Formação do Sistema Internacional · Módulo 1: Aula 4 Módulo I: Formação do sistema...
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Formação do Sistema Internacional
BHO1335-15 (4-0-4)
Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI
UFABC - 2015.III
Aula 5
4ª-feira, 13 de outubro
Módulo 1: Aula 4
Blog da disciplina:
https://fsiufabc.wordpress.com/
No blog você encontrará todos os materiais do curso:
• Programa
• Textos obrigatórios e complementares
• ppt das aulas
• Links para sites, blogs, vídeos, podcasts, artigos e outros materiais de interesse
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Módulo 1: Aula 5 • Estratégias de estudo:
I. Preparar a aula: leitura prévia do texto e reflexão mais ou menos sistemática sobre as questões abordadas no texto; anotação de perguntas
II. Trabalho do texto: grifar, anotar, organizar, verificar significado de palavras e conceitos, sistematizar o que foi lido e compreendido
III. Pomodoro: método de organização do tempo de estudo
IV. Learning how to learn (Coursera): estratégias de aprendizagem, memorização e enfrentamento de procrastinação
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Módulo 1: Aula 5 • Perguntas sobre seus hábitos de estudo:
i. Quantas horas você dedica aos estudos relativos à disciplina Formação do Sistema Internacional?
ii. Quantas horas você dedica aos estudos relativos à UFABC?
iii. Quantas horas você dedica aos estudos relativos a atividades extra-UFABC?
iv. Quantas horas você deveria estudar por dia – além das horas em sala de aula?
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Módulo 1: Aula 4 Módulo I: Formação do sistema internacional e do capitalismo
Modernos
Aula 5 (4ª-feira, 14 de outubro): A Paz de Vestfália e a
consolidação dos Estados modernos na Europa
Texto obrigatório:
ARRIGHI, G. (2000) “As três hegemonias do capitalismo histórico”,
p. 27-47.
DUNAWAY, W. (2001) “The Double Register of History: Situating
the Forgotten Woman and Her Household in Capitalist Commodity
Chains”, 2-29.
Textos complementares:
KENNEDY, P. (1989) “A tentativa de domínio dos Habsburgos, 1519-
1659”, p. 39-82.
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Módulo 1: Aula 5 • Até este momento, tratamos de situar nosso problema
central – a ascensão do capitalismo mundial e do moderno sistema interestatal e a hegemonia europeia nesses sistemas – em 1. uma escala global que 2. remonta aos séculos anteriores à conquista e colonização da América
• Vimos que antes da idade moderna europeia (século XV) a Eurasia e a África estavam conectadas entre si por redes de comércio de longa distância em que se trocavam não apenas mercadorias mas também cultura, instituições, genes humanos, fauna, flora e até mesmo doenças. Poderíamos até falar em uma primeira globalização!
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Módulo 1: Aula 5 • Ainda que atribuindo peso diferente ao episódio, o fato
é que todos os autores vistos aqui dão (alguma) importância à conquista e colonização da América pelos nascentes Estados-nação europeus no final do século XV e ao longo dos séculos XVI-XVIII
• A diferença na explicação da importância da conquista e colonização da América para a ascensão do capitalismo mundial e do moderno sistema interestatal e a hegemonia europeia nesses sistemas é uma diferença sobretudo de grau
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Módulo 1: Aula 5
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Explicação predominantemente
intraeuropeia
Explicação predominantemente
extraeuropeia
Blaut Abu-Lughod
Dussel
Kennedy Arrighi
Módulo 1: Aula 5 • A conquista e colonização da América dão o impulso
diferenciador dos processos de ascensão do capitalismo mundial e do moderno sistema interestatal e a hegemonia europeia nesses sistemas
• Não se pode, no entanto, apontar o erro de reduzir a importância dos eventos extraeuropeus na explicação a ascensão europeia e cair no erro oposto: excluir das explicações as dinâmicas intraeuropeias
• Afinal, a ascensão e domínio da Europa a partir do século XVI e a imposição de um modo de produção (capitalista em escala mundial) e de um determinado arranjo interestatal são um fato histórico incontestável! 11
Módulo 1: Aula 5 • Quais são, portanto, os efeitos da ascensão do
capitalismo mundial e do moderno sistema interestatal sobre a Europa, e em que medida eles contribuiriam para a hegemonia europeia nesses sistemas?
