Formação crustáceos vivos

DESENVOLVIMENTO DE CÓDIGOS DE BOAS PRÁTICAS E TECNOLOGIAS DE TRIAGEM E

TRANSPORTE DE CRUSTÁCEOS VIVOS

DESENVOLVIMENTO DE CDESENVOLVIMENTO DE CÓÓDIGOS DE BOAS DIGOS DE BOAS PRPRÁÁTICAS E TECNOLOGIAS DE TRIAGEM E TICAS E TECNOLOGIAS DE TRIAGEM E

TRANSPORTE DE CRUSTTRANSPORTE DE CRUSTÁÁCEOS VIVOSCEOS VIVOS

PROJECTO CRUSTASEAPROJECTO CRUSTASEA

CrustaSea Módulo I

Sara Barrento [email protected]

Instituto das Pescas e do Mar - IPIMARAv. de Brasília1449-006 Lisboa Portugal

Tlf: 21 302 7000 http://ipimar-iniap.ipimar.pt/contactos.html

CrustaSea Módulo I

De onde vêm? (empresa)

O que fazem?

Crustáceos vivos mais comercializados:

Módulo ICrustáceos Vivos

MMóódulo Idulo ICrustCrustááceos Vivosceos Vivos

CrustaSea Módulo I

Projecto CrustaSea Importância dos crustáceos vivosEspécies comercializadas vivas em PortugalA importância da biologia na comercializaçãoOxigéniopHTemperaturaAmónia, nitritos e nitratosAquacultura

ConteConteúúdodo

CrustaSea Módulo I

Parceiros:

- 4 Associações

- 7 PMEs

- 6 Institutos de Investigação

Projecto CrustaSeaProjecto CrustaSea

CrustaSea Módulo I

Institutos de Investigação

PMEs

Associações

Parceiros EuropeuParceiros Europeu

CrustaSea Módulo I

Objectivo: “Desenvolvimento de códigos de boas práticas e tecnologias de triagem, transporte e armazenagem de crustáceos vivos”

CrustaSea Módulo I

Desenvolvimento do sector europeu de crustáceos:

Redução da mortalidade

Reduzir os custos de triagem e transporte

Diminuição da perda de qualidade

Expansão das oportunidades de mercado

Objectivos económicos

CrustaSea Módulo I

Avaliar procedimentos, identificar problemas e fornecer alternativas viáveis

Compreender a biologia dos crustáceos que influenciam a mortalidade durante transporte e armazenagem

Objectivos cientObjectivos cientííficosficos

CrustaSea Módulo I

KEEP THROW

PRESS TO SCAN

Fonte: PERA

Objectivos tecnolObjectivos tecnolóógicosgicosKEEP THROW

PRESS TO SCAN

Fonte: PERA

Unidade de triagem que permitedistinguir animais cheios de vazios

Modelo portátil (1000 €) e industrial

CrustaSea Módulo I

Objectivos tecnolObjectivos tecnolóógicosgicos

Saída

Entrada

Contentor baixoPalete

Fluxo = 0.5L/Kg/min

CrustaSea Módulo I

A importância dos crustáceos

CrustaSea Módulo I

Produtos de luxo Portugal 11 milhões de €Na Europa 1,75 biliões €

CrustaSea Módulo I

Crustáceos vivos em PortugalManter crustáceos vivos em viveiros ou aquários até àconfecção culinária como garantia de frescura e qualidade é uma tradição ancestral

CrustaSea Módulo I

SantolaMaja squinado

Profundidade: até 100 m Habitat: Fundos rochosos e lodosos Temperatura: 8 a 19 ºC Captura: armadilha

CrustaSea Módulo I

SapateiraCancer pagurus

Noctívagos

Profundidade: 20 – 200 m Habitat: Fundos rochosos,

arenosos e vasosos Temperatura: 4 a 16 ºCCaptura: armadilha

CrustaSea Módulo I

Caranguejo VerdeCarcinua maenas

Profundidade: entre marés Habitat: rochas e poças de maréTemperatura: 8 a 40 ºC Captura: armadilhas

