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Formação do professor e sua inclusão digital no desenvolvimento do e-book digital na educação a distância Prof. Alexandre Ferrarini (FTSG) [email protected] Guilherme Bossle (FTSG) [email protected] Leandro Leonel Dapper (FTSG) [email protected] Lucas Franco Martin (FTSG) [email protected] William Casagrande (FTSG) [email protected] RESUMO Este artigo trata da temática referente ao desenvolvimento do E-Book digital e à formação do professor e sua inclusão digital para as práticas pedagógicas no ensino superior na modalidade EAD, a importância dessa formação tecnológica utilizando a plataforma Moodle como base de estruturação para cursos de formação, capacitação e oficinas docentes. O Moodle fornece um espaço de aprendizagem como um processo dinâmico, baseado no construcionismo social e vem atender as necessidades do professor e aluno. Destaca-se por proporcionar à colaboração mútua dos participantes, o cooperativismo, a troca e compartilhamento de materiais, fóruns, salas de bate-papo, questionários, pesquisas, coleta e revisão de tarefas, diários e avaliação entre colegas no ensino à distância e que podem ser utilizadas numa disciplina presencial ou parcialmente presencial. A metodologia aplicada terá como base a pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, numa perspectiva de pesquisa experimental, com a técnica de coleta dos dados a partir de entrevistas e a análise de dados com a aplicação da análise de conteúdo. Ainda, não temos resultado da pesquisa, porque ela está sendo aplicada. Palavras-chave: Educação: Distância: Moodle: 1 INTRODUÇÃO Na atualidade, pode-se perceber o crescente aumento da modernidade tecnológica através das “máquinas inteligentes”, como cita Belloni (2001, p. 10). As tecnologias digitais estão presentes em todas as esferas da vida social, no trabalho, no lazer e nos processos educativos. Por isso, é visível o aumento da necessidade de que a escola seja incluída nesses avanços tecnológicos

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Formação do professor e sua inclusão digital no desenvolvimento do

e-book digital na educação a distância

Prof. Alexandre Ferrarini (FTSG)

[email protected]

Guilherme Bossle (FTSG)

[email protected]

Leandro Leonel Dapper (FTSG)

[email protected]

Lucas Franco Martin (FTSG)

[email protected]

William Casagrande (FTSG)

[email protected]

RESUMO

Este artigo trata da temática referente ao desenvolvimento do E-Book digital e à formação do professor e sua inclusão

digital para as práticas pedagógicas no ensino superior na modalidade EAD, a importância dessa formação tecnológica

utilizando a plataforma Moodle como base de estruturação para cursos de formação, capacitação e oficinas docentes.

O Moodle fornece um espaço de aprendizagem como um processo dinâmico, baseado no construcionismo social e

vem atender as necessidades do professor e aluno. Destaca-se por proporcionar à colaboração mútua dos participantes,

o cooperativismo, a troca e compartilhamento de materiais, fóruns, salas de bate-papo, questionários, pesquisas, coleta

e revisão de tarefas, diários e avaliação entre colegas no ensino à distância e que podem ser utilizadas numa disciplina

presencial ou parcialmente presencial. A metodologia aplicada terá como base a pesquisa exploratória, com

abordagem qualitativa, numa perspectiva de pesquisa experimental, com a técnica de coleta dos dados a partir de

entrevistas e a análise de dados com a aplicação da análise de conteúdo. Ainda, não temos resultado da pesquisa,

porque ela está sendo aplicada.

Palavras-chave: Educação: Distância: Moodle:

1 INTRODUÇÃO

Na atualidade, pode-se perceber o crescente aumento da modernidade tecnológica

através das “máquinas inteligentes”, como cita Belloni (2001, p. 10). As tecnologias digitais estão

presentes em todas as esferas da vida social, no trabalho, no lazer e nos processos educativos. Por

isso, é visível o aumento da necessidade de que a escola seja incluída nesses avanços tecnológicos

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dos tempos contemporâneos. A escola deve integrar as tecnologias de informação e comunicação

porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo à escola,

especialmente à escola pública, atuar no sentindo de compensar as terríveis desigualdades sociais

e regionais que o acesso desigual a estas máquinas está gerando.