• Perguntas que devemos responder:
– De que espécie de capitalismo estamos falando
– De que espécie de Estados-nação estamos falando
– De que espécie de sistema interestatal estamos falando
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Módulo 1: Aula 5
• De que espécie de capitalismo estamos falando?
– Mercantilismo (séculos XVI-XVIII)
– Ênfase nas relações comerciais (mercantis) entre os Estados-nações
– Origem: pensamento sobre as causas da grandeza ou da decadência de um reino.
– Intervenção do Estado na economia : manufaturas, companhias comerciais, balança comercial favorável
– Metalismo (ouro e prata americanos)
– Medidas protecionistas
– Ascensão da burguesia mercantil
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Módulo 1: Aula 5 • De que espécie de Estados-nação estamos
falando
– Nascimento dos Estados-nação
– Centralização do poder no monarca (em alguns casos, no príncipe e mesmo na burguesia mercantil)
– Reforma e Contra-reforma: cuius regio, eius religio (“a religião é de quem possui a região”), fundiu a autoridade civil e religiosa, estenendo aassim o secularismo em bases nacionais
– Formação de burocracias nacionais
– Abandono do latim por línguas vernáculas 14
Módulo 1: Aula 5 • “Mas era a guerra, e as consequências da guerra, que
criavam uma pressão muito mais premente e contínua no sentido da ‘construção da nação’ (...). O poder militar permitiu a muitas dinastias europeias manter-se acima dos grandes magnatas de suas terras e assegurar a uniformidade e a autoridade políticas. (...) Os fatores militares – ou melhor, os fatores geoestratégicos – ajudaram a fixar os limites territoriais desses novos estados-nações (...) Acima de tudo, foi a guerra (...) que levou os beligerantes a gastar mais dinheiro do que nunca, e a buscar uma soma correspondente em receitas.” (Kennedy 1989: 75)
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Módulo 1: Aula 5 • De que espécie de sistema interestatal estamos
falando
– “Em contraste com o sistema medieval, ‘o moderno sistema de governo consiste na institucionalização da autoridade pública em domínios jurisdicionais mutuamente excludentes’ (Ruggie, 1983, p. 275). Os direitos de propriedade privada e os direitos de governo público tornam-se absolutos e distintos; as jurisdições políticas tornam-se exclusivas e são claramente demarcadas por fronteiras (...).” (Arrighi 1996: 31).
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Módulo 1: Aula 5 • De que espécie de sistema interestatal estamos
falando
– “(...) A mobilidade das elites dominantes pelas jurisdições políticas se torna mais lenta e acaba por ser suspensa; a lei, a religião e os costumes tornam-se ‘nacionais’, ou seja, não sujeitos a nenhuma outra autoridade política senão a do soberano.” (Arrighi 1996: 31).
