os outros pais e meninos que já lá es-tavam. Todos juntos, trabalhámos para transformar a nossa escola num lindo jardim. Nós arrancámos ervas nos canteiros, cavámos, puse-mos adubo, plantámos flores e, por fim, pusemos casca de pinheiro para que as ervas não cresçam tão rápi-do e para o nosso jardim ficar ainda mais bonito.

No final, todos juntos, preparámos o almoço e o que eu mais gostei foi de colocar a carne no grelhador com a minha amiga Rita.

Este dia foi fantástico porque de-mos as boas vindas à primavera e transformámos a escola num lindo jardim!

Tomás Vicente - 2º Ano

A escola ficou muito mais bonita.Mas vamos lembrar … Que uma coisa tão bela, É favor não estragar!

Tanta “malta” a trabalharE alguns a descansar.Está na hora, está na hora De acordar e a nós se juntar.

É por bem e para bemDe todos e da Natureza.Fora com a poluição!Vamos viver na pureza!

Ar puro não podemos “soprar”,Mas vamos trabalhar Para mais tardeViver nesta terra com bem-estar!

Vamos lá embora,Mas sem esquecer,Este dia tão animado.Com um bom resultado!

Ó santo Antónioó santo Antoninhodá cá um poucode rosmaninho.

Ó santo padroeiroeu gosto de tipareces um pedreiroque espera por mim.

Santo Antónioque estás no altararranja-me um namoradopara comigo casar.

Ó santo Antónioque estás aquichega-te para cápara junto de mim.

No dia de santo Antóniogrande festa vai havervou andar nos carrosséise pelas ruas vou correr.

SANTOS POPULARES13 de Junho – Stº António

Leonor Araújo (3º Ano)

… Ser criança é muito bonito, porque enquanto somos crianças somos ensi-nados, educados, obedientes, respon-sáveis…

Eu sou uma menina, sou criança e sou responsável.

Eu respeito as pessoas que me amam e o que eu gosto muito de fazer é retri-buir a quem me dá, respeitar as pessoas que lidam comigo e me respeitam tam-bém.

É bonito ser como sou, porque eu sou o reflexo dos meus educadores.

Gosto da pessoa que sou e gosto da

Rita Nascimento - 2ºAnoNo sábado, dia 21 de abril, fui com os meus amigos da escola e com os

pais participar no embelezamento da escola, que foi organizado pelo Proje-

to de Jardinagem. Ajudei a plantar flores para o jardim da escola ficar mais

bonito. Também brinquei com a minha amiga Carolina.

Quando chegou a hora do almoço, a Carolina e eu ajudámos a D. Adelai-

de a grelhar carne. Foi um dia diferente e muito divertido!

família que tenho!Tenho pena dos meninos cujos pais

se separam e de outros que são aban-donados!

As crianças têm muita dificuldade em viver sozinhas, por isso precisam que as ajudem a crescer, que as amem muito, como eu sinto que sou!

Gosto muuuito de quem me ama, cui-da , protege e educa!

Dia da criança – 1 de junho de 2012

Pensar a escrita, escrever o pensamento

Alunos do 9º ano de es-colaridade participaram no Workshop “Pensar a escrita, escrever o pensamento”, no dia 14 de junho, dinamizado pela Biblioteca Municipal José Baptista Martins, com o objeti-vo de dominar estratégias de abordagem a temas e tipolo-gias textuais diversas, inclu-ídas no programa curricular deste nível de escolaridade.

Ser Criança é…

Leonor Araújo (3º Ano)

Professor José Batista

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No dia 8 de maio, realizou-se a fase distrital do torneio “Gira-Vólei” no pavilhão gimnodesportivo do nosso Agrupamento. Reuniram-se aqui várias escolas do distri-to de Castelo Branco.

Esta fase distrital foi organizada pelos professores de Educação Física da nossa escola, em conjunto com os técnicos da Federação Portuguesa de Voleibol e com o apoio da autarquia de Vila Velha de Ródão.