Drucker (1999) apresenta uma comparação entre as duas grandes revoluções que

invadiram a escola, a dos livros impressos e a outra a revolução tecnológica. O autor defende uma

linha de pensamento interessante, em que afirma que toda a tecnologia, apesar de sua relevância e

visibilidade, não constitui a principal característica de mudança no ensino. Segundo ele, o

fundamental é o redimensionamento do papel e da função da escola como um todo. “A tecnologia

será importante, mas principalmente porque irá nos forçar a fazer coisas novas, e não porque irá

permitir que façamos melhor as coisas velhas.” Drucker (1999, p. 189).

Diante dessas necessidades, é preciso pensar como deve ser o professor desses

novos tempos, qual deve ser a sua formação, que tipo de postura deverá ser exigida deste

profissional e o que é ser professor nessa dinâmica. Para Tardif (2008, p. 8), a docência é

compreendida como uma forma particular sobre o ser humano, ou seja, “uma atividade em que o

trabalhador se dedica ao seu objeto de trabalho, que é justamente outro ser humano, no modo

fundamental da interação humana” Daí a relevância de o professor respeitar e responder as

transformações do mundo contemporâneo, em que o aluno está em constante interação com as

pessoas e com o meio tecnológico e social. Nesse meio, o professor deve atuar em permanente

interação com o outro ser humano e com as ferramentas que lhe são desafiadas.

Esse novo tipo de saber advindo das tecnologias digitais leva, muitas vezes, alguns

professores a se sentirem pressionados a usarem as mídias tecnológicas. Em muitos casos, sem

estarem preparados, sem uma reflexão sobre a ação pedagógica e até, em alguns momentos,

sentindo-se culpados, retrógrados da modernidade, por não saberem utilizar essas novas

ferramentas de sala de aula. No entanto, como afirma a autora citada acima, não se está exigindo

tecnicistas, mas professores que possam refletir sobre que tipo de saberes, competências e

habilidades se pode utilizar desse momento de constante transformação que está invadindo a

realidade educacional.

No contexto desse surgimento de novos saberes em busca de uma sociedade

cognitiva, é preciso ressaltar que antes de escolher quais as melhores tecnologias digitais que se

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adéquam a realidade da instituição de ensino, é necessário refletir o trabalho docente, quem irá

atuar com esse aparato tecnológico, de que forma e por quê?

A educação formal se dá por meio da escola, mas ensinar e aprender mediado pelas

tecnologias digitais responde a uma necessidade do mundo atual, vai além dos muros escolares.

Alunos e professores que não estiverem inseridos nessa realidade, acabam sendo excluídos de

muitos processos, considerando-se analfabetos digitais.

“A Internet se constitui como a principal responsável pelo status atual concedido a

Educação a Distância. Seus recursos ampliam as possibilidades de interação, abrindo para os

programas a distância vias de comunicações antes inexploradas”. (MARÇAL, 1999, p.49).

2 MOODLE

MOODLE significa Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, o

“M” associa-se ao primeiro nome do seu autor australiano (Martin Dougiamas). É uma plataforma

de software livre (Open Source), desenhado a partir de princípios pedagógicos bem definidos e

que pode ser distribuído sem qualquer limitação, podendo ter o seu código alterado e desenvolvido

para satisfazer necessidades específicas, auxiliando os docentes a criar cursos online de qualidade,

páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem, além disso, pode ser

instalado em qualquer PC ou serviço host (qualquer máquina ou computador conectado a uma

rede, podendo oferecer informações, recursos, serviços e aplicações aos usuários ou outros nós na

rede. É o responsável por implementar a estrutura da camada de rede de endereçamento.).

2.1 O Moodle e sua importância para a educação

Conforme Prata-Linhares (2012, p. 99), “somente o espaço físico de sala de aula já

não é suficiente para as aprendizagens dos conteúdos curriculares atuais e é necessário superar

estes limites”.

