Frase complexa blog

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1 COLÉGIO AMOR DE DEUS – CASCAIS Português Ano Letivo 2011-2012 Para compreender melhor… A Frase Complexa Orações coordenadas Não exercem funções sintáticas entre si e não podem ser antepostas Assindéticas construção de coordenação cujos membros não iniciais não são introduzidas por uma conjunção O João foi à escola, a Teresa ficou em casa. A Eva partiu um copou, comprou um prato. Sindéticas construção de coordenação cujos membros não iniciais são introduzidas por uma conjunção Copulativas Relação de adição O João foi à praia e a Maria ficou em casa. Adversativas Relação de contraste face a um pressuposto expresso ou implícito na frase ou oração com que se combina. Estou constipado, mas vou trabalhar. Disjuntivas Relação de alternância Ou o João foi à praia ou a Maria ficou em casa. Conclusivas Relação de conclusão Estou constipado, logo não vou trabalhar. Explicativas Relação de justificação ou explicação O João está com medo, pois estou a vê-lo a tremer. Orações Subordinadas Uma oração subordinada está dependente de outra, a subordinante, e desempenha em relação a esta uma determinada função sintática. Substantivas Quando a subordinada desempenha a função de sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo. Completivas Podem ser introduzidas por uma conjunção subordinativa completiva: que, se, para. Completam o sentido do elemento subordinante. Podem ser finitas ou não finitas. Espanta-me que ele não tenha vindo. – funciona como sujeito A mãe perguntou se queremos jantar já. A professora pediu para sair mais tarde. O Manuel afirmou adorar música chilena. Relativas (sem antecedente) Introduzidas pelas palavras relativas (quem, o que, onde, quanto). Usadas sem nome antecedente ao qual se referem. Podem ser finitas ou não finitas. Quem vai ao mar perde o lugar. Ela compra roupa onde calha. O que fizeste está errado. Emprestei quantos livros tinha. Adjetivas desempenham a função de modificador restritivo e apositivo, própria do adjetivo. São introduzidas pelas palavras relativas (que, quem, o qual (os quais, a qual, as quais), cujo (cujos, cuja, cujas), quanto (quantos, quanta, quantas) e onde) Possui antecedente. Relativas Explicativas São isoladas por vírgulas pois, se retiradas da frase, não alteram o sentido da subordinante: apenas acrescentam uma informação adicional relativamente ao antecedente (exercem a função sintática de modificador apositivo). A literatura, que é imortal, encanta os estudantes. O escritor, que nasceu no Brasil, ganhou o prémio Nobel. O escritor ganhou o prémio Nobel, o que envaideceu a sua família. Relativas Restritivas Não são isoladas por vírgulas e, se retiradas da frase, alteram o sentido da subordinante pois restringem a informação dada sobre o antecedente (exercem a função sintática de modificador restritivo). Os poemas que foram escritos por Neruda são património da humanidade. Os meus alunos que estudam têm boas notas.

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C O L É G I O A M O R D E D E U S – C A S C A I S P o r t u g u ê s

A n o L e t i v o 2 0 1 1 - 2 0 1 2

Para compreender melhor… 

A Frase Complexa

Orações coordenadas

Não exercem

funções sintáticas entre si e não

podem ser antepostas

Assindéticas construção de

coordenação cujos membros não iniciais não são introduzidas por uma conjunção

O João foi à escola, a Teresa ficou em casa. A Eva partiu um copou, comprou um prato.

Sindéticas construção de

coordenação cujos membros não iniciais são introduzidas por

uma conjunção

Copulativas Relação de adição

O João foi à praia e a Maria ficou em casa.

Adversativas Relação de contraste face a um

pressuposto expresso ou implícito na frase ou oração com que se

combina.

Estou constipado, mas vou trabalhar.

Disjuntivas Relação de alternância

Ou o João foi à praia ou a Maria ficou em casa.

Conclusivas Relação de conclusão

Estou constipado, logo não vou trabalhar.

Explicativas Relação de justificação ou

explicação

O João está com medo, pois estou a vê-lo a tremer.

Orações Subordinadas

Uma oração

subordinada está dependente de

outra, a subordinante, e

desempenha em relação a esta

uma determinada função sintática.

Substantivas Quando a

subordinada desempenha a

função de sujeito ou complemento de um

verbo, nome ou adjetivo.

Completivas

Podem ser introduzidas por uma conjunção subordinativa

completiva: que, se, para. Completam o sentido do

elemento subordinante. Podem ser finitas ou não finitas.

Espanta-me que ele não tenha vindo. – funciona

como sujeito

A mãe perguntou se queremos jantar já.

A professora pediu para sair mais tarde.

O Manuel afirmou adorar música chilena.

Relativas (sem antecedente)

Introduzidas pelas palavras relativas (quem, o que, onde, quanto). Usadas sem nome

antecedente ao qual se referem. Podem ser finitas ou não finitas.

