Freud X Lacan

download Freud X Lacan

of 3

description

Freud X Lacan

Transcript of Freud X Lacan

Freud X Lacan: Complexas diferenas entre gnios. Complexasmesmo!BY GIOVANA CASTRO11 DE MARO DE 2011

Aclnica freudiana foi relida por Lacan tanto como clnica da angstia, como clnica da falta no Outro, ou ainda, como a clnica da transferncia. Observa-se que a razo do sujeito procurar um analista est no fato de ele supor que o analista saiba sobre sua falta, saiba sobre a causa de seu sofrimento. Devido ao sujeito supor que o outro tenha o que lhe falta, a clnica freudiana pode ser nomeada como clnica da transferncia, na medida em que o analista ocupar o lugar de saber sobre a falta.Segundo Lacan, de acordo com a leitura que ele faz de Freud, haveria 3 possibilidades de o sujeito negar a falta no outro, o que seria uma releitura diferente em relao clnica psiquitrica, pois Lacan no tomou as neuroses, as psicoses e as perverses definidas somente com os critrios herdados da psiquiatria. Lacan organizou a psicopatologia sustentado na observao da clnica psicanaltica, referindo-se aos mecanismos de defesa elaborados por Freud.O que possibilita o sujeito negar a falta no outro so operaes psquicas, descritas por Freud como mecanismos de defesa. Orecalque, por exemplo, uma operao psquica que visa afastar uma representao do campo da conscinciaNA OBRA DE FREUD POSSVEL ENCONTRAR DUAS OUTRAS DESCRIES DO ESTILO DO SUJEITO NEGAR A FALTA NO OUTRO: APERVERSO, E APSICOSE.NESSA ORDENAO QUE LACAN FEZ DA CLNICA FREUDIANA, NO POSSVEL PORTANTO USAR-SE AS CATEGORIAS DE PSICOPATIA OU OUTRAS ENTIDADES NOSOLGICAS QUE S VEZES SE ENCONTRAM NA TEORIA PSICANALTICA POIS, NESTA LGICA, A DEPRESSO NO SERIA UMA ESTRUTURA, MAS UMSINTOMAQUE PODERIA SER DE UMA NEUROSE, OU DE UMA PSICOSE. ISSO PORQUE A DEPRESSO NO SERIA UM MECANISMO DE DEFESA POIS, O QUE OCORRE NA DEPRESSO UMA PERDA DE OBJETO, DIFERENTEMENTE DA NEUROSE, ONDE O MECANISMO DE DEFESAORECALQUE.NO HAVERIA NENHUM MECANISMO DE DEFESA PRPRIO DEPRESSO, E SUA NICA CARACTERSTICA CLNICA PODE SER FORMALIZADA EM REFERNCIA PERDA DE OBJETO.DA MESMA FORMA, A PERVERSO NO SERIA UM SINTOMA EXCLUSIVAMENTE SEXUAL. SERIA POSSVEL EXISTIR PERVERSES QUE, VISTAS COM ESSA CATEGORIZAO PSICANALTICA, NO TIVESSEM ENVOLVIMENTO SEXUAL NENHUM.UM MRITO DE FREUD FOI O DE ORDENAR A PSICOPATOLOGIA, PRINCIPALMENTE NO QUE SE REFERE SNEUROSES. O FOCO DESTA ORGANIZAO SERIA AANGSTIA, POSTERIORMENTE FORMULADA COMO CAUSA DO RECALQUE E CONSEQNCIA DA AMEAA DE CASTRAO. TUDO ISSO PARA DAR CONTA DO SINTOMA, EFEITO DA DEFESA CONTRA A ANGSTIA. POR ISSO UM SINTOMA DETM UM SENTIDO PASSVEL DE DECIFRAO PELA ANLISE, TENDO COMO CONSEQNCIA SUAMODIFICAO MARAVILHA, A CURA!DENTRO DA PSIQUIATRIA USA-SE TAMBM A CATEGORIA DIAGNSTICAPSICOPATIA, QUE GENERALIZADAMENTE, CERCA TODAS AS PATOLOGIAS DA MENTE, PORM H NO DIAGNSTICO DE PSICOPATIA UMA CONOTAO SOCIAL, ONDE O PSICOPATA SERIA DEFINIDO COMO AQUELE QUE FAZ SOFRER E NO SOFRE.ESCREVI ISSO TUDO PARA DIZER QUE A CLNICA PSICANALTICA HERDEIRA DA CLNICA PSIQUITRICA EQUE A PSIQUIATRIA SE TRANSFORMA DENTRO PSICANLISE, POIS OS TERMOS PSICOPATOLGICOS SO MODIFICADOS QUANDO UTILIZADOS POR ELA. POR EXEMPLO, EM SUA PROPOSTA DE ORDENAO DAS PSICOSES, MELANIE KLEIN FOCOU NO EIXO DA ESQUIZOFRENIA MELANCOLIA. J LACAN USOU O EIXO ESQUIZOFRENIA PARANIA, E, AO PREFERIR ESTE EIXO DA PSICOSE, A SIGNIFICOU DE MODO TOTALMENTE DIVERSO.APESAR DO AINDA CONTROVERSO TEMA DA EXISTNCIA DOINSTINTO AGRESSIVOEM NOSSA ESPCIE, PELO MENOS ENTRE AS TEORIAS PSICANALTICAS NO H DVIDAS SOBRE A NATUREZA DA COMPULSO REPETIO E CARACTERSTICASSDICASDE SUAS MANIFESTAES DESCRITAS PORFREUDNO ENSAIO: ALM DO PRINCPIO DO