Por volta das 13 horas, no final do torneio, fomos almoçar. Depois, às 15 horas, foram entregues os prémios e os diplomas pelos técnicos da Federação Portuguesa de Voleibol, com a colaboração da Direção do Agrupamento.

Desde já, damos os parabéns a todos os participantes e à organização. Assim se passou um dia desportivo bastante divertido.

ClassificaçãoEsta fase teve como objetivo apurar as duplas para a fase nacional, sendo as

equipas apuradas do nosso Agrupamento as seguintes:

Nível I

Escalão 8-10 anosSexo Feminino-Leonor Araújo/Ânia Milhinhos

Escalão 11-12 anosSexo Feminino-Maria Faustino/Bruna Martins

Escalão 13-15 anosSexo Masculino-Bruno Antunes/João Gouveia

Sexo Feminino-Carolina Gonçalves/Daniela Pires

A. Correia, A. Nunes, A. Belo, P. Pereira, S. Encarnação (9ºA)

Desporto

Torneio Gira Vólei Torneio de Pétanque

Futsal MasculinoProfessor Carlos Silva

A equipa de futsal, no escalão de iniciados masculinos, disputou, pelo segundo ano consecutivo, a final distrital do respetivo escalão. Após uma série de apuramento bastante renhida e que decorreu entre os me-ses de janeiro a março, a final reali-zou-se no dia 11 de abril, em Caste-lo Branco, tendo o Agrupamento de Escolas João Roiz sido o anfitrião

desta final.Os atletas envolvidos, apesar

de não terem conseguido alcançar a desejada vitória, apresentaram uma postura responsável e compe-titiva, tendo mostrado um caráter e fair play competitivos, que mere-cem o devido registo, dignificando a escola que representam.

Remo in-doorIvo Patrício (8ºA)

A nossa escola foi visitada por um grupo de remo In-Door.

Tudo aconteceu no polivalente e todos os alunos tiveram a oportuni-dade de experimentar as máquinas de exercício de remo. Cada máqui-na tinha capacidades diferentes, desde jogos como remar para apa-nhar um pato, até exercício normal de ginásio. Podíamos ver as calorias

queimadas no exercício e a estimati-va de metros percorridos. Até houve professores a experimentar o equi-pamento.

Todos gostámos desta experiên-cia e ficámos com vontade de repe-tir. Talvez para a próxima, em vez de um dia, tenhamos a oportunidade de desfrutar da atividade durante uma semana. Fica a sugestão.

No torneio de “ Pétanque “, organizado pelo Departamento de Línguas e integrado no Dia do Agrupamento, participaram vinte e oito equipas. Após várias eliminatórias, sagrou-se vencedora, por inteiro mérito, a equipa constituída por Bruno Antunes (9ºA) e João Gouveia (8ºA), que recebeu, como prémio, um ótimo conjunto de bolas em metal para a prática desta modalidade.

Professor José Batista

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Turma 5ºA

Nas aulas de Estudo Acompanhado leram-se alguns livros, entre os quais Uma Viagem ao Tempo dos Castelos, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. É um livro muito interessante, porque revela aspetos do passado da História de Portugal.

Leiam-no porque vale a pena! Aqui fica um “cheirinho” do enredo.

A Ana e o João são as personagens principais desta aventura. São dois irmãos com persona-lidades muito diferentes um do outro, mas que

se entendem muito bem. Durante as férias, foram passar uma semana à quinta de uma tia na Ser-ra do Marão. Na zona, toda a gente vivia muito intrigada com a figura de um velho cientista que se tinha instalado no castelo e que todos cha-mavam de bruxo. Curiosos como eram, o João e a Ana não se deixaram intimidar e lá foram até ao castelo, onde encontraram o velho cientista e do qual se tornaram amigos. Orlando, era este o nome do cientista, pertencia a uma organização que se chamava AIVET (Associação Internacio-nal de Viagens no Espaço e no Tempo). Na cave do castelo, tinha uma máquina que lhe permitia recuar no tempo.