CrustaSea Módulo I

NavalheiraNecora puber

Profundidade: até 70 m Habitat: Fundos rochosos, arenososCaptura: armadilhas

CrustaSea Módulo ILagostasPalinurus

Profundidade: 50 a 100 m Habitat: Fundo rochoso Temperatura: 8 a 16 ºC Captura: armadilha

CrustaSea Módulo I

Lavagante EuropeuHomarus gammarus

Profundidade: 0 a 200 m Habitat: Fundos rochosos Temperatura: 7 a 19 ºC Captura: armadilha

São noctívagos, territoraiais e canibais

CrustaSea Módulo I

Lavagante AmericanoHomarus americanus

São noctívagos, territoraiais e canibais

Profundidade: 0 a 200 m Habitat: Fundos rochosos Temperatura: -1 a 24 ºC Captura: armadilha

CrustaSea Módulo I

LagostimNephrops norvegicus

CrustaSea Módulo I

São noctívagos e territoriais

Profundidade: 15 a 800 m Habitat: buracos na areia, vasa Temperatura: 2 a 15 ºC Captura: arrasto/armadilhaMaturação: 2 a 5 anos

CrustaSea Módulo I

De onde vêm os crustáceos

CrustaSea Módulo I

O mercado da importação

0 500 1000 1500 2000 2500

Edible crab

Norw ay lobster

Homarids

Crabs

Spiny lobsters

toneladas

Lagostas

Caranguejos

Lavagantes

Lagostim

Sapateira

Captura Importação

CrustaSea Módulo I

A importância da importaçãoAs importações representam 88 % do mercado nacional

Portugal é o 13º país importador de crustáceos a nível mundial

2022 t 132 t

Principais espécies importadas em toneladas:

125 t

CrustaSea Módulo I

A importância da importação

Mais logísticaMais Logística

CrustaSea Módulo I

A importância da importaçãoViveiros mais sofisticados com condições de estabulação mais controladas

CrustaSea Módulo I

Mortalidade no transporte e após ...

Espécie Origem Transporte MortalidadeSapateira

Reino Unido

Camião, tanques com água salgada a 13 º C, com arejamento (58 h)

à chegada = 1 – 5 % viveiros = 10 – 25 %

Lavagante EuropeuReino Unido

Camião, tanques com água salgada a 13 º C, com arejamento (58 h)

à chegada = 0 % viveiros = 2 - 10 %

Lavagante americanoEUA

CanadáAvião, caixas de cartão em ambiente humido

à chegada = 0 % viveiros = 0 - 1 %

CrustaSea Módulo I

O problema da mortalidade

Importador

25

3

16

1

10

0

10

5

0 10 20 30 40 50 60 70

sapateira

santola

navalheira

caranguejo

lavagante europeu

lavagante americano

lagosta nacional

lagosta da mauritania

Mortalidade (%)

Retalhista

60

20

50

50

10

25

5

20

0 10 20 30 40 50 60 70

sapateira

santola

navalheira

caranguejo

lavaganteeuropeu

lavaganteamericano

lagostanacional

lagosta damauritania

Mortalidade (%)

CrustaSea Módulo I

A importância da Biologia na A importância da Biologia na A importância da Biologia na comercializacomercializacomercializaççção de crutão de crutão de crutáááceos vivosceos vivosceos vivos

CrustaSea Módulo I

Para manter um animal vivo é preciso conhecer a biologia de cada espécie e as suas necessidades

Modo de apresentação: vivo

CrustaSea Módulo I

Crustáceos Decápodes: biologia

pinça para esmagar

pinça para cortar antena

carapaça

telson

olhorostro

urópode

abdómen

1 par pinças

carapaça

abdómen

olho

4 pares patas locomotoras

Animais invertebradosMarinhos ou de água doceOxigénio da água é obtido através das brânquias (guelras)Caranguejos, lagostas e lavagantes têm 10 patas Com carapaça rígidaCrescem periodicamente (muda)Sexos separadosDesenvolvimento não é directo

A muda permite o crescimento e a reprodução

CrustaSea Módulo I

Do que é que precisam para sobreviver?