No entanto, muitos fatores interferem no processo de ensinar e aprender. Segundo

Tardif (2008) a solidariedade e a convergência entre esses três sistemas de autoridade (a classe, a

escola e o contexto social), são fatores muito importante e que influenciam na prática docente.

Nesse sentido, quando o autor afirma que o contexto social é um fator determinante de influência

sobre o processo de aprendizagem, é possível analisar algumas situações da contemporaneidade

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que podem interferir. Dentre elas, encontram-se as tecnologias digitais, que inegavelmente estão

invadindo as nossas ações cotidianas. O professor precisa estar adequado a essa nova situação.

Para muitos alunos, o mundo digital parece familiar, pois eles nasceram na Geração Net. Os

docentes, por sua vez, precisam conhecer e se adaptar a essa nova realidade. Nesse caso, a situação

se agrava, sendo indispensável a formação adequada.

Pensar e planejar as aulas, que possibilitem ao aluno desenvolver habilidades como

coletar informação relevante, ordenar, classificar, comparar, fazer deduções, saber perguntar,

definir problemas, planejar procedimentos, sugerir hipóteses e desenvolver critérios para avaliação

crítica com autonomia e motivação é um dos grandes desafios de ensinar e aprender. O professor

acaba concorrendo com uma grande quantidade de informações que o aluno recebe hoje, através

da televisão, rádio e internet. Por isso, as aulas tradicionais estão perdendo espaço e encontrando

dificuldades para manter a atenção dos alunos. Ao professor, cabe o papel de buscar meios para

problematizar, questionar e levar o aluno a fazer trocas significativas. A tecnologia se apresenta

como uma das possibilidades para mudar essa perspectiva, é um dos caminhos, talvez, para

desafiar a “pedagogia de transmissão de conhecimento”.

2.2 O Moodle e sua importância para EAD

“A Internet se constitui como a principal responsável pelo status atual concedido a

Educação a Distância. Seus recursos ampliam as possibilidades de interação, abrindo para os

programas a distância vias de comunicações antes inexploradas”. (MARÇAL, 1999, p.49).

Os recursos tecnológicos oferecidos pelo Moodle diminuem consideravelmente as

dificuldades existentes na distância física entre alunos e professores, entre elas devemos destacar

a construção e compartilhamento coletivo do saber, ocorrendo através das trocas instantâneas das

comunicações, especificas desse sistema; e o incentivo as relações em redes.

Algumas dificuldades técnicas podem surgir em qualquer processo tecnológico,

porém acabam se tornando insignificantes, já que o uso de ferramentas como os e-mails, chat´s e

fóruns disponibilizados pelo Moodle não apresentam maiores complexidades. Acredita-se então,

que o grande desafio do ensino a distância está em tornar as comunicações do ambiente em algo

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construtivo para aprendizagem, logo o Moodle tem como objetivo, fazer com que alunos e

professores sintam-se próximos.

2.3 O Moodle e suas ferramentas de comunicação e aprendizagem

Podemos organizar as ferramentas do Moodle em 4 categorias básicas:

Acesso protegido e gestão de perfis de utilizador; Permite ao

administrador criar um ambiente reservado aos participantes em um

determinado curso e com isso definir as diversas permissões de controle

para cada usuário, ao nível dos professores/formadores e dos alunos

formandos.

Gestão de acesso a conteúdo; Permite ao professor/formador colocar

material on line, em diversos formatos, definir os momentos e formas de

interação dos alunos/formandos com esses materiais.

Ferramentas de comunicação; Permite a comunicação individual ou em

grupos dos alunos/formandos com os professores/formadores bem como

eles entre si.

Sistemas de controle de atividades; Permite um controle de registro de

todas as atividades realizadas pelos alunos/formandos e

professores/formadores.

Com relação às ferramentas de utilização do Moodle, Alves e Brito (2005) destacam

as suas vantagens:

[...] o Moodle dispõe de um conjunto de ferramentas que podem ser selecionadas pelo

professor de acordo com seus objetivos pedagógicos. Dessa forma podemos conceber

cursos que utilizem fóruns, diários, chats, questionários, textos wiki, objetos de

aprendizagem sob o padrão SCORM, publicar materiais de quaisquer tipos de

arquivos, dentre outras funcionalidades.