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “O conceito de ‘hegemonia mundial’ (...) refere-se especificamente à capacidade de um Estado exercer funções de liderança e governo sobre um sistema de nações soberanas. (...) O governo de um sistema de Estados soberanos sempre implicou algum tipo de ação transformadora, que alterou fundamentalmente o modo de funcionamento do sistema. (...) Esse poder é algo maior e diferente da ‘dominação’ pura e simples. É o poder associado à dominação, ampliada pelo exercício da ‘liderança intelectual e moral.’” (Arrighi 1996: 27-28)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A dominação será concebida como primordialmente fundamentada na coerção; a hegemonia, por sua vez, será entendida como o poder adicional que é conquistado por um grupo dominante, em virtude de sua capacidade de colocar num plano ‘universal’ todas as questões que geral conflito.” (Arrighi 1996: 28)
• “Um Estado dominante exerce uma função hegemônica quando lidera o sistema de Estados numa direção desejada e, com isso, é percebido como buscando o interesse geral.” (Arrighi 1996: 29)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A ‘anarquia’ designa a ‘ausência de um governo central’. Nesse sentido, o moderno sistema de nações soberanas e o sistema de governo da Europa medieval, de que ele emergiu, classificam-se como sistemas anárquicos. Todavia, cada um desses dois sistemas teve ou tem seus próprios princípios, normas, regras e procedimentos implícitos e explícitos, que justificam nossa referência a eles como ‘anarquias ordenadas’ oi ‘ordens anárquicas.’” (Arrighi 1996: 30)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “O ‘caos’ e o ‘caos sistêmico’, em contraste, referem-se a uma situação de falta total, aparentemente irremediável, de organização. (...) À medida que aumenta o caos sistêmico, a demanda de ‘ordem’ – a velha ordem, uma nova ordem, qualquer ordem! – tende a se generalizar cada vez mais entre os governantes, os governados, ou ambos. Portanto, qualquer Estado ou grupo de Estados que esteja em condições de atender a essa demanda sistêmica de ordem tem a oportunidade de se tornar mudialmente hegemônico.” (Arrighi 1996: 30)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “Esse ‘devir’ do moderno sistema de governo esteve estreitamente associado ao desenvolvimento do capitalismo como sistema de acumulação em escala mundial, como foi frisado na conceituação de Wallerstein sobre o moderno sistema mundial como uma economia mundial capitalista.” (arrighi 1996: 32)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “Capitalismo e territorialismo representam estratégias alternativas de formação do Estado. Na estratégia territorialista, o controle do território e da população é o objetivo da gestão do Estado e da guerra, enquanto oo controle do capital circulante é o meio. Na estratégia capitalista, a relação entre os meios e os fins se inverte: o controle do capital circulante é o objetivo, enquanto o controle do território e da população é o meio.” (arrighi 1996: 34)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• Um parêntesis sobre nosso plano de estudos e o quanto acumulamos até aqui (em 4 aulas + 1 introdução):
– Em dois parágrafos que ocupam pouco menos de uma página (p. 34-35), Arrighi cita Paul Kennedy, Janet Abu-Lughod e Eric Wolf discutindo um ponto tratado em nossas aulas: a comparação entre a Europa do século XV e a China dos Ming.
– Vejam como a questão vai sendo construída em cima de trabalhos “clássicos”. Vejam como em pouco tempo já estamos dominando uma parte muito relevante da bibliografia sobre a formação do sistema internacional. 24
“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “As origens do moderno sistema interestatal”:
• “O aspecto crucial desse sistema foi a oposição constante entre as lógicas capitalista e territorialista do poder, bem como a recorrente resolução de suas contradições através da reorganização do espaço político-econômico mundial pelo principal Estado capitalista de cada época.” (Arrighi 1996: 36)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• 1ª Hegemonia do capitalismo histórico: cidades-Estado italianas (Veneza, Florença, Gênova e Milão), séculos XIV-XVI (Arrighi 1996: 36-39)
• Principais características:
– Sistema essencialmente capitalista de gestão do Estado e da guerra
– Equilíbrio de poder
– “Indústria de produção da proteção” Desenvolvimento de densas e vastas redes de diplomacia com sedes permanentes