ÁGUA DO MAR

alimento

oxigénio

temperatura

pHsalinidade

habitat

CrustaSea Módulo I

0.0028 %Carbono0.0067 %Bromo

0.2 %Outros

0.04 %Potássio0.04 %Cálcio0.09 %Enxofre0.13 %Magnésio1.1 %Sódio1.9 %Cloro10.8 %Hidrogénio85.8 %Oxigénio

3.5 % da água do mar são sais, maioritariamente cloreto de sódio (sal de cozinha):

- em 100 mL de água do mar 3.5 g são sais

- em 1 L tem 35 g de sais

Composição da água do mar

CrustaSea Módulo I

Características da água do mar• é salgada (35 ppm)• tem oxigénio dissolvido que é essencial para a respiração• tem variações de temperatura• tem valor de pH (acidez) específico (8.2 – 8.6)

Brânquias adaptadasa extrair oxigénio da água e não do ar

Quando colocados ao ar os crustáceos acabam por morrer sufocados

Brânquias

Água Crustáceo

CO2O2

CrustaSea Módulo I

O que é o pH?O pH é uma medida de acidez que varia entre:0 (muito ácido) e 14 (muito básico)

A água do mar tem valores muito restritos de pH (8.2 – 8.6)

Como todos os organismos vivos estão adaptados ao meio onde habitam, os crustáceos têm uma tolerância a variações de pH muito baixa e próxima dos valores da água do mar

pH = 0 ácido de bateria pH = 1 ácido do estômago pH = 2 sumo de limão, vinagre pH = 3 sumo de laranja pH = 4 sumo de tomate pH = 5 café, cerveja pH = 6 urina, saliva pH = 7 água destilada

pH = 8 água do marpH = 9 bicarbonato de sódio pH = 10 sabão pH = 11 amónia pH = 12 água com sabão pH = 13 lixívia pH = 14 soda caústica

CrustaSea Módulo I

A tempertaura da água do marA temperatura é fundamental pois afecta a salinidade, o oxigénio dissolvido e o pH.

Quando a temperatura da água aumenta provoca- diminuição do oxigénio (O2) dissolvido na água - aumento da salinidade por evaporação- diminuição do pH da água

Quando a temperatura da água aumenta provoca nos crustáceos:

CO2O2

pH- aumento do consumo de oxigénio (O2)- aumento do dióxido de carbono (CO2) - diminuição do pH no sangue (sangue mais ácido)

CrustaSea Módulo I

A amónia, os nitritos e os nitratosOs crustáceos marinhos, comem e respiram dentro de água salgada,libertando dióxido de carbono e amónia. Tanto a amónia como o dióxido de carbono quando em excesso degradam a qualidade da água e são tóxicos.

alimento

oxigénio

pH Temperatura salinidade habitat

amónia

alimento

dióxido de carbono

CrustaSea Módulo I

Da amónia a nitrato

alimento

Alimento não consumido

Bactérias que convertem amónia em nitritos

AmóniaNitritos

Nitratos

+ tóxico

- tóxico

Nitritos

AmóniaRemovido quando se muda a água

Bactérias que convertem nitritosem nitratos

Nitratos

Bactérias que convertem nitritosem nitratos

CrustaSea Módulo I

Cada espécie é única

7,8 - 8, 27,8 - 8, 27,8 – 8, 2pH

EspéciesFactores

Sapateira Lavagante Europeu

Lavagante americano

Temperatura 4 a 16 ºC 7 a 19 ºC -1 a 24 ºC

Salinidade 30 - 35 ‰ 30 - 35 ‰ 27 - 35 ‰

Oxigénio6 mg/mL

(80 - 100 %)6 mg/mL

(80 - 100 %)6 mg/mL

(80 - 100 %)