E foi assim que os três foram parar ao tem-po dos castelos, tendo passado por momentos inesquecíveis, um deles o encontro com o jovem Afonso Henriques, em vésperas de se tornar rei de Portugal

Nasredin e o seu burroSara Rei (4º Ano)

mandou-o ir ao mercado vender ovos e damascos e comprar mel, alhos, be-ringelas e azeite para fazer o penso ao seu pai. Ele lá foi com o seu burro para o mercado, quando chegou estendeu uma toalha e começou a vender. Num instante vendeu tudo e foi comprar o que a sua mãe lhe pedira. Quando re-gressou ao sítio onde tinha deixado o seu burro, não o viu e então começou a gritar por ele.

Por fim, encontrou-o e regressou a casa e encontrou o seu pai sentado a fumar um cachimbo. Os dois estiveram a conversar durante algum tempo.

Opinião sobre o livro:Foi uma história bonita e o menino foi

muito corajoso.

Sugestões de Leitura

Era uma vez um menino que se cha-mava Nasredin.

Certo dia, o pai torceu o pé e a mãe

Título: Uma Viagem ao Tempo dos CastelosAutoras: Ana Maria Magalhães e Isabel AlçadaEdição/reimpressão: 1999Editor: Editorial CaminhoColeção: Viagens do TempoPáginas: 128

Uma Viagem ao Tempo dos Castelos

Título: Nasredin & o Seu BurroAutor: Rébecca DautremerEdição/reimpressão: 2008Editor: Educação NacionalPáginas: 32

Os Jogos da FomeA Equipa da Biblioteca Escolar

Num futuro pós-apocalíptico, surge

das cinzas do que foi a América do Nor-

te, Panem, uma nova nação governada

por um regime totalitário que a partir da

megalópole, Capitol, governa os doze

Distritos com mão de ferro. Todos os

Distritos estão obrigados a enviar anu-

almente dois adolescentes para parti-

cipar nos Jogos da Fome - um espec-

táculo sangrento de combates mortais

cujo lema é «matar ou morrer». No fi-

nal, apenas um destes jovens escapa-

rá com vida…

Katniss Everdeen é uma adolescen-

te de dezasseis anos que se oferece

para substituir a irmã mais nova nos

jogos, um ato de extrema coragem…

Conseguirá Katniss conservar a sua

vida e a sua humanidade? É este o

início do enredo surpreendente e per-

sonagens inesquecíveis da trilogia de

ficção científica Os Jogos da Fome,

entretanto já adaptado ao cinema. As

aventuras continuam no segundo livro

– Em chamas – onde, contra todas as

expectativas, não só Katniss Everdeen

venceu os Jogos da Fome como, pela

primeira vez na história desta competi-

ção, dois tributos conseguiram sair da

arena com vida. Os dois jovens Katniss

e Peeta tornaram-se agora os rostos

de uma rebelião que nunca esteve nos

seus planos. E o Capitólio não olhará a

meios para se vingar…

No terceiro e último volume – A Re-

volta - Katniss Everdeen não devia estar

viva. Mas, apesar dos planos do Capitó-

lio, a rapariga em chamas sobreviveu e

está agora junto de Gale, da mãe e da

irmã no Distrito 13. Recuperando pou-

co a pouco dos ferimentos que sofreu

na arena, Katniss procura adaptar-se

à nova realidade: Peeta foi capturado

pelo Capitólio, o Distrito 12 já não existe

e a revolução está prestes a começar.

Agora estão todos a contar com Katniss

para continuar a desempenhar o seu

papel, assumir a responsabilidade por

inúmeras vidas e mudar para sempre o

destino de Panem - independentemente

de tudo aquilo que terá de sacrificar…

Com um final absolutamente surpre-

endente, estes são livros a não perder!

Título: Os Jogos da Fome (livros I, II e III)Autor: Suzanne CollinsEditora: Editorial Presença

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Gente em Ação apresenta-se: nós somos repórte-res do jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão que tem uma periodicidade trimestral e, des-de a sua fundação, em 1989, procura registar a dinâ-mica das escolas do concelho de Vila Velha de Ródão.