Nesse contexto, o professor não tem somente a possibilidade, mas sim um desafio

de utilizar diferentes formas os objetivos e conteúdo da sua aula por meio das ferramentas do

Moodle.

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3 INTRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD)

À EaD utiliza-se de certos recursos didáticos, no caso os multimeios tecnológicos

que tem por objetivo substituir, ou tentar aproximar, a relação de professor e aluno, mesmo que

estejam fisicamente distantes. De acordo com o Ministério da Educação no Decreto nº 5622, de

dezembro de 2005, que regulamenta EAD, a caracterização desta modalidade de ensino é

apresentada como uma Modalidade Educacional.

Devido à necessidade de superar as barreiras da distância e do tempo, a EAD utiliza

intensamente tecnologias de informação e comunicação (TIC) para executar processos interativos.

Deste modo, uma nova dinâmica à forma de se estudar e aprender à distância.

Pensando na questão didática do processo, entende-se que a EAD é uma modalidade

de ensino que se constitui pelos mesmos elementos fundamentais da modalidade presencial:

concepção pedagógica, conteúdo específico, metodologia e avaliação; contudo, diferencia-se pelo

modo como se estabelece a mediação pedagógica (CATAPAN, 2010).

Através da EAD somos privilegiados, pois não corremos o risco de aulas não

planejadas, todo conteúdo programático é repassado aos alunos, possibilitando o avanço no curso

de acordo a aprendizagem individual de cada um.

Contando com mais uma ferramenta importantíssima, os AVA são formados por

um conjunto de ferramentas para a construção e disponibilização de materiais didáticos e permitem

integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos. Também revelam as seguintes funções:

apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos do

conhecimento, elaborar e socializar produções. Além disso, tais ambientes mostram recursos para

a manipulação de textos/gráficos e ferramentas administrativas, visando ao acompanhamento

acadêmico dos alunos, por meio de relatórios, testes e avaliações online.

3.1 Meios mais utilizados em sistemas de EAD

Material impresso: enviado pelo correio (unidades didáticas, módulos de

aprendizagem aberta, guias de curso, guias de orientação didática, cadernos

ou módulos de avaliação, adendas de ampliação ou complemento, circulares

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etc.) ou por telefax, veículo ideal para remessas pontuais e de reduzida

extensão;

Material audiovisual: (telefone, diapositivos, fitas k-7, vídeo, rádio,

televisão, slides, etc);

Material informático:(softwares específicos, CD-ROM, videodisco

interativo, hipermídia etc);

Material telemático: (videotexto, correio eletônico, etc); e

Tutoria: como elemento de relação mista (presencial individual ou grupal e

à distância).

3.2 Alguns exemplos de materiais utilizados atualmente no EAD

Educação a Distância procura facilitar e disponibilizar informações via material

impresso (antigamente) ou material virtual, digitalizado e hospedado em sites ou Ambientes

Virtuais de Aprendizagem (AVA). Com isso, acaba sendo um grande processo de inclusão tardia

de trabalhadores no ensino superior. De forma que possam ser mais eficientes do que o presencial.

Particularmente se torna eficaz para pessoas mais experientes, que têm necessidade de formação e

enxergam nela uma oportunidade de alcançar seu intuito.

3.2.1 PDF - Portable Document Format (Formato Portátil de Documento)

Desenvolvido pela Adobe Systems e aperfeiçoado ao longo dos últimos 20 anos,

agora o formato PDF é um padrão aberto para troca de documentos eletrônicos mantido pela

International Standards Organization (ISO). Podendo ser utilizada para converter documentos,

formulários, ilustrações e páginas da Web em PDF, eles ficam com a aparência exata que terão se

forem impressos. Mas, ao contrário dos documentos impressos, os arquivos PDF podem conter

links e botões em que você pode clicar campos de formulário, vídeos e áudio. Também podem

incluir uma lógica usada para automatizar processos corporativos de rotina. Um arquivo PDF

compartilhado pode ser lido por todos com o software gratuito Adobe Reader® ou o aplicativo

Adobe Reader para dispositivos móveis.

