Freire Resumo

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TERÇAFEIRA, 7 DE JULHO DE 2009

Ação cultural para a liberdade e outros escritosSOBRE PAULO FREIRE

Paulo Freire nasceu em 1921, em Recife, e faleceu em 1997. É consideradoum grande pedagogo brasileiro, que trouxe consideráveis contribuiçõessobre a educação popular. Sua primeira experiência no âmbito educacionalocorreu no Rio Grande no Norte, quando alfabetizou 300 trabalhadores em45 dias. Também teve envolvimento com o Movimento CulturalPopular.Com o advento da ditadura militar, no entanto, Paulo Freire foipreso e exilado no Chile, onde continua atuando como excelente educador,contribuindo para a superação do analfabetismo do país.Quando retornaao Brasil, Freire escreve livros e atua como docente em algumasuniversidades, incluindo a UNICAMP; e também tornase SecretárioMunicipal da Educação em São Paulo.Entre os livros que escreveu, estão:Pedagogia do oprimido, Educação como Prática de Liberdade, Vivendo eAprendendo e A importância do ato de ler.

INTRODUÇÃOEste livro é uma coletânea de artigos escritos entre 1968 e 1974, que, comexceção de alguns, não foram muito divulgados. Freire, ao juntar estesartigos, tinha como objetivo provocar discussões e reflexão sobre algumasquestões por ele suscitadas.Logo no primeiro artigo (e também em outros) oautor faz algumas pontuações sobre o estudo e a prática da leitura e daescrita, provocando no leitor um novo posicionamento não só para oprosseguimento da leitura deste livro, mas também para qualquer estudo efrente ao mundo que nos cerca. Freire nos convida a realizar uma leituracritica. Para tanto, é preciso que o leitor não assuma a função de simplesdepósito de idéias, mas sim sujeitos que recrie, reinvente e reescreve aquiloque leu, relacionando com outras áreas do conhecimento. Assim o estudonão se reduz na relação sujeito e livro, mas nos possibilita uma relaçãoentre sujeito e mundo. Os artigos explicitam grande coerência entre aquiloque Freire acreditava e aquilo que realizava. Através de artigos quedemonstram a indissociável e necessária ligação entre teoria e prática vínculo muitas vezes prejudicado pelo pensamento errôneo Paulo Freireestabelece relações entre alfabetização de adultos, conscientização,transformação da realidade e reforma agrária, elementos presentes eenfatizados ao longo de todo o livro.Assim, ao invés de detalhar artigo porartigo, decidimos, através da leitura do livro, levantar duas principaisidéias discutidas e problematizadas por Freire; e trazer as contribuições decada artigo de um modo abrangente. Falaremos destas idéiasseparadamente, porém sem infringir o vínculo existente entre ambas: aalfabetização de adultos e a conscientização de classes populares.

A ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOSComumente, o analfabetismo é visto como um mal a ser curado. Noentanto, mais que um problema pedagógico, a existência de adultosanalfabetos indicam um problema político, explicitam a injustiça de umasociedade onde existem opressores e oprimidos. Esta relação se manifestajá no próprio método de alfabetização. Os analfabetos são vistoscomumente como um mal da sociedade, entes que precisam ser salvosatravés da alfabetização, de preferência realizados por campanhaspolíticas. Paulo Freire questiona o ensino oferecido aos analfabetos, nosmoldes da cartilha, ou seja, através da repetição de sílabas e frasesdesprovidas de sentido. Não que este seja um método incapaz de ensinar aler e escrever. O problema é que ensina algo mais, de modo velado: asubmissão. O método referido não possibilita espaço para a criação,invenção, discussão e participação do alfabetizando, pois consiste somente

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Junho (1)

na assimilação de sílabas, construção de palavras e de frases. A leitura e aescrita, nestes moldes, apresentamse desconexas da realidade dostrabalhadores, daqueles que foram privados do direito de aprender a ler eescrever. Para Freire, este método implica ainda em outra conseqüência: anão possibilidade de realizar a leitura de sua própria realidade e daopressão em que vive. Através de um ensino que não incita a criatividade ereflexão, dificilmente acontecerá a conscientização e, por fim, atransformação da realidade.É neste sentido que Freire diz sobre o caráterlibertador da educação. A alfabetização dita anteriormente mantém oanalfabetismo político, assumindo um caráter domesticador. Para serlibertadora, no entanto, precisa ser também conscientizadora da realidade,e possibilitar a transformação social. Paulo Freire afirma ainda que só aconscientização não basta para modificar o sistema. É preciso também queaconteça uma organização revolucionária entre os camponeses.