Quem é o Gonçalo Tocha, o cineasta?Sou eu…

Mas pode definir o cineasta que é…Isso é difícil de definir, consigo definir os filmes, mas

não o cineasta; o cineasta só se faz com filmes. O que eu posso dizer é que, no caso dos dois filmes

que realizei, fi-los sozinho com uma câmara. Comecei a filmar e demorei bastante tempo: demorei dois anos a fazer o primeiro filme e quatro anos a fazer o segundo. Assumi toda a produção do filme por meios próprios e sem saber se ia conseguir terminar…

É mais ou menos isto.

E quem é o Gonçalo Gonçalves, o músico?O Gonçalo Gonçalves é outra pessoa que não está

aqui! (risos)

Pode dizer-nos qual é o Gonçalo que sobressai em si, o cineasta ou o músico?

Neste momento, estamos a falar com o cineasta.

O senhor não é os dois?Raramente sou os dois ao mesmo tempo, por vezes

sou um… agora sou o cineasta e, algumas vezes, con-sigo ser o outro. Mas nunca os dois ao mesmo tempo!

Mas, identifica-se mais com o músico ou com o cineasta?

Não me identifico…

É na Terra não é na Lua (2011) e Balaou (2007) são os seus dois documentários premiados. Por-quê a escolha do documentário e não de um género onde predomine a ficção?

Porque nunca foi uma pergunta que coloquei a mim

próprio, fiz os filmes que tinha que fazer e a forma que eles tinham que ter… quis fazer um documentário de aventura e de viagem.

Que objetivo procura alcançar com estes seus documentários?

Tudo…

Pode explicar melhor? Assim… mais ou menos ou tudo?

É como se fosse o último trabalho que fosse fazer…

Acha então que não vai fazer mais nenhum filme?É isso!

Como reagiu a população do Corvo ao seu do-cumentário? As pessoas gostaram? Sentiram-se incomodados com a exposição das suas vidas?

Não, não se sentiram expostas nas suas vidas. Sen-tiram-se incomodados com a presença da câmara, no início, mas depois, com o tempo, isso deixou de ser um problema.

Como é viver numa ilha tão pequena como o Cor-vo? Como se lida com o isolamento?

As pessoas que vivem lá não colocam essas pergun-tas. Para ele, aquilo é o único mundo que existe. Para nós, que vimos de fora, é que o isolamento é uma coisa mais forte.

Ao ver os trailers dos seus documentários, o mar aparece em plano de destaque. Porquê?

... porque o mar está à nossa volta…

O que o trouxe até Vila Velha de Ródão e o que mais o atrai nesta região?

Já é a quinta vez que venho a Vila Velha de Ródão. Comecei aqui a fazer a montagem do documentário sobre o Corvo e este tornou-se um sítio obrigatório de paragem, pois gosto de cá estar e aqui consigo con-centra-me a trabalhar. Desta vez, estou aqui porque fui convidado pela professora Graça Passos para poder

trabalhar um pouco convosco, no trabalho de câma-ra, no âmbito do projeto “Um bosque perto de si”. Eu também gosto de trabalhar com outras pessoas e perceber o que é filmar, porque eu também não sei o que é filmar.

Acha possível filmar um documentário em Vila Velha de Ródão, à semelhança do que fez na ilha do Corvo?

Não, porque não é uma ilha.

Está a colaborar com a nossa escola num pro-jecto ligado às ciências experimentais. Como era a sua relação com a escola e quais eram os seus principais interesses?

Com esta escola, em concreto, é a primeira vez que estou a trabalhar convosco.

Eu aprendi a filmar numa escola, na Universidade, e fazia formações com pessoas que não sabiam fil-mar. São coisas que gosto de fazer e, por outro lado, eu gosto de pessoas que não sabem filmar, porque assim conseguem descobrir coisas novas que nós não estamos à espera.

Espero que vocês também consigam gostar desta adrenalina que é pegar numa câmara e descobrir o mundo com a câmara.

Já pensou qual poderá ser o seu próximo pro-jeto?