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3.2.2 PowerPoint (PPT)

O PowerPoint (PPT) pode ser usado em apresentações, cujo seu objetivo é informar

sobre um determinado tema, podendo usar: imagens, sons, textos e vídeos que podem ser animados

de diferentes maneiras. Contando também com suporte a objetos OLE e inclui uma ferramenta

especial de formatação de texto (WordArt), modelos de apresentação pré-definidos, galeria de

objetos gráficos e uma gama de efeitos de animação e composição de slides. Excelente opção para

uma apresentação.

3.2.3 Vídeos auxiliando na EAD

As possibilidades de utilização são várias, como por exemplo: em coursewares, em

tutoriais, como material de apoio, como portfólio do aluno ou até mesmo como uma TV

educacional. Isso, apenas alguns exemplos.

O YouTube pode ser muito útil, principalmente quando se utilizam vídeos. “Se os

vídeos são armazenados no formato “.flv”, ou seja, no formato utilizado pelo Flash, se pode fazer

qualquer aplicativo em Flash que os acesse diretamente. Abaixo como funciona o Streaming de

vídeo aula ao vivo:

Figura 1. Dispositivo de captura de vídeo.

Fonte: Google imagens

Figura 2. Como funciona o Streaming de Vídeo Aula ao Vivo.

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Fonte: Google imagens

As (figuras 1 e 2) nos sinaliza a diferença de estar em uma sala de aula, e estar em

casa ou em qualquer outro lugar, com acesso a internet, viabilizando a fácil comunicação do

professor com o aluno, ou aluno/professor por um simples dispositivo de captura de vídeo.

Figura 3. Evolução dos materiais didáticos ao passar dos anos.

Fonte: Revista F@pciência, Apucarana-PR, ISSN 1984-2333, v.4, n. 4, p. 30 – 41, 2009.

4 LINGUAGENS UTILIZADAS PARA DESENVOLVIMENTO

As linguagens utilizadas para a construção de e-book digital, são criadas e

modificadas a partir da linguagem principal HTML5, que habilita o uso das linguagens CSS e

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JavaScript, possibilitando também o uso da ferramenta Design responsivo que é criada a partir do

CSS .

Essas linguagens são utilizadas por serem essenciais em uma página web, pois com

elas é possível, aperfeiçoar todos os níveis da página, Com isso, cria-se uma página com o design

mais inovador, que visa uma melhor interação do usuário com a página web.

4.1 HTML5

A linguagem HTML foi escrita por Tim Berns-Lee em 1989, basicamente utilizava

diferentes tipos de tags para criar uma página web. Nos primeiros anos o HTML teve inúmeras

mudanças e revisões em suas composições, essas primeiramente vieram do órgão CERN

(European organization for Nuclear Research), e mais tarde por IETF (Internet Engineering task-

force), que foi o responsável pelo lançamento do HTML 2.0. O HTML passou por diversas

mudanças até que foi iniciado o desenvolvimento do HTML5 em 2004, pela empresa, World Web

Consortium (W3C) em parceria com a WHATWG. A primeira versão do HTML5 foi lançada em

2009. Segundo Diego Eis, “o HTML5 veio para mudar totalmente a forma com que a página web

é construída”. Atualmente continua em desenvolvimento, em fase last call, diferentes partes do

HTML5, estão em diferentes fases de produção, porem diversas funcionalidades estão disponíveis

atualmente.

Diversas empresas criaram programas com o uso HTML5, um exemplo disso foi, o

Firefox que começou a aceitar comandos de HTML5, tais comandos dessa linguagem foram

criados para funcionar da mesma forma em todos os browsers e eventualmente fazem com que

outros navegadores se adequassem a essa linguagem.