Amónia <0.3 <0.3 <0.3

CrustaSea Módulo I

Fêmeas Machos

Reprodução

CrustaSea Módulo I

A mudaAs sapateiras fazem a muda principalmente no VerãoInicialmente a carapaça nova é mole e o animal fica vulnerável, mantém-se escondido e não se alimenta

A carapaça antiga ésubstituída por uma nova de maiores dimensões;O aumento pode ser de 20 a 30 %

CrustaSea Módulo I

A mudaÉ quando a fêmea ainda tem a carapaça mole que o macho deposita o esperma nas aberturas genitais das fêmeas

Reprodução

CrustaSea Módulo I

A fêmea incuba os ovos durante 8 meses

CrustaSea Módulo I

O desenvolvimento não é directo: dos ovos eclodem larvas que não se

assemelham às sapateiras adultas

Larva – termo que em latim significa máscara

CrustaSea Módulo I

As larvas passam por várias metamorfoses

Metamorfose significa transformação

CrustaSea Módulo I

Zoea

Juvenil

1 ano (3,5 cm)Fêmea (4 a 5 anos)

Eclosão das larvas

Prezoea

Várias metamorfoses e mudas

Ciclo de vida

Incubação dos ovos até 8 meses

CrustaSea Módulo I

Aquacultura

CrustaSea Módulo I

Aquacultura Produção

Ano 1960 (1 milhão toneladas)

Ano 2000 (46 milhões toneladas)

- peixe 23 mt- moluscos 11 mt- plantas 10 mt- crustáceos 1.6 mt

Crustáceos mais importantes

Penaeus monodonPenaeus vannameiProcambarus clarkiiMacrobrachium rosenbergii

Baixo volume de crustáceos cultivados Maioria são camarões

Aquacultura de lagostas e lavagantes é ainda muito escassa

CrustaSea Módulo I

Maricultura de lavagantes- Captura de fêmeas ovadas- Crescimento dos juvenis - Devolução ao mar

CrustaSea Módulo I

Cap

tura

de

fêm

eas

ovad

as

CrustaSea Módulo I

Maternidade de lavagante americano• Fêmeas ovadas fornecidas

pelos pescadores• Cada fêmeas tem em

média 10 000 ovos

CrustaSea Módulo I

Crescimento das larvas

A primeira fase larvar é microscópica

Entre 1 e 7 mm as larvas têm carapaça e passam por várias mudas para crescerem

Durante este perído as larvas mantém-se na coluna de água

Crescimento larvar

CrustaSea Módulo IAs larvas passam a juvenis e deixam a coluna de água e começam a viver junto ao fundo. Os juvenis nesta fase são muito vorazes. Para evitar canibalismo têm de ser mantidos isolados nestes “condomínios”.

CrustaSea Módulo I

Os juvenis são libertados em zonas rochosas pouco profundas

CrustaSea Módulo I

Produção de Lavagante EuropeuProjecto Europeu Lobsterplant

Objectivos:

- Sistema de produção industrial em compartimentos individualizados - Automatização da alimentação - Desenvolvimento de um sistema de vídeo para identificar mortos e taxa de crescimento - Avaliar a qualidade nutricional aquacultura versus selvagens

CrustaSea Módulo I

Foto: Lavagantes juvenis de 8 meses

IPIMAR

Itália Noruega Inglaterra

Para atingir o tamanho comercial de 350 g são necessários 31 meses, cerca de 2 anos e meio.

Projecto Europeu Lobsterplant

Investimento inicial elevado

Formação crustáceos vivos

Education

Transcript of Formação crustáceos vivos