Estou a pensar, mas não está a ser fácil descobrir, porque filmar a vida numa ilha é tão fascinante e tão único que é difícil começar a fazer outro… mas gos-tava de filmar baleias… são bichos um bocadinho maiores que os insetos, mas também são difíceis de ver, porque estão no mar alto e só de vez em quando é que se mostram.

Não têm mais nenhuma pergunta? Foram vocês que fizeram estas perguntas?

Sim, fomos.Obrigado pela sua colaboração.

João Gouveia (8ºA), Hugo Tavares (8ºA) e Vasco Veríssimo (9ºA)

Entrevista (4)

Gonçalo Tocha nasceu em 1979, em Lisboa. É licenciado e pós-graduado em Língua e Cultura Portuguesa, pela Faculda-de de Letras da Universidade de Lisboa, é cineasta, músico, compositor e membro fundador do NuCiVo – Núcleo de Cinema e Vídeo da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras – onde, desde 2000, tem vindo a desempenhar as funções de programador de cinema e produtor de vídeo. É colaborador as-síduo em diversos projetos de âmbito cultural na Universidade de Lisboa, nomeadamente na organização de ciclos de cinema.

“Balaou” é a primeira longa-metragem do realizador e ob-teve um grande reconhecimento nacional e internacio-nal (Prémio do Melhor Filme Português – Indielisboa 2007).

O seu último filme intitulado “É na Terra não é na Lua” tem me-recido grande atenção nos festivais (Grande Prémio do Melhor Filme, Doclisboa 2011, Prémio Melhor Documentário Cinema do Futuro, no Festival Bafici, em Buenos Aires, entre outros). Em 2008, o cineasta fez uma residência artística na Tapada da To-jeira, através do apoio do CENTA, para a montagem deste filme.

Gonçalo Tocha esteve na Tapada da Tojeira a fazer um workshop de vídeo com o objetivo de ir recolhendo material para fazer uma curta-metragem sobre a biodiversidade em Ródão.

Gonçalo TochaCINEASTA

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“Um Bosque Perto de Si” e a Urgência de Caminhar no “Não Saber”!Professora Graça Passos

Neste início do seculo XXI vivemos um tempo de exceção. O sistema em que vivemos, alimentado pela mercadi-zação, colonização e democracias de baixa intensidade (1), está em rotura. Já não pode iludir mais a finitude dos recur-sos do planeta. O sistema tem de mudar, mas ainda não “sabe” como. Apressar a emergência de uma forma sem a matura-ção necessária arrisca a criação de algo monstruoso, então precisamos urgente-mente de manter essa suspensão entre a morte do velho e o nascimento do novo. É o “ não saber” que constitui a tessitu-ra deste tempo de exceção simultanea-mente excitante e assustador pelo que propicia de liberdade e pelo que envol-ve de risco. Viver hoje implica optar, em cada segundo, entre morrer com a morte do sistema ou envolvermo-nos intensamente na multiplicidade de formas de vida que agora podem germinar dentro e fora de nós.

A disciplina de Ciências Naturais é uma ótima fer-ramenta para praticar caminhar no “não saber”. Foi essa possibilidade que tornou o trabalho realizado no âmbito do projeto “Um Bosque perto de si”, com os alunos do 1º Ciclo e do 8º ano, tão interessante. Permanecemos lado a lado atentos aos seres que nos rodeiam, que nós olhamos todos os dias e não ve-mos. Foi “só” isso que fomos fazendo com a ajuda de outras pessoas – João Pedro Luz e Fernando Quei-rós, professores da E.S.A. de Castelo Branco, Sofia Neuparth investigadora em arte e ciência do c.e.m, Gonçalo Tocha, realizador de cinema e o professor Jorge Gouveia.

O professor João Pedro Luz tem dado apoio à iden-tificação das plantas e dos fungos desde o início do

projeto, em 2009, e este ano, pela primeira vez, veio ao bosque acompanhando uma das saídas de campo de maio. Ficámos a conhecer mais 50 espécies de plantas herbáceas.

