GENOGRAMA ECOMAPA ESCALA DE COELHO

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GENOGRAMA ECOMAPA ESCALA DE COELHO Município: Jeriquara – SP DRS - VIII

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GENOGRAMA ECOMAPA

ESCALA DE COELHO

Município: Jeriquara – SP DRS - VIII

JERIQUARA - SP

Jeriquara é um município brasileiro do estado de São Paulo.

Jeriquara é vocábulo indígena que significa "refúgio dos pagagaios". Do tupi ajeru ou ajuru: papagaio;

e quaraou coara: buraco, cova, esconderijo, refúgio.

Localiza-se a uma latitude 20º18'40" sul e a uma longitude 47º35'21" oeste, estando a uma altitude de

860 metros. Sua população estimada é de 3.700 habitantes. Possui uma área de 141,0 km².

Histórico Familiar - Levantamento de dados

S.B.S. 71 anos, analfabeta, reside neste município +- 30 anos, separada porém convive com seu ex cônjuge, 4 filhos, 1 mulher e 3 homens, hipertensa, diabética, obesa, encontra-se em condições precárias de higiene em sua moradia. Vive com ela seu filho E.P.B. 33 anos, separado, 1 filho com a ex esposa, sapateiro no município de Franca, seu ex marido e pai de seus filhos J.C.O de 80 anos reside nos fundos de sua residência, encontra-se em desnutrição e possui deficiência auditiva, higiene precária, fica dependente dos cuidados de sua família e equipe do ESF para todas suas necessidades.

TRABALHO DESENVOLVIDO PELO ESF

A senhora S.B.S. não realiza o uso de medicações prescritas para seus problemas de saúde, mesmo com supervisão e acompanhamento de equipe do ESF. Um de seus filhos está preso por trafico de drogas e ele possui 4 filhos que não residem com ela.

Sua filha mais velha A.P.A.S. de 39 anos tem relacionamento distante com sua mãe, é casada e possui 2 filhos, estes não sendo do atual casamento.

O seu filho mais novo G.A.B. de 31 anos mora sozinho, separado e tem 1 filho do primeiro casamento, trabalha como servente de pedreiro e boatos da comunidade referem ele realizar trafico de drogas.

Genograma 71 80

39 33 36 31

Do Lar Aposentado

Presidiário Sapateiro Servente pedreiro Do lar

Ecomapa

71 80

39 33 36 31

Do Lar Aposentado

Presidiário Sapateiro Servente pedreiro

Do lar

ESF

Secretaria de saúde de Jeriquara

Igreja Igreja

Setor social

Escala de Coelho e Savassi

Escore

3

3

2

1

1

1

1

relação Morador/cômodo Se menor que 1 0

Diabetes Mellitus

Tabela 01. Dados da Ficha A do SIAB Sentinelas de Risco e escore de pontuação de risco.

Drogadição

Analfabetismo

Maior de 70 anos

Hipertensão Arterial Sistêmica

Dados da Ficha A

Baixas condições de saneamento

Desnutrição (Grave)

Maior que 9 R 3 – Risco Máximo

Classificação de risco:

Resultado: Escore12

Ações da equipe do ESF

Visto a classificação que indicou R3 – Risco Máximo, desenvolvemos através de reuniões semanais com a equipe, medidas estratégicas envolvendo TODOS os profissionais afim de

gerar impacto e soluções que possam mudar a realidade de vida da família.

Principais Problemas

Precárias Condições de Higiene;

Não adaptação ao tratamento medicamentoso;

Má alimentação ( Desnutrição Aparente);

Ausência de cuidados pelos filhos;

Trafego de drogas ilícitas;

Má comunicação por deficiência auditiva.

Ações

No que diz respeito aos problemas: Precárias Condições de Higiene; Não adaptação ao tratamento medicamentoso e Má alimentação ( Desnutrição Aparente) a equipe realiza visitas domiciliares, onde o agente comunitário de saúde orienta sobre cuidados com a casa e limpeza, além de organizar juntamente com a técnica de enfermagem, pacotes dividindo a medicação de cada período do dia, conferindo o uso correto após data de entrega. Facilitando e ''fiscalizando'' o uso adequado da medicação.

No que diz respeito a desnutrição a nutricionista do ESF realiza visitas onde avaliou o caso e prescreveu uma dieta industrializada que complementaria a alimentação, sendo que a forma liquida é a de mais fácil ingesta de calorias e nutrientes pelo paciente. As dietas foram doadas pela Secretária de Saúde do Munícipio. Realizado acompanhamento nutricional periodico.

No que diz respeito a má comunicação por deficiência auditiva, foi realizado encaminhamento médico para especialista onde prescreve o uso de aparelho e já se encontra com o paciente. O mesmo está em fase de

adaptação.

Os problemas de ausência de cuidados pelos filhos e trafego de drogas ilícitas; foram encaminhados para o setor social

onde aguardamos resposta. Mas todo apoio psicológico será dado pela equipe de saúde caso alguma intercorrência.

Durante visitas de rotina, agendamos consulta com médica na unidade, onde o clinico solicitou exames de sangue que não apresentaram alterações . Foram prescritas vitaminas e

hidratação venosa.

Territorialização Visa 0 conhecimento do território como área física,

considerando suas barreiras geográficas, os dificultadores e facilitadores para o acesso aos serviços de saúde e a base

humana onde as relações, as formas de produção são determinantes do perfil desse território.

Para o processo de territorialização foi necessário :

1 - Construir a analise das condições de vida e saúde da população adscrita ESF;

Durante o processo levantamos os problemas de saúde em número e localização, condições de moradia e saneamento

básico, taxa de analfabetismo, sendo que essa fase acompanha juntamente a Escala de Coelho e Savassi.

2 - Realizar mapeamento da área e das microareas:

Definimos de acordo com a quantidade de pessoas, onde delimitamos ruas para cada agente comunitário de saúde. Send0 que

a cidade está divida em 5 microareas, para 5 agentes.

3- Realizar planejamento local das atividades.

São criadas estratégias de acordo com as necessidades de cada setor, onde o agente tras as informações para a equipe e são planejadas

medidas.

Exemplo:

Microárea 01: Alto numero de hipertensos

Microárea 02: Alto número de transtornos mentais

Microárea 03: Alto número de idosos

Microárea 04: Alto número de usuários de drogas ilicitas

Microárea 05: Alto número de obesos

Ações estratégicas

Grupos de orientação alimentar para controle de obesidade e doenças crônicas

Grupos de transtornos mentais com agenda programada especifica médica da família

Palestras educativas sobre uso de álcool, drogas e sexualidade nas escolas.

“Para reconhecer seu território de responsabilidade para além da paisagem, não basta a equipe da unidade de

saúde o olhar desarmado, que não ultrapassa a superfície dos fenômenos. Recomenda-se a aproximação com o

olhar do antropólogo, que procura ativamente estranhar o que lhe é familiar e familiarizar-se com o que lhe é

estranho” (CHIESA; KON, 2007 p. 313)