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FITOTERAPIA OLIVEIRA - Olea europaea L. Aspectos botânicos: Árvore perene da família das Oleáceas, com altura de até 08 metros. Possui cascas e ramos acinzentados. Folhas opostas, lanceoladas e oblongas, acinzentadas. Flores esbranquiçadas, numerosas e reunidas em pequenos grupos. Fruto ovóide (azeitona), escuro após sua maturação, que aparecem somente em árvores de mais de 10 anos de vida. Original da região mediterrânea foi posteriormente introduzida em outras regiões. É uma árvore geralmente cultivada, e existem variedades silvestres (Olea europaea var. oleaster), que possui ramos espinhosos e frutos menores; Nomes comuns: Oliveira, oliva, aceituno, azeitona, olive (Ingl.), olivier (França); Histórico: Planta cultivada há mais de 3.000 anos, constituiu um símbolo de paz na antigüidade, figurando em vários escritos gregos e romanos e frequentemente mencionada na Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico e Salmos); Os gregos aprenderam dos Egípcios, o método de extração do azeite, consagrando esta árvore a Atenas, como símbolo da sabedoria, paz e abundância. Os romanos confeccionavam grinaldas com os ramos, para premiar os melhores cidadãos.

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FITOTERAPIA

OLIVEIRA - Olea europaea L.

Aspectos botânicos: Árvore perene da família das Oleáceas, com altura de até 08 metros. Possui cascas e ramos acinzentados. Folhas opostas, lanceoladas e oblongas, acinzentadas. Flores esbranquiçadas, numerosas e reunidas em pequenos grupos. Fruto ovóide (azeitona), escuro após sua maturação, que aparecem somente em árvores de mais de 10 anos de vida. Original da região mediterrânea foi posteriormente introduzida em outras regiões. É uma árvore geralmente cultivada, e existem variedades silvestres (Olea europaea var. oleaster), que possui ramos espinhosos e frutos menores; Nomes comuns: Oliveira, oliva, aceituno, azeitona, olive (Ingl.), olivier (França); Histórico: Planta cultivada há mais de 3.000 anos, constituiu um símbolo de paz na antigüidade, figurando em vários escritos gregos e romanos e frequentemente mencionada na Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico e Salmos);

Os gregos aprenderam dos Egípcios, o método de extração do azeite, consagrando esta árvore a Atenas, como símbolo da sabedoria, paz e abundância. Os romanos confeccionavam grinaldas com os ramos, para premiar os melhores cidadãos.

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Foi introduzida nas Américas pelos conquistadores espanhóis, através do México e levada posteriormente ao Peru, e logo pela Cordilheira dos Andes, até chegar a Argentina. A palavra azeite é sinônima de azeite de oliva, pois deriva do árabe azzait, que significa suco de oliva.

Um médico francês chamado M. Mazet, foi na década de 30, o primeiro a reconhecer as propriedades hipotensoras das folhas da oliveira; Usos terapêuticos: Anti hipertensivo, anti oxidante, diurético, redutor do ácido úrico, glicose e colesterol, broncodilatador, anti térmico, laxante, emoliente e anti séptico para uso tópico. Muito utilizado na culinária, principalmente na mediterrânea, pelas suas virtudes organolépticas e nutritivas; Princípios ativos: Iridóides (oleoeuropeósido e derivados), princípios amargos (olivamarina), flavonóides (rutina, pigmentos flavônicos), óleos essenciais, taninos, colina, derivados terpênicos, proteínas, sais minerais, ácidos orgânicos e vitaminas; Valor nutricional por 100 gr de azeite de oliva: 100 gr de gorduras, 900 calorias, 0 colesterol, 0 hidratos de carbono, 0 proteínas, 14 gr de ácidos graxos saturados, 9 mg de poliinsaturados, 74 mg monoinsaturados, 0 fibras, 0 sódio, 0 potássio, 0 ácido úrico, 27 U.I. de vitamina E; Partes utilizadas: Folhas, frutos e azeite. O azeite de oliva deverá ser extraído pelo método da primeira extração a frio (pressão), para preservar ativamente seus ingredientes (principalmente os agentes anti-oxidantes, que se perderiam através do refinamento). O produto assim obtido apresenta uma coloração amarelo-esverdeada, com odor e sabor frutado ou levemente picante. Também se encontra no mercado o azeite puro de oliva, recuperado da primeira extração a frio, refinado e adicionado a azeite virgem, sem o sabor e o odor característicos; Formas de uso e dosagem: Uso interno:

Infusão das folhas a 5% para uso interno; Extrato fluído : 3 a 5 gr diários; Tintura a 20%: 15 a 20 ml diários; Azeite: 1 a 3 colheres de sopa ao dia; Uso tópico: Decocção das folhas em feridas e como anti séptico;

O azeite é usado como linimento, em especial como veículo carreador de outras substâncias mais ativas. Também é usado para enemas e para cera nos ouvidos;

Tempo de uso: Sem contra indicações ao uso prolongado na literatura consultada; Efeitos colaterais: Hipotensão arterial, aumento de peso (no uso interno do azeite), alterações hépato biliares, diarréia em altas doses e em pessoas sensíveis. Hipertensão arterial no consumo dos frutos (azeitonas) em conserva, pelo elevado teor de sal, utilizado como conservante; Contra-indicações: Sem contra indicações formais na literatura consultada.

Lembramos que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

Fonte principal de consulta:

“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 – Buenos Aires – Argentina.

Imagens: www.oranjerievereniging.nl/Kuipplanten_N-O.htm online-media.uni-marburg.de/biologie/botex/ma...