Com o professor Fernando Queirós, observámos se-res vivos do solo em particular os opiliões. Estes ani-mais “são inofensivos e caracterizam-se pelas pernas articuladas excecionalmente longas em relação com o resto do corpo. Apesar das semelhanças superficiais com as aranhas, com as quais são geralmente confun-didos, estes aracnídeos representam um grupo distin-to” (2). Com o realizador Gonçalo Tocha, os alunos estiveram no Bosque da Achada a filmar os seres vivos com câmaras de vídeo. Existe agora a expectativa de que estes alunos – Paulo Solipa, Tiago Cruz, Hugo Ta-vares, João Gouveia e Vasco Veríssimo - continuem a trabalhar para se fazer um filme sobre a descoberta da variedade de formas de vida (biodiversidade) que habitam o Bosque da Achada e arredores. A ideia não é fazer um documentário científico, mas algo que faça

a ponte entre os adolescentes e o conheci-mento científico sobre a natureza.

Os alunos do 1º Ciclo têm uma capacida-de de observação e um entusiamo extraor-dinários e foi graças a eles que pudemos observar, fotografar e registar inúmeras es-pécies que agora vamos introduzir no nos-so site devidamente identificados, com a ajuda dos especialistas já referidos e de ou-tros que dão um apoio mais pontual, como a professora Luísa Nunes que publica o “Diário da Natureza” e veio recentemente visitar o bosque, e o C.B.A. da Universida-de de Lisboa e a equipa do Ciência Viva com quem sempre contamos.

Tem-se verificado um entusiamo cres-cente dos alunos em relação ao bosque, sendo de destacar a disponibilidade dos

alunos Joana Martins, Tiago Cruz e Ivo Patrício, que faz a coordenação. Este ano, aprofundou-se o conhe-cimento das espécies autóctones e o trabalho de sensi-bilização ambiental que se realiza no polivalente à hora do almoço. No entanto, as contingências próprias do ritmo da escola ainda não permitiram a concretização de algumas das atividades já pensadas – concurso de identificação de espécies, realização de visitas guiadas ao bosque para a comunidade em geral, seminário so-bre biodiversidade e apresentação pública da coleção biológica on-line.

Contamos com a continuidade do interesse e apoio da Direção da escola para aprofundar o trabalho de for-ma a conferir-lhe a consistência necessária à preserva-ção da biodiversidade local.

(1) SANTOS, B. (2012). Portugal - ensaio contra a autoflagelação. Coimbra: Almedina.

(2) Wikipédia

No início de outubro, a D. Cristi-

na Cardoso apanhou uma lagarta

(figura 1) a entrar no pavilhão de

aulas da nossa escola. Disse-me

que tinha uns corninhos laranja

que só apareciam às vezes. Eu

nunca os vi, mas constam no guia

que consultei depois. Arranjei um

frasco, uma rede para o cobrir e

um pequeno ramo que a lagarta

trepou freneticamente imobilizan-

do-se um pouco depois. Perdeu

a aparência de lagarta e adquiriu

uma cor muito verde com pintinhas

amarelas e uma forma globulosa

irregular (figura 2). O aluno João

Oliveira (8º ano) fez as primeiras

Visitas de Estudo | Talentos | Notícias

fotografias e ficámos ambos na ex-

pectativa de, uns dias depois, des-

cobrirmos quem era esta lagarta. O

tempo foi passando e não acontecia

nada. Já no final de maio fui, mais

uma vez, espreitar o frasco e de-

parei-me com uma linda borboleta.

Uma Papillio machaon (figura 3). Já

viram borboletas destas? Disseram-

me que dantes eram muito comuns.

Apesar de a transformação das la-

gartas na forma adulta dos insetos

não ser uma novidade, para mim

passei a olhá-las com outros olhos,

um pouco como as princesas dos

contos de fadas olham os sapos.