PRAZER.Freud escreveu um artigo chamado Alguns tipos de carter encontrados no trabalho psicanaltico, no qual fala de 3 tipos de carter. Um deles :criminosos em conseqncia de sentimento de culpa, no qual fala sobre o que conhecemos como psicopatia. Segundo ele, h indivduos que, sob presso de um sentimento de culpa inconsciente, buscam por meio de um ato criminoso o alvio e a justificao de tal culpa. um certo paradoxo dizer sentimento de culpa inconsciente j que o sentimento no pode ser inconsciente quando faz parte daquele que o sente, mas na verdade Freud deseja expr uma representao psquica que estaria ligada a esse sentimento que est fora da conscincia do indivduo.Os atos ilcitos como furtos, fraudes, incndios relatados por seus pacientes comearam a chamar a sua ateno quando eram cometidos por pacientes durante o tratamento e em idade muito posterior a puberdade. Com isso, ele constatou a preexistncia de um penoso sentimento de culpa anterior a transgresso real. Freud faz a distino deste tipo de carter, dos delinqentes adultos que cometem delitos sem sentimento de culpa, queles que no desenvolvem inibies morais, comoaqueles que crem justificada sua conduta por uma luta contra a sociedade. Neste sentido, ele no chamou tal criminoso neurtico de psicopata, mas inaugurou toda uma linha de pesquisa sobre os determinantes neurticos de um ato criminoso.Em Tipos libidinais, Freud traa um quadro de classificao definida pela organizao da libido, fazendo meno a um tipo queapresenta alguns dos fatores essenciais que condicionam a criminalidade. Ele parte de trs tipos principais: oertico(cuja libido voltada, na maior parte, para a vida amorosa, com angstia da perda do amor, dependncias de objetos externos e tendo como principal necessidade ser amado); oobsessivo(dominado pela ao do superego e pela angstia moral) e onarcisista, queno apresenta tenso entre o ego e o superego nem predominncia das necessidades erticas, orientado para a autoconservao, autnomo e pouco intimidvel; impe-se como personalidade particularmente qualificada para servir de sustento a outros, assegurar o papel de lder, dar desenvolvimento cultural a novas pulses ou atacar aquilo que est estabelecido. Nesta qualidade de ser transgressivo s normas vigente, ele pode tanto se aproximar da imagem de heri quanto do criminoso. Com esta caracterizao, o criminoso se aproxima da figura de psictico em funo dos destinos possveis do narcisismo muito comum no cinema Hollywoodiano, onde seria-killers so muitas vezes admirados pelo espectador.Considerando os diferenciais tericos, meus estudos so baseados nas obras de Freud, e considero a Psicopatia o transtorno de personalidade mais disfarvel aos olhos dos leigos, pois a princpio se trata de uma pessoa simptica, doce, inteligente, mas por trs dessa mscara, encontra-se um ser macabro, calculista e frio, que enfrenta as leis, transgride-as e tem prazer nisso e que poucas vezes se trai em uma conversa. Ele tem conscincia do seu transtorno, sabe exatamente o que fazer para machucar algum e faz o necessrio para atingir seus objetivos. Resumindo muito a teoria freudiana sobre este assundo, esse transtorno se desenvolve na infncia, na fase chamada flica, quando a criana comea a ter conscincia do seus rgo genitais, e passa a se identificar com as figuras parentais e havendo a castrao no Complexo de dipo. Caso isso no acontea, essa criana vai crescer com a conscincia de que tudo pode e que no existem regras.*** Agradeo Aline Gobbi pela sugesto de fazer um estudo sobre Lacan.***

Fonte;:https://giovanagcastro.wordpress.com/2011/03/11/freud-x-lacan-complexas-diferenas-entre-gnios-bem-complexas/