Quem vai ao mar perde o lugar. Ela compra roupa onde calha. O que fizeste está errado. Emprestei quantos livros tinha.

Adjetivas desempenham a

função de modificador restritivo e apositivo, própria

do adjetivo. São introduzidas pelas palavras relativas

(que, quem, o qual (os quais, a qual, as quais), cujo (cujos, cuja, cujas), quanto (quantos, quanta, quantas) e onde)

Possui antecedente.

Relativas Explicativas

São isoladas por vírgulas pois, se retiradas da frase, não alteram o sentido da subordinante: apenas

acrescentam uma informação adicional relativamente ao

antecedente (exercem a função sintática de modificador

apositivo).

A literatura, que é imortal, encanta os estudantes. O escritor, que nasceu no Brasil, ganhou o prémio Nobel. O escritor ganhou o prémio Nobel, o que envaideceu a sua família.

Relativas Restritivas Não são isoladas por vírgulas e, se retiradas da frase, alteram o sentido da subordinante pois restringem a informação dada

sobre o antecedente (exercem a função sintática de modificador

restritivo).

Os poemas que foram escritos por Neruda são património da humanidade. Os meus alunos que estudam têm boas notas.

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Orações Subordinadas

Uma oração

subordinada está dependente de

outra, a subordinante, e

desempenha em relação a esta

uma determinada função sintática.

Adverbiais Quando as orações

subordinadas desempenham a

função sintática de modificadores da frase ou do grupo

verbal.

Causais

Exprime a razão, o motivo do evento descrito na subordinante ou apresenta uma justificação

para o que é expresso na subordinante. Podem ser finitas

ou não finitas.

Como a Maria estava doente, o João não quis sair. Eles não vêm à festa visto estarem com sarampo. Por perder o comboio, chegou três horas atrasada.

Finais

Exprime o propósito, a intenção da realização da situação descrita

na subordinante. Podem ser finitas ou não finitas.

Para que a minha filha ficasse contente, convidei o Pedro. Vieram para ver o filme.

Temporais

Estabelece uma referência temporal em relação à qual a subordinante é interpretada.

Podem ser finitas ou não finitas.

A Teresa, assim que acabou o trabalho, foi ao cinema. Batidas as claras, deve juntar-se baunilha. Chegando a casa, cruzei-me com a minha prima.

Concessivas

Transmite uma ideia de contraste face a um pressuposto expresso

ou implícito na subordinante. Podem ser finitas ou não finitas.

A Maria, embora tenha fome, não é capaz de comer. Apesar de ter fome, a Maria não é capaz de comer. Mesmo gostando de feijoada, hoje não vou à tua casa.

Condicionais Exprime a condição em que se verifica o facto expresso pela

proposição contida na subordinante. Podem ser finitas

ou não finitas.

Se comeste chocolate, tinhas fome. (real/factual – verbo no indicativo) Se comer chocolate, fico com alergia. (hipotética – verbo no futuro ou presente do conjuntivo) Se comesse chocolate, ficaria com alergia. (irreais/contrafactuais – pretérito imperfeito ou mais-que-perfeito do conjuntivo) A acreditar no que ele diz, ela mentiu. (hipotética – verbo no infinitivo)

Comparativas

Exprime o grau. Na maioria dos casos a construção da subordinada adverbial

comparativa é elíptica, isto é, o verbo ou o grupo verbal não

aparece expresso.

O meu bolo é mais doce do que o teu.(= do que o teu é doce) A Rute comprou mais discos do que livros. Ela dança tão bem como canta.

Consecutivas

Exprime a consequência de um facto apresentado na

subordinante. Frequentemente é anunciada na subordinante pelos

elementos: tão, tal, tanto, tamanho (ou equivalente). Podem

ser finitas ou não finitas.

Correu tão depressa que tropeçou. Comi tanto ao almoço que acho que não vou jantar,

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Palavras relativas Introduzem orações

subordinadas

relativas

Pronomes relativos que; quem; o qual; os quais; a qual; as quais

Nota: Estas classes de palavras correspondem aos antigos pronomes relativos.

Determinantes relativos cujo; cujos; cuja; cujas

Quantificadores relativos quanto; quantos; quanta; quantas

Advérbio relativo Onde

Conjunções Coordenativas

Copulativas e Nota: algumas conjunções coordenativas são correlativas, podendo ocorrer precedendo cada um dos elementos coordenados. São exemplos de conjunções correlativas: “ou…ou”, “nem…nem”, “quer…quer”.

Adversativas mas

Disjuntivas ou

Conclusivas logo

Explicativas pois

Conjunções Subordinativas

Locuções Subordinativas

Completivas que; se; para

Causais porque; como visto que

Finais para para que

Temporais quando; assim que

Concessivas embora; apesar de; mesmo se

Condicionais se;

Comparativas como; (mais)…do que; (menos)… do que;

Consecutivas que (antecedido de tal; tanto; tão; de tal

maneira; de tal modo)