Professora Graça Passos

O Mistério da Lagarta

Figuras 1 a 3 (no sentido dos ponteiros

do relógio)

Page 19: "Gente em Ação" nº60 - Junho 2012

Gente em

AçãoE

-Mail: gente.vvr@

gmail.com

1960 | junho | 2012

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada6030-221 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 541 041Fax: +351 272 541 050

E-Mail: [email protected]

COORDENAçÃOProfessora Anabela Afonso

Professor Jorge Gouveia

GRAFISMO E PAGINAçÃOProfessor Luis Costa

Professor Helder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associa-

ção de Pais e Encarregados de Educação

IMPRESSÃOJornal Reconquista

Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNET

Webpage do Agrupamentohttp://www.anossaescola.com/rodao

Plataforma Moodle(Inclui a hemeroteca GA)

http://vvr.ccbi.com.pt

Facebookwww.facebook.com/Agrevvr

ROCK IN RIO 2012João Costa (8ºA)

O Rock in Rio é um festival de

música originário do Brasil idea-

lizado pelo empresário brasileiro

Roberto Medina e realizado pela

primeira vez em 1985. O r i g i n a l -

mente organizado no Rio de Janei-

ro, de onde vem o nome, tornou-se

um evento de repercussão mun-

dial e, em 2004, teve a sua primei-

ra edição fora do país, em Lisboa.

Ao longo da sua história, o Rock

in Rio teve dez edições, quatro no

Brasil, quatro em Portugal e duas

em Espanha. Em 2008, foi reali-

zado pela primeira vez em dois lo-

cais diferentes, Lisboa e Madrid.

Em 2013, o festival será realizado

em Buenos Aires, na Argentina.

Eu vou falar de duas bandas que

atuaram e abriram os 2 primeiros

dias do Rock in Rio, Lisboa, os Se-

pultura e os Limp Bizkit, que também

são as minhas bandas preferidas.

Sugestões - Jogos e Multimédia

Assassin’s Creed Brotherhood

Vivem e respiram como Ezio Auditore de Florenza, um mestre assassino len-dário, na sua luta permanente contra a ordem dos templários poderoso através de memórias genéticas de Desmond Mi-les utilizando o Animus 2.0s uma máqui-na que permite viver vidas passadas da pessoa que se liga a esta.

Neste jogo, temos o privilégio de viajar para a maior cidade de Itália, Roma, em 1503, centro do poder, ganância e cor-rupção para atacar o coração do inimigo. O jogador vai poder viver Roma e sentir a respiração da cidade. Derrotar os ti-ranos corruptos no poder vai exigir não só a força, mas a liderança de Ezio que comanda uma fraternidade de assassi-nos que se vai reunir a seu lado. Ape-nas trabalhando juntos podem derrotar os assassinos dos seus inimigos mortais e evitar a extinção da sua ordem. O jo-

gador terá que reconstruir Roma, que está em ruínas graças ao governo corrupto dos Templários sobre os es-tados Papais, concentrando o poder no Vaticano.

Podemos colaborar com personagens históricas reais, como Leonardo da Vinci, Maquiavel Niccolo e

Caterina Sforza. Para eliminar rapida-mente os nossos inimigos, podemos usar ferramentas como dardos envene-nados, pára-quedas, duas lâminas es-condidas nos braços, entre outros. Ezio e os seus discípulos têm capacidades de luta e locomoção incríveis, como o Parkour. Desenvolvido pela Ubisoft para a Microsoft Windows, PlayStation 3 e Xbox 360, este jogo foi lançado em novembro de 2010.

O jogo tem muitas mais surpresas, mas não as vou revelar todas, apenas deixo uma dica: nem tudo o que parece é (Maçã de Éden), e o Ezio ainda tem muito para mostrar. Eu já acabei o jogo e achei que os gráficos e que a noção de realidade é perfeita. O final do jogo é muito empolgante para continuar a jo-gar as edições seguintes.

Ivo Patricio (8ºA)

PC | ONLINE

A capa do último álbum dos Sepultura

Os Sepultura abriram o primei-

ro dia com os TAMBOURS DU

BRONX. Esta é uma banda brasilei-

ra de metal surgida em 1984 e pos-

sui influências diversificadas, que

vão desde o black metal e death

metal, passando pelo thrash metal,

até inspirações externas ao metal,

como hardcore, música tribal africa-

na e japonesa, música indígena, en-

tre outros diversos estilos musicais.