AÇÃO CULTURAL PARA A LIBERTAÇÃOPARTE 1Na primeira parte deste artigo, o autor subdivide as idéias iniciais em doisfocos principais. O primeiro foco trata a questão de que "toda práticaeducativa implica uma concepção dos seres humanos e do mundo". PauloFreire exemplifica esta colocação quando se refere a escolha de duascartilhas que seriam empregadas para o processo de alfabetização de umdeterminado grupo de indivíduos, pois ele se refere que através de uma dascartilhas citadas, os alfabetizandos teriam muito mais facilidade emadquirir a técnica de leitura e escrita porque seu autor optou por utilizarpalavras que estão mais próximas a sua realidade, e a outra cartilha citadanão alcançaria resultados tão efetivos quanto a primeira pois se ocupou deselecionar, para compor seu conteúdo, palavras que explorem asdificuldades fonéticas que o aluno possa encontrar em seu aprendizado.Através deste exemplo o autor critica a visão de "subnutridos" que osanalfabetos carregam perante a sociedade letrada, pois a segunda cartilhacitada é a mais comumente encontrada nos processos de alfabetização e,esta por sua vez, tende a considerar o individuo a ser alfabetizado como umser que necessita ser "preenchido", e não considera na maioria das vezes,como aliado a sua educação, as experiências que aquele aluno já carregaem si. Um outro fato abordado pelo autor neste primeiro momento édenominado "o processo de alfabetização de adultos como um ato deconhecimento". Para Paulo Freire, o processo de alfabetização necessitaque haja um autêntico diálogo entre educadores e educandos e que, a partirdesta perspectiva, o educando assuma um papel de sujeito criador de seupróprio processo educativo, pois o aprendizado da técnica por si só, não ofaz um sujeito alfabetizado. Segundo o autor, o processo de alfabetizaçãodeve relacionar o ato de transformar o mundo, onde o individuo estáinserido, ao ato de verbalizálo, ou seja, de nomear as ações que esteindivíduo cria com a sociedade ao seu redor. É interessante citar tambémque ao suscitar esta narrativa que levanta hipóteses e cria teses acerca doprocesso de "dar significado" ao mundo de forma autentica e própria aoadquirir a técnica de leitura e escrita, o autor cita Chomsky paraexemplificar suas teorias nos processos de codificação e decodificação dassituações concretas.

PARTE 2O autor inicia este trecho referindose a grande questão que separa sereshumanos dos animais. Ele demonstra que o fato de sermos seres quepensam criticamente suas ações no mundo e que tem consciência dasmudanças que podemos ocasionar na sociedade nos diferenciaradicalmente dos animais pois estamos vivendo no mundo e com o mundo.Neste momento o autor faz uma critica ao subjetivismo e ao behaviorismoque, segundo ele, o primeiro considera os seres humanos como máquinas eo segundo denota sua consciência como "mera abstração".O autordemonstra, nesse momento, a importância que considera ao permitir aoindivíduo que está se alfabetizando que ele atenhase e permitase em seupróprio processo criativo e dialógico com o educando e com suas própriasexperiências, pois para transformar o mundo, é inegável que aquele quetrará as mudanças, deixará impregnado marcas próprias de seu trabalho.

Bibliografia:FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade: e outros escritos.12. ed. São Paulo: Paz eTerra, 2007.

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Fernanda 6 de dezembro de 2012 15:25

Muito bom. Foi importante para a construção de um texto sucintosobre Paulo Freire.

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