Além dos browsers, existem diversas outras aplicações para tal linguagem,

conforme o uso da linguagem ia crescendo foi perceptível que o uso do HTML5 traria diversos

benefícios, suprindo as necessidades e também abrindo novas possibilidades.

Figura 4. Comparação entre codificações de um mesmo layout em XHTML 1.0 e HTML5

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Fonte: Google imagens

A (figura 1) nos mostra o comparativo das diferentes formatações de uma mesma

codificação em xhtml 1.0 e HTML5, podemos ver que o HTML5 expressa uma formatação de

uma forma muito mais simples e rápida de se criar e executar.

4.1.1 Vantagens do uso

O HTML5 simplifica o código fazendo com que seja economizado muitas

linhas;

Permite criar a padronização com que todos os navegadores interpretam as

informações recebidas;

Não possui a necessidade na maioria dos casos, de instalação de diversos

plugins para assistir a vídeos diferentes;

Além de ter uma linguagem padronizada, ele favorece a criação de softwares

livres e de código aberto;

Mesmo com o uso de freatures básicas, o HTML5, possui um sistema de

navegação por atalhos de teclado, que é utilizado para facilitar o acesso a

pessoas com deficiência, como algum tipo de deficiência visual;

4.1.2 Desvantagens do uso

O html5 no caso do uso em um dispositivo móvel, a desvantagem ocorre,

pois a aplicação ainda não consegue acessar totalmente os recursos de

hardware do dispositivo.

De maneira geral, primeiramente a desempenho é inferior há do flash.

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Falta de ferramentas de autoria (editores, bibliotecas, etc).

Existe a incompatibilidade nos diversos browsers, uma função que é rápida

em um, pode ser lenta no outro.

4.2 CSS

O CSS (Cascading style sheets) é uma linguagem voltada para a alteração especifica

na parte das aparências (layout, cor e fonte) dos vários elementos da linguagem feita em HTML,

essas alterações mesmo se forem criadas em arquivo externo com extensão CSS, ou de qualquer

outro modo, todas as estruturas contém todas as regras de estilo do documento HTML. Foi criada

com o intuito de separar a estrutura do documento de sua aparência. Atualmente está sendo

desenvolvida a versão 3 pela W3C, a CSS3. A CSS3 trousse várias inovações na parte sombreados,

múltiplas colunas de texto sem necessitar de tabelas, entre outras.

O CSS e CSS3, são considerados uma plataforma aberta que não necessariamente

precisam de ajuda de nenhum software para tenha o seu funcionamento, somente se faz necessário

o uso do browser. Atualmente todos os browsers novos tem suporte a essa linguagem, para atender

as inconsistências do uso deste formato em diversos navegadores, não se faz necessária as soluções

de programação, apenas basta fornecer a mesma linha de linguagem em diferentes formatos.

4.3 JavaScript

Java script é multi plataforma, uma linguagem orientada a objetos, baseada na

linguagem ECMAScript, para que ocorra a sua utilização deve ser complementado com outras

tecnologias. É na maioria das vezes é uma tecnologia disponível nos navegadores de internet, que

disponibiliza diversos recursos de interface gráfica. No caso da internet para que possa ocorrer o

funcionamento do Java, dispõe da tecnologia do HTML5. A linguagem Java script inclui uma série

de conjunto de objetos como Arrays ou dates,e também possui uma estrutura de controle como

whiles, fors entre outros.

Na parte dinâmica os tipos de objetos estão diretamente associados aos valores e

não as variáveis, tem suporte a sintaxe da programação estruturada C, que facilita bastante na parte

de implementação. Quando utilizamos o java script na internet normalmente a interação é efetuada

pelo cliente, um exemplo disto é através da validação dos valores de input nos formulários,

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exemplo Figura3. A pesar de ser utilizado pelo cliente, pode também ser utilizado pelo servidor,

para que ocorra a comunicação com a base de dados relacional ou também manipulando ficheiros

do servidor.