A banda que abriu o segundo

dia do Rock in Rio, Lisboa, foram

os Limp Bizkit que são uma ban-

da norte-americana de nu metal,

metal alternativo e rap metal for-

mada em Jacksonville, Flórida.

Os Limp Bizkit foram nomeados

para três Grammy Awards e já ga-

nharam vários outros prémios. A

banda já vendeu mais de 33 mi-

lhões de álbuns no mundo inteiro.

Page 20: "Gente em Ação" nº60 - Junho 2012

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60 | junho | 2012

Última Página

ANO LETIVO 2011/2012 TERMINA EM FESTA

Dia do Agrupamento / Arraial PopularProfessor Luís Costa

Como já é tradição no nosso Agrupamento, o ano le-

tivo terminou em festa. No passado dia 15 de junho, a

comunidade educativa reuniu-se na escola sede para

uma festa diferente. Este ano, o Conselho Pedagógico

optou por organizar, em conjunto com a Associação de

Pais e Encarregados de Educação, um arraial popular.

Durante a tarde / noite participaram na festa cerca

de 500 pessoas. Esta começou com um jogo de futsal

entre pais e alunos, que estes venceram brilhantemen-

te por 7-4. Depois de uma pausa para o banho, segui-

ram-se as danças do pré-escolar, no final das quais os

alunos de 5 anos receberam o diploma de conclusão

da educação pré-escolar. Em setembro esperamos por

eles “cá em cima”!

Seguiu-se o momento alto da festa: a apresentação

das marchas populares, nas quais participaram os alu-

nos do 1º Ciclo, os seus professores, pais e funcionários

do Agrupamento. Foi um sucesso, que será partilhado

com os visitantes da Feira de Atividades do Concelho.

Depois de uma sardinhada (e não só…), foram apre-

sentados os “destaques do ano”, que terminaram com

uma fantástica surpresa organizada pelos alunos do 9º

ano: entregaram aos seus professores e aos elementos

da Direção um diploma muito especial. No final, havia

lágrimas nas faces de alguns alunos e professores.

Esta escola será sempre a vossa escola, meninos!

O final da noite foi abrilhantado pela apresentação

de dois grupos de bombos: “Toc & Ródão” e “Gentes

de Ródão”. Finalmente, os mais aventureiros puderam

viver pela primeira vez ou reviver alguns momentos da

infância saltando uma fogueira que ardia junto à caixa

de areia. Que melhor final de ano se poderia desejar?

Para além da referida colaboração da Associação

de Pais e Encarregados de Educação e da Câmara

Municipal de Vila Velha de Ródão, a Direção agrade-

ce aos Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Ródão,

aos grupos “Toc & Ródão” e “Gentes de Ródão” e aos

nossos fornecedores (Aviludo; Beira Sumos; Friguarda;

Fumeiro do Pinhal; Sabores de Ródão) o grande apoio

que nos deram. Finalmente, uma palavra especial de

agradecimento a todos os funcionários, professores,

pais e alunos que participaram na organização deste

evento.

Aos Alunos do 9º AnoEstá a terminar o vosso percurso

na nossa escola. No próximo mês de setembro, estarão a iniciar uma nova e importantíssima etapa das vossas vidas. Queremos desejar-vos o melhor que a vida vos puder oferecer, pessoal e profissional-mente. Tal como vocês disseram na carta que nos ofereceram no dia do baile de finalistas, “A esco-la não é apenas aulas e trabalhos, mas sim convívio e amizade. Po-demos ter orgulho na relação que existe entre alunos, professores e funcionários”. Em nome de todos os vossos professores, agradece-mos as vossas simpáticas palavras de reconhecimento e os fantásticos

momentos que nos proporcionaram, no dia do jantar / baile de finalistas e no dia do encerramento do ano letivo.

Esta escola será sempre vossa!O Diretor, Luís Costa