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A acumulação de capital proveniente do comércio a longa distância e das altas finanças, a administração do equilíbrio de poder, a comercialização da guerra e o desenvolvimento da diplomacia residente complementaram-se mutuamente e, durante um século ou mais, promoveram uma extraordinária concentração de riqueza e poder nas mãos das oligarquias que dominavam as cidades-Estados do norte da Itália. (...) Com isso, elas mostraram que até os pequenos territórios podiam transformar-se em imensos continentes de poder, buscando acumular apenas riqueza, em vez de adquirir mais territórios e súditos.” (Arrighi 1996: 39)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A intensificação e a expansão global da luta europeia pelo poder alimentaram-se mutuamente (...) Inicialmente, o Estado que mais se beneficiou foi a Espanha, o único a ser protagoonista simultâneo da luta pelo poder nas frentes europeias e extra-europeias. (....) Esse poder, contudo, ao invés de ser usado para supervisionar uma transição suave para o moderno sistema de governo, tornou-se um instrumento da Casa Imperial dos Habsburgo e do papado para salvar o que pudesse ser salvo do sistema de governo medieval, então em processo de desintegração.” (Arrighi 1996: 40-41)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “O salto qualitativo havido na luta europeia pelo poder desde meados do século XV levara a desintegraão do sistema medieval para além de um ponto de irreversibilidade. (...) A tentativa da Espanha, juntamente com o papado e a Casa Imperial de Habsburgo traduziu-se numa situação de caos sistêmico que criou as condições para a ascensão da hegemonia holandesa e a liquidação final do sistema de governo medieval.” (Arrighi 1996: 41)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “Foi nessas circunstâncias que as Províncias Unidas tornaram-se hegemônicas, conduzindo uma grande e poderosa coalizão de Estados dinásticos à liquidação do sistema de governo medieval e ao estabelecimento do moderno sistema interestatal.” (Arrighi 1996: 43)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “Com o Tratado de Vestfália, de 1648, emergiu, pois, um novo sistema mundial de governo:
“A ideia de uma autoridade ou organização acima dos Estados soberanos deixou de existir. O que veio a tomar seu lugar foi a ideia de que todos os Estados compunham um sistema político mundial, ou, pelo menos, de que os Estados da Europa Ocidental formavam um único sistema político. Esse novo sistema fundamentou-se no direito internacional e no equilíbrio de poder – um direito exercido entre os Estados, e não acima deles, e um poder atuante entre os Estados, e não acima deles.” (Arrighi 1996: 43) 31
“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “O caos sistêmico do início do´século XVII, portanto, foi transformado numa nova ordem anárquica. (...) Essa reorganização do espaço político a bem da acumulação de capital marcou o nascimento, não só do moderno sistema interestatal, mas também do capitalismo como sistema mundial. Não são difíceis de descobrir as razões de ela haver ocorrido no séclo XVII, sob a liderança holandesa, e não no século XV, sob a liderança veneziana.” (Arrighi 1996: 44)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A mais importante, que abrange todas as outras, é que, no século XV, o caos sistêmico não havia atingido a escala e a intensidade que, dois séculos depois, induziriam os governantes europeus a reconhecer como sendo de seu interesse geral a extinção do sistema de governo medieval. (...) No começo do século XVII, em contraste, o ressurgimento do caos sistêmico criou nos governantes europeus um interesse geral numa grande racionalização da luta pelo poder Criou também uma oligarquia capitalista com as motivações e as aptidões necessárias para assumir a dianteira a serviço desse interesse geral.” (Arrighi 1996: 44)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A oligarquia capitalista holandesa (...) tinha um sólido interesse comum com os Estados dinásticos emergentes em acabar com as reivindicações do papa e do imperador, que pretendiam constituir uma autoridade moral e política supra-estatal incorporada Pas pretensões imperialistas da Espanha.” (Arrighi 1996: 45)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• “A oligarquia capitalista holandesa forjara sua capacidade de gerir o Estado numa longa luta pela emancipação do domínio imperial espanhol. Para lograr êxito nessa luta, ela teve de fazer uma alinaça e dividir o poder (...) Como consequência, o poder da oligarquia capitalista dentro do Estado holandês foi muito menos absoluto do que tinha sido no Estado veneziano. (...) Assim, as Províncias Unidas tornaram-se hegemônicas em virtude de serem menos, e não mais capitalistas do que que Veneza.” (Arrighi 1996: 47)
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“As três hegemonias do capitalismo histórico” (Arrighi 1996)
• A terceira hegemonia do capitalismo histórico foi a britânica, que veremos nas aulas seguintes.
Bom estudo!
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Módulo 0: Aula 1
Para falar com o professor:
• São Bernardo, sala 322, Bloco Delta, 2as-feiras e 4as-feiras, das 16-17h (é só chegar)
• Atendimentos fora desses horários, combinar por email com o professor: [email protected]
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