Figura 5 – Validação de um formulário usando java script

Fonte: Autores

4.4 Design responsivo

O Design Responsivo é utilizado como uma ferramenta de estruturação das

linguagens HTML5 e CSS, que referisse a adequação de páginas web para que possam ser exibidas

em qualquer tipo de navegador, e em qualquer tipo de resolução e qualidade, Micael Carrara

estabelece que “você precisa garantir que cada dispositivo tenha a melhor experiência possível

dentro de suas limitações, para que isso seja possível podemos usar a ferramenta Design

Responsivo”. Um exemplo de recurso usado no caso da linguagem CSS é o "media query", que é

usado para identificar o tamanho de tela do navegador e instantaneamente adaptar o layout da

página web para um tamanho especifico.

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Como atualmente o crescimento do mercado de smartphones, web 2.0, tablets, essa

ferramenta "design responsivo", vem a cada dia se tornando mais importante pois, a aplicação de

um conteúdo feito para tablets por exemplo pode ser muito diferente daquele conteúdo com foco

smartphones, desktops etc, tendo como exemplo dessas diferenças de resoluções a figura 4 que

mostra diferentes dispositivos de acesso à web e uma comparação das suas resoluções.

Figura 6 – Dispositivos de acesso à web e suas diferentes resoluções

Fonte: Autores

Figura 07 - Linha do tempo representando a evolução das linguagens WEB de 1990 à 2009

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Fonte: Wikipedia

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na Educação a Distância, os ambientes virtuais de aprendizagem têm papel especial

na mediação pedagógica entre alunos e professores que se encontram separados espacial e

temporalmente, mas unidos por meio de recursos tecnológicos. Os materiais didáticos

disponibilizados nos ambientes virtuais precisam ser redimensionados para o contexto dinâmico

da EAD, visando garantir a interatividade, minimizando o sentimento aparente de solidão dos

alunos que estudam “sozinhos”, mas que participam virtualmente das redes de conexões da

inteligência coletiva.

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Nesse contexto, o professor não tem somente a possibilidade, mas sim um desafio

de utilizar diferentes formas os objetivos e conteúdo da sua aula por meio do AVA e várias

tecnologias que podem estimular os processos de comunicação síncrona e assíncrona entre os

aprendizes, além de motivar o trabalho cooperativo, a autoria compartilhada, a pesquisa baseada

nos materiais e recursos didáticos disponíveis, visando que os educandos conquistem a autonomia

em seus percursos de aprendizagem.

Com esta pesquisa, buscou-se identificar e avaliar as principais características

percebidas no uso da inovação tecnológica na educação, levando-se em consideração os aspectos

que podem contribuir para o desenvolvimento e aplicação do Ebook digital como ferramenta de

apoio aos professores do ensino superior tendo como principal objetivo estimular a autonomia dos

aprendizes, por meio de atividades baseadas na interação e no armazenamento de informações

importantes para o acompanhamento das aprendizagens dos educandos.

Por fim, sugere-se que esta pesquisa seja aplicada de forma quantitativa, utilizando-

se amostras com um número de respondentes significativos em instituições de ensino superior,

inclusive, com instituições de outras regiões do Brasil. Outra possibilidade, seria a avaliação dos

resultados do uso e da adoção pelos diferentes atores envolvidos, ou seja, aumentar a análise

utilizando-se a percepção dos alunos.

6 REFERÊNCIAS

AUTOR DESCONHECIDO. Moodle - Open-source learning platform | Moodle.org: Sobre o

Moodle. Disponível em: < http://docs.moodle.org/all/pt_br/Sobre_o_Moodle>. Acesso em: 28

abr. 2014.

BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia – educação? São Paulo: Autores Associados, 2001.

DRUCKER, R. Desafios gerenciais para o século XXI. São Paulo: Pioneira, 1999.

Colabor@ - Revista Digital da CVA - Ricesu, ISSN 1519-8529 Volume 7, Número 25, Fevereiro

de 2011;

FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do porto. Interfaces técteis baseadas em

HTML5/CSS3/JAVASCRIPT. Disponível em <http://repositorio-

aberto.up.pt/bitstream/10216/63293/1/000149242.pdf>.Acesso em: 30 abr.2014.

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